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MONITORIA BIOQUÍMICA CLÍNICA

1ª UNIDADE

Noções de biossegurança

1. Qual vacina deve ser tomada quando trabalha-se com amostras biológicas?
Hepatite b e tétano.
2. Citar e explicar os 5 tipos de riscos e exemplos de cada um.
 Riscos de acidentes: qualquer fator que coloque o trabalhador em situação
vulnerável e possa afetar sua integridade e seu bem estar físico e psíquico.
Ex.: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e
explosão, armazenamento inadequado.
 Riscos ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas características
psicofísiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua
saúde. Ex.: levantamento de peso, monotonia, repetitividade, postura
inadequada.
 Riscos físicos: são as diversas formas de energia a que possam estar exposto.
Ex.: ruído, calos, frio, pressão.
 Riscos químicos: são as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador.
 Riscos biológicos: são as bactérias, vírus, fungos, parasitos.
3. Citar quais são os EPIs e EPCs utilizados essencialmente em um laboratório de análises
clínicas.
Epis: luvas, óculos e máscaras faciais, aventais impermeáveis, sapatos fechados.
Epcs: cabines de segurança biológica, chuveiros de descontaminação
4. Como proceder se ocorrer algum acidente no laboratório de análises clínicas?
Coleta e preparo do material biológico

1. Explicar de forma clara e minuciosa como é feita a coleta do material biológico.


R: ao iniciar o procedimento de coleta, o profissional de saúde deve organizar todo o material de
acordo com as amostras a serem coletadas, conferir todos os dados da requisição e solicitar ao
paciente que diga seu nome completo e data de nascimento para confirmação dos dados da
requisição; na etiqueta de identificação da amostra deve constar o nome completo do paciente,
tipo de exame e data/hora de coleta com letra legível; em tubos de sangue deve-se,
preferencialmente, utilizar a etiqueta própria do tubo com caneta que não borre ou apague; na
requisição do exame deve constar o nome completo e telefone do profissional que efetuou a
coleta ou que recebeu a amostra de forma a garantir a rastreabilidade.
PROCEDIMENTOS:
1- Coloque a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, não toque na parte inferior da agulha;
2- Movimente o êmbulo e pressione-o para retirar o ar;
3- Ajuste o garrote e escolha a vela;
4- Faça a anti-sepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou álcool iodado
a 1 %. Não toque mais no local desinfetado;
5- Retire a capa da agulha e faça a punção;
6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa;
7- Colete aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, colete de 2 a 5 ml;
8- Separe a agulha da seringa, descarte a agulha em recipiente de boca larga, paredes rígidas e
tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%;
9- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço estendido,
sem dobrá-lo;
10- Transfira o sangue para um tubo de ensaio sem anticoagulante, escorra delicadamente o
sangue pela parede do tubo. Este procedimento evita a hemólise da amostra. Descarte a seringa
no mesmo recipiente de descarte da agulha,

2. Quais equipamentos e utensílios são necessários na sala de coleta?


R: Pia; Cadeira reta com braçadeira regulável ou maca; Garrote; Algodão hidrófilo; Álcool
iodado a 1% ou álcool etílico a 70%; Agulha descartável; Seringa descartável; suporte,
tubo e agulha descartável; Tubos de ensaio com tampa; Etiquetas para identificação de
amostras; Caneta; Recipiente de boca larga, com parede rígida e tampa, contendo
hipoclorito de sódio a 2%; Avental e máscara; Luvas descartáveis; Estantes para tubos.

3. Explicar como funciona a fase pré-analítica, analítica e pós-analítica.


R: A fase pré-analítica é composta de cinco etapas:
 pedido do exame: feito geralmente durante a consulta médica;
 preparação do paciente: paciente deve receber todas as informações necessárias
para a realização do exame (tempo de jejum, a realização de exercícios físicos, o
consumo de bebida alcoólica, etc.);
 coleta: seguindo protocolos específicos;
 transporte: em recipiente isotérmico, higienizável, impermeável e identificado;
 preparação: centrifugação, alicotagem...
Na fase analítica é realizada a análise do material coletado. Para cada processo dessa
fase, há um sistema analítico empregado e um POP (Procedimentos Operacionais Padrão)
do equipamento e do método.
Na fase pós-analítica há envio e interpretação dos resultados e consequentemente o
diagnóstico e tratamento.

