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EdUfSCar
São Carlos, 2013
© 2001 João Alfredo Azzi Pitta
Impressão e Acabamento
Departamento de Produção Gráfica da Universidade Federal de São Carlos
ISBN - 978-85-85173-65-4
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônicos ou mecânicos, incluindo fotocópia e
gravação) ou arquivada em qualquer sistema de dados sem permissão escrita da editora.
,
SUMARIO
1. IN1RODUÇÃO ............................................................................................................... 5
1. INTRODUÇAO
-
Pouco tempo atrás, há cerca de trinta anos, a determinação das forças devidas ao vento em
edificações, indicada pelas Normas da maioria dos países do mundo, era bastante simples. Em
poucas páginas, fornecia ao calculista todas as informações para o cálculo dessas ações para
qualquer edificação; por exemplo, a Norma Brasileira o fazia em página e meia.
Desnecessário dizer que dessa simplicidade decorriam erros grosseiros na avaliação dessas
forças, diante da extensão territorial de nosso País e da infinidade de formas de estruturas. Isto
implicava a existência de vários tipos de avarias em estruturas, muitas delas causando sua ruína
parcial ou total.
A evolução da qualidade e da resistência de materiais tradicionais como o aço e o concreto
e o aparecimento de novos materiais de construção, principalmente os de vedação, de materiais
muito mais resistentes (plásticos e fibra de carbono) e de novos esquemas estruturais tornaram
muitas estruturas mais esbeltas e flexíveis. Assim, o número de acidentes devido ao vento
aumentou pela manifestação de alguns efeitos que não ocorriam nas edificações correntes graças
a seu peso próprio e rigidez maiores.
A manifestação de efeitos dinâmicos é a principal conseqüência do aumento da flexibilidade
das estruturas e do arrojo em algumas formas. Dentre estes, o exemplo mais famigerado é o
ocorrido com a ponte pênsil de Tacoma Narrows, Estados Unidos, que culminou com a ruína
completa de seu tabuleiro, fato documentado por um cineasta amador. No Brasil, em fato
documentado pelos canais de TV, recentemente ocorreram oscilações excessivas na ponte Rio-
Niterói devido à ação de fortes ventos, o que suscitou intervenção técnica para instalação de
amortecedores na estrutura.
Normas recentes permitem determinar as forças nos principais tipos de edificações de
maneira razoavelmente acurada. Porém, mesmo para alguns tipos comuns, essa determinação não
é fáci l e alguns erros elementares podem ser cometidos por incautos, em especial durante a
construção, erros estes que não são ponderados pelos projetistas e, principa~mente, pelos
engenheiros de obra.
Este trabalho tem a intenção de reunir conceitos básicos sobre o assunto, distribuídos por
várias bibliografias, de maneira a fornecer subsídios para que o leitor possa compreender melhor
a Norma Brasileira NBR 6123 e avaliar situações de risco com mais facilidade, prevenindo-se
e exigindo a execução de ensaios específicos em casos especiais, como a própria Norma
determina.
Não é demais recomendar que, mesmo em casos cobertos pela Norma, em estruturas de
grande porte - muito repetitivas ou padronizadas -, a realização de ensaios em túnel de ve nto
pode resultar em significativa economia, pois, como grafado nela própria, tais resultados podem
ser usados em substituição do recurso aos coeficientes constantes desta Norma. 1
Ações Devidas ao Vento em Edificações 7
2. VENTO NATURAL
Vento é o movimento das massas de ar causado por condições de pressão e de temperatura
na atmosfera. Sua causa básica é o aq uecime nto não uniforme da atmosfera, provocado
principalmente pelos raios ultravioleta emitidos pelo Sol que aquecem a superfície da Terra, que,
por sua vez, emite os raios infravermelho que aquecem a atmosfera. As diferenças entre as
superfícies, a evaporação da água, sua precip itação e a rotação da Terra, entre o utros, produzem
a movimentação de massas que originam os ventos.
O deslocamento de massas de ar frio sob m assas de ar quente, denominado frente fria,
provoca instabilidades associadas a chuvas intensas e ocorrência de fortes ventos, podendo atingir
velocidades da ordem de 100 km/ h. Mais estável é a frente quente: deslocamento de massas de
ar quente sobre massas de ar frio , que normalmente também são acompanhadas de chuva, porém
com ventos de velocidade bem menor.
A tempestade tropical está associada a uma grande nuvem convectiva que se desenvolve
atingindo grandes dimensões, podendo chegar a 12 km de altura. A entrada de ar frio na meia
porção inferior dessa nuvem provoca chuvas intensas e o desabamento do topo da nuvem,
associado a condições de pressão e temperatura, pode gerar ventos com a mesma intensidade dos
produzidos pela frente fria, ou seja, da ordem de 100 km/h.
Muitas vezes há interesse em estimar a velocidade do vento e para isto pode-se usar a tabela
de Beaufort, que a classifica de acordo com o efeito produzido.
