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URINÁLISES, URANÁLISE, EAS

1. INTRODUÇÃO A URANÁLISE
O preparo do paciente para a coleta é decisivo para a obtenção de um material adequado para o tipo de exame que será realizado. Muito
frequentemente os erros em uranálise ocorrem antes da amostra entrar no laboratório.
O Laboratório Clínico deve possuir instruções escritas para o preparo do paciente, para a coleta do material e, fornecer informações verbais ao
paciente, sempre que necessário.
Existem diversos tipos de materiais com aspectos similares à urina humana e alguns deles são capazes de reagirem com as tiras reagentes. Dentre
estes materiais destacam-se as cervejas e refrigerantes, como os contendo guaraná.

2. TIPOS DE AMOSTRAS

 Amostras aleatórias (ao acaso): é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem evidentes.
 Jato médio da primeira amostra da manhã: embora seja necessário que o paciente vá ao laboratório sem urinar após levantar-se pela manhã, trata-se da
amostra ideal para o exame de urina de rotina (EAS), por ser mais concentrada e normalmente ácida. Também é essencial para evitar os resultados falsamente
negativos nos testes de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática. Essa amostra presta-se melhor à análise microscópica do que as outras amostras
obtidas normalmente por micção comum. Entretanto, é preciso orientar os pacientes sobre os métodos de higiene da genitália. Para as mulheres, deve ser
dada ênfase à separação dos lábios da vagina, enquanto para os homens, nos casos em que não tiver sido feita a circuncisão, deve ser feita a retração do
prepúcio, para então ser realizada a higiene íntima. Após a higiene íntima deve ser coletado o jato médio. Objetivo: eliminar contaminação vaginal e uretral.
 Amostra em jejum (segunda da manhã): resultado da segunda micção, após um período de jejum. É recomendada para monitorização da glicosúria. Muitos
laboratórios utilizam esta amostra para o exame de urina de rotina.
 Amostra colhida duas horas após a refeição (pós-prandial): instrui-se o paciente para urinar pouco antes de se alimentar normalmente e para colher uma
amostra duas horas depois de comer.
 Amostra de 24 horas (ou com tempo marcado)
1o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.
2o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e junta esta urina com as outras micções colhidas. Para a maioria das determinações a amostra é guardada no
refrigerador durante a coleta.
 Amostra colhida por cateter: a finalidade mais comum desse tipo de amostra é a urocultura. Outra indicação é a avaliação da função de cada rim
isoladamente.
 Aspiração suprapúbica: urina colhida por introdução de uma agulha que, do exterior, atinge a bexiga
 Amostras pediátricas: existem coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital de meninos e meninas, para a coleta de
amostras.

3. INTRODUÇÃO à URANÁLISE
O preparo do paciente para a coleta é decisivo para a obtenção de um material adequado para o tipo de exame que será realizado.Muito
freqüentemente os erros em uranálise ocorrem antes da amostra entrar no laboratório.
O Laboratório Clínico deve possuir instruções escritas para o preparo do paciente, para a coleta do material e, fornecer informações verbais ao
paciente, sempre que necessário.
Existem diversos tipos de materiais com aspectos similares à urina humana e alguns deles são capazes de reagirem com as tiras reagentes. Dentre
estes materiais destacam-se as cervejas e refrigerantes, como os contendo guaraná.

4. TIPOS DE AMOSTRAS
 Amostras aleatórias (ao acaso): é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem evidentes.
 Jato médio da primeira amostra da manhã: embora seja necessário que o paciente vá ao laboratório sem urinar após levantar-se pela manhã, trata-se da
amostra ideal para o exame de urina de rotina (EAS), por ser mais concentrada e normalmente ácida. Também é essencial para evitar os resultados falsamente
negativos nos testes de gravidez e para avaliar a proteinúria ortostática. Essa amostra presta-se melhor à análise microscópica do que as outras amostras
obtidas normalmente por micção comum. Entretanto, é preciso orientar os pacientes sobre os métodos de higiene da genitália. Para as mulheres, deve ser
dada ênfase à separação dos lábios da vagina, enquanto para os homens, nos casos em que não tiver sido feita a circuncisão, deve ser feita a retração do
prepúcio, para então ser realizada a higiene íntima. Após a higiene íntima deve ser coletado o jato médio. Objetivo: eliminar contaminação vaginal e uretral.
 Amostra em jejum (segunda da manhã): resultado da segunda micção, após um período de jejum. É recomendada para monitorização da glicosúria. Muitos
laboratórios utilizam esta amostra para o exame de urina de rotina.
 Amostra colhida duas horas após a refeição (pós-prandial): instrui-se o paciente para urinar pouco antes de se alimentar normalmente e para colher uma
amostra duas horas depois de comer.
 Amostra de 24 horas (ou com tempo marcado)
1o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.
2o dia - 6 horas da manhã: o paciente urina e junta esta urina com as outras micções colhidas. Para a maioria das determinações a amostra é guardada no
refrigerador durante a coleta.
 Amostra colhida por cateter: a finalidade mais comum desse tipo de amostra é a urocultura. Outraindicação é a avaliação da função de cada rim
isoladamente.
 Aspiração suprapúbica: urina colhida por introdução de uma agulha que, do exterior, atinge a bexiga
 Amostras pediátricas: existem coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital de meninos e meninas, para a coleta de
amostras.

