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Programas PCMSO e PPRA

O PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o PPRA – Programa


de Prevenção de Riscos Ambientais são programas estabelecidos pelas NR-7 e NR-9,
respectivamente, que visam promover e preservar a saúde e a integridade dos
trabalhadores em decorrência dos riscos (físicos e ambientais) existentes nos ambientes
de trabalho.
O que muita gente não sabe é que a legislação em vigor exige que todos empregadores
e instituições que admitem trabalhadores como empregados são obrigados a elaborarem
e implementarem o PCMSO e o PPRA. Veja, portanto, que independente do número de
funcionários e do ramo de atividade, é obrigatória a elaboração e implementação dos
programas de prevenção em comento.
É claro, o PPRA e o PCMSO de uma loja pequena e com poucos funcionários terão
características, complexidades e exigências diferentes de uma indústria com centenas
de funcionários, por exemplo. Mas, todos estão obrigados a tê-los.
O PCMSO é elaborado por médico do Trabalho e está voltado para o controle da saúde
física e mental do trabalhador, em função de suas atividades, e obriga a realização de
exames médicos admissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho,
estabelecendo, ainda, a obrigatoriedade de um exame médico periódico.
Já o PPRA é elaborado por engenheiro do Trabalho ou técnico de Segurança do
Trabalho e está voltado para controlar as ocorrências de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do
meio ambiente e dos recursos naturais. A legislação de segurança do trabalho brasileira
considera como riscos ambientais os seguintes agentes: físicos, químicos e biológicos.
Além dos objetivos específicos de cada programa, podemos dizer que os objetivos
comuns de ambos os programas são criar mentalidade preventiva em trabalhadores e
empresários e reduzir ou eliminar a conduta de improvisos e do "jeitinho brasileiro" de
ser.
As empresas que não cumprirem as exigências destas normas estarão sujeitas a
penalidades que variam de multas à interdição do estabelecimento.
Se for caso de aplicação de multa, uma empresa que tem três funcionários, por exemplo,
e não implantou ambos os programas, quando fiscalizada, receberá uma multa que
poderá variar de R$ 1.015 a R$ 1.254 por não ter implantado o PCMSO e pela não
implantação do PPRA uma multa valor de R$ 2.252 a R$ 2.792, dependendo do auditor-
fiscal.
As multas são calculadas em função do número de empregados existentes na empresa
e do índice de infração (de 1 a 4), que por sua vez é encontrado de acordo com o
item/subitem da norma regulamentadora que foi descumprido, tudo conforme prevê o
anexo I, da NR 28, que trata especificamente das penalidades.

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Do Registro do Funcionário

Diversas empresas, principalmente as pequenas empresas ainda tem em seu quadro de


funcionários, empregados irregulares. Segundo dados do Sebrae divulgados em agosto
de 2017, cerca 12,5% dos trabalhadores das MPE,s não tem o registro formal.

Uma empresa que mantém um funcionário irregular corre diversos riscos trabalhistas.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), todo funcionário deve ser
registrado no prazo máximo de 48 horas após a admissão. É considerado empregado
toda pessoa que presta serviços de natureza não eventual ao empregador.
Não existe um período de experiência sem registro. O que existe é um contrato de
experiência, que tem 90 dias como prazo-limite. Ao descumprir a lei, além de sofrer
multas, o empregador corre o risco de responder uma ação trabalhista. Nesse caso, as
despesas podem aumentar consideravelmente.
O empresário precisa obrigatoriamente registrar todos os trabalhadores em suas
respectivas atividades. As anotações devem ser realizadas em livros, fichas ou sistema
eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Nesse
livro, deve-se anotar todos os dados relativos à admissão do empregado, duração e
efetividade do trabalho, férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à
proteção do trabalhador.

