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O que é PWM e Para que Serve?

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PWM (Pulse Width Modulation) refere-se ao conceito de pulsar rapidamente um sinal digital em
um condutor. Além de várias outras aplicações, esta técnica de modulação pode ser utilizada para
simular uma tensão estática variável e é comumente aplicada no controle de motores elétricos,
aquecedores, LEDs ou luzes em diferentes intensidades ou frequências.

Um dispositivo digital como um microcontrolador pode trabalhar com entradas e saídas que
possuem apenas dois estados: ligado ou desligado. Assim, você pode facilmente usá-lo para
controlar o estado de um LED por exemplo ligando ou desligando o mesmo. Da mesma forma que
você pode usá-lo para controlar qualquer dispositivo elétrico usando dispositivos adequados
(transistor, triac, relés etc).

No entanto, às vezes você precisa de mais do que apenas “ligar” e “desligar” no controle de
dispositivos. Caso você deseje controlar o brilho de um LED (ou qualquer lâmpada) ou a velocidade
de um motor elétrico CA, simplesmente não será possível aplicando somente o controle
(ligar/desligar). Para contornar esta situação, habilmente foi desenvolvida a técnica chamada
PWM ou Pulse Width Modulation.

PWM é a técnica usada para gerar sinais analógicos de um dispositivo digital como um
Microcontrolador e ela é tão eficiente que hoje em dia quase todos os Microcontroladores
modernos possuem hardware dedicado para a geração de sinais PWM. Neste artigo você vai
aprender os conceitos básicos desta técnica e como ela pode ser amplamente aplicada no controle
de dispositivos e até máquinas como ocorre no inversor de frequência.

1 – O Controle Analógico
Um sinal analógico é aquele que possui o seu valor variando continuamente com resolução infinita
em tempo e magnitude. Uma bateria de 9 volts é um exemplo de um dispositivo analógico em que
sua tensão de saída não é precisamente 9V, mudando ao longo do tempo e podendo assim, ter
qualquer valor real numérico. O que quero dizer aqui é que a quantidade de corrente extraída de
uma bateria não está limitada a um conjunto finito de valores possíveis (0 ou 1 por exemplo). É
fácil perceber que os sinais analógicos são distinguíveis dos sinais digitais pois estes últimos
sempre tomam valores de um conjunto finito de possibilidades predeterminadas, como o conjunto
(0V, 5V). Neste caso, ou está ligado (5V) ou desligado (0V).
Figura 1 – Sinais analógicos e digitais.

Tensões e correntes analógicas podem ser utilizadas para controlar sistemas diretamente, como o
volume de um rádio. Em um rádio analógico simples, o botão de volume é conectado a uma
resistência variável. Ao girar o botão, a resistência aumenta ou diminui e quando isso acontece, a
corrente que flui através do resistor também aumenta ou diminui. Isso altera a quantidade de
corrente que flui para os alto-falantes, aumentando ou diminuindo o volume. Um circuito
analógico é como o rádio em que a saída é linearmente proporcional à sua entrada.

Mesmo parecendo intuitivo e simples, o controle analógico nem sempre é economicamente viável
ou de certa forma prático. Adicionalmente, os circuitos analógicos tendem a variar ao longo do
tempo e, portanto, podem ser passíveis de ajustes. Devido a este problema, foram criados circuitos
analógicos de precisão que resolvem isso mas por outro lado são muito grandes, pesados e caros
(basta lembrarmos de como eram os equipamentos antigos).

Outra questão é que os circuitos analógicos podem sofrer por aquecimento pois a potência
dissipada neles é proporcional à tensão entre os elementos ativos multiplicada pela corrente que
flui através do circuito.

Por fim, os circuitos analógicos podem ainda serem sensíveis ao ruído e devido à sua resolução
infinita, qualquer perturbação ou ruído em um sinal analógico necessariamente altera o seu valor.

2 – O Controle Digital
Ao controlar os circuitos analógicos digitalmente, os custos do sistema e o consumo de energia
podem ser drasticamente reduzidos. Como falei anteriormente, devido à eficiência deste tipo de
controle, muitos microcontroladores e DSPs já incluem controladores PWM no chip, facilitando
esta implementação.

