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de Matemática
São Cristóvão/SE
2007
Fundamentos de Matemática
Elaboração de Conteúdo
José Carlos Leite dos Santos
Capa
Hermeson Alves de Menezes
Revisão
Fabíola Oliveira Criscuolo Melo
Reimpressão
Vice-Reitor
Angelo Roberto Antoniolli
224
Sumário
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 Linguagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.6 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.7 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3 Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.5 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.6 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Linguagem da Lógica
de Predicados
1
AULA
META:
Introduzir o conceito de Linguagem
da Lógica de Predicados
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Distinguir entre linguagem natural
e linguagem artificial;
Compreender e utilizar a sintaxe da
linguagem da lógica de predicados.
Linguagem da Lógica de Predicados
1.1 Introdução
12
Fundamentos da Matemática: Livro 1
13
Linguagem da Lógica de Predicados
Aristóteles 384-322 a.C As linguagens artificiais, por outro lado, têm apenas os aspectos
Filósofo grego nascido
na cidade de Estagira, sintáticos e semânticos e são, convenientemente, destituídas de sig-
um dos maiores pensa-
dores de todos os tem- nificado pragmático. Afinal, não é desejável em um programa de
pos. Prestou inigualá-
veis contribuições para computador significados pessoais e subtendidos dos programado-
o pensamento humano,
destacando-se: ética, res. Isto daria um nó no interpretador da máquina.
política, física, metafí-
sica, lógica, psicologia,
poesia, retórica, zoolo-
gia, biologia, história
natural e outras áreas
de conhecimento. É 1.4 Linguagem da Lógica de Predicados
considerado, por mui-
tos,ao Pai da Lógica.
Agora que você já conheceu um pouco sobre as linguagens na-
tural e artificial, passaremos ao estudo da Lógica de Predicados.
Ela é a primeira e talvez a mais importante parte da Lógica, pois
além de ser a mais antiga (desenvolvida inicialmente por Aristó-
teles) serve de base para as demais Lógicas. Em um curso inicial
como o nosso é justo, portanto, começarmos pela defição:
14
Fundamentos da Matemática: Livro 1
15
Linguagem da Lógica de Predicados
16
Fundamentos da Matemática: Livro 1
17
Linguagem da Lógica de Predicados
18
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• α
• α ∧ (β → γ)
• (α → (β ∧ ¬β)) → ¬α
19
Linguagem da Lógica de Predicados
1.5 Conclusão
1.6 Resumo
20
Fundamentos da Matemática: Livro 1
1.7 Atividades
21
Linguagem da Lógica de Predicados
13/01/2007
ABAR, Celina, Noções de Lógica Matemática. Disponível em:
http://www. pucsp.br/∼logica/. Acessado em 13/01/2007
22
1
LIVRO
Conectivos e
Quantificadores
2
AULA
Lógicos
META:
Introduzir os conectivos e quantifi-
cadores lógicos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Compreender a semântica dos
conectivos lógicos;
Aplicar os quantificadores universal
e existencial para modificar propo-
sições lógicas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-01 os conhecimentos da sin-
taxe da Linguagem da Lógica de
Predicados.
Conectivos e Quantificadores Lógicos
2.1 Introdução
24
Fundamentos da Matemática: Livro 1
atos”. Notem que esta regra não é válida apenas para Maria, seja 2
lá quem for Maria, vale para todos. Daí, podemos dizer que “To- AULA
α ¬α
1 0
0 1
25
Conectivos e Quantificadores Lógicos
α β α∧β
1 1 1
0 1 0
1 0 0
0 0 0
26
Fundamentos da Matemática: Livro 1
√
tem que ser formado em Medicina e 4 = 2. 2
AULA
DISJUNÇÃO A disjunção estabelece uma separação entre duas
proposições, entendida de modo inclusivo, de modo que se α e β
são duas proposições, a disjunção de α e β será falsa somente no
caso em que ambas α e β forem falsas. O símbolo mais utilizado
para a disjunção é α ∨ β, em Eletrônica Digital, é o mais α + β.