4. Correlacionar as cores dos tubos com os anticoagulantes, qual tipo de exame é


realizado e o setor do laboratório é destinado cada tubo, geralmente.

5. Qual a função do gel separador?


R: permite que, durante a centrifugação, forme uma barreira estável entre o soro e as
células sanguíneas, garantindo a estabilidade do soro e permitindo que as amostras
sejam armazenadas em tubos primários.
6. Quais os variantes da fase pré-analítica que são inerentes ao paciente? Qual a
importância do jejum para coleta de alguns tipos de exames?
R: O jejum é importante por que após as refeições ocorre o aumento na concentração
sanguínea de vários constituintes bioquímicos como glicose, colesterol, triglicérides, o
que leva a interferência nas dosagens. Além disso, os valores de referência para os
constituintes bioquímicos são determinados estatisticamente em uma população
clinicamente sadia e em jejum.
Variantes:
 Jejum: varia de acordo com a análise;
 Atividade física: alteração de atividades enzimáticas que pode persistir por até 24
h;
 Postura: mudança rápida na postura corporal leva a variações no teor de alguns
componentes séricos;
 Garroteamento: se permanecer por mais de 1 ou 2 minutos, a estase venosa
levará a alterações metabólicas;
 Sexo: diferenças hormonais, parâmetros sanguíneos e urinários se apresentam
em concentrações distintas em homens e mulheres;
 Gênero: maturidade funcional dos órgãos e sistemas metabólicos e massa
corporal.

7. Caso seja solicitado a um paciente vários exames de setores diferentes, qual o melhor
a fazer?
Controle de qualidade no laboratório clínico

1. Diferenciar especificidade e sensibilidade.

A sensibilidade de um método reflete o quanto este é eficaz em identificar corretamente,


dentre todos os indivíduos avaliados, aqueles que realmente apresentam a característica
de interesse.

Já a especificidade de um método reflete o quanto ele é eficaz em identificar


corretamente os indivíduos que não apresentam a condição de interesse

2. Quais os tipos de reações empregadas no laboratório de análises clínicas quanto o


produto formado e quanto o procedimento. Explique.

3. Diferença entre erro aleatório e sistemático.


R: O erro aleatório é produto das variações nas medições que não seguem uma tendência
fixa, mas que podem ser analisadas estatisticamente pelo cálculo de sua dispersão.
O erro sistemático indica a tendência em registrar resultados sistematicamente acima ou
abaixo do valor real e qual a amplitude esperada desta variação.

4. Quando chega a amostra controle no laboratório o que deve ser feito e por quê?

5. Citar e explicar as regras de Westgard, dizer qual o tipo de erro e o critério.


 Regra 1:2s: representa a regra de controle onde o valor de um dos controles excede
o limite de Xm ±2s. Não implica em rejeição. A ocorrência de 1:2s é o sinal de alerta e
indica que devem ser realizadas inspeções adicionais em todos os dados.
 Regra 2:2s: A regra é inicialmente aplicada em uma mesma batelada para os valores
de 2 controles (2 níveis). Os resultados não são liberados quando os valores de 2
controles excedem os limites de + 2s ou – 2s, no mesmo dia.
 Regra 1:3s: significa que os resultados devem ser rejeitados porque o valor de um
dos controles excede o limite de Xm ± 3s. Este é um critério usual ou limite de
rejeição para o gráfico de Levey-Jennings.
 Regra R:4s: os valores obtidos devem ser rejeitados quando a diferença entre os
dados dos 2 controles é maior que 4s, sendo aplicável somente quando há 2 níveis
instalados. Assim quando o valor de um controle excede +2s e o valor do outro
controle ultrapassa -2s, cada observação ultrapassa 2s, mas em direções opostas,
fazendo uma diferença maior que 4s.
 Regra 4:1s: os resultados devem ser rejeitados quando 4 valores consecutivos de um
controle excedem os mesmos limites ou seja Xm +1s ou Xm -1s.
 Regra 7x: esta regra é violada quando os valores do controle estão no mesmo lado
da média em 7 dias consecutivos, não sendo necessário que os limites de +-2s ou +-
3s sejam ultrapassados.
 Regra 7T: esta regra é violada quando os valores do controle em 7 dias consecutivos
mostram uma tendência crescente ou decrescente, não sendo necessário que os
limites de +-2s ou +- 3s sejam ultrapassados.

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