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PRONOMES

Prof. Everson Pereira


Pronomes são palavras variáveis que
acompanham ou substituem o substantivo.

• Inicialmente, os pronomes classificam-se em


duas grandes categorias:
• A) pronomes adjetivos: acompanham o
substantivo;
• B) pronomes substantivos: substituem o
substantivo.
• Ex. Minha poltrona é confortável, mas prefiro
a tua.
PRONOMES PESSOAIS
RETOS OBÍQUOS

EU Me, mim, comigo

TU Te, ti contigo

ELE O, a, lhe, se, si, consigo

NÓS Nos, conosco

VÓS Vos, convosco

ELES Os, as, lhes,se, si consigo


PRONOMES PESSOAIS
RETOS OBÍQUOS

EU Me, mim, comigo

TU Te, ti contigo

ELE O, a, lhe, se, si, consigo

NÓS Nos, conosco

VÓS Vos, convosco

ELES Os, as, lhes, se, si, consigo


PRÓCLISE
 Conjunções subordinativas
 Ex. Quando a encontraram, já era tarde.
Fui abordado na rua por engano, porque me
pareço com meu irmão.
Embora te obedeçam, não concordam com tuas
ordens.
Caso se sintam desconfortáveis, podem afrouxar
o cinto de segurança.
 Pronomes Relativos (que, quem, qual, cujo,
onde, como, quando, quanto):

Ex. O livro que me emprestaram está esgotado.


A mulher de quem me separei mora aqui perto.
O assunto ao qual te referes é sigiloso.
O medicamento cuja bula te mostrei é controlado.
O lugar onde a encontraram estava deserto.
Não gostaram do jeito como nos comportamos.
Precisa ser contido nos momentos quando se
descontrola.
Tudo quanto te devem será pago.
 Pronomes Indefinidos (alguém, ninguém, algum,
ninguém, todo, cada, tudo, nenhum, pouco etc)

Ex. Poucos o apoiaram.


Ninguém me atura.
Alguém te procurou.
Nada se compara a este espetáculo.
Tudo nos incomoda neste ambiente.
Pronomes Interrogativos
( que, quem, qual, quanto)

• Ex. Quem me denunciou?


• Qual aluna se retirou da sala?
• Que te fizeram para estares tão mal humorado?
• Quanto lhe devo?
Advérbios (sem vírgula)

Ex. Aqui se ensina.


• Aqui, ensina-se.
• Devagar se vai longe.
• Ontem lhe devolvi o documento.
• Talvez nos convidem para a festa.
MESÓCLISE
 Usa-se nos casos em que não for possível usar a
próclise.
 A mesóclise só pode ser utilizada com verbos no
futuro do presente ou no futuro do pretérito do
Indicativo.
 Ex. Emprestarei + te o dinheiro.
Emprestar-te-ei o dinheiro.
Ajudaria + te, se peudesse.
Ajudar-te-ia se peudesse.
ÊNCLISE
 Utiliza-se nos demais casos, ou seja, quando
não for possível usar nem a próclise nem a
mesóclise.

Ex. Meu pai e seus colegas de trabalho


convidaram-me para pescar.
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
NAS LOCUÇÕES VERBAIS
• Não há regra gramatical que preceitue a
colocação pronominal nesse tipo de situação.
• Nesses casos, a colocação do pronome oblíquo
átono deverá ser feita de ouvido, e, no caso da
correção de uma redação, o avaliador será
obrigado a aceitar a colocação feita pelo
candidato, desde que ela não fique muito
estranha ao ouvido.
• Sendo assim, nesse caso, precisamos considerar
três tipos de situação:
AUXILIAR + INFINITIVO AUXILIAR + GERÚNDIO AUXILIAR + PARTICÍPIO

O fato se vai repetir. O fato se vem repetindo. O fato se tem repetido.

O fato vai-se repetir. O fato vem-se repetindo O fato tem-se repetido.