α β α∨β
1 1 1
0 1 1
1 0 1
0 0 0
27
Conectivos e Quantificadores Lógicos
α β α→β
1 1 1
0 1 1
1 0 0
0 0 1
28
Fundamentos da Matemática: Livro 1
29
Conectivos e Quantificadores Lógicos
α β α↔β
1 1 1
0 1 0
1 0 0
0 0 1
2.3 Quantificadores
30
Fundamentos da Matemática: Livro 1
2.4 Conclusão
31
Conectivos e Quantificadores Lógicos
2.5 Resumo
2.6 Atividades
32
Fundamentos da Matemática: Livro 1
33
1
LIVRO
Valorações e
Tabelas de Verdade
3
AULA
META:
Apresentar tabelas de verdade para
classificar proposições lógicas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Aplicar valorações de um conjunto
de proposiçoes moleculares;
Usar tabelas de verdade para avaliar
as possíveis valorações de um con-
junto de proposições moleculares.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-02 os conhecimentos da se-
mântica da Linguagem da Lógica
de Predicados.
Valorações e Tabelas de Verdade
3.1 Introdução
3.2 Valorações
OBS 3.1. Uma valoração é uma função que associa a cada uma
das proposições de um conjunto de proposições um de dois valores
de verdade 0 para falso e 1 para verdade.
36
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• a + b = b + a, ∀a, b ∈ B
• a + (b + c) = (a + b) + c, ∀a, b, c ∈ B
• a • b = b • a, ∀a, b ∈ B
• a • (b • c) = (a • b) • c, ∀a, b, c ∈ B
• a + (b • c) = (a + b) • (a + c), ∀a, b, c ∈ B
• a • (b + c) = (a • b) + (a • c), ∀a, b, c ∈ B
37
Valorações e Tabelas de Verdade
• a + a∗ = 1, ∀a ∈ B
• a • a∗ = 0, ∀a ∈ B
• v(¬α) = v(α)∗
38
Fundamentos da Matemática: Livro 1
Algoritmo s. m. Sis-
Vejamos a seguir como o conceito de subfórmula pode ser usado
tema particular de dis-
na elaboração de um algoritmo para criar a tabela de verdade de posição que se dá a
uma sucessão de cálcu-
uma proposição molecular. Vamos ao algoritmo para construção los numéricos. Dicioná-
rio Prático Michaelis
da tabela de verdade de uma proposição α molecular.
39
Valorações e Tabelas de Verdade
• α ∨ (β ∧ γ)
• (α ∨ β) ∧ γ
40
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• ¬ negação. 3
AULA
• ∧ conjunção e ∨ disjunção.
41
Valorações e Tabelas de Verdade
α β γ β∧γ α→β∧γ
1 1 1
0 1 1
1 0 1
0 0 1
1 1 0
0 1 0
1 0 0
0 0 0
42
Fundamentos da Matemática: Livro 1
α β γ β∧γ α→β∧γ 3
AULA
1 1 1 1 1
0 1 1 1 1
1 0 1 0 0
0 0 1 0 1
1 1 0 0 0
0 1 0 0 1
1 0 0 0 0
0 0 0 0 1
• α → (β → α) uma tautologia.
43
Valorações e Tabelas de Verdade
3.6 Conclusão
3.7 Resumo
+ 0 1 • 0 1 *
0 0 1 0 0 0 0 1
1 1 0 1 0 1 1 0
44
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• v(¬α) = v(α)∗
Que para traçar uma tabela de verdade para uma proposição mole-
cular usamos o seguinte algoritmo:
45
Valorações e Tabelas de Verdade
3.8 Atividades
• (α ∨ β) ∧ (α ∨ γ).
46
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• α → (β → γ). 3
AULA
Comentário: Reveja o algoritmo e exemplo da seção 3.4.
• (α ↔ β) ∧ (β ↔ γ) → (α ↔ γ).
• (α ∧ β) ∨ (α ∧ γ).
• (α → β) ∧ (α ∧ ¬β).
47
1
LIVRO
Regras de Inferência
e Regras de
4
AULA
Equivalência
META:
Introduzir algumas regras de
inferência e algumas regras de
equivalência.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Reconhecer se uma proposição é
uma regra de inferência;
Reconhecer se uma proposição é
uma regra de equivalência.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-02 os conhecimentos da se-
mântica da Linguagem da Lógica
de Predicados.
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
4.1 Introdução
50
Fundamentos da Matemática: Livro 1
E12 α → β ≡ ¬α ∨ β (Implicação).
E13 α ↔ β ≡ (α → β) ∧ (β → α) (Dupla implicação).
