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O MUNDO DO PLE

Por: Graziela Naclério Forte1

Este artigo mostra um panorama do ensino do Português Língua Estrangeira pelo mundo,
mapendo onde os cursos vêm sendo oferecidos no Brasil e no exterior, bem como os eventos mais
importantes (congressos, seminários, encontros) e os exames de proficiência disponíveis.

Muito provavelmente, devido à Copa de 2014, às Olimpíadas de 2016 ou à economia


aquecida, nota-se um aumento no número de interessados em aprender Português, na vertente
brasileira. Há cada vez mais instituições de ensino nessa área e a nomenclatura começa a
diversificar: Português Língua Estrangeira (PLE) para uns, Português Segunda Língua (L2) para
outros, ou ainda Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), Português como Língua
Adicional (PLA) e até mesmo Português Língua de Herança (PLH); evidenciando, assim,
especializações dentro do ensino do nosso idioma.
No Brasil, os cursos são oferecidos por universidades federais (UNB, UFRJ, UFF,
UFBA, UFMG, etc.), estaduais (Unicamp, USP), particulares (FAAP, PUC), e escolas de
idiomas. Enquanto as universidades têm, em sua maioria, alunos da graduação ou da pós,
realizando programas de intercâmbio, muitas escolas de idiomas especializaram-se em ensinar os
executivos e suas famílias.
No exterior, o perfil das escolas é um pouco diferente daquele encontrado internamente.
Os Centros Culturais Brasileiros (CCBs), instituições subordinadas diretamente ao chefe da
Missão Diplomática ou repartição consular do Brasil em cada país, foram os primeiros a oferecer
cursos de Português e a promover a difusão da cultura brasileira, através da organização de
exposições de artes visuais, espetáculos teatrais, apresentações de filmes e concertos de música

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Autora do livro Celpe-Bras sem Segredos e professora com larga experiência no ensino de Português como Língua
Estrangeira. Deu aulas para executivos em empresas multinacionais na cidade do México (2003) e atualmente
trabalha na Torre de Babel Idiomas, em São Paulo. Ministra treinamentos virtuais para professores de PLE/L2,
residentes no Brasil ou no exterior. Faz parte do grupo de discussão Fale Português. Dá aulas de Atualização e
Reciclagem Gramatical para brasileiros além dos cursos de História da Arte e da Cultura Brasileira. Doutoranda pela
UNICAMP e mestre pela USP (2008). Publicado na Revista Língua Portuguesa Conhecimento Prático, em 2013, pp.
46-53.

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erudita e popular. Conhecidos também como Centros de Estudos Brasileiros (CEBs), contam
com 21 unidades distribuídas pelo continente americano (12), europeu (3) e africano (6).
Estabelecida nos anos 1940, a Rede Brasileira de Ensino no Exterior (RBEx) tem nos
CCBs e nos Programas de Leitorados, bem como em instituições privadas sem fins lucrativos as
parcerias firmadas para ensinar a língua e cultura do Brasil, além de aplicar o Certificado de
Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), o exame que atesta a
proficiência em Língua Portuguesa, na vertente brasileira.
O Programa de Leitorados consiste no envio a outros países, de professores de Português
academicamente capacitados. São 59 leitorados que ensinam mais de 6 mil alunos em
universidades da Europa, América do Sul e África.
Uma vertente que vem sendo progressivamente explorada pela RBEx é a promoção do
ensino de Português como Língua de Herança junto aos descendentes de brasileiros, em
particular crianças, nos Estados Unidos, Europa e Japão
Atualmente, os Centros Culturais Brasileiros dividem o mercado com escolas
especializadas, algumas criadas por antigos professores dos CCBs/CEBs.
Mas não só os cursos de Português voltados aos estrangeiros estão sendo cada vez mais
procurados. Também os exames de proficiência contam, a cada edição, com mais inscritos. Com
postos aplicadores no Brasil e no exterior, o Celpe-Bras, único exame reconhecido pelo governo
brasileiro, o qual foi criado pelo Ministério da Educação (MEC), em 1993, e que passou a ser
aplicado sistematicamente, apenas em 1998, é possível perceber o rápido crescimento. A
primeira edição contou com a participação de cinco universidades brasileiras (UFPE, UFRGS,
UFRJ, UnB e Unicamp), além de postos aplicadores na Argentina, Paraguai e Uruguai, juntos
tiveram 127 candidatos inscritos. Em 1999 foram 703 inscritos; em 2000, 1.155; em 2003, 3.020;
em 2004, 3.431; e em 2005, 3.9212. Em 2011, só na primeira edição do exame, que aconteceu no
mês de abril, havia 2.964 inscritos nas 66 instituições do Brasil e outras distribuídas por 26
países da América, Europa, África e Ásia.
Desde 2002, o Celpe-Bras vem sendo realizado duas vezes ao ano, normalmente na
segunda quinzena dos meses de abril e outubro. Na primeira edição de 2012 foram 3.474
estrangeiros inscritos, o que dá uma média de 7.000 candidatos por ano, atualmente.