Velocidade do vento
Descrição do
Grau Intervalo Média aprox. Efeitos devidos ao vento
vento
(em m/s) (em km/h)
o 0,0-0,5 1 calmaria
1 0,5-1,7 4 aura, sopro A fumaça sobe praticamente na vertical.
2 1,7-3,3 8 brisa leve Sente-se o vento nas faces.
3 3,3-5,2 15 brisa fraca Movem-se as folhas das árvores.
Movem-se pequenos ramos. O vento estende as
4 5,2-7,4 20 brisa moderada
bandeiras.
5 7,4-9,8 30 brisa viva Movem-se ramos maiores.
6 9,8-12,4 40 brisa forte Movem-se arbustos.
Flexionam-se galhos fortes. O vento é ouvido
7 12,4-15,2 50 ventania fraca
em edifícios.
ventarua Difícil carrunhar, galhos quebram-se, o tronco
8 15,2-18,2 60
moderada das árvores oscila.
Objetos leves são deslocados, partem-se arbustos
9 18,2-21,5 70 ventania
e galhos grossos, avarias em charrunés.
Árvores são arrancadas, quebram-se os postes
10 21 ,5-25,5 80 ventarua forte
telegráficos.
ventania
11 25,5-29,0 95 Avarias severas.
destrutiva
12 29,0 e mais 105 furacão Avarias desastrosas, calarrudades.
8 EdUFSCar -Apontamentos
V
g
=Vg [~)a
z
g
z 9 = 520 m
ex= 0,40
160 z 9 = 400 m
500
ex= 0,28
erreno com obstáculos grandes e irre- Terreno uniforme coberto com Terreno aberto e plano {campo
guiares (centro das grandes cidades, obstáculos de 1O a 15 m de altura aberto com poucas árvores, costas,
campos protegidos com muitos {subúrbios, cidades pequenas, praias, desertos).
quebra-ventos e árvores altas). matas e cerrados).
Figura 2 .1 Perfis da velocidade média do vento (km/h) de acordo com a rugosidade do terreno, segundo Davenport.
1\ duração da r ajada d eve ser suficiente p ara ab ran ger todo o campo aerodinâmico no
entorno da construção. Quanto mais veloz a rajada, menor seu tempo de atuação e menor seu
turbilh ão correspo ndente.
Um dos critérios para determinar a duração mínima da rajada baseia-se na dimensão dos
turbilhões, cujo formato se assemelha ao de uma cápsula. Um turbilhão de comprimento C possui
diâmetro da seção transversal da o rdem de um terço a metade de seu comprimento. Como a
correlação de velocidade em sua periferia é fraca, é necessário que aquela dimensão seja da ordem
de três vezes a altura (H) ou largura da edificação para que o turbilhão seja efetivo (Figura 2.2) .4
Assim , tem-se:
3H=-a-
e e
3 2
Logo,
C =6a 9 (H)
1O EdUFSCar - Apontamentos
/
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I
e e
I
l V
a 1
3 2 1
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\
'
3. VELOCIDADE DO VENTO
Qual a máxima velocidade do vento que poderá atuar em uma edificação, a ser construída
em um determinado local, durante sua vida útil?
Para responder a essa questão são necessárias medidas da velocidade do vento nessa região
durante um grande espaço de tempo, para então, com o auxílio de projeções estatísticas, ser
determinado, com um certo grau de confiabilidade, o valor dessa velocidade.
Essas medições são feitas por meio dos anemômetros e anemógrafos, dos quais o mais
difundido é o anemômetro de copos.
Para ser possível o tratamento de dados de diferentes postos de leitura, executados por
diferentes órgãos, é necessário que se estabeleça uma base para as condições de leitura, pois, como
visto, a velocidade varia com a altura e as condições locais de terreno.
As condições estabelecidas para as leituras, em aparelhos padronizados, são as seguintes:
• localização dos aparelhos em terrenos planos, a 1O m de altura;
• inexistência de obstáculos que possam alterar o fluxo de ar no local da medida;
• leitura da velocidade média sobre três segundos (velocidade instantânea).
Normalmente, essas condições são encontradas nos aeroportos que, para sua operação,
necessitam de informações sobre intensidade, direção e sentido do vento, sendo por isso locais
onde se encontram a maioria das estações meteorológicas.
Com essas informações, por meio de tratamento estatístico adequado, considerando-se que
a maioria das edificações tem vida útil de 50 anos e definindo-se um grau de confiabilidade, é
possível determinar a velocidade básica do vento, ~: velocidade de uma rajada de três segundos,
que pode ser excedida (com uma probabilidade de 63%) uma vez a cada 50 anos, a 10 metros
acima do terreno, em campo aberto e plano, e gerar um gráfico com curvas de igual velocidade
do vento (isopletas) para todo o País.