5. EXAME DE URINA DE ROTINA (EAS)


5.1. Recomendações para o recipiente da coleta
 Ser de uso único e descartável.
 Transparente e incolor.
 Deve ser de plástico resistente.
 É conveniente que tenha dimensões suficientes para conter 50ml de urina, com diâmetro interno de pelo menos 5cm e que o mesmo ofereça condições de
vedação que impeça o vazamento da urina.

5.2. Recomendações para a identificação do material do paciente


 A identificação do recipiente deve preceder à colocação do material do paciente.
 A etiqueta de identificação deve ser afixada na parte externa do recipiente para a coleta de urina.
 A etiqueta de identificação não deve ser afixada na tampa do recipiente.
 O material da etiqueta deve permitir a escrita e a manutenção do que foi escrito.
 O teor da escrita na etiqueta deve ser legível e indelével.
 A identificação do paciente deve ser feita, pelo menos, através do seu número de registro no cadastro do paciente, seu nome, acrescentando a data e hora
da coleta e do recebimento do material.
 A etiqueta de identificação deve conter as informações que permitam identificar o laboratório clínico e o paciente.
 A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de uma hora. A amostra que não puder ser entregue ou analisada dentro de
uma hora deverá ser refrigerada (até 4 horas), na faixa de temperatura de 2oC a 10oC.

5.3. Recomendações para a coleta


A amostra para o EAS deve ser coletada preferencialmente nas dependências do Laboratório Clínico.

5.3.1. Coleta da primeira urina da manhã


 Habitualmente este material é caracterizado por um período de retenção urinária de aproximadamente 8 horas.
 É preciso orientar os pacientes sobre os métodos de higiene da genitália
 Deve ser colhido o jato médio.
 Examinar a amostra com tempo limite de 1 hora.

5.3.2. Coleta da urina de qualquer hora


Este tipo amostra pode ser coletada quando entre duas micções for decorrido pelo menos 4 horas, exceto para os pacientes portadores de anúria ou de
poliúria. Neste caso o laboratório clínico deve documentar o fato no cadastro do paciente e informar no laudo.
5.3.3. Procedimento técnico
Homogeneizar toda amostra de urina. Passar 10 ml para tubo cônico graduado. Realizar os testes físicos, exames químicos, exame do sedimento e expressar
os resultados.

A) Testes físicos
1. Cor
 Incolor
 Amarelo pálido
 Amarelo claro
 Amarelo ouro
 Amarelo âmbar
 Amarelo esverdeado
 Marrom (amarelado ou esverdeado): bilirrubina ou biliverdina
 Laranja (avermelhado a marrom): urobilina
 Laranja brilhante (fenazopiridina)
 Vermelho (límpida): hemoglobina
 Vermelho (turva): hemácias
 Vermelho pardacento: mioglobina
 Vermelho escuro/púrpura: porfirinas
 Preto pardacento: melanina, ácido homogentísico, envenenamento por fenol
 Verde/azul: drogas, medicamentos e alimentos

2. Aspecto
 Límpido
 Ligeiramente turvo
 Turvo
 Muito turvo

3. Depósito
 Nulo ou insignificante
 Pequeno
 Moderado
 Abundante
Pergunta 04: Que elementos são responsáveis pelo aspecto e pelo depósito da urina?

4. Odor
 Sui generis
 Amoniacal (bactérias urease positivas)
 Fétido ou pútrico (ITU)
 Adocicado ou frutado (corpos cetônicos)

5. Espuma
 Branca, em grande quantidade (presença de proteínas)
 Amarela (bilirrubina ou medicamentos)

6. Densidade
 1,015 a 1,025 (literatura)
 1,014 a 1,025 (trabalho de pesquisa do ACL, considerando três diferentes fitas reativas e o refratômetro).
B) Exames químicos
1. Procedimento para utilização das tiras reagentes
 Utilizar urina recente, não centrifugada e bem homogeinizada.
 A amostra deverá estar à temperatura ambiente durante a análise.
 Retire uma tira teste do frasco. Feche imediatamente o tubo das tiras teste, para evitar que a umidade descore ou produza reações nas mesmas, originando
resultados incorretos.
 Mergulhe rapidamente a tira teste por não mais de 1 segundo.
 Ao retirar a tira, encoste a extremidade à parede do recipiente para eliminar o excesso de urina.
 Ler as reações químicas nos tempos indicados pelos fabricantes e registrar os resultados.
 As mudanças de cor que se manifestem apenas nas extremidades das zonas de teste ou passados mais de 2 minutos não têm significado clínico.

2. PARÂMETROS AVALIADOS PELAS FITAS REATIVAS


2.1.pH: 5,0 a 6,5 (literatura e trabalho de pesquisa do ACL).

