You are on page 1of 42

INSTITUTO

DE
PESQUISAS IPR - 731

RODOVIÁRIAS

ANOS
IPR
1957 - 2007
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS
50 ANOS
Colaboradores desta Edição:

• Ana Maria Gonçalves Rodrigues – DAT/IPR • Mirandir Dias da Silva – DCTec/IPR


• Dilma do Santos Guarçoni – DPqD/IPR • Regina Suzano Avena – DAT/IPR
• Gabriel de Lucena Stuckert – DCTec/IPR • Ricardo Nicolau Amim – DAT/IPR
• Heloisa Maria Moreira Monnerat – DCTec/IPR • Raymundo de Montalvão Barretto – DCTec/IPR
• Jorge Augusto Pereira – DCTec/IPR • Tânia Bral Mendes – DCTec/IPR
• José Carlos Martins Barbosa – DCTec/IPR
• Maria Angélica de Campos – DCTec/IPR

Agradecimento:

A Equipe do IPR agradece ao Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST a


disponibilização de seu acervo sobre a história do IPR no CNPq.

Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.


Diretoria Geral. Diretoria Executiva.
Instituto de Pesquisas Rodoviárias.
Instituto de Pesquisas Rodoviárias: 50 anos. - Rio de Janeiro,
2007.
32 p. (IPR. Publ., 731).

1. Instituto de Pesquisas Rodoviárias – História. I. Série. II. Título.

Impresso no Brasil / Printed in Brazil


MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA

INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS


50 ANOS

Rio de Janeiro
2007
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS

Rodovia Presidente Dutra, Km 163, Vigário Geral


Rio de Janeiro, 21240-000, RJ

Tel./ Fax: (21) 3371-5888


E-mail: ipr@dnit.gov.br

TÍTULO: INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS: 50 ANOS.


APRESENTAÇÃO
As atividades desenvolvidas pelo IPR se
espelham nitidamente neste ciclo. Detalhe-

IPR
mos esse processo. Antes de tudo, surge, na
área rodoviária, uma demanda específica
qualquer, que gera uma pesquisa tecnológi-
ca. Concluída a pesquisa, que pode levar de
meses a anos, os resultados, ou seja, a nova

50 ANOS tecnologia, testada e comprovada pelo IPR,


deve ser colocada no papel, isto é, normali-
zada, segundo padrões previamente defini-
Na vida de uma pessoa, completar 50 dos. A Normalização em geral produz Nor-
anos já não é um marco tão significativo mas, mas também são gerados, conforme o
quanto foi no século passado. Para uma ins- caso, Manuais, Instruções, Diretrizes e ou-
tituição, contudo, é um sinal seguro de lon- tros tipos de publicações técnicas. Após a
gevidade: muitos empreendimentos, sejam Normalização, vem a necessidade de divul-
públicos, sejam privados, não ultrapassam a gar os resultados, ou seja, a Transferência de
terceira década, que é mais ou menos o tem- Tecnologia, que se faz por meio de cursos,
po de produtividade de uma geração. treinamentos, seminários, etc, sempre tendo
O Instituto de Pesquisas Rodoviárias como foco a comunidade rodoviária. Por
completa, neste 29 de agosto de 2007, 50 a- fim, viria a Assistência Técnica ou o Apoio
nos de existência, o que tradicionalmente Tecnológico, que nada mais seria do que a
denominamos “jubileu”. Aconteceu de es- aplicação num caso real das tecnologias des-
tarmos à frente do Instituto nesta data tão cobertas e comprovadas pelo IPR, que pode
especial, e ter o privilégio de poder festejá-la gerar a necessidade de novas pesquisas. As-
nos enche de orgulho e, como não poderia sim se fecha o ciclo. Assim funciona o IPR
deixar de ser, de júbilo. O IPR, como o cha- em linhas gerais.
mamos afetivamente, é para a maioria de Desenvolvendo, portanto, no mínimo
nós uma extensão de nossa casa e está tão in- quatro atividades claramente definidas e cla-
timamente ligado às nossas vidas que feste- ramente inter-relacionadas, o IPR consegue
jar esta data é também uma forma de agra- funcionar de forma harmônica e indepen-
decermos o fato de ele nos pertencer e de dente, se realimentando a si próprio. A in-
nós pertencermos a ele. dependência é, no entanto, relativa, porque
o IPR ganha boa parte de sua vitalidade por
Como descrever em poucas palavras um meio das interações e convênios que man-
perfil do IPR? Como tirar um instantâneo do tém com as universidades, com outros cen-
IPR? tros de pesquisa e com empresas públicas e
Ajudaria talvez mencionar o chamado privadas, interessadas no desenvolvimento
“Ciclo de Desenvolvimento Tecnológico”, tecnológico.
idealizado pelo cientista britânico, Derek Alguns exemplos de pesquisas recentes
John de Solla Price (1922-83). Este ciclo com- desenvolvidas ou em desenvolvimento pelo
preende quatro “estações” básicas, que se in- IPR incluem: Asfaltos Modificados por Po-
terligam num movimento de rotação, for- límeros, Recapeamento de Pavimentos Fle-
mando um conjunto dinâmico. Essas esta- xíveis com Concreto do Tipo Whitetopping,
ções são, em ordem cronológica, as seguin- Utilização de Escória de Aciaria como Base e
tes: a Pesquisa, a Normalização, a Transfe- Sub-Base de Pavimentos, Estudos de Impac-
rência de Tecnologia e a Assistência Técnica. to do BITREM nas Rodovias Federais, Cus-
tos de Acidentes.

IPR 50 anos i
Atualmente, a produção literária do IPR teve o IPR um nascimento auspicioso – um
alcança as cifras de 390 Normas Técnicas e motivo a mais para festejar os seus 50 anos.
730 Manuais e Publicações Técnicas varia- Entretanto, os “astros” que realmente
das, que cobrem todos os aspectos da enge- importam para nós não estão no firmamen-
nharia rodoviária. Grande parte dessa do- to: são os profissionais que têm passado (se a
cumentação está disponível, gratuitamente, vida é realmente passagem) pelo IPR ao lon-
no site do DNIT – Departamento de Infra- go desses 50 anos e que, das mais variadas
Estrutura Terrestre, órgão do Ministério dos formas, contribuíram para a sua longevida-
Transportes, e toda ela passa por um cons- de e para a sua inserção definitiva no contex-
tante processo de atualização e revisão. to técnico-científico do Brasil. Ao citar no-
No tocante à transferência tecnológica, mes, incorremos sempre no risco de omitir,
que se materializa em longas temporadas mas certos nomes – todos hão de admitir –
(média de 2 anos) de Treinamento e Capaci- carregam um peso maior e, ao citá-los, é co-
tação de Pessoal, em todo o Brasil, atenden- mo se estivéssemos citando ao mesmo tem-
do a uma clientela diversificada e com uma po toda uma comunidade, como se ele nos
assistência bastante disputada, o IPR reali- incluísse a todos. Tal é o caso do nome do
zou, desde 1972, mais de 700 cursos, minis- Doutor Galileo Antenor de Araújo (1912-
trados a quase 16.000 alunos. 2000), que inspira respeito não só pela obra
Por fim, em relação ao Apoio Tecnológi- metódica e pioneira que realizou no IPR,
co prestado pelo IPR, deve-se mencionar as sendo o introdutor do conceito de normali-
vistorias, as inspeções e as auditorias técni- zação rodoviária no Brasil, mas também por
cas realizadas em atendimento a solicitações sua faceta humana, que se caracterizava por
provenientes das diversas setoriais do DNIT, generosidade e cordialidade no trato com
bem como a programas governamentais es- todas as pessoas.
pecíficos, que incluam uma vertente rodovi- É na memória essencial do “Dr. Galileo”
ária (PPI, PETSE, PAC). que centramos a nossa atenção nesse mo-
O retrato do IPR não ficaria completo mento festivo. É um pouco graças a ele que
sem uma legenda à altura: o IPR – a base ainda estamos aqui. De alguma forma, de-
tecnológica da Engenharia Rodoviária no mos continuidade ao seu trabalho e por isso
Brasil. devemos nos sentir honrados e gratificados.
Desde aqui e agora, obrigado ao Dr. Ga-
Pretendemos que esta publicação, feita lileo. E longa vida ao nosso Instituto, rogan-
com os nossos próprios recursos e esforços, do a Deus as bênçãos para os nossos servi-
constitua uma lembrança permanente dos 50 dores e a continuação de sua nobre missão
anos do IPR, ainda que seja uma homena- institucional.
gem modesta para aniversariante tão ilustre.
Não acreditamos piamente no destino,
mas há uma simbologia interessante por trás Eng.o Civil M.Sc. CHEQUER JABOUR CHEQUER
dos astros que talvez valha a pena recordar Gerente de Projeto – DNIT
aqui. O IPR foi inaugurado sob o signo de Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR
Virgem, que, além de estar associado ao e-
lemento Terra (pensemos nas rodovias), é o
signo do método, da precisão e da disciplina Rio de Janeiro, agosto de 2007.
científica. Nada mau para um Instituto cuja
missão é pesquisar, normalizar e instruir a
tecnologia rodoviária. Em outras palavras,

ii IPR 50 anos
Sumário

Apresentação i

Histórico 1
Missão Institucional e
6
Áreas de Atuação
Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico 6

