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Objetivos Eixo:

1) Insulinoterapia (tipos de insulina) e contagem de


carboidratos (cálculo do valor de sensibilidade e metas
pré e pós brandial);

O início do tratamento deve ser feito com 0,3-0,5 U/kg/dia, por via
subcutânea (SC). A dose média adequada a um diabético tipo l
adulto em geral oscila entre 0,5-1,0 U/kg/ dia.

Duas Aplicações: Neste esquema, recomenda-se fazer-se 2/3 da


dose diária na primeira tomada (manhã) e 1/3 na segunda tomada
(noite). A proporção NPH/regular deve ser de 70%/30% na primeira
tomada e de 50%/50%, na segunda tomada. Existem várias
desvantagens com o esquema de duas aplicações: (1) o período
matinal antes da aplicação da insulina pode ficar "desprotegido`,
pennitindo a hiperglicemia matinal, (2) eventualmente, a insulina
NPH da manhã pode ser insuficiente para controlar o pico glicêmico
pós-almoço, (3) o paciente não pode flexibilizar suas refeições ou
exercícios.

Múltiplas doses de insulina: (Esquema basal-bolus) Como o


diabético tipo 1 não produz insulina endógena alguma, o
tratamento com insulina exógena deve tentar reproduzir a resposta
fisiologia. Uma insulina de ação intemediária ou prolongada
substitui a liberação basal de insulina pelo pâncreas, enquanto que
uma insulina de ação rápida ou ultrarrápida simula o pico pôs-
prandial.a dose total de insulina bolus deve corresponder a
aproximadamente 50% das necessidades de insulina do paciente. A
melhor maneira de calcular a dose é através da contagem de
carboidratos:

 Regra geral = 1 unidade de insulina para cobrir 15 gramas


de carboidratos.
 Bolus de Correção glicêmica: utilizar a “regra 1800”, na qual
dividimos 1800 pela dose total de insulina utilizada no dia.
Aqui, descobrimos sua sensibilidade insulínica (fator
sensibilidade), ou seja, quanto uma unidade de insulina ultra
rápida baixa, em pontos, a sua glicemia.