2.2.Proteinúria
Das análises químicas de rotina, a mais indicativa de doença renal é a determinação de proteínas. A presença de proteinúria muitas vezes é indicativa de
doença renal incipiente.
1. Métodos para determinação de proteínas na urina
1.1. Tiras reativas
A análise de proteinúria com tiras reativas utiliza o princípio do erro dos indicadores pelas proteínas para produzir uma reação colorimétrica
visível. Contrariando a crença geral de que os indicadores produzem determinadas cores em resposta a determinados níveis de pH, certos indicadores mudam
de cor devido apresença ou ausência de proteínas, embora o pH do meio permaneça constante. A leitura é registrada como negativo, traços, positivo (+),
positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++).
Pode-se obter resultados falsamente positivos depois de infusões com polivinilpirrolidina (expansor de plasma) ou devido à presença de resíduos
de desinfetantes com radicais de amônio quaternário ou clorohexidina, no recipiente da urina.
Pelo fato de que as tiras reativas determinam principalmente a quantidade de albumina e podem deixar de detectar proteínas tubulares e a
proteína de Bence Jones, a maioria dos laboratórios confirma os resultados utilizando os métodos de precipitação de ácidos.

1.2. Pelo ácido sulfossalicílico 20%


Em geral, colocam-se 5,0 ml do sobrenadante da urina (se necessário acidificar para pH próximo a 5,0) e 5,0 gotas do ácido num tubo. Agitar por
inversão. Aguardar 5 minutos. A precipitação é determinada em graus:

Negativo = sem aumento de turvação


Traços = turvação observável
Positivo (+) = turvação visível, sem granulação.
Positivo (++) = turvação e granulação sem floculação
Positivo (+++) = turvação com granulação e floculação
Positivo (++++) = aglomerados protéicos.

Qualquer substância precipitada por ácidos evidentemente produzirá falsa turvação neste teste. As substâncias encontradas com mais freqüência
na urina são os corantes radiográficos, os metabólitos da tolbutamida, as cefalosporinas, as penicilinas e as sulfonamidas. A urina muito alcalina produzirá
resultados falso-negativos.

2. Significado clínico
Lesão da membrana glomerular, comprometimento da reabsorção tubular, mieloma múltiplo, nefropatia diabética, pré-eclâmpsia e proteinúria ortostática
ou postural.

3. Microalbuminúria
2.3. Glicosúria
1. Métodos para determinação de glicose na urina
1.1. Tiras reativas (glicose-oxidase)
A glicosúria pode ser registrada como negativo, traços, positivo (+), positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++), mas as tabelas de cores também
fornecem medidas quantitativas, recomendadas pela American Diabetic Association.
1.2. Teste de redução do cobre (teste de Benedict)
Método inespecífico que também serve para outras substâncias redutoras.

2. Significado Clínico
Diabetes mellitus Tipos 1 e 2, reabsorção tubular deficiente, distúrbios da tireóide e diabetes gestacional.

2.4. Corpos cetônicos


O termo engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras: acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico.
Normalmente, não aparecem quantidades mensuráveis de corpos cetônicos na urina, pois toda a gordura metabolizada é completamente
degradada e convertida em dióxido de carbono e água.

Contudo, quando o uso de carboidratos como principal fonte de energia fica comprometido e os estoques de gordura do organismo precisam ser
metabolizados para suprimento de energia pode-se detectar corpos cetônicos na urina.
Os três compostos não se apresentam em quantidades iguais na urina. A acetona e o ácido beta-hidroxibutírico são produzidos a partir do ácido
acetoacético, sendo relativamente constantes em
todas as amostras as proporções de 78% de ácido beta hidroxibutírico, 20% de ácido acetoacético e 2% de acetona.

1. Métodos para determinação de corpos cetônicos


1.1.Tiras reativas
As provas com tiras reativas utilizam a reação do nitroprussiato de sódio para medir corpos cetônicos. Nessa reação, o ácido acetoacético em
meio alcalino reage com o nitroprussiato de sódio para produzir cor púrpura. Esse teste não mede o ácido beta-hidroxibutírico e é pouco sensível à acetona.
Contudo, uma vez que esses compostos são derivados do ácido acetoacético, suas presenças podem ser pressupostas, não sendo necessário realizar testes
específicos
Corpos cetônicos podem ser registrados como negativo, positivo (+), positivo (++), positivo (+++) e positivo (++++).
A reação com nitroprussiato está sujeita a um mínimo de interferência externa. A presença de levodopa em grandes concentrações pode provocar
falsas reações positivas, e as amostras colhidas após procedimentos diagnósticos com corantes de ftaleína podem produzir cor vermelha, que interfere no
meio alcalino da prova. A presença de fenilcetonas na urina também pode distorcer a reação cromática.
Em amostras mal conservadas observam-se valores falsamente baixos, devido a volatização da acetona e a degradação do ácido acetoacético por
bactérias.

1.2. Testes em tubo de ensaio: prova de Legal, prova de Rothera, prova de Gerhardt e prova de Hart.

2. Significado Clínico
Acidose diabética, controle da dosagem de insulina, carência alimentar e perda excessiva de carboidratos.

2.5. Hematúria, hemoglobinúria e mioglobinúria


O sangue pode estar presente na urina em forma de eritrócitos íntegros (hematúria) ou de hemoglobina (hemoglobinúria). Quando em grande
quantidade, o sangue pode ser detectado a olho nu; a hematúria produz urina vermelha e opaca e a hemoglobinúria em forma de urina vermelha e
transparente. A mioglobina, proteína encontrada no tecido muscular, não só reage positivamente com

a análise química para detecção de sangue como também produz coloração vermelha na urina transparente.