É interessante que tal gráfico seja atualizado continuamente com o aumento· dos dados de
estações meteorológicas, inclusive com informações de países vizinhos, pois os ventos não têm
fronteiras.
A grande área hachurada no mapa deve-se mais à falta de dados confiáveis e ao pequeno
tempo relativo de aquisição de dados em muitas estações de área tão grande, bem como ao
entendimento de que a menor velocidade básica a ser utilizada, a favor da segurança, deveria
ser de 30 m/s.
Para facilitar leituras, fornece-se o gráfico das isopletas para o Estado de São Paulo.
12 EdUFSCar - Apontamentos
35
35°
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~ ro
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Figura 3.2 Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, em m/s, para o Estado de São Paulo.
Ações Devidas ao Vento em Edificações 15
em que:
V0 • velocidade básica do vento no local;
5 1
• fator topográfico;
S 2 => pondera a rugosidade do terreno, as dimensões da edificação e a altura sobre o terreno;
s3 => fator estatístico.
4.1 Fator s,
É o fator topográfico S 1 que co nsidera as variações de relevo do terreno no entorno da
edificação, ponderando se poderá haver acelerações ou diminuição da velocidade do vento. São
três as situações a serem consideradas:
a) Terreno plano ou fracamente acidentado • S 1 = 1,0
b) Vales profundos, protegidos de vemos de qualquer direção • 5 1 = 0,9
c) Taludes e morros alongados, onde pode ser admitido um fluxo de ar bidimensional soprando
no sentido indicado na Figura 4.1. O valor de 5 1 será função da declividade, conforme a
posição relativa da edificação: ·
Nos pontos A e C (taludes) e ponto A (morros) • 5 1 = 1,0
No ponto B (S 1 é uma função de 5/z), em que zé a altura da edificação) :
e= 3º: s1 = 1,0
6° ~ e~ 17°:
51 =1,0+(2,5-;) tg(0-3)~1,0
z z
s,(z)S2
s, = 1
d 4d
a) TALUDE
s, = 1
s, = 1 b) MORRO
4.2 Fator 5 2
O fator S2 considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da
velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação ou de parte
dela.
A NBR 6123 classifica a rugosidade do terreno em cinco categorias:
Figura 4.2 Rugosidade II - cota média do topo dos obstáculos é menor ou igual a 1 m. 5
Categoria III - Terreno plano ou ondulado com obstruções, tais como sebes e muros, poucos
quebra-ventos de árvo res, edificações baixas e esparsas (granjas e casas de
campo, com exceção das partes com mata, subúrbios a considerável distância
do centro). A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3 m.
Categoria IV - Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona
florestal, industrial ou urbanizada (zonas de parques e bosques com muitas
árvores, cidades pequenas e seus arredores, subúrbios densamente construídos
de grandes cid ades e áreas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas).
Categoria V - Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados
(florestas com árvores altas de copas isoladas, centros de grandes cidades e
complexos industriais bem desenvolvidos), com cota m édia do topo dos
obstáculos igual ou superior a 25 m.
Quando se tem uma mudança na rugosidade d o terreno, brusca ou não, até que se
estab eleça o perfil correspo ndent e à nova rugosidade, é necessário que o ve nto percorra uma
determinada distância. Essa alteração começa próximo ao solo e vai se estendendo por alturas
cada vez maiores até que ocorra a transição completa.
É evidente que a passagem do perfil de velocidades de uma categoria para sua vizinha
(categoria II para categoria III, por exemplo) ocorre em uma distância meno r do que para
categorias m a is distantes (categoria II para categoria IV, por exemplo). Para uma edificação com
50 m de altura, é necessário que a m esma esteja a distâncias da ordem do quilômetro para que
se encontre totalmente envolvida pelo novo perfil de velocidades.
18 EdUFSCar - Apontamentos
Figura 4.3 Rugosidade III - cota média do topo dos obstáculos é igual a 3 m. 5
Figura 4.5 Rugosidade V - cota média do topo dos obstáculos é igual ou superior a 25 m. 5
A altura sobre o terreno de uma edificação também apresenta certas particularidades que
podem ou devem ser observadas. Para a análise da estrutura, sua altura pode ser subdividida,
usando-se o fator S2 para a determinação da velocidade característica que atua em cada parte.
Esse fator corresponde ao topo dessa parte para telhados e construções correntes. No caso de
edifícios altos, pode ser adotada a cota média da parte considerada.
Para o estudo dos elementos de vedação é recomendado usar o fator S 2 correspondente ao
topo da edificação. Esta recomendação baseia-se no fato de que na fachada de barlavento e nas
laterais o vento é defletido para baixo, com um conseqüente aumento da pressão dinâmica na
parte inferior da edificação. O fator S 2 é obtido por intermédio da expressão
em que:
z • altura acima do nível geral do terreno, limitado à altura gradiente;
F, • fator de rajada, correspondente à categoria II, classe A;
b• parâmetro meteorológico;
p• função da rugosidade do terreno e do intervalo de tempo.