Augustus De Morgan
OBS 4.1. As propriedades comutativas e associativas da conjun- nasceu em Madura, na
Índia, em 27 de junho
ção e da disjunção significam que em uma proposição envolvendo de 1806 - morreu em
Londres, 18 de marco
só conjunções ou disjunções podemos dispensar o uso de parênte-
de 1871. Foi um Ma-
ses. Observamos também, que a dupla implicação também possui temático e Lógico bri-
tânico. Formulou as
propriedades comutativa e associativa. Por outro lado a impli- Leis de De Morgan e foi
o primeiro a tornar ri-
cação não é comutativa (vide a propriedade contrapositiva) nem gorosa a idéia da Indu-
ção Matemática. Wiki-
associativa (vide propriedade da implicação). pedia
51
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
I02 α α ∨ β (Adição)
I03 α, α → β β (Modus pones)
I04 ¬β, α → β ¬α (Modus Tollens)
I05 α → β, β → γ α → γ (Silogismo hipotético)
52
Fundamentos da Matemática: Livro 1
A05 (α → (β → α))
A06 ((α → (β → γ)) → ((α → β) → (α → γ)))
A07 ((¬β → ¬α) → ((¬β → α) → β))
53
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
C = {¬, ∧, ∨, →, ↔}
54
Fundamentos da Matemática: Livro 1
PROVA: 4
01 α → β ≡ ¬α ∧ β implicação AULA
02 ¬α ∧ β ≡ α → β α≡β↔β≡α
03 ¬¬α ∧ β ≡ ¬α → β de 2 e α = ¬α
04 α ∧ β ≡ ¬α → β de 3 e ¬¬α ≡ α
Antes de continuar com a prova é necessário uma nova inferência.
A saber: α ≡ β ¬α ≡ ¬β.
PROVA:
05 α ≡ β Premissa
06 α↔β definição
07 (α → β) ∧ (β → α) dupla implicação
08 (¬β → ¬α) ∧ (¬α → ¬β) contrapositiva
09 (¬α → ¬β) ∧ (¬β → ¬α) comut. da conjunção
10 ¬α ↔ ¬β dupla implicação
11 ¬α ≡ ¬β definição
Podemos agora encontrar uma fórmula para disjunção. A saber:
12 ¬(α ∧ β) ≡ ¬(¬α → β) aplicando 11 em 4
13 ¬α ∨ ¬β ≡ ¬(¬α → β) De Morgan
14 ¬¬α ∨ ¬¬β ≡ ¬(¬¬α → ¬β) α = ¬α e β = ¬β
15 α ∨ β ≡ ¬(α → ¬β) ¬¬α ≡ α e ¬¬β ≡ β
Finalmente vamos encontrar uma fórmula para a dupla implicação.
A saber:
16 α ↔ β ≡ (α → β) ∧ (β → α) dupla implicação
17 α ↔ β ≡ ¬(α → β) → (β → α) usando 4 em 16
Portanto, 4, 15 e 17 garantem que A é um subconjunto completo
de conectivos de C.
55
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
α β α↓β α|β
1 1 0 0
0 1 0 1
1 0 0 1
0 0 1 1
56
Fundamentos da Matemática: Livro 1
4.4 Conclusão 4
AULA
Ao final dessa aula, podemos concluir que é possível fazer a
Lógica de predicados com um número menor de conectivos, porém
resulta na complexidade das proposições geradas por estes novos
conjuntos de conectivos.
4.5 Resumo
57
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
58
Fundamentos da Matemática: Livro 1
4
AULA
α β α↓β α|β
1 1 0 0
0 1 0 1
1 0 0 1
0 0 1 1
4.6 Atividades
• ¬α ≡ α ↓ α
• α ∧ β ≡ (α ↓ α) ↓ (β ↓ β)
• ¬α ≡ α|α
• α ∨ β ≡ (α|α)|(β|β)
59
Regras de Inferência e Regras de Equivalência
60
1
LIVRO
Teorias Axiomáticas
5
AULA
META:
Apresentar teorias axiomáticas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Criar teorias axiomáticas;
Provar a independência dos axiomas
de uma teoria axiomática.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-02 e Aula-04 os conhecimen-
tos da semântica da Linguagem
da Lógica de Predicados, das re-
gras de inferência e das regras de
equivalência .
Teorias Axiomáticas
5.1 Introdução
• Termos indefinidos.
