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Teologia básica

2° aula

A revelação de Deus.

Historicamente, as duas maneiras por meio das quais Deus tomou a iniciativa de revelar
a si mesmo foram chamadas de “revelação geral” e de “revelação especial”.

Revelação geral: Algumas vezes chamada de “teologia natural”, inclui tudo aquilo que
Deus revelou por meio natural (criação) incluindo o próprio homem. Ou seja, ao olhar
para a natureza o homem é capaz de perceber a existência de um Deus.

A revelação é estendida a todos, seja a todas as pessoas ou mesmo espaço geográfico.


Ela usa meios universais em sua metodologia, como o calor do sol, a chuva, fenômenos
naturais... contudo não é suficiente para a salvação.

Meios de revelação geral.

A revelação geral chegou a humanidade de muitas maneiras:

A. Pela criação.
1. Afirmação. O argumento cosmológico que afirma que o universo a
nosso redor é um efeito que requer uma causa.
2. Pressupostos. Essa linha de evidencia depende de três pressupostos: a)
todo efeito tem uma causa; b) o efeito causado depende da causa que o
gerou; e c) a natureza não pode gerar a si mesma.
3. Argumentação. Se algo existe hoje (cosmo), ou veio a existir do nada
ou foi gerado de algo que deve ser eterno. Esse algo eterno teria que ser
ou o próprio cosmo, o acaso, ou Deus.
“Dizer que o cosmo gerou a si mesmo é uma contradição uma que para o
cosmo gerar a si mesmo ele teria necessariamente que não existir e
existir ao mesmo tempo”.

O argumento cosmológico

Causa Efeito

Opção n° 1 Nada

Opção n° 2 Algo eterno Mundo


a. Matéria eterna
b. Acaso eterno
c. Deus eterno

B. Pela ordem do universo.


1. Afirmação. O propósito, a ordem e a composição do que vemos no
mundo necessita de um planejador.
2. Argumentação. Uma ação aleatória jamais poderia ter produzido uma
organização tão complexa como a que observamos no mundo.
3. Escrituras.. o salmo 19.2 declara que o mundo é a evidencia do
conhecimento do Criador. Quando os habitantes de Listra estavam
prestes a oferecer sacrifícios a Paulo e Barnabé por pensarem que eram
deuses, Paulo os proibiu usando esse argumento teleológico da existência
de Deus.
C. Pela criação do homem.
1. Afirmação. Como pode o homem, um ser moral, inteligente e vivo, ser
explicado à parte de um Deus moral, inteligente e vivo?
2. Argumentação. As varias facetas do homem e todas elas em conjunto
exigem algumas explicações sobre sua origem. Todas corroboram para a
existência de um ser moral, inteligente e vivo, o qual poderia ter gerado o
homem. (argumento antropológico).
3. Escrituras. O salmista declarou: “ o que fez o ouvido, acaso, não
ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga? Em outras
palavras, as criaturas vivas e inteligentes atestam a existência de um
criador vivo e inteligente.

D. Pelo seu próprio ser.


1. Afirmação.
a. Temos uma ideia de um ser mais perfeito;
b. Se temos a ideia de um “Ser perfeito” e de que para ser perfeito
ele tem de existir, logo, o “Ser perfeito” deve mesmo existir
(argumento ontológico).

2. Discussão. Apesar de esse argumento ser dedutivo, existe um argumento


indutivo. As ideias possuem uma causa e precisam ser comprovadas, a
ideia de Deus existe, logo chegamos a pergunta: Como ela pode ser
comprovada? Esse é o aspecto indutivo do argumento. A questão é que
essa ideia não pode ser explicada com dados não teistas.
Conteúdo da revelação geral
 A glória de Deus (Sl 19.1).
 Seu poder para realizar criação (Sl 19.1).
 Sua supremacia (Rm 1.20).
 Sua natureza divina (Rm 1.20).
 Seu controle providencial da natureza (At 14.17).
 Sua bondade (Mt 5.45).
 Sua inteligência (At 17.29).
 Sua existência (At 17.28).

Valor da revelação geral


 Mostrar a graça de Deus.
 Colaborar com o argumento do teísmo.
 Condenar com justiça os que a rejeitam.

Revelação especifica
A revelação específica:
 Vem de Deus (Jo 12.49).
 Vem por meio de Cristo (Hb 1.1-2).
 Vem pela atuação do Espírito Santo (2Pe 1.20-21).
 É confiável e permanente (Mt 5.18; Lc 21.33).
 Está disponível para todos (Jo 20.31).
 Expõe o caminho específico da salvação (Jo 5.39; Jo 20.31; Rm 1.16)
 Não atinge efetivamente todas as pessoas (Jo 10.24-26).
 Atinge as ovelhas de Deus (Jo 10.27 cf. v.16)
 É compreendida pela ação do Espírito Santo (Jo 16.13).
 É fundamental para a salvação dos perdidos (1Co 1.21).
 É fundamental para a edificação dos santos (2Tm 3.16-17).
 É inerrante (não contém erros).
 É infalível (não conduz ao erro).

CÂNON
Significa “regra”, “padrão” ou “norma” (Gl 6.16). É o conjunto dos 66 livros
inspirados por deus que, reunidos, formam a nossa Bíblia.
Inspiração é a supervisão ativa de Deus sobre aquilo que os autores bíblicos
escreveram nos escritos originais, respeitando suas personalidades, cultura e
faculdades mentais.

O TESTEMUNHO INTERNO DA BÍBLIA:


 As palavras dos profetas foram e têm sido cumpridas integralmente (Mt 1.22 cf.
Mq 5.2, Is 9.6).
 Jesus chamou os livros de Moisés e dos profetas de Escritura (Mt 21.42; 22.29;
Jo 5.39).
 Pedro classificou as cartas de Paulo como Escritura junto com o restante já
reconhecido (2Pe 3.15-16).
 Paulo tem consciência da inspiração dos seus escritos (1Co 14.37).
 João relata as palavras do Senhor e lança maldições sobre quem alterá-las ou não
reconhecê-las (Ap 22.16,18-19).
 As afirmações sobre as Escrituras nos dão a plena convicção da atuação
soberana de Deus na formação e conservação do cânon (2Tm 3.16-17; 2Pe 1.20-
21).

24/02/2018

Exercício

1) Com suas próprias palavras escreva um resumo do conteúdo da aula sobre a


revelação de Deus?
2) Com base no conteúdo estudado, elabore cinco perguntas para seus colegas do
grupo.

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