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O Piano

O instrumento
O piano é um instrumento musical de cordas que são percutidas dentro de
uma caixa de ressonância por martelos de madeira acionados por 88 teclas
(cordofone, segundo Hornbostel e Sachs). Este cordofone é constituído por
vários componentes: Cravelhas, Tampo Harmónico, Cordas, Martelos e Ponte.
Relativamente a alguns dos componentes do piano, temos as cravelhas que são
pinos metálicos onde as cordas do piano estão presas. Têm a função de manter a
afinação do piano e é através delas que se afina o piano. As cravelhas de um
piano são fixadas e suportadas pelo cepo e para que o piano se mantenha
afinado, tanto o cepo como as cravelhas precisam estar em perfeito estado. O
tampo harmónico tem como principal função receber e amplificar as vibrações
emitidas pelas cordas do piano. Esta peça é feita de madeiras que tenham uma
boa qualidade acústica e tem muita importância para a qualidade sonora de cada
piano. As cordas do piano são feitas de aço sendo que as cordas mais grossas,
também conhecidas como bordões, têm um cobre enrolado longitudinalmente
para atingir a espessura necessária para que o som seja emitido de forma
correta. Quanto mais grossa a corda, mais grave é o som emitido. O piano contém
também, geralmente, 3 pedais: o pedal de surdina (esquerdo), o pedal harmónico
no piano de cauda ou pedal de estudo no piano vertical (meio) e o pedal de
sustentação (direita).
Para além do piano acústico, com a invenção da eletrónica surgiu o chamado
piano digital, que simula a sensação das teclas e o som dos pianos acústicos.
Os pianos acústicos podem ser subdivididos em piano de cauda e piano
vertical. No piano de cauda, a armação das cordas é horizontal, enquanto no
piano vertical a armação é vertical, por isso, os martelos não beneficiam da força
da gravidade. O piano de cauda destaca-se por precisar de muito espaço já que é
um instrumento com bastante volume. Normalmente, são usados em salas de
concerto com uma boa acústica e tetos altos.
História
O piano foi inventado em 1709 por Bartolomeo Cristofori. Os pianos de
então eram ainda muito rudimentares, no entanto, já continham os elementos
que os iriam diferenciar dos cravos e dos clavicórdios: a presença de abafadores
e o mecanismo do escape.
O piano atual tem uma extenção de 7 oitavas (88 teclas) e utiliza uma
afinação temperada (afinação onde a oitava é dividida em 12 partes iguais).
Os primeiros pianos a aparecerem foram os pianos de mesa,
rectangulares, e foram muito populares devido ao seu preço acessível. Só mais
tarde (tirando a ideia dos construtores de cravos) decidiu conferir-se um valor
decorativo ao piano e repensar o seu formato.

Repertório
Nos primórdios do piano, não havia muito repertório para o instrumento.
Contudo, no periodo clássico compositores como Mozart, Haydn e Clementi
escreveram bastantes obras representativas. No entanto, é no Romantismo que o
piano vai atingir o seu auge, em particular com compositores como Chopin e
Liszt. Estes, devido à quantidade de obras compostas e do desenvolvimento do
virtuosismo no instrumento, são considerados os criadores da técnica moderna
de piano. Apesar do piano ter sido concebido para tocar a solo, tem também uma
grande literatura como instrumento de acompanhamento, música de câmara e
como solista de concerto. Ao falar de repertório bastante característico do piano
temos, por exemplo, as sonatas de Beethoven e Mozart e as baladas e os
nocturnos de Chopin.

Bibliografia
- Reforma de Pianos (2012), As partes de um piano.
http://reformadepianos.com.br/as-partes-de-um-piano/

- Acústica Musical 2ª Parte – Os Instrumentos (Henrique, Luís)

Miguel Carvalho

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