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Nampula dá vitória a Paulo Vahanle

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Tribunal dá razão a Milhulamete e novo bairro pode ser reduzido a escombros

À espera de Bulldozer
Di

Centrais
LOTARIA PRÓXIMA, 11ª EXTRACÇÃO DA LOTARIA 18/03/2018
10ª EXTRACÇÃO 1º PRÉMIO -1.000.000,00MT

1º - 19946 - 1.000.000,00MT PREVISÕES DOS PRIMEIROS

PRÉMIOS
2º - 38363 - 50.000,00MT TOTOBOLA - 112.027,00MT

3º - 30036 - 25.000,00MT TOTOLOTO - 780.442,29MT


 VALOR DO 1º PRÉMIO DO JOKER - 250.000,00MT
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2
TEMA
TEMADA
DASEMANA
SEMANA Savana 16-03-2018

Segunda volta dá vitória à Renamo em Nampula

O regresso do partido de Afonso Dhlakama


N

o
uma eleição tida como

P
ante-câmara às autárqui-
cas de Outubro próximo Foi um voto anti-Frelimo do que a favor da Renamo
e gerais de 2019, o maior ara o analista Amad Camal, a vitória do candidato da Rena-
mo representa o crescimento da democracia. “Isto só prova

log
partido da oposição, a Renamo, que a Renamo é que cria os seus próprios danos”, frisou.
e o seu candidato, Paulo Vahan- Para Camal, a maturidade que a Renamo mostrou em Nam-
le, acabam de fazer história em pula deixou claro que se este partido deixa de ser belicista e se dedica
Nampula, suplantando, com mar- completamente à política pode conquistar muito espaço na geografia
gem expressiva, a Frelimo e o seu políticaa moçambicana.
candidato, Amisse Cololo. “A possível vitória do candidato da Renamo deixa claro que o partido
é o principal responsável das derrotas que sofreu no passado, visto que
No cômputo geral, a votação desta com boa organização há espaço para triunfar”, frisou.
quarta-feira decorreu sem gran- Amad Camal fez notar que chegou o momento de a Renamo deixar
des sobressaltos, apesar de alguns de queimar tempo com queixas e arregaçar as mangas e ir ao terreno

ció
episódios, como casos de cidadãos conquistar bases de apoio, porque elas existem.
impedidos de votar, alegadamente, Para o nosso entrevistado, o resultado de Nampula deve servir de lição
por seus nomes não constarem nos para o partido Frelimo no sentido deste ser mais coerente.
cadernos de recenseamento eleito- De acordo com Amad Camal, a Frelimo deve redimir-se dos seus erros
ral e, outros, por terem a sua identi- e procurar corrigi-los.
dade escrita de forma errada “Como membro da Frelimo temos de admitir que cometemos erros e
devemos nos desculpar por isso, sobretudo, nas regiões centro e norte”,
Eleitores há também que não vota-
disse.
ram porque alguém já tinha exerci-
Camal reconhece que o potencial da Renamo é forte na região de
do o dever cívico no seu lugar, uma
realidade que os órgãos tiveram di-
ficuldades de esclarecer.
so
Renamo está de volta
Nampula, contudo, o voto do candidato da Renamo foi mais anti-
-Frelimo do que propriamente a favor do maior partido da oposição.

O
Trata-se, pois, de irregularidades
que caracterizaram a primeira vol-
dato, Mahamudo Amurane, assas- mesmo através dos sempre alinha- Renamo são todos excluídos
sinado a 4 de Outubro de 2017 em dos órgãos de comunicação social académico e cientista político, Adriano Nuvunga, considera
ta, mas que a Comissão Nacional meio a profundas de desinteligên- do sector público, que entraram em que a derrota do candidato da Frelimo na segunda volta
de Eleições (CNE) e o Secretaria- cias com o seu partido. pânico com a vitória da “oposição”. da eleição intercalar de Nampula significa que a narrativa
do Técnico de Administração Elei- Historicamente, a Renamo sempre A Televisão de Moçambique de mobilização interna e externa da Frelimo está esgotada.
toral (STAE), não rectificaram. ganhou Nampula. Apenas perdeu (TVM) chegou a interromper Diz que a Renamo recolheu uma vitória tranquila com um elemento
Numa eleição em que a abstenção nas eleições gerais de 2004 e 2009, uma transmissão especial alusiva inovador na democracia a nível mundial, em que Afonso Dhlakama
um
baixou (32% de participação, con- derrotas explicadas na “desmobili- à votação, quando se apercebeu da fez campanha eleitoral via telefónica a partir das matas da Gorongosa,
tra 25% da primeira volta) com zação do eleitorado da Renamo”, derrota
ota do candidato da Frelimo. num ambiente em que a Frelimo havia mobilizado toda a sua máquina,
incluindo meios de Estado.
as pessoas a votarem na Renamo, irritado com a forma como a lide- O canal público preferiu transmitir
Segundo Nuvunga, a derrota mostra que a Frelimo já não tem capaci-
grande parte das Assembleias de rança, sobretudo, Afonso Dhlaka- uma telenovela, prestando um mau
dade de resposta aos problemas da população, que a cada dia cresce de
Voto abriu, pontualmente, às 07:00 ma, geriu as controversas eleições serviço público aos moçambicanos,
forma exponencial.
horas, segundo o previsto, mas com de 1999 que deram vitória à Freli- que estavam ansiosos de acompa- Refere que a Frelimo não tem coisas novas para dizer às pessoas num
alguma morosidade no atendimen- mo na secretaria. nhar o desenrolar do processo em quadro onde o acarinhamento da corrupção é cada vez mais esteriliza-
to aos eleitores por insuficiência de Horas antes da vitória da Renamo Nampula. Por sua vez, a RM, tam- dor das possibilidades da juventude encontrar meios de sobrevivênca.
cabines de votação, tintas indelé- em Nampula, esta quarta-feira, bém embaraçada, foi intercalando o O também director do Centro de Integridade Pública (CIP) refere
veis, entre outros materiais de vo- Afonso Dhlakama foi acusado pela especial com músicas e apelos para que foi um voto contra, devido às dificuldades que o povo enfrenta no
tação. Frelimo de violar a lei eleitoral ao o que chamava de contenção de dia-a-dia que corporizam através das dívidas ocultas que geram pro-
de

Das 401 mesas de voto, pouco mais conceder uma entrevista passada ânimos, alegando tratar-se apenas blemas de acesso aos serviços básicos, como saúde, transportes entre
de 96% abriram na hora prevista e pelo canal televisivo privado, STV, de resultados parciais. outros.
um dos principais motivos para a também acusado de violar a Lei. Do lado da Frelimo, um comunica- Sublinha que a Renamo e Vahanle, que ganharam, não são necessaria-
abertura tardia das restantes mesas Na entrevista, o presidente do do da Comissão Política do partido mente aquela organização liderada por Afonso Dhlakama, mas sim a
foi a falta de tinta. maior partido da oposição no país no poder saudava na noite desta composta por todas as pessoas que não encontram espaço no modelo
As condições climatéricas voltaram denunciava irregularidades, o que quarta-feira os munícipes de Nam- excludente de governação da Frelimo e que não se terão revisto no
a ameaçar o processo, mas houve foi interpretado
pretado pela Frelimo como pula por terem exercido o seu direi- MDM e tem no maior partido da oposição a plataforma para expressar
apenas pequenos chuviscos que, intimidação aos eleitores, susceptí- to de voto. Já na tarde desta quinta- o seu descontentamento em relação ao modelo excludente do partido
no geral, não tiveram um impacto vel de provocar uma “mudança de -feira, Tomaz Salomão, membro da governamental.
maior na votação. voto
sentido de voto”. Comissão Política para assistência Apontou que, no mundo, os partidos dominantes que governam por
io

A oposição vigiou, permanente- Porém, um jurista ouvido pelo à província de Nampula, reconhe- muito tempo começam a chegar ao fim e esses partidos desparecem,
mente, o processo de votação, não SAVANA argumenta que não há cia a derrota do seu partido e feli- pelo que adverte que ou a Frelimo procura a capacidade de se reno-
dando quaisquer margens de ma- nenhum ilícito no pronunciamen- citava a Renamo e o seu candidato. var dentro da criatividade, o que passa por um combate sério contra a
nobras às “Fernandas Moçambi- Entretanto, simpatizantes e mem- corrupção e responsabilizar os seus mentores, ou passa para a história.
to de Dhlakama, uma vez que não

O
ques” do partido governamental. estava a fazer propaganda eleitoral, bros do partido Renamo, incluindo
Prova de insatisfação
ár

E a vitória da Renamo foi folga- mas a “denunciar uma situação”. os apoiantes de Paulo Vahanle, não
Jurista e activista social, Ericino de Salema, comunga da mes-
da. Até às primeiras horas da ma- “É duvidoso nos mesmos pressu- demoraram a celebrar o que con- ma opinião de que a Frelimo pagou caro a factura de alta cares-
nhã de quinta-feira, hora do fecho postos se a STV violou a lei elei- sideram como vitória certa do seu tia da vida que encontra expressão nas dívidas ocultas.
desta edição, quando estavam pro- toral. Assiste a Frelimo ou outra candidato. Argumenta Salema que foi uma mostra de que a população da
cessadas 360 das 401 mesas, Paulo entidade apresentar queixa contra Foram dezenas de munícipes que, cidade de Nampula está insatisfeita com a governação. Aponta que isto
Vahanle liderava a contagem de Dhlakama por denúncia caluniosa ainda na noite do dia da votação, deve servir de chamada de atenção para Frelimo que as dívidas ocultas
votos, com uma maioria expressiva quando começaram a surgir os re- e o alto custo de vida têm consequência em todo o país, com o agravan-
Di

ter
nos termos geral frisou.
da lei geral”,
de 48.928 votos, contra 34.580 de sultados parciais, saíram às ruas da te de que a cidade de Nampula pode servir de amostra do sentimento
Amisse Cololo. Festa e lágrimas cidade de Nampula para celebrar a de toda a província.
É, de resto, uma vitória esmaga- Antes mesmo da meia-noite de vantagem que o candidato da Re- Para Salema, em parte, os resultados mostraram que o grande adver-
dora (perto de 60%), que reafirma quarta-feira, Paulo Vahanle já agra- namo estava a levar em relação ao sário da Renamo é a própria Renamo que, devido aos boicotes que
Nampula como uma base tradicio- decia, nas redes sociais, aquilo que seu adversário da Frelimo. fazia às eleições, perdia a oportunidade de expressar o seu projecto de
nal da Renamo e hostil à Frelimo e chamou de vitória para todos os Ainda no meio da contagem par- governação e de gerar emprego para os seus próprios membros.
Segundo Salema, Nampula deve servir de lição para o MDM de modo
pode ser um claro indicador do que munícipes. cial, o secretário-geral do partido,
que pense numa coligação com a Renamo para enfrentar municípios
acontecerá nas municipais deste “Parabéns munícipes pela minha Manuel Bissopo, liderava festejos
como Quelimane, cidade de Maputo e Matola, mas também para que
ano e gerais de 2019. eleição para presidente do muni- na chamada capital do norte, onde
a Frelimo sofistique o seu modelo de escolha dos candidatos, porque as
A Renamo boicotou as eleições cípio de Nampula. Obrigado pela a Renamo recorreu à sua própria eleições internas na Frelimo são uma fachada e deixam de lado aqueles
municipais de 2013 em protesto vitória, que não é somente minha contagem para reivindicar vitória. que têm melhores ideias.
pela forma como foi aprovada a Lei e da Renamo, mas de todos os mu- Nesta quinta-feira, a polícia disper- Prossegue Salema, apontando que os resultados da intercalar da Freli-
eleitoral. Em Nampula, as muni- nícipes”, escreveu Vahanle na rede sou com gás lacrimogénio simpati- mo pode servir de antecâmara para os próximos pleitos eleitorais, uma
cipais de 2013 foram ganhas pelo social facebook. zantes da Renamo, na zona da Pa- vez que a Frelimo está a registar uma impopularidade nunca vista até
Movimento Democrático de Mo- Quem ainda não se tinha pronun- daria, que estavam a festar a vitória agora causada pelas dividas ocultas e carestia de vida.
çambique (MDM) e o seu candi- ciado era o candidato da Frelimo, do seu partido.
Savana 16-03-2018
TEMA DA SEMANA 3

A conclusão é do Instituto Nórdico para África

Dívidas escondidas criaram novos pobres


O fardo do escândalo das “Os cidadãos comuns moçambica-

o
chamadas dívidas ocultas nos entendem que as responsabili-
já gerou “novos pobres” em dades por esta dívida estão ao nível
Moçambique e esse fenó- das instâncias políticas e interna-
meno deve ser estudado com mais

log
cionais e não conseguem antecipar
rigor, para se conhecer a profundi- o impacto total que terá na sua vida
dade do problema, considera uma diária”, afirmam.
análise intitulada “Lições apren- A análise assinala que o caso foi
didas da crise da dívida”, feita por possível, porque em mercados fi-
duas pesquisadoras do Instituto nanceiros opacos e desregulados,
Nórdico para África (NAI).
há fortes incentivos para os ban-
cos proporcionarem empréstimos
“É provável que o número de pes-
soas pobres tenha aumentado nos mesmo na falta de garantias e ava-

ció
últimos dois anos. Os fazedores de liação apropriadas.
políticas e as agências de desenvol- Cecília Navarra e Cristina Udel-
vimento devem trabalhar em con- smann Rodrigues lembram que
junto para desenvolver as ferramen- a dívida de 2,2 biliões de dólares
tas apropriadas visando identificar colocou a economia do país num
estes ´novos pobres` e desenhar po- estado de choque e o dinheiro foi
líticas apropriadas para os apoiar”, usado a pretexto de financiar as ac-
lê-se no estudo. tividades da Empresa Moçambica-
As pesquisadoras Cecília Navarra na de Atum (Ematum), Proindicus
e Cristina Udelsmann Rodrigues
não têm dúvidas de que o peso da
dívida de 2,2 biliões de dólares se-
cretamente avalizada pelo anterior
Governo será suportada pela popu-
lação moçambicana, que vê as suas
condições de vida deteriorarem-se.
exemplo, forem feitos cortes na
saúde e na educação, como forma
de evitar prejudicar os mais neces-
doras.
so
Dívidas ocultas terão concorrido para aumentar o número de pessoas pobres em Moçambique nos últimos dois anos.
dos, consideram as duas pesquisa-

Quem deve pagar o preço?


e pessoas singulares consideram a
dívida ilegítima e que Moçambi-
que deve recusar pagar os encargos,
e MAM, a primeira constituída
para a pesca de atum e segurança
marítima e as duas para a seguran-
ça marítima.
Na sequência do escândalo, o Fun-
do Monetário Internacional (FMI)
As famílias moçambicanas, assinala sitados”, lê-se no documento. cabendo às autoridades judiciais a e os doadores internacionais cor-
O estudo aponta as dívidas ocultas O estudo assinala que há uma forte identificação dos autores das dívi- taram as ajudas ao Orçamento do
a análise, estão a ser directamente
assoladas como uma história de mercados fi- corrente social que é contra a hi- das. Estado, agravando a situação eco-
um
pelo aumento dos preços, cortes or- nanceiros opacos e ineficientes. pótese de o montante das dívidas As duas pesquisadoras citam um nómica e financeira de Moçambi-
çamentais e retirada da ajuda pelos Os sistemas legais no plano inter- ocultas ser pago pelo Estado mo- editorial do Financial Times que que.
parceiros internacionais. no e internacional precisam de re- çambicano, o mesmo que pela po- refere que há uma forte inclinação O caso colocou o país sob um se-
“É importante que se evitem deci- definir as regras e os instrumentos pulação. para a restruturação da dívida, mas vero programa de resgate do FMI,
sões que possam prejudicar os po- financeiros disponíveis para afastar Muitas vozes, incluindo organiza- seria errado que a população pague que está a implicar cortes generali-
bres, o que pode acontecer se, por incentivos perversos para os merca- ções da sociedade civil, religiosas sozinha o preço. zados nas despesas do Estado.
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4
TEMA DA SEMANA Savana 16-03-2018

Mais uma CASP para velhos problemas


Por Argunaldo Nhampossa

A
o cair do pano sobre a altura Ragendra de Sousa. Porém,
este facto foi rebatido pelo então

o
XV Conferência Anual
do Sector Privado PCA do Moza Banco, Prakash
(CASP), o Presidente da Ratilal, que considerou que a cul-
República, Filipe Nyusi, consi- pa não é dos empresários, mas

log
derou a corrupção um mal por da falta de ambiente de negócios
erradicar, assinalando que afec- favorável ao sector privado, com
ta, grosso modo, o ambiente de destaque para falta de incentivos
negócios no país. à actividade económica.
O ministro da Indústria e Co-
Discursando no jantar de gala que mércio disse que gostaria que
marcou o encerramento do maior aquele espaço deixasse de ser
encontro de empresários em Mo- órgão de murmúrios e passasse
çambique, Filipe Nyusi declarou para uma instituição mutualista

ció
que, onde reina a corrupção, o onde convergem os interesses do
negócio torna-se oneroso, há des- governo, sector privado e socieda-
respeito pelo produtor e trava-se de civil em prol da melhoria das
o desenvolvimento. condições de vida do povo mo-
Apelou ao envolvimento da CTA çambicano.
para ajudar na disseminação da
legislação para que os prevarica- Empresários atacam Sasol
dores sejam punidos e responsa- No painel sobre “Petróleo e gás;
infra-estruturas de energia e mo-
bilizados.
Depois de ter sido inicialmente
anunciado que iria discursar na
sessão de abertura, ou seja, na
manhã de segunda-feira, Filipe
Nyusi acabou falando apenas de
tarde, aparentemente por lhe ter
diálogo público-privado, liderado
pelo Primeiro-Ministro.
O chefe de Estado defendeu que,
so
Painel principal: Ragendra de Sousa, Filipe Nyusi e Agostinho Vuma
o seu contributo à economia.
As dificuldades das empresas são
agravadas pelo atraso no paga-
res de pequena e média dimensão,
reduzindo os custos de investi-
mento em infra-estruturas.
Vuma criticou o processo de se-
netização do gás – conectando o
sector privado à indústria extrac-
tiva”, os empresários descarregam
sobre o director executivo da Sa-
sol, Peter Manoogian, acusando
a sua empresa de não envolver o
para a melhoria do ambiente de mento das facturas pelo Estado,
sido roubado o palco pelo minis- negócios, não basta a revisão da facto que se alia à problemática lagem de bebidas alcoólicas em empresariado moçambicano na
tro da Indústria e Comércio, Ra- legislação ou vontade política, é do reembolso do IVA, que de curso no país, assinalando que sua actividade.
um
gendra de Sousa. preciso o engajamento de todos acordo com o presidente da CTA, aquele modelo parece não estar Durante a sua explanação, Ma-
Para estupefacção de muitos, Ra- na remoção dos obstáculos que caso fosse reembolsado em tempo preocupado com a manutenção noogian disse que, nos últimos
gendra de Sousa contra-atacou as inibem o florescimento dos in- útil, seriam minimizadas. dos postos de emprego e contri- dois anos, a Sasol tem apostado
críticas do presidente da CTA, vestimentos em Moçambique, A este respeito, o Primeiro- buição fiscal. na maximização da participação
Agostinho Vuma, quando se es- dentre os quais, o combate à cor- -Ministro, Carlos Agostinho do Nas contas de Agostinho Vuma, das empresas moçambicanas no
perava que apenas anunciasse que rupção. Rosário, que participou em toda a medida está a sacrificar 95% de fornecimento de bens e serviços.
tinha chegado a vez de o chefe de “Onde reina a corrupção, o ne- a sessão, disse que está inscrita cota do sector formal de bebidas. Disse que o anterior modelo de
Estado discursar, como manda o gócio torna-se oneroso, surge o terciarização dos concursos não
no Orçamento do Estado para
protocolo seguido pela Presidên- desrespeito ao produtor e trava o o presente ano uma verba de 2.7 “Candongueiros” estava a trazer vantagens à em-
cia da República. Fazendo valer a sua pedagogia, o presa, tendo, por isso, optado por
desenvolvimento”, frisou. mil milhões de meticais para o
Esta situação levou Nyusi a dizer: ministro da Indústria e Comér- mudar de modalidade.
O executivo, prosseguiu, reconhe- pagamento de 17% da dívida com
de

“vamos ao debate para ganhar cio, Ragendra de Sousa, respon- Hoje são publicados na versão
ce que por muitas revisões de leis os fornecedores.
tempo”. deu a Vuma, lembrando aos em- portuguesa e inglesa para permi-
ou códigos que se façam, de nada Este processo, segundo o PM, só
Inicialmente, a retirada do Pre- presários a música “mercandoga”, tir competitividade.
valerão, se a prática de corrupção terá lugar depois da validade da
sidente da República da sala que do conceituado músico moçam- Explicou que este trabalho visa
prevalecer e estiver enraizada nos existência legal das mesmas dí-
acolheu o evento estava prevista bicano Chico António. promover o conteúdo local, que
esquemas obscuros os de fazer ne- vidas.
para as 14:00 horas, mas, devi- Sublinhando que a CTA existe será importante para o desenvol-
gócios. No quadro das revindicações,
do a este inconveniente, acabou há mais de 20 anos, Ragendra vimento das PME nacionais.
Segundo o PR, quem perde com Vuma criticou o facto de o sector
abandonado o local por volta das afirmou que pretendia dizer aos Apontou que é preciso que as
a prática da corrupção é o Estado, privado não ter sido ouvido em
12:00, logo depois da apresenta- empresários presentes na sala que PME invistam forte na transpa-
neste caso o povo, porque vai se torno do projecto de lei sobre a
io

ção do primeiro painel. antes foram candongueiros e só rência, melhoria de procedimen-