O PWM nada mais é do que uma maneira de codificar digitalmente níveis de sinal analógico. Nesta
técnica, através do uso de contadores de alta resolução, o ciclo de trabalho de uma onda quadrada
é modulado para codificar um nível de sinal analógico específico para que então ele atenda os
requisitos de uma aplicação desejada.

O sinal PWM é totalmente digital porque em qualquer dado instante de tempo, a alimentação CC
ou está totalmente ligada ou completamente desligada. A fonte de tensão ou de corrente é
fornecida à carga analógica por meio de uma série repetitiva de impulsos de ligar e desligar.

O tempo de ativação é o tempo durante o qual a alimentação CC é aplicada à carga e o tempo de


desativação é o período durante o qual a alimentação é desligada. Dada uma largura de banda
suficiente, qualquer valor analógico pode ser codificado com PWM.

A Figura 2 mostra três sinais PWM diferentes sendo que a primeira (a) mostra uma saída PWM a
um ciclo de trabalho de 10%. Ou seja, o sinal está ligado para 10% do período e desligado nos
outros 90%. As Figuras 2b e 2c mostram as saídas PWM a ciclos de trabalho de 50% e 90%,
respetivamente. Estas três saídas PWM codificam três diferentes valores de sinal analógico, a 10%,
50% e 90% da energia de entrada. Se, por exemplo, a alimentação for 9V e o ciclo de trabalho for
10%, teremos um sinal analógico 0.9V.

Figura 2 – Sinal PWM.

Vamos a um exemplo: A Figura 3 mostra um circuito simples que poderia ser controlado usando
PWM. Na Figura, uma bateria de 9V alimenta um díodo emissor de luz (LED) e se fecharmos o
interruptor que liga a bateria no LED durante 50ms, o LED recebe 9V durante esse intervalo. Por
outro lado, se abrimos o interruptor para os próximos 50ms, o LED recebe 0V. Se repetirmos este
ciclo 10 vezes por segundo, o LED ficará aceso como se estivesse ligado a uma bateria de 4.5V (50%
de 9V). Dizemos que o ciclo de trabalho é de 50% e a frequência de modulação é de 10Hz.
Figura 3 – PWM em um circuito com LED.

A maioria das cargas indutivas e capacitivas requerem uma frequência de modulação muito maior
do que 10Hz. Imagine que nossa lâmpada foi ligada por cinco segundos, depois desligada por cinco
segundos e este ciclo se repetindo sucessivamente. O ciclo de trabalho ainda seria de 50%, mas a
lâmpada pareceria brilhantemente iluminada durante os primeiros cinco segundos e desligada
para os próximas.

Para que a lâmpada tenha uma tensão média de 4,5 volts, o período do ciclo deve ser curto em
relação ao tempo de resposta do LED com a mudança no estado de comutação. Para conseguir o
efeito desejado de uma lâmpada dimmer (sempre acesa variando somente sua intensidade), é
necessário aumentar a frequência de modulação. O mesmo é verdade em outras aplicações de
PWM sendo que frequências de modulação comuns variam de 1kHz a 200kHz. Na Figura 4, você
pode ver uma animação do brilho do LED variando a largura do pulso.

Figura 4 – PWM variando a intensidade de um LED


Figura 5 – PWM e termos

Em termos de definição, temos:

Ciclo ou Período – o intervalo de tempo entre a subida de um pulso (dado em segundos);

Frequência – a taxa de bordas de subida de um pulso (dado em Hz ou ciclos por segundo). É


simplesmente o inverso do período;

Taxa de Ciclo – tempo no período em que o pulso está ativo ou alto, dividido pelo tempo de ciclo
(é dado em percentagem do período completo)

3 – O PWM Gerando Sinais Analógicos


Como dito anteriormente, a técnica de modulação é utilizada em dispositivos como o inversor de
frequência no controle de motores elétricos sendo que neste caso, ele opera com eficiência em
frequências acima de 20-30 kHz. Esta eficiência é conseguida porque a corrente (indução) nos
enrolamentos do motor não colapsa completamente durante o curto período de desativação do
PWM e este colapso leva uma certa quantidade de tempo que depende das especificações do
motor. Seguindo este conceito, controlar motores elétricos em altas frequências de PWM mantém
a corrente de indução em todo o processo de operação do motor, resultando em eficiências
elevadas.

