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Estatística
Criciúma
2014
SATC — Associação Beneficente da Diagramação e ilustrações
Indústria Carbonífera de Santa Catarina Amanda Rodrigues Anselmo
Presidente de Honra
Ruy Hülse
Diretor Executivo
Fernando Luiz Zancan
Diretor Administrativo Financeiro
Vanderlei Antônio Milioli
Diretor de Relações Corporativas
Iraide Antônio Piovesan
Faculdade SATC
Diretor
Carlos Antonio Ferreira
Secretária Acadêmica
Cristiane Dias
Coordenação Acadêmica
Kelli Savi da Silva
Coordenação de Ensino
Jovani Castelan
Conheça a autora......................................................................................................................... 5
Apresentação................................................................................................................................ 7
Unidade 1
■ Conhecendo um pouco da estatística ................................................................... 9
Módulo 1 Introdução à estatística ......................................................................................................11
Módulo 2 Conceitos básicos aplicados à estatística ...................................................................21
Módulo 3 Análise exploratória de dados I.......................................................................................31
Módulo 4 Amostragem ...........................................................................................................................41
Unidade 2
■ Análise exploratória de dados 2...........................................................................67
Módulo 5 Escalas e outras medidas estatísticas ...........................................................................69
Módulo 6 Tabelas estatísticas................................................................................................................83
Módulo 7 Gráficos estatísticos ..............................................................................................................91
Unidade 3
■ Distribuição de frequência .................................................................................117
Módulo 8 Apresentação tabular e gráfica de uma distribuição de frequência ...........119
Módulo 9 representação gráfica de uma distribuição de frequência ..............................137
Unidade 4
■ Medidas de posição e de dispersão e estimação .............................................155
Sumário
Unidade 5
■ Correlação e regressão linear .............................................................................199
Módulo 13 – Correlação e regressão ..................................................................................................201
Unidade 6
■ Teoria da probabilidade ......................................................................................219
Módulo 14 – Probabilidade ....................................................................................................................221
Módulo 15 – Distribuições de probabilidade .................................................................................247
Módulo 16 – Modelos probabilísticos ...............................................................................................261
Unidade 7
■ Inferência estatística ...........................................................................................281
Módulo 17 – Estimação ............................................................................................................................283
Módulo 18 – Testes de hipóteses .........................................................................................................293
Referências ................................................................................................................................117
Conheça a autora
Unidade 1 5
Apresentação
Caros alunos, nós não podemos confundir o que realmente envolve a área da es-
tatística, para muitos, é apenas a análise dos dados, o que não está correto. A área
da estatística engloba todo um processo, desde a fase de planejamento de uma
pesquisa; a coleta dos dados; a análise dos dados, chegando à interpretação dos
dados que servirão para auxiliar os gestores de empresas na tomada de decisões.
Esta poderá gerar novos produtos, auxiliar a ganhar de concorrentes, aumentar a
produtividade, diminuir perdas de matéria-prima, identificar pontos positivos e
negativos nos negócios com o intuito de melhorar processos, entre outros.
No dia a dia, as pessoas - ao lerem jornais e revistas - se deparam com dados es-
tatísticos que precisam interpretar a fim de tirar suas conclusões. Esse é um fato
que vem crescendo consideravelmente, tanto na vida pessoal como profissional,
levando as pessoas a buscarem conhecer técnicas e ferramentas estatísticas para
seu melhor entendimento e até mesmo crescimento profissional.
Vamos em frente?!
Unidade 1 7
Unidade 1
Conhecendo um pouco da
estatística
Nesta unidade, você irá se familiarizar com a área da
Estatística. O objetivo aqui é apresentar definições básicas
com terminologias aplicadas nesta área matemática, dando-
lhe os subsídios teóricos necessários para contribuir com o seu
aprimoramento. Esta parte também mostrará como a estatística
está subdividida, algumas das suas aplicações no mercado de
trabalho, os tipos de variáveis possíveis de serem aplicadas,
entre outros assuntos relevantes a sua aplicabilidade.