Normalização e Publicações Técnicas 13

Transferência de Tecnologia 15

Apoio Tecnológico 22

Localização do IPR 24

Equipe do IPR 25

IPR 50 anos iii


HISTÓRICO
INTRODUÇÃO Deliberativo do CNPq, em sua sessão de 22 de de-
zembro. O próprio José Alberto Baptista Pereira fora,
Para escrever esta história do Instituto de Pes- no período 1954-55, Diretor-Geral do DNER e, por
quisas Rodoviárias (IPR), sobretudo relativa ao perío- certo, trouxera consigo para o CNPq a idéia de cria-
do em que ele esteve subordinado ao Conselho Na- ção do Instituto, provavelmente vislumbrada pela pri-
cional de Pesquisa (CNPq), foram consultados docu- meira vez enquanto estivera no DNER. É inegável
mentos no Museu de Astronomia e Ciências Afins também a influência que teve o Highway Research
(MAST), no Rio de Janeiro, e no próprio IPR. Uma his- Board (Junta de Pesquisa Rodoviária), dos EUA, na
tória mais detalhada exigiria uma pesquisa no CNPq e organização da estrutura do IPR, assim como prova-
na Biblioteca da AGU, ambos em Brasília. velmente a Escola Alemã, uma vez que o Professor
Não se trata aqui de uma história oficial, mesmo fez parte de seus estudos em Berlim (Alemanha).
porque não haveria espaço para tal numa publicação Diz ele em carta ao Diretor-Geral do DNER, data-
essencialmente comemorativa. São, antes, aponta- da de 13 de dezembro de 1955, anterior, portanto, à
mentos para a história do IPR, para quando ela for carta ao Presidente da República:
escrita um dia, completando as lacunas que não se “... tanto que, no último Congresso Rodoviário re-
preencheram e confirmando ou não as impressões alizado em São Paulo, do qual participamos, Vossa
que se formularam. Excelência na qualidade de Presidente do Conselho
Rodoviário Nacional e eu, então, como Diretor-Geral
A CONCEPÇÃO DO IPR desse Departamento, foi mais uma vez preconizada a
criação de um órgão de pesquisas rodoviárias.
De alguma forma mais ou menos sutil, o gérmen “Está, pois, este Conselho [CNPq] em condição
do Instituto de Pesquisas Rodoviárias já estava embu- de vir a propor a Sua Excelência o Senhor Presidente
tido na Lei de Criação do CNPq, de 1951 (Lei 1.310). da República a criação de um órgão visando a promo-
Diz o Artigo 13 dessa Lei: “Para a realização de seus ver e a estimular a pesquisa rodoviária, a formação de
objetivos, o Conselho é autorizado a promover a cria- pessoal técnico especializado em estradas de roda-
ção e a organização de laboratórios ou institutos, não gem, a realização de congressos, conferências e se-
só na Capital Federal, como em outras localidades do minários nacionais e internacionais, o intercâmbio de
país, e que lhe ficarão subordinados científica, técnica pessoal técnico-científico por meio de viagens de es-
e administrativamente.” tudo e missões científicas e por outros meios enfim
Quando surgiu o CNPq, portanto, ainda não exis- que objetivem congregar técnicos, cientistas, industri-
tia o IPR na sua estrutura, mas apenas uma possibili- ais e comerciantes em prol do rodoviarismo. Antes,
dade um tanto remota de criá-lo. Um dos mentores da porém, de encaminhar o anteprojeto de decreto, em
criação do IPR foi o Professor José Alberto Baptista anexo, à decisão do Conselho Deliberativo deste ór-
Pereira (1898-1971), Presidente do CNPq de 1955 a gão (CNPq) e, em seguida, à elevada consideração
1956. Em carta de 23 de dezembro de 1955, dirigida do Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
ao Senhor Presidente da República, Nereu de Oliveira venho submetê-lo à apreciação de Vossa Excelência
Ramos, propõe o Professor a criação de um Instituto e pedir a confirmação por esse Departamento do seu
de Pesquisas Rodoviárias, listando os seguintes ar- interesse na criação do referido Instituto e do seu pro-
gumentos: pósito de apoiá-lo e prestigiá-lo decididamente, contri-
“O progresso rodoviário verificado no país nos úl- buindo, a partir do próximo exercício, para a sua insta-
timos anos e a importância das estradas de rodagem lação e manutenção.”
na sua vida econômica têm indicado a necessidade Instado, o DNER responde por meio de seu Dire-
de criação de um órgão especializado, visando a pro- tor-Geral, Álvaro de Souza Lima, ao apelo do CNPq
mover e a estimular a pesquisa rodoviária, a correla- prontamente, já em 19 de dezembro, e nos seguintes
cionar resultados científicos e tecnológicos, tendo em termos:
vista as diferentes condições e características ofereci- “Tão logo nos chegou às mãos o anteprojeto [do
das pelas diversas regiões do país e objetivando o IPR] em apreço, submetemo-lo à consideração do
máximo aproveitamento dos nossos próprios recursos Conselho Executivo (do DNER), reunido especialmen-
e produtos. Os diversos Congressos Rodoviários Na- te em 14 do corrente para esse fim, que resolveu: ‘a-
cionais vêm de há muito recomendando a criação de provar a minuta de ante-projeto elaborada pelo Con-
um órgão especializado em pesquisas rodoviárias, selho Nacional de Pesquisas, com a modificações in-
tendo sido mais uma vez preconizada a sua criação troduzidas por este Conselho e, em seguida, subme-
no último Congresso Rodoviário, realizado em São ter a matéria à consideração do Egrégio Conselho
Paulo em outubro de 1954.” Rodoviário Nacional.’
Nessa mesma carta, encaminha o anteprojeto de “Apreciado pelo Conselho Rodoviário Nacional,
Decreto para a criação do Instituto, anteprojeto este com as modificações introduzidas pelo Conselho Exe-
que o CNPq elaborou com a assistência do então De- cutivo, foi deliberado por aquele órgão estabelecer-se
partamento Nacional de Estradas de Rodagem – redação final ao anteprojeto como subsídio para a so-
DNER e para o qual obteve a aprovação do Conselho lução do assunto.

1 IPR 50 anos
“Tenho a satisfação, pois, de encaminhar a Vossa sua execução e divulgação dos resultados
Excelência a redação dada ao anteprojeto pelo Con- obtidos pelos pesquisadores;
selho Rodoviário Nacional. c) Estimular o intercâmbio entre os diversos ór-
“Na oportunidade desejo manifestar agradeci- gãos rodoviários, associações, corporações,
mentos pela gentileza da consulta que nos fez e con- firmas ou indivíduos, no âmbito nacional e in-
gratular-me com Vossa Excelência pelo acerto da ternacional, que se interessam em pesquisas
proposta a ser encaminhada a Sua Excelência o Se- referentes a estradas de rodagem;
nhor Presidente da República. Este Departamento d) Coordenar, com a cooperação dos Departa-
aguarda, com vivo interesse, a sanção presidencial, mentos de Estradas de Rodagem Federal,
pronto a prestigiar o Instituto de Pesquisas Rodoviá- Estaduais, Municipais e dos Territórios, os
rias e a colaborar com esse Conselho, dentro de suas resultados dos trabalhos de pesquisa reali-
possibilidades, na sua implantação e manutenção.” zados sobre estradas de rodagem;
Assim se vê que, em linhas gerais, o Instituto de e) Incentivar a mais ampla aplicação dos resul-
Pesquisas Rodoviárias foi concebido já com esse no- tados obtidos tendo em vista o aproveitamen-
me a partir de confabulações entre o Professor José to dos materiais nacionais e sua utilização na
Alberto Baptista Pereira (CNPq) e o Engenheiro Álva- informação científica e tecnológica dos pes-
ro de Souza Lima (DNER). Teve, como fundamento, a quisadores.
faculdade de o CNPq em criar e organizar laboratórios Como não poderia deixar de ser, o primeiro Dire-
e institutos e, como suporte indispensável, o DNER, tor do IPR foi o próprio José Alberto Baptista Pereira,
que permanecia o grande interessado e principal be- o seu criador por excelência, permanecendo no posto
neficiário do futuro instituto. até 1960.
Uma pergunta que talvez coubesse
aqui seria: por que não foi criado o IPR Fase CNPq (1957 - 1972)
já dentro da própria estrutura do DNER, Fase DNER (1972 - 2001)
para o qual enfim ele seria transferido (1972 - 1992) Diretoria Setorial
anos mais tarde? Uma possível explica- (1992 - 1999) Diretoria de Desenvolvimento Tecnoló-
ção é que, sendo o DNER um órgão gico
eminentemente operacional e de obras,
(2000 - 2001) Coordenação da Diretoria Executiva
não comportaria um setor de pesquisas,
Fase DNIT (2002 em diante)
algo talvez demasiadamente cerebral e
acadêmico para a sua índole. Outra ex- (2002 - 2006) Coordenação da Diretoria de Planeja-
plicação é que talvez o DNER não dis- mento e Pesquisa
pusesse de recursos para investir em (2007 em diante) Gerência da Diretoria Geral
pesquisa, que, aliás, mal se fazia na
época no Brasil. O DNER tinha, sim, um Laboratório
Central, mas que se destinava preponderantemente à OS PRIMEIROS ANOS
realização de ensaios.
Enviado o Ofício do Presidente do CNPq à Presi- Fase CNPq (1957 - 1972)
dência da República, propondo a criação do IPR e a-
companhado do Projeto de Decreto de sua criação, Os primeiros anos, como era de esperar, foram
houve, no entanto, um primeiro contratempo. O Gabi- de formação. O IPR era um órgão sem similar num
nete Militar da Presidência da República opinou pelo país onde pouco se realizava pesquisa rodoviária de
adiamento da questão, não considerando a criação do maneira formal. Então, foi essencial formar um contin-
IPR uma necessidade urgente. Foi preciso esperar gente de especialistas e técnicos, e esse lastro de
mais dois anos, já durante o governo do Presidente profissionais foi conseguido graças, sobretudo, ao en-
Juscelino Kubitschek, grande incentivador da indústria vio de pessoal para visitar, estudar e treinar no Exteri-
automobilística e da construção de estradas no país, or. Isso, aliás, parecia ser uma norma na época, por-
para que finalmente o projeto de criação do IPR, tal que também era política do DNER, e possivelmente
como idealizado pelo Professor José Alberto Baptista de muitos outros órgãos, enviar seus técnicos para
o temporadas internacionais.
Pereira, fosse aceito e concretizado pelo Decreto N.
42.212, de 29 de agosto de 1957. Então nascia o Ins-
tituto de Pesquisas Rodoviárias, cujas finalidades e- Nesse período sob a tutela do CNPq, que durou
ram: cerca de 15 anos, promoveu o IPR muitos Congres-
a) Promover a criação e o desenvolvimento dos sos, Seminários, Palestras, Encontros, etc, no seu ob-
serviços especializados de informações e a- jetivo de criar mentalidades, mas, ao que parece, não
tividades sobre pesquisas de estradas de ro- mergulhou plenamente nas questões básicas da pes-
dagem; quisa e da normalização. As pesquisas eram, por as-
b) Promover e estimular a realização de traba- sim dizer, importadas e, quando muito, adaptadas às
lhos práticos, proporcionando meios para a nossas realidades, ao passo que a normalização se-