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De acordo com o site Portal Aprendiz, “Cresce o Número de Candidatos ao Celpe-Bras”, de 17 de maio de 2005,
endereço: http://aprendiz.uol.com.br/content/nushospene.mmp, consultado em 15 out. 2011.

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De acordo com o site do Inep, em outubro de 2012, o Celpe-Bras será aplicado pelas
Universidades Federais do Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Bahia, Paraíba, Pernambuco,
Fluminense, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Santa
Maria, de Brasília, além da Unicamp, Metodista, Universidade de São Carlos, Universidade
Estadual de Londrina, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, e
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. No exterior, há postos
aplicadores na Universidade de Jena, na Alemanha; em Buenos Aires, na Argentiana, a Escola de
Línguas Casa do Brasil, a Fundação Centro de Estudos Brasileiros, as Universidades Federal do
Litoral, Nacional do Nordeste e Nacional de Córdoba; Universidade de Salzburgo, na Áustria;
Centro Cultural Brasil-Bolívia e Universidade Tecnológica Privada de Santa Cruz da Serra,
ambas na Bolívia; Centro Cultural Brasileiro do Chile; Universidade de Macau; Universidade de
Comunicação da China; Instituto Cultura Brasil de Leticia, Bogotá e Medelin, as três na
Colômbia; Universidade de Hankuk na Coreia do Sul; Fundação de Centro de Estudos Brasileiro,
em São José, na Costa Rica; Instituto Brasileiro-Equatoriano de Cultura, em Quito; Centro
Cultural do Brasil em Barcelona, Centro de Estudos Brasileiros, na Universidade de Salamanca,
Casa do Brasil em Madri, todas na Espanha; nas Universidades de Harvard, Flórida, Flórida
Internacional e Utah Valley, nos Estados Unidos; nas universidades francesas: Sorbone, Paul-
Valéry Montpellier III, Paris Ouest Nanterre La Défense, de Nantes, de Poitiers, Blaise Pascal
(Clermont II); Centro Cultural Brasileiro, na Guiana; Centro Cultural Brasileiro de Roma, na
Itália; King`s College de Londres, na Inglaterra; Universidade de Estudos Estrangeiros de Kyoto,
no Japão; Centro Cultural Brasileiro do México; Centro Cultural Brasileiro da Nicarágua;
Universidade de Obafemi Awolowo da Nigéria; Centro Cultural Brasileiro do Paraguai; Centro
de Difusão Cultural Terra Brasi/Casa do Brasil em Arequipa e Centro Cultural Brasileiro do
Peru; Universidade Marii Curie Sklodowskiej, em Lublin, na Polônia; Centro Cultural Brasil de
Santo Domingo, na República Dominicana; Centro Cultural Brasil em El Salvador; Instituto
Cultural Brasileiro de Zurique, na Suíça; Centro Cultural Brasileiro de Paramaribo, no Suriname;
Instituto Cultural Uruguaio-Brasileiro, em Montevideo, no Uruguai; e Instituto Cultural Brasil-
Venezuela, em Caracas.
É importante lembrar que desde o ano de 2000, o Celpe-Bras é exigência para o ingresso
de estudantes estrangeiros em instituições de ensino superior para graduação e pós-graduação.
Há empresas brasileiras que também exigem comprovação de competência na proficiência da

