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CADEIA PRODUTIVA
DO FEIJÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor- Presidente: Florindo Dalberto
PRODUÇÃO
Arte-final e capa: Alexander Thomaz
Coordenação gráfica: Nelson S. Fonseca J r .
I m p r e s s ã o e Fotolitos: Gráfica e Editora do Norte Ltda
CDD 338.17652
AGRIS E21
1410
II
APRESENTAÇÃO
III
tecnológicas (leis, normas, tributos, crédito, infra-estrutura etc). Neste
texto, os autores sintetizam as informações analisadas no estudo e
registram a necessidade de ações articuladas, que foram identificadas junto
aos autores consultados.
Dadas as características da cadeia do feijão, historicamente, a
coordenação esteve mais vinculada aos mecanismos de mercado em
detrimento dos demais. Todavia, com as novas tecnologias, o acesso
facilitado às informações e as mudanças no perfil do mercado, o estudo
evidencia a necessidade de se 'construir' instrumentos inovadores de
coordenação dos interesses da cadeia no Paraná. Espera-se aprimorar os
atuais mecanismos de formulação e implantação de políticas para o feijão
no Paraná, para o que o papel do governo é importante.
IV
RESUMO
V
AGRADECIMENTO
vi
SUMARIO
1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
VII
6. PONTOS DE IMPEDIMENTO PARA MELHORIA DO
SISTEMA 41
6.1 - Variedades 42
6.2 - Mão-de-obra 42
6.3 - Calcário 43
6.4 - Fertilizantes 43
6.5 - Agroquímicos 43
6.6 - Máquinas e equipamentos.... 43
6.7 - Condições Edafo-climáticas 43
6.8 - Dos fatores gerais da produção 44
8. TENDÊNCIAS 46
VIII
1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
A cultura do feijão ocupa lugar de destaque na agricultura brasileira
tanto em área plantada como em volume de produção, além de ser
importante na ocupação de mão de obra. Desde a colonização, é cultivado
em todas as regiões do pais e se constitui num componente de peso na
dieta básica do povo brasileiro.
Nos últimos três décadas o consumo por habitante foi reduzido pela
metade em decorrência de alterações nos hábitos alimentares, queda de
renda da população, baixo poder aquisitivo e redução proporcional de oferta
do produto.
No período 1970 a 1990 o consumo percapita de feijão diminuiu,
principalmente pela menor disponibilidade (12,5 kg de 1973 a 1977 para
10,5 kg/habitante de 1986 a 1990); maior urbanização e elasticidade
negativa da demanda de feijão nas classes sociais com renda mensal acima
de 3 salários mínimos. (HOFFMANN, R.: CBESR, 32, Anais. 1994. V.2, pp.
1040-54).
No estado do Paraná, é cultivado em todas as regiões e é a quarta
cultura em área plantada. Produzindo principalmente em pequenas e
médias propriedade, é responsável por parcela significativa da renda desse
segmento.
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A própria configuração da produção mundial retrata, com exceção dos
EUA, que o feijão é cultura típica de países do Terceiro Mundo.
O pequeno volume de produção e a característica de ser um produto
consumido no Terceiro Mundo, levam os países a produzirem somente para
o seu consumo interno, acarretando, portanto, em um comércio
internacional muito reduzido e instável, onde não há um fluxo regular de
comercialização e, por conseqüência, não há sistemática da formação de
preços internacionais.
Além dos grandes produtores serem os maiores consumidores, sendo
pequeno e esporádico o excedente exportável, os hábitos alimentares são
bastante diversificados entre os países, e mesmo entre as regiões de um
mesmo país quanto a preferência por variedades e tipos comerciais.
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1.2. MERCOSUL
Nos últimos cinco anos a produção média de feijão nos quatro países que
compõem o MERCOSUL superou 3,0 milhões de toneladas/ano. O Brasil se
destaca como maior produtor e o maior consumidor, com uma participação
de 92% na produção. No caso do feijão preto o Brasil tem aumentado as
importações. (Tabela 3).