62
Fundamentos da Matemática: Livro 1
63
Teorias Axiomáticas
• Termos Indefinidos
• Termos Definidos
• Axiomas
A1 ∀a, b ∈ A, a b = b a
A2 ∀a, b, c ∈ A, (a b) c = a (b c)
A3 ∃x ∈ A|∀a ∈ A, a x = a
A4 ∀a ∈ A, ∃a∗ ∈ A|a a∗ = x
64
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• Termos Indefinidos
• Axiomas
A3 ∃x, ∃A|¬(A x)
• Termos Indefinidos
65
Teorias Axiomáticas
• Axiomas
A2 ∀A, ∃!x|A x
66
Fundamentos da Matemática: Livro 1
67
Teorias Axiomáticas
Caro aluno, por hoje é só. Mas como podemos perceber no decor-
rer de nossa aula, o conteúdo abordado exigiu um pouco mais de
atenção e dedicação para obtermos uma compreensão melhor, por
isso continuem estudando e releiam a aula o quanto for necessário.
Não abandone o lápis e o papel e procure repetir as argumentações
apresentadas
5.3 Conclusão
5.4 Resumo
• Termos indefinidos.
68
Fundamentos da Matemática: Livro 1
mas.
5.5 Atividades
69
Teorias Axiomáticas
70
1
LIVRO
Teoria da
Demonstração
6
AULA
META:
Introduzir os procedimentos lógicos
para uma demonstração matemá-
tica.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Diferenciar de um teorema a hipó-
tese e a tese;
Aplicar as técnicas de demonstração
na prova de teoremas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-05 os conhecimentos de
sistemas axiomáticos.
Teoria da Demonstração
6.1 Introdução
72
Fundamentos da Matemática: Livro 1
A1 Axioma da identidade 6
∀x, x = x AULA
A2 Axioma da substituição
∀P ((x = y ∧ P (x)) → P (y)
A5 Permutação de hipóteses
(α → (β → γ)) → (β → (α → β))
I1 α ∧ β α
I2 α ∧ β β
I3 α (β → α ∧ β)
I4 α α ∨ β
73
Teoria da Demonstração
I5 α → γ, β → γ (α ∨ β) → γ
74
Fundamentos da Matemática: Livro 1
75
Teoria da Demonstração
PROVA: ∀a ∈ A
(xa) (xa)∗ = x De A4
xx=x De A3 fazendo a ← x
((x x)a) (xa)∗ = x Do axioma da substituição
((xa) (xa)) (xa)∗ = x De A6
(xa) ((xa) (xa)∗ ) = x De A2
(xa) x = x De A4
∀a ∈ A, xa = x De A3
Exemplo 6.2. Provaremos , usando demonstração indireta por
contra-positiva, o seguinte teorema:
∀n ∈ N|n2 é par então n é par.
PROVA: A forma contra-positiva do teorema é:
∀n ∈ N|n não é par então n2 não é par.
Que pode ser reescrita como:
∀n ∈ N|n é ímpar então n2 é ímpar.
n ∈ N é ímpar Premissa
∃k ∈ N|n = 2k + 1 Definição de número ímpar
n2 = n 2 Axima da identidade
n2 = (2k + 1)2 Axioma da substituição
n2 = (2k + 1) · (2k + 1) Definição de potência
n2 = 4k 2 + 4k + 1 Distri. e associ. em N
n2 = 2(2k 2 + 2k) + 1 Distributividade em N
∃j ∈ N, j = 2k 2 + 2k|n2 = 2j + 1 Portanto n2 é impar.
Como exemplo, de uma demonstração indireta por redução ao ab-
surdo veremos uma demonstração de unicidade. Demonstrações
de unicidade seguem um padrão. Para demonstrar que só existe
um x que satisfaz a proposição p(x), isto é ∃!x|p(x), basta estabe-
lecer a Hipótese Nula ∃x1 , x2 , x1 = x2 |p(x1 ) ∧ p(x2 ) e mostrar que
a mesma é uma contradição chegando que x1 = x2 .
76
Fundamentos da Matemática: Livro 1
6.4 Conclusão
77
Teoria da Demonstração
6.5 Resumo
A1 Axioma da identidade
∀x, x = x
A2 Axioma da substituição
∀P ((x = y ∧ P (x)) → P (y)
A5 Permutação de hipóteses
(α → (β → γ)) → (β → (α → β))
I1 α ∧ β α
78
Fundamentos da Matemática: Livro 1
I2 α ∧ β β 6
AULA
I3 α (β → α ∧ β)
I4 α α ∨ β
I5 α → γ, β → γ (α ∨ β) → γ
6.6 Atividades
79
Teoria da Demonstração
80
1
LIVRO
Teoria de Cantor e
Teoria de Zermelo
7
AULA
-Fraenkel
META:
Apresentar conjuntos segundo a
ótica da teoria de Georg Cantor e
da teoria de Zermelo-Fraenkel.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Reconhecer os axiomas da teoria
dos conjuntos de Cantor;
Reconhecer os axiomas da teoria
dos conjuntos de Zermelo-Fraenkel.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-05 os conhecimentos de
sistemas axiomáticos.