1. Métodos para determinação de sangue


1.1.Tiras reativas
A hemoglobina e a mioglobina catalisam a oxidação do indicador pelo peróxido de hidrogênio contido na zona do teste. Estão indicadas escalas
cromáticas separadas para os eritrócitos e para a hemoglobina. Pontos verdes dispersos ou concentrados na zona amarela de teste indicam eritrócitos intactos.
A hemoglobina, eritrócitos hemolisados ou mioglobina são revelados por coloração verde homogênea da zona do teste.

1.2. Solução alcoólica de piramido

2. Significado Clínico
Hematúria: Cálculos renais, glomerulonefrite, pielonefrite, tumores, trauma, exposição a produtos ou drogas tóxicas e exercício físico intenso.
Hemoglobinúria: Reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções e exercício físico intenso.
Mioglobinúria: Traumatismo muscular, necrose do miocárdio (IAM) e coma prolongado.

2.6.Bilirrubinúria
A presença de bilirrubina na urina pode ser a primeira indicação de hepatopatia. Estaprova permite fazer a detecção precoce dehepatite, cirrose,
doenças da visícula biliar e câncer.
1. Produção de bilirrubina
A bilirrubina é um produto da degradação da hemoglobina. Em condições normais, o tempo de vida de um eritrócito é de aproximadamente 120
dias. A hemoglobina liberada é decomposta em ferro, proteína e protoporfirina. O ferro e a proteína são reutilizados pelo organismo e a protoporfirina é
convertida em bilirrubina pelas células do retículo endotelial. A bilirrubina é então liberada para a circulação, onde se liga à albumina e é transportada para o
fígado.
Neste ponto, a bilirrubina circulante não pode ser excretada pelos rins, por estar ligada à albumina e também por ser insolúvel em água. No
fígado, a bilirrubina conjuga-se com o ácido glicurônico pela ação da glicoronil-transferase, formando o diglicuronídio de bilirrubina, que é hidrossolúvel.
Geralmente, essa bilirrubina conjugada não aparece na urina porque passa diretamente do fígado para o ducto biliar e daí para o intestino. Neste, é reduzida
pelas bactérias intestinais e convertida em urobilinogênio e, finalmente, excretada nas fezes na forma de urobilina.

2. Métodos para determinação de bilirrubina


2.1.Tiras reativas
A bilirrubina combina-se com o sal de diazônio 2,4-dicloroanilina ou 2,6-diclorobenzeno-diazônio-tetrafluorborato em meio ácido, produzindo
cores que variam do bronze ou rosado ao violeta, respectivamente. As reações coloridas das tiras reativas para a bilirrubina são mais difíceis de interpretar
porque são facilmente influenciadas por outros pigmentos presentes na urina. É freqüente observar reações coloridas atípicas a olho nu.
2.2. Ictotest
2.3. Provas de oxidação
A ocorrência de resultados falso-negativos, em virtude do tempo transcorrido depois de coleta, é a causa mais freqüente de erro. Sua exposição
ao ar provoca oxidação e conversão em biliverdina.

3. Significado clínico
Hepatite, cirrose, outras doenças hepáticas e obstrução biliar (Tabela 1).

Tabela 1 - Presença de bilirrubina e urobilinogênio na urina de paciente com icterícia

Causa Bilirrubina Urobilinogênio


Obstrução do ducto biliar +++ Normal
Lesão hepática + ou - ++
Doença hemolítica Negativo +++

2.7. Urobilinogênio
O urobilinogênio é produzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pelas bactérias intestinais. Aproximadamente a metade é reabsorvida
pelo intestino, caindo no sangue, circula e volta para o fígado sendo mandado de volta para o intestino através do ducto biliar. O urobilinogênio que fica no
intestino é excretado nas fezes, onde é oxidado, convertendo-se em urobilina, pigmento responsável pela característica cor marrom das fezes.
Observa-se grande quantidade de urobilinogênio na urina nas hepatopatias e nos distúrbios hemolíticos. As disfunções hepáticas diminuem a
capacidade de processamento hepático do urobilinogênio que a circulação sangüínea traz do intestino, e o urobilinogênio que fica no sangue é filtrado pelos
rins.
1. Métodos para determinação de urobilinogênio na urina
1.1. Tiras reativas
Um sal estável de diazônio produz com o urobilinogênio um corante azóico vermelho.
1.2. Reação de Ehrlich
1.3. Prova diferencial de Watson-

2.Significado clínico
Detecção precoce de doenças hepáticas e distúrbios hemolíticos.

2.8. Nitrito (leitura complementar)

2.9. Esterase de leucócitos (leitura complementar)

2.10. Ácido ascórbico (leitura complementar)

C) Exame do sedimento

1. Contagem entre lâmina e lamínula


2. Centrifugar o tubo contendo a urina a 1.500-2.000 rpm, durante 5 minutos.
3. Passar o sobrenadante para outro tubo e diluir o sedimento até 0,5 ml com o próprio sobrenadante ou com fisiológica. Homogeneizar o sedimento.
4. Colocar 20 l do sedimento entre lâmina e lamínula (20x20).
5. Observar ao microscópio inicialmente em pequeno aumento (100x) para observar a distribuição dos elementos e visualizar cilindros. Realizar a contagem
em 400x. Contar no mínimo 10 campos microscópicos.
Elementos que devem ser contados: leucócitos, eritrócitos e cilindros (cada tipo separadamente). Observar toda a lâmina para contar os cilindros.

