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do SINC Team
O segundo modelo, “de direção mo vacional”, mostra que a região frontal esquerda está envolvida com emoções
relacionadas à aproximação, enquanto a direita está associada às emoções que provocam fuga.
As emoções posi vas, como felicidade, são normalmente associadas a uma mo vação de proximidade, e as nega vas,
como medo e tristeza, são caracterizadas por uma mo vação de afastamento ou fuga.
Raiva
No entanto, nem todas as emoções se comportam de acordo com essa conexão. “O caso de raiva é único porque ela é
sen da como nega va, mas, muitas vezes, evoca uma mo vação de aproximação,” explica o especialista.
“Durante a raiva, nós observamos em nosso estudo um aumento da vantagem da orelha direita, que indica uma maior
a vação do hemisfério esquerdo, o que apoia o modelo de orientação mo vacional,” aponta Herrero.
Em outras palavras, quando ficamos com raiva, a nossa resposta cerebral assimétrica é medida pela mo vação de
proximidade com o es mulo que nos faz ficar com raiva, e não tanto pelo fato de considerarmos que este es mulo seja
nega vo.
“Normalmente, quando ficamos com raiva, mostramos uma tendência natural de nos aproximarmos daquilo que nos fez
ficar com raiva para tentar eliminá-lo,” explica o pesquisador.
Este é o primeiro estudo sobre emoções em geral, e mais especificamente sobre a raiva, que analisa todos estes
diferentes parâmetros psicobiológicos (cardiovascular, a resposta hormonal e a a vação da resposta assimétrica do
cérebro) em uma única pesquisa, a fim de estudar as mudanças causadas pela indução da raiva.
Os resultados dão suporte a conclusões anteriores e defendem o que já havia sido observado por Charles Darwin: que as
emoções, neste caso a raiva, são acompanhadas por padrões psicobiológico únicos e específicos para cada emoção
http://www.acessemed.com.br/v1/2010/06/27/o-que-acontece-quando-sentimos-raiva/ 1/1