Os parâmetros empregados para determinação de S2 que aparecem no corpo da Norma são
apresentados na Tabela 4.2.
Classes
Categoria Zg (m) Parâm.
A B e
b 1,10 1,11 1,12
I 250
p 0,06 0,065 0,07
b 1,00 1,00 1,00
A NBR 6123 apresenta, em seu Anexo A, valores desses parâmetros para vários intervalos
de tempo, entre 3 s e 3.600 s, para as cinco categorias de rugosidade de terreno. Isso permite
determinar S 2 para a obtenção da velocidade média do vento incidente em edifícios cuja
dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 50 m , sendo que somente haverá
diferenças significativas quando uma d essas dimensões for maior ou igual a 80 m. 6
Ações Devidas ao Vento em Edificações 21
B e A B e A 1 B 1
e A 1
B jc
~5 1,06 1,04 1,0 1 0,94 0,92 0,89 0 ,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72 0,67
10 1,10 1,09 1,06 1,00 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,80 0,74 0,72 0,67
15 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0 ,98 0,96 0,93 0,90 0,88 0,84 0,79 0,76 0,72
20 1,15 1,14 1, 12 1,06 1,04 1,02 1,0 1 0,99 0,96 0,93 0,91 0 ,88 0 ,82 0,80 0,76
30 1, 17 1,17 1, 15 1,10 1,08 1,06 1,05 1,03 1,00 0,98 0,96 0 ,93 0,87 0,85 0,82
40 1,20 1,19 1,17 1,13 1,11 1,09 1,08 1,06 1,04 1,0 l 0,99 0 ,96 0 ,91 0,89 0,86
50 1,21 1,2 1 1, 19 1,15 1,13 1,12 1,10 1,09 1,06 1,04 1,02 0,99 0,94 0,93 0,89
60 1,22 1,22 1,21 1,6 1,15 1,14 1,12 l , 11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,97 0,95 0,92
80 1,25 1,24 1,23 1,9 1,8 1,17 1,16 1,14 1,12 1,10 1,08 1,06 1,01 1,00 0,97
100 l ,26 1,26 1,25 1,22 1,2 1 1,20 1,18 1,17 1,15 1,13 1,11 1,09 1,05 1,03 1,01
120 1,28 1,28 1,27 1,24 1,23 1,22 1,20 1,20 1,18 1,16 1,14 1,12 1,07 1,06 1,04
140 1,29 1,29 1,28 1,25 1,24 1,24 1,22 1,22 1,20 1,18 1,16 1,14 1,10 1,09 1,07
160 1,30 1,30 1,29 1,27 1,26 1,25 1,24 1,23 1,22 1,20 1,18 1,16 1,12 1,11 1,10
180 1,31 1,31 1,3 1 1,28 1,27 1,27 1,26 1,25 1,23 1,22 1,20 1,18 1,14 1,14 1,12
200 1,32 1,32 1,32 1,29 1,28 1,28 1,27 1,26 1,25 1,23 1,21 1,20 1,16 1,16 1,14
250 1,34 1,34 1,33 1,31 1,31 1,31 1,30 1,29 1,28 1,27 1,25 1,23 1,20 l,20 1,18
300 - - - 1,34 1,33 1,33 1,32 1,32 1,3 l 1,29 1,27 1,26 1,23 1,23 1,22
350 - - - - - - 1,34 1,34 1,33 1,32 1,30 1,29 1,26 1,26 1,26
400 - - - - - - - - - 1,34 1,32 1,32 1,29 1,29 1,29
420 - - - - - - - - - 1,35 1,35 1,33 1,30 1,30 1,30
450 - - - - - - - - - - - - 1,32 1,32 1,32
500 - - - - - - - - - - - - 1,34 1,34 1,34
Note-se que, para rugosidade II , classe A e altura sobre o terreno igual a 10 m, tem-se
5 2 = 1,0, pois estas são as condições para a apropriação de dados na determinação da velocidade
básica do vento.
4.3 Fator S3
O fator estatístico 5 3 considera o grau de segurança requ erido e a vida útil da estrutura.
Para edificações correntes, o nível d e probabilidade de 63% e a vida útil de 50 anos adorados
são considerados adequados (significa que a velocidade básica do vento pode ser igualada ou
excedida uma vez nesse período). Para outras situações, classifica-se a edificação e suas partes
em um dos cinco grupos mostrados na Tabela 4.4, que são os apresentados pela Norma
Brasileira. 1
22 EdUFSCar - Apontamentos
Grupo Descrição S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de socorro
1 a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiro e de forças de 1,10
se!!llrança, centrais de comunicacão etc.).
2
Edificações para hotéis e residências. Edificações para o comércio e indústria com alto
1,00
índice de ocupação.
ln(l-mPm)l-0,157
S3 = 0,54
[
em que:
m • período de recorrência;
Pm • nível de probabilidade.