Unidade 1 9
Módulo 1
Introdução à estatística
Para pôr em prática qualquer teoria que seja, faz-se ne-
cessário conhecer o ontem, o hoje e buscar um futuro provável,
não é mesmo? Pois bem! Na área da estatística não poderia ser
diferente. Então, neste primeiro momento serão apresentadas al-
gumas informações da área, com sua breve história, subdivisões
e como os profissionais estão atuando e poderão vir a atuar nesta
parte da ciência exata.
Unidade 1 11
1.1 Um breve histórico
A estatística é uma área da matemática que vem sendo utilizada por nós há mui-
tos e muitos anos, às vezes, de forma correta; em alguns casos, porém, com o
abuso de dados estatísticos distorcidos, quando não equivocados, errados.
Na idade média, essa ciência já podia ser percebida na área tributária. Porém,
somente a partir do século XVI, é que tivemos os primeiros números relativos
e as primeiras tábuas e tabelas sendo utilizadas para registrar os fatos sociais
ocorridos na época, como: registros de casamentos e acontecimentos religiosos.
(CRESPO, 2009).
A palavra estatística detem origem latina, como seu radical STATUS (significa
ESESTADO), logo, o termo estatística sigsignifica: o ESTUDO DO ESTADO
(BRUNI, 2008).
12 Unidade 1
Hoje, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - é o órgão res-
ponsável pela montagem das estatísticas oficiais que atendem aà necessidades de
diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas gover-
namentais: municipal, estadual e federal.
Va
A estatística têm aplicações em várias áreas conh mos
ecê-
las?
do conhecimento, entre elas: sociais, tecnológicas,
da saúde, industrial, educacional e outras.
Unidade 1 13
em tratamentos e medicamentos, buscando melhorias na saúde municipal, esta-
dual e até mesmo nacional, quando não mundial.
+ LEITURA
Acesse a Internet e realize – por meio de site de busca – uma pesquisa por “aplicações da
estatística nas engenharias” para conhecer outros exemplos do que está sendo realizado e o
que você pode fazer com a estatística.
14 Unidade 1
Mas você deve estar se perguntando: quando
se deve fazer uso dessa subárea da estatística,
certo?
Deve ser aplicada, quando você tiver ao seu alcance um grande número de da-
dos, dificultando a conclusão do estudo em questão. Assim, ao aplicar técnicas
descritivas, por meio de tabelas e gráficos, você conseguirá reduzir ao máximo
as informações geradas, conseguindo interpretar e chegar a algumas conclusões.
- Entre outros.
Unidade 1 15
Sendo assim, é importante adquirir conhecimentos para lidar com essas técni-
cas e procedimentos estatísticos que permitam dar ao interessado um grau de
confiabilidade nas afirmações que faz à população, baseadas nos resultados das
amostras. Em outras palavras, saber trabalhar a área de inferência estatística é
relevante para atuar no mercado de trabalho.
DICA
De acordo com Crespo ( 2009, p. 3), “a coleta, a organização e a descrição dos
dados estão a cargo da Estatística Descritiva, enquanto a análise e a interpreta-
ção desses dados ficam a cargo da Estatística Indutiva ou Inferencial.”.
1.3.3 Probabilidade
Esta área pode ser compreendida como uma teoria matemática que serve para
descrever os fenômenos aleatórios, fenômenos em que estão presentes algumas
incertezas.
Como, por exemplo: se você jogar um dado de forma honesta inúmeras vezes,
nunca poderá garantir qual será o próximo resultado antes do próximo lança-
mento. O mesmo ocorrerá ao jogar uma moeda, pois as possibilidades são incer-
tas, pode cair cara ou coroa, não é mesmo?
Resumindo, pode-se dizer que a probabilidade é a subárea que foca seus estu-
dos nos riscos e acasos em futuros eventos, determinando se é ou não possível
acontecer tal situação. Por isso, sua origem com os jogos de azar, nos quais já se
criavam estratégias para vencê-los (BRUNI, 2008).
16 Unidade 1
Posteriormente, abordaremos essa área com maiores detalhes por ser de extrema
relevância na engenharia.
Estatística Probabilidade
Descritiva
Inferência
Estatística
Unidade 1 17
Adaptado. As empresas públicas e privadas buscam profissionais que saibam tra-
balhar com dados para geração de novas informações, que demonstrem habili-
dades para lidar com eles, opinando - quando possível e viável for - com novos
conhecimentos para melhorias e ampliações de mercado.
