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Circulação fetal

1º A circulação inicia-se na placenta onde o cordão umbilical é responsável por movimentar o


liquido.

2º Ocorre um desvio no cordão que denominamos SHUNT, no caso o primeiro da circulação


fetal, e é chamado de DUCTO VENOSO, que realiza a comunicação do cordão com o fígado
(Nutrindo-o).

3º A maior parte da circulação, segue pela VEIA CAVA INFERIOR até o ATRIO DIREITO,
onde também é despejada a circulação trazida pela VEIA CAVA SUPERIOR.

4º A maior parte do sangue que se encontra no ATRIO DIREITO, segue em direção do


VENTRICULO DIREITO. Nesta mesma parte ocorre o segundo SHUNT onde a
circulação se divide em nutrição de MMSS/cabeça e nutrição de MMII/vísceras, este
SHUNT é denominado FORAME OVAL, responsável por realizar a comunicação entre o
ATRIO DIREITO e ATRIO ESQUERDO.

Nutrição de MMII e Vísceras


1º O sangue segue do VENTRICULO DIREITO para a ARTERIA PULMONAR e então
para AORTA DESCENDENTE, onde ocorre o terceiro SHUNT, denominado DUCTO
ARTERIAL.

2º A ARTERIA PULMONAR leva 10% de sangue e divide entre os pulmões (5% para cada
lado) enquanto a AORTA DESCENDENTE leva 90% do sangue para MMII e vísceras.
Finalizada o nutrição, o sangue retorna para placenta pelas ARTERIAS UMBILICAIS.

Nutrição de MMSS e cabeça


1º Uma parte do sangue do ATRIO DIREITO entra pelo DUCTO VENOSO (1º SHUNT),
que é responsável por realizar a comunicação entre ATRIO DIREITO e ATRIO
ESQUERDO. Após o sangue adentrar no ATRIO ESQUERDO, ele segue pelo
VENTRICULO ESQUERDO.

2º A partir do VENTRICULO ESQUERDO o sangue é enviado para a AORTA


ASCENDENTE, nutrindo os MMSS e a cabeça. Após realizada a nutrição, o sangue segue pela
VEIA CAVA SUPERIOR até o ATRIO DIREITO, refazendo o ciclo.
CICLO FETAL
Eventos pós nascimento

1º Eliminação da circulação placentária (Saída do liquido amniótico, pulmões irão encher de ar,
expansão pulmonar, e a respiração passará a ser via pulmonar e não via umbilical);

2º Termino do fluxo sanguíneo através dos vasos umbilicais e da placenta;

3º Fechamento do ducto arterial (3 semanas – no máximo), forame oval (2 semanas – no


máximo) e ducto venoso ( 2 semanas – no máximo). OBS: primeiro ocorre o fechamento
funcional que é instantâneo (1 minuto após o nascimento) e depois fecha anatomicamente como
citado;

4º Diminuição da resistência vascular pulmonar, dilatação dos vasos e constrição do ducto


arterial;

5º Arritmias e sopros tendem a desaparecer gradualmente enquanto se ajustam a circulação


neonatal;

6º Artérias umbilicais se tornam ligamentos umbilicais e as veias umbilicais viram o ligamento


redondo.

OBS: Caso não haja o fechamento anatômico do canal arterial (Persistência do canal arterial), e
a permanência do forme oval será denominada CIA.

Avaliação do paciente cardiopata

1º Avaliação do prontuário: (Dados pessoais)

 Sexo: Predisposição a infarto no sexo masculino;


 Peso: Sobrepeso influenciara na evolução do tratamento;
 IMC;
 Médico responsável;
 Diagnóstico clínico;
 Medicamento em uso: Se o paciente não estiver medicado e fizer uso de anti-
coagulante, não realizar a sessão de fisioterapia, pois movimentos podem mobilizar o
trombo, levando o mesmo a uma trombose venosa;

2ºAnamnese (QP/HMA/HMP/HS/HF): Entrevista/ ter uma boa relação com o paciente.

*Compreensão da doença: O paciente deve entender que possui tal enfermidade e o


fisioterapeuta deve estar sempre ressaltando o prognostico pois o tratamento deve ser em
conjunto. Também cabe ao paciente a mudança dos hábitos de vida.

*Usar sempre uma linguagem familiar de acordo com a capacidade do paciente;

*Família: É e grande importância para reabilitação tanto para apoiar o paciente quanto para
participar da anamnese, pois o paciente pode esquecer ou omitir informações.