IPR 50 anos 2
quer era mencionada explicitamente no Decreto de sempre esteve presente no IPR de forma explícita
Criação do IPR. Além disso, havia certa discrepância desde os seus primórdios, fornecendo ao menos um
entre a proposta do CNPq – pesquisa pura – e o foco dos cinco membros do seu Conselho Técnico, e, por
de atenção do IPR – a pesquisa aplicada. pressão política, ou por afinidades eletivas, acabou
trazendo para si o IPR.
o
Estrutura do IPR no CNPq O Decreto N. 71.395, de 17 de novembro de
1972, que “transfere o IPR, do CNPq, para o DNER e
Conselho Técnico: dá outras providências”, é reticente em relação às re-
2 representantes do CNPq ais causas subjacentes à transferência. Como não se
2 representantes do DNER teve acesso às atas do Conselho Deliberativo do
1 representante da Diretoria de Vias de Trans- CNPq, em que se discutiu a transferência, pode-se
portes do Ministério do Exército especular duas razões principais para a ocorrência. A
1 representante da Federação Brasileira das primeira seria a já mencionada incompatibilidade entre
Associações de Engenheiros o próprio CNPq e o IPR, em que o primeiro se dedica-
1 representante da ABNT va à pesquisa pura, ao passo que o segundo, por for-
1 representante da Associação Rodoviária do ça de suas ligações com o DNER e outros órgãos ro-
Brasil doviários, se voltava mais à pesquisa aplicada, crian-
Direção Geral do, assim, uma divergência tácita. A segunda razão
Serviço Técnico Científico seria o início de certa retração do DNER na adminis-
Serviço Administrativo tração direta das grandes obras, quando, em parte
Núcleos Regionais de Pesquisas Rodoviárias devido ao grande número de projetos, foi necessário
apelar para a iniciativa privada dos empreiteiros e
consultores especializados. Assim, receber o IPR,
Não se pretende dizer com isso que não houve com quem já tinha fortes afinidades, representava pa-
pesquisa nem normalização no período (foram, por ra o DNER, além de um re-alento, uma forma de reor-
exemplo, criadas 82 Normas), nem mesmo tirar o lus- ganizar os seus potenciais.
tre desse período formativo, onde não raro desponta-
ram grandes talentos e onde foram lançadas as bases
que deram sustento à evolução mais ousada do IPR Engenheiros Diretores do IPR Período
nos anos subseqüentes, mas apenas ressaltar que, José Alberto Baptista Pereira 1957/60
nesses primeiros anos no CNPq, o IPR exibiu mais
Geraldo Bastos da Costa Reis 1960/64
provavelmente um comportamento de extroversão, de
socialização, de projeção e afirmação externa, e me- Homero Henrique Rosa Rangel 1964/72
nos um processo de introspecção. Ivan Gomes Paes Leme 1973/79
Umas das características do IPR nesse período
Edmilson Tavares Lemos 1979/85
foi o estabelecimento de Núcleos Regionais de Pes-
quisa nos Estados, alcançando um total de doze pou- José Vidal Nardi 1985/87
co antes de sua transferência para o DNER. O papel Saul Birman 1987
desses Núcleos era promover estudos no âmbito local
Paulo Romeu de Assumpção Gontijo 1987/91
e divulgar as demais realizações da sede do IPR.
Com a transferência do IPR para o DNER, esses nú- Osmar da Silva Pinto 1991/92
cleos se extinguiram, sendo absorvidos pelos então Carlos Henrique Carrato 1992/95
Distritos Rodoviários Federais em cada Estado.
Paulo César Lima (Interino) 1995/98
Outras características do IPR nessa época incluí-
am o concurso de monografias, a cessão de prêmios Chequer Jabour Chequer 1998/99
em dinheiro aos melhores alunos das universidades Salomão Pinto (Interino) 1999
no ramo rodoviário e, em particular, a contribuição fi-
Chequer Jabour Chequer 1999/--
nanceira que recebia de diversos órgãos (SUDENE,
RODOBRÁS, PETROBRÁS, MEC, o próprio DNER)
para o desenvolvimento de suas programações. Tudo
isso parece de fato indicar um comportamento mais A TRANSFERÊNCIA E A REFORMULAÇÃO
extrovertido do que introvertido para o IPR daqueles
anos. Fase DNER (1972 - 2001)
Desde algum tempo, porém, já se discutia a pos- Esta fase, que se inicia com o Decreto nº
sibilidade de transformar o IPR numa Fundação, o 71.305, de 17 de novembro de 1972, que efe-
que lhe daria maior autonomia financeira e uma re- tivou a citada transferência, pode ser dividida
formulação de sua estrutura, considerada arcaica por em três períodos:
alguns, além de lhe abrir as portas à pesquisa aplica-
da. A idéia não vingou, mas o certo é que o DNER

3 IPR 50 anos
(1972 - 1992) Diretoria Setorial DIRETORIA DO IPR Seção de Elaboração de Cursos
Dentro do DNER, o IPR assumiu a função Seção de Atividades Auxiliares e Programas de Treinamento
de denominador comum dos interesses de pes- - SUBDIRETORIA Seção de Bolsas de Estudo
- DIVISÃO DE PESQUISAS Seção de Pesquisa e Análise
quisas de órgãos rodoviários estaduais, univer- Centro de Pesquisas Seção de Estudos e Orientação
sidades e indústrias, que, unidos em torno do Seção de Intercâmbio Nacional Seção de Avaliação e Controle
aperfeiçoamento tecnológico, passaram a ela- Seção de Orientação e Coorde- de Custos
borar estudos e pesquisas no campo rodoviário. nação Centro de Conclaves Técnicos
Em sua reorganização administrativa e téc- Seção de Mobilização de Recur- Seção de Convênios e Acordos
sos Seção de Intercâmbio de Técni-
nica, foram incorporados ao IPR não apenas os
Seção de Planejamento e Avalia- ca Nacional
órgãos e efetivos de pessoal da época de sua ção Seção de Intercâmbio de Técni-
subordinação ao CNPq, mas também os servi- Seção de Divulgação ca Internacional
dores do DNER vindos da Divisão de Pesquisas Seção de Coordenação de Pro- Seção de Coordenação de Con-
e Normas Técnicas, pertencente à Diretoria de gramas Regionais claves
Planejamento, atribuindo-se conseqüentemente Laboratório de Pesquisas Seção de Atividades Auxiliares
Seção de Geologia - DIVISÃO DE INFORMÁTICA TÉC-
ao IPR a responsabilidade por essas atividades. Seção de Geotecnia NICO-CIENTÍFICA
A necessidade de dotar o IPR de instalações Seção de Química Serviço de Informação de Pes-
condignas com suas altas finalidades foi preo- Seção de Ligantes e Misturas quisas Rodoviárias
cupação imediata do DNER, desde que passou Betuminosas Seção de Coleta e Seleção de
a ser por ele responsável. Seção de Concreto e Material de Informações
Construção Seção de Tradução e Bibliote-
Decidiu-se, então, instalar o IPR no Centro Seção de Análise Estrutural conomia
Rodoviário, localizado no km 163 (antigo km Seção de Pesquisas Seção de Pesquisas
0), da Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Ja- Setor de Amostra Serviço de Divulgação
neiro, considerando, inclusive, que as instala- Seção de Atividades Auxiliares Seção de Edição de Publica-
ções e laboratórios de Solos, Betumes e Ligan- - DIVISÃO DE TREINAMENTO E ções
CONCLAVES Seção de Distribuição
tes da antiga Divisão de Pesquisas e Normas Centro de Treinamento Técnico Seção de Atividades Auxiliares
Técnicas da Diretoria de Planejamento, se situ-
avam no referido Centro Rodoviário e que de
acordo com o Decreto nº 74.606/74 passou a Em 1974, por ocasião do Programa Rodovi-
fazer parte da estrutura organizacional do IPR ário do Governo Federal para o período de
com o nome de Divisão de Pesquisas. 1975-79, foi pela primeira vez incluído no DNER
Para a Diretoria do IPR e suas Divisões de um sub-programa específico a cargo do IPR
Treinamento e Conclaves e de Informática Téc- com o nome de "Desenvolvimento Tecnológi-
nico-Científica, foi aproveitado o prédio cons- co". Sua finalidade era dar conseqüência aos
tituído de 3 blocos, com dois pavimentos, con- conceitos, objetivos e diretrizes fixadas no
templando auditório, salas de aulas, bibliote- chamado "Plano Básico de Desenvolvimento Ci-
cas, centro gráfico etc. Nesta área foi realizada entífico e Tecnológico".
também a ampliação total dos laboratórios e- A partir do Orçamento do DNER de 1977, o
xistentes, a instalação de um Centro de Pesqui- IPR passou a figurar como unidade administra-
sas e de um laboratório eletro-mecânico desti- tiva com despesa definida, o que possibilitou
nado a criação, adaptação e conservação de um fluxo constante de recursos para a ativida-
equipamentos e instrumentos de diferentes u- de de desenvolvimento tecnológico. Já o Orça-
sos em pesquisas. mento Plurianual do DNER para 1975-79 previa
No Centro Rodoviário, foi projetada e cons- recursos crescentes para o IPR, que variavam
truída uma Pista Experimental Circular, utiliza- de 1,2% a 2,8% do orçamento anual do DNER.
da para estudos sobre pavimentos rígidos. Com a reforma administrativa do Governo
A estrutura regimental e o regimento inter- Federal em 1990, procedeu-se à reestruturação
no do IPR foram instituídos pelo Decreto nº do DNER nos termos da Portaria Ministerial nº
74.606, de 24 de setembro de 1974, pela Por- 257, de 21 de novembro de 1991, e definiram-
taria Ministerial nº 36, de 13 de janeiro de se as competências das unidades administrati-
1975, e pela Resolução do Conselho Adminis- vas por meio da Resolução nº 51 do Conselho
trativo do DNER nº 581, de 7 de abril de 1975. de Administração do DNER, de 25 de setembro
Era a seguinte a sua organização: de 1992, alterando-se o nome Instituto de Pes-
quisas Rodoviárias para Diretoria de Desen-
volvimento Tecnológico.

IPR 50 anos 4
(1992 - 1999) Diretoria de Desenvolvi- Com a Lei n° 10.233, de 05/06/2001 que
mento Tecnológico criou o Departamento Nacional de Infra-
Agora, como Diretoria de Desenvolvimento Estrutura de Transportes - DNIT, com o Decre-
Tecnológico, surge a seguinte estrutura admi- to n° 4.129, de 13/02/2002 que aprovou a Es-
nistrativa mais compacta: trutura Regimental e o Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão e das Funções Gratifi-
DIRETOR DA DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO cadas do DNIT e com o Regimento Interno a-
Seção de Apoio Administrativo provado em 02/05/2002, que não definiu a es-
Assistente trutura organizacional nos níveis abaixo de Ge-
Divisão de Pesquisas de Desenvolvimento rência, o IPR não foi explicitamente posicionado
Seção de Apoio Administrativo
Serviço de Infra-estrutura
no novo Departamento, estando, entretanto,
Serviço de Gerência Rodoviária vinculado a Diretoria de Planejamento Pesquisa
Serviço de Apoio Operacional do DNIT, sem organograma próprio.
Divisão de Capacitação Tecnológica Com o Decreto n° 4.749, de 17/06/2003
Seção de Apoio Administrativo que aprovou outra Estrutura Regimental e ou-
Serviço de Normalização
tro Quadro Demonstrativo dos Cargos em Co-
Serviço de Documentação e Divulgação Técnica
Serviço de Aperfeiçoamento de Pessoal missão e das Funções Gratificadas do DNIT, re-
Divisão de Apoio Tecnológico vogando o Decreto n° 4.129, de 13/02/2002,
Seção de Apoio Administrativo permaneceu inalterado o posicionamento do
Serviço de Apoio à Engenharia IPR.
Serviço de Apoio à Operação
Da mesma forma, o Decreto nº 5.765, de
Serviço de Auditoria Técnica
27/04/2006 aprovou outra Estrutura Regimen-
tal e outro Quadro Demonstrativo dos Cargos
Por meio do Decreto nº 3.153, de 26 de em Comissão e das Funções Gratificadas do
agosto de 1999, foram aprovados a Estrutura DNIT, revogando o Decreto nº 4.749, de
Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Car- 17/06/2003.
gos em Comissão e Funções Gratificadas do Por intermédio da Resolução n° 10, de
DNER, e pela Portaria Ministerial nº 43, de 10 31/01/2007, foi aprovado pelo Conselho de
de fevereiro de 2000, foi aprovado o Regimento Administração do DNIT, com ressalvas, o Re-
Interno do DNER, que restabeleceu o nome do gimento Interno, no qual o IPR figura como
IPR - Instituto de Pesquisas Rodoviárias. uma Coordenação da Diretoria de Planejamento
e Pesquisa.
(2000 - 2001) Coordenação da Diretoria A conseqüência foi que o IPR ficou com
Executiva uma estrutura reduzida a uma Coordenação e a
Os dois uma Chefia de Divisão.
instrumentos COORDENADOR DO IPR
legais acima Seção de Apoio Administrativo (2007 em diante) Gerência da Diretoria
mencionados, Divisão de Pesquisas e Desenvolvimento Geral
em que pe- Seção de Apoio Administrativo
Serviço de Infra-Estrutura Por intermédio da Portaria nº 1.834, de
sem terem Divisão de Capacitação Tecnológica 28/12/2006, foi constituída no âmbito da Dire-
recuperado o Seção de Apoio Administrativo toria-Geral do DNIT, a Gerência Institucional de
nome original Serviço de Normalização Pesquisas Rodoviárias – GIPR, com as atribui-
de IPR, trans- Serviço de Aperfeiçoamento de Pessoal ções do IPR. Para o cumprimento de suas ativi-
formaram-no Divisão de Apoio Tecnológico
Seção de Apoio Administrativo
dades, a GIPR contará com as instalações físi-
em uma Co- cas e laboratoriais do IPR/DNIT, localizadas no
Serviço de Auditoria Técnica
ordenadoria. Centro Rodoviário, no Rio de Janeiro, e com os
Esta reduzida recursos humanos do IPR. O apoio técnico-
estrutura vigorou até 05/06/2001. administrativo para a consecução das ativida-
A Diretoria foi substituída por uma Coorde- des do GIPR será fornecido pela Diretoria-
nação e foram extintas uma função de Assis- Executiva do DNIT. As atividades do GIPR pas-
tente e cinco funções de Chefia de Serviço. saram a vigorar a partir de 01/01/2007 e a
Portaria nº 1.834/2006 vigerá até a implanta-
Fase DNIT (2002 em diante) ção de nova Estrutura Regimental para o DNIT.