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1.3. Panorama Nacional
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As duas primeiras safras somadas representam, aproximadamente, 90%
da produção nacional, influindo diretamente no comportamento dos preços
do feijão, pois a performance depende das condições climáticas. Já a
cultura irrigada, de alta produtividade, a cada ano vem ocupando mais
espaço entre os produtores mais tecnificados, onde as lavouras podem
atingir produtividade média de 3.500 kg/ha, uma disparidade quando
comparada à produtividade média brasileira em torno de 500 kg/ha. Não
obstante, a 2ª safra apresentou crescimento médio de, produção e
rendimento e na 3ª safra a área diminuiu (Tabela 6)
A distribuição das safras ao longo do ano se dá, aproximadamente,
conforme o cronograma:
6
oferta interna (queda na produção desencadeia elevação dos preços, com a
conseqüente diminuição da demanda), como da própria queda do poder
aquisitivo, e elasticidade de renda nas classes sociais com renda mensal
acima de 3 salários mínimos.
Um outro fator a ser considerado é a mudança do hábito alimentar que
está se verificando nas grandes cidades. A falta de tempo para as refeições
mais rápidas, em detrimento do feijão.
Como pode ser observado nas Tabela 7 e 8, do total de demanda
brasileira nos últimos dez anos (2,8 milhões de toneladas/ano), cerca de
2,3 milhões de toneladas corresponde ao feijão-de-cor e 500 mil toneladas
de feijão preto. Verifica-se ainda nessa tabela importações crescentes de
feijão, principalmente para o feijão preto, que teve uma diminuição média
do estoque inicial da produção nacional, no período 1982 a 2000.
A produção interna de feijão preto ainda é insuficiente para atender a
demanda concentrada nos estados do Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande
do Sul. A complementação da oferta ocorre por intermédio das importações,
principalmente da Argentina, nosso principal fornecedor (Tabela 9 e 10).
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Quanto a produção de feijão-de-cor, o Brasil é auto-suficiente, ocorrendo
ocasionalmente, a importação quando há frustração de safra ou quando os
preços ofertados no mercado internacional são muito atraentes, como é o
caso de 1995, quando foram importadas cerca de 76 mil toneladas do
México, a um preço abaixo de U$$ 180/t (FOB).
Tradicionalmente, os preços do feijão carioca, principal grupo comercial
consumido, eram superiores aos preços do feijão preto, proporcionados pela
superioridade no consumo (Tabelas 11 e 12).
Essa significativa diferença de consumo entre as duas classes não tem
interferido nas cotações dos últimos anos.
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No período de maio a setembro, tanto o feijão de cor como o feijão preto
apresentaram taxas médias de crescimento negativa para os preços
praticados no mercado atacadista. Acredita-se que isso se deve a
regularização do mercado no período de entressafra, pois o feijão aos
poucos vai deixando de ser explorado em épocas bem específicas para ser
produzido o ano todo. (Tabelas 11 e 12).
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O mercado do feijão preto tem se mostrado mais firme, devido a um
balanço da oferta e demanda mais ajustado.
Nos últimos anos, a produção média tem ficado em 450 mil toneladas,
contra um consumo médio anual de 500 mil toneladas. Apesar das
importações terem sido freqüentes (em média 54 mil toneladas/ano), os
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níveis das cotações deste feijão importado têm contribuído para alavancar
os preços internos (Tabelas 13 e 14).
Isto se justifica pela boa qualidade do produto oriundo principalmente
da Argentina, cujos preços têm atingido em média U$$ 550 tonelada (valor
FOB), nos últimos anos. e importações vêm crescendo para o feijão preto.
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Desde a alta verificada nos preços de feijão em março de 1994, o preço a
nivel de varejo vem sendo comercializado em média a U$$ 1,00/kg nos
últimos anos (Tabela 15).
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resultando em uma queda de 18%. De 1987 a 1996, apesar do preço
recebido pelo produtor ter elevado 0,89% a.a. e 2,22% a.a. para o feijão
preto e de cor, respectivamente. Sua participação no preço de varejo caiu
1,43% a.a. para o feijão de cor e 2,95 a.a. para o feijão preto (Tabela 15).
Isto significa que no atacado e varejo a margem aumentou. Observa-se
que estes dois segmentos estão absorvendo maior parte de lucro, deixando
o setor produtivo com fatia menor.
Ressalta-se que o feijão é um produto que agrega pouco valor ao longo de
sua cadeia produtiva, e é justo que o produtor que assume todos os custos
e riscos de produção, continue a receber de forma justa pelo seu produto.
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1.4. Panorama Estadual
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Segundo o IAPAR, a época indicada para a semeadura do feijão é o
período em que a probabilidade de se obter boa produtividade é maior. O
risco de insucesso com a cultura devido a adversidades climáticas aumenta
gradativamente à medida que as datas de semeadura se distanciam do
período recomendado.