Resultado: expressar os resultados como número de elementos por campo microscópico (por campo):

 < 1 por campo


 1 a 39 por campo
 40 a 100 por campo – Muitos
 > 100 por campo - Numerosos

2. Contagem em câmara de Neubauer

1. Diluir o sedimento, obtido nas mesmas condições anteriormente descritas, até 1,0 ml com o próprio sobrenadante ou fisiológica (MOURA et al., 1997).

2. Realizar a contagem em câmara de Neubauer, contando 4 retículos da câmara.


3. Contar hemácias, leucócitos e cilindros (cada tipo separadamente).
Em trabalho de pesquisa realizado no ACL, para urinas normais, não foi observado diferença estatisticamente significativa (P<0,05), entre os dois
tratamentos utilizados para a quantificação do sedimento urinário (diluição para 0,5ml e 1,0ml). A diluição do sedimento até 0,5ml aumenta a
sensibilidade do teste.

1.
NCálculo:
= dx 1x n

0,0004 V
Onde:

d = diluição final do sedimento (de 1,0ml a 10,0ml dependendo da concentração dos elementos).

0,0004 = capacidade da câmara de Neubauer em ml nos 4 retículos.

1 = resultado expresso por 1 ml de urina.

V = volume centrifugado (10,0ml ou menos).

n = número de cada elemento contada nos 4 retículos (hemácias, leucócitos ou cilindros).

N = número total de cada elemento

N = dx 1x n

0,0004 V

N = 1x 1x n

0,0004 10

N = n x 250

Recalcular o fator caso seja alterado o volume centrifugado e/ou diluição do sedimento. Não aumentar a diluição do sedimento, antes de
observar o sedimento diluído para 1,0 ml. O aumento da diluição do sedimento pode comprometer a sensibilidade do método para detecção de cilindros
ou de outros elementos encontrados em menor concentração.

Resultado: por ml.

Demais elementos, em ambas as contagens, expressar da seguinte forma:

1. Células epiteliais: três tipos de células são encontrados no trato urinário:


1.1. Células escamosas, pavimentosas ou planas que cobrem a vagina, a uretra e o trígono vesical. Caracterizam-se pelo grande tamanho, núcleo pequeno e
citoplasma com pequenos grânulos. Sua presença não tem maior significado, podendo indicar contaminação vaginal da amostra.

1.2. Células de transição cobrem a pelve renal, ureter e bexiga. Sua presença, em grande número, pode indicar inflamação da via urinária descendente, se
associada a leucocitúria. Freqüentemente são redondas, com núcleo também redondo e relativamente grande. É difícil sua separação do epitélio renal.

1.3. Células tubulares renais: são células oriundas do epitélio tubular que aparecem ocasionalmente no sedimento urinário normal. São um pouco maiores do
que os leucócitos e apresentam um núcleo grande, geralmente excêntrico, muitas vezescom membrana nuclear espessada e com inclusões citoplasmáticas.
Como representa esfoliação renal, a presença de mais do que uma dessas células por campo de grande aumento (400x) sugere dano tubular renal.

Resultado:

1. Células epiteliais pavimentosas e de transição: poucas, moderadas e muitas. Células epiteliais tubulares e corpúsculos gordurosos ovais: resultado por
campo ou ml, de acordo com a metodologia empregada.
2. Cristais: identificar e quantificar como poucos, moderados e muitos. O cristal mais comumente encontrado nas urinas de participantes do trabalho de
pesquisa realizado no ACL foi o oxalato de cálcio.
3. Muco: pouco, moderado e muito.
4. Microrganismos, parasitas e espermatozóides (relatar apenas em urinas masculinas): poucos, moderados e muitos.

ANALISE QUIMICA QUALITATIVA E QUANTITATIVA


METODO: MANUAL

CARACTERES GERAISVALORES DE REFERENCIA

DENSIDADE : || 1.015 A 1.025

REACAO (PH) : || 4,5 A 7,8

ODOR: || SUI GENERIS

COR : || AM. CITRINO

ASPECTO : || CLARO

ELEMENTOS ANORMAIS

GLICOSE : || NEGATIVO

BILIRRUBINA : || NEGATIVO

CORPOS CETONICOS: || NEGATIVO

SANGUE: || NEGATIVO

PROTEINA: || NEGATIVO

UROBILINOGENIO: || < 1 mg/dL

NITRITO : || NEGATIVO

LEUCOCITO ESTERASE: || NEGATIVO

SEDIMENTOSCOPIA

METODO: / MICROSCOPIA OPTICA CONVENCIONAL

PIOCITOS : || < OU = A 4 PIOCITOSP/C

EPITELIOS VIAS ALTAS : || RARAS CELULAS P/C

EPITELIOS VIAS BAIXAS: || < OU = A2 CELULASP/C

HEMACIAS : || < OU = A 3 HEMACIASP/C

CILINDROS HIALINOS : || < OU = A 2 CILINDROS P/C

CILINDROS PATOLOGICOS: || AUSENTES

CRISTAIS : || AUSENTES

MUCO : || NAO SE APLICA

FLORA BACTERIANA : || < 100,0 / uL

OBSERVACOES:

FONTE: EXAME REALIZADO CONFORME PADRONIZACAO DA ABNT / CB - 36

EXAME DE URINA TIPO 1 EAS

O EAS é um exame pedido com bastante frequência na análise clínica básica e também utilizado na urgência e emergência em unidades de
pronto atendimento, por isso a grande importância da sua interpretação correta

Urina Tipo 1 (EAS)

Infecções urinárias

Confirmações bioquímicas- glicose, proteínas


 Informações úteis das doenças envolvendo os rins e o trato urinário.