No seu discurso antes do jantar, gastar mais dinheiro recebendo restruturação do sector empresa- depois passaram à formalidade e tos e eficiência.
Filipe Nyusi voltou a insistir na serviços, bens ou obras de baixa rial do Estado. é missão do governo puxar o in- O director-executivo da Sasol
necessidade de tomada de me- qualidade, com consequências na Apontou a agricultura como um formal ao formal. referiu que o objectivo é encora-
didas concretas para reduzir os sua durabilidade e nos seus cus- sector que exige medidas e legis- Depois socorreu-se da música jar as empresas estrangeiras que
índices de corrupção ou mesmo tos. lação fiscal que criem incentivos do Dj Ardiles, três cervejas cem prestam serviços e fornecem bens
ár

acabar com ela. e protejam a indústria nacional, meticais, não, mas sim três blocos a registarem-se em Moçambique,
Falou da melhoria do ambiente 30(DVÀ[LDGDV para que possa competir no mer- cem meticais. de modo a colaborarem com as
de negócios, que é a principal in- Na XV CASP, que decorreu sob cado nacional. “Esta frase encapsula dentro de si nacionais no aumento das capa-
quietação do empresariado, tendo o lema “Fazer negócios em Mo- Como exemplo, disse que não própria a função e o dever do em- cidades.
afirmado que a última avaliação çambique: quadro regulatório e seria possível os agricultores na- presariado para com a sociedade José Mendes, do pelouro dos re-
papel dos actores relevantes”, o cionais competirem no mercado
Di

do Doing Business
Business,, que colocou moçambicana. As duas citações cursos naturais da CTA, disse que
Moçambique na 138ª posição, presidente da CTA, Agostinho com o arroz importado da Tai- anteriores fazem com que a nossa apenas 5% dos concursos públi-
não pode deixar o país resignado Vuma, disse no seu discurso de lândia, prevalecendo a taxa adua- grande batalha neste momento cos lançados pela Sasol são gan-
e imponente. abertura que não queria ser uma
aber neira de apenas 7,5%, nem num seja a transformação das mentes hos por moçambicanos, o que en-
O PR entende que aqueles resul- lista de reclamações, mas foram cenário em que fosse triplicada a dos participantes na caminhada fraquece o desenvolvimento das
tados devem desafiar o país a in- elas que mais sobressaíram. produtividade actual do arroz. rumo ao desenvolvimento,” disse PME nacionais, tendo apelado
troduzir reformas mais arrojadas, Vuma referiu que o actual cenário Lamentou o corte do incentivo De Sousa. para a mudança de padrão.
visando alavancar o crescimento económico nacional exerce uma que era atribuído à actividade Recorde-se que, em 2016, um ano Para Dixon Chongo, da Câmara
da economia nacional. grande pressão sobre as PME, agrícola, referente ao IRPC (10% antes de ser nomeado ministro, dos Despachantes Aduaneiros, o
O governo, prosseguiu Nyusi, de- facto que periga a sua sobrevivên- da taxa normal) como sendo um em plenas jornadas científicas do grande problema da Sasol é que
sencadeou um processo de refor- cia. retrocesso. Banco de Moçambique, Ragen- as empresas nacionais devem se-
mas para a melhoria do ambiente Apelou ao governo para que en- Agostinho Vuma pediu protecção dra de Sousa disse que o país não guir procedimentos sul-africanos,
de negócios, revendo o Código contre um espaço fiscal que possa para os processos de produção e tinha empresários capazes de im- o que não se aplica em Moçambi-
Comercial, para adequá-lo à rea- equilibrar as finanças públicas, no exportação na indústria transfor- pulsionar as exportações. “Como- que, tendo, por isso, apelado tanto
lidade sócio-económica do país, a sentido de galvanizar e assegurar madora, bem como estímulos e dismo é o principal problema dos à petroquímica como ao governo
adopção de um novo modelo de que as PME continuem a prestar incentivos para apoiar investido- empresários nacionais”, disse na para que revejam esta questão.
Savana 16-03-2018
TEMA
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DA SEMANA 5
6
SOCIEDADE Savana 16-03-2018

Abrir ou não mercado de terras?


Por Armando Nhantumbo

É , claramente, um dos mais 10 anos demos cerca de um milhão

o
acesos e apaixonantes deba- de terra”, disse, frisando que a verda-
tes do momento. O acesso à de tem mostrado falta de capacida-
terra voltou a dominar a XV de de uso dessas largas extensões ou
Conferência Anual do Sector Priva- então que há uma acumulação para

log
do (CASP), esta segunda-feira, em outros fins.
Maputo. Empresários e especialistas “Temos de desdramatizar o assunto
no assunto dizem que é chegado o senão entramos em desinformação e
momento para se abrir um mercado fomentarmos conflitos sociais”, reco-
de terras em Moçambique, de modo mendou.
a torná-las mais produtivas, uma Segundo o ministro, apenas 0.5% do
proposta que o Governo encara com potencial da taxa de terra é que o Es-
reticências. tado conseguiu arrecadar nos últimos
cinco anos, o que significa que não se

ció
O debate foi iniciado logo na sessão paga terra em Moçambique.
de abertura da CASP pelo presiden- “Queríamos pedir que a regulari-
te da Confederação das Associa- zassem os direitos, este ou próximo
ções Económicas de Moçambique mês”, disse, em tom irónico e des-
(CTA), Agostinho Vuma, para quem contraído.
a complexidade no acesso à terra O seu ministério está envolvido
para investimentos prevalece e tem numa campanha para identificar os
inviabilizado muitos projectos. proprietários de terra e, eventual-
Para Agostinho Vuma, mais do que José Caldeira discursando no painel que discutiu a terra mente, actuar sobre aqueles que de-
nunca, é chegado o momento ade- têm “terra ociosa” , habitualmente
quado para se actualizar a legislação
sobre terra de modo a responder às
necessidades actuais e futuras de
Moçambique.
“O acesso à terra pode ser facilitado
através da promulgação de procedi-
mentos simplificados e menos restri-
de Estado, que impeça um mercado
de direitos da terra.
Argumentou que é possível criar um
mercado de direitos da terra, que
existe mesmo nos Estados Unidos,
sem se retirar a propriedade ao Es-
-obra e terra.
so
só têm dois tipos de capital, mão-de-

“A terra é sua (produtores) e a terra


está a ser comercializada nas zonas
rurais à margem do sistema formal,
mas está a ser comercializada”, afir-
(MITADER) que não quis ficar para
trás no debate.
De acordo com Celso Correia, pri-
meiro, estão a ser criadas condições
de complementaridade porque não
basta fazer transmissibilidade sem
conotados com os círculos do poder.

tado. mou, anotando que é preciso encon- capacidade de fiscalização.


tivos para a aquisição e transferência Entende que é preciso alocar a terra trar formas de ajustar a lei de terra Disse que não é de hoje que se diz
de direitos fundiários, tanto nas áreas ao melhor utilizador, que tenha ca- às actuais dinâmicas, o que passa, ne- que há venda de terra em Moçam-
um
urbanas quanto nas rurais, prote- pital e conhecimento, para torná-la cessariamente, por capitalizar a terra, bique, mas é importante mudar a
gendo-se, no entanto, os legítimos mais produtiva. porque
que está a ser vendida no merca- retórica porque parece ter-se engoli-
direitos costumeiros, comunitários Numa altura em que o Governo aca- do informal. do uma fita de que não há terra em
e dos pequenos agricultores à terra”, ba de lançar uma campanha nacional
anotou Vuma. Apontou a necessidade de simpli- Moçambique.
de fiscalização de terras, Ian Rose
Para o presidente da CTA, ao se fa- ficar o acesso à terra, sem, contudo, “Repetidamente ouvimos que há
defende que a forma de garantir que
cilitar a transferibilidade do Direito as pessoas usem a terra de forma
abrir espaço para a privatização e es- problemas de terra, mas nos últimos Celso Correia
e Uso de Aproveitamento de Terra peculação da terra.
mais produtiva, é deixar que o mer-
(DUAT), pode-se criar um mercado
INCM restringe equipamentos
cado seja eficiente em si, ao invés do
de direitos de uso da terra, não um Governo fazer campanhas de fiscali-
“mercado de terra per si, porque o zação, que disse serem difíceis.

E
Estado permanece o proprietário da “Se tivermos um regime de transfe-
de

terra e este princípio continua in- ribilidade mais fluído, vamos tornar m nota tornada pública, esta quarta-feira, o Instituto Na-
questionável”. a alocação da terra mais efectiva e o cional das Comunicações de Moçambique (INCM), que é a
“O resultado será uma alocação de Governo não despenderia o seu rico Autoridade Reguladora das Comunicações, restringiu a im-
terras mais eficiente às pessoas e em- tempo a fazer aquilo que chamamos portação, utilização, circulação e comercialização, sem a de-
presas com capital e capacidade para
de fiscalização”, rebateu, acrescen- vida homologação, de equipamentos de radiocomunicações e tele-
tornar a terra mais produtiva”, defen-
tando que o processo deve ser com- comunicações que provocam interferências prejudiciais a diferentes
deu Vuma, para quem com a abor-
binado com o aumento das taxas do serviços de telecomunicações.
dagem baseada no mercado, pode se
DUAT e doutros impostos afins.
resolver o problema da “terra ociosa”,
Disse que o DUAT, e não a terra em
que disse ser um dos nós de estran- De acordo com o documento recebido na nossa redacção, passam a
si, pode ser usado como garantia por-
gulamento do desenvolvimento rural
io

estar proibidos dispositivos que usam a tecnologia DECT 6.0 (ou


que tem um valor intrínseco
intrínseco.
em Moçambique. outras) que operam na faixa de frequências de 1900 a 2100 MHz
“Queremos sugerir que o DUAT seja
(faixa consignada pelo INCM para serviços de telefonia móvel ce-
“Não há nada que impeça a transformado em instrumento de Francisco Ferreira dos Santos lular); que efectuam terminação fraudulenta de chamadas (SIM-
abertura” – especialista em garantia. Eu não tenho capital, mas
-BOX, por exemplo); que representem riscos de saúde ou que perigue
terra preciso de dinheiro para completar o “Se isso não for feito, continuaremos
a segurança dos serviços móveis terrestres, marítimos e aeronáuticos
meu investimento e esse DUAT tem na mesma”- José Caldeira
ár

Para Ian Rose, jurista americano e


40 anos ainda” precisou. Para José Caldeira, sem uma legisla- (telefones celulares de marca Samsung Galaxy Note 7, por exemplo).
especialista em terras, que entre 2011
Ian Rose alertou, contudo, que nada ção que limite burocracia e corrup- A medida inclui a importação de equipamentos de radiocomuni-
e 2013 foi director, em Moçambique,
tem de ser implementado sacrifican- ção, o acesso à terra permanecerá cações e telecomunicações, sem a declaração de importação previa-
do Millennium Challenge Corpora-
do a terra comunitária para benefício difícil. mente emitida pelo INCM, a sua venda e uso não homologados ou
tion, não há nada no princípio funda-
do investidor. “Hoje a terra vende-se claramente”, certificados pelo INCM bem como a sua instalação e utilização sem
mental de que a terra é propriedade
disse o jurista para quem é preciso a prévia vistoria técnica do INCM.
Di

“É preciso capitalizar a terra”- quebrar o tabu sobre a privatização A decisão de vedar a importação, uso, circulação e venda destes equi-
Francisco Ferreira dos Santos da terra, de modo a avançar-se na re- pamentos deriva, de acordo com a entidade que regula o sector das
Por sua vez, o agrónomo Francisco formulação e remodelação da legisla- comunicações no país, do facto desta ter constatado o aumento cada
Ferreira dos Santos, administrador ção sobre terra. vez crescente de número de casos envolvendo estes equipamentos.
delegado do grupo João Ferreira dos “Se isso não for feito, vamos conti- Porém, na nota tornada pública, esta quarta-feira, o INCM não
Santos e presidente da Associação nuar a assistir ao que assistimos todos avançou o número de casos registados até ao momento.
Algodoeira de Moçambique, expli- os dias”, disse, em alusão ao negócio “A Autoridade Reguladora das Comunicações-INCM tem, ultima-
cou que a agricultura não é uma ac- informal de venda da terra. Entende mente, constatado o aumento de casos de uso, no país, de equipa-
tividade social, nem filantrópica, mas que é preciso avançar-se para uma mentos de radiocomunicações e telecomunicações que provocam
uma actividade capitalista. transmissibilidade da terra que seja interferências prejudiciais a diferentes serviços de telecomunicações.
Afirmou que para fazer a agricultura feita de forma transparente. Também, a comercialização e circulação dos mesmos é feita sem a
não bastam políticas, é necessária a devida homologação, um pré-requisito obrigatório em Moçambi-
capitalização, mas, disse, infelizmen- “Não basta fazer transmissibili- que”, refere a nota do INCM.
te, em Moçambique há o problema dade” – Celso Correia Ainda no documento que temos vindo a citar, o INCM diz que irá
de descapitalização total. A acompanhar, atentamente, os de- confiscar todos os equipamentos não homologados ou que violem a
Defendeu, por isso, que num contex- bates esteve o ministro da Terra, legislação em vigor. (Ilódio Bata)
Ian Rose to de descapitalização, os produtores Ambiente e Desenvolvimento Rural
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Municípios continuam
sem pagar quotas

o
F
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log
oi um dos temas dominan- certa medida, condicionaram a ma-
tes da III Sessão Ordinária terialização dos projectos de investi-
do Conselho Nacional da mento e de prestação de serviços aos
Associação dos Municípios munícipes, nos prazos previamente
de Moçambique, ano passado, em definidos.
Tete, mas na IV reunião do órgão, “Queríamos reafirmar neste Conse-
semana passada, o assunto voltou a lho Nacional que as transferências
estar em cima da mesa. fiscais em Moçambique continuam
a ser de capital importância para a
Em causa está o fraco pagamento de materialização dos planos anuais,

ció
quotas por parte de alguns municí- complementando os recursos pró-
pios, o que coloca em causa a susten- prios que se consideram parcos face
tabilidade financeira da organização. às necessidades locais”, precisou.
Até Março do ano passado, eram no
total 20 das 53 autarquias que não Ano decisivo
cumpriam com as suas obrigações Para o presidente da ANAMM,
estatutárias enquanto membros da 2018 é um ano decisivo para todos os
Associação Nacional dos Municípios dirigentes municipais, por ser o últi-
de Moçambique (ANAMM). mo dos mandatos iniciados em 2014
Ao todo, deviam 4.661 mil Meticais,
o correspondente a 69% da receita
própria anual da ANAMM e, por
as quotas serem a principal fonte de
receitas, já em 2017, a agremiação
estava mergulhada numa grave crise
financeira.
e com os olhos postos para Outubro
próximo, mês da realização das pró-
ximas autárquicas.
Sem entrar em detalhes sobre o novo
pacote para a descentralização, bas-
tante criticado por suprimir a eleição
directa dos edis, concentrando os po-
so
Como resultado do não pagamen- deres nas máquinas partidárias, Ta-
to de quotas, por exemplo, a receita gir Carimo disse aos seus pares que
própria que a ANAMM conseguiu todos sabem o que devem fazer para
um
mobilizar, em 2016, apenas serviu renovar os mandatos.
para cobrir 27% das despesas de fun- “Ficamos todos a saber, através da
cionamento mínimo da Associação comunicação do chefe de Estado, Fi-
e pagamento de parte das dívidas de lipe Nyusi, a propósito dos consensos
arrendamento de escritório e dos an- alcançados com o líder da Renamo,
teriores secretários gerais. Afonso Dhlakama, o que devemos
Falando semana finda, em Maputo, fazer para renovar os nossos man-
por ocasião da IV Sessão Ordinária datos”, afirmou, acrescentando: “o
do Conselho Nacional da ANAMM, nosso entendimento é de que se trata
o presidente da organização, Tagir do resultado dos esforços do nosso
Carimo, voltou a colocar o dedo na Governo para o alcance de uma paz
ferida, frente a frente com os repre- definitiva no nosso país”.
de

sentantes dos 53 municípios, entre É preciso destacar que, em comuni-


eles edis e presidentes das Assem- cado emitido, semana passada, a Co-
bleias Municipais. missão política da Frelimo, o órgão
“A questão da sustentabilidade fi- tante no intervalo entre
mais importante
nanceira da ANAMM apresenta-se as reuniões do Comité Central do
ainda como uma grande preocupação partido no poder, deu luz verde aos
que, em grande medida, constrange a deputados da sua bancada parla-
Associação a prestar os serviços aos mentar na Assembleia da República,
seus membros”, rematou. para avançarem no modelo de cabeça
Tagir Carimo, que também é pre- listas, em que se torna edil aquele o
io

sidente do Conselho Municipal de número um da lista vencedora, o que


Pemba, capital provincial de Cabo é visto como um avanço fundamental
Delgado, lembrou que “o Conselho no caminho da democratização.
Directivoo apresentou esta preocu- Por outro lado, Carimo afirmou que,
pação ao último Conselho Nacional, sendo 2018 um ano desafiante
desafiante, é
ár

em Tete”, lamentando que “ainda preciso que se alcancem grandes su-


não foi aprovada”. cessos na materialização e conclusão
Na sessão do ano passado, em Tete, das actividades programadas nos ma-
Carimo tinha sido também contun- nifestos eleitorais e transformados
dente na abordagem sobre o assunto em planos quinquenais municipais e
que é vital para a sustentabilidade da planos estratégicos
organização. “Os munícipes estão ansiosos em ver
Di

“Temos falado com os nossos colegas o nosso balanço e grau de desempe-


devedores, mas não há resultados”, nho não só através dos informes e
lamentou, na altura, sublinhando relatórios, mas em acções e grau de
que só com a contribuição de todos desempenho”, avançou.
desempenho
os seus associados é que a ANAMM Na IV Sessão Ordinária do Conse-
se tornaria mais robusta e presente lho Nacional, a ANAMM rendeu
na vida dos municípios que, ao todo, homenagem, dentre vários dirigentes
albergam 35% do total da população municipais, ao ex-edil de Nampula,
moçambicana, ou seja, cerca de 8 mi- Mahamudo Amurane, assassinado
lhões de moçambicanos. na noite de 4 de Outubro de 2017,
No discurso da semana passada, Ta- em meio a desinteligências com o seu
gir Carimo apontou outros desafios próprio partido, o Movimento De-
que marcaram o ano de 2017, como mocrático de Moçambique (MDM).
o atraso das transferências do Fundo Para a ANAMM, a morte de Amu-
de Compensação Autárquica (FCA) rane, um edil que ganhou a fama de
e do Fundo de Investimento de Ini- exemplo na governação municipal,
ciativa Autárquica (FIIA), que, em foi um acto bárbaro.
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Termos e condições aplicaveis.


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Estão abertas as inscrições para o L


L’atelier 2018.
entr 21 a 35 anos de idade, inscreva-se e participe
Se tem entre
ár

de uma das maiores competições de arte de África.