Para a 1a safra, o Paraná é dividido em 21 regiões distintas com maior
concentração de plantio entre meados de agosto a meados de outubro
(Tabela 20).
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No que se refere à representatividade dos produtores mais tecnificados
nessa 1a safra, estimativas indicam que embora esses produtores estão
localizados nos chamados "Bolsões de Tecnologia" em várias regiões do
Paraná, eles são responsáveis por aproximadamente 35% da produção. A
maioria dos produtores se encontram distribuídos em níveis abaixo de 1100
kg/ha, com destaque para a faixa de 800 a 1100 kg/ha, donde é oriunda
cerca de 45% da produção.
Com relação a 2a safra, conhecida como safra da seca, a participação na
produção total do Paraná tem ficado próximo a 12%. Essa safra se
caracteriza pela maior utilização de tecnologia, com os produtores
cultivando o feijão nos moldes da chamada agricultura empresarial.
Cerca de 75% da produção dessa safra está concentrada nas Regiões de
Ponta Grossa e Jacarezinho, onde predomina o plantio de lavouras
altamente tecnificadas - plantio direto, utilização de sementes melhoradas,
uso de agrotóxicos e colheita semi-mecanizada, cujas produtividades giram
em torno de 2000 a 2500 kg/ha. Nessa região predomina o feijão-de-cor.
Para a 2a safra, O Paraná é dividido em 13 regiões, com concentração de
semeadura entre meados de dezembro e meados de janeiro (Tabela 21).
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Desde 1985 se considera o plantio da 3 a safra no Paraná, nos meses de
fevereiro a junho e está concentrado nas Regiões Norte e Nordeste do
Estado (Vale do Rio Paranapanema) e é conduzido em sucessão às culturas
de verão, notadamente algodão, soja e milho (Tabela 22).
Esse plantio se constituí em uma atividade de maior risco, em virtude da
possibilidade de ocorrência de seca ou de baixa temperatura durante o
desenvolvimento da cultura que, aliados ao baixo nível tecnológico
utilizado, tem resultado em baixas produtividades.
A antecipação do cultivo, para evitar o período de baixas temperaturas a
partir de maio, expõe a cultura em suas fases iniciais, ao risco de infecção
pelo vírus do mosaico dourado do feijoeiro, que pode ocorrer até o final de
abril. Porém, a colheita se dá num período que normalmente consegue-se
bons preços. Para esse sistema, o IAPAR lançou três variedades com
elevados níveis de tolerância ao vírus. (IAPAR 57, IAPAR 65 e IAPAR 72).
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A cultura do feijão tem sua importância disseminada pelas mesorregiões
2, 4 e 1 em maior grau, a nas mesorregiões 5, 4 e 7 em menor grau.
(FUENTES L., R. et alli. Regionalização da Agropecuária Paranaense. In:
Anais do XXXI Congresso Brasileiro da Economia e Sociologia Rural,
Brasília-DF, sober, 1993, p. 152-160).
A evolução dos índices de concentração indica uma redução da
participação do feijão nas mesorregiões 6 e 8 e em menor grau, até na
mesorregião 7. Nas duas primeiras a maior parte do feijão era cultivada nas
entrelinhas do café. Com a diminuição da área do café, o feijão diminui a
sua presença na mesorregião 6 aonde aumentou a soja e na mesorregião 8
aonde cresceu a área de pastagem. Na mesorregião 7 a queda do índice de
concentração deve-se ao crescimento da soja.
O "feijão é cultivado predominantemente por produtores da categoria
PSM. Entretanto, nos últimos anos tem crescido o número de produtores de
categoria EF cultivando feijão no sistema motomecanizado como mais uma
alternativa de renda e para rotação com o milho.
Os padrões tecnológicos das categorias de produtores são apresentados
no Quadro 1.