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língua portuguesa. Os já graduados também precisam do exame para validar os diplomas
emitidos no exterior.
Os candidatos ao exame são os não lusófonos, maiores de 16 anos de idade e que tenham,
no mínimo, o ensino fundamental ou correspondente. Com uma abordagem menos tradicional
que outros testes de proficiência, o Celpe-Bras adota métodos e técnicas baseadas em
pressupostos atuais na área de ensino e aprendizagem de línguas. Por ser mais complexo, exige
preparo específico. De natureza comunicativa, propõe tarefas que recriam situações reais de
comunicação, integrando habilidades como compreensão de texto e produção escrita;
compreensão oral e fala. Assim, através de uma tarefa pode-se avaliar mais de uma habilidade.
Os conhecimentos gramaticais, bem como vocabulário, por exemplo, não são diretamente
avaliados, embora sejam importantes na elaboração da atividade proposta (tarefa). Aspectos
sociais e culturais dos brasileiros acabam, inevitavelmente, surgindo na maioria das questões.
Não é exigido que o candidato tenha um conhecimento prévio dos temas propostos: a ideia é que
todas as pessoas consigam, independentemente da área de formação, falar ou emitir comentários
e, assim, mostrar suas habilidades comunicativas.
De acordo com o desempenho do candidato no exame, os aprovados são classificados em
um dos seguintes níveis: Intermediário – domínio operacional parcial da língua portuguesa,
demonstrando capacidade em compreender e produzir textos orais e escritos sobre assuntos
limitados, em contextos conhecidos e situações do cotidiano. Intermediário Superior – mesmas
características do intermediário, porém as interferências da língua materna na pronúncia e na
escrita são menores. Avançado - domínio operacional amplo da língua portuguesa, demonstrando
ser capaz de compreender e produzir textos orais e escritos de forma fluente de assuntos
variados, em contextos conhecidos e desconhecidos. Avançado Superior – todos os requisitos do
nível avançado, porém as inadequações são menores.
Para se obter a certificação é necessário o equilíbrio entre os dois módulos (Coletivo e
Individual). No Módulo Coletivo quatro tarefas são solicitadas e devem ser realizadas em 3
horas. As tarefas têm sempre um propósito bem definido (escrever um texto para reclamar,
relatar, elogiar, informar, opinar, argumentar, expor, instruir, agradecer, pedir, comentar,
expressar atitudes, desculpar-se, justificar, persuadir, aconselhar, avisar, etc.) e um interlocutor
que requer registros formais ou informais (jornal, revista, colega, amigo, chefe, autoridade, etc.).

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O texto produzido pelo candidato deve estar adequado à situação de comunicação. Em
outros termos, no teste são levados em conta os vários gêneros textuais: instrumentos de
mensagens rápidas como e-mail, folheto, panfleto ou longos como a carta, o artigo, dentre muitos
outros. O candidato precisa saber as características de cada gênero, a linguagem adequada e,
portanto, estar ao par de certas informações, como o tipo textual sugerido (argumentativo,
descritivo ou explicativo). Por isso, é importante ter de forma clara as principais características
de cada um dos itens.
As tarefas solicitadas, em geral, seguem um padrão, como por exemplo, escreva um(a):
mensagem eletrônica a um amigo; carta apresentando sua opinião fundamentada nos pontos de
vista expostos pelo autor; carta argumentando favorável ou contrariamente ao ponto de vista
defendido; texto sobre uma manifestação cultural; texto de propaganda; texto narrando a sua
versão dos fatos e posicionando-se a respeito; depoimento; dentre outros.
Durante o exame Celpe-Bras, espera-se que o candidato adapte sua fala ou escrita de
acordo com o interlocutor, ou seja, se for um diálogo ou a produção de uma carta ou mensagem
eletrônica a um parente, amigo ou colega deve-se usar a linguagem informal. Quando o
interlocutor é o chefe ou autoridade, usar a linguagem formal. Assim, surgem inúmeras
possibilidades de atividades (produção) aparentemente simples, cujo desenvolvimento deve ser
cuidadosamente trabalhado. De maneira geral, podemos dizer que são 5 os objetivos: adequação
lexical (refere-se ao uso adequado dos vocábulos); adequação gramatical (refere-se ao uso
adequado das normas gramaticais); adequação ao interlocutor (linguagem formal ou informal);
adequação discursiva (coesão e coerência, ou seja, a continuidade de sentido e não-contradição;
paráfrase - discurso escrito, longo e difuso; operadores de junção; tempo; aspecto verbal e elipse
- omissão de palavra ou palavras facilmente subentendíveis); e destaque das informações
relevantes.
As tarefas de compreensão escrita exigem que o candidato conheça uma combinação de
itens, como: expressões idiomáticas; finalidade e objetivo do texto; grafia; gramática; ideia
central; ideias relevantes; informações específicas; interpretação das imagens (fotos, desenhos,
gráficos, planilhas, etc.); reconhecimento das atitudes, emoções e pontos de vista; e se o texto é
baseado em fato, opinião ou pesquisa; além de ter que reescrever informações no mesmo estilo
ou em estilo diferente; transferir informações para diagramas, gráficos ou tabelas; reconhecer a