Para mais informações, contacte a página do L’atelier
em lateliercompetition.com
Inscrições abertas até 27 de Abril de 2018.
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Conferência sobre o Agro-Negócio

0HUFDGRHÀQDQFLDPHQWRHVWUDQJXODPDJULFXOWXUD
A
Por Abílio Maolela

o
falta de estruturação do mou-se num dos mais dependentes
mercado, o difícil acesso do país.
ao financiamento e a taxa

log
de inspecção intrusiva, O algodão, caso de sucesso!
cobrada pela Kudumba, uma em- Para além dos casos de insucesso, os
presa participada pela SPI, o braço conferencistas partilharam também
empresarial do partido Frelimo, algumas estórias de sucesso, com
continuam a ser alguns dos desa- destaque para o algodão e a banana.
fios enfrentados pelos agricultores O sector algodoeiro em Moçambi-
em Moçambique. que é um dos sectores agrários com
êxito, um sucesso partilhado com
A preocupação foi colocada há dias o Estado, através do IAM, que é

ció
pelos empresários agrários durante apontado como o “regulador-par-
a “Conferência sobre o Agro-Ne- ceiro” das companhias que operam
gócio”, organizada pelo Observató- nesta área.
rio do Meio Rural (OMR), com o Quem testemunha este facto é o
objectivo de discutir os sucessos e
Administrador do Grupo João Fer-
insucessos do principal sector eco-
reira dos Santos, Francisco Ferreira
nómico do país.
dos Santos, que considera ser um
O encontro, de dois dias, juntou
dos melhores sectores do país e que
pequenos, médios e grandes produ-
tores, académicos e empresários de
diversos ramos de actividade, que
juntos discutiram os problemas que
estrangulam o agro-negócio mo-
çambicano.
Uma das vozes críticas do actual
Partilhando os resultados da sua
tese de doutoramento, cuja pesqui-
sa foi feita no Corredor de Nacala,
Paulo Linha citou a falta de rega-
dios, silos, financiamento, mercado,
so
$JULFXOWRUHVDSRQWDPRPHUFDGRHÀQDQFLDPHQWRFRPRDOJXQVGRVSUREOHPDVTXHHVWUDQJXODPDDJULFXOWXUD
$JULFXOWRUHVDSRQWDPRPHUFDGRHÀQDQFLDPHQWRFRPRDOJXQVGRVS

subsídio a este sector-chave da


economia como outra saída para o
melhoramento da produção, pois,
no seu entender,, “em Moçambique
subsidia-se, facilmente, o consumo
UREOHPDVTXHHVWUDQJXODPDDJULFXOWXUD

fechou as portas, em 2013, depois


das cheias que afectaram aquele
ponto do país, colocando um ponto
final a cerca de 20 anos de opera-
ções.
tem inspirado outras áreas, como o
tabaco.
Segundo Francisco Ferreira dos
Santos, o sector algodoeiro investe,
anualmente, cinco milhões de dó-
lares em insumos e 40 milhões de
estágio do agro-negócio é o antigo baixos preços dos produtos e o ex- (combustível e pão) do que a pro- Segundo Carlos Henriques, então dólares no fomento da cultura.
administrador-delegado da Moz cesso de burocracia para a obtenção dução”. administrador-delegado, para além
administrador-delega Para este ano, o sector espera du-
Food, uma companhia que se dedi- do DUAT, como a maior preocu- “Os subsídios devem abranger a da destruição causada pelas cheias plicar a produção, passando das 50
um
cou à produção de arroz, no distrito pação apresentada pelos pequenos redução de taxas na importação de de 2013, a empresa faliu devido ao
mil toneladas do ano passado para
de Chókwè, província de Gaza, que e médios agricultores inquiridos. insumos, assim como na exporta- baixo volume de produção.
100 mil toneladas e exportar cerca
fechou as portas, em 2013, após as Linha defendeu que, além do fi- ção, porque, para além de pagar- Henriques relatou que, durante o
de 60 milhões de dólares, dos quais
cheias. nanciamento à agricultura e a es- mos taxas ao Instituto de Algodão período de funcionamento, a Moz
Food não conseguiu produzir na 50% irão para os agricultores, em
Carlos Henriques considera que truturação do mercado, o governo de Moçambique (IAM), pagamos
moçambicano deve investir na duas vezes à Kudumba para o scan- escala necessária, de modo a renta- número de 200 mil.
o agro-negócio em Moçambique
construção de regadios em cada ner dos produtos, o que encarece bilizar o investimento, avaliado em Santos assinalou que o sector algo-
debate-se com diversos obstáculos,
distrito do país, de modo a dinami- ainda mais as operações”, obser- USD 30 milhões. doeiro é o único cujo investimen-
incluindo a estruturação do merca-
zar a actividade. vou o gestor do Grupo, que está “O arroz é uma das culturas que to afecta, não só uma cultura, mas
do, pois, a maior parte dos produ-
tores não explora o máximo do seu A proposta de construção de rega- no mercado desde finais do século deve ser produzida em escala e nós também outras, sobretudo, alimen-
potencial, devido à falta de garan- dios em todo o país não foi acolhi- XIX. não conseguimos alcançar esse ob- tares, destacando o milho, gergelim
de

tias de mercado. da pelos participantes,


ticipantes, que enten- Quem também negou que a solu- jectivo”, disse. e a mandioca.
“O produtor precisa de ter garan- dem não ser o principal problema ção da agricultura esteja na cons- Um dos factores que levou a em- Entretanto, apesar deste sucesso na
tia de mercado, assim como saber da agriculturaa moçambicana.
ambicana. trução de regadios em todo o país é presa a ter baixos volumes de pro- produção, Francisco dos Santos diz
a que preço irá vender o seu pro- Segundo o administrador do Gru- o empresário Adelino Buque, para dução foi a indisponibilidade de não estar feliz, porque a cultura não
duto, depois segue-se a questão po João Ferreira dos Santos, Fran- quem uma das soluções está no fi- terra, pois, a companhia recebeu alimenta a indústria nacional, mas
da semente e o acompanhamento cisco Ferreira dos Santos, a irriga- nanciamento aos agricultores para 1.500 hectares, parcela considerada a estrangeira.
técnico para melhorar a produção”, ção é um mecanismo industrial, desenvolverem a actividade. muito pequena para o que estava “Temos de reactivar a cadeia de
observou. cuja gestão deve ser comercial ou Outra solução apresentada por projectado. produção do algodão, o que nos
Para além da estruturação do mer- industrial,
ial, pois requer um capital este empresário é a estruturação Henriques acrescenta que a empre-
pode valer cerca de 400 milhões de
cado, Henrique referiu-se também intensivo para a sua construção e do mercado que, na sua óptica, é o sa tinha o objectivo de abastecer o
dólares. Já tivemos essa cadeia, mas
io

à necessidade de isentar algumas manutenção. maior “calcanhar de Aquiles”, pois, mercado interno, porém, por hecta-
agora a cadeia está toda fechada”,
taxas à actividade agrícola, pois, no Para aquele empresário do sector destrói o esforço dos pequenos e re, colhia sete toneladas.
algodoeiro, o aumento de extensio- “Também tivemos problema com desabafa aquele produtor.
seu entender, o desenvolvimento da médios produtores que se têm de-
nistas constitui o maior desafio do os produtores (2.700), que não ti- Por sua vez, António Gomes, da
agriculturaa é “muito caro”, porque, senrascado para produzir.
país, pois, o agricultor moçambi- “O mercado é o maior ‘calcanhar de nham insumos para melhorarem a Frutisul, disse que a produção da
“a cada dia, cria-se uma nova taxa”,
banana foi favorecida pelo clima,
ár

seja pelo Ministério da Agricultura


icultur cano carece de conhecimento para Aquiles’ para o desenvolvimento da sua produção, apesar de a empresa
e Segurança Alimentar, seja pelos melhorar a sua produção. agricultura, porque, por exemplo, o ter produzido a semente. Também solos, água e baixo custo de mão-
municípios que acabam sufocando “No algodão, por exemplo, temos agricultor sai de Chókwè com o to- tivemos problemas do preço (10 a -de-obra.
a actividade agrária. produtores a produzirem 500 qui- mate e vende a caixa a 50 meticais 14 meticais por quilograma), que Esses factores fizeram com que o
“Por exemplo, temos casos em que logramas por hectare e outros a no mercado grossista e o mesmo não se tornava atractivo aos produ- país recebesse, de 2000 a 2008, um
os produtos pagam duas vezes a produzirem mil quilogramas. A tomate é vendido a 30 meticais, o tores”, revela a fonte. investimento de USD 100 milhões
diferença não reside na tecnologia
dif Carlos Henriques defendeu que,
Di

inspecção intrusiva (Kudumba), quilograma. Então, esse é o maior dólares.


primeiro, quando são descarrega- disponível, mas na assimilação das problema que deve ser atacado”, enquanto não houver reformas no Entretanto, no meio destes louros,
dos no comboio, e, depois, quando técnicas que ensinamos”, conside- apontou. regadio, “Chókwè é uma falácia”. a administração da Frutisul rela-
são carregados para o navio. Estes ra, sublinhando a necessidade de A fonte acrescentou haver neces- Segundo aquele empresário agrá- ta alguns problemas que se verifi-
custos, tal como os da Janela Única, se reestruturar a cadeia de valor, sidade de se alterar o formato das rio, o regadio de Chókwè encontra- cam neste sector, nomeadamente
são do Estado e não do operador”, de modo a que as nossas indústrias cooperativas agrícolas, passando -se desactualizado, com dimensões
o transporte, logística, ineficiência
esclarece. trabalhem com o produto nacional. estas a partilharem apenas os meios reduzidas e sistema de drenagem
dos portos e as elevadas taxas de
“Apenas 1 a 2% da produção anual de produção, sendo que cada mem- deficiente.
Regadio em cada distrito é que fica no país. O restante vai bro detém a sua parcela de terra. “A distribuição da água deve ser
exportação, devido aos terminais de
scanner, que desfavorecem a com-
Por sua vez, o general Paulo Linha, para o exterior [Ásia e Maurícias feita em função das necessidades
do Instituto Superior de Estudos são os maiores importadores]. Isso “Chókwè é uma falácia!” da cultura e não da disponibilidade petitividade do produto.
de Defesa Tenente-General Ar- deve-se, por um lado, ao problema No painel reservado aos casos de do agricultor”, observa. A fonte indicou que a banana em-
mando Emílio Guebuza, defendeu de regulamentação, mas, por ou- insucesso, a Moz Food, uma em- Recorde-se que o primeiro Presi- prega cerca de seis mil pessoas e
a intervenção do Estado na produ- tro, à questão do mercado, porque presa dedicada à produção do arroz, dente de Moçambique, Samora exporta, anualmente, 100 mil tone-
ção, construindo regadios e vias de ainda continuamos com a venda de no distrito de Chókwè, província Machel, declarou aquele ponto da ladas, gerando 60 milhões de dóla-
acesso e a disponibilidade de finan- muita roupa usada”, constata. de Gaza, foi a protagonista. província de Gaza como o celeiro res. O consumo interno é de 15 mil
ciamento à agricultura. Dos Santos apontou também o A empresa, de capitais portugueses, da nação, mas a região transfor- toneladas.
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NO CENTRO DO FURACÃO Savana 16-03-2018 15

Propriedade invadida no distrito de Marracuene sentenciada em segunda instância

Justiça ordena devolução da terra à Milhulamete


A
Por Raul Senda (Texto) e Ilec Vilanculo (fotos)
Primeira Secção Cível do do a questão dos prazos que dá um nós como humanos”, apelou. rar daqui. Se o governo assim achar, decisão do outro Tribunal é inválida. que ainda são visíveis poços e cemi-
Tribunal Judicial da Pro- limite de 30 dias. Referiu que soube da decisão do Tri- deverá arranjar lugar para nos dei- Isso é forma de nos espezinhar por térios.
víncia de Maputo (TJPM) Judite Simão argumentava ainda que bunal através dos órgãos de comuni- xar”, disse. sermos fracos. Querem beneficiar

o
Para sustentar a sua tese, Moisés
ordenou a devolução da outra situação que pesou na decisão a cação social e de lá a esta parte anda A comissão dos nativos diz que se vai Milhulamete porque é mais que o Mahavane diz que o direito daque-
parcela ocupada pelas comunidades favor das comunidades foi o facto de muito preocupada com as incertezas reunir com os moradores para anali- povo”, lamentou. las comunidades sobre o DUAT está

g
supostamente nativas à empresa Mi- terem adquirido o DUAT por trans- do futuro. sar a decisão do Tribunal e daí definir acautelado nos termos do artigo 12
lhulamete Limitada. missão de herança. SHENAWATER é nome dum siste- os passos subsequentes. Vamos recorrer da Lei de Terras que diz que o direi-
Inconformada com a decisão da juí- ma de abastecimento de água a partir Cabral Pondza nega que a sua co- Moisés Mahavane, advogado dos su-
to de uso e aproveitamento da terra

o
Trata-se de uma aérea de 181 hecta- za, a Milhulamete, através do seu dum furo.o. Está instalado dentro da missão esteve envolvida na venda de postos nativos, disse que a decisão do
é adquirido por ocupação por pes-

l
res; dos 767,5 concessionados à em- assistente jurídico, interpôs recurso propriedade reivindicada pela Mi- terrenos e que essa é uma desculpa tribunal é injusta pelo que será con-
lhulamete e abastece água cerca de testada. soas singulares e pelas comunidades
presa Milhulamete Lda. para o plan- junto ao TJPM contestando a deci- usada pelas autoridades para lhes re-
20 famílias já fixadas na zona e tantas “Fui notificado da decisão no dia 12. locais, segundo as normas e práticas
tio de eucaliptos e desenvolvimento são da magistrada. tirar a terra.

ó
dum projecto imobiliário no bairro outras que ainda estão a erguer suas Pela frente tenho oito dias para me costumeiras no que não contrariem a
A decisão da juíza animou os supos- Sublinha que como nativos recorrem

i
Agostinho Neto, localidade de Mi- tos nativos, bem como os cidadãos habitações. ao Tribunal para exigir a devolução pronunciar. Vou consertar com meus constituição, bem como por ocupa-
chafutene, distrito de Marracuene, O sistema é gerido por Armando clientes e daí vamos avançar com o ção por pessoas singulares nacionais
que se tinham beneficiado de terre- das suas terras, ora expropriadas, pela
Jorge e conta que, para se proceder

c
província de Maputo; que em mea- nos naquela área, o que acelerou as Milhulamete e a justiça deu-lhes ra- recurso”, disse. que, de boa-fé, estejam a utilizar a
à abertura da mesma, foi necessário terra há pelo menos dez anos.
dos de 2014 foi tomada de “assalto” construções. zão. Para Mahavane, quem devia ser con-
tratar vários documentos às entida- Entende o causídico que na tentativa
por um grupo de supostos nativos. Na mesma altura, a Milhulamete “Foi o tribunal que nos autorizou a denado é a Milhulamete porque esta

o
des públicas.
A parcela em causa foi depois dividi- apresentou queixa contra a condu- continuar com o parcelamento e as é que usurpou as terras da população, de dar razão à empresa, o Tribunal
Armando Jorge diz que é apenas em-
da em talhões de 20/40 metros e ven- ta da magistrada junto ao Conselho pregado e que os pormenores sobre o construções. Agora, como é que a na medida em que esta sempre viveu ignorou o facto aludido pela Lei para

s
didos aos interessados a preços que Superior de Magistratura Judicial espaço bem como do furo só podem mesma justiça vem nos dizer que a naquele local e como prova disso é defender as comunidades nativas.
variam entre 100 a 180 mil meticais. (CSMJ). ser explicados pelos proprietários.
Estima-se que naquela parcela te- A defesa da Milhulamete alegava Contudo, olha para decisão judicial
nham sido delimitados e demarcados
mais de 300 terrenos.
que a juíza actuou sem isenção e com
parcialidade para além de violar os
como inconcebível agravada pelo
facto de chegar tardiamente.
Invasão da propriedade da Sunset Land
Para contornar a invasão e salvaguar- princípios éticos e deontológicos que

Comunidades exigem explicações


“As pessoas da comissão começaram

m
dar seus direitos, a empresa titular da definem a conduta dum magistrado. -Xt]DGR7-30RUGHQDDGHVWUXLomRGHWRGDVDVFRQVWUXo}HVHGLÀFDGDVQDSURSULHGDGHGD0LOKXODPHWH
-Xt]DGR7-30RUGHQDDGHVWUXLomRGHWRGDVDVFRQVWUXo}HVHGLÀF DGDVQDSURSULHGDGHGD0LOKXODPHWH a desbravar esta mata em meados de
área, que se localiza no limite entre Mediante a queixa, o CSMJ realizou 2014. Todos viram e ninguém rea-
termos das disposições combinadas justiça arbitrou que 75% deverão ser local. no bairro de Magoanine, cidade de

u
os bairros de Magoanine “B” junto à um inquérito que chegou a conclusão giu. Como é que agora que isto virou
dos artigos 661 e 664 do Código do suportadas pelos supostos nativos na De fontes próximas do processo sou- Maputo, onde arrendava uma casa.

ao administrador
Estrada Circular de Maputo, Guava, de que Judite Simão violou as nor- uma zona urbanizada já querem tirar
Processo Civil, o Tribunal julga pro- qualidade de réus e os restantes 25% bemos que a venda de terrenos ainda Sublinha que foi um dinheiro “con-
Agostinho Neto e Habel Jafar (Mar- mas de conduta dos magistrados ju- pessoas daqui. Isso não é justiça, é

O
cedente a acção interposta pela em- pela empresa Milhulamete. continua a um valor de 250 mil me- seguido com muito sacrifício”, mas
racuene) intentou uma acção junto diciais e, em Abril de 2017, ordenou injustiça contra pobres. Se nos tira-
presa Milhulamete. Para recusar a indeminização à em- ticais. como o sonho da sua família era ter rem daqui onde é vamos trabalhar?”,

e
do Tribunal Judicial do distrito de a sua expulsão da magistratura.
Numa sentença resumida em treze presa, o Tribunal justificou que o Para tal, basta contactar a comissão casa própria aceitou privações de vá- questionou.
Marracuene (TJDM), requerendo o caso da invasão e ven- porquê o administrador gazetara ao que se o Estado se sentir incapaz
páginas, o TJPM determina válido queixoso não fundamentou, nem de moradores que funciona debaixo ria ordem para acumular recursos fi-
embargo de qualquer actividade den- TJPM reverte a decisão da o DUAT da Milhulamete Lda. e de- da sombra duma mangueira dentro nanceiros e adquirir seu terreno.
Cabral Pondza é indicado como um da de terrenos no dis- encontro com a população. de expulsar os invasores, podem
primeira instância ofereceu provas dos alegados prejuí-

d
tro da área. dos membros da comissão respon- trito de Marracuene, Segundo eles, Juvêncio Mutacate intervir por conta própria, dada
clara inexistente quaisquer direitos a zos decorrentes das actividades dos da parcela. Ana Fernando, que é natural da pro- sável pelo parcelamento e venda de
Em Agosto de 2016, o TJDM, sob Dezanove meses depois, mais pre- província de Maputo, marcou novo encontro para sábado, a urgência em travar o que as
favor dos réus [supostos nativos] so- co-réus [invasores], nem das inci- Inocêncio Timbane, 26 anos, é um víncia de Inhambane, disse que com- terrenos, mas ao SAVANA Pondza
direcção da juíza Judite Simão, de- cisamente no dia 09 de Março de ainda promete fazer correr muita às 10:00h, depois que entendeu que comunidades locais chamam de
bre a mesma parcela. dências negativas que a mesma teve de tantos jovens que sustenta sua fa- prou a parcela onde reside na comis- diz que é apenas representante dos
cidiu a favor dos supostos nativos e 2018, Berta Cecília Tiane, juíza da O Tribunal decide ainda condenar mília tomando conta de terrenos da são dos nativos, isto é, as pessoas que tinta. Esta segunda-feira deu-se “a população exige a presença dele na invasores de terra.
na relação com os co-réus, por fim, nativos.

ir o
revogou título do Direito de Uso e Primeira Cível do TJPM, deferiu a os réus a se absterem de qualquer parcela ora reivindicada pela Milhu- se intitulam de legítimos proprietá- mais um capítulo no episódio comunidade”. Com o grupo ainda no terreno
não forneceu ao Tribunal, elementos Ao SAVANA, Cabral Pondza diz
Aproveitamento de Terra (DUAT) favor da Milhulamete e ordenou a conduta que possa pôr em causa os lamete
lamete. rios da área. em que supostos nativos, empu- As comunidades denunciam que esta a levar a cabo as suas incursões
que pudessem determinar em que que a sentença do Tribunal foi rece-
da Milhulamete. destruição de todas as construções e direitos da Milhulamete Lda. e, em Contou ao SAVANA que foi con- A nossa entrevistada já ergueu um nhando catanas e outros instru- não é a primeira vez que o adminis- consideradas ilegais e crimi-
medida e grau sofreu os alegados bida com tristeza e ao ser executada
Judite Simão chumbou o requeri- a retirada dos ocupantes da proprie- especial, a não realizarem qualquer tratado em meados de 2017 e de lá imóvel do tipo um onde vive com o mentos, estão a desbravar, par- trador gazeta a um encontro popular nosas, os “verdadeiros nativos”
prejuízos, o que faria por exemplo, provocará grandes tumultos no seio
mento da Milhulamete sob alegação dade da empresa. demarcação, construção ou qualquer a esta parte nunca viu algum movi- resto da família, contudo, ainda não celar e vender terrenos alheios, à sobre o assunto, garantindo que Ju- reuniram-se, última sexta-feira,
através dum relatório demonstrativo das comunidades locais, porque as
de que o pedido intentado por aquela A acção ora sentenciada foi intentada luz do dia e sob olhar impávido vêncio Mutacate também não com- com o chefe de posto sede de

á
acto que possa ser praticado pelo ti- de prejuízos em sede da facturação mento que sugere que a área está em possui nenhum documento emitido terras são dos nativos.
empresa era extemporâneo na medi- contra os réus Vicente Mathe, Abdul das autoridades. pareceu a uma reunião que havia sido Marracuene. A ideia era pergun-

i
tular do DUAT. da empresa ou outro documento em- litígio. pelas autoridades administrativas do Para o nosso entrevistado, antes de
da em que não obedeceu os prazos Paruque, Armando Sitoe, Alzira Jai- agendada para a última sexta-feira, tar por que razão, mesmo tendo
Para a juíza, pelas circunstâncias não presarial e tecnicamente idóneo. Lamenta a decisão do Tribunal e seu bairro ou do distrito de Marra- tomar qualquer decisão, o Tribunal
que dão um limite de 30 dias para me, Cipriana Chivambo, José Tiva- Após várias tentativas fracassa- 09. uma ordem de expulsão e embar-
restam dúvidas de que a Milhulame- refere que a mesma, para além de cuene, se não a declaração que prova devia balançar o valor dos eucaliptos
apresentação do pedido após o co- ne, Filipe Tsawane e demais cidadãos das para obter resposta do ad- Para já, a população não tem dúvida go de todas as suas actividades
te Lda. é legítimo titular do DUAT levá-lo ao desemprego, vai prejudicar que pagou os 180 mil meticais à re- e das pessoas e daí definir o bem mais
Nativos exigem indicação de