Na Tabela 4.5, apresentam-se os valores de S3 para alguns valores típicos dessas variáveis.
Essa tabela é semelhante à apresentada no Anexo B da NBR 6123.
Índice de probabilidade P m
m (anos)
0,10 0,20 0,50 0,63 0,75 0,90
2 0,86 0,76 0,64 0 ,60 0,57 0,53
10 1,10 0 ,98 0,82 0 ,78 0 ,74 0 ,68
25 1,27 1,13 0 ,95 0 ,90 0,85 0,79
50 1,42 1,26 1,06 1,00 0 ,95 0,88
100 1,58 1,41 1,18 1, 11 1,06 0 ,98
200 1,77 1,57 1,31 1,24 1,18 1,09
Ações Devidas ao Vento em Edificações 23
em regime:
(5.1)
1 2
p + p g z +- p v = constante (5.3)
2
em que:
p • pressão estática;
p • massa específica do fluido;
g• aceleração da gravidade;
z• cota de referência;
v • velocidade do fluido.
Para a aplicação em vista, o termo p.g.z é desprezível em relação aos demais, e assim fica-
se com:
1 2
p +- pv = constante (5.4)
2
ou sep:
pressão estática + pressão dinâmica = pressão total = constante
i· dFn
p= izm-
dA • O d4.
em que dF. é a força normal exercida n a área eleme ntar dA.
Ações Devidas ao Vento em Edificações 25
o
SeçãoA-8
Manômetro
o
SeçãoC-0
a líquido
A m edida da pressão estática quando o fluido está em repouso é feita com facilidade por
intermédio d e manômetros metálicos ou a líquido, de transdutores elétricos de pressão e outros.
Quando está em movimento, tais medições são muito mais difíceis e a técnica é outra. Esta não
será aqui tratada devido à complexidade do problema; apenas será ilustrado o caso de um
modelo para ensaios.
Nesses ensaios, a tomada de pressão é feita através de um orifício em sua superfície, com
diâmetro entre 0,3 mm e 1,0 mm, admitindo um arredondamento ou biselamento moderado em
suas bordas, porém sem saliências ou rebarbas. 7
A esses orifícios são conectados tubos plásticos que, por sua vez, irão se conectar, mais
comumente, a um manômetro múltiplo a líquido.
É evidente que, em regiões onde há grande variação na pressão, será necessário um maior
número de orifícios para que se possa determinar os valores da pressão em cada ponto. Em regiões
onde a pressão varia pouco, tais orifícios podem ser mais espaçados.
Mesmo para modelos relativamente simples, · é comum chegar-se à casa da centena de
pontos de m edida de pressão para que seja possível obter, com boa precisão, o perfil das pressões
na superfície desses modelos.
26 EdUFSCar -Apontamentos
Figura 5.3 Modelo de edifício inserido na topografia local montado em um túnel de vento. À direita, pontos de tomada
de pressão conectados a tubos pldsticos e o modelo montado em uma base para ser posicionado no túnel de vento.
1 2 1 2
P0 +-p v0 = P, +-p v,
2 2
Se esse for um ponto de estagnação, tem-se v, = O, e assim fica-se com:
l 2
Po +-p vo =P, (5.6)
2
Assim, a leitura da pressão estática nos dá a pressão total em um ponto não afetado pelo
obstáculo. Henri Pitot, em 1732, utilizou um pequeno tubo de vidro com uma curva em ângulo
reto e a frente voltada para barlavento, fornecendo assim as bases para a medida da pressão total.
Há vários modelos de aparelhos baseados nesse princípio, conhecidos como tubo de Pitot
(Figura 5.4).
Ações Devidas ao Vento em Edificações 27
o
Seção A-8
Manômetro
o
Seção C-D
a líquido
(5.7)
Vê-se que a pressão de obstrução é numericamente igual à pressão dinâmica do fluxo em
local não perturbado pelo obstáculo. Essa pressão pode ser medida diretamente por intermédio
da sonda de Pitot-Prandt!.
Em condições normais de pressão (1 atm) e temperatura (t = 15 ºC), a massa específica do
ar é igual a 1,2253 g/m 3 •
1 2 1 2 2
q =- p V =-0,1225 V = 0,613 V
2 2
q = 0,613 v 2 (5.8)
1 2 1 2
P0 + - p v0 = PP + - p v P
2 2
A pressão efetiva no ponto p será dada por:
Substituindo a Equação 5. 7:
fazendo
(6 . 1)
30 EdUFSCar -Apontammtos
fica-se com:
(6.2)
Logo, para O < v, < v 0 , a pressão efetiva no ponto p é maior que ao longe, isto é, a uma
dist ância tal que as linhas de fluxo não sejam perturbadas pela presença do objeto. Neste caso,
cp> O • sobrepressão;
para v, > v0 , c, < O • depressão ou sucção.
