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Professora Dra.

Rosemary Sousa Cunha Lima


Departamento de Farmácia
Universidade Estadual da Paraíba
Generalidades
• Os granulados são, geralmente, constituídos por substâncias
medicamentosas associadas a açúcar e/ou outros adjuvantes,
apresentando-se formados por aglomerados, cujo conjunto
tem aspecto homogêneo.
• Podem constituir um medicamento diretamente
administrável por via oral ou destinarem-se a preparação dos
comprimidos.
• Seus grãos são formados por aglomerados de um grande
número de cristais ou de partículas vegetais, sendo
diferenciados dos pós porque, nestes últimos, os grãos são
formados por cristais macroscópicos ou partículas vegetais.
• GRANULADOS AGLOMERADOS

• PÓS CRISTAIS OU PARTÍCULAS VEGETAIS INDIVIDUALIZADAS

Pós de cristais macroscópicos não são


granulados!!!
Vantagens dos granulados em relação
aos pós
• Mais estéticos: não liberam pó na armazenagem e
administração;
• Maior homogeneidade de distribuição dos componentes;
• Os grãos constituintes não aderem entre si;
• São mais agradáveis de ingerir;
• São mais fáceis de se medir a posologia correta;
• Quando efervescentes apresentam melhor conservação e
mais lenta efervescência;
• Podem ser revestidos com envolvimentos protetores, como o
ácido esteárico.
Vantagens dos granulados no processo
de compressão.
 Produzir um livre fluxo
 Densificar os materiais
 Preparar misturas uniformes que não se separam
 Melhorar as características de compressão do fármaco
 Controlar a taxa de liberação do fármaco
 Facilitar a dispensação ou volume a ser dispensado
 Reduzir perda do pó
 Melhorar a aparência do comprimido
Tipos de Preparação
• À seco;
• Por fusão (raramente utilizada);
• À úmido – é a mais utilizada sendo elaborado através das
fases:
 Mistura das substâncias sólidas envolvidas;
 Umidificação da mistura.
 Passagem da massa formada por um crivo de malha larga;
 Secagem
 Calibração dos grãos passando-os por um tamis de malha
mais larga que o anterior
Granulação à úmido - fases
• Mistura dos pós. Utilizar os mesmos cuidados e princípios
mencionados na preparação dos pós;
• Umidificação: os pós são umedecidos com líquidos apropriados,
que pode ser o álcool, a água, o éter ou soluções aglutinantes
como xaropes e mucilagens de gomas, de éteres de celulose,
etc.
• Granulação da massa: A massa obtida é granulada através da
passagem por um crivo com abertura de malha adequada. Para
tamises de 25 malhas por cm2 são necessários cerca de 100mL
de álcool de 60º ou 150g de xarope comum para cada quilo de
granulado.
• Secagem: pode ser feita ao ar livre, em estufas (ar circulante
de 30-50ºC), radiação infravermelha. Importância da
temperatura: o ideal é que seja em torno de 40ºC, sendo a
quantidade de água residual de 1-3%.
• Calibração do granulado: por simples agitação do crivo, sem
compressão.
Equipamentos utilizados para a
granulação à úmido

