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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ENFERMAGEM

BÁRBARA OLIVEIRA

Resenha Crítica: O Amor é o Caminho

VITÓRIA

2014
BÁRBARA OLIVEIRA

Resenha Crítica: O Amor é o Caminho

Trabalho Acadêmico apresentado


como requisito para avaliação na
disciplina Processo de Cuidar em
Saúde, orientado pelos professores,
Juliana Rodrigues; Marcela Borges.

VITÓRIA

2014
Resenha Crítica: O Amor é o Caminho

O amor é o caminho é um livro baseado em fatos reais, vivenciados tanto em


hospitais como em sala de aula pela autora Maria Julia Paes. O intuito dessa
obra é propor uma reflexão sobre a humanização, mostrando através das suas
experiências passadas um olhar mais humanizado na arte do cuidar e suas
dimensões. É uma obra que dá vários sentidos a palavra cuidar. Maria Julia
mostra ainda que a palavra humanizar não seja só nos hospitais, escolas ou
lugares, mas sim tornar-se mais humano perante outras pessoas e situações.
Porém o foco inicial é a humanização nos hospitais, que o cuidar não seja
apenas o tocar, fazer curativo ou outros procedimentos padrão, mas ter
empatia. A autora foca que o amor seja colocado em tudo no que se faz e em
como faz.

O cuidado significa desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção e se concretiza


no contexto da vida em sociedade. Cuidar implica colocar-se no lugar do outro,
geralmente em situações diversas, quer na dimensão pessoal, quer na social.
É um modo de estar com o outro, no que se refere a questões especiais da
vida dos cidadãos e de suas relações sociais, dentre estas o nascimento, a
promoção e a recuperação da saúde e a própria morte. Portanto, é inquietar-se
por algo ou alguém. Compreender o valor do cuidado de enfermagem requer
uma concepção ética que contemple a vida como um bem valioso em si,
começando pela valorização da própria vida para respeitar a do outro em sua
complexidade, suas escolhas, inclusive a escolha da enfermagem como uma
profissão.

Cuidar em enfermagem consiste em envidar esforços transpessoais de um ser


humano para outro, visando proteger, promover e preservar a humanidade,
ajudando pessoas a encontrar significados na doença, sofrimento e dor, bem
como, na existência. É ainda, ajudar outra pessoa a obter autoconhecimento,
controle e auto cura, quando então, um sentido de harmonia interna é
restaurada, independentemente de circunstâncias externas.

O cuidado em enfermagem, nesta concepção de colocar-se no lugar do outro,


aproxima-se das idéias da humanização ao identificar os seres humanos pela
sua capacidade de colaboração e de solidariedade para com o próximo. Deste
modo, prestar cuidado quer na dimensão pessoal quer na social é uma virtude
que integra os valores identificadores da profissão da enfermagem. Assim,
compartilhar com as demais pessoas experiências e oportunidades,
particularmente as que configuram o bem maior, a vida, constitui um dos
fundamentos dos humanistas, que se apresenta na essência do cuidado de
enfermagem.
Humanizar os cuidados envolve respeitar a individualidade do Ser Humano e
construir “um espaço concreto nas instituições de saúde, que legitime o
humano das pessoas envolvidas”. Assim, para cuidar de forma humanizada, o
profissional da saúde, principalmente o enfermeiro, que presta cuidados mais
próximos ao paciente, deve ser capaz de entender a si mesmo e ao outro,
ampliando esse conhecimento na forma de ação e tomando consciência dos
valores e princípios que norteiam essa ação. Neste contexto, respeitar o
paciente é componente primordial no tocante a cuidados humanizados. Diante
disso, conclui-se que humanização e cuidado são indissociáveis, necessários
para excelência na assistência de enfermagem.
Referências
SILVA, Maria Júlia Paes da S. O amor é o caminho – Maneiras de cuidar. In:
Maria Júlia Paes Silva – Obra completa v.ll. São Paulo: Brasil, 2002.

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