D
nhecimento do facto. não identificados nos autos que este- ministrador Juvêncio Mutacate de que o administrador distrital tem ilegais na propriedade da Sunset
sobree a área em objecto, e que os centenas de pessoas que há mais de ferida comissão. importante.
Na sua argumentação, a então juíza jam a realizar no talhão número 14, co-réus, arrogando-se de herdeiros, novos espaços três anos estão a investir seus recur- Sublinha que, ao se materializar, a “Estas terras são nossas, deixamos o
sobre o caso, as comunidades de conivência com os invasores porque, Land, o grupo invasor continua-
de Marracuene referiu que a Milhu- da parcela número 2675, propriedade Nesta quarta-feira, o SAVANA es- Fafetine e Inguelane marcaram entendem, não se justifica que fuja da va, numa clara de demonstração
introduziram-se nelas, ilegalmente, e sos na edificação das suas casas. decisão do Tribunal, centenas de fa- governo plantar eucaliptos porque
lamete Lda. tomou conhecimento da da empresa Milhulamete Lda. calou o polémico talhão 14 da parce- um encontro com o administra- sua própria população. de força e desrespeito às ordens
empreenderam
eenderam obras de constr
construção Ana Fernando, mãe de quatro fi- mílias vão cair na desgraça. não tínhamos como impedir. Hoje,
ocupação da propriedade em 2014, Na decisão, cujo processo ostenta la 2675 no bairro Agostinho Neto e dor do distrito de Marracuene, Os nativos exigem esclarecimentos das autoridades local do Estado e
diversa. lhos, precisou ao jornal que adquiriu “Imagine se vierem destruir minha como o projecto já não existe, retor-
mas só apresentou o pedido de em- número 90/17-S, a juíza refere que soube que, apesar da decisão judicial, para esta segunda-feira, 12. das autoridades locais, argumentando do Governo.
Na sentença, a juíza ordena a des- o terreno com dimensões de 20/40 casa, para onde vou com as crianças, namos às nossas terras. Aqui temos
bargo da ocupação em 2016, violan- pelo todo o que deixou exposto, e nos a vida continua normalmente naque- As comunidades queriam sa-
truição total de todas as obras ile- metros a preço de 180 mil meticais onde é que vou arranjar dinheiro para túmulos dos nossos antepassados,
le local. ber do mais alto responsável do
galmente realizadas na parcela em em Novembro de 2016. Antes vivia ter nova casa. Peço que pensem em nascemos aqui e ninguém vai nos ti-
Verificámos que quase toda a área governo do distrito as razões do
alusão e em outras áreas cujo DUAT
ocupada e parcelada já possui edifica- silêncio perante constantes actos
pertence à empresa florestal.
ções que vão desde residências, igre- de invasão, parcelamento e venda
Para sustentar a sua tese, a magistra-
jas, centros infantis, estaleiros, arma- de propriedades alheias.
da refere que os réus [ocupantes], de Mas foi uma espera em vão, por-
forma deliberada, numa clara atitude zéns e estabelecimentos comerciais.
que Juvêncio Mutacate, adminis-
de justiça privada, continuaram com Algumas casas estão habitadas. Ini-
trador do distrito, não compare-
o parcelamento, venda de terrenos ciativas privadas estão a montar sis-
ceu e à última da hora entrou em
e construção de imóveis numa pro- temas de abastecimento de água para
contacto com a liderança comu-
priedade alheia, mesmo sabendo que os residentes locais.
nitária, a quem exigiu que orga-
o processo estava a correr seus trâmi- No terreno, o jornal testemunhou a
nizasse um grupo composto por
tes legais nos órgãos de justiça, facto existência de três furos que garantem cinco pessoas para um encontro
que se consubstancia de má-fé. o abastecimento de água potável a já no seu gabinete.
O Tribunal de recurso julgou impro- pelo menos 100 famílias até ao mo- O encontro, de cerca de 30 mi-
cedente o pedido de indeminização mento instaladas. nutos, foi vedado à imprensa e, à
da empresa pelos danos causados pe- Dezenas de jovens ganham seu pão saída, os representantes da comu- &RPXQLGDGHGH)DIHWLQHH[LJHH[SOLFDo}HVDRDGPLQLVWUDGRUGH0DUUDFXHQH
los invasores e, no capítulo referente tomando conta de terrenos cujos nidade não tinham explicação de VREUHDLQYDVmRGDSURSULHGDGHGH6XQVHW/DQG
$QD)HUQDQGRWHPHTXHDH[HFXomRGDVHQWHQoDSRVVDGHL[DUVXDIDPtOLDQDGHVJUDoD ao pagamento das custas judiciais, a proprietários ainda não residem no ,QRFrQFLR7LPEDQH $UPDQGR-RUJH &DEUDO3RQG]D
16
PUBLICIDADE Savana 16-03-2018

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


SOLICITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS À MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA
RELACIONADOS A UM PROJECTO DA ÁREA 4 NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
A Mozambique Rovuma Venture S.p.A (com representação comer- grande dimensão no sector de energia e, em particular, qualquer

o
cial em Moçambique actualmente registada como Eni East Africa experiência na África subsaariana;
S.p.A. como representação comercial de Moçambique) (“MRV”) con- 3.Os nomes dos advogados da sua sociedade de advogados que tra-
YLGDDVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVGHYLGDPHQWHTXDOLÀFDGDVDVXEPH- balharão no projecto, juntamente com informação detalhada refe-

log
ter a sua manifestação de interesse e que sejam reconhecidas inter- UHQWHDRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLD LQFOX
UHQWHDRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLD LQFOXLQGR
nacionalmente (“Manifestação de Interesse”) para prestar serviços uma lista das transacções nas quais eles trabalharam no decurso
MXUtGLFRV H[FOXLQGRDVVLVWrQFLDMXUtGLFDGHÀQDQFLDPHQWRGHSURMHF- dos últimos três anos, que sejam relevantes para as estruturas co-
tos (SURMHFWÀQDQFLQJ) e a comercialização (PDUNHWLQJ ) a serem presta- merciais descritas acima);
dos no âmbito de um proposto projecto de GNL em terra (RQVKRUH), a 4.Uma apresentação detalhada sobre a percepção da sua sociedade
ser desenvolvido em relação à Área 4 da Bacia do Rovuma na Repú- de advogados sobre as prováveis prioridades e questões que serão
blica de Moçambique (os referidos serviços jurídicos, os “Serviços Ju- importantes para a Área 4, para os seus parceiros, e para o Governo
rídicos do Projecto”). Em particular, a MRV tem planos de construir de Moçambique em relação à estrutura comercial estabelecida para

ció
unidades de liquefacção em terra em Afungi, na província nortenha o Projecto;
de Cabo Delgado, para o desenvolvimento e processamento de gás 5.Proposta de honorários pelos serviços a serem pagos à sua socieda-
natural extraído do largo do mar (RͿVKRUH) da Bacia de Rovuma em de de advogados, se for seleccionada; e
Moçambique (o “Projecto”). 6.Qualquer outro factor, para além da sua experiência, que pense que
diferencia e fortalece a sua equipa em comparação com as equipes
ÂMBITO DO TRABALHO dos seus concorrentes.
2kPELWRGRWUDEDOKRLQFOXLDVVHVVRULDMXUtGLFDQXP3URMHFWRHVSHFtÀ- SÍTIO ELECTRÓNICO PARA REGISTO
FRHiUHDVFRPHUFLDLV H[FOXLQGRRÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRV SURMHFW
ÀQDQFLQJ HDFRPHUFLDOL]DomR HPSDUWLFXODURVHJXLQWH so
A página de internet (site) para registo (Submissão relativa à Moçam-
‡DVVLVWLUDHTXLSDFRPHUFLDOQDDQiOLVHGHHVWUXWXUDVGR3URMHFWRTXH ELTXH HVWiGLVSRQtYHOQRVHJXLQWHHQGHUHoRHOHFWUyQLFR85/
sejam consistentes com o quadro contratual/jurídico/regulamen-
tar aplicável e alcançar os objectivos do Projecto; https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/Qualification/Mo-
OLPL- zambique-Application (para candidaturas em Inglês)
‡HODERUDUHUHYHUGRFXPHQWRVGR3URMHFWRLQFOXLQGRPDVQmRVHOLPL
tando à, acordos suplementares ao Contrato de Concessão de Pes-
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQGL-
quisa e Produção, acordo de accionistas para entidades de objecto KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQG
um
HVSHFtÀFRRQVKRUHFRQWUDWRVGHSUHVWDomRGHVHUYLoRVFRQWUDWRVGH datura-Mozambico (para candidaturas em Português)
HVSHFtÀFRRQVKRUHFRQWUDWRVGHSUHVWDomRGHVHUYLoRVFRQWUDWRVGH
suprimentos de accionistas e quaisquer alterações necessárias asso-
ciadas ao Acordo de Operações Conjuntas; IMPORTANTE: A submissão deve fazer referência ao seguinte códi-
‡HODERUDUHUHYHUDFRUGRVGHFRRUGHQDomRGHDFWLYLGDGHVHLQVWDODo}HV JRGHSURGXWR66$$²ASSESSORIA JURÍDICA.
‡HODERUDUHUHYHUDFRUGRVGHFRRUGHQDomRGHDFWLYLGDGHVHLQVWDODo}HV
compartilhadas em Afungi, incluindo a construção de instalações Dentro da página de internet (sítio electrónico) de candidatura, na
comuns e em relação à administração de sociedades moçambica- secção “Objecto da Candidatura”, a área “Origem do convite” deve
QDVHQWLGDGHVGHREMHFWRHVSHFtÀFR VHUSUHHQFKLGDGDVHJXLQWHIRUPDASSESSORIA JURÍDICA.
‡DGPLQLVWUDomRJHUDOGR3URMHFWRGDÉUHDQDPHGLGDGRQHFHVViULR
‡DGPLQLVWUDomRJHUDOGR3URMHFWRGDÉUHDQDPHGLGDGRQHFHVViULR
‡HPLWLUSDUHFHUHVHDQiOLVHVMXUtGLFDVVREUHTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDR 2REMHFWLYRGDLQIRUPDomRHGRVGRFXPHQWRVpLGHQWLÀFDUVRFLHGDGH
‡HPLWLUSDUHFHUHVHDQiOLVHVMXUtGLFDVVREUHTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDR
de

Projecto, incluindo reassentamento, plano de desenvolvimento; GHDGYRJDGRVTXDOLÀFiYHLVTXHWHQKDPXPDFDSDFLGDGHFRPSURYD-


‡PDQWHUFRQWDFWRFRPRDVVHVVRUMXUtGLFRGHÀQDQFLDPHQWRGHSUR - da e experiência recente relevante a ser considerada para um poten-
‡PDQWHUFRQWDFWRFRPRDVVHVVRUMXUtGLFRGHÀQDQFLDPHQWRGHSURMHF
WRV SURMHFWÀQDQFH HRXDVVHVVRUGHFRPHUFLDOL]DomR PDUNHWLQJ 
WRV SURMHFWÀQDQFH HRXDVVHVVRUGHFRPHUFLDOL]DomR PDUNHWLQ cial convite ao concurso para a prestação de Serviços Jurídicos ao Pro-
FRQIRUPHVROLFLWDGRSDUDUHÁHFWLUDFRQWULEXLomRDRVGRFXPHQWR jecto.
FRQIRUPHVROLFLWDGRSDUDUHÁHFWLUDFRQWULEXLomRDRVGRFXPHQWRV
GR 3URMHFWR VRE QXPD SHUVSHFWLYD GH SRWHQFLDO GH ÀQDQFLDPHQWR A MRV avaliará a documentação acima solicitada e, se estiver satis-
ÀQDQFHDELOLW\ HRSHUDFLRQDO feita, incluirá a sociedade de advogados na lista para o convite do
‡HVWDEHOHFHUFRQWDFWRFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVR
‡HVWDEHOHFHUFRQWDFWRFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUMX - concurso para prestação de Serviços Jurídicos ao Projecto.
rídico local, que será responsável pelo aconselhamento de matérias A presente consulta não deve ser considerada um convite para con-
relacionadas com a Legislação Moçambicana. curso e não representa ou constitui qualquer promessa, oferta, obri-
io

Apenas sociedades de consultoria jurídica internacionalmente reco- gação ou compromisso de qualquer tipo por parte da MRV para cele-
nhecidas, que tenham capacidade comprovada e experiência rele- brar qualquer contrato ou acordo com o candidato ou com qualquer
vante recente na prestação dos serviços acima descritos serão con- sociedade de advogados participante na presente consulta.
sideradas para o potencial concurso no âmbito do serviço acima Todos os dados e informações fornecidos na candidatura não devem
ár

descrito. Os advogados propostos pelas sociedades de advogados ser considerados como um compromisso por parte da MRV de cele-
TXDOLÀF -
HOHJtYHLV SDUD HVWH 3URMHFWR GHYHP LQFOXLU SURÀVVLRQDLV TXDOLÀFD brar qualquer contrato ou acordo com o candidato, nem dará direito
dos para emitir pareceres no âmbito do Direito Inglês. a sua sociedade de advogados de reclamar qualquer indemnização
da MRV.
DOCUMENTOS EXIGIDOS 2V GDGRV H LQIRUPDo}HV FODUDPHQWH DVVLQDODGRV FRPR ´FRQÀGHQ-
Di

ciais” fornecidos de acordo com a presente consulta serão tratados


As sociedades de advogados, reconhecidas internacionalmente, inte- FRPRFRQÀGHQFLDLVSHOD059([[RQ0RELO0RoDPELTXH/LPLWDGDH
ressadas neste convite podem submeter a sua Manifestação de Inte- (QL5RYXPD%DVLQ6S$HVXDVDÀOLDGDVHQmRVHUmRSDUWLOKDGDVFRP
resse em participar de um concurso público registando-se na pagina pessoas ou empresas não autorizadas.
de internet (website) abaixo indicada e submetendo a seguinte docu- O prazo para a submissão da Manifestação de Interesse através da
PHQWDomRH[LJLGD página da internet (website), está estabelecido para 16 de Março de
1.Cópia autenticada e digitalizada dos documentos de registo, nome 
da pessoa jurídica e da pessoa de contacto; Quaisquer custos incorridos pelas sociedades de advogados interes-
2.Dados de qualquer trabalho recente que a sua sociedade de advo- sadas, em preparação a presente Manifestação de Interesse, serão da
JDGRVWHQKDUHDOL]DGRSDUDSURMHFWRVVLPLODUHVTXHDTXDOLÀTXHP exclusiva e inteira responsabilidade das sociedades de advogados, e
para esta tarefa, destacando o conhecimento, especialização e a deverão ser integralmente suportadas por essas sociedades de advo-
experiência da sua empresa com o estabelecimento de estruturas gados que não terão direito a nenhum reembolso pela MRV, e essas
comerciais para liquefacção de gás natural e outros projectos de sociedades de advogados não terão nenhum direito de recurso à MRV.
Savana 16-03-2018
PUBLICIDADE 17

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


PUBLIC ANNOUNCEMENT FOR EXPRESSIONS OF INTEREST
PROVISION OF LEGAL SERVICES FOR MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA IN CONNEC-
TION WITH AN AREA 4 PROJECT IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE

Mozambique Rovuma Venture S.p.A (branch office in Mozam- 3. The names of the attorneys in your firm who will work on the

o
bique currently registered as Eni East Africa S.p.A Mozambique project, together with details of their strengths, qualifications, and
Branch) (“MRV”) invites interested internationally-recognized law experience (including a list of the transactions which they have
firms that are duly qualified to submit their expressions of interest worked on during the last three years relevant to the commercial

log
(“Expression of Interest”) to perform legal services (excluding le- structures described above);
gal assistance to project financing and marketing) to be provided in 4. A detailed discussion of your firm’s understanding of the likely
respect of a proposed onshore LNG project to be developed in rela- priorities and issues that will be important to Area 4, its part-
tion to Area 4 of the Rovuma Basin in the Republic of Mozambi- ners, and the Government of Mozambique in connection with
que (such legal services, the “Project Legal Services”). In particular, the commercial structure established for the Project;
MRV is planning to develop onshore liquefaction trains at Afungi, 5. Your proposed fees for the services to be paid to your firm if se-
in the northern province of Cabo Delgado, to develop and process lected;

ció
natural gas extracted from offshore Rovuma Basin in Mozambique 6. Any other factor, besides your experience, that you think diffe-
(the “Project”). rentiate and strengthen your team from that of your competitors.

SCOPE OF WORK REGISTRATION WEBSITE

The scope of the work includes legal advice on specific Project and The registration website (Mozambique Application) is available to
commercial areas (excluding project financing and marketing), in the following URL:
particular the following:
R5--#-.#(!5."5)'',#&5.'5#(5(&34#(!5,)$.5-.,/./,-51"#-
ch are consistent with applicable contractual/legal/regulatory fra-
mework and meet Project objectives;
so
https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/Qualification/
Mozambique-Application (For (F English)

https://eprocurement.eni.it/int_ita/Fornitori/Qualifica/Autocan-
R5, .#(!5(5,0#15) 5,)$.5)/'(.-5#(&/#(!5/.5().5&#'#.5 didatura-Mozambico (For Portuguese)
to, supplemental agreements to the Exploration and Production
Concession Contract, shareholders agreement for onshoree special IMPORTANT: The submission shall make reference to the
um
purpose entities, service agreements, shareholder loan agreements commodit code: SS04AA11 – LEGAL CONSUL-
following commodity
and any associated required amendments to the Joint Operating TANCY
Agreement;
R5, .#(!5(5,0#15) 5!,'(.-5 ),5)7),#(.#)(5) 5.#0#.#-5
5.#0#.#-5 Within the website application, under the section “Object of the
and shared facilities in Afungi, including
luding construction of common Application”, the area “Origin of invitation” shall be completed as
facilities and in respect of governance of Mozambique compa- follows: LEGAL CONSULTANCY
nies/special purpose entities;
R5)0,&&5,5j5,)$.5!)0,((5-5,+/#,: The purpose of the information and documents is to identify qua-
R5*,)0##(!5&!&5)*#(#)(-5(5(&3-#-5)(5,)$.5'..,-65#(&/#(!5
R5*,)0##(!5&!&5)*#(#)(-5(5(&3-#-5)(5,)$.5'..,-65#(&/#(!5 lified law firms that have the proven capability and recent relevant
de

resettlement, plan of development; experience to be considered for potential invitation to tender for
&!
R5 &##-5 1#."5 *,)$.5 ŀ((5 &!&5 )/(-&5 (I),5 ',%.#(!5 &!&5 Project Legal Services.
counsel, as requested, to reflect input on Project documents from MRV will evaluate the above requested documentation and, if satis-
a finance abilityy and operational perspective; fied, will include the law firm in the list for invitation to tender for
,)'65&)&5)/(-&651"#"5-"&
R5&##-51#."65(5'(!5#(*/.5 ,)'65&)&5)/(-&651"#"5-"&&55 Project Legal Services.
responsible for advice in respect of Mozambican law. This enquiry shall not be considered as an invitation to bid and does
not represent or constitute any promise, offer, obligation or commit-
io

Only internationally-recognized law advisory firms that have proven ment of any kind on the part of MRV to enter into any agreement
capability and recent relevant experience of supplying the above re- or arrangement with you or with any law firm participating in this
quired services will be considered for potential tender for the scope enquiry.
of service described above. Attorneys that are proposed by eligible All data and information provided within the application shall not
ár

law firms for this Project must include English law practitioners. be considered as a commitment on the part of MRV to enter into
any agreement or arrangement with you, nor shall it entitle your law
REQUIRED DOCUMENTS firm to claim any indemnity from MRV.
Data and information clearly marked as “confidential” and provided
Internationally-recognized law firms interested in this invitation pursuant to this enquiry will be treated as confidential by MRV,
Di

may submit their Expression of Interest to participate in a tender ExxonMobil Moçambique, Limitada and Eni Rovuma Basin S.p.A.
process by registering on the website indicated below and submit- and their affiliates and will not be disclosed to non-authorized per-
ting the following required documentation: sons or companies.
1. Scanned certified copy of the registration documents, legal entity The deadline for submission of Expression of Interest through the
name and contact person; website is set for 16 March 2018.
2. Details of any recent work your firm has undertaken for similar Any costs incurred by interested law firms in replying to this Ex-
projects that qualify your firm for this assignment, highlighting pression of Interest shall be solely the entire responsibility of the
your firm’s knowledge, expertise, and experience with establish- law firms, and shall be fully born by such law firms which will not
ment of commercial structures for liquefaction of natural gas and be entitled to any reimbursement by MRV and such law firms shall
other large scale energy projects and, in particular, any such expe- have no recourse to MRV.
rience in Sub-Saharan Africa;
18
OPINIÃO Savana 16-03-2018

Cartoon
EDITORIAL
Eleição directa ou indirecta:
eis a questão
E leição directa ou indirecta para os titulares de cargos electivos de governação

o
tem sido matéria de intensos debates desde que, em Fevereiro, o Presidente
Filipe Nyusi anunciou o acordo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama,
sobre a descentralização.
Este debate é de salutar, pois uma revisão constitucional deste alcance nunca deve

log
ser restrita a um pequeno grupo de pessoas, mesmo que estas se digam legítimos
representantes do povo. Se é uma revisão que visa conferir maior ao processo
democrático só faz sentido que ela seja também feita com recurso a métodos mais
democráticos.
As propostas que emergem do entendimento entre Nyusi e Dhlakama preconi-
zam um sistema de descentralização em que a partir das eleições autárquicas de
Outubro próximo, os governadores de província e os presidentes das autarquias
serão eleitos pelas respectivas assembleias. O mesmo princípio se aplicará aos ad-
ministradores distritais, a partir de 2024.
Será a primeira vez que governadores provinciais e administradores distritais são
sujeitos à eleição.
Opera-se uma mudança substancial na forma como os presidentes de município

Fambane Pambene Marracuene

ció
são eleitos, sendo sobre esta questão onde a opinião pública está mais dividida.
Os opositores da nova proposta defendem que ela retira uma garantia constitu-
cional para a eleição directa “dos titulares electivos dos órgãos de soberania das
províncias e do poder local”, que faz parte dos “limites materiais” cuja revogação
sujeita-se a referendo. Sugerem, ainda, que a eleição indirecta é menos democrá-
tica.
Por Luís Ngwazi