O fato vai repetir-se. O fato vem repetindo-se


PRONOMES DE TRATAMENTO

 São usados no tratamento cortês ou formal,


cerimonioso.
 No caso desses pronomes, a concordância do
verbo é feita sempre com a terceira pessoa.
Ex: Vossa Excelência precisará de meus
serviços? (correto)
Vossa Excelência precisareis de meus
serviços? (errado)
VOCÊ

• Originou-se de Vossa Mercê, hoje usado apenas para


pessoas de tratamento cerimonioso. Até chegar a
você, Vossa Mercê passou por estas formas:
Vossemecê, Vosmecê e Vossancê, cujas variantes
populares são Mecê, Vancê e Vassuncê. Usa-se para
pessoas que gozam de nossa intimidade.
SENHOR
(e suas variações senhora, senhores, senhoras)

Usa-se para pessoas que merecem respeito ou


pessoas de quem exigimos respeito. Antes de
nomes, convém usar inicial maiúscula (Sr. Luís,
Sra. Luísa).
VOSSA SENHORIA (e a variação
VOSSAS SENHORIAS)
 Usa-se para comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de sessão e
funcionários de igual categoria.
Ex. Senhora Diretora, gostaríamos de
comunicar a VossaSenhoria, que o funcionário
Paulo Rodrigues não está lotado neste setor.
VOSSA EXCELÊNCIA (e a variação
VOSSAS EXCELÊNCIAS)
• Usa-se para oficiais de patente superior à de coronel,
senadores, deputados, embaixadores, professores de curso
superior, ministros de Estado, presidente da República
(sempre por extenso) e outras autoridades de relevo social.
• Ex. Comunicamos que Sua Excelência a
Presidenta da República não poderá
comparecer ao evento.
• O Excelentíssimo Senhor Aluísio Mercadante,
Ministro da Educação aprovou as mudanças
realizadas neste setor.
• O Excelentíssimo senhor José Genuíno
informa que cumprirá seu mandato de
senador até o fim.
VOSSA EMINÊNCIA (e a variação
VOSSAS EMINÊNCIAS)
• Vossa Eminência, o Cardeal Dom João
Antônio Henriques, desempenhou papel
fundamental na luta pelos direitos humanos.
• Gostaríamos de anunciar a presença, neste
conclave, de Sua Eminência, o cardeal Dom
Aluísio Alves.
VOSSA ALTEZA (e a variação
VOSSAS ALTEZAS)
 Usa-se para príncipes e duques.
Ex. Sua Alteza, o Princípe William, dará um novo
herdeiro à coroa.
VOSSA MAJESTADE (e a variação
VOSSAS MAJESTADES)
 Usa-se para reis e imperadores.
Ex. Sua Majestade, a Rainha Elizabeth, ficou
feliz com a notícia de que o trono terá mais
um herdeiro.
VOSSA EXCELÊNCIA REVENDÍSSIMA
(e avariação VOSSAS EXCELÊNCIAS REVERENDÍSSIMAS)
 Usa-se para bispos e arcebispos.
Ex. Agradecemos a presença de Vossa
Excelência Reverendíssima a este evento em
nossa comunidade.
VOSSA REVERENDÍSSIMA (e a variação
VOSSAS REVERENDÍSSIMAS)
 Usa-se para sacerdotes e religiosos em geral.
Ex. Vossas Reverendíssimas, os padres desta
diocese, deverão participar de um retiro
espiritual durante o carnaval.
VOSSA PATERNIDADE
(e a variação VOSSAS PATERNIDADES)

 Usa-se para superiores de ordens religiosas.


VOSSA MAGNIFICÊNCIA
(e sua variação VOSSAS MAGNIFICÊNCIAS)
VOSSA MERITÍSSIMA
(e suas variações VOSSAS MERITÍSSIMAS)
VOSSA SANTIDADE
• Também escrito por extenso. Usa-se para o
Papa.
VOSSA ONIPOTÊNCIA
• Também sempre escrito por extenso. Usa-se
para Deus.
Algumas observações:
 Na correspondência oficial, o vocativo
empregado deve vir sempre com a palavra
Senhor (Senhor Presidente, Senhor Ministro,
Senhor Diretor, Senhor Reitor etc. )
 Usa-se Dom ou Dona (ambos com a mesma
abreviatura (D.) junto a nome de mulher
respeitosa, de pessoa ilustre, de preferência
que possua título de nobreza: D. João VI, D.
Carlota Joaquina.
 Quando se fala com a pessoa, usa-se Vossa.
Ex. Vossa Excelência poderia abrir mão do
depoimento das testemunhas, senhora juíza?

 Quando se fala da pessoa, usa-se Sua.