Para que você não seja apenas mais um usuário, é importante saber lidar com
estatística,
Síntese do módulo
• conhecer um breve histórico da área, como ela pode ser aplicada no dia a dia
por profissionais diretos e indiretos; e
• estudar suas subdivisões, o que lhe permitiu conhecer a diferença entre a esta-
tística descritiva, a inferência estatística e a probabilidade.
18 Unidade 1
ATIVIDADES
I) Descritiva
II) Probabilística
III) Inferencial.
a) ABNT
b) CNPq
c) ISSO
d) IBGE
e) MEC
Unidade 1 19
3) É correto afirmar que, no decorrer de uma pesquisa, enquanto a coleta, a or-
ganização e a descrição dos dados estão a cargo da Estatística Indutiva ou In-
ferencial, a análise e a interpretação desses dados ficam a cargo da Estatística
Descritiva?
( ) SIM ( ) NÃO
20 Unidade 1
Módulo 2
Unidade 1 21
2.1 Termos estatísticos
No decorrer da leitura deste livro e ao estudar estatística, você lerá muito a res-
peito de: 1) métodos; 2) métodos científicos; 3) população; 4) amostra; 5) parâ-
metros e outros termos.
2.1.1 Métodos
De forma simplificada, pode ser compreendido como um meio eficaz para alcan-
çar determinada meta.
Este método costuma ser bastante utilizado pelos físicos e químicos em suas ex-
periências.
22 Unidade 1
O método experimental é o método em que o pesquisador analisa o problema,
elabora suas hipóteses, realiza algumas experiências (testes), manipulando (con-
trolando) as variáveis referentes ao estudo e, na sequência, avalia as relações ob-
servadas entre causas e efeitos do fenômeno estudado.
Na prática, você pode conceituar método estatístico como uma técnica que tem
o objetivo de estruturar, organizar os momentos (fases, etapas) que precisam ser
estabelecidos ao realizar uma observação estatística.
Todas as variações precisam ser pontuadas, analisadas para se chegar a uma con-
clusão, por exemplo: o número de idosos interessados, o preço dos cursos ofe-
recidos na mesma região, a disponibilidade de horários. Tudo isso precisa ser
analisado, pois surtirão efeitos positivos ou negativos e auxiliarão a decidir se
vale a pena oferecer ou não o curso.
2.1.3 População
Unidade 1 23
- Os alunos aprovados no Vestibular 2013-1, da SATC;
2.1.4 Amostra
- Entre outros.
DICA
24 Unidade 1
Este assunto será abordado melhor na próxima unidade.
■ Convite à reflexão:
Claro que não! Cuidado, nem sempre que aparece o termo todos signifi-
ca população!
2.1.5 Parâmetros
- Entre outros.
Unidade 1 25
Existem outros termos relevantes na área da estatística que precisam ser compre-
endidos para se ter qualidade no trabalho, mas esses termos serão apresentados
mais tarde, no decorrer deste livro.
Agora, para fecharmos o módulo em estudo, vamos conhecer quais fases você
precisará percorrer ao desenvolver uma pesquisa?
a) Definição do problema;
b) Planejamento;
c) Coleta de dados;
Para facilitar o processo, ainda podemos resumir esse processo em cinco fases
(GESSER e DALPIAZ, 2007):
a) Coleta de dados;
26 Unidade 1
Primeiramente, define-se o problema a ser pesquisado; na sequência se faz a co-
leta dos dados relevantes ao problema; podendo estes dados ser do tipo:
A coleta direta ocorre quando os dados coletados são obtidos via registros obri-
gatórios, ou por meio de inquéritos e questionários, aplicados pelo próprio pes-
quisador interessado. São exemplos de informativos obrigatórios: as certidões de
óbito, casamento, nascimento, entre outros.0
As coletas quando do tipo diretas podem ser classificadas pelo fator tempo em
contínuas, periódicas ou ocasional. Será:
Após realizar a coleta dos dados, direta ou indiretamente, se faz necessária a crí-
tica desses dados para que possam ser evitados, ou até mesmo eliminados, re-
sultados de pesquisas com erros gravíssimos na conclusão de um trabalho, erros
estes causados, muitas vezes, por falta de percepção e atenção por parte dos pes-
quisadores ao selecionar os dados.
