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sSABATINA

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

AULAS 01 E 02

APRESENTAÇÃO DO NOVO CPC


NORMAS FUNDAMENTAIS
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
COMPETÊNCIA
PROFESSOR MOZART BORBA

1. O que visa o neoprocessualismo, no novo Código de Processo Civil?


R: O novo código de processo civil foi pensado para estar mais próximo da constituição;
respeitando as normas constitucionais. De acordo ao art. 1°: O processo civil será
ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais
estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as
disposições deste Código.

2. O que vem a ser o sistema “multiportas”?


R: É a necessidade de se evidenciar os meios que permitem a materialização do acesso à
justiça como, por exemplo, investir na arbitragem e na conciliação e mediação. Prevê o
Art. 3º, § 2º, NCPC: “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual
dos conflitos”. Veja o que diz o art. 334: Se a petição inicial preencher os requisitos
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará
audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Ou seja, antes
de o réu ter o prazo para contestação, há uma tentativa de conciliação ou mediação,
visando a celeridade da resolução dos conflitos e estimulando a autocomposição.

3. Qual a diferença entre conciliador e mediador?


R: O conciliador atua em casos onde não há vínculo anterior entre as partes; já o
mediador, atua preferencialmente em casos em que há vínculo anterior entre as partes.
(ex: divórcio). Vide art. 165, §2°: O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos
em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o
litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para
que as partes conciliem. E analise o art. 165, §3°: O mediador, que atuará
preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes,
auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de
modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si
próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.

4. Quais são os precedentes jurídicos obrigatórios? (“DECORAR”)


R: Estão previstos no art. 927, NCPC:
Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e
do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
Esses precedentes obrigatórios visa quebrar a cultura da “cabeça de juiz”, ou seja, para
que o juiz não decida a seu “bel prazer”, usando como justificativa o princípio do livre
convencimento.

NORMAS FUNDAMENTAIS – PRINCÍPIOS

5. O que é o princípio da primazia do julgamento de mérito?


R: O princípio da primazia do julgamento de mérito traz a orientação de que a atividade
jurisdicional deve se nortear pela atividade satisfativa dos direitos discutidos em juízo.
Prevê o art. 4º, NCPC: As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Analisando o disposto no art. 321: O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche
os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Nota-se que, por esse princípio, há uma “tolerância” por parte do juiz. Em vez de indeferir
de pronto, o juiz dá uma chance ao autor da petição inicial. Caso ele não corrija o erro, aí
sim, a petição inicial será indeferida.
Outro exemplo desse princípio está previsto no parágrafo único do art. 932: Antes de
considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao
recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Sempre que possível, o juiz que julgar o mérito, para se evitar processos longos.

6. Em quais situações é cabível o agravo de instrumento?


R: DECORAR o que está previsto no art. 1.015:
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário.

7. E quando é cabível apelação?


R: Atente-se ao que está previsto no parágrafo primeiro do artigo 1.009.
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou
nas contrarrazões.

8. O que é o princípio da duração razoável do processo?


R: No art. 4º, NCPC, diz que as partes têm o direito de obter em prazo razoável a
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

9. O que é o princípio da boa-fé processual?


R: Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé.
Um exemplo do princípio da boa-fé processual é a chamada tutela de evidência:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da
parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
É bom frisar que o NCPC é bem mais intolerante com as pessoas que agem de má-fé nos
processos.

10. O que é o princípio da cooperação?


R: Art. 6° Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva (acabar com as “briguinhas” entre juíz,
advogados e MP, para que se evite prejudicar as partes). No art. 357, § 3°, está previsto
sobre o saneamento e organização do processo, notadamente quanto às questões
complexas: § 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito,
deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com
as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou
esclarecer suas alegações.

11. O que é o princípio da eficiência?


R: Mínimo de atividade com máximo de resultados.
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências
do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a
eficiência.
Alguns exemplos do princípio da eficiência:
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação.
§ 3° Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo
competente.
§ 4° Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo
juízo competente.
No Código anterior, qualquer decisão proferida por juiz absolutamente incompetente, era
nula. Já no NCPC, ficarão conservadas os efeitos da decisão proferida pelo juíz
incompetente, até que outra seja proferida.
O assunto “Ministério Público” cai corriqueiramente em provas:
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a
acompanhar o feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o
juiz invalidará os atos praticados.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se
manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo, a partir do momento em
que ele deveria ter sido intimado (outro exemplo do princípio da eficiência).

