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Subsídios para o Projeto

Estrutural de Torres de
Transmissão de Energia
VANESSA VANIN
( C U R S O E N G . C I V I L U N I V E R S I D A D E D E PA S S O F U N D O )
ZACARIAS MARTIN CHAMBERLAIN PRAVIA
( D. S C . P P G E N G U N I V E R S I D A D E D E PA S S O F U N D O )
Problema
Obter subsídios para o dimensionamento de torres de
transmissão de energia elétrica, de modo que o grau
de incerteza em seu dimensionamento seja o mais
reduzido possível, a fim de que o comportamento da
estrutura seja adequado sem que haja
superdimensionamento desta, levando em conta o
fato de se tratar de estrutura esbelta e de baixo
peso, onde, sabidamente, o maior agente causador de
esforços é o vento.

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Justificativa
Estudar o dimensionamento de torres de transmissão,
uma vez que essas são de grande importância para o
desenvolvimento do país, já que delas depende o
processo de transmissão de energia.

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Objetivos

GERAL ESPECÍFICO

Reunir os subsídios necessários Pesquisar a literatura existente em


relação à influência do vento.
para o projeto de torres de
transmissão em estrutura de Avaliar as configurações de modelos
aço, levando em consideração de torres e metodologia de análise
estrutural.
os esforços devidos ao vento.
Dimensionar uma torre de
transmissão de energia elétrica.
Utilizar diferentes programas
computacionais que se utilizem do
Método dos Elementos.

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Procedimentos Metodológicos
Materiais e equipamentos: livros, normas técnicas, computador
pessoal, software de elementos finitos;

Estudo da influência do vento no dimensionamento de torres de


transmissão;

Estudo das configurações de modelos de torres e metodologia de


análise estrutural;

Dimensionamento de uma torre de transmissão de energia.

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Cálculo do Vento
ABNT NBR 6123 (Forças devidas ao
vento em edificações)

ABNT NBR 5422 (Projetos de linhas


aéreas de transmissão de energia).

Em ambos os casos, calculou-se o vento


a 0°, 45° e 90°.

Divisão dos trechos para o cálculo do vento

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Cargas devidas a ação do vento

Cargas devidas ao vento com correção do tempo de integração para 10 min

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Downburst
Diferente do vento de camada
limite, o vento downburt,
geralmente, tem sua
velocidade máxima atingida em
algum ponto entre 50 m a 100
m de altura. Além disso, a
velocidade do vento num
Downburst é uma função de
localização no plano horizontal
em relação à tempestade e
varia com o tempo, bem como
sendo dependentes da altura. A
distribuição também é
influenciada pela velocidade
de translação da tempestade.

Diferença de comportamento entre ventos downburst e camada limite.

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Downburst
As ações impostas por ventos
downburts podem superar e
muito as consideradas pelo
método da camada limite, o
que expõe as torres de
transmissão a solicitações não
quantificadas, onde
provavelmente será atingido o
carregamento mais severo em
sua vida útil.

Simulação vetorial do caminho da velocidade do vento de um downburt


Fonte: M.T. Chay, F. Albermani e H. Hawes

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Cargas e
Combinações
A carga permanente será devida ao peso próprio
da estrutura e seus componentes, mais a
protensão (Rodrigues apud Koeller 2012).

• Cabos Condutores: 5,86 kN.

• Cabos Para-raios: 1,71 kN.

• Isoladores:1,0 kN.

• O peso próprio da torre treliçada é calculado


automaticamente pelo programa de
elementos finitos SAP2000.

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(a) (b) (c)

Carga devida à ação do vento a 0° (a), 45° (b) e 90° (c)

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Combinações

As combinações foram feitas de acordo com a ABNT NBR 8800


que define as combinações que devem ser empregadas no
dimensionamento de estruturas de aço, levando em
consideração a probabilidade que estas têm de atuarem
simultaneamente na estrutura.
As combinações devem ser feitas de forma a prever a pior
situação para a estrutura, a verificação dos estados-limites
últimos e estados-limites de serviço e devem ser realizadas em
função das combinações últimas e das combinações de serviço
respectivamente.

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CONCEPÇÃO GEOMÉTRICA E ESTABILIDADE DE
TORRES DE TRANSMISSÃO

A concepção geométrica de uma torre de transmissão está


diretamente associada a sua estabilidade. Um procedimento a
seguir para definir a concepção é avaliar a estabilidade do
modelo, através da resolução do problema de autovalor, que
fornece como resultado os modos de deformação e os valores
associados à ação imposta no modelo (λ - parâmetro de carga
crítica).