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
7.1 Introdução
82
Fundamentos da Matemática: Livro 1
83
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
84
Fundamentos da Matemática: Livro 1
Axioma 2 Compreensão:
85
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
86
Fundamentos da Matemática: Livro 1
87
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
88
Fundamentos da Matemática: Livro 1
7
Quanto aos axiomas, a teoria ZF listaremos os nove abaixo:
AULA
89
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
OBS 7.13. Isto diz, que para todo par de conjuntos A e B exis-
te um conjunto C que contem A e B e nenhum outro elemento.
Formalmente C = {A, B}.
90
Fundamentos da Matemática: Livro 1
91
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
OBS 7.21. Este axioma diz, que um conjunto não pode ter ele
mesmo como único elemento isto é, o conjunto A = {A} não é
um conjunto na axiomática de Zermelo-Fraenkel. Entretanto o
conjunto A = {{b}, A} parece a princípio que não é descartado
pelo axioma da fundação pois, tem dois elemento {b} e A. Como
{b} ∩ A = φ , já que o único elemento de {b} é b e b não é elemento
de A, o axioma parece a princípio satisfeito. Porém, o axioma da
formação de pares descarta qualquer conjunto que tenha ele mesmo
como elemento. Acompanhe o raciocínio: do axioma da formação
de pares para todo par de conjuntos A e B existe um conjunto C,
único pelo axioma da extencionalidade tal que C = {A, B}. Em
particular podemos tomar B = A. Logo C = {A, A} = {A} . Daí
se admitirmos A = {{b}, A} teremos que, como o único elemento
de C é A como A é também elemento de A teremos C ∩ A
= φ,
o que contraria o axioma da fundação. Desta forma, qualquer
conjunto que contenha a si mesmo como elemento é descartado.
92
Fundamentos da Matemática: Livro 1
7.5 Conclusão
93
Teoria de Cantor e Teoria de Zermelo -Fraenkel
7.6 Resumo
94
Fundamentos da Matemática: Livro 1
A10 Escolha 7
∀{As }s∈S ((∀s ∈ S, As
= φ) → ∃B(∀s ∈ S, ∃!y(y ∈ As ∧ y ∈ B))) AULA
7.7 Atividades
95
1
LIVRO
Operações com
Conjuntos:
8
AULA
União e Interseção
META:
Introduzir algumas propriedades da
união e da interseção de conjuntos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Demonstrar propriedades envol-
vendo união de conjuntos;
Demonstrar propriedades envol-
vendo interseção de conjuntos.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-04 e Aula-07 os conhecimentos
das regras de inferência e das
regras de equivalência e da teoria
axiomática dos conjuntos.
Operações com Conjuntos: União e Interseção
8.1 Introdução
98
Fundamentos da Matemática: Livro 1
∀A, ∀B((A ⊂ B) ∧ (B ⊂ A) ↔ A = b)
Que é uma forma mais conveniente para demonstrações.
• φ∪A=A
• A∪A=A
• A∪B =B∪A
• A⊂A∪B
• A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C
99
Operações com Conjuntos: União e Interseção
• φ∩A=φ
• A∩A=A
• A∩B =B∩A
• A∩B ⊂A
• A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C
• A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
• A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
100
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• φ⊂A
• A⊂A
• (A ⊂ B ∧ B ⊂ C) → A ⊂ C
101
Operações com Conjuntos: União e Interseção
102
Fundamentos da Matemática: Livro 1
Propriedade2: A ∩ B = B ∩ A 8
PROVA É suficiente mostrar que: AULA
A ∩ B ⊂ B ∩ A e que B ∩ A ⊂ A ∩ B.