Unidade 1 27
to, conforme os critérios de classificação pré-definidos, podendo ser realizado
manualmente ou de forma eletrônica (o que hoje tem sido mais utilizado pelas
empresas).
Após apresentação dos dados tabulados, se faz a análise dos resultados obtidos
por meio dos métodos estatísticos definidos. Para fechar o ciclo, tiram-se as de-
vidas conclusões e até mesmo previsões empresariais. Estas deverão ser docu-
mentadas por profissionais com conhecimento, não necessariamente o gerente
ou um graduado em estatística. O responsável pela pesquisa então documenta o
resultado para que os possíveis interessados possam fazer uso dele para melho-
rias ou novos investimentos, tais como: lançamentos de processos e produtos ao
precisar tomar decisões.
Síntese do módulo
Neste módulo, você aprimorou seus conhecimentos com alguns termos estatísti-
cos de suma relevância para a compreensão dos próximos capítulos, no que tange
à estatística na teoria, possibilitando aplicá-la na prática.
28 Unidade 1
ATIVIDADES
Unidade 1 29
3) Você estudou que um processo estatístico aborda cinco fases, atento a esta
afirmação, responda:
d)Como pode ser classificada, de acordo com fator tempo, a coleta direta, isto é,
quando for obtida diretamente da fonte?
30 Unidade 1
Módulo 3
Vamos nesta!
Unidade 1 31
3.1 Variáveis
- Qualitativas; e
- Quantitativas.
32 Unidade 1
Essas variáveis ainda podem ser subdivididas em nominais e ordinais.
Serão nominais quando não apresentarem qualquer ordem entre seus valores
(MAGALHÃES e LIMA, 2010).
DICA
Unidade 1 33
DICA
Variável Variável
Variável Qualitativa Variável
População Quantitativa Quantitativa
Nominal Qualitativa Ordinal
Contínua Ordinal
Professores Sexo Escolaridade Idade; Altura Nº de filhos
Qualidade do Quantidade em
Brinquedos Caro ou barato Preço em R$
produto estoque
Fonte: Autora
34 Unidade 1
Ao acessar o site do IBGE, você consegue visualizar a população brasileira entre
os anos de 1980 a 2010, por exemplo. Mas para que isso seja possível, a equipe
responsável precisou – em um primeiro momento – identificar a população, ou
seja, o total de habitantes no país em cada ano em estudo, conforme mostra o
Gráfico 1.
Existem populações que não são viáveis ou são impossíveis de serem estudadas;
às vezes, por motivos operacionais; outras vezes; de tempo, econômico, ético,
entre outros; nestes casos, trabalha-se com amostras da população. Por exem-
plo, analisar todas as águas no mar do Balneário Rincão para verificar se está
poluída é um processo inviável, tanto em questões econômicas como operacio-
nais, logo se faz essa pesquisa com uma amostra da água.
Unidade 1 35
As amostras podem ser compreendidas como parte, subconjunto do universo
estatístico, dos quais serão extraídos alguns dados. São partes significativas dos
elementos que contêm características comuns ao interesse da pesquisa, que seja
representativa ao estudo.
Por exemplo:
Para saber se uma macarronada está boa, você não precisa degustar tudo, basta
experimentar uma parte, esta se chama amostra.
36 Unidade 1
Esses objetos (dados estatísticos) também podem ser visualizados na tabela 3.
Outro exemplo: Vamos supor que você queira saber quantos por cento da
população criciumense são torcedores do time do Criciúma (Tigre).
Mas para que essas situações não ocorram, o pesquisador precisa definir uma
amostra representativa e, para isso, se faz uso de técnicas estatísticas, como
amostragem. Este assunto será discutido no próximo módulo.
Unidade 1 37
Síntese do módulo
ATIVIDADES
a) Conjunto de animais.
b) Conjunto de observações.
38 Unidade 1
menos uma característica em comum.