12. O que é o princípio da proibição de decisão surpresa?


R: Esse princípio cai muito em provas. Veja o dispositivo dos artigos 9° e 10:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente
ouvida.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento
a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que
se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício (ordem pública).
Havia uma reclamação constante de quem advoga; o juiz decidia e sequer o advogado
teve a chance de se manifestar a respeito. Essa prática agora está proibida pelo NCPC.

13. Há exceções ao princípio da proibição da decisão surpresa?


R: Art. 9°, Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701 (tutela monitória).

14. O que é o contraditório substancial?


R: O contraditório substancial tem por escopo propiciar às partes a ciência dos atos
processuais, bem como possibilitar que elas influenciem na formação da convicção do
julgador (questão TRE-PE, Cespe) (o juiz tem que estar “com o coração aberto” para
ouvir)

15. O que é o princípio da fundamentação e publicidade?


R: Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença
somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

16. Há exceção ao princípio da fundamentação?


R: Exceção ao princípio da fundamentação: Distinção (distinguishing – “precedente
distinto”) e superação (overruling – “precedente superado”).

17. Quais as exceções do princípio da publicidade? DECORAR


R: Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união
estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde
que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
18. O que vem a ser a ordem cronológica de julgamento?
R: Prevê o Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem
cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.
§ 1° A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição
para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
Ver arts. 203, 356, §6º,

19. Quem estão excluídos da regra da ordem cronológica de julgamento? CAI


R: Segundo o § 2º do artigo 12, estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência
liminar do pedido;
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em
julgamento de casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas
repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão
fundamentada.

20. Existe a possibilidade de alterar a ordem cronológica para a decisão?


R: § 4° Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1°, o requerimento formulado
pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a
reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
§ 5° Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em
que anteriormente se encontrava na lista.

21. Quais processos ocupação o primeiro lugar na lista da ordem cronológica para a
decisão?
R: § 6° Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1° ou, conforme o caso, no § 3°, o
processo que:
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de
realização de diligência ou de complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.

DA FUNÇÃO JURISDICIONAL E AÇÃO

22. O que é jurisdição?


R: É o poder do Estado de aplicar o direito material no caso concreto.

23. O que é ação?


R: É o direito subjetivo público e abstrato de exigir do Estado uma tutela jurisdicional
positiva e efetiva (resposta do judiciário).

24. Quais são as condições (requisitos ou pressupostos) para o exercício da ação?


R: Legitimidade das partes e interesse de agir. Art. 485, VI e art. 17
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo;
ATENÇÃO: possibilidade jurídica do pedido: alguns doutrinadores entendem que está no
mérito.

25. O que é legitimidade ativa e passiva?


R: Legitimidade ativa é “quem está pedindo”; aquele que propôs a ação.
Legitimidade passiva é aquele “a quem está se pedindo”, ou seja, aquele que satisfará a
pretensão indicada pelo autor.

26. O que é legitimidade ativa ordinária e extraordinária?


R: Legitimidade ativa ordinária é aquele que em nome próprio pleiteia direito próprio; já
legitimidade ativa extraordinária (ou excepcional) é aquele que pleiteia em nome próprio
direito alheio. Aqui ocorre o fenômeno da “substituição processual”, onde há as figuras
do substituto e do substituído. Exemplo: sindicato dos policiais militares do RJ entram com
ação para pleitear direito desses policiais. Nessa situação hipotética, o sindicato é o
substituto e os policiais militares são os substituídos.
Veja o art. 18: Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.
Atente-se ao parágrafo único do artigo 18, que é cobrado com frequência em provas:
Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.

27. Qual a nova teoria que o novo código de processo civil vem adotando?
R: O NCPC vem adotando a teoria da asserção. Esse assunto será melhor abordado na
aula de sentença.

28. O que é interesse de agir?


R: É o binômio necessidade + adequação (utilidade). Ou seja, há a ação tem que ser
necessária e adequada.

29. Quais são os elementos da ação?


R: Toda ação tem que ter partes, causa de pedir e pedido.

30. Quais são as espécies de ação?


R: a) ação de conhecimento, as quais, na sentença, podem ser:
a.1. Declaratória;
a.2. Constitutiva;
a.3. Condenatória;
a.4. Mandamental (cai na FCC)
b) ação de execução.

31. O que é induzido com a citação válida?


R: De acordo ao artigo 240: A citação válida, ainda quando ordenada por juízo
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor,
ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil).