(2002 - 2006) Coordenação da Diretoria


de Planejamento e Pesquisa

5 IPR 50 anos
MISSÃO INSTITUCIONAL E
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO IPR

O IPR, na verdade, não apenas faz pesquisas,


mas também cria normas e documentos técnicos di-
versos, oferece treinamento e capacitação de pessoal,
realiza auditorias e presta suporte técnico às demais
áreas do DNIT e também do Ministério dos
Transportes.
MISSÃO INSTITUCIONAL DO IPR
A missão institucional do IPR segue na in-
tegra os objetivos do chama-
do Ciclo de Desenvolvimento
Tecnológico (CDT) que com-
preende, em linhas gerais, a Assistência Técnica
pesquisa, a normalização, a Apoio Tecnológico, Inspeções e Qualidade Pesquisa
Estudos e Inovação Tecnológica
transferência de tecnologia
e, complementarmente, a
assistência técnica.
Na verdade, esse concei-
to de Ciclo é um consenso in- O CICLO
ternacional no fomento e no
desenvolvimento de qualquer
gênero de pesquisa tecno-
lógica, e é adotado por vá- Transferência de Tecnologia
rios outros órgãos de pes- Cursos, Seminários etc Normalização
quisa no mundo. O autor Normas, Manuais e Outras Publicações Técnicas
proeminente nessa área que
desenvolveu a noção de Ciclo
de Desenvolvimento Tecnoló-
gico foi Derek John de Solla
Price

(Monografia: Science technology and society: a cross-disciplinary perspecitve – London,


Sage, 1977, 607p; ISBN 0-8039-9858-9).

ÁREAS DE ATUAÇÃO DO IPR ƒ Desenvolver estudos e pesquisas adaptadoras de tec-


1 - PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TEC- nologias existentes;
NOLÓGICO ƒ Desenvolver estudos e pesquisas em novos materiais
rodoviários;
A pesquisa e o desenvolvimento tecnológi- ƒ Realizar testes e ensaios em materiais;
co, como forma de aprimorar a tecnologia ro- ƒ Realizar projetos de dosagem de concreto de cimento
doviária e melhorar o controle de materiais e e de misturas asfálticas;
estruturas, tem como objetivos: ƒ Controles tecnológicos de materiais de pavimentação;
ƒ Identificar novos produtos, serviços e materiais; ƒ Assessoramento às obras rodoviárias;
ƒ Desenvolver estudos e pesquisas geradoras de novas ƒ Seminários e cursos específicos das diversas áreas do
tecnologias; complexo laboratorial

IPR 50 anos 6
Em termos de desenvolvimento de pesqui-
sas e ensaios laboratoriais, o IPR dispõe de um
par-que laboratorial constituído de 5 laborató-
rios e uma Pista Experimental Circular (uma
das três existentes no mundo, uma fica em
Nantes, na França e a outra em Washington,
nos Estados Unidos), operado por administra-
ção direta, realizando ensaios em amostras de
materiais, fornecendo atestados e dando supor-
te técnico às Concessionárias locais, empresas
privadas e às diversas unidades do DNIT, con-
Conjunto – Los Angeles, Granulômetro e
forme descrição seguinte: Britador
9 Laboratório de Concreto e Materiais de
Construção
Atividades:
• elaborar projetos de dosagem de concreto
de cimento em atendimento à engenharia
rodoviária;
• realizar ensaios rotineiros e especiais em
cimento, concreto, agregados e aço;
• participar de apoio às obras rodoviárias em
revestimento rígido, emitindo documenta-
ção técnica contendo sugestões alterações
de modificadores e controle tecnológico;
Serra para cortar corpos
• participar, realizar, e supervisionar pesqui- de prova
sas e estudos na área de revestimento rígi-
do, bem como avaliar seus resultados;
• assessorar tecnologicamente obras rodo-
viárias, por solicitação de entidades públi- Prensa para tração de
cas e privadas; barras de aço
• gerar documentação técnica na área.

Conta, por exemplo, com os seguintes equi-


pamentos:

Betoneira

Conjunto – Prensas para ruptura de


corpos de prova de concreto de cimen-
to, argamassas e pastas de cimento

7 IPR 50 anos
9 Laboratório de Ligantes e Misturas Be- Viscosíme-
tuminosas tro Saybolt-
Atividades: Furol
• elaborar projeto de dosagens de misturas
betuminosas à quente e à frio, bem como
projetos de serviços por penetração direta
e invertida, em obras ro-
doviárias;
• participar da realização e
supervisão de pesquisas e
estudos sobre materiais
asfálticos e revestimentos
flexíveis, aplicados à enge-
nharia rodoviária, bem co-
mo avaliar seus resulta-
dos; Viscosímetro Brookfield
• realizar ensaios e testes fí-
sicos e físico-químicos rotinei-
ros e especiais envolvendo ma-
teriais betuminosos e serviços
de revestimentos flexíveis, na Viscosímetro absoluto
área rodoviária;
• assessorar tecnologicamente
obras rodoviárias, na área es- Ensaio para recupera-
ção de asfalto da mas-
pecífica por solicitação de enti-
sa betuminosa
dades públicas e privadas; Viscosímetro anemático
• participar assistência técnica
nas obras rodoviárias de reves-
timento flexíveis, emitindo pa-
receres técnicos contendo sugestões de al-
terações e modificações e controles tecno-
lógicos.

Conta, por exemplo, com os seguintes equi- Conjunto para


pamentos: extração de
betume

Conjunto de equipamentos
Marshall para compactação Penetrômetros
de misturas

Equipamentos para carac-


terização de materiais de
Estufa RTFOT Estufa TFOT asfalto

IPR 50 anos 8
Câmera úmida
9 Laboratório de Sinalização
Atividades:
• participar da realização e super- Viscosímetro Krebs
visionar pesquisas e estudos so- Stormers
bre sinalização rodoviária, bem
como avaliar seus resultados;
• realizar ensaios e testes físicos,
rotineiros e especiais, envolven-
do materiais de sinalização rodo- Microscópios
viárias;
• participar assistência técnica às
obras rodoviárias, na área espe-
cífica por solicitação de entida-
des públicas e privadas, emitindo
pareceres técnicos contendo su-
gestões de alterações e modifi-
cações e controle tecnológico;
• gerar documentação técnico-
científica sobre materiais de de- Agitador de
marcação peneira

Conta, por exemplo, com os se-


guintes equipamentos:

Anel e
Bola –
ponto de
amoleci-
mento do
termo-
plástico

“No Pick-up Ti-


me”

Aplicador de
pintura para
película úmida

Balança para ob-


tenção de densida-
de termoplástica

Dispositivos para sinalização

Dispositivos para sinaliza-


ção

9 IPR 50 anos
9 Laboratório de Geologia 9 Laboratório de Geotecnia
Atividades: Atividades:
• realizar testes, en- • participar da realização e super-
saios rotineiros e es- visão de pesquisas e estudos na
peciais na área geo- área mecânica dos solos, aplica-
lógica; dos à engenharia rodoviária,
• participar da realiza- bem como avaliar seus resulta-
ção e supervisão de dos;
pesquisas e estudos • assessorar tecnologicamente o-
geológicos aplicados bras rodoviárias, na área especí-
Amostras de rochas carac-
à engenharia rodo- terísticas do território na- fica por solicitação de entidades
viária, avaliando cional públicas e privadas, emitindo pa-
seus resultados; receres técnicos contendo suges-
• participar assistência técnica às obras ro- tões de alterações e modificações e controles
doviárias, emitindo pareceres técnicos con- tecnológicos;
tendo sugestões de alterações e modifi- • gerar documentação técnica sobre materiais
cações e controles tecnológicos; de demarcação
• realizar testes, ensaios rotineiros e especiais
Conta, por exemplo, com os seguintes equi- na área de mecânica dos solos;
pamentos:
Conta, por exemplo, com os seguintes equipa-
mentos:

Conjuntos para ensaios em geosintéti-


cos

Vista geral do laboratório

Prensas de adensamento para


estudos de solos moles
Prensa para ensaio mecâni-
co em geosintéticos

IPR 50 anos 10
CBR miniatura

Cisalhamento direto
Classificação de solos
tropicais

Carregamentos repe-
tidos

Ensaio de Compacta-
ção

Permeâmetro de
solos

11 IPR 50 anos
− Pesquisa para avaliação de desempenho de
9 Dispõe ainda o IPR de uma Pista Experi- trechos experimentais com utilização de cinza
mental Circular, uma das três únicas que há volante e cal (1986-1987);
no mundo e é utilizada em estudos pioneiros − Estudos das propriedades resilientes de ma-
sobre pavimentos realizados pelo próprio Ins- teriais de pavimentação (1986-1988);
tituto. − Norma para utilização da reciclagem a quente
Atividades: em projetos de restauração de pavimentos
• participar da realização de pesquisas e estu- flexíveis (1987);
dos sobre materiais e tecnologias rodoviá- − Estudo de estabilização de solos com betume
rias, bem como avaliar seus resultados; – técnicas de execução (1987-1988);
• controle operacional do funcionamento da − Estudos preliminares sobre asfalto-epoxi para
Pista Experimental; pavimentação dos vãos metálicos da Ponte
• assessorar tecnologicamente a construção Rio-Niterói (1988);
dos segmentos relativos aos estudos e pes- − Estudos preliminares sobre asfalto-polímeros
quisas, nas Pista Experimental; para pavimentação dos vãos metálicos da
• gerar documentação técnica. Ponte Rio-Niterói (1988);
− Asfalto modificado com polímeros (1988-
Conta, por exemplo, com o seguinte equipa- 1989);
mento: − Elaboração de normas e manuais para pavi-
mentos rígidos - concreto de cimento (1987-
• simulador de tráfego eletro-mecânico.
1989);
− Pesquisa sobre pavimentos de concreto rola-
do (1991-1994);
− Pesquisa de viabilidade de implantação da fá-
brica de argila expandida na região Amazôni-
ca (1980);
− Aperfeiçoamento – Usina protótipo móvel de
agregado de argila (1989-1990);
− Protótipo experimental de equipamentos ele-
trônicos, denominado quantificador de irregu-
laridades em pavimentos – QIPR (1983-
1984);
− Ajustamento do método de dimensionamento
de pavimentos flexíveis (1987);
− Estudo de módulos de resiliência de revesti-
Pista Experimental mentos de pavimentos antigos (1992-1994);
− Estudo de fadiga de revestimentos asfálticos
Peso da estrutura=15t; Carga por eixo= 5t (1992-1994);
Órbita: semi-hiperbólica (o centro da estrutura se desloca − Desenvolvimento de especificação de serviço
de modo a evitar ao máximo passadas repetidas sobre os para espuma de asfalto (2000);
mesmos pontos). − Recapeamento de pavimentos flexíveis com
V.Máx≈80km/h concreto do tipo Whitetopping (1997-1999);
Existem mais 2 no mundo, uma em Nantes, na França e − Avaliação estrutural de pavimentos com FWD
outra nos EUA, em Washington-DC. / Falling Weight Deflectometer) (2002-2005);
− Custos de acidentes rodoviários (2002-2005);
− Avaliação de desempenho de pavimentos típi-
cos brasileiros (2002-2005);
• Principais Realizações: − Sistema de gerência de obras-de-arte especi-
Dentre as centenas de pesquisas realizadas ais – SGO / 3ª fase (2002-2005);
citaremos algumas mais recentes e funda- − Estudos sobre o desempenho do produto Mul-
mentais: tigrade AG (2002-2005);
− Aterros sobre solos compressíveis (1978- − Plano de contingência para sinistros, envol-
1982); vendo o transporte rodoviário de produtos
− Estudo de basaltos decompostos visando a- perigosos (2002-2005);
proveitamento em obras rodoviárias (1979- − Escória de aciaria como base e sub-base de
1982); pavimentos (2003-2007);

IPR 50 anos 12
2 – NORMALIZAÇÃO E PUBLICAÇÕES Técnica e o Manual Técnico. Enquanto a Norma
determina procedimentos, o Manual se limita a
TÉCNICAS
orientar e fornecer informações básicas sobre
os procedimentos, não tendo, portanto, caráter
O PROCESSO DE NORMALIZAÇÃO normativo.
O processo de normalização data de tem- Para facilitar a identificação e o uso, as
pos pré-históricos, desde quando foi preciso Normas Rodoviárias do DNIT, assim como fo-
sistematizar as atividades humanas com o fim ram as do DNER, são divididas em nove grupos
de garantir a sobrevivência da espécie. A tradi- ou tipos, a cada um dos quais corresponde uma
ção oral e mais tarde a escrita permitiram a sigla, a saber: CLA (Classificação), EM (Especi-
consolidação dos conhecimentos adquiridos e a ficação de Material), ES (Especificação de Ser-
sua transferência às gerações sucessivas. viço), IE (Instrução de Ensaio), ME (Método de
As Normas técnicas propriamente ditas co- Ensaio), PAD (Padronização), PRO (Procedi-
meçaram a surgir com a Revolução Industrial mento), SIM (Simbologia) e TER (Terminologi-
no século XVIII, quando a necessidade de pa- a). Normalmente, a identificação da norma se
dronização se tornou imprescindível. Entre os faz pela sua sigla, que é composta pelo termo
meios de transporte modernos, citemos a fer- DNIT, seguido do número de ordem, do ano de
rovia, que exigia entre outros a padronização aprovação e de seu tipo. Por exemplo: Norma
das bitolas. A normalização só alcançou a rodo- DNIT 005/2003 – TER. À sigla segue o nome
via a partir da evolução do automóvel, já no completo da Norma. As demais publicações re-
século XX, quando o modal rodoviário cresceu cebem apenas um número serial, além do títu-
exponencialmente na maioria dos países, so- lo.
bretudo nos Estados Unidos. No Brasil, desde A normalização no IPR segue mais ou me-
1964, o então DNER já se ocupava com a nor- nos uma rota fixa, desde a elaboração do tex-
malização rodoviária. to-base até a aprovação pela
Afinal, em que con- Diretoria Colegiada do DNIT e
siste normalizar? Quais subseqüente distribuição da
os objetivos? E quais os Norma à comunidade rodoviá-
limites da normalização ria. Esse longo método inclui
técnica, e em especial da a submissão da Norma a es-
normalização técnica ro- pecialistas e a sua disponibili-
doviária? zação na Internet, em busca
Normalizar é estabe- de críticas, sugestões e co-
lecer métodos e regras mentários, e por vezes, a rea-
para realizar uma ativi- lização de Seminários Técni-
dade repetitiva da me- cos, para discutir amplamente
lhor forma possível, em aspectos técnicos ainda confli-
termos de segurança, tantes. Mantidas as diferen-
praticidade, qualidade e ças, praticamente tudo o que
economia. Toda a norma se fala a respeito da criação
técnica se baseia na pes- da Norma Técnica, vale i-
quisa ou na experiência gualmente para o Manual
e, de modo geral, deve Técnico e outras publicações.
ser obedecida por todo Atualmente, o acervo téc-
aquele que se envolver nico-normativo do IPR com-
na realização da tarefa preende um total de 390 Nor-
por ela regida. Desde sua mas Técnicas (Coletânea de
origem, o IPR tem a Normas) e 730 publicações
competência para criar, técnicas diversificadas (Manu-
atualizar e adaptar nor- ais, Diretrizes, Guias, Glossá-
mas relativas às diversas atividades rodoviá- rios, etc). No passado, a distribuição e a difu-
rias. são eram feitas no formato impresso, por meio
de vendas ou por consultas na Biblioteca do
A NORMALIZAÇÃO DENTRO DO IPR IPR; atualmente, essa etapa se faz pela dispo-
Inicialmente, cabe diferençar os dois mais nibilização do acervo no site do DNIT, link do
típicos documentos do acervo do IPR: a Norma IPR (www.dnit.gov.br/ipr_new/produtos.htm). Lá, o

13 IPR 50 anos
usuário pode consultar a Coletânea de Normas, Quanto às demais publicações, devido ao
seu alentado volume, poderá o usuário, no

mesmo link, acessar apenas cerca de 40 docu-
Nº TÍTULO ANO DE
PÁG.
mentos, mas que se reputam como os mais
Manual de Inspeção de Pontes procurados. Seja como for, é, por assim dizer,
1 2004 253 o início da democratização do acesso ao acervo
Rodoviárias
Manual de Conservação Rodo- técnico-normativo do IPR.
2 2005 522
viária
Manual Rodoviário de Conser- O PROGRAMA DE REVISÃO E
3 vação, Monitoramento e Con- 2005 68 ATUALIZAÇÃO
trole Ambientais Quais os limites da normalização? Basica-
Manual para Ordenamento do mente, é o avanço da tecnologia vigente.
Uso do Solo nas Faixas de Do-
4 2005 106 Como isso ocorre, cada ano que passa, em
mínio e Lindeiras das Rodovias
Federais ritmo mais rápido, o IPR instituiu o Programa
Instruções de Proteção Ambien- de Revisão e Atualização de Normas e Manuais
5 tal nas Faixas de Domínio e Lin- 2005 106 Técnicos, cujo objetivo é justamente este:
deiras das Rodovias Federais manter o seu acervo em dia com as inova-
6 Manual de Pavimentos Rígidos 2005 234 ções e modificações tecnológicas no Brasil e no
Manual de Hidrologia Básica pa- mundo, de modo que ele permaneça operacio-
7 2005 133
ra Estruturas de Drenagem nal. O Programa inclui, portanto, não só a revi-
Manual para Implementação de são de documentos existentes, mas também a
Planos de Ação de Emergência
criação de documentos novos, cuja necessida-
8 para Atendimento a Sinistros 2005 142
Envolvendo o Transporte Rodo-
de é primeiramente detectada dentro da comu-
viário de Produtos Perigosos nidade rodoviária.
Manual de Projeto de Interse- O Programa é lançado periodicamente, po-
9 2005 528 dendo se estender por mais de um exercício.
ções
10 Manual de Pavimentação 2005 274 Vemos, assim, que se procura dar ao acervo do
Manual de Restauração de Pa- IPR o máximo de vida útil, evitando ao máximo
11 2006 310
vimentos Asfálticos a obsolescência do acervo. O mais recente Pro-
Glossário de Termos Técnicos grama de Revisão e Atualização, desenvolvido
12 2006 116
Ambientais entre 2002 e 2006, resultou na produção de 96
Manual de Gestão da Qualidade
Normas
13 em Empreendimentos Rodoviá- 2006 123 ÁREA DE ATUAÇÃO Qde.
rios
Técnicas e
14 Manual de Estudos de Tráfego 2006 384 21 Publi- Padronização de 2
cações Documentação Técnica
Manual de Drenagem de Rodo-
15 2006 333 Técnicas. Planejamento 2
vias
Pavimentos Flexíveis 11
Álbum de Projetos-Tipo de Dis- As Normas
16 2006 96 Pavimentos Rígidos 33
positivos de Drenagem Técnicas
Drenagem 19
Diretrizes Básicas para Elabora- foram dis-
Obras-de-arte especiais 15
ção de Estudos e Projetos Ro- tribuídas
17 2006 483 Sinalização 1
doviários – Escopos Básicos e como no
Instruções de Serviço Meio Ambiente 9
quadro ao Qualidade 4
Diretrizes Básicas para Elabora-
lado. TOTAL 96
ção de Estudos e Projetos Ro-
18 2006 313 Devido ao
doviários – Instruções para A-
presentação De Relatórios seu caráter eminentemente inovador, relacio-
Manual de Acesso de Proprie- namos ao lado, as 21 Publicações Técnicas.
19 dades Marginais a Rodovias Fe- 2006 75
derais
Diretrizes Básicas para Elabora- BIBLIOTECA
ção de Estudos e Programas
20 Ambientais Rodoviários – Esco- 2006 406
pos Básicos e Instruções de
Serviço
A Biblioteca do IPR abriga acervo de natu-
Manual para Atividades Ambi- reza especializada com cerca de 5.000 publica-
21 2006 433 ções, entre monografias, teses, relatórios de
entais Rodoviárias
baixando e imprimindo a seu critério e para os pesquisa, folhetos, folders, etc, impressos e em
fins desejados. meio eletrônico e 400 títulos de periódicos, to-

IPR 50 anos 14
do acervo focado em transporte rodoviário e 1a fase, de 1957 a 1972 - com o IPR subordi-
áreas afins. Esta documentação é indexada por nado ao CNPq.
assunto nos padrões da UNESCO, utilizando-se 2a fase, de 1972 a 1990 - com o novo IPR incor-
o sistema internacional Micro ISIS. porado como Diretoria do DNER.
Sua finalidade é disponibilizar aos pesqui- 3a fase, de 1990 a 2002 - com a reestruturação
sadores, técnicos, planejadores e ao público em do IPR e criação da Diretoria de Desenvolvimento
geral, um dos mais completos acervos técnicos Tecnológico.
da engenharia de transportes rodoviários, ten- 4ª fase, desde 2002 - criação do DNIT, incorpo-
do como principais usuários os servidores do rando o DNER e conseqüentemente o IPR.
DNIT, universidades, demais órgãos públicos, A seguir é apresentado um resumo das diver-
empresas de consultoria e de construção do se- sas atividades de Treinamento do IPR em cada
tor. uma dessas fases.