Unidade 1 39
40 Unidade 1
Módulo 4
Amostragem
Ao se realizar uma pesquisa, por questões econômicas,
éticas e outras, em alguns casos, faz-se necessário estudar
todos os elementos da população, mas na sua maioria,
trabalha-se com parte deste universo. Porém, para que essa
parte coletada para estudo seja representativa, necessita-
se que algumas técnicas sejam aplicadas. A essas técnicas
estatísticas damos o nome de amostragem e censo. ■
Vamos conhecê-los?
Unidade 1 41
4.1 Amostragem e censo
O que difere essas técnicas são os elementos envolvidos na coleta de dados. En-
quanto no censo se analisa todos os elementos da população individualmente, na
amostragem, trabalha-se com parte significativa deste universo que tenha condi-
ções de representar o todo.
Você deve estar se perguntando: quando devo usar Censo e quando devo usar
Amostragem. Vejamos:
Primeiro, é preciso analisar o tipo de pesquisa que irá desenvolver e quais seus
objetivos. Nos casos em que a população é muito grande ou infinita, o tempo de
pesquisa é curto, almeja-se um resultado rápido e, principalmente, quando os
recursos financeiros disponíveis para aplicar a pesquisa são escassos, os especia-
listas sugerem a aplicação da amostragem.
Mas, conforme alerta Barbetta, Reis e Bornia (2008, p. 26), “a amostragem preci-
sa ser feita com critérios, pois pretendemos ter amostras que permitam, a partir
de uma análise estatística apropriada, obter conclusões satisfatórias sobre toda a
população.”
Amostragens são técnicas utilizadas para garantir, tanto quanto possível, o acaso
ao escolher a amostra.
42 Unidade 1
Uma amostragem pode ser aplicada de várias formas, dependendo do conheci-
mento que os pesquisadores têm da população, quais recursos estão disponíveis
para o estudo em questão, entre outros fatores. Basicamente, a estatística conta
com dois métodos de amostragem. Vamos estudá-los?
Vamos estudá-los?
c) Amostragem Sistemática; e
Unidade 1 43
avulso, sem critérios de seleção.
Por exemplo: Para verificarmos qual é o editor de texto entre o Microsoft Word,
BrOffice.org Writer e o Google Writely mais utilizado em um universo estatístico
de 1000 usuários, se faz uma seleção aleatória (sorteio) de 10% dos usuários e
obtém-se uma amostra de 100 usuários, os quais responderão à entrevista e assim
se chegará a um dos editores apresentados como sendo o mais utilizado.
Outro exemplo prático pode ser estudado por meio da seguinte suposição:
4 – Mexa a embalagem com os papéis para misturar bem e retire, um a um, nove
papéis numerados para formar a amostra de 10% da população estudada; e
44 Unidade 1
Com o intuito de facilitar a vida dos pesquisadores, foi elaborada uma Tabela de
Números Aleatórios, na qual os dez algarismos de 0 a 9 são disponibilizados ao
acaso nas linhas e colunas, conforme mostra o anexo 1.
Assim, para entender como funciona a amostragem aleatória simples com uso da
tabela de números aleatórios, vamos rever o exemplo trabalhado anteriormente:
Vamos supor que você queira avaliar o conhecimento de estatística adquirido pe-
los acadêmicos das 1ª fases dos cursos de Engenharia de uma Faculdade, no final
do semestre 2012-2. Ao invés de aplicar uma prova nos 90 alunos matriculados
na disciplina, você poderá trabalhar com uma amostra de 10% dos acadêmicos
matriculados, usando a tabela de números aleatórios:
1 – Numere os acadêmicos de 01 a 90
2 – Adote, para este exemplo, a 18ª linha da tabela (anexo 1), mas não esqueça a
escolha da linha, coluna é combinada antes de iniciar o processo.