32. O que é violado quando se postula ações idênticas?


R: Quando é postulada uma ação idêntica a outra em andamento, viola a litispendência,
pois a lide principal ainda não havia transitado em julgado, razão pela qual a ação idêntica
é extinta sem resolução de mérito.
33. Quando há litispendência e quando há coisa julgada?
R: Leia os parágrafos 1°, 2°, 3° e 4° do artigo 337:
§1° Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente
ajuizada.
§ 2° Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido.
§ 3° Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4°Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em
julgado.
Em ambos os casos, o juiz julgará a ação extinta sem resolução de mérito: no primeiro
caso, porque ainda tem ação idêntica em andamento pendente de julgamento; no
segundo caso, porque já há julgamento a respeito. Vide art. 485, V:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

34. O interesse do autor pode limitar-se a que tipo de declaração?


R: Segundo o art. 19, o interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

35. É admissível a ação meramente declaratória?


R: De acordo ao art. 20: É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha
ocorrido a violação do direito.

JURISDIÇÃO

36. Ao que está associado a jurisdição?


R: A jurisdição está associada ao Poder Estatal de aplicar o direito material aos casos
concretos.

37. A arbitragem pode ser considerada um substituto jurisdicional?


R: Sim, a arbitragem é um substituto jurisdicional, pois tratam-se de jurisdição paralela à
jurisdição estatal. A jurisdição estatal é regulada pelas normas processuais civis e a
jurisdição arbitral é regulada por lei extravagante. O novo CPC formalizou a arbitragem
como jurisdição no Direito Brasileiro.

38. Quais são as características da jurisdição? (cai em prova)


R: São elas:
a) atividade provocada (art. 2° - princípio da inércia);
b) atividade imparcial (princípio do juiz natural – impedimento e suspeição);
c) atividade substitutiva a inércia das partes;
d) una e indivisível (o que se fraciona é a competência e não a jurisdição)

39. Há exceção em que o juiz pode atuar de ofício?


R: Sim. Como exemplo, podemos citar o artigo 712: Verificado o desaparecimento dos
autos, eletrônicos ou não, pode o juiz, de ofício, qualquer das partes ou o Ministério
Público, se for o caso, promover-lhes a restauração.

COMPETÊNCIA

40. O que é a competência?


R: Nada mais é que a medida da jurisdição. Diz o artigo 42: As causas cíveis serão
processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o
direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.

41. Como são divididas as competências?


R: Basicamente são divididas em competências absolutas e competências relativas.

42. Como são fixadas as competências absolutas?


R: De acordo ao artigo 62, tais competências são fixadas de acordo a matéria, pessoa e
função. Art. 62: A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função
é inderrogável por convenção das partes.
Mnemônico MPF (matéria, pessoa e função)

43. Como são fixadas as competências relativas?


R: De acordo ao artigo 63, tais competências são fixadas de acordo ao território e de
acordo ao valor. Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do
território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Mnemônico TV (território e valor)

44. Relacione as principais diferenças entre competência absoluta e competência relativa.

Competência Absoluta Competência Relativa


Interesse Público (direito indisponível) Interesse Particular (interesse disponível
Deve ser declarado de ofício Não pode ser declarado de ofício
Art. 64, §1°: A incompetência absoluta pode Súmula 33, STJ:
ser alegada em qualquer tempo e grau de Exceção: art. 63, §3° Antes da citação, a
jurisdição e deve ser declarada de ofício. cláusula de eleição de foro, se abusiva,
pode ser reputada ineficaz de ofício pelo
juiz, que determinará a remessa dos autos
ao juízo do foro de domicílio do réu.
(Cláusula abusiva de contrato)
Vício não está sujeito a preclusão Vício sujeito a prorrogação de competência.
(prorrogação). Art. 966, II: Art. 65. Prorrogar-se-á a competência
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em relativa se o réu não alegar a
julgado, pode ser rescindida quando: incompetência em preliminar de
II - for proferida por juiz impedido ou por contestação.
juízo absolutamente incompetente;
Deve ser alegada em preliminar da Somente em preliminar da contestação –
contestação (art. 64 c/c art. 337,II) Art. 64. A incompetência, absoluta ou
CUIDADO: FCC: se não o for, não impede relativa, será alegada como questão
que possa ser alegado por simples petição. preliminar de contestação.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou Obs: art. 65,Parágrafo único: A
relativa, será alegada como questão incompetência relativa pode ser alegada
preliminar de contestação pelo Ministério Público nas causas em que
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir atuar.
o mérito, alegar:II - incompetência absoluta
e relativa.

45. Quando é reconhecida a incompetência, o que acontece com os autos?


R: Reconhecida a incompetência, os autos serão remetidos ao juízo competente. Veja o
artigo 64, § 3º: Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente.