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Elementos de uma torre treliçada Torre tronco-cônica utilizada neste trabalho

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Estrutura sem contenções laterais bastantes Estrutura com contenções laterais

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Dimensionamento

Torres de transmissão são, em geral, modeladas como treliças


espaciais, sendo que a continuidade das pernas principais sugere
uma análise como pórtico espacial com diagonais rotuladas nas
extremidades.
O dimensionamento da torre de transmissão foi realizado
seguindo as recomendações da ABNT NBR 8800 e ABNT NBR
14762, e procede da mesma forma como em qualquer outra
estrutura de aço, sendo esses dimensionados à tração,
compressão e flexão.

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Resultado da
Análise
Foi utilizado, para as análises
lineares e para o
dimensionamento da estrutura, o
programa mCalc 3D da Stabile,
onde a estrutura foi dividida em
grupos para padronizar seu
dimensionamento.

Deslocamento máximo no topo da torre de transmissão em mm

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Grupos de elementos das torres de transmissão

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Dimensionamento

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Dimensionamento
da Ligações
O Dimensionamento das
ligações foi feito
utilizando o software
mCalcLIG

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Conclusão

Destacam-se dois aspectos no dimensionamento de uma torre de transmissão:


sua concepção estrutural e a determinação da carga imposta pelo vento.
Garantir a estabilidade da estrutura é o primeiro e mais importante passo, uma
vez que, se ignorada essa etapa no projeto, a resistência da torre de transmissão
pode sofrer grandes reduções devido a relações não lineares entre tensão axial
de deslocamento.
Quanto à obtenção dos carregamentos impostos pelo vento, foi possível observar
que, mesmo compatibilizando os períodos de integração das rajadas, as forças
obtidas a partir do cálculo proposto pela ABNT NBR 5422 são muito inferiores às
obtidas a partir da ABNT NBR 6123. Logo, ao utilizar os esforços obtidos pelo
cálculo de vento da ABNT NBR 6123, a estrutura dimensionada apresenta maior
segurança.

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Sugestões para trabalhos futuros
Análise dinâmica das forças do vento.
Análise de resistência da torre de transmissão quando submetida
a ventos downburst.
Análise do comportamento da estrutura mediante o rompimento
dos cabos.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5422:1985 Transmition Lines. Passo Fundo, Ed. Universidade de Passo
Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica. Rio Fundo, 2009.
de Janeiro, 1985.
GABRIELLI, TATIANNA V. Análise no Comportamento de
Estruturas de Torres de Transmissão Tubulares Via Simulação
Computacional. Ouro Preto, 2004.
_________NBR 6123:1988 Forças devidas ao vento em edificação.
Rio de Janeiro, 1988.

INTERNARIONAL STANDARD. IEC 60826:2003 Design criteria of


overhead transmission lines. Suíça, 2003.
_________NBR 8800:2008 Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto em edifícios. Rio de Janeiro,
2008.
ROSA, MARCELINO. Linhas de Transmissão: Critérios de Projetos
e Definição do Tipo de Fundação. São Paulo, 2009.

CHAMBERLAIN PRAVIA, Zacarias M. et al. Projeto e cálculo de


estruturas de aço: Edifício industrial detalhado. Rio de Janeiro:
Elsevier,2013. VÉLEZ, MARCELO L. S. Diseño de Una Torre de Transmisión Auto
Soportada para Una Línea de 69kV. Quito, 2010.

_________Interinarrional Seminar on Modeling and Identificacion


of Structures Subjected to Dynamic Excitation: Enphasis on

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Referências
CARVALHO, HERMES. Metodologias para Análise Estática do HÉRNANDES ROSAS, A. N; PADILLA, F. M. Diseño de Torres
Efeito do Vento em Linhas de Transmissão. Belo Horizonte, de Transmisión Eléctrica. México DF, 2005.
2010.
CHAY, M.T; ALBERMANI, F. e HAWES H. Wind Loads On
Transmission Line Structures In Simulated Downbursts.Gold
Coast, Australia, 2006.
HATASHITA, LUIZ SEITI. Análise de Confiabilidade de Torres
de Transmissão de Energia Elétrica Quando Sujeitas a
Ventos Fortes via Método Analítico FORM. Curitiba, 2007.

KOELLER, WILLIAM M. Verificação Estrutural de Torre LTEE


Sob Ação de Vento. Rio de Janeiro, 2012.

DAMASCENO NETO, WILSON TORRES. Estruturas de Torres


sob Ação de Ventos Originados de Dowbursts. Rio de
Janeiro, 2012.

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Obrigada!

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