Unidade 1 45
número da população é o 90 e, esse possui dois algarismos;
Atento à tabela (anexo 1), você encontrará os números: 61; 02; 01; 81; 73; 92; 60;
66; 73; 58; 53; 34;
Exemplo prático:
46 Unidade 1
Retomando o exemplo tratado no item amostragem aleatória simples e supon-
do que dos 90 acadêmicos da 1ª fase dos cursos de Engenharia que cursaram a
disciplina de estatística, 54 sejam do sexo masculino e 36 do sexo feminino, para
obter uma amostra estratificada proporcional, trabalha-se, neste caso, com dois
estratos: o do sexo masculino e o do sexo feminino, e uma amostra de 10% dos
acadêmicos, conforme mostra à Tabela. 4:
10 x 54
Masculino 54 100
= 5,4 5
10 x 36
Feminino 36 100
= 3,6 4
10 x 90
Total 90 100
= 9,0 9
Fonte: Crespo (2009, p. 13), adaptada
57; 28; 92; 90; 80; 22; 56; 79; 53; 18; 53; 03; 27; 05 e 40.
Unidade 1 47
Agora, relaciona-se o número aos acadêmicos e aplica-se a prova de conheci-
mento com amostra de 10% da população para inferir um parecer final.
■ Convite à reflexão:
c) Amostragem Sistemática
2 – Sorteia-se o primeiro elemento do conjunto definido pelo intervalo, (1; ..., I);
e
48 Unidade 1
Para exemplificar, considere o problema de extrair uma amostra sistemática de
tamanho 5 da seguinte população de acadêmicos matriculados em Cálculo 1, na
turma X, sendo identificado cada aluno com seu número de registro do diário do
professor, conforme relação dada a seguir:
Outro exemplo:
Suponhamos um loteamento contendo 150 casas, das quais se deseja obter uma
amostra formada com 15 casas, ou seja, uma amostra de 10%.
Unidade 1 49
ado foi o 2, adota-se pelo lado direito ou esquerdo (o que for decidido) a 2ª casa
do loteamento; a 12ª; a 22ª; a 32ª; a 42ª; a 52ª; etc até formar a amostra com 15
elementos, retornando ao início do loteamento, pelo lado contrário.
Suponha, por exemplo, que você queira realizar uma pesquisa nas escolas esta-
duais do Estado de Santa Catarina para verificar como está o nível de satisfação
profissional dos professores do quadro efetivo, nos últimos dois anos.
50 Unidade 1
DICA
a) Amostragem Acidental;
Resp
i
b) Amostragem Intencional; e e va re fundo
mos
fren em
te!!!
c) Amostragem por Cotas.
a) Amostragem Acidental
Neste método, o pesquisador busca ser o mais aleatório possível, mas nem sem-
pre consegue, pois a característica desta amostragem é a formação da amostra
com elementos escolhidos ao acaso, acidentalmente, como o próprio nome in-
dica ou a esmo. (GESSER; DALPIAZ, 2007)
DICA
Por mais que a amostragem acidental em algumas situações pareça produzir
uma amostra similar a uma amostra obtida com o método de amostragem
aleatória simples, nem sempre isso ocorre, esses métodos são diferentes.
Unidade 1 51
Basta pensar no exemplo:
■ Convite à reflexão:
■ Sabe-se que a amostragem aleatória simples ga-
rante que cada elemento da população tenha a
mesma probabilidade de fazer parte da amostra,
então pode haver viés nos resultados da pesquisa?
A amostragem por cotas é muito parecida com a estratificada, porém nesta não
se aplica sorteio. Neste método, os elementos da população são subdivididos em
grupos e, consequentemente, as amostras formadas com número proporcional
ao tamanho dos subgrupos. (GESSER; DALPIAZ, 2007)
52 Unidade 1
Durante as campanhas eleitorais é comum ouvirmos falar em tendências elei-
torais de acordo com o IBOPE, mas como são realizadas essas pesquisas? Você
saberia dizer?
Para que a amostra definida seja realmente representativa e confiável, alguns es-
pecialistas costumam usar um processo com quatro fases que defina o tamanho
da amostra a ser trabalhada. Porém, esse conteúdo teoricamente ainda apresenta
certas desavenças e costuma, na prática, ser diferenciado para cada pesquisa de
acordo com o conhecimento dos profissionais envolvidos.
DICA
Unidade 1 53
N . n0
2º) Calcula-se a amostra mínima através da fórmula: n =
N + n0
Glossário
n0 = Tamanho referente à amostra ideal (conhecida como primeira aproximação);
E0 = Refere-se ao erro amostral permitido, ou seja, tolerável;
N = Tamanho da população; e
n = Tamanho da amostra propriamente dita.