O Treinamento no IPR – fase CNPq (de


3 – TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA 29/08/1957 a 17/11/1972)

Com o crescimento das atividades de cons-


O TREINAMENTO NO IPR trução rodoviária no final dos anos 50 e a ne-
O DNER, desde cedo, procurou estruturar-se cessidade de um órgão técnico especializado
no sentido de prover a necessária capacitação para promover e estimular o desenvolvimento
de sua equipe técnica para o desempenho das das pesquisas e a difusão das informações so-
missões regimentais que lhe cabiam na implan- bre inovações tecnológicas, na área rodoviária,
tação, manutenção e operação da rede rodoviá- foi criado, nos moldes do HRB - Highway Rese-
ria federal. arch Board - em 29 de agosto de 1957, o Insti-
A preocupação com a reciclagem e constan- tuto de Pesquisas Rodoviárias, subordinado ao
te aperfeiçoamento de seus técnicos fez com Conselho Nacional de Pesquisas.
que ao longo do tempo, acompanhando mudan- Nesta fase, além de manter um corpo de
ças na organização estrutural, a área de treina- pesquisadores, o IPR se dedicou a formar espe-
mento fosse administrada de modo abrangente, cialistas e auxiliares técnicos para serviços de
com realização de atividades que incluíam não laboratórios e de campo, com apoio da equipe
só a promoção de cursos, como o preparo de bi- do então Laboratório Central do DNER. Além de
bliografia técnica relevante, a realização de via- auxiliar as organizações existentes que se dedi-
gens técnicas e a participação de seus especia- caram às pesquisas rodoviárias, o IPR-CNPq
listas em Congressos, Conferências e Seminá- promoveu diversas conferências, congressos e
rios nacionais e internacionais. seminários nacionais e internacionais. Com o
Desde 1945, por intermédio do Laboratório intercâmbio de pessoal técnico-científico, abriu-
Central, embrião da Divisão de Pesquisas do IPR, se a possibilidade de enviar engenheiros brasi-
o DNER cuidou de implantar uma rede de labora- leiros ao exterior que, ao retornarem, com uma
tórios distritais que buscou o caminho do trei- bagagem de conhecimentos tecnológicos signi-
namento e da especialização de engenheiros e ficativa, tornaram-se pioneiros no emprego de
laboratoristas que trabalhavam diretamente no novas técnicas que eram transmitidas aos ro-
campo, na implantação das rodovias em todo o doviários do DNER e dos DER, por meio de cer-
território nacional. ca de 335 cursos que o IPR desenvolveu, prin-
Estes cursos de treinamento de laboratoris- cipalmente nas áreas da Engenharia Rodoviá-
tas, pavimentação, drenagem e outros, graças ria, em especial, Pavimentação e Engenharia
ao nível de seus instrutores, eram freqüentados de Tráfego, habilitando 10.845 técnicos de nível
também por técnicos das firmas empreiteiras, superior.
alunos de escolas técnicas e de engenharia, A regularidade e o padrão de qualidade dos
técnicos dos DER, dos Batalhões Rodoviários e principais cursos instituídos pelo IPR, tornaram
do pessoal da Aeronáutica, encarregado da cons- possível compensar deficiências de então no
trução e pavimentação dos aeroportos. processo de graduação e especialização de nos-
Com a criação do IPR - CNPq em 1957 o trei- sos formandos dentro da maior parte das uni-
namento e as pesquisas rodoviárias tomaram versidades.
um novo impulso e podemos distinguir três fa- Através destes cursos, prepararam-se ge-
ses distintas: rações de engenheiros rodoviários, oriundos de
ou destinados a trabalhar em órgãos estaduais

15 IPR 50 anos
de estradas de rodagem e na iniciativa privada científicas, abrangendo serviço de biblioteca,
e, com freqüência, originários de países vizi- informações sobre pesquisas em andamento
nhos da América Latina. em todo mundo, recursos audiovisuais e gráfi-
Neste período foram instalados núcleos do ca, o IPR propiciou aos engenheiros e técnicos
IPR nos Estados facilitando o entrosamento rodoviários um melhor aproveitamento do re-
com as Universidades e com os órgãos rodoviá- sultado das pesquisas realizadas no Brasil e no
rios estaduais e municipais. exterior.
Os cursos do IPR neste período abrangeram A transferência do IPR do CNPq para o
as seguintes áreas: DNER facilitou o entrosamento e propiciou um
• Engenharia Rodoviária (uma visão geral) melhor aproveitamento de uma integração já
• Pavimentação Rodoviária existente em todo o Brasil do DNER com os
• Engenharia de Tráfego DER e as Universidades. O IPR-DNER passou a
• Geologia
ter uma estrutura administrativa capaz de a-
• Concreto Protendido
• Formação de Laboratorista tender às necessidades do desenvolvimento
• Topografia tecnológico pelo incremento da pesquisa, pela
• Aplicação da Computação Eletrônica à Enge- sistematização da informação tecnológica e da
nharia Rodoviária normalização, e pela dinamização do treina-
• Análise e Controle Estatístico mento técnico.
• Administração Rodoviária A celebração de convênios de Cooperação Técni-
• Recuperação de Pavimentos ca com as Universidades, através do Conselho de
• Conservação Rodoviária Reitores das Universidades Brasileiras, concretizou
• Desenho Técnico uma integração, já existente desde o tempo do CNPq,
• Controle de Qualidade de Concretos Betumi- e propiciou a criação de Núcleos de Desenvolvimento
nosos Tecnológico de Transportes – NDTT, nas Universida-
• Solo Cimento des, tendo sido capacitados nestes cursos mais de
• Policiamento Rodoviário 6.000 técnicos rodoviários.
• Economia Rodoviária Cursos com abordagem de técnicas mais
• Conservação da Natureza avançadas foram realizados, tais como:
• PERT/CPM • Fundações e Estruturas
• Mecânica dos Solos • Engenharia de Transportes
• Cisalhamento dos Solos • Estudos e Projetos
• Recapeamento Betuminoso • Tecnologia de Solos e Betume
• Deformação de Pavimentos • Obras-de-Arte Correntes
• Medição e Reajustamento • Hidrologia e Drenagem
• Manutenção de Equipamentos Rodoviários • Higiene e Segurança do Trabalho
• Operação de Máquinas e Equipamentos • Implantação Básica
• Operação de Tráfego Rodoviário • Fiscalização de Obras Rodoviárias
• Mecânica das Rochas
• Direção Defensiva
• Matemática aplicada à Engenharia Rodoviá-
ria
• Transportes Urbanos A partir de 1980 com a "Metodologia de
Transferência Interna de Tecnologia", obteve-
se um maior entrosamento entre o treinamen-
O Treinamento no IPR – fase DNER (de to, a informação e a divulgação de inovações
17/11/1972 a 05/06/2001) tecnológicas. Nesta época 1980/82, o IPR con-
tratou projetos de transferência de tecnologia.
No ano de 1972, com a fusão da então Di- Naquela década, com a acentuada redução
visão de Pesquisas e Normas Técnicas do DNER de investimentos no setor rodoviário, novas
(antigo Laboratório Central) com o Instituto de metas tiveram prioridades, com o apoio do
Pesquisas Rodoviárias do CNPq, surgiu o novo Banco Mundial - a conservação da malha rodo-
IPR como uma Diretoria Setorial do DNER. Por viária e a capacitação de pessoal através um
intermédio da dinamização das diversas ativi- "Programa de Treinamento em Manutenção de
dades de transferência de tecnologia e publica- Equipamentos de Rodovias", com apoio dos
ção de relatórios de pesquisas e comunicações DER de PE, RN, MA e PA e do 16º DRF - SC. Es-
técnicas, atualização de normas e manuais téc- te programa abrangeu, até 1989, mais de
nicos, realização de seminários e reuniões de 2.000 técnicos treinados e culminou com a im-
trabalho para acompanhamento das pesquisas, plantação dos Centros de Treinamento de Ga-
cursos para difusão de novas técnicas, e com o ranhuns, Lages e Mossoró. Com a adoção por
apoio de um sistema de informações técnico- parte do DNER da Conservação Contratada, es-

IPR 50 anos 16
ses Centros de Treinamento perderam a razão mente cursos que cobriam 12 áreas diagnosti-
de ser e diversos foram repassados aos DER. cadas como prioritárias.
O Programa Emergencial para Capacitação Obs: Todos estes cursos foram ministrados
de Pessoal do DNER mais de uma vez. A princípio, pelos professores
O DNER vinha sofrendo nos anos anterio- contratados, e posteriormente, pelos multipli-
res, uma redução expressiva nos seus orça- cadores selecionados dentre o corpo técnico do
mentos anuais. A extinção do Fundo Rodoviário próprio Órgão.
Nacional, e as tentativas malogradas de sua re-
tomada e de implantação do selo pedágio, pro- Nº CÓD TÍTULO DO CURSO ANO
vocaram as sensíveis reduções do seu orça-
mento ao longo dos anos. Restauração Rodovi-
1 RR-1 1993-1997
A redução dos recursos financeiros do ária
DNER provocou a deterioração da rede rodoviá- Microinformática e
ria federal, criando a necessidade de um enor- 2 PD-2 Processamento de 1993-1997
me esforço de conservação e restauração das Dados
estradas. Para realização desta enorme tarefa, Conservação Rodovi-
3 CR-3 1993-1997
era necessária a retomada das atividades de ária
conservação contratada, sendo primordial o 4 CT-4 Custos Rodoviários 1994-1999
treinamento emergencial do seu pessoal técni- 5 OR-5 Operação Rodoviária 1994-1997
co. Supervisão de Obras
Em 1990, a nova estrutura do IPR - então 6 SR-6 1994-1997
Rodoviárias
denominado “Diretoria de Desenvolvimento Geotecnia e Pavi-
Tecnológico” - adaptada aos seus novos objeti- 7 GP-7 1994-1997
mentação Rodoviária
vos institucionais e com a total renovação de Asfaltos e Misturas
seus quadros, passou a dar prioridade à capaci- 8 AM-8 1994-1997
Asfálticas
tação tecnológica e gerencial da equipe do Reciclagem de Pavi-
DNER e de toda comunidade rodoviária. Com o 9 RP-9 1994-1999
mentos
apoio do Banco Internacional de Reconstrução Gerência de Conser-
e Desenvolvimento - BIRD, o DNER implantou o 10 GR-10 1994-1997
vação Rodoviária
"Programa Emergencial para Capacitação de
11 CL-11 Chefia e Liderança 1994-1999
Pessoal do DNER - PECP” que atendia ao "Diag-
nóstico das Necessidades de Capacitação Tec- 12 IA-12 Impacto Ambiental 1994-1997
nológica e Gerencial do Setor Rodoviário" pro-
duzido pela USP-LDTT em julho de 1992. Ao final deste processo, novo Levantamen-
Neste programa foram detalhados inicial- to das Necessidades de Treinamento - LNT foi
realizado, diag-
Nº CÓD TÍTULO DO CURSO ANO nosticando de-
terminadas á-
13 HD-13 Hidrologia e Drenagem 1995-1997
reas para as
14 CQ-14 Controle da Qualidade 1995-1997 quais foram de-
15 TS-15 Tráfego e Segurança Rodoviária 1995-1997 senvolvidos e
16 PE-16 Projeto de Engenharia Rodoviária 1995-1997 ministrados os
cursos citados
17 HDM-17 Utilização do HDM 1997 ao lado.
Viabilidade Econômica para Restauração de Ro-
18 VER-18 1997
dovias
19 SGP-19 Sistemas de Gerência de Pavimentos 1997
20 TVR-20 Técnica de Utilização do Vídeo-Registro 1997
21 FCC-21 Fiscalização de Contratos de Concessões 1998
Gestão Orçamentária e Financeira no Serviço
22 GOF-22 1998
Público
Atendimento ao Questionamento de Controle In-
23 CIE-23 1998
terno e Externo
24 ERT-24 Elaboração de Relatórios Técnicos 1999
25 OEM-25 Organização & Métodos 1999