R
É um argumento válido, mas cujo mérito é discutível. A eleição indirecta é uma
prática em algumas das democracias mais avançadas do mundo. Da mesma forma
que nem todos os países que praticam a eleição directa se podem considerar mais eza a história que em tempos nunc ter ido à
falar bem inglês sem nunca Esclarecem que é indispensável que
democráticos que outros. que já lá vão o progresso da escola. a confiança seja estabelecida para que
pacata vila de Marracuene
O modelo de eleição deve ser menos importante do que a vontade da sociedade de
implantar instituições democraticamente sólidas e credíveis.
A nossa experiência eleitoral demonstra que pode estar exagerada a noção de que
a eleição directa torna os titulares mais ligados aos seus eleitores.
Na maioria dos partidos políticos reina uma regra não escrita de que é proibido os
membros terem ambição de representar o seu partido como candidatos a qualquer
cargo. Tais comportamentos são combatidos, chegando os seus protagonistas a
serem ostracizados e catalogados como ambiciosos. A tradição é que ou é o líder
do partido ou a estrutura máxima de direcção que indica quem deve ser candidato
so
dependia em parte do gran-
de esforço da empresa Caminhos de
Ferro de Moçambique, na promoção
e dinamização do turismo.
Para quem conhece a vila de Mar-
racuene, ainda lá existe uma infra-
Os tempos foram passando, foram
passando, e aquilo que parecia um
sonho impossível de alcançar, acon-
teceu: Batelão, nunca mais! O Rio
Incomáti ganhou uma ponte que une
as suas duas margens. De um lado da
margem já falámos. Do outro lado,
os investidores avancem e possamos
ver as grandes e famosas cadeias in-
ternacionais de hotéis e restaurantes,
todas juntas, instaladas na Macaneta.
Os citados interlocutores acrescen-
tam que com um bom marketing,
a Macaneta ficará cheia de turistas
-estrutura oriunda desses tempos: Macaneta, a Copacabana de África.
para um determinado cargo. Em alguns partidos esse processo pode ser depois estrangeiros, haverá mais emprego
o Pavilhão de Chá dos C.F.M. Lo- Mac
Macaneta tem sol, tem rio, tem praia
legitimado numa falsa eleição interna, mas a maioria dos partidos nem com isso nacional, e o retorno em forma de
se importam. calizado bem na marginal da vila, o com areia branca, água quente e on-
um
das bem animadas. O que falta para impostos será exponencial. O Gover-
Portanto, os candidatos a vários cargos de eleição no nosso sistema o têm sido edifício centenário  está rodeado de
mais por vontade dos dirigentes dos seus partidos, do que mesmo como resultado este presente da natureza ser melhor no sairá a ganhar com os valores re-
janelas que permitem uma vista des-
das suas capacidades para desempenhar as funções exigidas pelos cargos para que lumbrante sobre o rio Incomáti. que a famosa praia brasileira que to- colhidos que poderão ser investidos
concorrem. dos ouvimos falar? em outros projectos sociais.
Uma vez consagrados como candidatos eles recebem apoio dos seus respectivos
Numa das saídas do pavilhão, do
lado oposto à vila, desce uma “pas- Naquilo que é a opinião emitida por Sobre o actual administrador, que
partidos, e realizam a sua campanha no entendimento de que quem vota neles
estará, de facto, a votar no partido a que pertencem. De facto, raramente importa sagem secreta” que vai dar directa- vários interlocutores locais é possí- inicialmente se posicionou contra os
mais quem ganhou uma determinada eleição do que o partido do vencedor. mente ao apeadeiro. Atravessando a vel criar, na Macaneta, um turismo invasores de terras, agora parece que
É por isso que na maioria das vezes, os titulares dos cargos de eleição prestam mais linha férrea havia uma pequena pon- de massas, maioritariamente estran- virou o disco. Muitos leram a edição
contas aos seus dirigentes partidários do que aos seus eleitores. O antigo presiden-
te que permitia o acesso a um barco geiro, que possibilite a obtenção de do jornal SAVANA em que este se-
te do município de Nampula, Mahamudo Amurane, foi assassinado numa altura divisas para o país.
em que persistia um feudo que o opunha à direcção do seu partido, o Movimento de recreio, também pertencente aos nhor afirma que a situação está con-
C.F.M., que levava os turistas a pas- Para facilitar o desenvolvimento trolada.
Democrático de Moçambique (MDM). Apesar de uma parte significativa dos
desta actividade propõem que as De facto, quem está em Marracuene
eleitores considerarem que ele estava a realizar um trabalho positivo, a cúpula do sear pelo rrio.
de

partido insistia que ele abandonasse o seu lugar. diversas infra-estruturas a construir
O roteiro funcionava assim: Os tu- diz que a situação está controlada.
Em 2011 e 2013, a Frelimo obrigou os presidentes dos municípios de Cuamba, sejam concentradas numa zona bem
ristas chegavam de comboio, para- Não pelo sr. Administrador, confor-
Matola, Pemba e Quelimane a renunciarem aos seus cargos por incompatibili- delimitada. De modo a rentabilizar
dades com a liderança do partido, mesmo que para a tomada de tal decisão os vam no apeadeiro, subiam as escadas me explicam, mas pelos invasores
os espaços sugerem a construção de
eleitores não tenham sido consultados. da passagem secreta até ao pavilhão. que ainda não se retiraram dos lo-
edifícios altos. Preferem alojamentos
É por isso um exagero exaltar as virtudes da eleição directa em detrimento da Tomavam as suas refeições enquanto cais que invadiram. Justificam que
eleição indirecta. Qualquer que seja a modalidade de eleição não será bem suce- não muito luxuosos, que ofereçam
aguar
aguardavam a chegada do barco de quando os bandidos esquartejam e
ansformar a cultura democrática no DNA
dida se não prevalecer a vontade de transformar preços acessíveis, mas com maior lu-
recreio. Nós, do lado da vila, só vía- cro, por economia de escala. Dizem vendem esses espaços alheios estão
da sociedade política moçambicana, e se a democracia continuar ainda a ser vista
como uma mera formalidade para preencher requisitos impostos como condição mos o pavilhão cheio de gente sem também que não vale a pena ter na a usurpar competências que o nosso
para beneficiar de apoio económico externo. nenhum carro à volta. mesma rua, hotéis, escritórios, esco- Governo delegou ao sr. Administra-
io

O modelo que a nova revisão constitucional propõe sugere que os titulares sejam Depois, os turistas davam um passeio las, residências e barracas misturados. dor. Por sua vez, e à rebeldia de quem
eleitos a partir da lista do partido ou grupo maioritário, onde o cabeça de lista se no rio para se aproximarem e foto-
torna também candidato a titular. Isto significa que à partida os eleitores saberão Acham que deveria ser construída o mandatou, este senhor delegou
grafarem os hipopótamos. Regres- uma rua marginal constituída apenas
quem será o titular em caso de vitória de qualquer um dos grupos concorrentes. esses poderes aos invasores. Por isso
Compete agora aos legisladores tornar esta cláusula legalmente vinculativa, para sando à terra, subiam o comboio em por hotéis e restaurantes. diz que a situação está controlada.
evitar situações em que depois de obter a maioria, qualquer partido ou grupo direcção a Maputo. Ora, um empreendimento desta na- Mas a população reclama que ele já
venha a dizer que mudou de ideias sobre quem deve ser o seu candidato. Isso Outros turistas, com mais tempo, tureza implica uma reformulação do
ár

pode-se conseguir através da inclusão da obrigatoriedade do cabeça de lista se não comparece aos encontros que ele
davam uma caminhada pela vila, actual estado de coisas. Contudo,
candidatar também como titular pela sua lista. conheciam outros restaurantes e vi- mesmo convoca junto à comunidade.
A eleição indirecta tem também algumas vantagens do ponto de vista de custos. para não se repetir o que tem vindo
sitavam o bem cuidado jardim com Decididamente, e voltando ao assun-
Primeiro, segundo o Presidente Nyusi disse, ao anunciar as propostas, elimina a a acontecer, os mencionados interlo-
vista para o palácio do administrador. to anterior, em Marracuene muitos
necessidade de eleições intercalares em caso de renúncia, destituição, incapacidade cutores pedem para que o Governo
permanente ou morte do titular eleito. Em segundo lugar, reduz substancialmente Também aí tiravam muitas fotogra- descubra alguém com inteligência, têm sérias dúvidas de que este se-
a onerosa operação que seria a impressão de boletins de voto diferentes para cada fias. boa criatividade e, principalmente, nhor inspire confiança para cumprir
Di

uma das eleições para os 154 administradores distrdistritais e respectivas assembleias. Concluindo, naquele tempo, Mar- a missão que lhe foi atribuída. Muito
muita honestidade para liderar o
Mas a essência da prática democrática em tanto que tal dependerá menos do mo- menos para liderar o empreendi-
delo de eleição do que da vontade intrínseca dos moçambicanos desenvolverem
racuene ganhava com os forasteiros, processo. Só alguém com este perfil é
um sistema político verdadeiramente democrático, baseado na responsabilidade maioritariamente da vizinha África que poderá ganhar a confiança de to- mento que sonham para a praia da
dos eleitos perante os eleitores. do Sul, que lá iam deixar muito di- dos os intervenientes e permitir que Macaneta. Enfim, são coisas que oiço
nheiro. Houve gente que aprendeu a se efectuem as mudanças necessárias. da gente da minha terra.

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Mosca, Paulo Mubalo (Desporto).
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Savana 16-03-2018
OPINIÃO 19

Memória Dançante I

o
A receita era simples, porém
implicava um investimen-
ma música.
Por uma estranha e distorcida asso-
chão cimentado, ou, à falta de ci-
mento, terra bem compactada. De
só dos que se encontravam lá den-
tro a dançar, como também daque-
ser
espinhosa de servir como garante
da preservação da sua condição de

log
to de vulto: um leitor de ciação de ideias, a este conjunto os resto, a maior parte dos pares dan- les que estivessem em suas casas e donzela. Por outras palavras, eu era
discos robusto, dois alti- seus usuários davam a designação çava ali descalça. pudessem usufruirruir do som. Porque, uma espécie de guardião de virgin-
falantes de média ou baixa potên- genérica de «instrumento». Os ins- O que era importante mesmo era bem entendido, estes sítios eram de dade.
cia, uma bateria de 12 volts para trumentos tinham a sua aplicação que o tecto fosse de chapas de zin- culto exclusivo à Deusa da Dança. Não sei se ela saiu dessas incursões
alimentar o sistema; o resto teria invariavelmente em espaços mais co, por uma razão muito simples: os Não se vendia ali nada, nem manu- incólume ou não, todavia, se saiu,
que ser, como é obvio, um acervo de ou menos largos, mas que, mesmo altifalantes tinham que sair do inte- facturado, nem confeccionado em o mérito é única e exclusivamente
uma boa dezena de seven singles, o assim, tinham em comum o facto rior do barracão para serem pendu- lares caseiros, nem cigarros, nem dela. Aquela missão estava muito
suficiente para aguentar uma noite de serem o mais simples possível: rados lá no alto, com o som a voar a refrescos, nem sumos, muito menos acima das minhas forças, por várias
sem repetições exageradas da mes- um barracão de madeira e zinco de favor do vento, para uso e gozo não bebidas alcoólicas. O ritual a que se razões. uma delas é que o barracão

ció
entregavam
egavam aqueles corpos jovens e do Mafothane se situava logo à
suados era o puro e simples prazer margem de um imenso palmar, que
da dança.a. Aliás, as entradas nem se a noite mergulhava numa escuridão
pagavam! O que se fazia era inter- densa. E mais, desse palmar até ao
ditar e limitar a entrada dos ma- areal da praia eram dois ou três
chos, para equilibrar o sistema. passos. Era mais que uma tentação
Entrei em contacto directo com o para um casal jovem. Por último,
mundo dos instrumentos na segun- como eu nem estava a fim de dan-
da metade dos anos 50, na Maxixe.

Das mulheres e das laranjas so çar e as noites eram extremamente


Nessa altura, reinava naquele uni-
longas, antes mesmo de dar a meia-
verso um senhor absoluto, o Mafo-
-noite eu já estava enroscado num
thane, que tinha como seu ganha-

E
canto a dormir o sono dos justos.
-pão o trabalho de taxista. Ele era,
Dormia tão profundamente, que
com efeito, um dos dois ou três pre-
screveu a escritora Susan tende fechar as mulheres em situações épocaa do Iluminismo, pensamos frequentemente acontecia eu so-
tos na vila que prestavam o serviço
Sontag, no rescaldo do ata- de opressão e de inferioridade. Por que a vocação do ser humano exige nhar que estava na latrina a urinar
de táxi, o que era obra. Às sextas
que às Twin Towers: «o acto exemplo, uma civilização democrática que ele aprenda a pensar por si mes- copiosamente. Quando a minha
e sábados, entretanto, alimentava
terrorista é um ataque contra é superior a uma civilização tirânica mo,, em lugar de se contentar com irmã me vinha despertar ao fim da
bailes superconcorridos no seu bar-
a modernidade», e reforçava: «contra ou totalitária. Por exemplo, uma civi- as visões do mundo previamente
um
racão, tão concorridos que, na épo- madrugada, estava sentado numa
a única cultura que tornou possível lização que respeite as liberdades in- prontas, encontradas em seu redor pequena poça e tinha os calções
ca e até à segunda metade dos anos
a emancipação das mulheres». Esta dividuais é superior a uma civilização (Todorov). mais molhados e pesados que uma
60, uma ária que estava em voga
afirmação, por si só, justificaria as que não as respeita. Por exemplo, uma Esta nova exigência traduziu- rede de pesca acabada de retirar do
entre as jovens de hábitos mais ou
virtudes da modernidade, conotan- civilização secular, onde todos têm o -se em: a) mais liberdade, b) mais mar, depois de uma noite de faina
menos licenciosos, naquela cida-
do-a com um inegável passo civili- direito de escolher a religião ou a falta dignidade, c) maior autonomia, e farta.
de, era a seguinte (e aqui faço uma
zacional. de religião, é superior a uma civili- teve por pressuposto uma contínua Libertei-me deste mundo um pou-
tradução livre e pessoal): “Sejam de
E como esta é uma época de grande zação integrista ou fundamentalista, superação do homem e dos seus co a contragosto, depois de ter con-
estrelas ou de luar / de chuva torren-
debilidade moral, exige-nos a hom- que pretenda impor a mesma religião limites por via de uma educação cluído a terceira classe elementar,
cial ou de trovoada / toda a gente sabe
bridade de nos definirmos: eu co- a todos.» orientada, a qual visa quer um bom por razões logísticas. Uma vez que
/ que nas noites de sexta e sábado / é
mungo, com André Comte-Spon- Estas declarações de princípio dis- entrosamento na vida prática (e na os meus pais já não tinham con-
escusado procurar-me em casa. / Não é
ville, da convicção de que se todos pensam a territorialização dos seus sociedade técnica do seu tempo), dições financeiras para sustentar
lá que eu durmo.”
de

os homens são iguais em direitos e em pressupostos. Uma civilização X quer o cumprimento da felicidade. os meus estudos, tiveram que me
Tive de entrar no mundo do barra-
dignidade é igualmente verdade que será superior a uma civilização Y, É isto válido para homens e mulhe-
cão do Mafothane quando a minha transferir para Lourenço Marques
nem todas as civilizações se equipa- desde que conduzaa a um reforço da res. Portanto, uma das heranças hu-
irmã mais velha atingiu a maiorida- para fazer a quarta classe, o que
ram em facto e em valor. dignidade e à plenitude dos direitos manitár
manitárias mais preciosas colocou
de e começou a exigir intransigen- também me dava a vantagem de,
Pode esta afirmação desencadear humanos. como meta ideal para as socieda-
temente que os meus pais a deixas- querendo terminar os estudos, po-
um mal-entendido, se munidos de O resto é bordado ideológico, ou des que cada cidadão seu tivesse as
sem frequentá-lo. Cederam, sob a der fazer o exame de admissão ali
má-fé ou se partilharmos de um re- descende, prevenia Nietzsche, da oportunidades para se cumprir no
condição de ela me levar como seu perto para entrar no ensino secun-
lativismo chão. As coisas são mais cultura dos ressentidos. O que me seu pleno humano e social.
acompanhante. Eu tinha a missão dário.
complexas. Voltando ao filósofo interessa é o homem, a sua virtude Alguém que não explore em si to-
francês, cito-o, e à sua meridiana encarnada num acto, a cada mo- das as suas possibilidades e se auto-
io

clareza: mento e em cada lugar, seja qual for -castre ou seja condicionado apenas
«Não acreditem que dizer que “todas a sua origem. para obedecer a uma representação
as civilizações se equivalem” seja de- Vem-me este paleio a propósito social sobre o seu género rouba à
fender os direitos humanos. É exac- de uma conversa com um jovem humanidade o que lhe poderia
tamente o inverso. Por uma razão no dia 8 de Março, Dia da Mu- oferecer se realizasse as suas po-
Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
ár

simples e forte: se todas as culturas se lher, e na qual ele se mostrou um tencialidades. Equivale a ter nas- Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
equivalessem, já não podíamos dizer velho com derivas tradicionalistas. cido marreco e a obstinar-se em 571
que uma cultura respeitadora dos di- E como súmula dos seus argumen- fazer campanha para se acabar com
reitos humanos é superior a uma cul- tos sustentava: “e você já pensou como o atletismo.
Se numa laranja com doze gomos Essencialismo e maniqueísmo

O
tura que não os respeita. são felizes as mulheres que estão em
É aqui que as duas proposições que eu casa a cuidar dos seus filhos!”. Isto só dois têm sumo, estando os ou-
Di

evoquei, a verdadeira, “todos os ho- está claro, falando ele em nome das tros mirrados, é uma laranja no seu essencialismo - coisa de todos nós, ao mais variados níveis
mens são iguais em direitos e digni- mulheres. E está tudo dito. Ou não: pleno? Não. Com os humanos é a - consiste em tomar comportamentos, estados e identi-
dade”, e a falsa, “todas as civilizações considerando que isso fosse ver- mesma coisa. Todos os seus “go- dades por fenómenos imutáveis e auto-explicáveis. A eti-
são iguais em facto e em valor”, são, dade, pode-se ser feliz e ser-se si- mos”, cada aspecto da sua persona- quetagem social é, regra geral, o produto do essencialismo.
não apenas logicamente independen- multaneamente tolo. Não tenho eu lidade compósita, têm de responder Quando dizemos que o norte do país é matriarcal, estamos a dizer que
tes, mas logicamente incompatíveis: dir
direito a ser um(a) tolo(a)? Tenho, no máximo de si e não no mínimo. perderíamos o norte caso algo se desmatriarcalizasse, caso sumisse
porque se a primeira é verdadeira, se mas serei digno de pena, no empe- Uma mulher não é mulher porque é essa confortante evidência irremediavelmente natural e fagocitante.
todos os homens são iguais em direi- quenecimento que faço das minhas mulher mas porque é um ser huma-
Eis uma questão colocada um dia por Georg Simmel: a partir de
tos e em dignidade, então, uma civi- virtudes e qualidades. Mais cego é no e, desculpem-me, a minha vida
lização que respeita a igualdade de o que não quer ver. No marxismo será mais rica se amar uma cien- que efectivo os desviantes seguros ou prováveis podem ser tomados
direitos e a dignidade de todos os seres chamava-se a esta (auto-)amputa- tista nuclear do que se amar uma como quantidade negligenciável?
humanos é superior a uma civilização ção a alienação – conceito que urge dona de casa – o diálogo terá ou- Por sua vez, o maniqueísmo parece ser um dos mais sólidos princí-
que as viole. recuperar-se. tros quilates. E poder sê-lo, cientis- pios da cognição: a divisão do mundo numa coisa boa e numa coisa
Por exemplo, uma civilização que O Iluminismo, no século XVIII, ta nuclear, afinal, é um direito dela, má, o daltonismo moral, a irredutibilidade das fronteiras, a religião
pensa que os homens e as mulheres são trouxe uma conquista que deve ser irrenunciável. dos antagónicos, a recusa dos hibridismos e do transfronteiriço
iguais em direitos e dignidade está encarada como património huma- Sistema social que não respeite isto mesmo quando são evidentes e normais.
acima de uma civilização que pre- nitário. Resume-se assim: desde a não tem futuro.
20
OPINIÃO Savana 16-03-2018

