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1. Mecânica da Fratura
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Este material não possui fins lucrativos e tem como base diversas obras já existentes.
Módulo I – Mecânica da Fratura – Prof. Bárbara Ferreira de Oliveira
𝜋𝑎2 𝜎 2
∆𝑊𝑒 = −
𝐸
Onde:
Sem
Trinca
Trincada
Figura 2 – Carga versus alongamento para placas com trinca e sem trinca.
∆𝑊𝑠 = 4𝑎γ𝑠
Onde:
3
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𝜋𝑎2 𝜎 2
∆𝑊 = − + 4𝑎γ𝑠
𝐸
𝑑 𝜋𝑎2 𝜎 2
(− + 4𝑎γ𝑠 ) = 0
𝑑𝑎 𝐸
2𝜋𝑎𝜎𝑐2
(− + 4γ𝑠 ) = 0
𝐸
Logo,
2𝐸γ𝑠
𝜎𝑐 = √
𝜋𝑎
Onde:
Note que, para tensões menores que a tensão crítica, a trinca não irá se
propagar, pois a energia que seria liberada pela trinca virtual seria menor do que
a necessária para formar uma nova superfície. A trinca que não se propaga é
chamada de estável a menos que haja um aumento da tensão, caso contrário a
trinca é chamada de instável.
𝜎𝑐 √𝜋𝑎 = √2𝐸γ𝑠
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𝐾 = 𝜎√𝜋𝑎
𝐾𝑐 = √2𝐸γ𝑠
𝐾
𝜎𝑦 =
√2𝜋𝑟
𝑑 2𝜋(𝑎𝑑𝑎) 𝜎 2
(∆𝑊𝐸 ) = − ( )
𝑑𝑎 𝐸
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2𝜋(𝑎𝑑𝑎)2 𝜎 2
4𝑑𝑎γ𝑠 = − ( )
𝐸
Logo,
2𝐸γ𝑠
𝜎𝑐 = √
𝜋𝑎
Variação de
energia
Aumento do
comprimento da
trinca
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2𝜋𝑎𝜎𝑐2
(− + 4γ𝑠 ) = 0
𝐸
2𝜋𝑎𝜎𝑐2
= 2γ𝑝 = 𝐺𝑐
𝐸
∆𝑊 − ∆𝑈
𝐺=
𝐵𝑑𝑎
𝑑𝑈
𝐺= −
𝐵𝑑𝑎
𝐾𝑐 = √𝐸𝐺𝑐
𝐾𝑐2
𝐺𝑐 =
𝐸
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𝐸𝐺𝐼𝑐
𝐾𝐼𝑐 = √
(1 − 𝜈 2 )
Até agora, o único tipo de geometria da amostra tratado foi de uma placa
ampla contendo uma pequena trinca. Quando o comprimento da trinca é
apreciável no que se diz respeito para a largura, é necessário introduzir um
parâmetro Y ou função adimensional, que depende tanto do tamanho quanto da
geometria da trinca e da amostra, assim como do modo de aplicação da carga
(Figura 9). A Figura 4 mostra um gráfico do fator de correção para uma placa
com uma trinca no centro. Para este caso, o fator intensidade de tensão pode
ser expresso como:
𝜋𝑎
𝐾 = 𝜎√𝜋𝑎. √𝑠𝑒𝑐
𝑊
2
𝐾 = 1,12 ( ) √𝜋𝑎
𝜋
2
𝐾 = ( ) √𝜋𝑎
𝜋
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1,12 𝑎
𝐾= (√𝜋𝑎)√
𝐼2 𝑐
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1,12
𝐾= 𝜎√𝜋𝑎
𝐼2
a/c 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
I2 1,000 1,016 1,1051 1,097 1,151 1,211 1,277 1,345 1,418 1,493 π/2
Para uma placa larga contendo uma pequena trinca superficial na borda
(Figura 6), o fator intensidade de tensão é:
𝐾 = 1,12𝜎√𝜋𝑎
Figura 6 -
𝑃𝑆 𝑎
𝐾= 3𝑓 ( )
𝑊
𝐵𝑊 2
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𝑎 1/2 𝑎 𝑎 3,93𝑎 𝑎 2
𝑎 3 (𝑊 ) {1,99 − (𝑊 ) (1 − 𝑊 ) [2,15 − 𝑊 + 2,7 (𝑊 ) ]}
𝑓( ) = 3
𝑊 𝑎 𝑎 2
2[1 + 2(𝑊 ] (1 − 𝑊 )
𝑃𝑆 𝑎
𝐾= 1 𝑓 ( )
𝑊
𝐵𝑊 2
𝑎 𝑎 𝑎 2 𝑎 3 𝑎 4
𝑎 (2 + 𝑊 ) [0,886 + 4,64 (𝑊 ) − 13,32 (𝑊 ) + 14,72 (𝑊 ) − 5,6 (𝑊 ) ]
𝑓( ) = 3
𝑊 𝑎 2
(1 − 𝑊 )
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Irwin mostrou que a mecânica da fratura linear elástica, que foi iniciada
por Griffith, pode ser utilizada mesmo na presença de deformação plástica. No
