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v) Característica do sensor;
Estes valores são valor eficaz ou valor RMS ( χ RMS ), valor médio ( χ m ),
√
T
1
• Valor eficaz ou Valor RMS: χ RMS = ∫
T 0
χ 2 ( t ) dt
T
1
• Valor médio: χ m = ∫| χ (t )| dt
T 0
χ RMS
• Fator de forma: Ff=
χm
χ pico
• Fator de crista: FC =
χ RMS
Deve-se observar que o fator de forma e o fator de crista dão uma ideia da
forma de onda do fenómeno em estudo, ou seja, indicam se é mais ou
menos homogéneo ao longo do período. Grandes valores para o fator de
crista indicam a presença de algum pico destacado no período, resultante,
provavelmente, de algum fenómeno repetitivo, com intervalos de tempo
regulares. Valores com fator de forma próximos de 2 indicam vibrações que
emitem sinais a tender para sinusoidal.
Figura 2.39 - Condições de engrenagens utilizando TSA (GOLDMAN, 1991 citado por
GREEN, 2003).
∞
y ( f )= ∫ χ ( t ) e− j 2 nft dt
−∞
e/ou da caixa.
Transdutor
Condicionador/Amplificador
2.8.6 – Demodulação
[ ]
∞
x ℜ ( t )=ℜ 2∫ X ( f ) ei 2 πft df
0
[ ]
∞
x ℑ ( t )=ℑ 2∫ X ( f ) ei 2 πft df
0
um sinal analítico z (t)=x ℜ (t )+ix ℑ (t) (BENDAT, 1986 citado por SILVA,
a) z ( t )= A ( t ) . e iϕ(t )
b) A ( t ) =√ x 2 (t)+ x 21 (t)
x (t )
c) ϕ ( t )=tg−1
( )x 1 (t)
PeakVue
A medição e análise de vibrações é uma técnica de controlo de
condição, apesar de tecnologicamente avançada, já bastante utilizada
de forma satisfatória pela generalidade da indústria de manutenção,
sendo manifestamente acessível a qualquer empresa, mesmo de
pequena dimensão, seja por implementação interna ou por serviço
externo. Em comparação com outras técnicas, permite detetar de
forma eficaz um grande número de anomalias em equipamentos
mecânicos, tais como desequilíbrios, desalinhamentos, folgas,
ressonância, problemas em rolamentos e engrenagens e até
problemas elétricos em motores. Como tal, as suas vantagens são
evidentes e os seus benefícios são percetíveis a curto prazo.
Há muito tempo que anomalias como, por exemplo, o desequilíbrio e
o desalinhamento são facilmente detetáveis, na grande maioria dos
equipamentos industriais, com qualquer analisador espectral. Porém,
começou a sentir-se a necessidade de detetar de forma mais precoce
alguns defeitos que têm a particularidade de se manifestar através de
choques e impactos, nomeadamente os problemas em rolamentos e
em engrenagens.
Desde sempre têm existido casos específicos em que a deteção de
tais problemas se mostra particularmente difícil com o processamento
tradicional, por isso desenvolveu-se ferramentas que os permitem
detetar, como é o caso do Peak Vue .
O PeakVue é um sistema de processamento, desenvolvido pela CSI
(Computational Systems Incorporated), que consiste na modulação a
baixa frequência detetada nas gamas de alta frequência. Quando
uma peça de metal é fletida, partida ou sofre um choque, são criadas
ondas de impacto de curta duração e muito alta frequência. Tal
acontece, por exemplo, quando um corpo rolante de um rolamento
passa por um defeito, originando um movimento sinusoidal de
pequeno tempo de duração, alguns milissegundos, com elevada
frequência, valores entre 1 e 50 kHz.
Aplicação do PeakVue
A técnica conhecida como Spike Energy foi desenvolvida no final dos anos 70 para
detetar sinais emitidos pelos defeitos dos rolamentos e elementos rolantes. O termo
"Spike Energy" foi usado para descrever as vibrações de muito curta duração, ou seja,
picos de energia de vibração gerada pelo impacto desses elementos rolantes contra
fissuras microscópicas. Spike Energy é uma medida de intensidade da energia gerada
por estes impactos mecânicos transientes e repetitivos. Estes ocorrem, tipicamente,
através de falhas existentes nas superfícies dos elementos rolantes, dentes das
engrenagens ou outro contacto entre metais. Esta técnica também é sensível a outros
sinais de ultrassons, como cavitação, vapor de alta pressão ou de fluxo de ar,
turbulência nos líquidos, o ruído de uma válvula de controlo, entre outros.
Processamento de Sinal
CONSIDERAÇÕES DE MEDIÇÃO
Acelerómetros e montagem
Spike Energy é uma medição em alta frequência e as suas leituras podem ser
afetadas pelos acelerómetros e respetivas condições de montagem. Acelerómetros
diferentes possuem construção diferente e consequentemente frequências naturais
distintas. As frequências de ressonância dos acelerómetros instalados na indústria têm
ampla gama de frequência, geralmente entre 10 kHz e 50 kHz, dependendo do tipo de
construção e montagem dos transdutores. Para a medição do deslocamento,
velocidade e aceleração, os resultados são normalmente consistentes e repetível
independentemente do transdutor que é utilizado, desde que as medições sejam feitas
dentro da faixa de frequência linear do transdutor. Para a medição Spike Energy, os
resultados dependem muito da frequência de ressonância do transdutor montado
porque a maioria dos acelerómetros industriais que são montados têm frequências de
ressonância dentro do intervalo de deteção de frequência de Spike Energy. Como
resultado, as medições Spike Energy podem ser diferentes se forem utilizados
diferentes acelerómetros, a não ser que os acelerómetros tenham exatamente a
mesmas características de resposta à frequência, sendo evidentemente, um caso raro.