Ex. As testemunhas deverão permanecer no
recinto, pois Sua Excelência optou por ouvi-
las.
PRONOMES POSSESSIVOS
• São os que dão ideia de posse, em relação às
pessoas do discurso, ou seja, estabelecem
uma relação de posse entre um elemento
possuidor e um elemento possuído.
• Quando digo meu livro, a ideia de posse é
clara em relação à primeira pessoa (eu).
PRONOMES POSSESSIVOS
PESSOA PRONOME

1. Pessoa do singular meu, minha, meus, minhas


2. Pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3. Pessoa do singular seu, sua, seus, suas,
dele, dela, deles, delas
1. Pessoa do plural nosso, nossa, nossos, nossas
2. Pessoa do plural vosso, vossa, vossos, vossas
3. Pessoa do plural seu, sua, seus, suas,
dele, dela, deles, delas
Emprego dos pronomes possessivos

• 1) Os pronomes possessivos concordam em


gênero e número com a coisa possuída, mas
em pessoa com o possuidor.

• Elisa chegou com seu filho. (Elisa = possuidor;


filho = coisa possuída)
• 2) O pronome possessivo pode vir com ou sem
a anteposição do artigo
• Ex. minha/ a minha camisa
Tratando-se de nomes de parentesco, porém,
a omissão é desejada.
• Meu pai, minha mãe, meu irmão
Na linguagem familiar, todavia, utiliza-se
muito o meu pai, a minha mãe, o meu irmão,
o que confere mais intimidade à comunicação.
• 3) Muitas vezes, a presença do artigo antes do
possessivo muda o sentido da comunicação.
• Ex. Este é meu irmão. (significa que há mais
de um irmão)
• Este é o meu irmão. (significa que se trata
de irmão único)
• 4) O possessivo seu (e suas variações) pode
causar ambiguidade de sentido.
• Ex Manuel foi ao cinema com sua mãe. (pode
ser a mãe de Manuel ou a mãe da pessoa com
quem se está falando.)
• Para evitar o duplo sentido, usam-se as formas
dele (e variações).
• Manuel foi ao cinema com a mãe dele. (ou de
você, ou do senhor)
• 5) Os possessivos geralmente vêm antepostos ao
substantivo; quando se pospõem, podem mudar de
significado a expressão de que fazem parte.
• Minhas saudades de Beatriz. (= saudades que eu
sinto)
• Beatriz sentes saudades minhas? (= saudades que
Beatriz sente)
• Estou com tua foto. (a foto te pertence)
• Tenho uma foto tua. (tu estás na foto)
• 6) Dispensa-se o possessivo antes de nomes
que indicam partes do corpo, peças de
vestuário e faculdades do espírito, quando se
referem ao próprio sujeito da oração; o uso do
artigo, nesse caso, já denota posse. Ex.
• Não abro mais a boca. (não a minha boca)
• Virgílio rasgou a camisa. (não a sua camisa)
• Perdemos os sentidos. (não os nossos
sentidos)
• 7) A palavra casa, quando significa lar próprio,
dispensa o possessivo. Ex.
• Estou em casa (E não: Estou em minha casa)
• Luís foi cedo para casa. (E não: Luís foi cedo para sua
casa.)
• Quando, porém, se deseja dar ênfase à expressão, ou
quando é necessário discriminar a pessoa ou a coisa
em referência, então, emprega-se o possessivo.
• Em minha casa é que ninguém irá cantar de galo.
• 8) Possessivo se usa muitas vezes não para
indicar posse, mas afeto, cortesia, respeito,
cálculo aproximado, ação habitual, predileção
e também ofensa, descortesia e até ironia. Ex.
• Meu caro amigo!
• Sente-se, minha senhora!
• Minhas senhoras e meus senhores, daremos
início ao debate.
• Ele tem seus vinte e cinco anos.
• Faço os meus exercíios de vez em quando.
• O corola é meu carro!
• Viu o que você fez, seu burro?
• O que você fez, seu burro?
• Quem é que você pensa que é, seu imbecil?
• Aonde a senhora pensa que vai, minha boa
menina?
• 9) Seu, nas expressões seu José, seu Manuel,
seu guarda, seu moço, é a redução de senhor
e não se classifica, portanto, como pronome
possessivo.
• 10) Para reforçar o caráter de posse, costuma-
se empregar próprio (ou variações) depois do
possessivo. Ex.
• Levei o acidentado no meu próprio carro.
• Mataram-no na sua própria casa.
• 11) O adjetivo respectivo equivale a devido,
seu, próprio. Há, portanto, redundância
quando se constrói: “Colocar as coisas nos
seus respectivos lugares.” Ou seja, usa-se seus
ou respectivos, mas não ambos ao mesmo
tempo.