 Diagnóstico de distúrbios funcionais e estruturais dos rins e trato urinário inferior

 Acompanhamento e obtenção de informações prognósticas

 A análise da urina é feita através do exame físico, químico da urina, seguido de microscopia do sedimento urinário.

Cuidados na coleta do material

Cada tipo de análise tem uma orientação diferente, o paciente deve ser orientado por um profissional que tenha conhecimento dos
procedimentos corretos de coleta

 o recipiente para a coleta da amostra deve ser limpo, seco e esterilizado.

 o recipiente contendo a amostra deverá estar corretamente identificado, contendo: nome completo, data e horário.

 A amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório, e analisada o mais rápido possível.

 Para conservação da amostra deve-se manter a amostra refrigerada 2° à 8°

 Deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml

 O paciente deve ser orientado a coletar a amostra fazendo antes a assepsia, desprezando a 1° porção da urina, coletando o jato
médio para realização da análise

Desempenho do teste

A sensibilidade do teste depende de vários fatores; a variabilidade de percepção da cor, a presença ou ausência de fatores inibidores
específicos, a densidade específica, o pH e as condições de iluminação.

PARÂMETROS FÍSICOS

Volume, Cor, Aspecto e Densidade

Os parâmetros de volume, cor e aspecto são analisados macroscopicamente, a densidade é medida pela fita reativa.

1. Volume

O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. O volume varia também com a perda pela transpiração, secreção do
hormônio antidiurético, variação da quantidade de íons.

A urina é um ultrafiltrado do plasma que remove substâncias tóxicas que se acumulam com o metabolismo e também excretam
substâncias para a manutenção do controle ácido básico

A filtração é feita nos rins e parte dassubstâncias são reabsorvidas nos túbulos renais. São filtrados cerca de 180 litros de sangue por dia,
onde o volume urinário é normalmente de 1 à 2 Litros

Alterações no volume urinário

 Anuria
 Poliuria
 Oliguria

2. Cor

A cor da urina é dada por um pigmento denominado urocromo. A coloração indica de forma grosseira, o grau de hidratação, alguns
alimentos e medicamentos influenciam na cor da urina.

A coloração da urina, é classificada da seguinte forma, podendo haver variações entre os laboratórios :

 Amarelo claro
 Amarelo citrino
 Amarelo escuro
 Avermelhada
 Medicamentosa- verde, laranja
 Âmbar

3. Alterações na cor
Presença anormal de bilirrubina : amarelo-escuro ou âmbar, às vezes com espuma amarela

Doenças hepáticas: amarelo-esverdeado, castanho.

Urina com hemácias: vermelho,observar em urinas de mulher se a paciente não se encontra no período menstrual.

Urina com hipúria ou quilúria: branco, está relacionado com a obstrução linfática e ruptura dos vasos linfáticos.

Medicamentos:

Laranja – fanazpiridina -

Vermelha– levodopa -

Castanho– nitrofurantoína -

Verde – metocarbamol –

4. Aspecto

Refere-se a turbidez e transparência da amostra

A urina normal, recém eliminada é límpida, podendo apresentar turbidez aumentada devido a presença de substâncias como cristais,
leucócitos, hemácias, bactérias, lipídios, células epiteliais, muco.

 Classificação:
 Límpido
 Ligeiramente turvo
 Turvo

5. Densidade

O volume de urina excretada, e sua concentração de solutos variam para a manutenção da homeostase dos fluídos corporais e eletrolíticos.

O valor da densidade medida na amostra, é influenciado pela hidratação, assim como pelo número e pelo tamanho das partículas e
moléculas químicas dissolvidas

A densidade depende do grau de hidratação do paciente e do número de partículas dissolvidas variando de 1.005 à 1.030.

ASPECTOS QUÍMICOS

Análise química é feita através da fita reativa que é imergida na urina e são analisados os seguintes parâmetros:

Proteínas; pH; glicose; cetonas; bilirrubina; sangue;urobilinogênio;nitrito;leucócitos, ácido ascórbico

TIRA REATIVA

Papel absorvente impregnado com substâncias químicas, 10 ou + análises

Interpretação: reação química/coloração

Resultados: semi-quantitativos/ mg/dl

Toda tira reativa tem um tempo de leitura de cada parâmetro estipulado na caixa:

30s, 45s, 1 minuto

1. pH

O ph mede o índice de acidez da urina

O parâmetro de acidez normal da urina varia de 5,5 à 6,5

O controle do ph é feito através de mecanismos que envolvem os rins, os pulmões, o tampão bicarbonato e tampão hemoglobina

Para os analistas de laboratório o conhecimento do pH urinário é importante na identificaçãodos cristais observados durante o exame
microscópico do sedimento urinário

Interferentes: O crescimento bacteriano na amostra, pode tornar o pH ácido oualcalino

proteínas
A quantidade de proteínas na urina é pequena e consiste principalmente de proteínas séricas de baixo Peso Molecular

PROTEINÚRIA: É o excesso de proteínas na urina, causada por lesão da membrana glomerular por complexos imunes, agentes tóxicos,
hemorragia, febre, fase aguda de várias doenças.