Misturador em V

Misturador Duplo Cone


GRANULAÇÃO A ÚMIDO (Leito Fluidizado)
Granulação por fusão
• Consiste no aquecimento de substâncias medicamentosas
que fundem-se superficialmente, graças a água de
cristalização e ao calor, aglomerando-se sob a forma de
pasta, a qual é passada por um crivo e submetidas a
secagem.
• A temperatura de aquecimento é geralmente de 90-105ºC.
• Esse processo só é aplicável a substâncias que apresentem
as características requeridas, como a mistura de ácido
cítrico (cristalizado com uma molécula de água) com
bicarbonato de sódio e sulfato de magnésio.
• O método pode tornar-se extensível aos eutéticos que
apresentem ponto de fusão superior à temperatura
ambiente. É o caso da associação de ácido bórico como
hexametilenotetrazoto (temperatura inferior a 90ºC).
Tipos de granulados –
quanto à forma
• Forma vermicular: são constituídos por bastonetes, mais ou
menos dentados, conforme a utilização de um tamis ou de
um disco perfurado. A massa que passou por um tamis tem a
superfície mais porosa. Por isso são mais desagregáveis e
resistem menos a armazenagem e ao transporte.
• Forma esférica: consiste em utilizar cristais de açúcar de
0,75 a 1,5mm de diâmetro, como núcleo sobre os quais se
depositam fármacos dissolvidos, emulsionados ou suspensos
em xarope comum (10% em relação ao produto final a obter)
e num líquido alcóolico (a 5% do total), em uma bacia de
drageificação. Esta metodologia está em desuso.
Tipos de granulado – quanto à
composição
• Sacaretos granulados: são os que contem açúcar
em sua composição;
• Granulados com chocolate: Cerca de 10% do
açúcar de um sacareto granulado é substituído
por chocolate;
• Granulados efervescentes: a manipulação deve
ser feita em meio anidro, para evitar a reação do
ácido com o carbonato ou bicarbonato,
provocando uma reação prematura de liberação
do CO2.
Tipos de granulados (Farm.Bras.V)
• Granulado efervescente. É o granulado contendo, em adição
aos ingredientes ativos, substâncias ácidas e carbonatos ou
bicarbonatos, os quais liberam dióxido de carbono quando o
granulado é dissolvido em água. É destinado a ser dissolvido
ou disperso em água antes da administração. Abreviatura:
granu. efer.
• Granulado para solução. É o granulado destinado a ser
dissolvido na água antes da administração. A solução
produzida pode ser levemente leitosa devido aos excipientes
utilizados na fabricação dos granulados. Abreviatura: granu.
sol.
• Granulado para suspensão. É o granulado que em contato
com um líquido, rapidamente, produz uma dispersão
homogênea (suspensão). É destinado a ser disperso antes da
administração. Abreviatura: granu. susp.

Continua
Tipos de granulados (continuação)
• Granulado revestido. É o granulado que possui uma ou mais
camadas finas de revestimento, normalmente poliméricas,
destinadas a proteger o fármaco do ar ou umidade, para fármacos
com odor e sabor desagradáveis, para melhorar a aparência dos
granulados ou para alguma outra propriedade que não seja a de
alterar a velocidade ou extensão da liberação do princípio ativo.
Abreviatura: granu. rev.
• Granulado revestido de liberação prolongada. É o granulado que
possui uma ou mais camadas finas de revestimento, normalmente
poliméricas, destinadas a modificar a velocidade ou extensão da
liberação dos princípios ativos. Abreviatura: gran. rev. lib. prol.
• Granulado revestido de liberação retardada. É o granulado que
possui uma ou mais camadas finas de revestimento, normalmente
poliméricas, destinadas a modificar a velocidade ou extensão da
liberação dos princípios ativos, apresentando uma liberação
retardada do princípio ativo. Abreviatura: granu. rev. lib. ret.
Ensaios de granulados
• Tempo de desagregação: devem desagregar-se rapidamente
em água aquecida a 37ºC; teste semelhante é feito nos
comprimidos. A desagregação é proporcional a solubilidade
na água, tamanho dos grãos e a umidade;
• Resistência: se for excessiva, aumenta o período de
desagregação e se for pequena fragmenta-se facilmente. Os
granulados obtidos com soluções aglutinantes são mais
resistentes do que os obtidos por simples adição de
dissolventes como a água ou o álcool.
• Umidade: a umidade excessiva pode ser prejudicial à
estabilidade do fármaco;
Ensaios dos granulados
• Porosidade: pode ser útil para granulados
destinados à preparação de comprimidos;
• Tamanho dos grãos: os granulados devem ser
livres de pó e avaliados por tamisação;
• Dosagem de substâncias ativas: os métodos
utilizados devem ser adequados aos compostos
medicamentosos utilizados. A tolerância habitual
está compreendida entre 95 a 105%.
Acondicionamento e conservação
• Frascos de vidro;
• Embalagem de material plástico hermeticamente
fechada.
Professora Dra. Rosemary Sousa Cunha Lima
Departamento de Farmácia
Universidade Estadual da Paraíba
Conceito
• São preparações farmacêuticas de
consistência sólida, forma variada,
geralmente cilíndrica ou lenticular, obtidas
por meio de pressão, várias substâncias
medicamentosas, secas e podendo ou não
encontrar-se envolvidos por revestimentos
especiais, sendo denominado comprimidos
revestidos.
Conceito (Farm.Bras.V)
Comprimido

É a forma farmacêutica sólida contendo uma dose


única de um ou mais princípios ativos, com ou sem
excipientes, obtida pela compressão de volumes
uniformes de partículas. Pode ser de uma ampla
variedade de tamanhos, formatos, apresentar
marcações na superfície e ser revestido ou não.
Abreviatura: comp.
Formas farmacêuticas sólidas