46. E o que ocorre com os atos já praticados?


R: Reconhecida a incompetência os autos praticados (salvo decisão em contrário) são
válidos até que o juízo competente ratifique ou retifique. O artigo 64, §4°, prevê: Salvo
decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

47. O rol do artigo 1.015 é exemplificativo ou taxativo?


R: Apesar de vários doutrinadores entenderem o contrário, para fins de prova de concurso
público, esse rol é taxativo!! (vide resposta questão 6).

48. Pode ser apresentada a preliminar de contestação de incompetência fora do foro do


processo? Em qual caso?
R: Prevê o artigo 340: Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a
contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será
imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
§ 1° A contestação será submetida a livre distribuição (se o réu for citado por A.R.) ou,
se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta,
seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
§ 2º Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for
distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§ 3º Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da
audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4º Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de
conciliação ou de mediação.
O artigo 340 e seus parágrafos é mais um exemplo do princípio da cooperação

49. Aquele que praticar o ato antes do termo inicial do prazo, será considerado
intempestivo?
R: Não. Será considerado tempestivo. Veja o art. 218, §4°: Os atos processuais serão
realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 4° Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

50. Quais são as regras de competência territorial?


R: Elas estão previstas do artigo 46 ao 53. Veja:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 1° Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2° Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde
for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3° Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta
em qualquer foro.
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro
de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5° A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou
no do lugar onde for encontrado.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de
situação da coisa.
§ 1° O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio
não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de
terras e de nunciação de obra nova.
§ 2° A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo
tem competência absoluta.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio
for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio,
também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de
disposições testamentárias.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu
representante ou assistente.
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a
União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de
situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor
Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a
demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica
contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem
personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo
estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato
praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em
razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Art. AÇÃO COMPETÊNCIA
(ref. competência territorial)
46 Direito pessoal o direito real sobre Domicílio do réu
bens móveis
§1º Quando o réu tem mais de um Foro de qualquer deles
domicílio?
§2° Quando é incerto ou desconhecido Poderá ser o réu demandado onde for
o domicílio do réu encontrado ou competência do domicílio do
autor
§3° Quando o réu não tiver domicílio Foro do domicílio do autor e, se também
ou residência no Brasil residir fora do Brasil, qualquer foro
§4° Quando há dois ou mais réus, com Foro de qualquer dos réus, a escola do autor
diferentes domicílios
§5º Execução fiscal Foro do domicílio do réu, de sua residência
ou onde for encontrado
47 Direito real de bens imóveis Foro da situação da coisa
§1º Casso o litígio não recair sobre O autor pode optar pelo domicílio do réu ou
direito de propriedade, vizinhança, pelo foro de eleição
servidão, divisão ou demarcação
de terras e de nunciação de obra
nova
§2º Ação imobiliária possessória Foro da situação da coisa
(competência absoluta)
48 - Inventário; Foro do domicílio do autor da herança
- partilha;
- arrecadação;
- cumprimento de disposições de
última vontade;
- impugnação ou anulação de
partilha extrajudicial;
- todas as ações em que o espólio
for réu
(ainda que o óbito tenha ocorrído
no estrangeiro)
p.ú. Quando o autor da herança não
possuía domicílio certo:
I. Bens imóveis Foro da situação desses bens
II. Bens imóveis em foros Qualquer deles
diferentes
III. Não havendo bens imóveis Foro do local de quaisquer bens do espólio
49 Réu ausente Foro do seu último domicílio, também
competente para arrecadação, inventário,
partilha e cumprimento de disposições
testamentárias
50 Réu incapaz Foro do domicílio de seu representante ou
assistente
51 Causas que seja autora a União Foro de domicílio do réu
p.ú. União demandada - Foro do domicílio do autor;
- Foro de ocorrência do ato ou fato que
originou a demandada;
- Foro de situação da coisa;
- Foro do Distrito Federal.
52 Causas que seja autor Estado ou Domicílio do réu
DF
p.ú. Estado ou DF demandado - Foro do domicílio do autor;
- Foro de ocorrência do ato ou fato que
originou a demandada;
- Foro de situação da coisa;
- Foro da capital do respetivo ente federado.
53,I Acão de divórcio, separação,
anulação de casamento e
reconhecimento ou dissolução de
união estável
a) Quando há filho incapaz Domicílio do guardião do filho incapaz;
b) Quando não há filho incapaz Último domicílio do casal;
c) Quando nenhuma das partes Domicílio do réu
residir no antigo domicílio do casal
53,II Ação em que se pede alimentos Domicílio ou residência do alimentando;
53,III Do lugar:
a) Ação em que for ré P.J. Lugar onde está a sede;
b) Obrigações em que a P.J. contraiu Lugar onde se acha agência ou sucursal;
c) Ação em que for ré sociedade ou Lugar onde exerce usa atividades
associação sem personalidade
jurídica
d) Ação em que lhe exigir o Lugar onde a obrigação deve ser satisfeita
cumprimento
e) Causas que versem sobre direitos Residência do idoso;
previstos no estatuto do idoso
f) Ação de reparação de dano por Lugar da sede da serventia notarial ou de
ato praticado em razão de ofício registro;
53, IV a) Ação de reparação de dano; Lugar do ato ou fato para a ação
b) Ação em que for réu
administrador ou gestor de
negócios alheios.
53, V Ação de reparação de dano Domicílio do autor ou do local dos fatos
sofridoem ração do delito ou
acidente de veículos, inclusive
aeronaves