Leve: < 1,0 g/24hs

Moderada 1,0 a 3,0g/24hs

Grave > 3,0 - 4,0g/24hs

Interferentes: Pode ocorrer falso-positivo ou falso-negativo quando há contaminação do recipiente da amostra

Resultado liberado no laudo:

Positivo +++

Negativo

cetonas

Provém do metabolismodas gorduras, são três produtos intermediários:

acetona (2%),

ácido acetoacético (20%) e

ácido beta-hidroxibutírico (78%)

CETONÚRIA: causada por diabetes mellitus, por vômitos, carência alimentar, redução de peso

RESULTADO liberado no laudo:

Positivo +++

Negativo

Interferentes:Podem ocorrer reações falso-positivas, falso-negativas, devido à drogas anti-hipertensivas e ação das bactérias.

“Alguns medicamentos como o captopril, ácido valproico, vitamina C e levodopa podem causar resultado falso-positivo.”

bilirrubina

A bilirrubina é o principal produto do metabolismo do grupo heme da hemoglobina

A bilirrubina é um composto instável à luz,portanto uma amostra exposta a luz pode apresentar resultado falso-positivo.

urobilinogênio

Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. Éproduzido no intestino a partir da redução da bilirrubina pela ação das
bactérias intestinais.

Urobilinogênio na urina indica hepatopatias, distúrbios hemolíticos, etc

glicose

Normalmente, quase toda a glicose filtrada é reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo

O limiar renal é de 160 à 180 mg/dl.

A hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosúria, quando o limiar renal para a glicose é excedido.

Valores normais no plasma:

60 à 99 mg/dl- normal

100 à126 mg/dl- suspeita pré-diabetes

Acima de 126 mg/dl- é considerado diabético

A dosagem é feita na tira reativa e o resultado é liberado como positivo ou negativo e quantificado em cruzes

O resultado é confirmado através de técnica realizada com o reativo de Benedict


Reação de Benedict

A substância redutora mais comumente encontrada na urina é a glicose

Os açucares redutores reduzem os sais cúpricos do reativo de Benedict em soluções quentes, mudando a reação de cor, em cores que
variam do verde ao marrom

nitrito

Parâmetro correlacionado com grande quantidade de bactérias e possivelmente com infecção urinária

A capacidade que certas bactérias têm de reduzir o nitrato, constituinte normal da urina, em nitrito

Interferentes: tempo de contato entre o nitrato e as bactérias, presença de ácido ascórbico, uso de antibióticos

Resultado liberado no laudo:

Positivo

Negativo

sangue

O sangue pode estar na urina na forma de hemácias íntegras (hematúria) ou de hemoglobina livre (hemoglobinúria)

Podem ocorrer falsos-negativos ou falsos positivos por interferência de substâncias como ácido ascórbico, nitrito, densidade alta,
contaminação menstrual, traumas, etc

O resultado é liberado no laudo:

Positivo+ + +

Negativo

Leucócitos

Leucócitos são células defesa e quando estão em grande quantidade na urina indicam possivelmente infecção do trato urinário.

PIÚRIA: Presença de leucócitos degenerados na urina. Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar aumentados
transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos.

Interferência: Densidade alta, ph da amostra

Resultado liberado no laudo:

Positivo+ + +

Negativo

Microscopia do sedimento

O exame microscópico do sedimento urinário, tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis que se acumulam na urina

Exame Qualitativo e Quantitativo do sedimento urinário.

Os elementos são: hemácias, leucócitos, células epiteliais, cilindros, bactérias, leveduras, parasitas, muco, cristais.

Metodologia:

As amostras examinadas, devem ser recentes ecorretamente conservadas;

Após o exame físico-químico, colocar cerca de 10 ml de urina homogeneizada em um tubo cônico;

Centrifugar a urina a 3000 rpm por 5 minutos;

Desprezar o sobrenadante,

O sedimento segue para análise microscópica

células

A quantidade de células varia de acordo com a idade, sexo e situação clínica


São vistos três tipos de células epiteliais na urina, classificados quanto ao seu local de origem no sistema genitourinário

Células escamosas: revestimento interno da vagina e porções inferiores da uretra masculina e feminina

Células epiteliais: originam-se da pelve renal, da bexiga e da porção superior da uretra. São menores, esféricas, com núcleo central.
Quando presente em grande número, e com morfologia alterada, deve-se suspeitar de carcinoma renal.

Células dos túbulos renais: são redondas, possuem um núcleo redondo e excêntrico. Aparecem em doenças que causam lesão tubular:
pielonefrite, reações tóxicas

hemácias

Aparecem como discos incolores, de tamanhos e formas variáveis

Seu aparecimento em grande quantidade tem relação com lesões na membrana glomerular, ou nos vasos do sistema urogenital. Uma
grande quantidade de hemácias indica infecção aguda, reações tóxicas, pielonefrite, etc

Os valores normais encontrados na urina são:

0 a 3hemácias por campo

leucócitos

Aparecem como esferas granulosas, possuem grânulos citoplasmáticos e núcleos lobulados.

