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Da prescrição
Conceito:
Já Maria Helena Diniz, conceitua como “Constitui-se como uma pena para
o negligente, que deixa de exercer seu direito de ação, dentro de certo prazo,
ante uma pretensão resistida. A prescrição ocorre pelo fato de a inercia do
lesado, pelo tempo previsto, deixar que se constitua uma situação contraria a
pretensão; visa punir, portanto, a inércia do titular ado direito violado e não
proteger o lesante. ”
Pretensões imprescritíveis
Maria Helena Diniz, diz que: “As causas interruptivas da prescrição são
as que inutilizam a prescrição iniciada, de modo que o seu prazo recomeça a
correr da data do ato que a interrompeu ou do último ato do processo que a
interromper [...] A interrupção, que somente poderá ocorrer uma vez (art. 202 do
CC) produz efeito no passado, inutilizando o tempo transcorrido, e no futuro,
determinando o reinício da prescrição, recontando-se o prazo prescricional,
como se nunca houvesse fluído [...] As causas impeditivas da prescrição são as
circunstâncias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas, as que
paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a
prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele. As
causas impeditivas estão arroladas nos art. 197, I a III, art. 198, I e art. 199, I e
II, do Código Civil, que se fundam no status da pessoa, individual ou familiar,
atendendo razões de confiança, amizade e motivos de ordem moral [...] As
causas suspensivas são as mencionadas no art. 198, II e III e art. 199, III, do
Código Civil, ante a situação especial em que se encontram o titular e o sujeito
passivo ou devido a circunstâncias objetivas. De forma que suspensa estará a
prescrição: contra ausentes do Brasil em serviço público da União, dos estados
e municípios e os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempos de
guerra.
Da Decadência
Maria Helena Diniz, diz que: “ O Código Civil de 1916 não tratava,
explicitamente, da decadência, confundindo prescrição e decadência devido à
analogia existente entre ambas, por terem o traço comum da carga deletéria do
tempo aliada à inatividade do titular do direito, e englobava, por isso, num só
capítulo, prazos prescricionais e decadenciais”
Conceito
Carlos Roberto Gonçalves, aduz que: “um dos critérios usados pela
doutrina para distinguir prescrição de decadência consiste em considerar que,
nesta, o prazo começa a fluir no momento em que o direito nasce. Desse modo,
no mesmo instante em que o agente adquire o direito já começa a correr prazo
decadencial. O prazo prescricional, todavia, só se inicia a partir do momento em
que este tem seu direito violado. Também se diz que a prescrição resulta
exclusivamente da lei, enquanto a decadência pode resultar da lei, do testamento
e do contrato.