PÓS

Excipientes

GRANULADOS

Cápsulas
Excipientes

Cápsulas revestidas
COMPRIMIDOS

Drágeas
Comprimidos ETC...
revestidos
Generalidades
• Em 1843, Bronckedon registrou, na Inglaterra, uma patente
para a obtenção de pílulas de grafite por pressão entre dois
punções que recebeu o nome de Tabloids.
• Em 1865 foi publicada a primeira monografia oficial sobre
comprimidos na Farmacopéia Britânica.
• Em 1877, nos Estados Unidos e Alemanha foram registradas
uma nova forma farmacêutica denominada pastilhas
comprimidas – compressed tablets.
• A partir de 1894 foi iniciada a industrialização (Estados
Unidos).
• A partir da Primeira Guerra mundial (1914-1918) seu uso foi
difundido.
Vantagens
• Precisão de dosagem;
• Conservação praticamente ilimitada;
• Rapidez na preparação;
• Economia atendendo a facilidade de
produção e rendimento;
• Boa apresentação;
• Fácil deglutição;
• Reduzido volume.
Desvantagens
 Difícil deglutição do comprimidos em
idosos e crianças
 Irritação local da mucosa gástrica
(alguns fármacos)
 Diminuição da biodisponibilidade
Classificação
• Quanto a tecnologia de obtenção:

• Compressão direta
• Compressão direta com adição de adjuvantes
• Compressão com granulação prévia
• Seca
• Úmida
Classificação
• Quanto à utilização
 Dissolução na boca
Oral  Administração sublingual
 Ingestão e desagregação no estômago ou intestino

Terapêutica Por via hipodérmica: Injetável ou implantação

Ação externa local: Desinfecção e/ou aromatização da pele ou mucosas

Preparações de soluções tampões reagentes

Química Depuração de águas

Meios de diagnóstico
Por via hipodérmica

São implantados pelo médico


debaixo da pele, no braço,
próximo ao cotovelo. Duram até
3 anos e são e alta
eficácia. Muito utilizados com
contraceptivos.
Tipos de comprimidos
1. Comprimidos mastigáveis (ex.: antiácidos e vitaminas)
2. Comprimidos sublinguais (absorção rápida)
3. Comprimidos efervescente (reação: ácido cítrico +
bicarbonato de sódio em meio aquoso)
4. Comprimidos com multicamadas (incompatibilidade,
liberação prolongada, aparência)
5. Comprimidos revestidos por compressão
(incompatibilidade)
6. Comprimidos revestidos com açúcar (mascarar odor e
sabor, mascarar falhas de processamento)
7. Comprimidos revestidos com polímeros
8. Comprimidos com revestimento entérico (liberação do
fármaco no intestino)
Ciclo de Preparação dos comprimidos
PESAGEM E TAMIZAÇÃO
DAS MATÉRIAS-PRIMAS
COMPRESSÃO
VIA ÚMIDA

MISTURA DAS
MATÉRIAS-PRIMAS MISTURA ÚMIDA
ADIÇÃO DE
AGLUTINANTE

PRÉ-COMPRESSÃO
COMPRESSÃO
GRANULAÇÃO
COMPRESSÃO MOAGEM VIA SECA
ÚMIDA
DIRETA

MISTURA DO CALIBRAÇÃO DO SECAGEM


LUBRIFICANTE GRÂNULO SECO

COMPRESSÃO DOS
COMPRIMIDOS
Fármacos diretamente compressíveis

• Não ser higroscópico;


• Boa qualidade de fluxo;
• Boa compressibilidade (nem muito duro, nem elástico)
• Coesão após compressão;
• Desintegrável