17 IPR 50 anos
Nos anos 1994 e 1995, o DNER estabe- N° TÍTULO DO CURSO - IME ANO
leceu um convênio com os DER do Mara- Gestão Ambiental para Empreendi-
1 1997/1998
nhão, Tocantins e Piauí, denominado Con- mentos Rodoviários
vênio DERMATOPI, por intermédio do qual 2 Tecnologia Básica de Concreto 1997/1998
foram treinados centenas de servidores da-
queles órgãos conjuntamente aos do DNER. 3 Pavimentos Rígidos 1997/1998
Paralelamente à programação normal 4 Tecnologia de Solos 1997/1998
foram realizados mediante convênio com o
Projeto e Dimensionamento de Con-
Ministério do Exército os seguintes cursos: 5 1997/1998
creto Armado
Gestão Ambiental para Empreendi-
Convênio com o IME - Instituto Militar 6 1997/1998
mentos Rodoviários
de Engenharia
7 Tecnologia Básica de Concreto 1997/1998

Além desses cursos, cujo desenvolvi- 8 Pavimentos Rígidos 1997/1998


mento foi contratado, outros cursos foram 9 Tecnologia de Solos 1997/1998
desenvolvidos e aplicados exclusivamente Projeto e Dimensionamento de Con-
10 1997/1998
creto Armado
por servidores do Órgão, quais sejam:

N° TÍTULO DOS CURSOS ANO


1 Tecnologia Rodoviária (NM) 1987
Aterros sobre Solos Moles e Noções sobre o Método dos Elementos Finitos - Introdução ao
2 1988
Projeto de
3 Informática (Inforbase Módulo II - AS) - Programa de Treinamento em 1988
4 Informática (Inforbase) - Programa de Treinamento em (Módulo I - Básico). 1988
5 Informática (Inforbase) - Programa de Treinamento em (MÓDULO I/II-Básico/AS) 1988
6 Pavimentação Rodoviária - NM 1988
7 Pavimentação Rodoviária - NS 1988
8 Solos - Mecânica dos 1988
9 Taludes - Estabilidade e Contenção de 1988
10 AS (Application System - Básico) 1989
11 Estradas de Terra - Manutenção e Conservação de 1989
12 Instrumentação em Engenharia Rodoviária - Seminário de 1989
13 Pavimentação - Atualização de Conhecimentos de serviços de 1989
14 Terraplanagem 1989
15 Avaliação de Obras Rodoviárias com a Utilização de Equipamentos não Destrutivos 1990
16 Ensaio Miniatura - Técnicas de 1990
17 Gerência Rodoviária a Nível de Rede 1990
18 Pavimentos - Sistema Gerencial de 1990
19 Pavimentos Flexíveis - Controle de Qualidade nos Serviços de Restauração de 1990
20 Pavimentos para fins de Conservação e Restauração - Avaliação Estrutural e Funcional de 1990
21 Processo Decisório - Introdução ao 1990
22 Taludes Rodoviários - Gerência de 1990
23 Pavimentos - Sistema Gerencial de 1991
24 Pavimentos Flexíveis - Controle de Qualidade na Restauração dos Serviços de 1991
25 Segurança Integrado - Programa de 1991
26 Taludes Rodoviários - Gerência de 1991
27 AS (Application System) 1992
28 Pavimentos de Baixo Custo - A Experiência Brasileira em 1992
29 Sinalização Rodoviária 1992

IPR 50 anos 18
N° TÍTULO DO CURSO ANO
30 Pavimentos - Sistema Gerencial de 1993
31 Pedreiras e Seleção de Agregados para Rodovias - Investigação de 1993
32 Topografia – Geodésia – Aerofotogrametria, Intensivo de 1993
33 Manutenção de Máquinas (motores veiculares) 1994
34 Sensoriamento Remoto Aplicado à Engenharia Rodoviária 1994
35 Solos e Aplicações de Geossintéticos - Reforços de 1994
36 Análise de Materiais para Sinalização Horizontal 1995
37 Engenharia Rodoviária - Convênio DERMATOPI 1995
38 Implantação Básica de Rodovias 1995
39 Informática - Introdução à 1995
40 Obras de Arte Especiais – Projeto, Construção e Gerenciamento de 1995
41 Pavimentação Rodoviária - Técnicas de 1995
42 Planejamento Estratégico 1995
43 Rodovias Vicinais 1995
44 Tecnologia Rodoviária 1995
45 Windows Básico - Introdução ao 1995
46 Windows - Introdução ao 1995
47 Windows Avançado - Introdução ao 1995
48 Microinformática - Introdução à 1996
49 Microinformática e ao Windows95 - Introdução à 1996
50 Montagem e Manutenção de Microcomputadores 1996
51 Relações Humanas 1996
52 Windows 95 - Introdução ao 1996
53 Word 7.0 - Introdução ao 1996
54 Word e ao Excel - Introdução ao 1996
55 Access - Introdução ao 1997
56 Excel 7.0 - Introdução ao 1997
57 Conceitos Básicos sobre Empresas e Processo Estratégico - I 1998
58 Direção Defensiva 1998
59 Resgate e Salvamento de Acidentados 1998
60 Capacitação de Motoristas para Renovação da Carteira Nacional de Habilitação 1999
61 Treinamento em Desenvolvimento Gerencial 1999
62 ISO 14000 - Gestão Ambiental 2001
63 ISO 9001 - Gestão da Qualidade 2001

19 IPR 50 anos
O Treinamento no IPR – fase DNIT (de 05/06/2001 em diante)

Em 2003, com recursos do BID, foram desen-


volvidos e ministrados cursos cobrindo as se-
guintes nove áreas:

Nº CÓD TÍTULO DO CURSO ANO


1 A-1 Capacitação Gerencial 2003-2004
2 A-2 Auditoria de Licitações e 2003-2004
Contratos
3 A-3 Contabilidade Aplicada à 2003-2004
Administração Pública
4 A-4 Acompanhamento de Estu- 2003-2004
dos e Projetos Rodoviários
5 A-5 Engenharia de Tráfego na 2003-2004
Redução e Prevenção de A-
cidentes de Trânsito
6 A-6 Avaliação Ambiental de Pro- 2004-2005
jetos Rodoviários e Controle
de Transporte de Produtos
Perigosos
7 A-7 Direito Ambiental 2004-2005
8 A-8 Administração da Manuten- 2004-2005
ção Rodoviária
9 A-9 Controle da Qualidade da 2004-2005
Obra

Não foram incluídos nessas relações, os seminários, congressos, “workshops”,


promovidos pelo IPR, devido à prolongada extensão da lista.

HISTÓRICO DO TREINAMENTO DO IPR - QUADRO RESUMO


N° de Alu- N° de Cur-
Período Subordinação
nos sos
de 29/08/1957 a
CNPq 10.845 335
17/11/1972
de 17/11/1972 a
DNER 12.773 620
05/06/2001
de 05/06/2001 em di-
DNIT 1.496 61
ante
Totais 25.114 1.016

IPR 50 anos 20
SÉRIE HISTÓRICA DO TREINAMENTO DO IPR

21 IPR 50 anos
4 – APOIO TECNOLÓGICO inclusive na elaboração do Projeto de Lei en-
caminhado ao Congresso Nacional.
O Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) - Atualização da “Rede Rodoviária do PNV –
possui desde 2001 na sua estrutura funcional Divisão em trechos,” do DNER e DNIT.
uma equipe técnica e administrativa atuando - Análise dos Sistemas Rodoviários Estaduais
na área de apoio tecnológico. Esta equipe é o- (SRE) encaminhados ao DNER e DNIT, anual-
riunda da Divisão de Apoio Tecnológico mente, pelos órgãos rodoviários estaduais.
(DAT/IPR) criada em 1990 na reforma admi- - Reuniões anuais com os representantes dos
nistrativa do Departamento Nacional de Estra- órgãos rodoviários estaduais, Secretarias de
das de Rodagem (DNER), extinto com a cria- Transportes e DNER/DNIT dos respectivos es-
ção em 2001 do Departamento Nacional de In- tados, objetivando a compatibilização dos sis-
fra-Estrutura de Transporte (DNIT). temas rodoviários estaduais (SRE) com a ma-
A Área de Apoio Tecnológico tem as se- lha federal.
guintes atribuições gerais: - Elaboração e atualização do Roteiro Básico
– Programar, organizar e coordenar estudos para os Sistemas Rodoviários Estaduais (SRE),
pertinentes a novas metodologias e tecnologi- e do Roteiro Básico para Sistemas Rodoviários
as relacionadas a: Municipais (SRM).
• Planejamento rodoviário - Elaboração de diretrizes básicas visando es-
• Engenharia de segurança e trânsito tabelecer e uniformizar os critérios e procedi-
• Transporte rodoviário mentos para os levantamentos estatísticos re-
• Gestão da Qualidade em obras e servi- lativo à extensão da malha rodoviária pavi-
ços de engenharia rodoviária mentada, objetivando a aplicação da CIDE
• Meio ambiente (Portaria nº. 195, de 19/09/06).
• Tecnologias cartográficas digitais - Apoio a CGPLAN/DPP/DNIT na Coordenação
e fiscalização
– Prestar apoio e suporte Painel de Kazuo Pilar dos serviços de
técnico nas áreas rela- (79-80) elaboração, a-
cionadas acima; tualização car-
– Coordenar e executar tográfica e im-
auditorias técnicas (qua- pressão de
lidade e meio ambiente); mapas digitais
– Elaborar projetos car- multimodais de
toráficos digitais viabili- todas as Uni-
zando novas tecnologias dades da Fede-
na confecção de mapas Hall de entrada do prédio principal ração e do Bra-
para apoio à engenharia sil (PNV), do
rodoviária. DNER e DNIT.
-
Dentro de suas atribuições, destacamos os Levantamento de informações atualizadas da
principais trabalhos desenvolvidos por esta Á- Rede Continental Integrada no Brasil, para o
rea de Apoio Tecnológico, bem como pela ex. Consejo de Directores de Carreteras de Ibéria
Divisão de Apoio Tecnológico, no período com- e Iberoamerica.
preendido entre 1990 e 2007: - Levantamento de informações e respostas ao
- Apoio às atividades do Sistema Gerencial de questionário sobre o tema “Economia e Finan-
Pavimentos, no controle e fiscalização dos le- ciamento da Infra-Estrutura Viária no Brasil”
vantamentos deflectométricos de irregularida- com destaque para concessões rodoviárias e
de, da condição de superfície do pavimento de de parcerias públicas-privada, aplicadas pelo
rodovias federais e na revisão das respectivas “Conselho de Diretores de Rodovias de Países
normas. Iberoamericanos”.
- Elaboração de estudos com a finalidade de - Elaboração do “Roteiro para Monitoramento
avaliar a sensibilidade do modelo HDM – III a de Obras Rodoviárias”.
partir de dados do Levantamento Visual Contí- - Revisão, atualização e complementação das
nuo (LVC). Especificações Gerais para Obras Rodoviárias
- Participação nos trabalhos referentes à revi- do DNER.
são do Plano Nacional de Viação (PNV) (1995), - Participação na coordenação e nos trabalhos
desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos e Pes-

