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EXERCÍCIO

1. Definam o que é psicologia, diferenciando-a da psiquiatria e da psicanálise e discorram sobre


como se dá a formação de cada um dos profissionais dessas áreas, bem como a relação que
cada uma tem com o direito.
2. Qual a concepção que os pré-socráticos, bem como os antropocêntricos tinham acerca do
psiquismo humano, procurando compreender a concepção essencial dessas ideias, e não o que
cada um pensava.
3. Durante boa parte da história da psicologia, todas as suas produções estiveram centradas nos
períodos da patrística (platônica) e da escolástica (aristotélica) nesse sentido, quais as
contribuições destas escolas de filosofia para o desenvolvimento da psicologia, em especial a
partir das ideias de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino? – Incluindo possíveis
contribuições para a atualidade.
4. No que tange a transformação da psicologia de base filosófica para um conhecimento
científico, os professores e doutores G. Fechner e Wilhelm Wundt figuram como os
personagens centrais desta empreitada. A partir deles pelo menos 03 escolas científicas de
psicologia foram essenciais para o desenvolvimento de nova ciência moderna: O
Estruturalismo, o Funcionalismo e o Behaviorismo. Assim, em que cada uma dessas escolas
contribuiu para formação da ciência e psicologia e qual a relação que cada uma delas tinha
com os pensamentos de Fechner e Wundt.
5. A psicologia humanista e a psicanálise têm algumas dificuldades (e alguns casos até
impossibilidades) de se firmarem na condição de conhecimento científico. – De modo que, no
caso da psicanálise não há cientificidade alguma no epistêmico nessa área de conhecimento.
Assim, discorram sobre a psicologia humanista bem como sobre a psicanálise, identificando
os pontos que divergem entre cada uma das abordagens e como suas concepções conduzem a
atuação dos psicólogos.

RESPOSTAS

1. Psicologia é uma palavra derivada de dois vocábulos gregos: psyché que significa alma,
mente do ser humano, e logos que, neste caso, será estudo ou tratado; portanto Psicologia
nada mais é que o estudo da mente humana, porém, esta definição é limitada demais para toda
a complexidade do ser humano, então, a Psicologia é definida como o estudo da subjetividade
humana, que por sua vez, abarca todas as expressões humanas, que são as do comportamento,
dos sentimentos, das singularidades, das generalidades, homem-pensamento, homem-afeto e
homem-ação (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA). A formação do psicólogo se dá por meio de
uma graduação (licenciatura ou bacharelado) de psicologia, este profissional não pode receitar
medicamentos, pois esta função é restrita ao profissional da psiquiatria, que é um médico por
formação e fez a residência médica em psiquiatria, este, tem uma ênfase maior nos fatores
biológicos que afetam o comportamento humano; já o psicanalista pode ser qualquer pessoa
que entre em um curso reconhecido de psicanálise, inclusive, o próprio psicólogo ou
psiquiatra podem ser psicanalistas desde que façam esta formação, vários profissionais da
psicologia optam pela abordagem psicanalista na clínica, porém, não são psicanalistas
propriamente ditos.
2. A contribuição dos pré-socráticos para a psicologia foi o princípio de se tentar entender a
mente humana, o período pré-socrático foi marcado pela investigação filosófica acerca do
cosmo, como o universo veio a existir, para quê existir e porquê existir, sua constituição, leis
que regiam este universo, todos eles tinham uma visão e argumentação diferenciada, da
mesma forma, podemos iniciar o estudo da psicologia procurando compreender a
constituição, leis que regem, princípios que afetam a mente do ser humano; já os
antropocêntricos mudam o foco do que poderia reger o cosmo para como conhecemos e como
podemos conhecer o cosmo, foram vários expoentes desta época, como os sofistas, os
filósofos clássicos Sócrates, Platão e Aristóteles, e também escolas posteriores como
Estoicismo e Epicurismo, todos esses divergiam entre si em alguns pontos, promovendo
então, um início de discussão sobre o psiquismo humano, como o nativismo e empirismo,
alma e corpo.
3. O período da patrística irá nos trazer a ideia platônica do mundo das ideias inatas, do
desenvolvimento do interior do homem, que neste caso pôde contribuir para subjetividade
humana no quesito das emoções, pensamentos, ideias, já no período da escolástica que nos
traz referências à filosofia Aristotélica, irá nos levar para o comportamento do ser humano, do
empirismo, da lógica, que na escola patrística não era possível mensurar a ideia de Deus e
alma humana pela lógica; as contribuições dessas escolas foram deduções filosóficas e não
científicas.
4. O Estruturalismo foi assim nomeado por Edward Titchener, porém, todo o mecanismo de tal
escola havia sido fundado pelo pai da psicologia científica Wilhelm Wundt, que visava
estudar a estrutura da mente por meio da introspecção, mas o fato é que o método da
introspecção não é propriamente científico. O Funcionalismo veio para substituir o
Estruturalismo, seu maior expoente foi William James, que se preocupava como a mente
funcionava e não a sua estrutura, o meio seria um dos fatores mais importantes para o
desenvolvimento das funções psíquicas. Fechner dava muita importância aos estímulos, se
aumentasse ou diminuísse iria modificar também as sensações. Behaviorismo vem por último
com o seu precursor John Watson que seria conhecido como o behaviorismo clássico ou
metodológico, que estuda o comportamento humano, consegue definir os fenômenos
psíquicos pelo comportamento do homem, behavior vem do inglês que significa
comportamento. Depois surge também B. F. Skinner com o Behaviorismo Radical, onde os
estímulos podem definir e controlar os comportamentos de quem é estimulado, Fechner e
Wundt contribuíram para essas escolas dando um início de pesquisas científicas acerca da
mente humana, ainda que seus métodos não sejam propriamente ditos científicos na
atualidade.
5. A Psicologia Humanista tem sua base primária na fenomenologia, que é o método de pesquisa
e no existencialismo, que é a visão de mundo e sobre o homem, os seus maiores contribuintes
foram Edmund Husserl com o método Fenomenológico e Martin Heidegger com o
existencialismo, diferente da psicanálise, a psicologia humanista não crê que o homem tenha
um inconsciente que predetermina o homem a certos comportamentos por causa de suas
pulsões, a humanista acredita que o homem é livre e, portanto, tem responsabilidades, a
psicanálise, especialmente a Freudiana, se fechou em círculo que não dá oportunidades para
contrapontos, a Humanista, porém, se divide em várias abordagens que se complementam
entre si, por exemplo, Atenção Centrada na Pessoa, Logoterapia, Gestalt, Análise Existencial.
Cada abordagem conduz o profissional da psicologia por sua visão sobre o homem e sobre si
mesmo, enquanto que a psicanálise coloca o terapeuta em um status que parece ser superior
ou que será o que irá curar o cliente, a humanista coloca o terapeuta em igualdade e em
empatia com o sofrimento alheio, o terapeuta é o ser-com, o facilitador, ajudador do cliente.

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