Os sinais PWM também podem ser usados para gerar sinais analógicos que variam no tempo e em
conjunto a filtros passa-baixa podemos obter sinais analógicos fieis a um sinal que seja de fato
analógico. O tipo de filtro mais básico é simplesmente um capacitor conectado entre o sinal e o
terra. Um exemplo de tal alisamento é mostrado no gráfico da Figura 6, onde com a variação PWM
de um ciclo de aproximadamente 25% a 75%, temos uma onda próxima de uma onda senoidal.
Veja que saída real, em azul, não imita perfeitamente uma onda senoidal mas forma um conjunto
de médias locais que atuam como uma onda senoidal.
Figura 6 – PWM na geração de sinal analógico.

Um método simples para obter as características do sinal PWM é dividir o sinal analógico em um
número de segmentos discretos iguais ao comprimento do período PWM. Então, o ciclo para este
período pode ser ajustado igual à média do sinal analógico durante este mesmo intervalo.

4 – Vantagens e Considerações do PWM


Uma das vantagens de aplicar o PWM é que o sinal permanece digital em todo o percurso desde
o processador até o sistema controlado e nenhuma conversão de digital para analógico é
necessária. Ao manter o sinal digital, os efeitos de ruído são minimizados pois um ruído só pode
afetar um sinal digital se ele for forte o suficiente para alterar uma lógica 1 para uma lógica 0 ou
vice-versa.

Maior imunidade ao ruído é mais um benefício desta técnica se comparada ao controle analógico.
Esta é a principal razão pela qual o PWM é utilizado para a comunicação pois mudar um sistema
de sinal analógico para PWM pode aumentar drasticamente o comprimento de um canal de
comunicação. Assim, quando o sinal chega na extremidade recetora, uma rede RC (resistor-
capacitor) ou LC (indutor-capacitor) adequada pode remover a onda quadrada modulada de alta
frequência e retornar o sinal para a forma analógica.

Encontramos aplicações PWM em uma grande variedade de sistemas. Como um exemplo


concreto, considere um freio controlado por modulação. Em termos simples, um freio é um
dispositivo que age duramente sobre algo de forma a parar seu movimento. Em muitos freios, a
quantidade de pressão (ou potência de parada) é controlada com um sinal de entrada analógico
sendo que quanto mais tensão ou corrente for aplicada ao freio, maior será a pressão exercida
pelo freio.
A saída de um controlador PWM pode ser conectada a um interruptor entre a alimentação e o
freio. Para produzir mais pressão de parada, é utilizado um software de controle que aumenta o
ciclo de trabalho da saída PWM. Além de regular o freio para uma quantidade específica de
pressão de frenagem, é possível considerar medições para determinar a relação matemática entre
o ciclo de trabalho e a pressão. (Estas medições podem ser a temperatura de funcionamento,
desgaste de superfície, e assim por diante).

Para ajustar a pressão sobre o freio para digamos, 100 psi, o software de controle faria uma
consulta inversa para determinar o ciclo de trabalho que deve produzir essa quantidade de força.
Ele então ajustaria o ciclo de trabalho de PWM para o novo valor e o freio responderia
adequadamente. Se um sensor estiver disponível no sistema, o ciclo de trabalho pode ser ajustado,
sob controle de malha fechada, até que a pressão desejada seja alcançada com precisão.

Referências:

• http://www.embedded.com/electronics-blogs/beginner-s-corner/4023833/Introduction-
to-Pulse-Width-Modulation
• http://www.veichi.org/solutions/what-is-pulse-width-modulation.html
• https://acroname.com/articles/description-pulse-width-modulation
• http://www.candlepowerforums.com/vb/showthread.php?316080-PWM-What-is-it-
How-does-it-work-and-how-to-detect-it
• http://www.ee.teihal.gr/labs/electronics/web/downloads/What_is_PWM_and_why_is_it
_useful.pdf
PWM - Modulação Por Largura de Pulso
http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_pwm

Introdução
Com a necessidade de se controlar a tensão entregue aos sistemas eletrônicos, e por sua vez, a potência
foi inventada nos anos 60 uma técnica eficaz e muito comum atualmente capaz de controlar a carga
desejada, em substituição a técnica on-off , modulação por freqüência (FM), ou até mesmo as técnicas que
utilizavam cargas em serie, como resistores variáveis, para controlar a carga.