Diferentemente das sobrepressões, que podem ser no max1mo igual à pressão de obstrução,
as sucções podem ser muito elevadas, chegando a atingir, em certas regiões de uma edificação,
valores seis a oito vezes maiores que os da pressão de obstrução.
Se o objeto não for maciço e não for totalmente fechado, à semelhança de uma edificação,
qualquer que seja a posição da abertura, em todas as superfícies elementares que compõem esse
objeto ocorrerão pressões tanto do lado externo como do lado interno (Figura 6.2).
Cor o
Figura 6.2 Linhas de fluxo no entorno de um objeto não maciço com abertura.
i1P,
cpe = - -
q
'1P
c pt-=--,
q
A força atuante total depende da diferença de pressão 1'1P = 1'1P, - 1'1P1 , em que o sinal de
subtração se deve ao fato de que uma sobrepressáo externa tem mesma direção e sentido de uma
sucção interna. A equação anterior pode ser escrita da seguinte forma:
(6.3)
Ações Devidas ao Vento em Edificações 3 1
e = F,
, qA
F= fsL1P·ds
ou se,a:
f
e = ½,(ept - epi) . ds
F
e =-g-
g qA
A força global pode ser decomposta em direções preestabelecidas que ap resentem alguma
particularidade. É possível determinar o coeficiente de força para tal direção; por exemplo, na
direção do ven to, perpendicularme nte ao solo etc.
F,
Edificação
Algumas direções são notáveis, como as direções de um sistema de eixos cartesianos (x, y,
z) ou as já exemplificadas, para as quais se pode definir os seguintes coeficientes:
C = Fª
ª qA
e= F,
' qA
Evidentemente, cada um desses coeficientes pode ser especificado em relação a uma área
particular, porém, para que se possa compará-los entre si, é preciso adotar a mesma área de
referência.
C=~
t qAL
em que L é uma dimensão linear de referência, adotada para tornar adimensional o coeficiente
de torção, como todos os outros definidos até então.
note a pressão
' -
sob o beiral
_t t t t t t t \ \ J
--- ----
t"" r.:J
-T ~ J+- i
-----
entrada de fluxo -+
- -
pressão+ ve
entrada de fluxo -
-- - -+
-+
(sucção) +-
+-
-
-+
-+
Figura 6.4 Em uma edificação, aberturas a barlavento (figura à esquerda) provocam o aparecimento de sobrepressão
interna, enquanto aberturas a sotavento produzem sucção interna (figura à direita). 9
Aberturas situadas a sotavento criarão uma sucção interna que, por sua vez, conferirão
maior estabilidade à cobertura, no sentido de diminuir a possibilidade de arrancamento desta
sob ação de forte vendaval.
Evidentemente, na maioria das habitações existem aberturas a sotavento e a barlavento nas
laterais e na cobertura, e o coeficiente de pressão interna dependerá das dimensões e da
localização dessas aberturas em relação à direção do vento. A norma antiga considerava uma
superfície como aberta apenas quando a soma das aberturas desta igualava ou excedia 30% da
área da mesma, porém ensaios evidenciaram que pequenas aberturas estrategicamente localizadas
são suficientes para permitir o aparecimento de pressões internas relativamente altas.
Vê-se que para a determinaçao da pressão interna é fundamental que se considerem todas
as aberturas (inclusive frestas) da edificação. A relação entre a soma das áreas das aberturas de
uma superfície com sua área total é o chamado índice de permeabilidade dessa superfície.
A vazão de ar Q por uma pequena abertura de área A é expressa por: 1
em que:
K• coeficiente de vazão;
p• massa específica do ar;
v• velocidade do ar na abertura, que é igual a:
v= (6.4)
Estabelecido o equilíbrio para n aberturas, a massa de ar que entra na edificação será igual
à massa que sai.
n
2 l.1p, - .1pil
IK Ap - - - - - =O
p
(6.4)
11p, =cp, q e
fica-se com:
34 EdUFSCar - Apontamentos
Essa equação pode ser aplicada a aberturas maiores desde que sepm considerados os
coeficientes de pressão médios nas periferias das aberturas, designados por e ct, que são e;
os coeficientes de forma ou a média dos coeficientes de pressão das aberturas. Assim, fica-se com:
I±
1
A ✓ 2 jc; - C;* = O
1
(6.6)
A raiz é considerada positiva para os termos que correspondem a aberuras com entrada de
ar ( e; :3 ct ) e negativa caso contrário.
O cálculo da Equação 6.6 é simples, porém somente pode ser feito por aproximações
sucessivas, arbitrando-se valores de C;' .