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situação de comunicação (quem fala, para quem fala, contexto, veículo, objetivo, registro, etc.);
reconhecer os diferentes gêneros do discurso e o vocabulário.
Para a compreensão oral, o candidato deve demonstrar seu conhecimento no que se refere
à ideia central; o vocabulário e as expressões idiomáticas. Nessa parte do exame, a correção
basea-se em critérios definidos previamente e que tomam por base uma amostragem (certo
número de provas) representativa de cada tarefa.
A parte individual ou conversação tem duração média de 20 minutos e está dividida da
seguinte forma: 5 minutos discutindo informações pessoais do candidato com base na ficha de
inscrição; outros 5 minutos para o primeiro elemento provocador; mais 5 minutos para o segundo
elemento provocador; e 5 minutos finais para o terceiro e último elemento provocador. Para isto,
são utilizados gêneros textuais os quais mesclam imagens e mensagens curtas, como fotos,
cartuns, quadrinhos e propagandas. O candidato deve manter um fluxo natural na conversação,
evitando as interrupções e os pedidos de repetição; apresentando flexibilidade e adequação ao
vocabulário quando há mudança de tópico, além do uso da pronúncia adequada tanto em relação
ao ritmo como à entonação.
No entanto, desde 1997, a Universidade de Caxias do Sul oferece aos estrangeiros de
qualquer idade ou grau de escolaridade, o Certificado Internacional de Língua Portuguesa
(CILP), reconhecido pela União Latina e declarado de interesse educativo pelo Ministério da
Cultura e Educação da Argentina. São oferecidas três provas, independentes, nos níveis: básico,
médio e superior. O candidato pode se inscrever em um dos níveis, sem que um seja pré-
requisito do outro. O básico busca verificar a competência linguística do examinado em situações
cotidianas e de vocabulário elementar e parcial, referência pessoal, de trabalho, rotinas, hobbies,
alimentação, etc. O médio verifica a competência linguística para comunicação na maior parte
dos eventos formais e informais, utilizando vocabulário adequado, abarcando temas
profissionais, sociais e práticos. Por fim, o superior verifica a competência linguística necessária
para um bom desempenho em situações que requerem uso avançado da língua, de todos os níveis
e com abstrações.

Cada nível do exame é composto de 4 provas: leitura e compreensão de texto e formas


linguísticas em uso (duração de 1 hora, valendo 30 pontos); produção escrita (duração de 1 hora,
valendo 30 pontos); compreensão auditiva (duração de 40 minutos, valendo 20 pontos); e

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produção oral (duração de 10 minutos, valendo 30 pontos). Para ser aprovado, o candidato deve
atingir 70% dos pontos, somados separadamente para as provas 1 e 2, 3 e 4. O CILP obteve
reconhecimento e grande interesse dos países do Mercosul; é aplicado no Brasil, em Portugal, na
Argentina, no Uruguai e no Paraguai.

Já os Certificados e Diplomas Internacionais de Línguas Latinas de Especialidade


(CEDILLES), sob os auspícios da União Latina, são oferecidos por 3 universidades de países de
línguas latinas: a Universidade de Alcalá, na Espanha, a Universidade de Caxias do Sul, no
Brasil e a Universidade Aberta CENTED, de Portugal. Os exames avaliam, separadamente, a
proficiência em espanhol e em português empresarial do Brasil e de Portugal. Em nosso país são
oferecidos, anualmente, os Certificados Básico, Avançado e Superior de Português Língua
Estrangeira Empresarial. As provas estão divididas em 3 partes: compreensão escrita e
conhecimentos específicos do idioma, onde são apresentados textos retirados de jornais ou
revistas contendo temas econômicos; produção escrita, devendo o candidato produzir uma
correspondência comercial, como por exemplo, mensagens, circulares ou cartas; e, por fim, a
compreensão e expressão orais, para o estrangeiro mostrar sua capacidade de expressão oral em
Português ao tratar de temas econômicos ou comerciais.