Portanto, é necessário utilizar sempre o mesmo acelerómetro na recolha de dados
Spike Energy para garantir coerência de resultados. Assim sendo, é absurdo comparar
ou relacionar leituras Spike Energy obtidas através de acelerómetros diferentes. A
medição de Spike Energy também requer que a montagem dos transdutores seja mais
rigorosa quando comparada com outros parâmetros de vibração. Isto deve-se ao facto
dos diferentes métodos de montagem resultarem em diferentes frequências de
ressonância. O melhor método de montagem para recolha de dados Spike Energy é a
Stud Mounting. Neste caso, existe apenas uma interface, ou seja, acelerômetro-
máquina. Ele permite uma maior transmissão de sinal em alta frequência e obtém
resultados mais consistentes. Sondas portáteis não devem ser utilizadas para a
medição Spike Energy porque resultam numa perda significativa de sinal de alta
frequência devido às suas baixas frequências de ressonância. É prática comum o uso
de suportes magnéticos para rápidas verificações periódicas, havendo assim duas
interfaces, isto é, acelerómetro-íman e íman-máquina. A fim de minimizar a perda de
sinais de vibração de alta frequência no percurso da transmissão de dados, as
superfícies de contato devem ser planas, limpas e livres de ferrugem e pintura. A
utilização de uma camada fina de massa de silicone ou óleo de lubrificação entre as
interfaces irá melhorar transmissão de sinais de vibração de alta frequência. Na
montagem Stud Mounting, os furos com rosca devem ser feitos na perpendicular em
relação à superfície de montagem. O comprimento do parafuso/perno deve ser mais
curto do que os furos para permitir o contacto direto entre o acelerômetro e a
superfície de montagem. O conector do cabo deve ser suficientemente apertado ao
acelerómetro para evitar interferências de vibrações produzidas por desaperto do
transdutor. Neste tipo de montagem, se o acelerómetro for instalado sobre um
componente móvel da máquina, o cabo deve ser ligado ao componente ou a máquina
para minimizar os movimentos do cabo durante a medição. Para montagem através de
íman, a parte do polo íman deve ser livre de cavidades, materiais estranhos ou
extremidades quebradas. É essencial que haja um excelente contacto entre todas as
interfaces existentes entre o acelerómetro e a máquina para que a recolha de dados,
através da medição Spike Energy, seja coerente e precisa. As figuras 5 e 6 ilustram as
frequências de ressonância de diferentes acelerómetros e métodos montagem. As
curvas de resposta de frequência de dois acelerómetros são mostrados na Figura 5.
[1] A curva A e C são referentes ao acelerómetro de modelo Entek IRD 943 e curva B
diz respeito ao Entek IRD 970. Os acelerómetros utilizados para a curva A e B foram
montados e estudados numa mesa agitadora, sendo esta agitada a 1g, com um
alcance de frequência que vai dos 0kHz aos 50kHz. A frequência de ressonância do
acelerómetro de modelo 943, montado através de pernos, aparece nos 22.75 kHz,
com uma grande amplitude. O modelo 970 tem duas frequências de ressonância
menores, de 31.25kHz e 32.50kHz. A curva C é a mesmo acelerómetro utilizado na
curva A (modelo 943), sendo o método de montagem a única diferença. Em
comparação com a fixação por pernos, o acelerómetro montado através de íman tem
dois picos de ressonância mais baixos, cerca de 12.50kHz e 18.00kHz. O Modelo 943
também tem uma frequência de ressonância de 32.00kHz. Os espectros de
aceleração do acelerómetro de Modelo 943, fixado através de íman, num veio
acionado por correia são mostrados na Figura 6 (a) e 6 (b). A Figura 6 (a) ilustra um
espectro de banda larga de zero a 60kHz.
Neste caso particular, a parte da alta frequência foi medida até cerca de 45kHz.
Não havia praticamente nenhuma frequência além dos 45kHz devido à
limitação na montagem através de íman. A grande amplitude de 9.45kHz diz
respeito à frequência de ressonância do acelerómetro de modelo 943 montado
através de íman. Neste caso, a ligação entre o transdutor e o veio da máquina
tinha pouca superfície de contato devido à sua curvatura, que reduziu
ligeiramente a frequência de ressonância em comparação com a curva C na
Figura 5. O espectro ampliado da Figura 6 (b) mostra os vários picos entre 30
kHz e 33 kHz, sendo esta a frequência de ressonância do acelerómetro de
Modelo 943, que originou o pequeno pico na curva C da Figura 5, de cerca de
32 kHz. Estas frequências naturais dos acelerómetros são excitadas através
dos impactos das fissuras existentes nos rolamentos ou outros defeitos. As
frequências de ressonância agem como frequências portadoras para as
frequências de defeitos. Uma vez que as frequências de ressonância variam de
acordo com diferentes acelerómetros e métodos de montagem, as
ressonâncias induzidas pelos impactos ocorrem em diferentes frequências e
amplitudes, isto irá resultar em leituras Spike Energy diferentes.
Figura 6. Aceleração espectros de vibrações fuso medidos pelo ímã montado Modelo
943
ω n=
√ K
M
( Hz)
ωexc
e a de excitação estão próximas ( ωn
≅1
) a amplitude tende a
2.8.7.1 – Desequilíbrio
- Fabricação deficiente;
- Desgaste;
- Manutenção incorreta;
- Impregnação de materiais em rotores
- Armazenagem;
- Transporte;
- etc.
2.8.7.2 – Desalinhamento
f e =N . f r