Ex.: urotropina, KCl, KBr, Clorato, Dicromato e permanganato de potássio, NH4Cl,


NH4I, NaCl, NaBr, Cicrato de sódio, ácido bórico, Sulfato de zinco.
Excipientes e suas funções
 São elementos chaves para garantir a qualidade e o desempenho
das formas farmacêuticas.
 Eles podem ser selecionados para aumentar a estabilidade
(antioxidantes)
 Otimizam ou modificam a liberação da droga (desintegrantes,
polímeros hidrofílicos, agentes umidificantes, polímeros
biodegradáveis)
 Exercem função essencial na tecnologia de produção (diluentes,
ligantes e lubrificantes)
 Aumentam a aceitabilidade dos pacientes (flavorizantes).
 Ajudam na identificação do produto (corantes)
Critérios avaliados na escolha dos
excipientes.
 Custo
 Segurança funcional
 Disponibilidade
 Aceitabilidade dos órgãos governamentais internacionais.
 compêndios oficiais (identificação e pureza)
 As monografias devem garantir sua funcionalidade.
 Recentes avanços:
 Excipientes de ação múltipla como os diluentes-ligantes
Ex. Ludipress®, Sugartab®, DiPac®, Nutab®.
 Varias classes de “super” desintegrantes.
Alguns diluentes utilizados em comprimidos
 Diluentes
 Lactose USP Fosfato de cálcio dib. dihid USP
 Lactose USP anidra Manitol USP
Sorbitol
 Lactose USP nebulizada Sacarose em pó USP
 Amidos diretamente compressíveis Materiais à base de sacarose
 Amidos hidrolizados Sulfato de cálcio dihid. USP
 Celulose microcristalina Dextrose
 Outros deriv. da celulose
 Aglutinantes e adesivos
 Goma arábica  Amido pré-gelatinizado
 Derivados da celulose  Alginato de sódio e derivados
 Gelatina  Sorbitol
 Glucose  Goma traganta
Alguns diluentes utilizados em comprimidos
 Desintegrantes
 Amido  Derivados da celulose
 Derivados do amido  Alginatos
 Celulose  PVP modificado
 Magmas

 Lubrificantes  Polietilenoglicois
 Ácido esteárico e seus sais  Tensoativos
 Talco  Ceras
 Deslizantes e promotores de escoamento
 Derivados da sílica
 Talco
 Amido de milho
 Corantes, aromatizantes e edulcorantes
 Edulcorantes naturais e artificiais
 Aromas
Classificação dos excipientes (comprimidos)

• Excipientes Tecnológicos – adicionados com a finalidade de


conferir à fórmula características adequadas a
compressibilidade ou a facilitar a cedência do fármaco. Sua
utilização é praticamente obrigatória. Exemplos: diluentes,
desagregantes, aglutinantes e lubrificantes.
• Excipientes Facultativos – adicionados conforme à natureza
do fármaco, como os absorventes, os molhantes, tampões,
aromatizantes edulcorantes e corantes.
Diluentes
Tem a finalidade de originarem comprimidos de peso
conveniente quando as substâncias ativas forem empregadas
em pequenas quantidades.
• Diluentes solúveis: lactose, sacarose, cloreto de sódio,
manitol etc.
• Diluentes insolúveis: amidos de batata, de araruta, de
mandioca, de trigo, de milho, de arroz e de banana;
celulose microcristalina, pó de cacau, caulino, leite em pó;
compostos minerais de cálcio (carbonato, sulfato, fosfato,
citrato), de magnésio(carbonato, óxido).
• Diluentes mistos: São obtidos pela mistura de diluentes
solúveis com insolúveis.
Absorventes
Tem como finalidade:
• Absorver água dos extratos;
• Fixar compostos voláteis;
• Incorporar substâncias higroscópicas.
• Exemplos: amido de trigo, arroz ou mandioca; pós
vegetais como alcaçuz e a altéia; à lactose, à
dextrina; óxido e carbonato de magnésio; anidrido
carbônico entre outros.
Aglutinantes
• Permite a compressão de substâncias que não apresentem
as características de compressibilidade;
• Permite empregar com menor força de compressão na
máquina;
• Deve ser utilizado na menor proporção possível;
• Exemplos: sacarose, glicose, lactose, amidos sob a forma de
cozimentos, gomas arábica e adraganta; gelatina, polividona
ou polivilnilpirrolidona (PVP), pectina, ácido algínico e
alginatos, derivados de celulose (metilcelulose, etilcelulose,
carboximetilceluose sódica), parafina, ácido esteárico,
manteiga de cacau, carbowaxes (polietilenoglicóis).
Desagregantes ou desintegrantes
• Utilizado para acelerar a dissolução ou a desagregação dos
comprimidos na água ou nos líquidos do organismo;
• A desagregação deve ocorrer em um tempo limite
previamente estabelecido, de acordo com o princípio ativo
em estudo;
• Fatores que influenciam a velocidade de desagregação:
 força de compressão;
 quantidade e concentração do aglutinante;
 quantidade e concentração do desagregante;
 solubilidade dos componentes;
 metodologia de granulação: os granulados à úmido se
desintegram mais lentamente.
Desagregantes (continuação)
• Processos de atuação e exemplos:

 Inchando em contato com a água: amidos, pó de


laminária, pectina, caseína, agar-agar, derivados de
celulose, etc.