Fundada em 1992, durante o III Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada realizado


na UNICAMP, a Sociedade Internacional Língua Estrangeira (SIPLE), tem o objetivo de
promover a divulgação e o intercâmbio da produção científica; a troca de informações e contatos
profissionais com instituições e outras associações interessadas em PLE e PL2; o intercâmbio
cooperativo entre cursos de pós-graduação e pesquisa no que se refere à atuação docente e
discente; e apoiar a criação e a melhoria de cursos de graduação e pós-graduação em PLE e PL2.
Anualmente, a sociedade promove congressos, seminários e desde 2010 mantem uma publicação
semestral com o objetivo de divulgar textos inéditos na área de ensino e pesquisa, em âmbito
nacional e internacional. O acesso à revista é livre e imediato, através do site.

Dentro dessa perspectiva de crescimento, que atesta o vigor da área do Português Língua
Estrangeira, cada vez mais eventos como seminários, congressos e conferências voltados aos
professores e pesquisadores da área têm acontecido, em grande parte organizados pelas
universidades federais, estaduais e particulares do Brasil. Anualmente, a Siple organiza um

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grande evento, como o Congresso Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira
(Consiple) e o Simpósio Siple.

Na internet, a Comunidade Fale Português, que conta com mais de 3.000 inscritos, na
maioria professores de PLE que vivem tanto no Brasil como no exterior tem um papel
fundamental na integração de professores de português que ministram cursos para estrangeiros.
Sempre que possível, encontros presenciais são organizados. Há participantes da Austrália,
Suíça, Estados Unidos, dos países da América Latina, dentre muitos outros. Para manter os
participantes atualizados e abrindo uma perspectiva nova para a análise de questões pertinentes,
são oferecidos, ainda, chats e workshops virtuais, na maioria das vezes gratuítos. Além de bate-
papos semanais, mantem grupos de discussões em vários temas de interesse como material
didático, Celpe-Bras, recomendação de livros, filmes para aulas de PLE, cultura brasileira
através da música, etc. Também é possível encontrar um banco de vídeos sobre o Brasil, material
que pode ser utilizado em sala de aula.

Como é possível notar, o mundo do PLE só tem crescido e diversificado, no entanto,


ainda falta muita coisa, como por exemplo, material para os níveis avançados ou para o ensino
do PLH ou, ainda, específico para as crianças.

Referências Bibliográficas

Publicações Impressas
Provas e Manuais Celpe-Bras dos anos de 2006 a 2011.

Dissertações
LI, Ye. A Preparação de Candidatos Chineses para o Exame Celpe-Bras: Aprendendo o que
Significa “Uso da Linguagem”. Porto Alegre, dissertação de mestrado em Linguística Aplicada
da UFRGS, 2009.
SAKAMORI, Lieko. A Atuação do Entrevistador na Interação Face a Face do Exame Celpe-
Bras. Campinas, dissertação de mestrado/Instituto de Estudos da Linguagem, 2006.

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SILVA, Ricardo Moutinho Rodrigues da. O Efeito Retroativo do Celpe-Bras na Cultura de
Aprender de Candidatos ao Exame. São Carlos, dissertação de mestrado do Departamento de
Linguística da Universidade Federal, 2006.

Sites
Governo Brasileiro: www.brasil.gov.br/noticias, consultado em 16 out. 2011.
INEP/Celpe-Bras: http://www.inep.gov.br/celpebras/, consultado em 16 out. 2011.
Itamaraty: http://www.dc.itamaraty.gov.br, consultado em 8 set. 2012.
MEC:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12270&Itemid=518,
consultado em 16 out. 2011.
Unicamp: http://www.unicamp.br/~matilde/index.html, consultado em 4 set. 2012.
Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cilp,
consultado em 20 ago. 2012.
Universidade de Caxias do Sul (UCS): www.ucs.br/ucs/extensao/pp2/portugues/exames/cedilles,
consultado em 20 ago. 2012.

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