• (Fonte: Nossa Gramática Completa – Sacconi)


PRONOMES DEMONSTRATIVOS
• São os que situam os seres, no tempo e no
espaço, em relação às pessoas do discurso.
• Quando digo este livro, estou situando o ser livro
em relação à primeira pessoa (perto de mim). Se
digo esse livro, estou determinando o ser livro
em relação à segunda pessoa (longe de mim,
perto de outrem). Se afirmo aquele livro, estou
situando o ser livro em relação à terceira pessoa
(distante ta perimeira e da segunda)
Emprego dos pronomes
demonstrativos
• As palavras o, próprio, semelhante e tal (e suas variações),
quando empregadas como equivalentes de um pronome
demonstrativo, serão como tal classificadas.
• Nem tudo o que reluz é ouro. (o = aquilo)
• A sorte é mulher, bem o demonstra. (o = isso)
• A casa de José é maior que a de Paulo. (a = aquela)
• Isilda mesma/própria costura seus vestidos.
• Nunca vi semelhante coisa.
• Tal absuro eu não iria cometer. (tal = esse)
ESTE
É usado:
a) Em relação a seres que se encontram perto
do falante.
Este óculos que estou usando é multifocal.
Isto que carrego em minhas mãos pesa
10Kg.
• B) em referência ao lugar em que o falante
está ou àquilo que o abrange fisicamente.
• Esta sala em que estou dando aula não tem
ar-condicionado.
• Nunca na história deste país houve tanto
escândalo.
• C) em referência ao ser que está em nós.
• Este coração aguentará ainda quanto tempo?
• Esta alma não traz pecado
• D) em referência a um termo imediatamente
anterior.
• Consultado o juiz, este se manifestou favoravelmente
a nossa causa.
• A motosserra abate a árvore e esta volta a nascer.
• E) em referência a um momento presente ou que
ainda não passou.
• Juçara, você aqui ainda a esta hora?
• Este ano está sendo muito bom para mim.
• Neste dia, ano passado, estávamos juntos.
• F) em referência àquilo de que estamos tratando.
• Este assunto já foi discutido ontem aqui; passaremos
a outro.
• Tudo isto que estou dizendo já é velho.
• g) Em referência ao que se vai anunciar.
• Acabam de chegar estes materiais de
expedinte: canetas, lápis, folhas A 4 e tinta
para impressora.
• Uma das soluções para o problema da
violência urbana é esta: aumentar o rigor na
aplicação das leis.
• H) em referência a tempo futuro, mas bem
próximo do momento presente.
• Tarifa de energia pode ser reduzida esta
semana
• Esta noite deverei vê-la: as saudades enormes
batem muito forte.
• Um dia destes ela me telefona, e o amor
voltará a ter curso novamente, sem atropelos
nem imprevistos de má natureza.
• i) No rosto da oração, desacompanhado de
sunbstantivo, equivale a isto.
• Este é o maior problema, caro leitor.
• Esta é que é a verdade, meus amigos.
ESSE
• É usado:
• A) Em referência a seres que se encontram longe do
falante e próximos do ouvinte.
• Esse livro que tens na mão é bom?
• Essa camisa que agora você veste foi presente dela?
• B) Em referência ao lugar em que o ouvinte está ou
àquilo que o abrange fisicamente.
• Essa cidade não conhece progresso há décadas,
rapaz. Mude-se daí!
• C) em referência ao que está na outra pessoa.
• Esse teu coração me traiu.
• Essa alma traz inúmeros pecados.
• Quantos vivem nesse país da Europa?
• D) em referência àquilo que já foi mencionado.
• Impunidade e corrupção: esses foram os assuntos da
reunião presidencial.
• O que você quer dizer com isso?
• E) em referência a tempo futuro distante ou àquilo
de que desejamos distância.
• Meu amigo, um dia você ainda vai precisar de mim:
então esse dia lhe será negro, inesquecível.
• O povo já não confia nesses políticos.
• Não quero mais pensar nisso.
• F) Em referência a tempo passado, mas bem próximo
do momento presente.
• Essa noite sonhei com ela: que saudades, meu Deus!
• G) em referência a tempo passado distante.
• Ela então disse que me amava loucamente; essa
noite não me sai da lembrança.
• Eu, que nesse tempo residia em Paris, não pensava
muito na vida, porque estava levando a vida sem
pensar. De repente…
• H) para dar ênfase ou melhor relevância a um ser já
mencionado.
• Todas as filhas de Veridiana se sentiam muito felizes,
mas Susana, essa era a própria infelicidade.
• I) em referência ao que já se mencionou
• Liquidificador, batedeira, ventilador e aspirador de
pó, esses eletrodomésticos é que estavam em oferta.
• Natação, equitação e voleibol: são essas as
modalidades de esporte que aqui se praticam.
• Fugir aos problemas? Isso não é de meu feitio.
AQUELE
a) Em referência a seres que se encontram longe tanto do
falante quanto do ouvinte.
Aquele livro que está na mesa é seu, Luís?
Aquilo que eles carregam pesa 10kg.