IPR 50 anos 22
quisas para a Operação Rodoviária (NEP- cio nº. 3039/2006 – TCU /SCCEX – MT - Acór-
OPER), criado pela Ordem de Serviço n°. dão 938/2006-TCU.
01/98 do Diretor do IPR. - Supervisão dos serviços relativos ao Estudo
- Coordenação e supervisão dos trabalhos de Viabilidade e Alternativas de Aproveitamento
referentes aos estudos e pesquisas para de- de uma Área de Terras de Propriedade do
terminação de Custos de Acidentes nas rodo- DNER, localizada no Centro Rodoviário / RJ.
vias federais. - Participação na coordenação e nos trabalhos
- Participação na elaboração do manual do desenvolvidos pela Comissão Técnica (SUPEP)
plano de contingência para sinistros, envol- instituída pela Portaria n°. 214/2000, do Sr. Di-
vendo o transporte rodoviário de produtos pe- retor Geral do DNER, objetivando a Supervisão
rigosos. do Programa de Exploração da Ponte Presidente
- Acompanhamento da Revisão do Regulamen- Costa e Silva (PEP).
to sobre Transportes de Produtos Perigosos.
- Participação na assessoria técnica da elabora- Auditório para 75 pessoas
ção do programa de prevenção e emergência
para cargas perigosas, referente ao projeto bá-
sico ambiental da pavimentação da rodovia BR-
163/MT/PA, junto ao convênio IME/DNIT
(CENTRAN).
- Participação na coordenação e nos trabalhos
referentes ao Núcleo de Estudos da Qualidade
– NEQ, criado pela ordem de Serviço n°.
001/99 do Diretor do IPR.
- Elaboração da 1ª Norma para Gestão da Qua-
lidade em Obras Rodoviárias (DNER –PRO
407/2001).
- Participação, junto ao CB-25 (ABNT), nos tra-
balhos relativos às normas para gestão da qua- - Apoio à Direção Geral do DNIT e ao Ministério
lidade. dos Transportes, com a realização de auditorias
- Participação no Grupo de Auditoria da Quali- técnicas, inspeções e fiscalização de contratos
dade, da Auditoria Interna do DNIT, para reali- e convênios de obras rodoviárias, integrantes
zação de auditorias da qualidade nas obras de dos seguintes programas:
restauração e descentralização de rodovias fe- • Programa de Fiscalização e Controle de
derais. Programas e Projetos, implementado pela
- Estudos, com posteriormente celebração do DG do DNIT em Julho /03 com preen-
Convênio com SINICON, para implantação de chimento do formulário eletrônico RAE (Re-
um programa para fomento da qualidade e da latório de Acompanhamento de Empreen-
produtividade nas obras e serviços realizados dimento);
na rede rodoviária federal, denominada • Programa Emergencial de Trafegabilidade
QUALIESTRADA. e Segurança nas Estradas – PETSE, institu-
- Participação nos estudos e pesquisas sobre a ído pela Portaria nº. 1806, de 30/12/05;
utilização de projetos gerados pela Companhia • Projeto Piloto de Investimentos, 2005/
Siderúrgica de Tubarão (CST). 2006/2007, em conjunto com o Ministério
- Elaboração de estudos objetivando instituir o dos Transportes;
Programa da Qualidade e Produtividade nas • Programa de Aceleração do Crescimento
Obras e Serviços de Infra-Estrutura de Trans- (PAC) 2007-2010, em conjunto com o Mi-
portes – QUALINIT, no âmbito do DNIT bem nistério dos Transportes;
como, da respectiva minuta de Portaria. - Participação na Comissão Técnica instituída
- Elaboração da resposta a consulta formulada pela Ordem de Serviço nº. 001/2005 – IPR pa-
a respeito de fornecedor para fins de aquisição, ra exame e avaliação dos estudos e projetos de
especificações e manuais de utilização de equi- engenharia rodoviária encaminhadas pela Co-
pamentos GPS, bem como programação de ordenadoria Geral de Desenvolvimento e Proje-
cursos para treinamento de pessoal necessário tos (CGDP), nas áreas de terraplenagem, dre-
a operação desses equipamentos, objetivando nagem, obras complementares e meio ambi-
o cumprimento das exigências contidas no ofí- ente.

23 IPR 50 anos
LOCALIZAÇÃO DO IPR

Numa área total de 11.874 m, o Instituto de


2

Pesquisas Rodoviárias tem seu espaço físico na


cidade do Rio de Janeiro.
Instalado no Centro Rodoviário em Vigário Prédio principal – Eng° Galileo
Geral, entre a BR 116/RJ e a Av. Brasil, o IPR
Antenor de Araújo:
6.648 m2
ocupa quatro prédios principais: o primeiro in-
clui a Coordenação e as Divisões de Capacitação
Tecnológica e Apoio Tecnológico, com suas Sa- Prédio da DPqD 1.920 m2
las de Trabalho, além da Biblioteca (única no
gênero), o Auditório e o Centro de Treinamento,
composto por várias Salas de Aula. O segundo
Prédio Anexo da DPqD 1.950 m2
compreende a DPqD, composta por quatro labo-
ratórios (de Ligantes e Misturas Betuminosas; Prédio da Pista Circular 1.256 m2
de Sinalização; de Geologia; de Geotecnia), Sa-
las de trabalho, e outro Auditório. O Terceiro é
um prédio Anexo ao da DPqD compreendendo o ÁREA TOTAL: 11.874 m2
Laboratório de Concreto . Por fim, o quarto pré-
dio, de menor área, opera a Pista Experimental
Circular, por excelência o ponto de referência
do IPR. É uma das três únicas que há no mundo
e é utilizada em estudos pioneiros sobre pavi-
mentos realizados pelo próprio IPR.

Prédio da DPqD

Prédio da Pista Circular

Prédio Principal do IPR

IPR 50 anos 24
EQUIPE DO IPR

O IPR funciona como a memória e o cérebro da


rodovia no Brasil, tendo também sido responsável
pela formação da mentalidade rodoviária no país.
Equipe de servidores atuantes neste ano de comemorações do cinqüentenário do Instituto de
Pesquisas Rodoviárias.

Gerência e
Coordenação

CHEQUER JABOUR CHEQUER


Gerente de Projeto/DNIT-IPR

Carmen Vieira Santiago Eliane Bogado Pereira Fernandes

Antonio Amaro de Lima Cleudenir Pontes dos Santos

Elma Gomes Gonçalves Eunides Maciel Alvarez

Fernando Jose F Moraes Francisco Santana S. Dos Santos Ivan da Silva Dias

25 IPR 50 anos
João Misquita Ramos Jose Luiz Bernardo

Jeanne Maria Lettieri Albuquerque Jorge de Castro Reis

Maria Lucia Santana e S. Santos Maria Luiza Thome Maia

Luzia Maria Panol F Santos Maria Julia P. de Paula

Nelio Gouvea Gonçalves Orlando Domingos de Souza

Paulo Egipedes Franca Filho

Regina Almeida da Silva Regina Celia Gomes dos Santos

Ronaldo Roberto B. Nascimento Rovenil de Souza Vicente de Paula Gomes

IPR 50 anos 26
Área de Pesquisa e
Desenvolvimento

Roberto Manoel Silveira

Aderivaldo Gomes Santana Anselmo M. de Almeida

Ana Maria Pires Antônio Carlos G. da R. Santos

Antonio Oliveira da Silva Arjuna Sierra

Elizabeth da Silva Reis


Dilma dos Santos Guarçoni

Armando de Oliveira Pereira

Gilberto Romanholli José

Fernando Medeiros Vieira Jorge Luiz Salvaya da Costa

27 IPR 50 anos
José Carlos Souza Bazílio Luciana Nogueira de Castro

29 IPR 50
Jorge anos Pedro
Nicolau Kleber de Oliveira Alburquerque

Luiz Cláudio Pereira de Oliveira Marcelo Bastos Costa

Luiz Carlos Max Luiz Gonzaga da S. Cunha Filho

Paulo Roberto da Silva Torres Renato Duarte Lourenço

Marina Júlia Chuvart Barbosa Prepredigna Delmiro E. A. da Silva

Sergio Romário de Macedo Silva

Salomão Pinto Sônia Maria Marques de Azevedo

Tereza Cristina Monteiro Tiago Lopes Neto Waldomiro Carolino da Silva Filho

IPR 50 anos 28
Área de Capacitação
Tecnológica

Gabriel de Lucena Stuckert


Substituto do Gerente

Alanildo Francisco dos Santos Dener dos Santos Coelho

Alcineia Minda

Elias Salomão Nigri Hélio Guerra Muniz

Edson de Mattos

Eloiza de Castro Barroso Alves

Isolina Povill Barreto

Heloisa Maria Moreira Monnerat

Jorge Augusto Pereira

29 IPR 50 anos
Jorge Braz Lopes Correa José Albino Filho José Carlos Martins Barbosa

José Gomes Crisanto Neto


Liedalva Rocha Pinheiro

Lélia de Almeida Correa

Lucília Campos de Amoedo Maria Angélica de Campos Maria José Ferreira Benfica

Pedro Mansour Raymundo Carlos de M. Barretto

Mirandir Dias da Silva Paulo José dos Santos

Tânia Bral Mendes Rosemary Barbosa Rego

IPR 50 anos 30
Área de Apoio
Tecnológico

Ricardo Nicolau Amin

Danton dos Santos Sardinha Elmar Pereira de Mello

Ana Maria Rodrigues Gonçalves Eliana José Bonifácio

Etevaldo Souza Reis Idei Maia de Lima Marco Antonio Nunes da Fonseca

Mário Szheer Regina Célia Suzano Avena

Maria Dália Neves Teixeira Rachel Andrade de Souza

Tania Mara M. Guedes Neves Vera Lúcia de Oliveira Silva

31 IPR 50 anos
Quadro de cargos que compõem a estrutura atual do IPR.

QUANTIDADES Gerência
E LOCAIS e Coor- DPqD DCTec DAT Totais
CARGOS denação

Administrador 2 1 1 4

Agente Administrativo 9 12 8 3 32

Agente de Portaria 3 2 2 1 8

Agente de Serviços de Engenha-


1 1
ria

Artífice Artes Gráficas 3 3

Assistente Social 1 1

Bibliotecária 2 2

Datilógrafo 2 3 5

Desenhista 1 1 2

Engenheiro 2 11 6 7 26

Motorista Oficial 2 1 3

Técnico de Contabilidade 1 1 1 3

Técnico de Estradas 1 2 1 4

Tradutor e Intérprete 1 1 2

Totais 26 31 25 14 96

IPR 50 anos 32

You might also like