Documentos Necessários para admissão

 Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS: deverá ser solicitada ao


empregado para realização das anotações devidas e devolvida no prazo de 48
horas através de protocolo de recebimento e devolução da CTPS;
 Certidão de Casamento e de Nascimento dos filhos: Cópia dos documentos que
servirão para a verificação de dados, concessão do salário-família e abatimento
dos dependentes para efeito do Imposto de Renda;
 Cópia da Carteira de Vacinação dos filhos menores de 7 anos;
 Atestado Médico Admissional: Na admissão é requisito imprescindível e deve ser
feito por conta do empregador, uma vez que através dele se verifica a capacidade
física ou mental do empregado, conforme dispõe o art. 168, I, da CLT.
 Comprovante de escolaridade: Cópia do Atestado de escolaridade e ou
capacitação (opcional);
 Comprovante de endereço residencial atualizado (xerox);
 Outros documentos (Xerox): Cédula de Identidade, CPF, Título de Eleitor,
Certificado de Reservista, Cartão PIS (Programa de Integração Social);
 Foto 3x4 (para identificação no livro de registro de empregado)
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Exames Periódicos, Admissional e Demissional

Todo trabalhador regido pela CLT, sendo facultativo ao empregado doméstico, deve
submeter-se aos exames médicos ocupacionais, sendo estes obrigatórios na admissão,
na demissão e periodicamente no curso do vínculo empregatício. Os custos dos exames
são de responsabilidade do empregador.

Exame Admissional

Antes que o profissional assuma suas atividades, é obrigatória a realização do exame


admissional. Normalmente, o médico faz uma análise bem simples, com o objetivo de
comprovar o bom estado de saúde da pessoa que a empresa pretende contratar. Assim,
é possível garantir que o novo colaborador se encontra em condições de realizar o
trabalho que almeja.
O exame admissional constata não só a capacidade física, como a mental do
trabalhador. Para isso, o médico costumar realizar uma entrevista, na qual aborda
também os empregos anteriores e avalia as licenças adquiridas. Tenta-se identificar as
condições de saúde que este indivíduo já esteve exposto, além de checar sua pressão
arterial e seus batimentos cardíacos.
O custo do exame admissional é do empregador. Caso o profissional seja aprovado,
será emitido um atestado de aptidão para desempenhar aquela função específica.
Sendo assim, caso o colaborador mude de função, ainda que permaneça na mesma
empresa, será preciso um novo exame admissional.

Exame Demissional

Enquanto o exame admissional visa garantir que a pessoa não possuía nenhuma doença
antes do início das suas atividades funcionais, no momento da rescisão é necessária
uma outra análise para a empresa se certificar de que o trabalhador não contraiu
nenhuma doença durante o tempo no qual esteve contratado.
O atestado do exame demissional também é obrigatório. Com a reforma trabalhista, e a
não obrigatoriedade da homologação da rescisão contratual via sindicato. Muitos
empregadores erroneamente não realizam o exame demissional, no entanto ele
permanece obrigatório para a empresa. A não realização do exame demissional pode
acarretar prejuízos a empresa em ações trabalhistas ou fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego.

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Há a possibilidade de não ser realizado o exame demissional, caso o colaborador tenha
realizado algum exame periódico recentemente. O prazo do último exame periódico, para
que não seja necessário o exame demissional, varia de acordo com o grau da
classificação de risco da empresa, sendo o período mínimo de 90 dias.

Finalidades dos Exames Ocupacionais

Para o empregador:
Redução do absenteísmo motivado por doenças;
Redução de acidentes potencialmente graves;
Garantia de empregados mais adequados à função com melhor desempenho;
Evitar as implicações legais pela falta de atendimento à sua obrigatoriedade.

Para os empregados:
Garantia da manutenção das condições de saúde para o desempenho da função;
Minimizar a chance de arbitrariedades em caso de doença ou acidente.

Exames Periódicos

A legislação que fundamenta a obrigatoriedade da realização dos exames médicos


periódicos foi estabelecida em 8 de junho de 1978 e regulamentada pela Portaria nº.
3214.
A empresa que tiver alguma pendência referente aos exames médicos periódicos, ou
não realizá-los em seus funcionários estará sujeita a multas e autuação junto aos órgãos
fiscalizadores.
Os exames devem ser realizados em períodos semestrais, anuais ou bienais, conforme
especificado a seguir:
 Exames Semestrais: para monitoramentos biológicos, que visam acompanhar as
condições de saúde do trabalhador, conforme normatização do PCMSO;
 Exames Anuais: para funcionários menores de 18 anos ou com idade a partir de
45 anos, para aqueles que estão sujeitos à exposição dos fatores de risco,
previstos no PCMSO, causadores do surgimento ou do agravamento de doenças
ocupacionais e para os trabalhadores que são portadores de doenças crônicas,
que exijam acompanhamento periódico;
 Exames Bienais: para os funcionários que não estão sujeitos a exposição aos
riscos ocupacionais, com idade entre 18 e 45 anos.

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