b) Para estabelecer distinção entre duas pessoas
anteriormente citadas, usa-se este para fazer referência
à que foi mencionada por último e aquele para a que
foi mencionado em primeiro lugar.
Rosa e Ana são irmãs; esta é médica; aquela, advogada.
OUTROS USOS
1) Em referência a tempo passado ou futuro, remoto ou
muito longínquo.
Decidimos, então, ir a Salvador; aquelas férias se
tornaram inesquecíveis.
Meus amigos vão chegar à entrada da Garganta do
Diabo, ao cair da tarde; naquele momento vacilarão,
adentrarão ou aguardarão a luz do dia seguinte?
Aquela semana toda na praia – que foi mesmo que
fizemos?
2) A necessidade de ênfase poderá determinar a
posposição da palavra mesmo (ou variações) a este,
esse e aquele (ou variações).
Fique tranquilo, Luís: esta mesma noite você terá uma
grande surpresa.
Era prazeroso pensar que, naquela mesma casa,
houvera eu próprio nascido trinta anos antes.
• 3) Pospõe-se este ou esse (ou variações) a um
substantivo, geralmente repetido, para se expressar
maior vivacidade ou vigor à comunicação.
• Eu tinha uma ideia brilhante, magnífica, ideia essa
que não me deixava pregar o olho à noite,
• Conheci na cidade uma pessoa interessante; pessoa
esta cuja lembrança não me sai da cabeça e me faz
feliz.
• 4) Os pronomes este, esse e aquele (ou variações),
quando contraídos com a preposição de, pospostos a
substantivos, usam-se apenas no plural.
• Você teria coragem de proferir um palavrão desses,
Ana?
• Com um frio deste não se pode sair de casa.
• Nunca vi uma coisa daquelas.
• 5) Tal é pronome demonstrativo, quando tomado na
acepção de este, isto e esse, isso, aquele, aquilo (ou
variações).
• Tal era naquela época a situação do país.
• Não disse tal, não creio em tal, não falo mais sobre
tal.
• Quando tal diz alguma coisa, todos ficamos sabendo.
6) Tal é pronome adjetivo, quando acompanha
substantivo ou pronome e quando acompanha que,
formando a expressão que tal? (= que lhe parece?)
Atitudes tais merecem severas punições.
Esses tais merecem cadeia.
Que tal minha mulher? Que tais meus filhos?
• 7) Tal é ainda pronome adjetivo, quando correlativo
de qual ou de outro tal.
• Suas manias são tais quais as minhas.
• A mãe era tal quais as filhas.
• Os filhos são tais qual o pai.
• Tal pai, tal filho.
• 8) Em início de frase, nisto equivale a então, no
mesmo instante.
• Selma ia sair escondiodo de casa; nisto chegou o pai.
• 9) Não há propriedade no uso do mesmo (ou
variações) em substituição a outro tipo de pronome
ou a um substantivo, apesar de muito empregado até
por escritores de renome. Assim, por exemplo:
• Quero comprar o livro, mas antes preciso saber o
preço do mesmo.
• A inauguração do cinema se deu ontem e à mesma,
compareceram várias autoridades.
Muitas vezes o emprego de o mesmo (ou variações)
nem é necessário para a compreensão da frase,
como neste exemplo:
O acidente ocorreu ontem, e o mesmo foi
presenciado por muitas pessoas.
A frase sem o mesmo ficaria perfeita:
O acidente ocorreu ontem e foi presenciado por
muitas pessoas.
PRONOMES INDEFINIDOS
• São os que se referem à terceira pessoa de modo
vago ou impreciso.
• Quando digo alguém entrou, uso um pronome que
se refere à terceira pessoa de modo vago (alguém);
trata-se, pois, de um pronome indefinido. Quando
digo todos se foram, uso um pronome que se refere
à terceira pessoa de modo impreciso (todos); é
outro pronome indefinido.
• Os pronomes indefinidos são os seguintes:
Variáveis
• algum, certo, tanto,
• nenhum, diverso, qual,
• todo, vário,qualquer,
• muito, outro, um (quando isolado),
• pouco, quanto
Invariáveis
• algo, cada,
• alguém, outrem,
• nada, que,
• ninguém, quem
• Certas palavras funcionam acidentalmente como
pronomes indefinidos. Ex. Mais e menos (mais amor
e menos confiança), (os) demais (você fica; os
demais podem sair) e um, quando assossiado a
outro(uns gostam das loiras; outros, das morenas).
• Quando um pronome é substituído por um grupo de
palavras de sentido indefinido, temos as locuções
pronominais indefinidas, de que são exemplos todo
o mundo, cada um, cada qual, qualquer um, quem
quer que, todo aquele que, seja qual for, seja quem
for, um ao outro, etc.
Emprego dos pronomes indefinidos
• 1) O pronome algo tem significado quantitativo e
equivale a alguma coisa.
• Ex. Tenho algo importante para lhe dizer.
• Às vezes aparece acompanhado da preposição de,
com valor partitivo.
• Ex. Há algo de novo no ar.
• Ele nunca faz algo de útil.
• Também é empregado como advérbio, equivalendo a
um tanto.
• Ex. Só ouvirei se o assunto for algo importante.