 Reagindo com a água ou com o ácido clorídrico do


estômago, promovendo a liberação de gases: carbonatos,
bicarbonatos, pós efervescentes, peróxidos;

 Dissolvendo-se na água e abrindo assim canalículos que


facilitam a desagregação dos comprimidos: lactose, glicose,
cloreto de sódio etc.
Lubrificantes
• São substâncias capazes de assegurarem o completo
enchimento da matriz e de evitar a aderência dos pós ao
punções da máquina;
Agem:
 Facilitando o deslizamento do granulado do distribuidor
para a matriz;
 Diminuindo a tendência do produto para aderir aos
punções e a matriz, facilitando a ejeção dos comprimidos.
Classificam-se em:
 Deslizantes. Ex: talcos e carbowaxes;
 Anti-aderentes. Ex. estearatos, gorduras, parafinas etc.
Lubrificantes (continuação)
• Em sua maioria, são insolúveis em água e dotados de
propriedades hidrófobas, opondo-se a penetração de água nos
comprimidos; (x. vaselina, manteiga de cacau, talco, óleos
vegetais etc.)
• Outro grupo é formado por lubrificantes hidrossolúveis, como
os carbowaxes, benzoato de sódio etc.

• São empregados quase sempre, em associações, utilizando-se


lubrificantes dos dois tipos mencionados;

• A sua distribuição pode ser executada por dois processos


fundamentais:
Povilhando-o, manualmente, utilizando um tamis de seda,
sobre o granulado seco;
Em máquinas misturadoras que revolvem o granulado com o
lubrificante, sem que ele fique triturado.
Molhantes
• Opõem-se a ação provocada pelas propriedades hidrófobas
dos lubrificantes, evitando a liberação dos pós, durante a
compressão;

• A maioria tem propriedades tensoativas, provocando um


aumento da velocidade de dasagregação dos comprimidos;

• Exemplos:

Sulfato de Laurilo e de sódio;

Sais de trietanolamina;

Polisorbato 80 (Tween 80)


Tampões
• Utilizados para manter o pH da fórmula estável: fosfatos
alcalinos, carbonato de cálcio, glicinato de alumínio,
trissilicato de magnésio, glicocola, etc.

Corantes
• Tem a finalidade de tornar os comprimidos mais atrativos e
de identificá-los;
• A coloração azul e vermelho são utilizados mais para
comprimidos tóxicos ou de uso externo.
• Exemplos de corantes aceitos mundialmente: eritrosina,
carmim, óxido de ferro, tartrazina, betacaroteno,
indigotina, caramelo, dióxido de titânio.
Edulcorantes
• Utilizados para corrigir o gosto de uma dada preparação. Sua
utilização tem sido considerada não recomendável por
favorecer a utilização excessiva.
• Ex: sacarina, ciclamato de sódio e de cálcio, aspartame, etc.

Aromatizantes
• Tem ação complementar a dos edulcorantes, constituindo-se
de essências, como as de laranja, limão, cereja, hortelã,
hortelã-pimenta etc.
Compressão
• É a fase de preparação dos comprimidos em que o
produto convenientemente preparado é
submetido a uma pressão entre dois punções no
interior duma câmara de compressão ou matriz,
cujo fundo é constituído por um punção inferior.
Compressão

Compressão
Direta

Compressão
por Via Seca
Compressão

Compressão por Via Úmida


Compactação = compressão + consolidação

Redução da quantidade de ar - é influenciada por diversos


fatores, a saber:

 Cristalinidade - os pós cristalizados no sistema cúbico, são


mais prováveis de se deixar comprimir diretamente;
 Granulometria - grãos de tamanho homogêneo e com
diâmetro compreendidos entre 250 a 2000µm, especialmente
as superiores a 420µm resultam em produtos mais coesos;
 Plasticidade ou elasticidade das partículas – deformam-se,
facilitando a compressão;
 Porosidade – quanto mais poroso, mais difícil de compactar;
 Força de compressão – na maioria dos casos, quanto maior a
força, mais fácil a compressão.
Efeito das forças elétricas na
compressão - consolidação

Forças de Van der Waals


Numa compressão à seco, as forças de atração
molecular são responsáveis pela adesão das
partículas entre si.