54 Unidade 1
Logo:
x = 38200 x = 4,49%
8516
4º) Agora, aplica-se o Estimador a cada estrato, (estrato vezes o estimador), ou
seja, multiplica-se o número de acadêmicos de cada curso pelo estimador:
Design Gráfico =
arredondando 39 acadêmicos.
Unidade 1 55
Aplicando esse cálculo para cada curso, obtêm-se a amostra, conforme mostra a
Tabela 6:
56 Unidade 1
Síntese do módulo
ATIVIDADES
Unidade 1 57
2) Os dados a seguir referem-se a uma população formada por 140 notas (pon-
tuação geral) resultantes da aplicação de uma prova de concurso para eletricista:
3) Suponha que uma população apresenta-se dividida conforme sua classe so-
cial: baixa, média e alta, respectivamente, com tamanhos: n1 = 40, n2 = 60 e n3 =
100. Sabendo-se que ao ser realizada uma amostragem do tipo estratificada, 15
elementos da amostra foram retirados do 3º estrato, determine o número total de
elementos da amostra.
58 Unidade 1
Exercícios complementares
Para fecharmos a unidade 1, sugiro que você exercite seus conhecimentos ad-
quiridos, desenvolvendo as atividades complementares com questões baseadas
em provas como as do ENADE; concursos do IBGE, CELESC e outros, sempre
atento ao apoio que a Estatística nos dá para tomada de decisões.
Unidade 1 59
História A História B
60 Unidade 1
3) Com objetivo de promover a inclusão digital, os países em desenvolvimento
buscam investir em tecnologias para uso da comunidade em geral. Um dos indi-
cadores empregados tem sido o número de computadores que estão conectados
à Internet. Observe como se deu a evolução do número de computadores conec-
tados à Internet (hosts) nos três países que lideram o setor na América Latina,
durante o período de 2000 a 2004, analisando a tabela e gráfico a seguir:
Tabela – Número de computadores conectados à Internet,
período 2000 a 2004
2000 2001 2002 2003 2004
Argentina 142470 270275 465359 495920 742358
Brasil 446444 876596 1644575 2237527 3163349
México 404873 559165 918288 1107795 1333406
Fonte: Internet Systems Consortium, adaptada.
3000000
2500000
2000000 Argentina
Brasil
1500000
México
1000000
500000
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
a) Brasil e Argentina.
b) México e Argentina.
c) Argentina e México.
d) Argentina e Brasil.
e) México e Brasil
Unidade 1 61
4) População refere-se ao conjunto de indivíduos, objetos observados, portado-
res de pelo menos uma característica em comum. Mas, nem sempre se conse-
gue trabalhar com todos esses elementos, por questões financeiras e de tempo,
estatisticamente, faz-se necessário estudar amostras significativas, subconjunto,
parte da população. Com foco nos conceitos descritos, leia as sentenças a seguir
e identifique a população e amostra referente a cada item:
Para dar início ao processo como deverão ser classificadas as variáveis envolvi-
das?
62 Unidade 1
6) (Adaptado, ENADE 2011) A Educação a Distância (EaD) é a modalidade de
ensino que permite que a comunicação e a construção do conhecimento entre os
usuários envolvidos possam acontecer em locais e tempos distintos. São neces-
sárias tecnologias cada vez mais sofisticadas para essa modalidade de ensino não
presencial, com vistas à crescente necessidade de uma pedagogia que se desen-
volva por meio de novas relações de ensino-aprendizagem.
Unidade 1 63
7) (IBGE, 2.010) Para evitar o grande gasto de tempo e de recursos que haveria se
toda a população tivesse de responder ao questionário completo, o IBGE adota
a técnica de:
64 Unidade 1
Para reduzir os custos de implantação, Pedro poderá trabalhar somente com
4.000 contratos, considerando assim os 40.000 contratos a sua população de in-
teresse. Estando os contratos numerados de 1 a 40.000, com os primeiros 30.000
correspondendo aos contratos em dia financeiramente. Pedro precisa estimar a
média da idade do financeiramente. Por experiência, na área, sabe que a popula-
ção quanto mais jovem, maior é o índice de inadimplência.
Unidade 1 65