entanto, devem ser impostos limites para o uso da MFLE dependendo do grau
de deformação plástica. Caso contrário, a abordagem de uma falha pela MFLE
pode não ser válida. Exige-se que o tamanho da zona plástica que se desenvolve
num metal na ponta da trinca deve ser pequeno em relação ao comprimento da
trinca. A primeira estimativa do tamanho da zona plástica num plano de tensão
na ponta da trinca pode ser obtida pelo rearranjo da seguinte equação:
𝐾
𝜎𝑦 =
√2𝜋𝑟
𝐾²
𝑟=
2𝜋𝜎𝑦2
𝐾²
𝑟𝑧𝑝 =
2𝜋𝜎𝑌2
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𝜋 𝜎
𝑟𝑧𝑝 = 𝑎 [sec ( ) − 1]
2 𝜎𝑌
𝜋2 𝐾2
𝑟𝑧𝑝 = ( )
4 2𝜋𝜎𝑌2
A ASTM E 399 diz que o comprimento da trinca deve ser 16 vezes maior
do que 𝑟𝑧𝑝 para atender as condições de análise pela MFLE. Caso contrário, a
mecânica da fratura elasto-plástica deverá ser usada na análise. Sendo assim,
considerando uma trinca interna, as condições da MFLE são atendidas quando:
De acordo com Irwin, para manter uma estrutura própria para análise
linear elástica, o comprimento da trinca deve ser pequeno em relação ao
tamanho da zona plástica. Desta forma, o comprimento da trinca deve ser
aumentado em metade do tamanho da zona plástica. Se o valor estimado de
Dugdale for utilizado para calcular o tamanho da zona plástica, o comprimento
efetivo da trinca (𝑎𝑒𝑓 ), de acordo com a proposta de Irwin, deverá ser igual a:
𝟏 𝛑 𝛔 𝑎 𝜋 𝜎
𝑎𝑒𝑓 = 𝑎 + 𝟐 𝐚 [𝐬𝐞𝐜 (𝟐 ) − 𝟏] = [sec ( 2 ) + 1]
𝛔𝐘 2 𝜎𝑌
𝐾 = 𝑌𝜎 √𝜋𝑎𝑒𝑓
𝑎 𝜋 𝜎
𝐾 = 𝑌𝜎√𝜋 [sec ( ) + 1]
2 2 𝜎𝑌
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Estado plano
de tensão
(Kc)
Estado plano de
deformação
Espessura, B
1.6.1 Temperatura
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Tensão de
escoamento
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1.7 Exercícios
1) Um compósito de matriz cerâmica contém trincas internas de 0,001
centímetros de comprimento. Sua tenacidade à fratura em deformação plana é
45 MPa √m e seu limite de resistência é 550 MPa. Mostre se esta trinca é capaz
de causar uma falha antes que seja alcançado o limite de resistência do material.
2) Uma placa de aço possui tensão de escoamento de 1000 MPa. Como a placa
rompeu-se quando foi tracionada a 800 MPa, supuseram a existência de uma
trinca superficial. Se a tenacidade a fratura para este aço é de 60 MPa √m, qual
seria o valor aproximado da trinca?
3) De acordo com a norma ASTM E399, Standard Test Method for Plane-Strain
Fracture Toughness of Metallic Materials, o fator intensidade de tensão, 𝐾𝐼 , para
o corpo de prova altamente usado (compact speciment), com entalhe de
profundidade 0,2 W é igual a:
𝑃𝑆 𝑎
𝐾𝐼 = 1𝑓 ( )
𝑊
𝐵𝑊 2
𝑎
Onde 𝑓 (𝑊) é dada como:
𝑎 𝑎 𝑎 2 𝑎 3 𝑎 4
𝑎 (2 + 𝑊 ) [0,886 + 4,64 (𝑊 ) − 13,32 (𝑊 ) + 14,72 (𝑊 ) − 5,6 (𝑊 ) ]
𝑓( ) = 3
𝑊 𝑎 2
(1 − 𝑊 )
𝐾𝐼
Plote um gráfico 𝑃 para valores de a/W entre 0,25 e 0,75.
1
𝐵𝑊2
𝜋𝑎
𝐾𝐼 = 𝜎√𝜋𝑎. √𝑠𝑒𝑐
𝑊
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Tabela 3
B 0,06 1310 66
C 0,04 1700 40
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