*Profissão: Capacidade funcional, atividade física exercida no trabalho (Se fica muito tempo
parado, se movimenta muito) nível de responsabilidade (relacionado ao stress), stress. Deve-se
reabilita-lo para que o mesmo retorne as mesmas funções (na medida do possível) ou mudança
de função.
*Perfil do fatores de risco: Histórico familiar de doença cardíaca, tabagismo, etilismo, hábitos
sociais ou alimentares ruins, hipertensão arterial, diabetes melitus e aterosclerose (Observação:
Geralmente o paciente cardiopata apresenta circunferência abdominal aumentada)

3ºExame físico:

*Dados vitais:

FR: RN: 30 a 80 RPM / Lactente 20 a 40 RPM / Criança 12 a 25 RPM / Adulto 12 a 20 RPM

FC: * Quando o paciente tem um IAM a avaliação é feita na carótida ou femoral;

PA:

Saturação:

*Inspeção: Aspecto da pele, varizes, pés edemaciados, cianose (fase grave) – cor geralmente
acinzentada.

*Palpação:

*Ausculta cardíaca: A ausculta deve ser realizada nos focos cardíacos;

Focos cardíacos: São locais adequados onde se colocam o estetoscópio (4 locais);

 Foco pulmonar: Segundo espaço intercostal a esquerda;


 Foco aórtico: segundo espaço intercostal a direita;
 Foco tricúspide: Base do processo xifoide lateralizando a esquerda;
 Foco mitral: Quinto espaço intercostal a esquerda.

Bulhas Cardíacas: Ruídos na ausculta.

Bulha B1: Fechamento da válvula mitral e tricúspide (TUM) – Mais grave;

Bulha B2: Fechamento da válvula aórtica e pulmonar (TA) – Mais agudo.

OBS: Insuficiência cárdica ou síndrome isquêmica = Redução de Bulha B1, redução da


velocidade de fechamento das válvulas, causando a B1 hipofonética, alteração da contração,
válvula fecha de forma ineficaz

OBS2: A insuficiência aórtica ou pulmonar = causa mal fechamento das valvas semilunares,
falência cardíaca (contração alterada no ventrículo esquerdo, chegando pouco sangue na aorta,
causando redução na bulha) – B2 hipofonética.

*Força muscular: Avaliar déficit musculo esqueléticos;

*Postura e marcha: Alterações de marcha pós cirúrgicas, AVE;

*Expansibilidade torácica: Teste de expansibilidade e tipo de respiração;

Tipos de respiração: Apical, diafragmática e mista.

*Tipos de tórax;
Circunferência abdominal feminina: Menor que 80; Sempre observar a relação
Circunferência abdominal Masculina: Menor que 94; quadril/cintura nos pacientes
Commented [JG1]:

*Ausculta pulmonar;

*Tosse/secreção;

*Exames complementares: ECG, Tomografia (Com ou sem contraste), Angiotomografia


(verificação de veias, artérias e presença de trombos), cintilografia (verifica perfusão sanguínea
miocárdica em repouso e pós stress), teste ergométrico.

ECG

Registra os sinais elétricos emitidos durante a


atividade cardíaca, fornece informações sobre os
impulsos do coração, é considerado “padrão ouro”
para o diagnostico não invasivo de arritmia,
distúrbios de condução, além de ser muito importante
nos quadros isquêmicos coronarianos.

O coração age como um “gerador” de correntes


elétricas, que, quando se espalham pelo sistema
condutor, geram potenciais elétricos, cuja a evolução
no tempo e no espaço podem ser aproximadamente
previstas.

Dados:

Onda P: Despolarização atrial (Contração do átrio) -> Ativação nodo sinusal;

Seguimento PR: Estimulo do nodo sinusal para átrio ventricular (Não aparece no exame);

*Pausa fisiológica entre P e Q: Esta pausa é responsável pelo tempo de enchimento dos
ventrículos com sangue;

Complexo QRS: Despolarização ventricular (Contração do ventrículo) A onda do nodo sinusal


vai em direção ao feixe de his. (OBS: A depolarização do átrio, ocorre ao mesmo tempo, porém
ela é mais fraca e não aparece no ECG);

Onda T: Repolarização ventricular (Relaxamento ventricular).

Modo de realização do exame: São utilizados eletrodos colocados no tórax do paciente para
receber a corrente elétrica do tecido muscular cardíaco em diferentes variações;

Derivações precordiais: Linha que une eletricamente os eletrodos ao ECG (Bipolar ou unipolar);

Interpretação ECG

1º Identificar nome, idade, data e hora do exame;

2º Verificar se a calibração está em “N” e velocidade em “25 mm/s”;


3º Realizar divisão dos quadros. 1mm = 0,04 segundos. 5 mm – 0,2 segundos;

4º Avaliar ritmos; (Ritmo normal: Sinusal, onde a onda P é positiva nas derivações DI, DII e
aVF, onde P está precedendo a onda QRS e sempre se encontrará positiva)

5º Observar frequência cardíaca; Calculo FC = 1500/R-R (O valor do raio é a distância entre


uma onda e outra – conta-se os quadradinhos *verificar terceiro passo*)

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