Intifada no galinheiro
D
Por Gustavo Costa*
e passagem pela Catalunha, o pacote conta que não conseguem sequer accionar a Para que não nos esqueçamos que, naquela Agora, não havendo lugar para uma viagem
turístico ou a revisão médica acon- lanterna para iluminar o caminho das fontes altura, se bem me lembro, as críticas, con- para a Catalunha, estabilizar a transição não
chegam-se num lençol de petróleo. alternativas de energia para alimentar o único tundentes, disparadas à queima-roupa contra significa, porém, continuar a esconder por

o
O petróleo serve de almofada para aeroporto internacional do país... a herança de Manuel Vicente, foram então debaixo do tapete a porcaria que, aqui e ali,
confortar os bolsos. Por aqui, não consigo catar petróleo para rea- amplamente apoiadas por vários segmentos emerge sempre que há má gestão de recursos
Mas o petróleo é apenas um mero pretexto nimar do estado doentio o antigo Hospital da sociedade. públicos.
Universitário como instituição de ensino de Mas também para que não nos esqueçamos Mas, sendo jornalista e não agente policial,
contabilístico. Destapadas as ramas, o que, no

log
excelência, em memória ao Prof. Dr. Nuno de olhar para a origem da nossa fortuna an- não farei nenhum juízo de valor sobre as acu-
fundo, enreda a história e destapa o lodo, é o
Grande, o grande formador das primeiras ntra os afortunados do
tes de vociferarmos contra sações e contra-acusações
contra-acusa que ensombram a
poder. gerações de médicos licenciados em Angola assalto.. Por isso é que não podemos perder a Sonangol.
A viagem bem poderia ser para o 20º andar a partir de 1965. memória... Havendo uma denúncia pública e não no-
do edifício situado no cruzamento da avenida Por aqui, desperto num país bicefalizado por Aplaudida a purga,, o tempo, esse maldito tícias infundadas, a Procuradoria Geral da
10 de Dezembro com a Rainha Ginga. desinteligências políticas, que não estimu- tempo,, encarregar-se-ia de demonstrar que, República, que é dirigida agora por um novo
Bem poderia ser mas não será. O destino, o lando a tentação para mais um saltinho até afinal, poderia estar-se ali diante de um pro- magistrado, com outra formação, competên-
verdadeiro destino dos gladiadores, é outro. à Catalunha, ameaçam agora perigosamente cesso de ajuste de contas. cia e visão, não poderia fazer dessa denúncia,
Situa-se no cimo da Colina de S. José. vir a dar espaço ao triunfo de cataclãs! Isso Um processo mais preocupado com a eficácia uma não denúncia.
O destino, o verdadeiro destino, é o poder. não podemos permitir! da calculadora nas contas de subtrair e mul- Fez, por isso, o que lhe competia fazer: man-

ció
Afinal, o centro de uma intifada espoletada Não podemos porque não podemos perder tiplicar do que com a preservação e aumento dar instaurar um inquérito para apurar even-
entre tribos do mesmo poder. a memória. Não podemos porque não pode- da rentabilidade de herança comum. tuais responsabilidades criminais.
mos agora passar uma esponja sobre a forma O tempo, esse maldito tempo, encarregar-se- Beneficiando tanto Isabel dos Santos quanto
Que começa a padecer de urticária provo-
entusiástica como, há ano e meio, foi tratado galinheiro,, afinal,
-ia de demonstrar que no galinheiro Carlos Saturnino do princípio da presunção
cada pelos arranhões de um freio, que já foi em praça pública o trabalho das administra-
poder. Poder absoluto. A minha viagem, essa velhas raposas poderiam estar ali a ser subs- de inocência, se as houver, encaminham-se
ções anteriores à chegada de Isabel dos San- tituídas por novas raposas.
raposas ambos os processos para os tribunais.
não será, assim, nem para a Cidade Alta, nem tos à Sonangol.
para a sede da Sonangol. E que a titularidade de herança comum, há Se as acusações de um e de outro estiveram
Não podemos porque não podemos passar muito privatizada, não tardaria agora a passar
Mas o bilhete de passagem, comprado por destituídas de fundamento, então arquivam-
uma esponja sobre a forma exultante como a circular de uma margem do rio para come- -se os processos. É assim que se age num Es-
quem está disposto a viajar pelas trevas de todos quantos aplaudiram a denúncia de um
çar a desaguar na outra margem do rio. tado de direito.
destino tão cobiçado, continuará a ter como
itinerário aquelas duas escalas, que se fundem
numa só: poder.
Hoje, a minha viagem não escalará a Cata-
lunha. E não escalará a Catalunha porque na
Catalunha não tenho nada para catar.
Por lá, não se catam fortunas, nem heranças.
primeiro assalto ao castelo, protagonizado
por uma matilha de abutres que deveria estar
a contas com a justiça.
Não podemos esquecer que tudo o que está
a acontecer era previsível que viesse a acon-
tecer. Há ano e meio deixei um aviso: Engª
Isabel dos Santos não faça aos outros aqui-
so
O tempo, esse maldito tempo, encarregar-se-
-ia de demonstrar que, afinal, novos senho-
templo, poderiam também encarnar a
res do templo,
imagem de gato escondido com o rabo de
fora...
E demonstrava também que o poder de Isa-
bel dos Santos nascia na Sonangol contra
É assim porque a política não é para crian-
ças. E quando parece ser, como dizia Eça de
Queirós, então é necessário, de vez em quan-
do, mudar as fraldas...
E se o país está a mudar, a justiça também
está a mudar e a quebrar barreiras. Ainda
bem. Ainda bem porque a justiça está-se a
lo que não quer que lhe façam também a si
Por lá, não cato emoções, nem me deixam ser amanhã. Ninguém me quis ouvir... Manuel Vicente e acabaria na Sonangol con- revelar disposta a provar que ninguém está
catado por aclamações. E se, perante a exposição, em carne viva, da tra Carlos Saturnino. acima da lei...
Por aqui, viajo por um país das sete maravi- As suas balas incendiárias devastaram o am- Só espero agora que o tempo não engorde
um
gangrena, os abutres da época não estão a
lhas, que não catou herança familiar alguma contas com a justiça, a responsabilidade só biente, atingindo até alvos inocentes, mas o este caso. E que, no futuro, antes de atirarmos
para alimentar o infantário lá de casa. pode ser assacada a quem, no passado, ao óleo cleptocrático que besunta a perfuração pedras para cima do telhado de vidro dos ou-
Sendo pública, essa herança, emanada de mais alto nível, esteve comprometido com a petrolífera manteve-se praticamente intacto. tros, olhemos primeiro para o espelho.
metamorfoses geológicas, não foi arquitetada farra. Previsível, há ano e meio, criados e alimen- Para que no futuro, os Josés não se sintam
pela luminária propagandística de engenhei- Só pode ser assacada ao arquitecto que, com tados para satisfazer a voragem das crias, ressabiados com os Lourenços e as Isabéis
nome próprio, ao ter concebido, projectado, bantustões de rapina começavam a impor-se não passem a vida a falar mal dos Vicentes.
ro algum.
protegido e beneficiado com o florescimen- para regalo de gente especial, como gosta(va) Para que no futuro, as pessoas inteligentes,
E só em Junho de 1976 – data da fundação
to do monstro,, dificilmente sairá ileso deste de se lhes rreferir o Criador... (...) as pessoas que não querem entregar-se
da Sonangol e não em Fevereiro – é que essa lamaçal. É por isso, que não podemos perder Na televisão, as antenas parabólicas transfor- à voragem, parem. Para saberem onde estão
herança comum começou a ser esculpida e a memória... madas em antenas paranoicas, eram expostas e para onde querem ir.
explorada em toda a sua magnitude. Para que não nos esqueçamos que, naquela num fogareiro financeiro de alta temperatura. Para que no futuro, os nossos políticos pas-
Por aqui, a torneira petrolífera iludiu, de altura, se bem me lembro, não houve mortos No Fundo Soberano, a soberania do fundo sem a lidar com a diferença nos marcos da
de

forma estrambólica, a pretensão dalguns po- e feridos. era queimada pelas chamas de uma combus- decência e da civilização. E deixem à justiça o
deres públicos passarem a viajar num TGV, Tudo o que está a acontecer na Sonangol era tão suíça. E, na Sonangol, o furacão que ali que é da justiça.
mas desmontada, agora, estrondosa incom- previsível que viesse a acontecer. Há ano e passou era classificado pela meteorologia pe-
petência, esses mesmos poderes, nem dão meio deixei um aviso... trolífera como um verdadeiro terramoto! *Artigo retirado Novo Jornal editado em Angola

Por Luís Guevane


SACO AZUL
io

“Responsabilização” do país ou de um grupo de indivíduos?


Q uando se defende
ende que “o país e causa, “passasse” pela Assembleia da Repú- ponsabilização” é no sentido de um grupo cada vez mais fortes sobre a “respon-
ár

parceiros devem partilhar res- blica e de lá tivesse o aval (não a posterior!), de indivíduos e não do país. A suspensão sabilização” do país. Assim, pagamos
ponsabilidades” sobre as “dívi- aí, por hipótese mais do que certa, admi- do apoio directo, desde 2016, acompanha todos e não um grupo de indivíduos.
das ocultas” percebe-se, logo à tiríamos que o país e os parceiros devem
tir esta percepção de que um grupo de indi- A tese de que a questão das dívidas
primeira, que há uma grande preocupa- “partilhar responsabilidades”. Oficialmen- víduos colocou o país em crise. Percepção ocultas/ilícitas é “política” ganha cres-
ção em convocar a justiça. No entanto, te, as dívidas ocultas, para muitos “dívidas aceite em vários meios como factor único centemente mais campo ainda que os
quando procuramos dar conteúdo ao ilícitas”, tomaram a designação de dívidas da crise. Outros factores por não serem bem discursos dos governantes continue
Di

conceito “país”, colocado nessa óptica, públicas pela mão da bancada maioritária. percebidos não têm sido facilmente aceites. dissonante na terminologia a usar so-
cebemos que há espaço par
percebemos para algum O argumento da ditadura de voto transfor- É isto que aquece o asfalto, independente- bre a questão em causa. Continua no
debate. Um debate extemporâneo ou mou o “ilícito” em lícito. Pelo menos não mente do lado legal da “coisa”. É isto que ar uma espécie de orgulho. Ou seja,
uma preocupação de defesa tácita dos houve um esclarecimento oficial sobre essa motivou a declamação do poema dos ven- Moçambique continua “firme” mes-
que devem realmente ser responsabi- “transformação”. Aqui começa o problema dedores de água. Poema para esquecer por- mo com a retirada do apoio directo ao
lizados e não propriamente focalizar de alinhamento: pela imprensa é fácil perce- que agora a sugestão/imposição é de uma Orçamento do Estado. É, no fundo, o
o olhar para o país e encontrar nele o ber que alguns falam de “responsabilização” partilha de responsabilidades entre o país e marketing de um filme cujo conteúdo
rosto da culpa? A pergunta não cala: a na óptica de grupo de indivíduos e, outros, os parceiros. poucos conhecem mas que, de certeza,
“responsabilização” deve recair sobre o do mesmo coro governamental, defendem A defesa de que Moçambique (como país) e não é sobre firmeza, de modo algum.
país ou um grupo de indivíduos? a responsabilização na perspectiva de Mo- os parceiros de cooperação devem partilhar Por tendência, a teimosia de um pobre
Se o grupo de indivíduos, ciente das çambique como país. Independentemente as responsabilidades das dívidas ocultas, tem tido custos bastante elevados para
suas responsabilidades e no claro e de “oficialmente” apresentar-se um sentido uma vez que ocorreram no exterior, começa si próprio. A “responsabilização” deve
cego respeito pelos procedimentos que de “dívidas públicas” estaríamos certos em a dar-nos indicações cada vez mais ténues recair sobre um grupo de indivíduos e
devem ser seguidos para o caso dos afirmar que, numa rápida pesquisa aos ci- sobre as possibilidades de “responsabili- não sobre o país, a não ser que se prove
montantes envolvidos na dívida em dadãos, de forma clara e inequívoca, “res- zação” de indivíduos e, em contrapartida, o contrário.
Savana 16-03-2018
DESPORTO 21

A poucos dias do africano de xadrez, empresariado ainda não abriu os cordões à bolsa

FMX com as calças na mão Breves…Breves…Breves…breves


GDM recebe material desportivo
Por Paulo Mubalo

o
Federação Moçambica- O Grupo Desportivo de Maputo, uma das mais expressivas e
na de Xadrez, FMX, está antigas colectividades do país e que desde o ano passado luta,
apreensiva com a falta de desesperadamente pelo seu regresso ao Moçambola, recebeu,
recursos financeiros para nesta terça-feira,
ça-feira, na sua sede, da MFS, em parceria com Zai-

log
organizar, da melhor maneira nadine Júnior e Mexer, antigos atletas da agremiação, diverso
possível, o Campeonato Africano material desportivo.
de Xadrez da África Austral, em Trata-se de equipamentos completos para estágio, fatos de
ambos sexos, competição agenda- treinos, pares de equipamento alternativo, equipamento para
da para os dias 7 a 15 do próximo edes e bolas.
guarda-redes
mês, na província de Maputo. Até A entrega do material foi feita por David Nhassengo, respon-
ao momento, já confirmaram a sável pelo marketing da MFS e pelos pais dos dois atletas re-
sua presença sete países, a saber, tromencionados.
Namíbia, Zâmbia, Angola, África O gesto foi efusivamente saudado pelo presidente alvi-negro,

ció
do Sul, Lesotho, Botswana e Zim- Pela primeira vez, a localidade de Mulotane vai acolher o africano de xadrez Inácio de Jesus Bernardo.
babwe. O empresariado nacional,
salvo raras excepções, ainda não se Matola até aqui na federação. Esta Realizamos o último Campeonato
decidiu. não tem nenhum patrocinador per- Africano de Xadrez, os campeões,

Consta-nos que a preparação da


manente e sobrevive de alguns
apoios provenientes da academia
o vice, o terceiro e os restantes me-
lhor classificados vinham de dife- FIT oferece material à FMT
da Matola. Não temos tido uma rentes províncias do País. Dos dois
nossa selecção já começou. Quais
base sequer de apoio permanente primeiros, um vinha de Maputo
as dificuldades que a FMX enfren-
das empresas, continuamos a bater província e o outro de Maputo- ci- A Federação Internacional de Ténis ofereceu, à sua congénere
ta para acolher este evento?
-A preparação da nossa selecção
começou a semana passada e, em
termos de dificuldades, nós não
estamos numa ilha. A situação é
sobejamente conhecida e as dificul-
dades são enormes para muitas mo-
as portas e estamos em crer que, até
ao final deste ano, teremos algumas
empresas a apoiar a federação.

Obrigação de vencermos
Quais são as expectativas de Mo-
so
dade,, os outros quatro eram de So-
fala, Manica, Cabo Delgado e Tete.
A selecção nacional é composta por
xadrezistas que vêm do último fes-
tival nacional de jogos escolares,
pois no xadrez a idade não é deter-
minante, pois para um atleta jogar
Moçambique, diverso material desportivo.
de Moç
O material em alusão inclui raquetas, bolas, redes, cones e cor-
das e destina-se à massificação do ténis, a começar pelas escolas
primárias do país.
Uma das províncias que será contemplada na distribuição deste
material é Inhambane.
O presidente da FMT, Valige Tauabo, disse, no acto da recep-
dalidades. No caso vertente, estão a çambique no evento?
nos seniores, não significa que tem ção do material, que gostaria que o mesmo fosse usado devida-
faltar patrocinadores, mas claro, es- - Em África há uma tradição, se-
que ter 18 anos em diante, basta ser mente e que através desses meios possam surgir mais atletas.
tamos a envidar esforços para ver se gundo a qual, quem organiza um
um
talentoso. “Queremos, também, que a FIT continue a nos apoiar, olhando
conseguimos obter apoio financeiro evento desta natureza tem a obri-
Quantos atletas no total corpori- cada vez mais para o país”, frisou.
de modo a acolhermos, sem muitos gação de ganhar e, no nosso caso,
zaram o evento?
sobressaltos, este africano. sempre temos conseguido ocupar
-Nós vamos participar com 14 atle-
Três milhões de meticais lugares cimeiros. Estou a falar do
tas, ou melhor, com duas selecções
precisam-se
Vinte e cinco atletas nos jogos
primeiro, segundo e terceiro luga-
e, destes atletas, seis vêm das cama-
Quanto dinheiro será necessário res e esta é a nossa aposta. Já or-
das inferiores. No total, a competi-
para se organizar uma competição ganizamos o campeonato africano
desta magnitude?
-São, pelos nossos cálculos, apro-
de juniores, em Moçambique e
ficamos em primeiro lugar. Mas
ção contará com a presença, de no
mínimo 30 xadrezistas, em repre- da Commowealth
sentação dos países que já enume-
ximadamente três milhões de me- atenção que desta vez será a doer,
rei. E mais: contando com os nos-
ticais e, neste momento, faltam são seniores e as dificuldades se- Moçambique far-se-à representar por seis modalidades, nos jo-
sos 14 serão aproximadamente 50
de

nos 60 por cento. Ora, daqui até rão acrescidas, porque virão países gos da Commowealth, agendados para os dias 4 a 15 de Abril,
xadrezistas. O evento vai decorrer
lá iremos ver, mas o africano deve que têm exímios praticantes de em Melbourne, na Austrália, designadamente, atletismo, nata-
em Mulotane,
Mulotane Matola, sendo que
acontecer, porque caso contrário xadrez, países com muita tradição ção, voleibol de praia, boxe, basquetebol feminino e ciclismo.
já identificamos um sítio acolhedor,
será a imagem do país que vai ficar nesta modalidade e que já se sa- No total, a delegação moçambicana será composta por 44 pes-
isolado e propício para acolher um
beliscada, para além de outras im- graram campeões africanos várias soas, sendo 25 atletas e os restantes, treinadores e dirigentes.
evento desta dimensão.
plicações, isto porque a Federação vezes. Mas seja como for, não os Mas por
porque não realizar o evento
Internacional de Xadrez indicou o tememos porque já provamos que em Maputo, na sede da FMX, para
nosso país para acolher o certame. el da África Austral melho-
ao nível minimizar
minimiz os gastos?
Ou seja, não temos como não orga-
nizar o africano, temos de acolher a
ramos bastante. Só para recordar,
nas últimas participações africanas,
-Maputo-cidade já acolheu vá-
rias competições internacionais e
Liga-Maxaquene polariza
io

prova. As dificuldades, como disse,


são inúmeras, até porque o xadrez
open regionais, temos ganho tudo.
Há um mês participamos no open
é nossa intenção mostrarmos que
o xadrez não só se joga na capital.
atenções do Moçambola
não é uma modalidade prioritária, de Lesoto, e uma criança da acade- Ademais: saímos fora para mostrar
como o futebol, basquetebol, por aí. mia da Matola ganhou o evento em A terceira jornada do campeonato nacional de futebol, Mo-
a outra parte do turismo despor-
Por via disso, não esperamos que juniores, enquanto que em seniores çambola, tem na partida Liga Desportiva-Maxaquene o jogo
tivo. Então, vamos para Mulotane
ár

alguém possa vir a correr e dizer- também ficamos em primeiro lugar. de cartaz.
realizar o africano de xadrez. O que
-nos que está aqui a parte que falta, Então, significa que já estamos em A jornada ficará incompleta devido à participação da UDS e
na verdade vai acontecer é que para
nós temos de ir atrás e é justamente cima, mas precisamos de mais jogos Costa do Sol nas afrotaças.
além da realização desta competi-
isso o que estamos a fazer. para melhorarmos as nossas parti- As restantes partidas são as seguintes:
ção, vamos visitar algumas escolas
Quais têm sido as promessas do cipações internacionais. Clude de Chibuto-UP de Manica, Ferroviário de Maputo-
primárias mais próximas, onde ire-
empresariado? Como foi feita a nossa selecção? Sporting de Nampula, Ferroviário de Nampula-1º de Maio de
mos oferecer material de xadrez e
-Já contactamos algumas empre-
Di

-Este nov
novo elenco da federação não escolar. E já agora, queria apelar à Quelimane, Ferroviário de Nacala-ENH e Textáfrica-Ferroviá-
sas, mas também temos aquelas dá apenas primazia aos atletas da rio da Beira.
comunidade circunvizinha para que
empresas amigas e declino dizer os capital do país, mas sim aos me- Ficam adiados os desafios, UDS-Desportivo de Nacala e Costa
se prepare para acolher este evento,
nomes, que sempre nos ajudaram, lhores atletas de todas as provín- do Sol-Incomati.
o qual acontece pela primeira vez
desde a Academia de Xadrez da cias que praticam a modalidade. numa localidade.
22
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DESPORTO Savana 16-03-2018

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


SOLICITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS À MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA RELACIONADOS
A UM FINANCIAMENTO DE PROJECTO (PROJECT FINANCING) DE UM PROJECTO DA ÁREA 4
NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
A Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (com a representação co- internacionais e outros grupos de credores, e em particular, qual-

o
mercial em Moçambique actualmente registada como Eni East TXHUH[SHULrQFLDFRPÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRVGH*1/HRXWURV
Africa S.p.A. representação comercial de Moçambique) (“MRV”) SURMHFWRVGHJUDQGHGLPHQVmRQRVHFWRUGHHQHUJLD
convida as sociedades de advogados interessadas, que estejam de- 3. Os nomes dos advogados da sua sociedade de advogados que tra-
EDOKDUmRQRSURMHFWRMXQWDPHQWHFRPLQIRUPDomRGHWDOKDGDUHIH-

log
YLGDPHQWHTXDOLÀFDGDVDVXEPHWHUDVXDPDQLIHVWDomRGHLQWHUHVVH
HTXHVHMDPUHFRQKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWH ´0DQLIHVWDomRGH,Q- UHQWHDRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLDUHOHYD
UHQWHDRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLDUHOHYDQWH
WHUHVVHµ  SDUD SUHVWDU VHUYLoRV MXUtGLFRV D UHVSHLWR GH XP ÀQDQFLD- LQFOXLQGR XPD OLVWD GDV WUDQVDFo}HV QDV TXDLV HOHV WUDEDOKDUDP
WUDEDOKDUDP
PHQWRGHSURMHFWR SURMHFWÀQDQFLQJ SURSRVWRSDUDXPSURMHFWRGH no decurso dos últimos três anos, que sejam relevantes para os
*1/HPWHUUD RQVKRUH DVHUGHVHQYROYLGRHPUHODomRjÉUHDGD ÀQDQFLDPHQWRVGHVFULWRVDFLPD 
%DFLDGH5RYXPDQD5HS~EOLFDGH0RoDPELTXH RVUHIHULGRVVHUYL- 8PDDSUHVHQWDomRGHWDOKDGDVREUHDSHUFHSomRGDVXDVRFLHGDGH
8PDDSUHVHQWDomRGHWDOKDGDVREUHDSHUFHSomRGDVXDVRFLHGDG
oRV MXUtGLFRV RV ´Serviços Jurídicos de Financiamento de Projec- GHDGYRJDGRVVREUHDVSURYiYHLVSULRULGDGHVHTXHVW}HVTXHVHUmR
GHDGYRJDGRVVREUHDVSURYiYHLVSULRULGDGHVHTXHVW}HVTXHVHUm
tos”. Em particular, a MRV tem planos de construir duas unidades LPSRUWDQWHVSDUDDÉUHDSDUDRVVHXVSDUFHLURVHSDUDR*RYHU
VHXVSDUFHLURVHSDUDR*RY -
LPSRUWDQWHVSDUDDÉUHDSDUDRVVHXVSDUFHLURVHSDUDR*RY
LPSRUWDQWHVSDUDDÉUHDSDUDRV

ció
GHOLTXHIDFomRHPWHUUD RQVKRUH HP$IXQJLQDSURYtQFLDQRUWHQKD QRGH0RoDPELTXHHPUHODomRDRSRWHQFLDOÀQDQFLDPHQWRSDUDR
GH&DER'HOJDGRSDUDRGHVHQYROYLPHQWRHSURFHVVDPHQWRGHJiV Projecto;
QDWXUDOH[WUDtGRDRODUJRGRPDU RͿVKRUH GD%DFLDGH5RYXPDHP 3URSRVWDVGHKRQRUiULRVSHORVVHUYLoRVDVHUHPSDJRVjVXDVRFLH
3URSRVWDVGHKRQRUiULRVSHORVVHUYLoRV -
0RoDPELTXH R´Projecto”). GDGHGHDGYRJDGRVVHIRUVHOHFFLRQDGD
4XDOTXHURXWURIDFWRUSDUDDOpPGDH[SHULrQFLDGDVXDVRFLHGDGH
4XDOTXHURXWURIDFWRUSDUDDOpPGDH[SHULrQFLDGDVXDVRFLH
ÂMBITO DO TRABALHO: GHDGYRJDGRVTXHSHQVHTXHGLIHUHQFLDHIRUWDOHFHDVXDHTXLSD
GHDGYRJDGRVTXHSHQVHTXHGLIHUHQFLDHIRUWDOHFHDVXDHTXLSD
HPFRPSDUDomRFRPDVGRVVHXVFRQFRUUHQWHV
2kPELWRGRWUDEDOKRLQFOXLRVHJXLQWH

‡DVVLVWLUDHTXLSDGRÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRVQDDQiOLVHGDVHV-
WUXWXUDVGHÀQDQFLDPHQWRTXHYmRGHHQFRQWURDRVREMHFWLYRVGR
3URMHFWREHPFRPRLGHQWLÀFDUDVTXHVW}HVGRSURMHFWRTXHSRVVDP
WHULPSDFWRHPTXDOTXHUSRWHQFLDOÀQDQFLDPHQWR
P
so
‡IDFLOLWDUXPDGLVFXVVmRIRFDGDGRVREMHFWLYRVGHÀQDQFLDPHQWRGR SÍTIO ELECTRÓNICO PARA REGISTO
Projecto;
2VtWLRHOHFWUyQLFRSDUDUHJLVWR 6XEPLVVmRUHODWLYDj0RoDPELTXH 
2VtWLRHOHFWUyQLFRSDUDUHJLVWR 6XEPLVVmRUHODWLYDj0RoDPEL
HVWiGLVSRQtYHOQRVHJXLQWHHQGHUHoRHOHFWUyQLFR 85/ 
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀFDWLRQ0R-
zambique-Application SDUDFDQGLGDWXUDVHP,QJOrV
‡HIHFWXDUDUHYLVmRGHGRFXPHQWRVGR3URMHFWRLQFOXLQGRGHFRQWUDQWUD-
WRVGHFRQVWUXomRRX(3&SDUDDIHULURVHXSRWHQFLDOGHÀQDQFLD-
WRVGHFRQVWUXomRRX(3&SDUDDIHULURVHXSRWHQFLDOGHÀQDQFLD KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQGL-
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQG
um
mento (ÀQDQFHDELOLW\); datura-Mozambico (para candidaturas em Português)
‡SURYLGHQFLDUDFRQVHOKDPHQWRDWLQHQWHjUHTXLVLWRVHSURFHGLPHQ-
‡SURYLGHQFLDUDFRQVHOKDPHQWRDWLQHQWHjUHTXLVLWRVHSURFHGLPHQ
SH[(&$VH0/$V)
WRVHVSHFLDLVGHYiULDVIRQWHVGHHPSUpVWLPRV SH[(&$VH0/$V IMPORTANTE: $VXEPLVVmRGHYHID]HUUHIHUrQFLDDRVHJXLQWHFyGL-
LQFOXLQGRUHTXLVLWRVVRFLDLVHDPELHQWDLVTXHVW}HVDWLQHQWHVDHOH-
LQFOXLQGRUHTXLVLWRVVRFLDLVHDPELHQWDLVTXHVW}HVDWLQHQWHVDHOH JRGHSURGXWRSS04AA11 – ASSESSORIA JURÍDICA
JLELOLGDGHHWF .
‡ DVVLVWLU QD SUHSDUDomR GH LQIRUPDomR GR SURMHFWR PHPRUDQGRV
PHPRUDQGRV 'HQWURGDSiJLQDGHLQWHUQHWGHFDQGLGDWXUDQDVHFomR´2EMHFWRGD
'HQWURGDSiJLQDGHLQWHUQHWGHFDQGLGDWXUDQDVHFomR´2EMHFWR
WHUPVKHHWVHRXWUDGRFXPHQWDomRUHODFLRQDGDDRÀQDQFLDPHQWR &DQGLGDWXUDµDiUHD´2ULJHPGRFRQYLWHµGHYHVHUSUHHQFKLGDGD
&DQGLGDWXUDµDiUHD´2ULJHPGRFRQYLWHµGHYHVHUSUHHQFKLGDGD
EHPFRPRSURYLGHQFLDUDFRQVHOKDPHQWRQRUHVSHLWDQWHDFRQIRU- VHJXLQWHIRUPDASSESSORIA JURÍDICA.
midade (FRPSOLDQFH FRPWRGDVDVJDUDQWLDVDSOLFiYHLVHRXWUDVOHLV
FRPWRGDVDVJDUDQWLDVDSOLFiYHLVHRXWUDVOHLV
DSOLFiYHLV 2REMHFWLYRGDLQIRUPDomRHGRVGRFXPHQWRVpLGHQWLÀFDUVRFLHGD-
de

‡DVVLVWLUQDUHYLVmRHODERUDomRHQHJRFLDomRGRVYiULRVDFRUGRVGH
‡DVVLVWLUQDUHYLVmRHODERUDomRHQHJRFLDomRGRVYiULRVDFRUGRVGH GHVGHDGYRJDGRVTXDOLÀFiYHLVTXHWHQKDPXPDFDSDFLGDGHFRP-
ÀQDQFLDPHQWR LQFOXLQGR RV WHUPRV FRPXQV VXEMDFHQWHV FUpGLWR provada e experiência recente relevante a ser considerada para um
garantias e acordos entre credores (LQWHUFUHGLWRU DJUHHPHQWV) que SRWHQFLDOFRQYLWHSDUDRFRQFXUVRSDUDDSUHVWDomRGH6HUYLoRV-XUt-
VHUmRQHFHVViULRVHQRFXPSULPHQWRGHWRGDVDVFRQGLo}HVSUHFH- dicos de Financiamento de Projectos.
GHQWHVUHIHUHQWHVDRSULPHLURVDTXH ÀUVWGUDZGRZQ);
GHQWHVUHIHUHQWHVDRSULPHLURVDTXH ÀUVWGUDZGRZQ $059DYDOLDUiDGRFXPHQWDomRDFLPDVROLFLWDGDHVHHVWLYHUVDWLV-
‡PDQWHUFRQWDFWRVFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUM -
‡PDQWHUFRQWDFWRVFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUMXUt IHLWDLQFOXLUiDVRFLHGDGHGHDGYRJDGRVQDOLVWDSDUDRFRQYLGiODD
GLFRORFDOTXHVHUiUHVSRQViYHOSHORDFRQVHOKDPHQWRMXUtGLFRU -
GLFRORFDOTXHVHUiUHVSRQViYHOSHORDFRQVHOKDPHQWRMXUtGLFRUH SDUWLFLSDUGRFRQFXUVRSDUD6HUYLoRV-XUtGLFRVGH)LQDQFLDPHQWRGH
ODFLRQDGRjVPDWpULDVGD/HJLVODomR0RoDPELFDQD Projectos.
$SUHVHQWHFRQVXOWDQmRGHYHVHUFRQVLGHUDGDXPFRQYLWHSDUDFRQ-
io

‡HPLWLUSDUHFHUHVMXUtGLFRV
FXUVRHQmRUHSUHVHQWDRXFRQVWLWXLTXDOTXHUSURPHVVDRIHUWDREUL-
$SHQDVVRFLHGDGHVGHFRQVXOWRULDMXUtGLFDLQWHUQDFLRQDOPHQWHUH -
$SHQDVVRFLHGDGHVGHFRQVXOWRULDMXUtGLFDLQWHUQDFLRQDOPHQWHUHFR JDomRRXFRPSURPLVVRGHTXDOTXHUWLSRSRUSDUWHGD059GHFHOH-
nhecidas, que tenham capacidade comprovada e experiência rele- EUDUTXDOTXHUFRQWUDWRRXDFRUGRFRPRFDQGLGDWRRXFRPTXDOTXHU
YDQWHUHFHQWHQDSUHVWDomRGRVVHUYLoRVDFLPDGHVFULWRVVHUmRF - sociedade de advogados participante na presente consulta.
YDQWHUHFHQWHQDSUHVWDomRGRVVHUYLoRVDFLPDGHVFULWRVVHUmRFRQ
ár

VLGHUDGDV SDUD R SRWHQFLDO FRQFXUVR QR kPELWR GR VHUYLoR DFLPD 7RGRVRVGDGRVHLQIRUPDo}HVIRUQHFLGRVQDFDQGLGDWXUDQmRGHYHP
descrito. Os advogados propostos pelas sociedades de advogados ser considerados como um compromisso por parte da MRV de cele-
HOHJtYHLVSDUDHVWH3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀF
HOHJtYHLVSDUDHVWH3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀFDGRV EUDUTXDOTXHUFRQWUDWRRXDFRUGRFRPRFDQGLGDWRQHPGDUiGLUHLWR
SDUDHPLWLUSDUHFHUHVQRkPELWRGR'LUHLWR,QJOrV DVXDVRFLHGDGHGHDGYRJDGRVGHUHFODPDUTXDOTXHULQGHPQL]DomR
da MRV.
DOCUMENTOS EXIGIDOS 2V GDGRV H LQIRUPDo}HV FODUDPHQWH DVVLQDODGRV FRPR ´FRQÀGHQ-
Di

FLDLVµHIRUQHFLGRVGHDFRUGRFRPRSUHVHQWHFRQYLWHVHUmRWUDWDGRV
$VVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVUHFRQKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWHLQ - FRPRFRQÀGHQFLDLVSHOD059([[RQ0RELO0RoDPELTXH/LPLWDGD
$VVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVUHFRQKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWHLQWH
UHVVDGDVQHVWHFRQYLWHSRGHPVXEPHWHUDVXD0DQLIHVWDomRGH,QW - H(QL5RYXPD%DVLQ6S$HVXDVDÀOLDGDVHQmRVHUmRSDUWLOKDGDV
UHVVDGDVQHVWHFRQYLWHSRGHPVXEPHWHUDVXD0DQLIHVWDomRGH,QWH
UHVVHHPSDUWLFLSDUGHXPFRQFXUVRS~EOLFRUHJLVWDQGRVHQDSiJLQD
UHVVHHPSDUWLFLSDUGHXPFRQFXUVRS~EOLFRUHJLVWDQGRVHQDSiJ FRPSHVVRDVRXHPSUHVDVQmRDXWRUL]DGDV
GHLQWHUQHW ZHEVLWH DEDL[RLQGLFDGDHVXEPHWHQGRDVHJXLQWHG
GHLQWHUQHW ZHEVLWH DEDL[RLQGLFDGDHVXEPHWHQGRDVHJXLQWHGRFX - 2SUD]RSDUDDVXEPLVVmRGD0DQLIHVWDomRGH,QWHUHVVHDWUDYpVGD
PHQWDomRH[LJLGD SiJLQDGDLQWHUQHW ZHEVLWH HVWiHVWDEHOHFLGRSDUDGH0DUoRGH
1. Cópia autenticada e digitalizada dos documentos de registo, nome 2018.
GDSHVVRDMXUtGLFDHGDSHVVRDGHFRQWDFWR Quaisquer custos incorridos pelas sociedades de advogados em
'DGRVGHTXDOTXHUWUDEDOKRUHFHQWHTXHDVXDVRFLHGDGHGHDGYR- SUHSDUDomRj0DQLIHVWDomRGH,QWHUHVVHVHUmRGDH[FOXVLYDHLQWHLUD
JDGRVWHQKDUHDOL]DGRSDUDSURMHFWRVVLPLODUHVTXHDTXDOLÀTXHP UHVSRQVDELOLGDGHGDVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVHGHYHUmRVHULQWH-
SDUD HVWH WUDEDOKR GHVWDFDQGR R FRQKHFLPHQWR HVSHFLDOL]DomR H JUDOPHQWHVXSRUWDGDVSRUHVVDVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVTXHQmR
H[SHULrQFLDGDVXDHPSUHVDFRPWUDQVDFo}HVGHÀQDQFLDPHQWRGH WHUmRGLUHLWRDQHQKXPUHHPEROVRSHOD059HHVVDVVRFLHGDGHVGH
SURMHFWRVTXHHQYROYDPDJrQFLDVGHH[SRUWDomRGHFUpGLWREDQFRV DGYRJDGRVQmRWHUmRQHQKXPGLUHLWRGHUHFXUVRj059
Savana 16-03-2018
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DESPORTO 23

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


PUBLIC ANNOUNCEMENT FOR EXPRESSIONS OF INTEREST
PROVISION OF LEGAL SERVICES FOR MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA IN CONNECTION
WITH A PROJECT FINANCING OF AN AREA 4 PROJECT IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE
0R]DPELTXH5RYXPD9HQWXUH6S$ EUDQFKR΀FHLQ0R]DP- 7KHQDPHVRIWKHDWWRUQH\VLQ\RXUÀUPZKRZLOOZRUNRQ
ELTXHFXUUHQWO\UHJLVWHUHGDV(QL(DVW$IULFD6S$0R]DPELTXH WKHSURMHFWWRJHWKHUZLWKGHWDLOVRIWKHLUVWUHQJWKVTXDOLÀFD-

o
%UDQFK  ´059µ LQYLWHVLQWHUHVWHGLQWHUQDWLRQDOO\UHFRJQL]HG WLRQVDQGUHOHYDQWH[SHULHQFH LQFOXGLQJDOLVWRIWKHWUDQVDF-
ODZ ÀUPV WKDW DUH GXO\ TXDOLÀHG WR VXEPLW WKHLU H[SUHVVLRQV WLRQVZKLFKWKH\KDYHZRUNHGRQGXULQJWKHODVWWKUHH\HDUV
WLRQVZKLFKWKH\KDYHZRUNHGRQGXULQJWKHODVWWKUHH\HDUV

log
RILQWHUHVW ´([SUHVVLRQRI,QWHUHVWµ WRSHUIRUPOHJDOVHUYLFHV UHOHYDQWWRWKHÀQDQFLQJVGHVFULEHGDERYH 
WREHSURYLGHGLQUHVSHFWRIDSURSRVHGSURMHFWÀQDQFLQJRIDQ $GHWDLOHGGLVFXVVLRQRI\RXUÀUP·VXQGHUVWDQGLQJRIWKHOL-
$GHWDLOHGGLVFXVVLRQRI\RXUÀUP·VXQGHUVWDQGLQJRIWKHOL
RQVKRUH/1*SURMHFWWREHGHYHORSHGLQUHODWLRQWR$UHDRI NHO\SULRULWLHVDQGLVVXHVWKDWZLOOEHLPSRUWDQWWR$UHDLWV
NHO\SULRULWLHVDQGLVVXHVWKDWZLOOEHLPSRUWDQWWR$UHDLW
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24
CULTURA Savana 16-03-2018

“Os Crimes Montanhosos” é sustentado pela crítica


F oi lançado recentemente um
livro de poesia intitulado “Os
Crimes Montanhosos”, dos
escritores António Cabrita
que leva à descoberta mais rápida
de processos”, garante o escritor.
De acordo com Mbate Pedro, ainda
que autónomas, as duas partes dia-
por muito bom que seja, há sempre
qualquer coisa que não devia estar
lá ou há algo que está lá amais. Seja
como for, o mais importante é que

o
e Mbate Pedro. Trata-se de uma logam entree si e bebem da mesma o escritor não deve, em circunstân-
obra composta por dois corpos de fonte.. “Pois, ambos abordamos as cia alguma, esquecer a sua mão no
poemas: os primeiros são de Antó- mesmas preocupações temáticas e livro”, frisa Mbate.
nio Cabrita, intitulados “O Colari- que têm muito a ver com a condi- O poeta entende que a obra pode

log
nho branco do corvo”, e “A gravata ção humana. Falo aqui, por exem- ser encarada como um discurso
branca do corvo albino”, de Mbate plo,, da morte, do amor, da angústia, sustentado por uma perspectiva
Pedro. “Queríamos fazer algo jun- que são na verdade os altos e baixos crítica que visa a transformação do
tos e fizemos este livro, podemos nas montanhas e nas depressões da indivíduo, que o ajude a expandir
assumir que é uma amizade que vida”. os seus horizontes e que acredite na
degenerou num livro”, disse Antó- Para Mbate, este livro permitiu-lhe possibilidade de se superar.
nio Cabrita. interagir com um extraordinário Olhando para a literatura moçam-
poeta. “Permitiu-me ainda encon- bicana, observou que a geração
O título deste livro, que, aparen- trar outros caminhos para a minha pós-Charrua começa a conquistar

ció
temente, não tem nada de poesia, escrita. Sempre quis que cada livro o seu espaço no cenário nacional,
é uma expressão que António Ca- meu fosse diferente do anterior, não embora a ausência de crítica no país
brita colheu num jornal em Tete só para surpreender o leitor, como limite a sua legitimação, os prémios
ou Nampula, o autor não se lembra também para consolidar o meu pro- vindos de fora gradualmente vão
Gradualmente vai despertando nova geração de escritores
ao certo, e que pretendia denotar o cesso de escrita. E julgo que a ideia despertando a atenção para a nova
grau de um crime, o crime da vida Branco, Lda. Depois, como esta é partes títulos simétricos, o meu é da co-autoria traz isso. E motivou- vaga de escritores. “Existia um cer-
ser uma ilha cercada de morte por terra de fáceis melindres, escolhe- ‘O branco colarinho dos corvos’, e o -me também o desafio de interagir to ostracismo em relação à geração
todos os lados. Portanto, é o retrato mos este título simultaneamente do Mbate ‘A gravata preta do corvo com alguém que eu considero como pós-Charrua, que começa a desmo-
da condição trágica da vida. “Achei brincalhão, porque remete para um melhor poetas em língua
um dos melhores ronar”, comenta, apontando nomes
albino’. Mas pensamos agora fazer
graça e que, em simultâneo, reflec-
te a vida, que é uma ilha rodada de
crimes à sua volta. Eu, que tenho
vinte e tal livros publicados, escre-
vo de maneiras e em géneros mui-
to diversos. Neste caso adoptei um
estilo muito directo e espontâneo
policial, um thriller, e sério”, consi-
dera Cabrita.
Esta não é a primeira vez que An-
tónio Cabrita publica em co-auto-
ria. Com a escritora Maria Velho
da Costa, escreveu três roteiros
para filme, um deles – sobre Ca-
so
um livro de prosa juntos, de contos.
O que permite uma escrita a quatro
mãos? Humildação e um diálogo
portuguesa. Sempre olho para os li-
vros, os meus pelo menos, como um
autêntico falhanço.
falhanço Porque, usando
a máxima de Orwell, num livro,
como Lucílio Manjate, Sangare
Ukapi, Rogério Manjate, Andes
Chivangue como algumas das refe-
rências deste novo movimento. A.S

com laivos de erotismo, num tom milo Castelo Branco – publicado,


levemente herético e de uma certa e um policial com o escritor portu-
guês João Paulo Cotrim, O branco
um
liberdade formal”, disse António
Cabrita. das sombras chinesas, “este sim a
Além disso, Os crimes montanho- quatro mãos, pois começou como
sos é um gesto de amizade e traduz folhetim no Diário de Notícias, de
preocupações estéticas e literárias Lisboa, e cada um de nós escrevia
que une os dois autores que, nos úl- alternadamente um capítulo. Neste
timos tempo, têm partilhado mui- caso (Os crimes montanhosos) di-
tas leituras. “Provocatoriamente até vidimos irmãmente o livro por me-
pensamos em chamar-lhe Preto & tade e damos a cada uma das nossas

“Colecção Crescente 2018”


de

E stá patente na Galeria Ku-


lungwana, sita na Estação
Central dos CFM, a nona
edição da exposição colec-
tiva “Colecção Crescente 2018”.
Estão expostas obras de mais de
uma centena de artistas moçambi-
virtude do númeroo de participan-
tes aumentar consideravelmente de
ano paraa ano.
Mieke Oldenburg, curadora desde
a primeira edição desta iniciativa,
realça o facto da mesma apoiar e
reflectir a “democratização” da pro-
io

canos e estrangeiros, residentes em dução artística em Moçambique,


Moçambique, tornando-se assim pelo facto de ser talvez a única ini-
na grande mostra da criatividade ciativa, ao nível das artes plásticas
nacional. Esta exposição prolonga- locais, em que os artistas estabele-
-se até ao próximo dia 21 de Abril. cidos como os emergentes serem
ár

capazes de participar e expor, lado


A exposição colectiva “Colecção a lado, sem quaisquer distinções ou
Crescente” assumiu desde 2011, barreiras.
altura em que pela primeira vez se A participação crecente de jovens
realizou, uma importância cada vez artistas transformou esta colectiva
maior na vida cultural do país. O numa excelente plataforma para
apresentar a sua produção pela pri-
Di

númeroo sempre crescente dos ar-


tistas nacionais e estrangeiros, a re- meira vez ao grande público. Mieke
meir
sidirem no país, reflecte o interesse Oldenburg justifica assim a sua
que a mesma assumiu, tornando-se presença. “Os estudantes são novos
na maior mostra da criatividade ar- e promissores participantes, poden-
tistica nacional. do por vezes faltar-lhes o domínio
Para a edição deste ano, o tema da técnica mas certamente não a
proposto foi “A história da minha originalidade. São eles que emer-
vida”, tema recorrente em muitas girão como os artistas de amanhã
composições musicais, modernas e e poderão vir a tornar-se famosos.
antigas, pretendo assim reflectir o Deste modo, será melhor que ad-
estado de espírito que se pretende quira já os seus quadros para a sua
apresentar nesta exposição. colecção!”
O entusiasmo, por parte dos artis- Tal como nas edições anteriores, a
tas, levou a que este ano tivessem exposição é acompanhada por um
sido introduzidos pela primeira vez catálogo, graficamente esmerado.
alguns critérios de qualidade, em A.S
Dobra por aqui
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SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1262 ‡ DE MARÇO DE 2018

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2 Savana 16-03-2018 SUPLEMENTO Savana16-03-2018 3

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Stephen
Hawking

ól o terá dito
um dia que a

c i raça humana
não terá fu-
turo se não

s o for para o
espaço.
É legítimo

u m intuír então
que a nação
Moçambi-

d e cana não
terá futuro
se não for

ir o
para o es-
paço.
Houston.