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A análise do quadro mostra margens líquidas aceitáveis para os sistemas
plantio direto (R$ 237,00/38,7%) motomecanizado (R$ 102,00/17,1%)
motomecanizado/tração animal (R$ 85,00/23,3%) enquanto que no sistema
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tração animal/manual (-R$ 44,00/-12,8%) a margem líquida é negativa e
nem os custos variáveis são cobertos. As principais limitações que
obstacularizam um melhor desempenho da atividade são listadas a seguir:
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- introdução do sistema de plantio direto, tração animal;
- introdução de rolo-faca;
- ampliar a utilização e herbicidas;
- semente melhorada, produção de forma grupai ou comunitária;
- adequar e elevar a dose de Fertilizantes;
- introdução do controle de pragas e doenças;
b) Sistema motomecanizado + tração animal
- melhorar o preparo do solo, aração mais profunda, reduzir o número de
gradagens;
- elevar a dose de Fertilizantes, adequar a época de aplicação do adubo
em cobertura;
- correção do solo;
- introdução de cultivares com maior potencial de produção;
- adequar os produtos e doses de inseticidas e fungicidas;
- aquisição e uso de máquinas (trator e implementos) em grupo.
c) Sistema motomecanizado
- melhorar 4a eficiência operacional (reduzir o número de operações de
preparo, regulagem dos equipamentos, calibração de pulverizadores;
- adequação dos insumos a situação da gleba (análise periódica do solo,
levantamento da flora, manejo de doenças e pragas);
- adequação do horário de execução das operações (adubação em
cobertura, aplicação de inseticidas e herbicidas);
- seleção de insumos;
- redimensionamento do parque de máquinas (venda de excedente,
obsoletos, e t c ;
- planejamento da lavoura e das operações;
d) Sistema de plantio direto
- ampliar o uso da cobertura morta;
- adequação dos insumos de forma a visualizar situação x potencial de
produção x insumo x dose;
- adequar o horário de execução das operações;
- revisão e redimensionamento do parque de máquinas;
- planejamento da lavoura e das operações.
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3. ASPECTOS GERAIS DA PESQUISA E EXTENSÃO RURAL
O início da experimentação com a cultura do feijão no Paraná remonta
à época do antigo IPEAME. onde se obteve as primeiras informações que
abalizaram o uso de melhores variedades, épocas corretas de semeadura,
população de plantas, adubações adequadas, etc.
A partir da criação do IAPAR, várias outras linhas de pesquisa foram
implantadas como o controle de pragas e doenças, a criação de novas
cultivares, a produção de sementes genéticas e básicas entre outras. Assim,
grande parte das informações necessárias para obtenção de altos
rendimentos na cultura do feijão, no Paraná, já estão disponíveis aos
agentes da extensão rural e parte dos agricultores. A utilização correta
dessas técnicas em explorações comerciais tem permitido a obtenção de
produtividades superiores a 3.000 kg/ha.
A contribuição das universidades na geração de tecnologia para a
cultura do feijão, no Paraná, tem se limitado a poucos experimentos e
algumas dissertações. De maneira semelhante, a EMBRAPA mantém
ensaios de interesse geral em algumas regiões do estado e oferta
esporadicamente pequenos volumes de sementes básicas das variedades
por ela geradas. A empresa privada "FT-Pesquisa e Sementes" apresentou
nos últimos anos importante contribuição na geração de variedades para o
estado, chegando manter três delas na lista oficial de recomendação. A
COODETEC não tem se envolvido com a cultura do feijão. Algumas ONGs e
cooperativas tem mantido alguma experimentação com a cultura, em geral
para resolução de problemas micro-regionais ou para atender demandas
específicas de seus filiados.
Oportunamente, as reuniões técnicas regionais tem se beneficiado das
informações geradas por todos os componentes envolvidos na
experimentação, apresentando resultados abalizados, de aprovação
consensual e que tem levado a ganhos significativos de produtividade.
No tocante à divulgação dos resultados experimentais é possível
afirmar que existem regiões do estado onde o objetivo foi plenamente
atingido e outras, ainda muito ou totalmente carentes dessas informações.
De maneira geral, os municípios onde a assistência técnica privada
(cooperativas, empresas de planejamento, empresas de agroquímicos,
produtores de sementes) assumiu seu papel de difusor de tecnologia e se
dedicou a colaborar na organização de cursos, palestras, dias de campo e
demonstrações, os agricultores conseguiram elevar substancialmente os
níveis de produtividade. A assistência técnica oficial atuou de maneira
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níveis de produtividade. A assistência técnica oficial atuou de maneira
semelhante num número limitado de municípios.