Vento
·c_~_J'+os
~ OJ ~ - 0,7 ~
-0,8
i, o ~
~ -0,8 ~ ._-0,s / f,
' -0,5-
'---- -o,s_/
oo..._
b _b
(-0,3) 1.11
V1
\
Figura 6.5 Curvas isobáricas dos coeficientes de pressão externos (cp) de uma edificação paralelepipédica. Os fechamentos
verticais foram desenhados rebatidos no mesmo plano da cobertura. 9
Ações Devidas ao Vento em Edificações 35
--0,75--
(-0,7-
=o.o
7?
Figura 6. 6 Curvas isobdricas dos cp, de uma edificação com cobertura em duas águas para vento na direção diagonal. 10
Assim sendo, as normas estabelecem valores médios dos coeficientes de forma para as
superfícies ou para partes delas, de maneira a resultar em um carregamento mais simples ,
equivalente ao carregamento real. Na Figura 6.7 apresenta-se um exemplo para o caso de vento
transversal ao eixo de uma edificação com cobertura em duas águas.
Figura 6.7 À esquerda, diagrama com os valores de cp, para vento transversal à edificação. À direita, valores
normatizados de e. 11
'
Para contornar o problema de reg10es onde ocorrem picos de sucção, são apresen t ados
valores de e,, que devem se r adotados ape nas para o cálculo dos elementos totalmente
m ergulhados nessas regiões, sejam eles elementos de vedação ou estruturais.
Essas sucções ocorrem no rmalmente para ventos diagonais às edificações, em áreas próximas
de arestas. Na cobertura, tais sucções se devem à fo rmação de vórtices de topo, iniciando-se na
quina mais a barlavento e desenvolvendo-se em forma de cone ao longo das arestas (Figura 6.9) .
Em beirais e outros tipos de ressaltos, tais efeitos podem se agravar devido às sobrepressões
que podem ocorrer na face inferior e que irão se somar às altas sucções que acontecem na face
oposta.
36 EdUFSCar -Apontamentos
Figura 6.8 Regiões onde ocorrem altos valores de cp, (próximo das arestas). 10
SOTAVENTO
BAlUAVENTO
Figura 6.9 Representação esquemdtica da formação dos vórtices próximo das arestas da cobertura. 10
Ações Devidas ao Vento em Edificações 37
7. EXEMPLO DE CÁLCULO
Para auxiliar a fixação de vários dos conceitos apresentados nos capítulos anteriores, será
desenvolvido um exemplo de cálculo das ações devidas ao vento em uma edificação com
características comuns à maioria das encontradas em zonas industriais das cidades brasileiras,
aplicando-se a NBR 6123.
7 .1 Dados Gerais
Edifício industrial com dimensões conforme croquis, localizado em subúrbio da cidade de
São Paulo: topografia regular, paredes de alvenaria de blocos, telhas de aço trapezoidais e calhas
junto à platibanda.
1
1
o
o
o
c:i
M
1
1
1
1 ~
10.000 .. 1 ~
s2 = o,77 s = o,so
2
Nota: para cálculo das vedações, adotar classe A, do que resulta: S2 = 0,80
Fator estatístico S3 = 1,00 (para vedações s3 = 0,88)
v:o = 1,0 X 0,77 X 1,0 X 40 = 30,8 m/s • vento a 90º
c) Pressão Dinâmica
q ,. =30,8'
1,6
N
- - = 593Pa ( lPa=l-
2
m
l • vento a 90º
qº = 640Pa • vento a Oº
28,22
q=--=496Pa • para vedações
1,6
VENTO A 0°
Vento
~
1 -0.8
1
i -0,4
1
t -0,2
1 1
-0,3
+0,7 1
----+ 1
1 1
----+
1 1
1 1
l--0.8
i -0.4
i -0,2
7.500 7.500
4
1.500
.1
VENTO A
l +0,7
90°
tV•~
o -0,9 -0,9
o
o
Lli
o
o
o .,__
- 0,5 ____,.
-0,5
Lli
l-0.5
h 5 1
0 = 15°
=
b 10 2
VENTO A 90°
+ 0,7 0,5
VENTO AOº
---0,8
o ---0,8
E G o
li\
,-:
F H o
o
"'
,-:
o
o
K o
Ll'Í
o
o
lJj
M
li
::,.,
<:t_
o
o
=r: ::,.,
(Não esquecer as simetrias)
a) Vento a 90º
Todas as portas e caixilhos fechados ou abertos:
Perm eabilidade aproximadamente igual em todas as faces
ept. = +0,2 ou c.