Vamos ter
problemas

D
Savana 16-03-2018
OPINIÃO 27

Abdul Sulemane (Texto)


Naita Ussene (Fotos)

o
Olhares de impressionar

log
E stamos cansados de falar sobre o assunto das dívidas ocultas. Até hoje
esperamos uma resolução plausível. O que sabemos é que vai ser di-
fícil pôr os culpados no banco dos réus. Sempre ouvimos que os cul-
pados são conhecidos, mas nunca serão julgados. São vários assuntos
que nunca tiveram desfecho.

ció
São muitas vozes de figuras públicas que aparecem ao público a defenderem
a responsabilização partilhada da dívida pública.
Recentemente quem deu a cara a falar desta questão foi a economista e anti-
ga Primeira-Ministra de Moçambique, Luísa Diogo, que defendeu recente-
mente a responsabilização partilhada da dívida pública contraída ilegalmen-
te e com garantia do Estado durante a Administração Guebuziana.
Por isso alguns órgãos de comunicação social procuraram aprofundar mais
o assunto. Como se estivesse a dizer: já falei tudo sobre essa questão, Luísa
Diogo, no centro da primeira imagem, preferiu partilhar uma gargalhada
juntamente com Arlende Matola e Ancha Omar.
Existem questões que deixam as pessoas de um jeito que, às vezes, é difícil
explicar. Mesmo que tentemos perceber não encontramos os motivos. Vejam
como ficou o olhar da Presidente das Mulheres Rurais e Empreendedoras de
Nampula, Julina Herculette, ao ouvir o empresário Momed Yunuss. Os seus
so
dizeres também deixaram o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar,
Higino Marrule, bem concentrado e com um olhar fixo.
É mesmo para dizer que quando ouvimos algo que nos concentra é porque
um
tem alguma importância. Procuramos ouvir atentamente, a regra é essa. Foi
o que aconteceu quando o PCA da Vodacom, Salimo Abdula, estava a dar
algumas dicas sobre um tema. Vejam como o antigo presidente da CTA, Ro-
gério Manuel, e outro membro da CTA, Adelino Buque, ficam bem atentos.
Devem estar a ouvir uma daquelas novidades que nunca esperavam ouvir.
Sempre estamos a aprender algo novo na vida.
O Conselho Executivo do FMI considera que, sem acções de política adi-
cionais no país, o crescimento real do PIB deverá decrescer ainda mais ao
longo do tempo com a inflação a manter-se nos níveis actuais. Acrescenta
que, na falta destas acções, o défice fiscal expandiria, levando a uma acumu-
de

lação adicional de dívida pública e a exclusão


clusão do sector privado. Não é por
acaso que o actual presidente da CTA, Agostinho Vuma, procura justificar
que os empresários não passam a vida a murmurar como referiu o ministro
da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, para o representante do FMI,
Ari Aisen. Pelo gesto, parece estar a mendigar algo. Reparem como Rogé-
rio Manuel, no fundo da imagem, faz um olhar e comenta algo como “este
Vuma faz cada figura para ganhar protagonismo”.
Ainda falta muito para sentirmos o efeitoeito da cultura na economia nacio-
nal. Condições para tal temos, mas algo palpável nem sinais. Projectos estão
io

cheios. Aqui nesta última imagem, vemos o ministro da Cultura e Turismo,


Silva Dunduro, a concentrar a atenção dos empresários, Salimo Abdul e
Noor Momad. Deve estar a falar de mais um projecto que se vai juntar a
tantos outros sobree o desenvolvimento da cultura e turismo no país. Somos
um país cheio de projectos que não saem do papel.
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Savana 16-03-2018 1
EVENTOS

EVENTOS
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Standard Bank lança Centro de Negócios

o
log
de se deslocarem a um balcão. gs, Rui Machava, disse que a re-
Adicionalmente, o Standard lação entre o Centro de Negócios
Bank pretende com este passo do Standard Bank e a sua empre-
contribuir para a consolidação sa data desde a sua fundação.
das PME, que são o motor do “Constatei que o Centro de Ne-
desenvolvimento económico. gócios tem disponíveis gestores
Bugalho referiu ainda que a com capacidade de resposta ime-

ció
concepção da proposta-valor do diata. A satisfação às preocupa-
Centro teve em conta a dinâ- ções é imediata, pois sempre exis-
micaa do mercado e, sobretudo, a te alguém ao dispor do cliente”,
dinâmica alinhada às PME, que indicou.
são, por natureza, negócios que Acrescentou que se trata de uma
requerem que os seus gestores experiência única e positiva, uma
estejam a olhar por elas a tempo vez que, através de uma chama-
inteiro. da telefónica ou email, é possível

so “Por esta razão, o Standard Bank


criou formas de levar a banca até
aos seus negócios, dando-lhes
mais conveniência”, frisou.
Ainda na estrutura, conforme
realçou Bugalho, o centro dis-
obter uma solução imediata: “As
operações que temos feito com
maior frequência no centro são
solicitações de saldo, extractos
bancários, emissão de garantias
bancárias, de boa execução e con-
põe de sistemas de alta tecno- cursos públicos”, sublinhou.
logia: “Somos capazes de medir Importa realçar que o Centro de

O
o nosso nível de serviço para o Negócios é composto por uma
um
Standard Bank, um dos numa linha telefónica gratuita Francisca Bugalho, responsá- cliente, assim como o seu nível equipa, com um vasto leque de
pesos pesados da banca (94000), disponível das 08:00 às vel pelo Centro de Negócios do de satisfação, o que nos permite conhecimentos e experiência,
comercial em Moçam- 20:00 horas, para as PME efec- Standard Bank, argumentou que fazer o levantamento sobre as para aconselhar e orientar as
bique, acaba de lançar suas necessidades, possibilitando PME sobre as melhores soluções
tuarem reforço de tesouraria, des- a introdução deste serviço visa,
ao mercado um Centro de Ne- a antecipação da disponibiliza- para negócios bem-sucedidos.
conto de facturas, constituição especificamente, simplificar so-
ção das melhores soluções para Não obstante funcionar à base de
gócios, exclusivamente dedicado de financiamentos, subscrição de bremaneira o dia-a-dia das PME, as empresas, tornando-as com- uma linha telefónica, sempre que
às Pequenas e Médias Empresas seguros, pagamento de impostos, conferindo-lhes maior comodi- petitivas”, garantiu. necessário, os gestores do Cen-
(PME). comércio electrónico e muitas dade, já que passarão a efectuar Abordado à margem da cerimó- tro de Negócios deslocam-se às
Exclusivo aos clientes do banco, árias no
outras transacções bancárias as suas transacções de forma sim- nia, o presidente do Conselho de PME, para apoiá-las em opera-
o Centro de Negócios consiste itórios.
conforto dos seus escritórios. ples, rápida e sem a necessidade Administração da RJM Holdin- ções mais complexas.
de

BCI acolhe homens de negócio sul-africanos


O Banco Comercial Moçambique-África
ambique-África do Sul. Or- mento ímpar “e espero que o mo- uma luz sobre a informação fi- tos; trocar experiências e co-
de Investimentos ganizado pela Confederação das mento seja proveitoso na partilha nanceira e a situação económica nhecimentos, para benefício
mútuo; mobilizar fontes de
io

(BCI), um dos lí- Associações Económicas (CTA), de pontos de vista”, disse. em Moçambique, o que é impor-
deres do sector em o Fórum pretende criar um es- A cerimónia de confraternização tante para os homens de negó- financiamento para diversas
Moçambique, cedeu recen- áreas do sector privado, no
paço de intercâmbio e troca de contou com a presença do Alto- cios sul-africanos. Obrigado por
temente o seu edifício-sede, intuito de atrair o financia-
experiência entre as partes envol- -Comissário da África do Sul, nos acolherem neste sumptuoso
mento do sector privado em
em Maputo, para receber a vidas. Na sua recepção, os empre- Mandis Mpahlwa, que reagiu edifício”. Moçambique e na África do
ár

delegação de homens de ne- sários sul-africanos foram recebi- engradecendo o papel do BCI “na Refira-se que o fórum tinha em Sul; atrair novos investimen-
gócios sul-africanos, no âm- dos pelo Presidente da Comissão sua contribuição para que o en- vista promover o comércio e in- tos para Moçambique e esta-
bito da realização do Fórum Executiva do BCI, Paulo Sousa, contro fosse um sucesso. “Porque vestimentos em diversas áreas do belecer novas parcerias para
Bilateral de Investimento
estimento que afirmou tratar-se de um mo- a informação que partilharam dá sector privado e futuros projec- o país.
Di

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FÓRUM DE MONITORIA DO ORÇAMENTO | Março de 2018 ANÁLISE DA CGE 2016 E DO RESPECTIVO RELATÓRIO E
PARECER DO TA – FMO

ANÁLISE À CONTA GERAL DO ESTADO

o
2016 E DO RESPECTIVO RELATÓRIO E
PARECER DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

log
Março de 2018
(Texto integral disponível em www.fmo.org.mz e no facebook do FMO)

MENSAGENS-CHAVE E RECOMENDAÇÕES

ció
1. A Conta Geral do Estado (CGE) 2016, tal como as anteriores, foi 6. Passaram dois anos desde que o Governo, por via do Ministério
elaborada sem respeitar os princípios de clareza, exactidão e dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) deveria ter promovido
simplicidade plasmados n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 9/2002, de 12 de a criação da Alta Autoridade da Indústria Extractiva. A não criação
Fevereiro (Lei do SISTAFE). O FMO considera urgente e necessário o desta entidade representa não somente uma violação da Lei de
respeito da lei por parte do Governo que deve elaborar Contas Gerais Minas, mas sobretudo a demonstração da incapacidade propositada
do Estado de forma clara, exacta e simples – para maior acessibilidade do Estado moçambicano em fiscalizar devidamente o sector da
e compreensão por maior número possível de moçambicanos indústria extractiva. Por isso, o FMO apela à CPO e às três bancadas
(sobretudo os menos letrados) e, acima de tudo, em respeito à parlamentares que instem o Governo a criar a referida Alta Autoridade
legalidade e à transparência na gestão do bem público.

2. Os Programas Quinquenais do Governo (PQGs) correspondem aos


mandatos dos Governos em Moçambique. Entretanto, o Tribunal
Administrativo (TA) e o Governo, em sede da CGE 2016, tratam os
quinquénios de forma diferente dos PQGs, misturando dois PQGs o
so da Indústria Extractiva o mais urgente possivel.

7. O Governo, através do Instituto Nacional de Petróleos (INP),


continua a adiar a criação de capacidade para certificar os Custos
Recuperáveis apresentados pelas empresas do sub-sector do
petróleo e gás: Anadarko e ENI. Desta forma, o Governo continua a
de 2010-2014 e o de 2015-2019, pois referem ao período 2012-2016 deter apenas aquela informação que às empresas interessa que seja
como um quinquénio. O FMO entende que a análise do desempenho de conhecimento do Governo sem nenhuma verificação. A par da
um
económico e financeiro do Governo deve respeitar a separação dos criação da Alta Autoridade da Indústria Extractiva, o Governo deve
mandatos do Governo por via da separação dos diferentes PQGs. garantir a criação de capacidade interna que proceda à verificação
dos Custos Recuperáveis, evitando dessa forma que o país seja
3. As auditorias feitas pelo TA à CGE em 2016 cobriram apenas 42% prejudicado nos negócios de exploração de hidrocarbonetos.
da totalidade do Orçamento do Estado (OE). Ou seja, a imagem
que temos do desempenho económico e financeiro do Governo 8. O Orçamento do Estado continua a ser gasto, maioritariamente, a
naquele ano é assente na análise de uma parte do OE que é inferior à nível central, onde em 2016 foram gastos 68,2%, ou seja, 248.748
metade do mesmo. O FMO insta o TA a expandir a cobertura das suas milhões de meticais, contra 14.8% no nível provincial (36.784 Milhões
auditorias à maior parte do OE de modo a permitir uma monitoria de Meticais), e 15,6% a nível distrital. Sendo Moçambique um país
orçamental mais abrangente. maioritariamente rural e que apregoa a descentralização, é convicção
do FMO que o Governo deve alterar esse quadro, de modo a que a
4. O nível de fiscalidade (ou nível de tributação à economia) baixou maior proporção do OE passe a ser alocado e gasto nas províncias e
de

significativamente de 2015 para 2016 em 8.6%. Dada a conjuntura nos distritos.


nacional e internacional, nada indica que essa tendência possa ser
revertida sem que se façam reformas profundas nas finanças públicas 9. A província de Maputo-Cidade, em 2016, teve um dotação
nacionais. Assim, no entender do FMO, o Governo deve adoptar orçamental de 4.244 milhões de Meticais (1.7%), ao passo que a
um conjunto de reformas para alavancar a economia nacional. Tais província da Zambézia – com uma população quatro vezes superior,
reformas devem começar por quatro elementos, a saber: i) eliminar mais extensa e com piores índices sociais que Maputo-Cidade –
os benefícios fiscais de que gozam os grandes projectos do complexo teve apenas 3.807 milhões de Meticais equivalentes a 1.5%. Nos
mineral-energético, passando-os às Pequenas e Médias Empresas anos anteriores, verificou-se discrepâncias similares. O FMO insta o
(PMEs); ii) esclarecer o dossier das dívidas da EMATUM, MAM e Governo a fazer alocações orçamentais que respeitem os conhecidos
io

ProIndicus impedindo que seja o povo moçambicano a pagá-las; iii) critérios de extensão territorial, população e indicadores sociais, sem
proceder à restruturação do sector empresarial do Estado; e iv) reduzir subterfúgios.
efectivamente as despesas de funcionamento do Estado – com foco
nos altos dirigentes do Estado incluindo o Presidente da República, 10. A CGE 2016 revela as reais prioridades do Governo, nomeadamente:
Presidente da Assembleia da República e dirigentes de outros órgãos a defesa, a segurança e o serviço de dívida que juntos totalizaram
ár

de soberania – como contributo para aumentar o investimento em 43.179.098 mil Meticais. Ou seja, aqueles três sectores tiveram maior
sectores
tores com impacto na vida do cidadão. dotação orçamental revista do que o ensino primário, as estradas,
a saúde e a protecção ambiental juntos, que somados mereceram
5. O Governo arrecadou, em 2016, 882.168 Meticais de receitas não 40.102.179 mil Meticais. Assim, o FMO recomenda o Governo e a CPO
previstas provenientes maioritariamente da emissão de vistos em a garantirem que as propaladas prioridades governamentais sejam-
diversas embaixadas moçambicanas, dos serviços notariais e do no não somente a nível do discurso como também a nível da dotação
Di

Ministério de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (Ver e execução orçamental.


Quadro No. V. 16 – Entidades com Cobrança mas sem Previsão
– do Relatório e Parecer do TA, pág. V-15). A Lei do SISTAFE é clara 11. No ano em análise, a dívida pública era superior ao PIB em 101,8%. O
quanto a esta matéria: nenhuma receita, mesmo sendo legal, pode FMO, à semelhança dos anos anteriores, insta o Governo a estancar
ser cobrada sem que esteja orçamentada, prevista no Orçamento do a onda de endividamento que, há vários anos, está a estrangular
Estado. Tratando-se de uma constatação que se repete de ano para a economia nacional, o bolso do cidadão e o bem-estar dos
ano, o FMO considera que o Governo nada faz para resolver essa moçambicanos.
questão. Assim, recomenda-se à Assembleia da República, por via da
CPO, e das três bancadas parlamentares, a garantirem que, em sede 12. O Ministério de Economia e Finanças (MEF) anunciou que irá negociar
de discussão da CGE 2016, o Governo apresente um compromisso a dívida de Moçambique com os credores VTB e Crédit Suisse em
calendarizado de regularização desta questão. Londres a 20 de Março de 2018. Porém, dentro do país, o mesmo
Governo ainda não prestou contas ao povo moçambicano sobre

Maputo, Março de 2018 1


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EVENTOS

FÓRUM DE MONITORIA DO ORÇAMENTO | Março de 2018 ANÁLISE DA CGE 2016 E DO RESPECTIVO RELATÓRIO E
PARECER DO TA – FMO

aquelas dívidas. O FMO considera prioritário e mais importante um 18. O TA constatou que permanecem montantes elevados em Saldos

o
esclarecimento do Governo ao povo moçambicano sobre os passos de Caixa nas Outras Contas do Estado e Recebedorias. E, para o TA,
a dar para estancar o endividamento público. A Procuradoria Geral essa ocultação é “violação do princípio da unidade de tesouraria”
da República deve, por sua vez, publicar o relatório completo de consagrado na alínea a) do No. 1 do art. 54 da Lei No 9/2002 de 12
auditoria elaborado pela Kroll e iniciar o processo de responsabilização de Fevereiro. O FMO entende que essa ocultação é uma flagrante

log
imediatamente. prática de corrupção, porque ocultar dinheiro público pode ser um
dos passos garantidos para o seu desvio. Por isso, o FMO recomenda
13. Em 2016, a dívida bilateral aumentou em 8,7%. O FMO tomou ao TA, em colaboração com o Gabinente Central de Combate à
conhecimento da lista dos credores bilaterais de Moçambique. Em Corrupção (GCCC), a garantir o fim da ocultação de Saldos de Caixa.
nome da transparência, da boa governação e da prestação de contas,
o FMO apela ao Governo a publicar a lista completa e detalhada dos
objectos (bens ou serviços) que originaram cada uma das dívidas 19. Com a Conta Geral do Estado (CGE) 2016, o Governo de Moçambique
bilaterais referidas na CGE2016. volta a confirmar que os sectores prioritários sofreram uma
degradação financeira. O impacto negativo sobre o “espaço fiscal” -

ció
14. A dívida Interna está a registar um aumento exponencial nos últimos recursos disponíveis para investimentos productivos que beneficiam
anos. O FMO pretende saber que planos tem o Governo para estancar à população - do Orçamento agravou-se dramaticamente em
a dívida interna para não sufocar o sector privado que dela depende 2016. No momento da adopção do Orçamento do Estado Revisto
para dinamizar a economia para além de ser bastante cara para os para 2016 (OER 2016) em Julho de 2016 , o Governo prometeu ao
cofres públicos. povo moçambicano que iria salvaguardar as despesas em sectores
prioritários, especialmente no que concerne os sectores de Educação
15. O Governo, a vários níveis, continua a ocultar as receitas públicas e de Saúde. Naquela ocasião, o Governo afirmou que os cortes
ao não depositá-las na Conta Única do Tesouro - CUT. Por exemplo, orçamentais em 2016 não iriam afectar os sectores sociais. O FMO
conforme nota o TA, as Direcções Provinciais de Maputo, Gaza, chama à atenção do Governo que a execução do OE 2016 demonstrou
Inhambane e Zambézia não canalizaram à CUT parte da receita de
alienação de imóveis do Estado. O Governo, no exercício do direito
do contraditório, prometeu que a receita em falta seja canalizada à
CUT em 2018. O FMO recomenda a que primeiro se divulgue o valor
em causa antes da sua canalização, para permitir controlo por parte
do TA, da CPO e da sociedade moçambicana no geral.
so que as anunciadas intenções de salvaguardar as despesas sociais não
passavam de meras promessas.

20. Como em anos anteriores, a CGE 2016 não apresenta nem o défice
primário nem as despesas em mora, o que impede uma análise
adequada da situação fiscal. A actual metodologia usada pelo
Governo ignora esta informação básica que é uma prática normal nas
16. O Tribunal Administrativo (TA) refere no seu Parecer à CGE 2016 contas fiscais dos outros países, inclusive em África. O FMO enfatiza
e no seu Relatório Anual de Progresso e Financeiro do Tribunal que uma análise adequada da situação fiscal em Moçambique é
um
Administrativo (TA) referente ao ano 2016 que o principal extremamente difícil com a falta dessas informações - o Governo
constrangimento que o impede de abranger uma proporção maior aplicar, de forma urgente, essas ferramentas.
deveria aplicar
do Orçamento do Estado nas suas auditorias é financeiro, isto é, falta
de meios. O FMO considera prioritário que a Assembleia da República
incremente (durante o debate e aprovação do PES/OE) as dotações 21. Tal como nos anos antriores, a CGE 2016 contém uma linha de
para o TA e insta à CPO a apelar ao Governo a providenciar o máximo operações apresentam um montante de
“Outras Operações”. Essas operaç
de meios necessários para este e desempenhe o seu papel com maior 16,947.000.00 Meticais, representando uma importante percentagem
abrangência. de 8,2% das despesas totais, o que é uma verba aproximada aos
encargos da dívida daquele ano, que foram de 16,308.930 Meticais.
17. Em sede do Relatório à CGE 2016, o TA lamenta o facto de não ter O FMO solicita do Governo uma explicação sobre o conteúdo das tais
podido emitir opinião sobre o saldo final da Conta Única do Tesouro “Outras Operações.”
de

(CUT) do ano 2015, equivalente ao saldo inicial em 2016. No entender


do FMO, o TA não deve lamentar-se de uma violação da Lei do SISTAFE,
ao contrário, deve sim fazer uso dos seus poderes de fazer cumprir a
lei sancionando às pessoas e instituições
ões que não a cumpr
cumprem.
io
ár

Membros do FMO
Di

2 Maputo, Março de 2018


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