2) O pronome cada, que indica uma parte do todo, sem
identificá-la, é sempre adjetivo.
Ex.Cada dia que nasce é uma oportunidade que Deus nos
oferece para melhorarmos.
Não seguido de substantivo, deve anteceder um ou qual.
Os abacaxis custam três reais cada um. (e não cada)
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato.
Tem valor intensivo nesta frase e em outras semelhantes:
Este menino tem cada uma!
Antes de numeral cardinal, discrimina unidades.
Cada dois dias, ele falta à aula.
• 3) Qualquer, quando posposto ao substantivo, tem valor pejorativo.
• Ex. Ele não quer se casar com uma mulher qualquer.
• Antecedido do artigo um, ou mesmo antecedendo a este, também
assume valor depreciativo.
• Ex. O povo não pode eleger para presidente um qualquer (ou qualquer
um).
• Na linguagem jornalística, é usado impropriamente como equivalente de
nenhum(a). Assim, por exemplo: Não houve qualquer interesse do público
pelo desfile.
• É composto de qual + quer (do verbo querer), daí por que seu plural é
quaisquer( a única palavra em português cujo plural é feito no seu interior.
• 4) O pronome algum (ou variações), anteposto ao
substantivo, tem sentido positivo; posposto passa a
ter valor negativo.
• Ex. Tenho aqui algum dinheiro.
• Não tenho dinheiro algum.
• 5) Todo ou toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer.
• Toda a cidade está iluminada. ( a cidade inteira)
• Toda cidade está iluminada (qualquer cidade)
• No plural sempre é usado com artigo.
• Todas as cidades ficaram sem luz.
• 6) Nenhum, pronome que generaliza a negação, varia
normalmente, desde que anteposto ao substantivo.
• Não havia nenhumas frutas na casa.
• Não temos nenhuns meios de resolver isso.
• Posposto não varia em hipótese nenhuma.
• Não havia fruta nenhuma na cesta.
• Não temos recurso nenhum para resolver isso.
• Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática que se
refer à unidade. Compare as duas frases:
• Nenhum aluno passou.
• Nem um aluno passou. (um é numeral)
• 7) Certo só se classifica como pronome indefinido quando vem
anteposto ao substantivo; posposto, é adjetivo, equivalendo a
adequado, verdadeiro, exato.
• Certas pessoas não podem ser eleitas.
• Precisamos eleger as pessoas certas.
• No meio da frase, pode vir ou não antecedido do artigo indefinido
um (ou variações), que lhe confere caráter enfático.
• Então (um) certo dia, ele me procurou.
• Se o substantivo que o acompanha exprime qualidade ou sensação,
certo atenua um pouco sua significação.
• Ele tem (um) certo talento.
• Ele sempre se queixa de (uma) certa dorzinha na coluna.
• 8) Os pronomes certo e qualquer incicam ideias
diferentes. Certo dá ideia particularizada e um tanto
pejorativa do ser, entre outros da mesma espécie,
mas sem identificá-lo; qualquer, por seu lado, não
indica particularização nenhuma nem dá ideia
pejorativa do ser.
• Certas pessoas nem deveriam se candidatar. (sei
quem são as pessoas, mas não quero identificá-las)
• Quaisquer pessoas se candidatam hoje em dia. (sem
ideia pejorativa nem de particularização)
• 9) Tudo é pronome que originalmente se refere
apenas a coisas, mas tem sido aplicado a pessoas no
português contemporâneo)
• Na adolescência, tudo são flores.
• Dizem que no congresso é tudo igual.
PRONOMES INTERROGATIVOS
• Pronomes interrogativos os indefinidos que, quem, qual (e
variação), quanto (e variações), empregados em frases
interrogativas.
• Que fazer diante desta situação?
• Os pronomes interrogativos podem ser utilizados em frases
interrogativas diretas e indiretas.
• Com quem andas?
• Quero saber com quem andas.
Emprego dos pronomes interrogativos