Segundo Marshall, após a compressão a atração


entre as moléculas aumenta porque as partículas se
aproximam. A formação de um comprimido deve-se a
diminuição da energia livre de superfície do pó ou
granulado, correspondendo a redução do grau de
heterogeneidade do sistema bifásico que passa a
apresentar algumas características de corpos sólidos.
Pontes de Hidrogênio
Comportamento do Material
Máquinas de Excêntrico – constituição:
• Pares de punções, um
inferior e um superior;
• Câmara de compressão
ou matriz;
• Distribuidor

Punção superior

Matriz

Punção inferior
Forma do comprimido (matriz e punção)
Máquinas de excêntrico – Etapas de
trabalho:
• 1º Tempo: os dois punções encontram-se afastados ao
máximo, o distribuidor desliza entre os punções, enchendo a
matriz;
• 2º Tempo: O distribuidor retira-se, enquanto o punção
superior desce e o inferior se conserva imóvel, acontecendo
a compressão;
• 3º Tempo: O punção superior sobe e o punção inferior eleva
o comprimido até o nível da mesa da máquina;
• 4º Tempo: O comprimido é empurrado para o sistema de
evacuação, pela borda da peça móvel, ao mesmo tempo em
que o punção inferior volta a posição mais baixa e o
granulado enche a matriz novamente, recomeçando o ciclo.
Máquinas de excêntrico
• Pressão necessária: 1500 a 2000 kg por cm2, podendo chegar
a 40-50 toneladas;
• Número de punções variado, podendo chegar a 5 pares ou
mais;
• Cadência: 60 a 90 compressões/minuto;
• Rendimento: 5.000comprimidos/hora por par de punções.

Máquina Excêntrica
Masqué
Máquinas rotativas

• Os punções inferiores e superiores, bem como as matrizes,


são montadas face a face sobre a mesma coroa circular,
animada de movimento contínuo, sempre no mesmo
sentido.
Durante uma volta, efetuam-se os seguintes movimentos:
• A compressão se dá de forma gradual, exercida nas duas
faces e não de uma força brusca aplicada unicamente de
cima para baixo, como nas máquinas de excêntrico. Os
comprimidos formados tem estrutura mais homogênea e têm
menos ar retido entre os poros.
• Enquanto que de um lado da coroa está havendo a
compressão, do outro está havendo o enchimento.
Máquinas Rotativas

• Habitualmente tem 16 matrizes e 32 punções e um


distribuidor;
• Cada matriz pode ter capacidade de receber mais de um par
de punções;
• Pode ter 2 a 3 distribuidores e 40jogos de punções e
matrizes.
• A coroa circular pode dar entre 10-20 voltas por minuto.
• O rendimento pode atingir entre 100.000-250.000
comprimidos por hora;
• Existem máquinas rotativas duplas, em que a compressão
pode ocorrer em dois pontos.
Ensaios Físicos dos comprimidos
• Superfície: deve-se apresentar lisa;
• Cor: Devem-se manter uniforme quanto a cor em uma
unidades de um mesmo lote e em lotes diferentes;
• Medida: avaliar altura (espessura no centro e nos bordos) e
diâmetro;
• Uniformidade da massa: Pesar pelo menos 20 unidades e
verificar a tolerância de variação de peso permitida;
• Ensaio de desagregação;
• Ensaio de dissolução;
• Resistência;
• Teor de substâncias ativas
Acondicionamento e Armazenamento de
Comprimidos
• Frascos fechados, em locais de baixa umidade e protegidos
de temperaturas extremas;
• A utilização de um dessecante é recomendável;
• Frascos âmbar para substâncias sensíveis à luz;
• Embalagem de alumínio termocolável;
• Blister de polietileno com alumínio.
Exigências da globalização na indústria
farmacêutica
 Harmonização das farmacopéias para os padrões dos
excipientes.
 Boas Praticas de Produção (GMP) para os excipientes.
 Guia (guidelines) de avaliação da segurança de novos
excipientes para eliminar ou evitar a barreira comercial entre
diferentes paises.
 Criação (1991) do IPEC – Conselho Internacional de Excipientes
Farmacêuticos formado por produtores, usuários e
pesquisadores (Estados Unidos, Europa e Japão).
 TriPEC (1993), mais de 100 excipientes e filmes
farmacêuticos.
 Estados Unidos (IPEC-Americas)
 Europa (IPEC-Europe)
 Japão (JPEC)

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