pt
= - 0,3
Abertura dominante na face de barlavento:
Todos os caixilhos de barlavento abertos; dema is elementos fechados
Área de abe rt ura de barlavento • A8 = 6 X 3,38 = 20,28 m 2
Área total das aberturas em todas as faces submetidas à sucção:
face de sotavento (caixilhos fechados) A 51 = 6 X 0,09 = 0,54 m 2
nos o itões (portões fechados) A 52 = 2 X 0,84 = 1,68 m 2
frestas nas telhas junto às calhas
42 EdUFSCar - Apontamentos
2
(10-6x25x 30x 8) x 30x2=0,36m
As 20,28
- = - - =5 portanto epi = +0,6
As 3,99 ' '
Em muitos casos, pode-se reconhecer nesta hipótese uma probabil idade desprezível de
ocorrência. Se tivéssemos duas das janelas de sotavento abertas (a) (o u uma folha de um portão
aberta (b) ou duas das janelas de barlavento fechadas e uma de sotavento aberta (c)), teríamos:
a) A5 = (4 X 0,09 + 3,38 X 2) + 1,68 + 1,77 = 10,57 m 2
As 20,28
- =--=1,9 e.
p,
+0,46
As 10,57
As = 20,28 = l,
75 ep,. = +0,40
As 11,57
c) A 8 = 4 X 3, 3 8 + 2 X O,O9 = 13, 7 O m 2
As 13,70
- = - - = 1,88 e.
p,
= +0,45
As 7,28
Com base nesses resultados, considerando-se tais situações como as mais prováveis durante
a ocorrência de fortes vendavais, o projetista poderia julgar como segura a adoção de cp; = +0,45.
Caso contrário, deve-se optar pelo valor anteriormente calculado, cpi = +0,6.
Ações Devidas ao Vento em Edificações 43
cp1. = - 0,5
b) Vento a Oº
Permeabilidade aproximadamente igual em todas as faces:
cp1. = +0,2 ou ep1. = -0,3
Abertura dominante na face de barlavento:
portão de barlavento aberto, demais elementos fechados
área da abertura de barlavento: • A 8 = 16 m 2
Área total das aberturas em todas as faces submetidas à sucção:
face de sotavento (portão fechado) A 51 = 0,84 m 2
faces laterais (caixilhos fechados) As2 = 2 X 6 X 0,09 1,08 m 2
frestas no telhado A 53 = 1,77 m 2
ept. = +0,60
• Vento a 90º
É evidente que, para a compos1çao com os coeficientes externos, a direção do vento
deve ser a mesma para as duas situações analisadas.
-d
-1,45
"'
--
m - 0,85
..
N
o
+ "'_ "'
,t" - --
<X)
í o1
~-r ~i '7
__!_+ 0,25 -0,95
- -
r-- "'
"'. "'
a,
o"'1 o1
o
+ q ..9 e.
í
í C;
..
à
1
C=
o
o
c.- c;
- +
"'o1 o
+
o
o
~º
~-
Ações Devidas ao Vento em Edificações 45
Para as direções analisadas, os coeficientes d e forma totais são obtidos pela expressão C =
e, - Cr Lembre-se também de que, para as pressões internas, C; = cpi' e que o sinal de subtração
na expressão, como já visto, deve-se ao fato de que, para qualquer superfície da edificação, uma
sobrepressão externa tem o mesmo sentido de uma sucção interna.
• Vento a Oº
+0,25 i
! Vento -1, 5
- 1,25 -1,25
o."---. \ !
•·''0·"
~()
r-
o
1/
+
co co
l
ô1 ô1
+-- - O8 --+
- - --
.-
"<y' -O6
---4
"à -0,65 i
- - - - e. C;
â+ o, +º-
o
,+ ~ +05
+0,2
p = e X q X 5'o X 10-3 kN / m
46 EdUFSCar - Apontamentos
• Vento a 90º
q90 = 593 Pa p = e X 59 3 X 5 'o X 10-3 (2,965 X C) kN / m
(o sentido das forças é o indicado pelas setas)
\\\\\\111//1
.....
.....
-+
kN/m
• Vento a Oº
qº = 640 Pa p = C X 640 X 5,0 X 10-3 (3,20 X C) kN/m
(o sentido das forças é o indicado pelas seras)
- - --
~ G - -- +
o
o
,::·
~
~
i ,t- +-
+-
• Vento Diagonal
Admitindo-se permeabilidade semelhante em todas as faces, tem-se uma pressão interna
de cpi = +0,2, que somada aos cp, correspondentes (item 7.3c) e m ultiplicada pela pressão
dinâmica (q = 496 Pa) nos fornece os valores críticos de pressão para cada região delimitada da
cobertura.
1-
- --- --1-------~]~-
-694 MPa :•
7.500 7.500
Ações Devidas ao Vento em Edificações 47
BIBLIOGRAFIA
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de São Carlos, Universidade de São Paulo, 11 lp. (Publicação 015/94.)
Série
A.,._-t1ontamentos - ciências exatas e engenharias EdUFSCar
• FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS GRAFOS PARA COMPUTAÇÃO • REDAÇÃO DE RELATÓRIOS PARA QUIMICOS
Maria do Carmo Nicoletti e Estevam Rafael Hruschka André Fernando de Oliveira, Astréa F. de Souza Silva e
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A;ontamentos - ciências exatas e engenharias fdUfSCar
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