• 1) O pronome quem é sempre substantivo e se refere


a pessoas.
• Quem chegou?
• 2) O pronome interrogativo que, que se refere a
pessoas animais ou coisas, pode vir acompanhado de
palavras reforçativas ou de realce, para dar maior
vigor à comunicação.
• Que que você tem com a minha vida?
• O que é que você está fazendo aí, Maria?
• 3) No português do Brasil, a expressão que é feito de? Ou a
reduzida que é de? No sentido de onde está? se contraiu de
tal forma, que deu origem a simples palavras ou formas
populares: cadê, quedê.
• Cadê meus óculos? = que é feito de meus óculos?
• 4) Os pronomes que e qual são indicadores de escolha ou
seleção.
• Que jornal deu essa notícia?
• Qual a revista que trouxe isso?
• A noção de escolha ou seleção se reforça com o emprego da
expressão qual dos ou qual das.
• Em qual dos jornais está essa notícia?
• 5) Os pronomes interrogativos se empregam ainda
com valor exclamativo.
• Quanta mentira não há num beijo!
• Quanto veneno! Quanta traição!
• 6) Quando, como, onde e por que são advérbios
interrogativos e podem aparecer tanto nas
interrogativas diretas quanto nas indiretas.
• Quando chegaremos?
• Não sei quando chegaremos.
PRONOMES RELATIVOS
• São as palavras que, quem, qual, cujo, onde, como,
quando e quanto. Essas palavras funcionarão como
pronomes relativos, quando relacionarem um
substantivo antecedente a um verbo consequente.
Nesse caso , irão introduzir orações subordinadas
adjetivas.
• O carro que comprei saiu de linha.
• O bairro onde moro é arborizado.
Emprego dos pronomes relativos
• 1) QUE: é chamado re relativo universal porque pode
fazer referência a pessoas, animais ou coisas.
• A mulher que te procurou trabalha aqui perto.
• O cachorro que me mordeu não havia sido vacinado.
• O livro que li está esgotado.
• 2) QUAL: usado quando antecedido de preposições
grandes. Também é utilizado para desfazer possíveis
ambiguidades causadas pelo que.
• O assunto sobre o qual falamos é sigiloso.
• Conheci o namorado de Maria que tinha um caso com o
porteiro. ( o qual, a qual)
• 3) CUJO: estabelece relação de posse entre um
termo antecedente (elemento possuidor) e um
termo consequente (elemento possuído).
• Cujo concorda sempre com o termo consequente e
jamais vem antecedido ou seguido de artigo.
Também pode vir antecedido de preposição.
• Conheci a garota cuja mãe trabalha comigo.
• Conheci a garota sobre cuja mãe falamos.
• 4) ONDE: somente pode ser utilizado quando o
substantivo antecedente indica lugar.
• O escritório onde trabalho fica no centro.
• Quando o verbo que aparece depois desse pronome
reger a preposição a, essa preposição se combina
com onde.
• O restaurante aonde iremos tem música ao vivo.
• 6) COMO: é usado quando o substantivo
antecedente indicar modo.
• Não gosto do jeito como te comportas.
• 7) QUANDO: somente é usado quando o termo
antecedente indicar tempo.
• Gosto da hora quando o sol s epõe.
• 8) QUANTO: utilizado quando o termo antecedente
for um pronome indefinido.
• Tudo quanto devo será pago.

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