A técnica de PWM é empregada em diversas áreas da eletrônica, talvez a mais comum seja a utilização em
fontes chaveadas mas também pode ser utilizada para controle de velocidade de motores, controle de
luminosidade, controle de servo motores e diversas outras aplicações. PWM significa "Pulse Width
Modulation" ou Modulação de Largura de Pulso, ou seja, através da largura do pulso de uma onda quadrada
é possível o controle de potência ou velocidade.

Imagine uma chave simples liga e desliga, quando ligada 100% da tensão e da potencia é aplicada a carga,
já quando a chave esta aberta a tensão é nula e assim a potência é 0. Quando controlamos o tempo que a
chave fica ligada e conseqüentemente o tempo dela desligada podemos controlar a potencia média
entregue a carga, por exemplo: a chave fica ligada 50% ligada e 50% desligada, isso quer dizer que em média
temos 50% do tempo com corrente e 50% sem. Portanto a potência média aplicada na carga é a própria
tensão média, ou seja, 50%, portanto quanto maior o tempo que o pulso se manter em nível lógico alto, ou
seja, ligado maior a potencia entregue a carga, quanto menor o tempo em nível lógico alto menor a entrega
de potencia.

A grande diferença entre um controle PWM e um controle FM - Freqüência modulada, é que no PWM a
freqüência permanece fixa, normalmente em um valor alto suficiente para não afetar o funcionamento do
equipamento a ser controlado e que a forma de onda resultante seja a mais suave possível, normalmente
para controle de velocidade de motores por exemplo é utilizado dezenas de KHz, já pra controladores de
luminosidade como "dimmer" de uma lâmpada podemos utilizar centenas de Hz, ou para aplicações de
áudio ou fontes como as de computadores podemos utilizar centenas de KHz.

Funcionamento
Considerando uma onda quadrada, para o funcionamento correto do PWM devemos variar a largura de
pulso da onda, para efeito de calculo dois parâmetros são necessários o período e a largura do pulso
propriamente dita, chamada de duty-cycle, definida em porcentagem segundo a formula:
Onde:

Duty-Cycle: Valor em (%)

Largura do pulso: Tempo em que o sinal esta ligado.

Período: Tempo de um ciclo da onda.

Alguns exemplos de forma de onda, variando a largura do pulso e conseqüentemente o duty-cycle:

Exemplo
Para calcular o Duty-Cycle e a tensão média aplicada em uma carga considerando uma tensão de 12VDC e
uma freqüência de 20KHz, ou seja, período de 50us, com 40us de tempo ligado e 10us do tempo desligado
temos:

Calculo Duty Cycle


Calculo da Tensão Média

Desta forma concluimos que gerando uma forma de onda com Duty Cycle de 80% teremos como tensão
média aplicada a carga 9,6V.

Hardware
Para o controle da carga através do PWM é necessário um circuito eletrônico que pode ser dividido em
duas partes, a primeira o circuito de controle que gera o sinal de PWM, ou seja, a onda quadrada com
determinada freqüência, e a segunda o circuito de potencia que acionara a carga.

Circuito de controle
A maneira mais comum de se gerar o sinal de PWM é através de um microcontrolador que em sua grande
maioria já possui pinos e instruções especificas para tal, porém também é possível gerar um sinal de PWM
utilizando circuitos não microcontrolados, utilizando osciladores como segue o exemplo, neste caso é
utilizado o oscilador 555, muito comum entre os estudantes de eletrônica, a freqüência é fixa e a largura
do pulso é alterada ajustando o potenciômetro.

Circuito de Potência
O circuito de potência em geral utiliza um transistor como interface entre o sinal gerado pelo sistema de
controle e a carga, idealmente as perdas de potência no transistor deveriam ser zero, porém isso não é
possível, portanto devemos escolher um transistor que melhor se adéqüe a aplicação, como por exemplo
os MOSFETs que em geral tem uma resistência quando ligado muito baixa, o que faz com que ele consuma
muito pouco, conseqüentemente as perdas serão menores.

Segue um exemplo utilizando um transistor comum no mercado, lembrando que a carga poderá ser por
exemplo um LED, motor DC, ou até mesmo uma resistência, porém é preciso verificar a capacidade de
corrente do transistor!

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