Infusão Contínua: Uma bomba de infusão injeta de maneira


constante a insulina através de um cateter colocado pelo próprio
paciente no tecido subcutâneo, sendo substituído a cada três dias.
Esse dispositivo funciona com insulina ultrarrápida, podendo ser
programado para liberar uma dose basal de insulina e, através de
um toque antes das refeições, liberar um bolus para cobrir o
período pós-prandial (utilizando o mesmo cálculo da dose
conforme o esquema com múltiplas doses).
Glicemia do momento – glicemia meta, dividida pela sua diagnóstico de DA.De acordo com Betterle e cols (114), 90% das
sensibilidade insulínica = Bolus de Correção crianças portadoras de endocrinopatias auto-imunes e auto-
anticorpos anti-P450c21 positivos evoluem para falência adrenal
2) Doenças autoimune e doenças relacionadas após um período médio de latência de três anos e a progressão de
(Insuficiência adrenal/síndrome poliglandular pacientes do estágio zero (função adrenal normal) para DA clínica é
autoimune); rápida (14 meses). Diferentemente, 21% dos adultos portadores de
endocrinpatias auto-imunes e auto-anticorpos anti-P450c21
A síndrome poliglandular autoimune (SPA) trata-se de um positivos evoluem para DA clínica após um período médio de
transtorno órgão-específico que atinge diversas glândulas latência de três anos, mas a progressão do estágio zero para o
endócrinas, sendo estas, por sua vez, destruídas gradativamente estágio quatro (DA clínica) é mais lenta, ocorrendo em cerca de
pela ação de auto-anticorpos. Existem quatro tipos de SPA, cinco anos. A enzima P450c21 foi recentemente identificada como
divididas de acordo com a combinação das glândulas acometidas: o principal auto-antígeno na DA de etiologia auto-imune, embora
SPA tipo 1, SPA tipo 2, SPA tipo 3 e SPA tipo 4. A SPA tipo 1 outros citocromos P450 (P450c17 e P450scc) também possam
caracteriza-se por hipoparatireoidismo, candidíase mucocutânea e desencadear o processo auto-imune, principalmente na SPA do tipo
doença de Addison sendo freqüentemente vista na infância. O tipo I e na DA associada à falência ovariana precoce
mais comum da Sídrome é a tipo 2, que para seu diagnóstico
necessita obrigatoriamente da doença de Addison, que pode vir
associada a tireoidite de Hashimoto (Síndrome de Schmidt) e/ou
diabetes melito tipo1 (Síndrome de Carpenter). O terceiro tipo
envolve as mesmas desordens da SPA tipo 2 mas, geralmente sem
afetar o córtex adrenal. Se entre os distúrbios auto-imunes não se
incluírem DM1 e Hipotireoidismo, estabelecem-se critérios para a
SPA tipo 4. O tipo 2 tem diagnóstico é estabelecido quando se
verifica a presenca no mesmo doente de doenca de Addison
autoimune (presente em 100% dos casos, por definicão), diabetes
mellitus tipo 1 (DM tipo 1) autoimune e/ou doenca tiroideia 3) Conduta dos Nódulos Tireoidianos;
autoimune (síndrome de Schmidt). Podem coexistir com outras
manifestacões menos frequentes (4-11% dos casos) como vitiligo, Nódulos tireoidianos palpáveis são um achado frequente,
gastrite autoimune, hipogonadismo hipergonadotrófico, hepatite encontrados em até 5% da população feminina e em 1% da
autoimune e alopecia, assim como com outras condicões raras população masculina. Em estudos com USG podem ser detectados
associadas à doenca (frequência inferior a 1%), nomeadamente em 19-67% dos casos. A importância dos nódulos tireoidianos
Miastenia gravis, artrite reumatoide e síndrome de Sjogren. reside no fato de que 5 a 15% dos nódulos (na dependência de
Os genes responsáveis pela SPA do tipo II estão outros fatores) tireoidianos são carcinomas.O adenoma é um
intimamente ligados a determinados alelos de risco nas classes I e crescimento neoplásico benigno contido em uma cápsula.
II do sistema HLA, entre eles: B8 (26), DQA1*0501, DRB1*0301 e Adenoma e nódulo são utilizados como sinônimo na literatura,
DQB1*0201, os quais são encontrados com maior frequência nos entretanto esta prática é incorreta. O adenoma refere-se a
pacientes que na população geral, mesmo na ausência de diabetes crescimento de tecido novo com estrutura glandular enquanto o
mellitus do tipo I. Possivelmente, a susceptibilidade para DA, pelo nódulo benigno pode ser tanto um adenoma quanto um cisto.Um
menos em um subgrupo de pacientes definido por alelos de risco nódulo tireoídiano solitário é uma formação nodular de
HLADQA1, também possa ser influenciada por genótipos do CTLA4 comportamento clínico discreto, em uma glândula de tamanho
(gene que codifica o antígeno 4 dos linfócitos T citotóxicos ativados normal ou difusamente aumentada. Um nódulo dominante é uma
e que corresponde ao receptor da molécula co-estimulatória B7, formação de grande tamanho em uma tireoide que apresenta
responsável pela regulação da interação dos linfócitos T com as múltiplos nódulos menores.Por outro lado, um bócio multínodular
células apresentadoras de antígeno, além de mediar a apoptose apresenta diversos nódulos de tamanho e consistência
antígeno-específica dos linfócitos T). É é amplamente aceito que as semelhantes. Esta condição é mais frequente em mulheres,
células T são fundamentais na patogênese da DA de etiologia auto- indivíduos idosos e em áreas deficientes em iodo.Sabemos que os
imune. A semelhança do que ocorre no diabetes mellitus do tipo I, nódulos solitários e dominantes possuem uma maior chance de
acredita-se que a ativação de linfócitos T "helper"(CD4+) auto- abrigar uma malignidade quando comparados aos nódulos do bócio
reativos desempenhe um papel crítico nos estágios precoces da multinodular.A presença de dor e crescimento rápido pode
doença, levando à destruição celular através da ação de linfócitos T significar hemorragia no interior de um nódulo quanto
citotóxicos (CD8+). Em uma fase tardia, a liberação de citocinas malignidade. Rouquidão é um sinal de alarme e nos fala mais a
pelos linfócitos CD4+ e conseqüente geração de radicais livres de favor de uma neoplasia maligna comprometendo o nervo laríngeo
oxigênio colaborariam para a manutenção do processo destrutivo recorrente. Um nódulo móvel à deglutição nos sugere a presença
inflamatorio tecidual. A evolução para falência glandular passa por de adenoma, enquanto linfonodos cervicais e supraclaviculares
quatro estágios funcionais diferentes, sendo que a elevação da aumentados de tamanho, nos fazem considerar a possibilidade de
atividade plasmática da reniña é a primeira anormalidade tumor maligno da glândula. Quando indicar a PAAF de um nódulo?
detectada, seguida de resposta subnormal do cortisol frente ao - Todos os nódulos sólidos maiores que l cm devem ser
estímulo com ACTH exógeno, aumento dos níveis de ACTH e, puncionados; - Nódulos mistos (com componente sólido e cístico)
finalmente, diminuição dos níveis plasmáticos de cortisol . OS ACA devem ser puncionados se = 1,5-2,0 cm; - Nódulos > 5 mm e com
são imunoglobulinas da classe G, convencionalmente detectadas características ultrasonográficas suspeitas. Os nódulos que não
através de IFI, em cortes criostáticos de adrenal humana ou bovina. apresentaram indicação de punção, ou que foram benignos na
Estão presentes no soro de 60% a 80% dos portadores de DA de citologia, devem ser acompanhados com US a cada 6-18 meses. Os
etiologia idiopática, principalmente em pacientes do sexo feminino nódulos puramente cisticos não precisam ser puncionados, a não
e nos portadores de SPA. Devido à possibilidade de ocorrência de ser que a finalidade seja terapêutica (quando o nódulo gera
múltiplas endocrinopatias auto-imunes no mesmo paciente, torna- sintomas ou por questões estéticas). Caso haja crescimento de um
se necessária a identificação precoce de indivíduos de risco para o nódulo que teve citologia inicial benigna (> 50% do volume ou >
desenvolvimento de DA, através da dosagem de auto-anticorpos 20% em pelo menos duas dimensões, com um aumento mínimo de
anti-P450c21. Auto-anticorpos anti-P450c21 são detectados, 2 mm do nódulo sólido ou componente sólido de um nódulo misto)
através de radioensaio, em 0,6 a 2,3% dos portadores de diabetes está indicada uma nova PAAF.
mellitus do tipo 1, sendo altamente sensíveis e específicos para o

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