Leucócitos são os glóbulos brancos que conservam suas características morfológicas intactas, reservando o termo piócitos aos elementos
degenerados

Os normais encontrados na urina são

0 a 7leucócitos por campo

bactérias

A presença de bactérias pode ou não significar uma infecção urinária.

Os resultados liberados no laudo são:

Raras, Algumas, Numerosas

leveduras

No resultado liberado no laudo indicamos a presença de Leveduras e quantificamos em

Raras, Algumas e Numerosas

parasitas

Parasitas e ovos de parasitas, podem ser observados na urina como resultado de contaminação fecal ou vaginal. O parasita encontrado
com mais freqüência é o Trichomonas vaginalis

Filamentos de muco

O muco é um material protéico produzido por glândulas e células epiteliais do trato urogenital e aparecem na microscopia como estruturas
filamentosas

São liberados no laudo como:

Raros, Alguns e Numerosos

Cristais

É comum encontrar cristais na urina, são formados pela precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou
concentração de determinadas substâncias, tipo de alimentação, hidratação

Cristais encontrados na urina em pH ácido:

 Uratos amorfos: aparecem como pequenos grânulos amarelo-castanhado. São pequenos granulações incolores, amorfas,
podendo ser amarelas ou avermelhadas, isoladas ou reunidas.Apresentam - se como urato de Na, Mg, Ca.
Sedimento não-organizado

 Ácido úrico: possuem quatro lados, são achatados, em forma de losango, amarelos ou vermelhos-acastanhados. Apresentam
maior número de formas: losangos, isolados, cruzados ou em roseta, etc. Possuem coloração amarelo – avermelhada.

Identificação : é baseada na forma e na cor característica que apresentam. Dissolvem-se pelo calor 600C e álcalis.

 Oxalato de cálcio: são octaedros incolores que lembram envelope, com um X no meio. São incolores, brilhantes possuindo na
maioria das vezes forma característica, assemelhando-se a um envelope.

Cristais encontrados na urina em pH alcalino:

 Fosfato amorfo: grânulos amorfos incolores que aparecem aglomerados.


 Carbonato de cálcio: pequenos grânulos ou esferas incolores.
 Fosfato triplo: apresentam variação de tamanho, aparecem como prismas incolores com extremidade oblíquas, formas planas
 Cistina: são lâminas hexagonais incolores e refringentes, encontrados em pH ácido. São de forma hexagonal e incolores,
precipitando-se abundantemente na anomalia denominada cistinúria (Deficiência de absorção).

CÁLCULO DE CISTINA

• Defeito metabólico que resulta na insuficiência de reabsorção tubular renal de cistina, lisina, arginina

• Supersaturação cistina. Ocorre por alterações do metabolismo protéico, como na cistinúria congênita, reabsorção tubular insuficiente, ou
ainda por graves intoxicações hepáticas.

Tirosina: agulhas finas arranjadas em grumos ou feixes, pH ácido. Aparecem em geral juntamente com os de leucina, de coloração escura
em forma de finas agulhas aglomeradas.

• Processos hepáticos graves.

Leucina: E altamente refringente e pode aparecer sob forma poliédrica, ou como pequenas esferas que apresentam uma típica cruz.

• lesões hepáticas provocadas por envenenamento

• Em geral aparece em doenças hepáticas.

• Necrose hepática aguda difusa.

Cilindros

Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto coletor. Precipitação dos sais da urina. Os Cristais são
formados pela precipitação dos sais da urina, submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que afeta sua solubilidade.

 Cilindros Hemáticos: contém hemáceas emaranhadas ou ligadas à matriz das proteínas de Tamm-Horsfall
 Cilindro Leucocitário: Os cilindros são refringentes, aparecem grânulos multilobulados.
 A presença de cilindros leucocitários significa inflamação ou infecção nos néfrons
 Cilindro de Células Epiteliais: Os cilindros de células epiteliais são muitas vezes observados em conjunto com cilindros de
hemácias e leucócitos
 Cilindro de cor transparente formado por filamentos de muco e proteínas, em pequena quantidade não tem significado clínico,
pode significar desidratação quando aparece em grande quantidade
 Cilindros Céreos provem da degradação de outros cilindros. São quase patognomônicos da glomerulonefrite crônica,
nefrosclerose, representando sempre sinal de gravidade.

• Estágio avançado do cil.Hialino;

• São largos, com fendas nas laterais, de bordas irregulares.

• Patologia: Insuficiência Renal, rejeição a transplantes e doenças renais agudas

 Cilindros granulosos são formados por degeneração de outros cilindros contém cristais, bactérias, etc
Após a análise apresentada em laboratório, pode-se concluir que o experimento apresentado é de fundamental importância para
a formação e preparação de um bom profissional da área da saúde. O exame de EAS visa direcionar a diagnósticos precisos, se há ou não
infecção urinária ou outras alterações como Picos glicêmicos.

Dessa forma os elementos químicos desse exame analisados em aula, serve para complementar o diagnóstico clínico do médico
solicitante e soma-se a isto grande aprendizagem para formação dos acadêmicos que estão envolvidos neste processo de aprendizagem.

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