PS: DECORAR!!! Porque reiteradamente cai em provas (geralmente FCC pergunta)


51. Existe alguma competência territorial absoluta? Cite exemplo.
R: Sim. Está prevista no art. 47, §2°: A ação possessória imobiliária será proposta no foro
de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

52. Existe alguma competência em razão do valor que seja absoluta? Cite exemplo.
R. Sim. Está previsto no artigo 3°, § 3°, da lei n° 10.259/2002.
Art. 3° Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de
competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como
executar as suas sentenças.
§ 3° No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é
absoluta.

53. Quando é fixada a competência?


R: Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta. A isso se dá o nome de “perpetuação da jurisdição”.

54. Quando é modificada a competência?


R: Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência,
observado o disposto nesta Seção.

55. Quando uma ação é conexa a outra?


R: Quando tem a mesma causa de pedir OU o mesmo pedido. CUIDADO: “pegadinha
de prova” – se a prova colocar um E no lugar do OU, a questão estará errada, tendo em
vista que basta ter um dos requisitos acima para que uma ação seja conexa a outra.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou
a causa de pedir.

56. Quando ocorre continência?


R: Quando duas ações tem:
- as mesmas partes; +
- a mesma causa de pedir; +
- o pedido de uma é mais amplo e abrangente o da outra.
* Causa continente: pedido mais ampla;
*Causa contida: pedido menos abrangente.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange
o das demais.

57. Existe diferença entre litispendência e continência?


R: Sim. Cuidado com as diferenças abaixo:

LITISPENDÊNCIA CONTINÊNCIA
Mesmas partes Mesmas partes
Mesma causa de pedir Mesma causa de pedir
Mesmo pedido Pedido de uma é mais abrangente que o
pedido da outra

58. Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta? Sempre?
R: Art. 55, § 1°: Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta,
salvo se um deles já houver sido sentenciado (Súmula 235, STJ)

59. Conexão e continência são formas de modificação de competência. Mas havendo


conexão ou continência, necessariamente haverá mudança de competência?
R: Não, pois os processos podem estar em uma única vara ou na mesma competência
territorial (já caiu no CESPE).

60. Qual o tipo de competência que pode ser modificada com a conexão ou continência?
R: Somente a competência relativa.

61. Onde as ações serão reunidas?


R: No juízo prevento. Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no
juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.

62. O que torna o juízo prevento?


R: Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

63. O que ocorre quando o indivíduo propõe uma ação, mas posteriormente propõe uma
segunda ação, todavia com o pedido menos abrangente que a primeira? E quando for o
contrário (a ação com pedido mais abrangente foi proposta depois da ação com o pedido
menos amplo)?
R: A causa com o pedido menos abrangente (causa contida) será proferida a sentença
sem resolução de mérito. Se for o contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
Veja o art. 57: Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução
de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

64. Em que casos as ações serão reunidas?


Art. 55, § 2º: Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

65. O que vem a ser o fenômeno da prejudicialidade? (novidade do NCPC)


R: De acordo ao fenômeno da prejudicialidade, se estiverem pendentes duas ações que
possam gerar riscos de decisões conflitantes ou contraditórias, elas devem ser reunidas,
mesmo que não haja identidade de pedido ou de causa de pedir (art. 55, §3°), ou seja,
mesmo que não haja conexão nos termos do artigo 55.
§ 3° Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles.
Exemplo: uma ação de servidor público estadual pedindo algum aumento em determinada
gratificação e, paralelamente, uma ação civil pública do MP pedindo para não conceder
nenhuma gratificação pra qualquer servidor, devido a crise financeira existente no Estado.
São ações que, apesar de não terem a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, o
julgamento de uma ação pode gerar consequências na decisão da outra.

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