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Mudanças Orgânicas e Sistémicas

 O aparelho digestivo, incluindo o fígado e a vesícula, permanece relativamente eficiente.


 As mudanças mais acentuadas encontram-se ao nível do coração: o seu ritmo tende a tornar-se mais
lento e irregular, depósitos de gordura acumulam-se ao seu redor, podendo interferir no seu
funcionamento, e a tensão arterial costuma aumentar.
 Ganhos compensam as perdas: a capacidade do coração bombear mais rapidamente durante o
exercício tenda a diminuir, o fluxo sanguíneo diminui muito pouco, porque o coração bombeia mais
sangue a cada batimento.
 A altura diminui - em média, pouco mais do que 2,54 centímetros para os homens e até 5,08
centímetros para as mulheres. Os discos das vértebras da coluna atrofiam. Maior risco de fraturas
devido a alteração da composição química dos ossos. Os homens tendem a sofrer de osteoporose 10
anos mais tarde que as mulheres.
 Dormem menos e sonham mais. Contudo, isso não significa que pessoas mais velhas precisem de
menos sono. Pessoas mais velhas possuem o mesmo "relógio" circadiano ou regulador interno do
sono que pessoas mais jovens, mas suas horas de sono são mais restritas, e elas podem despertar
com mais facilidade devido a problemas físicos ou à exposição à luz.
 Diminuição da capacidade de reserva (reserva orgânica), capacidade de auxílio que ajuda os sistemas
corporais a funcionar em situações de stress. Esta reserva ajuda a preservar a homeostase da
pessoa. Daí o declínio na quantidade de atividades de vida diária executadas.

O Cérebro e o Envelhecimento

 Aos 90 anos o cérebro pode ter perdido cerca de 10% do seu peso = perda de neurónios no córtex
cerebral. Novos estudos indicam que tal não se deve à perda neuronal, mas antes à redução do
tamanho do neurónio devido à perda de tecido conectivo: axónios, dendrites e sinapses. Essa
redução parece iniciar-se mais cedo e progredir com mais rapidez no córtex frontal, que é
importante para a memória e para o funcionamento cognitivo de alto nível.
+ rápida + lenta
homens Mulheres
menor nível de instrução maior nível de instrução

A educação pode aumentar a capacidade de reserva do cérebro, a sua capacidade de tolerar efeitos
potencialmente prejudiciais do envelhecimento.
 Perda da substância neuronal = atraso na resposta
 Os cérebros mais velhos conseguem, porém, criar novas células nervosas.

Funcionamento Sensório e Psicomotor

 Visão: cataratas, áreas nebulosas ou opacas no cristalino. Degeneração macular relacionada á idade,
em que o centro da retina gradualmente perde a capacidade de distinguir pequenos detalhes, é a
principal causa de cegueira funcional em adultos mais velhos.
 Audição: cerca de um terço de pessoas de 65 a 74 anos e cerca de metade das de 85 anos ou mais
sofrem de perda auditiva que prejudica a vida diária. Dificuldade em ouvir sons agudos, juntamente
com ruído residual.
 Força, resistência, equilíbrio e tempo de reação: perda de força e aumento do tempo de reação.
Entretanto, essas perdas podem ser reversíveis. Em estudos controlados com pessoas de 60 a 90
anos, programas de treinamento com pesos e de treinamento da resistência de oito semanas a dois
anos de duração aumentaram a força, o tamanho e a mobilidade muscular, além de aumentarem a
velocidade e resistência. Perda de equilíbrio: reduzida sensibilidade das células recetoras que levam
a informação ao cérebro sobre a posição do corpo no espaço. Diminuição do tempo de reação.
Como melhorar? Utilizando jogos de joy sticks e botões de disparo.

Problemas Mentais e Comportamentais

 Demência é o termo geral para declínios cognitivos e comportamentais de origem fisiológica


suficientes para afetar a vida diária.

Demência de Alzheimer
 D. Alzheimer = as capacidades perdem-se pela mesma ordem pelas quais foram sendo adquiridas.
 O cérebro de uma pessoa com mal de Alzheimer apresenta quantidades excessivas de emaranhados
neurofibrilares, massas retorcidas de fibras protéicas destruídas e grandes nacos cerosos de placa
amilóide, tecido insolúvel constituído de uma proteína denominada betamilóide e cercado de
fragmentos de neurônios mortos.
 Causas e fatores de risco: Um estudo de macacos adultos sugere algumas respostas. Essa pesquisa
constatou que beta-amilóides efetivamente causam a morte de células cerebrais em macacos
Rhesus envelhecidos, mas não em macacos mais jovens. É possível que um agente de proteção
contra beta-amilóides, presente em jovens adultos, se dissipe ou torne-se inoperante com a idade.
 O mal de Alzheimer é fortemente herdável. Praticamente todos os acometidos pela doença
possuem história da doença. Pelo menos quatro alelos que aumentam a produção ou
reduzem a eliminação de beta-amilóide foram relacionados com o MA.

ASPETOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO


Medir a Inteligência de Pessoas Mais Velhas
 Medir a inteligência de pessoas mais velhas é complicado. Problemas neurofisiológicos,
hipertensão e outros problemas cardiovasculares, que podem afetar o fluxo sanguíneo para
o cérebro, podem prejudicar o desempenho cognitivo. Dificuldades de visão e de audição
podem causar problemas de compreensão das instruções dos testes. Os limites de tempo
são particularmente difíceis. Ansiedade (de desempenho) ante os testes. Desinteresse ou
desmotivação.
 Inteligência fluída = depende da condição neurológica // Inteligência cristalizada = depende
do conhecimento acumulado. O primeiro tende a diminuir com a idade e o segundo tende a
aumentar.

Mudanças nas Capacidades de Processamento


 O envelhecimento cerebral não é homogéneo.
 Maior lentidão em mudar de uma tarefa para a outra (velocidade de processamento). Esta
degradação é mais rápida quando comparada ao declínio do raciocínio, capacidades visuoespaciais e
memória.
 O declínio cognitivo é lento e não geral. A herança genética é um dos fatores que o explica,
juntamente com a condição física e neurológica e fatores ambientais.
 Avaliar as AVD’s
 Projeto de Desenvolvimento e Enriquecimento Adulto (PDEA) e programa de estimulação cerebral
vitalício. Uma vez que deterioração cognitiva pode estar relacionada com a falta de uso!

Memória: Como ela Muda?

Memória de Curto Prazo


 Memória a Curto Prazo = memória de dígitos (direta = memória sensorial, bons resultados; inversa =
memória de trabalho, resultados mais baixos. Esta última diminui a partir dos 45 anos)
 Depende da complexidade da tarefa = tarefas que exijam apensas ensaio ou elaboração
demonstram pouco declínio; tarefas que exigem reorganização ou elaboração demonstram uma
queda mais acentuada.

Memória de Longo Prazo


 Memória episódica: capacidade de recordar informações recém-obtidas. Mais dificuldade uma vez
que as pessoas mais velhas apresentam alguma dificuldade em se concentrar no contexto, logo têm
menos conexões nervosas para se recordar.
 Memória semântica: enciclopédia mental (guarda o conhecimento de factos históricos, de
localizações geográficas, de costumes sociais, o significado das palavras, …). Apresenta pouco
declínio com a idade, pois não precisa de se lembrar quando e onde foi aprendida. Os mais velhos
podem apresentar um melhor desempenho na definição de palavras (pois têm mais conhecimento),
porém podem revelar mais dificuldades em encontrar uma palavra a partir do seu significado. O
síndrome do “ter a palavra na ponta da língua” relaciona-se com dificuldades na memória
operacional/trabalho.
 Memória de procedimento (implícita): memória de capacidades motoras, hábitos e modo de fazer as
coisas, pode ser evocada sem esforço consciente. Priming uso da memória inconsciente, facilidade
de resolver tarefas devido a contacto prévio com a informação.

Porque é que alguns aspetos da memória declinam?

 Problemas nos três passos: codificação, armazenamento e recuperação! O adulto mais velho pode
apresentar mais dificuldades na codificação (sem estratégia)! Dificuldades em armazenar e/ou
recordar (este último sem pistas. Aqui as pistas visuais facilitam a tarefa)!
 Alterações neurológicas: quanto mais o cérebro se deteriora fisicamente mais perda irá ocorrer. A
perda da velocidade de processamento, condiciona a memória. Estima-se que o hipocampo perca
cerca de 20% da sua capacidade com o avançar da idade e torna-se mais vulnerável a danos à
medida que a tensão arterial sobe. O stress também influencia negativamente.
 O declínio do córtex pré-frontal pode ser responsável por problemas comuns de memória, como
esquecer compromissos e pensar que acontecimentos imaginários realmente aconteceram (=falha
na monitorização da fonte = consciência de onde as memórias se originam). Tal pode ser trabalhado
questionando a informação: quem? Onde? O quê? Como?.
 Metamemória: crenças acerca do funcionamento da sua memória.

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