a) Primeiramente mostraremos que: A ∩ B ⊂ B ∩ A
∀x, x ∈ A ∩ B
Da definição de interseção temos:
x∈A∧x∈B
Como α ∧ β ≡ β ∧ α temos:
x∈B∧x∈A
Da interseção de conjuntos temos:
x∈B∩A
Daí, teremos que:
∀x, x ∈ A ∩ B → x ∈ B ∩ A
Da definição de contido:
A∩B ⊂B∩A
b) Em seguida mostraremos que: B ∩ A ⊂ A ∩ B
∀x, x ∈ B ∩ A
Da definição de interseção temos:
x∈B∧x∈A
Como α ∧ β ≡ β ∧ α temos:
x∈A∧x∈B
Da interseção de conjuntos temos:
x∈A∩B
Daí, teremos que:
∀x, x ∈ B ∩ A → x ∈ A ∩ B
Da definição de contido:
B∩A⊂A∩A
Das partes a) e b) teremos:
103
Operações com Conjuntos: União e Interseção
(A ∩ B ⊂ B ∩ A) ∧ (B ∩ A ⊂ A ∩ A)
Portanto, da definição de igualdade de conjuntos temos:
A∩B =B∩A
Caro aluno, a nossa aula termina aqui, mas como você deve ter
percebido o conteúdo abordado, devido ao seu aspecto técnico, exi-
ge uma dedicação maior. Na próxima aula, prosseguiremos vendo
mais operações sobre conjuntos. Em particular detalharemos a
diferença e o complementar.
8.5 Conclusão
Caro aluno, não é sufuciente ter uma teoria dos conjuntos li-
vre de paradoxos. Precisamos completá-la com operações sobre
conjuntos. Duas operações em especial, a união e a interseção de
dois conjuntos, formam um terceiro reunindo todos os elementos
de cada conjunto e separando os elementos que são comuns aos
dois respectivamente.
8.6 Resumo
• φ∪A=A
• A∪A=A
• A∪B =B∪A
• A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C
104
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• φ∩A=φ
• A∩A=A
• A∩B =B∩A
• A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C
• A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
• A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
• φ⊂A
• A⊂A
• A ⊂ B ∧ B ⊂ C) → A ⊂ C
8.7 Atividades
105
Operações com Conjuntos: União e Interseção
• φ∪A=A
• A∪A=A
• φ⊂A
• A ⊂ B ∧ B ⊂ C) → A ⊂ C
106
1
LIVRO
Operações com
Conjuntos: Diferença
9
AULA
e Complementar
META:
Apresentar algumas propriedades
da diferença e do complementar de
conjuntos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Demonstrar propriedades envol-
vendo diferença entre conjuntos;
Demonstrar propriedades envol-
vendo complementar de conjuntos.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-04 e Aula-07 os conhecimentos
das regras de inferência e das
regras de equivalência e da teoria
axiomática dos conjuntos.
Operações com Conjuntos: Diferença e Complementar
9.1 Introdução
• A\A = φ
• A\φ = A
108
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• (A\B) ∪ (A ∩ B) = A
• AΔA = φ
• AΔφ = A
• AΔB = BΔA
• AΔ(BΔC) = (AΔB)ΔC
• A ∩ (BΔC) = (A ∩ B)Δ(A ∩ C)
109
Operações com Conjuntos: Diferença e Complementar
• A (A) = φ
• A (φ) = A
• A (A (B)) = B
• A (B ∪ C) = A (B) ∩ A (C)
• A (B ∩ C) = A (B) ∪ A (C)
110
Fundamentos da Matemática: Livro 1
111
Operações com Conjuntos: Diferença e Complementar
112
Fundamentos da Matemática: Livro 1
113
Operações com Conjuntos: Diferença e Complementar
Como ⊥ ∨α ≡ α temos:
x∈A∧x∈B
Como B ⊂ A então x ∈ A ∧ x ∈ B → x ∈ B. Logo:
x∈B
Daí, temos:
∀x, x ∈ A (A (B)) → x ∈ B
Da definição de contido:
A (A (B)) ⊂ B
b) Em seguida, mostrarmos que: B ⊂ A (A (B))
∀x, x ∈ B
Como B ⊂ A, x ∈ B → x ∈ A ∧ x ∈ B temos:
x∈A∧x∈B
Como ⊥ ∨α ≡ α temos:
⊥ ∨(x ∈ A ∧ x ∈ B)
Como ⊥≡ (x ∈ A ∧ ¬(x ∈ A)) temos:
(x ∈ A ∧ ¬(x ∈ A)) ∨ (x ∈ A ∧ x ∈ B)
Como α ∧ (β ∨ γ) ≡ (α ∧ β) ∨ (α ∧ γ) temos
x ∈ A ∧ (¬(x ∈ A) ∨ x ∈ B)
Como ¬¬α ≡ α temos:
x ∈ A ∧ (¬(x ∈ A) ∨ ¬¬(x ∈ B))
Da lei de De Morgan ¬(α ∧ β) ≡ ¬α ∨ ¬β temos:
x ∈ A ∧ ¬(x ∈ A ∧ ¬(x ∈ B))
De outro modo:
x ∈ A ∧ ¬(x ∈ A ∧ x ∈
/ B)
Da definição de complementar temos:
x ∈ A ∧ ¬(x ∈ A (B))
De outro modo:
x∈A∧x∈
/ A (B)
114
Fundamentos da Matemática: Livro 1
Daí, temos:
∀x, x ∈ B → x ∈ A (A (B))
Da definição de contido:
B ⊂ A (A (B))
Das partes a) e b) teremos:
(A (A (B)) ⊂ B) ∧ (B ⊂ A (A (B)))
Portanto, da definição de igualdade de conjuntos temos:
A (A (B)) = B
9.6 Conclusão
9.7 Resumo
115
Operações com Conjuntos: Diferença e Complementar
• A\A = φ
• A\φ = A
• (A\B) ∪ (A ∩ B) = A
• AΔA = φ
• AΔφ = A
• AΔB = BΔA
• AΔ(BΔC) = (AΔB)ΔC
• A ∩ (BΔC) = (A ∩ B)Δ(A ∩ C)
• A (A) = φ
• A (φ) = A
• A (A (B)) = B
• A (B ∪ C) = A (B) ∩ A (C)
• A (B ∩ C) = A (B) ∪ A (C)
116
Fundamentos da Matemática: Livro 1
9.8 Atividades 9
AULA
Deixamos como atividades a demonstração de alguma das pro-
priedades acima.
• A\A = φ
• A (φ) = A
• A (B ∪ C) = A (B) ∩ A (C)
117
1
LIVRO
Operações com
Conjuntos:
10
AULA
Produto Cartesiano
META:
Introduzir propriedades para o
produto cartesiano de conjuntos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão
ser capazes de:
Demonstrar propriedades envol-
vendo pares ordenados;
Demonstrar propriedades envol-
vendo produto cartesiano de
conjuntos.
PRÉ-REQUISITOS
Aula-04 e Aula-07 os conhecimentos
das regras de inferência e das
regras de equivalência e da teoria
axiomática dos conjuntos.
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
10.1 Introdução
120
Fundamentos da Matemática: Livro 1
como: 10
∀x ∈ X, a ∈ x AULA
121
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
122
Fundamentos da Matemática: Livro 1
Daí,
a = b ∧ a = b absurdo. Logo vale a segunda opção:
b22) Caso {c, d} = {a, b}
{c, d} = {a, b}
Como a = c temos:
{a, d} = {a, b}
Do axioma da extensionalidade temos:
{a, d} = {a, b} → b = d
Dai, temos:
a = c ∧ b = d.
Em segundo lugar, provaremos que a = c ∧ b = d → X = Y .
Como a = c ∧ b = d e X = (a, b) ∧ Y = (c, d).
É trivial que Y = (a, b) e portanto:
X =Y.
Portanto conclui-se que:
X = Y ↔ a = c ∧ b = d .
123
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
124
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• A × B = B × A, se A = B e A = φ ou B = φ.
• A × B × C = A × (B × C) = (A × B) × C
• A×φ=φ×A=φ
• A × (B ∪ C) = (A × B) ∪ (A × C)
• A × (B ∩ C) = (A × B) ∩ (A × C)
125
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
126
Fundamentos da Matemática: Livro 1
127
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
128
Fundamentos da Matemática: Livro 1
10.5 Conclusão
10.6 Resumo
129
Operações com Conjuntos: Produto Cartesiano
• A × B = B × A, se A = B e A = φ ou B = φ.
• A × B × C = A × (B × C) = (A × B) × C
• A×φ=φ×A=φ
• A × (B ∪ C) = (A × B) ∪ (A × C)
• A × (B ∩ C) = (A × B) ∩ (A × C)
10.7 Atividades
130
Fundamentos da Matemática: Livro 1
• A×φ=φ×A=φ
• A × (B ∩ C) = (A × b) ∩ (A × C)
131