Entre as empresas geradoras de tecnologia, os maiores repasses de
informações tem sido oferecido pelo IAPAR. Algumas cooperativas (ABC,
COOPERATIVA BOM JESUS DA LAPA, COAMO, COOPAVEL, etc), produtor
de sementes (Peron Ferrari), empresas de agroquímicos (AVENTIS, BASF,
BAYER, HOKKO, IHARABRAS, SYNGENTA, etc.) e empresas de
planejamento (AGRO-OLÍMPIA), também tem colaborado para a
disseminação das informações, dando apoio à pesquisa oficial na
organização de cursos, dias de campo, etc.
No entanto, o volume de informação disponível frente a carência em
sua utilização sugere que muito trabalho tem que ser feito para sua
divulgação.
Em relação ao estágio de desenvolvimento tecnológico da cultura do
feijão, no estado, pode-se estabelecer três etapas do conhecimento: aquilo
que já foi feito; o que está sendo e o que deverá ser feito. Seguem alguns
exemplqs:
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- Caracterização tecnológica alimentar de novas variedades
- Produção de sementes genéticas e básicas
- Teste de eficiência de herbicidas
- Caracterização do feijoeiro em função de unidades térmicas
- Avaliação da qualidade das sementes de feijão produzidas no estado
- Manejo de irrigação.
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4.1. Componentes Relevantes da Cadeia
IAPAR
EMATER
COODETEC
APEPA
UNIVERSIDADES
EMBRAPA
BANCOS
CONAB
CLASPAR
CESM-PR
SEAD
PREFEITURAS
FAEP
FETAEP_
APASEM
ASSOC. PRODUTORES
EMPRESAS DE PLANEJAMENTO
COOPERATIVAS
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5. FATORES FAVORÁVEIS DA CADEIA
Desde a colonização das terras do Paraná, o feijão sempre esteve
presente como cultura desbravadora nas derrubadas, na formação de
cafezais como cultivo intercalar e, junto com o milho, como primeiro
cultivo na formação de pastagens. Considerando-se que o feijão continua
sendo cultivado nos últimos 50 anos em volumes que fazem do Paraná o
maior produtor nacional, pode-se afirmar que o estado apresenta uma
vocação indiscutível para essa exploração. Os colonizadores, seus filhos e
hoje seus netos vem apresentando ao longo do tempo ampla afinidade com
a cultura, indicando um ambiente muito favorável para a manutenção da
exploração e para a aceitação de melhorias no sistema de produção.
Seguem os principais pontos favoráveis que podem ser identificados:
5.1 - Variedades
5.2 - Mão-de-obra
- Suficiente disponibilidade de mão-de-obra para os períodos de maior
demanda.
- O sistema gera empregos, utiliza amplamente a mão-de-obra familiar e
permite trocas de tarefas.
- Para a maioria das operações, a cultura não exige especialização da mão-
de-obra.
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5.3 - Calcário
5.4 - Fertilizantes
5.5 - Agroquímicos
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5.7 - Condições edafo-climáticas
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6.1 -Variedades
6.2 - Mão-de-obra
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6.3 - Calcário
6.4 - Fertilizantes
6.5 - Agroquímicos
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- Grande parte do feijão é cultivado em regiões de relevo ondulado e
acidentado dificultando as práticas culturais e favorecendo a erosão.
- Nas regiões de relevo mais acidentado há dificuldade de escoamento da
safra, aumentando o custo de produção.
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7. AÇÕES PREVISTAS PARA MELHORIA DO SISTEMA
E RESULTADOS ESPERADOS
7.1 - Ações previstas
O serviço público e a iniciativa privada necessitam adotar medidas
isoladas e em conjunto para o desenvolvimento da cadeia produtiva do
feijão. A análise dos pontos fortes, dos impedimentos e das
responsabilidades dos componentes do sistema sugere alguns pontos
fundamentais a serem trabalhados, para atingir esse desenvolvimento.
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7.2.2 - Aumento do nível de emprego rural e com melhor fixação do homem
no campo.
8. TENDÊNCIAS
- Para a safra das águas, os números dos últimos dez anos vem mostrando
uma tendência decrescente com chance de estabilização em torno de
450.000 ha.
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- Para a safra da seca ocorre uma tendência crescente acentuada nos
últimos 5 anos que deve se projetar para os próximos anos
principalmente devido aos bons preços na época da colheita.
- A safra de outono/inverno, embora de pouca expressão, apresenta
tendência nitidamente crescente, devido ao lançamento de variedades
adaptadas, aos bons preços à época da colheita e à possibilidade de
cultivo do feijão na entressafra das culturas de verão e inverno.
8.3. Produção
8.4. Consumo
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