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Faculdade De Desporto
Dossier de Futebol
Dezembro 2008
Introdução
Clássicos
PRINCIPIOS DEFENSIVOS
COMPENSAÇÃO INTERCEPÇÃO
ENTRADA
Definição dos Princípios Defensivos
Contenção
Equilíbrio
1. Marcação
É a posição que o jogador adopta quando está a desempenhar uma tarefa defensiva quer
seja a prever, antecipar e a contrariar os movimentos do adversário. O objectivo
principal da marcação é a neutralização das acções ofensivas do adversário, quer sejam
efectuadas com bola, procurando recuperar a sua posse, quer seja sem bola, procurando
prevenir acções ofensivas que se possam vir a desenvolver.
Distinguem-se a marcação individual e a marcação à zona.
A marcação individual é uma marcação que o defesa exerce sobre um jogador em
particular e tem por objectivo neutralizar todas as acções ofensivas de um determinado
atacante, através de uma marcação directa e pressionante que procura reduzir a área de
acção do adversário. Este tipo de marcação, para ser eficaz, requer uma excelente
condição física e uma enorme capacidade de luta e sacrifício.
A marcação à zona, Como o seu nome indica consiste na distribuição racional do
terreno de jogo em zonas e das funções defensivas. Cada jogador mantém a sua posição
no campo e marca todos os jogadores que passem pela sua zona. Se o jogador que estão
a marcar mudar para outra zona, imediatamente as tarefas defensivas são transferidas
para outro colega de equipa.
A comunicação e o entendimento entre os defensores deve ser perfeitamente clara, uma
vez que a aplicação deste tipo de marcação resulta claramente do jogo de equipa, tendo
por princípio a colaboração mútua e recíproca, uma vez que uma das fraquezas da
marcação à zona é a introdução de dois atacantes na zona, criando assim superioridade
numérica, que só pode ser combatida com um excelente entrosamento entre os defesas.
2. Cobertura
É estar em situação e poder ajudar um companheiro que pode ser ultrapassado por um
adversário.
3. Compensação
Recuperação
1. Dobra
È a acção defensiva que se executa de forma inteligente na qual dois jogadores exercem
uma pressão intensa sobre o portador da bola, de forma sincronizada, com o único
objectivo de ganhar a posse de bola.
2. Antecipação
É o movimento realizado pelo defesa sobre a bola, antecipando a acção que o adversário
que a vai receber irá realizar.
3. Intercepção
É impedir que uma bola passada por um adversário chegue ao seu destino, cortando a
sua trajectória e ganhando a posse da bola.
PRINCIPIOS OFENSIVOS
Controle do jogo e do
Mudança de ritmo Superioridade numerica
espaço
Mobilidade
É a base para desorganizar a acção defensiva do adversário até porque, quanto mais
próximo chegamos da linha defensiva adversária, mais apertada fica a marcação
adversária, bem como a atenção dos defesas contrários.
A mobilidade, com ou sem bola, detém igual importância, embora a mobilidade sem
bola seja mais importante e eficaz que a mobilidade com bola (drible).
Isto, se tivermos em conta que um jogador que tente driblar na zona defensiva
adversária, é mais fácil de neutralizar. Não quer dizer que não se deva fazer. O jogador
que a realiza deve ser inteligente na escolha dos espaços.
A mobilidade sem bola, dá-nos a possibilidade de criar espaços livres que poderão vir a
ser aproveitados por companheiros de equipa.
1. Desmarcação
É a acção que todos os membros da equipa devem realizar à volta do portador da bola,
disponibilizando-se para o substituir na condução da bola ou dando-lhe a possibilidade
de progredir com a bola até à conclusão do ataque.
3.Mudanças de ritmo
4.Mudanças de direcção
Penetração
Acções de jogo que promovem a dinâmica ofensiva vertical até à baliza adversária,
tendo por objectivo a obtenção de superioridade numérica na zona defensiva adversária,
com a qual se procura quebrar as acções defensivas do adversário, com altas
possibilidades de finalização. Estas acções caracterizam-se pela sua alta velocidade e
excelente mobilidade.
Estes movimentos podem ser conseguidos através de tabelas, exploração de espaços
livres e, por fim, progressão para a baliza contrária.
1. Tabelas
São conhecidas como jogadas 1-2, caracterizam-se pela recepção e rápida devolução da
bola entre dois ou mais jogadores da mesma equipa.
As tabelas são jogadas de acção rápida onde o jogador que recebe a bola tem como
prioridade a sua devolução com apenas um toque.
2. Espaços livres
São os locais do campo que ficam desertos quer pelo prévio abandono dos
companheiros do portador da bola, quer pelo defesa que o acompanha (criação).
Acção consequente de um jogador que se desloca para um espaço livre promovendo a
sua ocupação.
Desta forma, torna-se evidente que foi criado e ocupado um espaço livre mas, para que
este seja bem aproveitado é obrigatório que a bola chegue nas devidas condições ao
jogador que o ocupou.
3. Progressão
Improvisação
Situação de passe/desmarcação
Situação 1x0
Situação 2x1
Situação 3x2
Perante dois defesas procurar o golo, com jogadas de bom entendimento entre os
elementos que atacam. Os defesas devem procurar o equilíbrio.
Abordagem da defesa à “zona”. Respectivos defesas responsáveis por uma área do
campo.
Modelo Holândes
Campo com duas balizas. A equipa que marca permanece em campo e, ataca para a
baliza contrária após fazer golo. A equipa que sofre dá lugar a outra equipa que tem
como função evitar que a bola entre na sua baliza.
Sem guarda-redes. Uso do drible para criar desqulíbrios e fazer golo sem oposição.
Situação 2x2
Os princípios tácticos devem desde cedo ser interiorizados pelos jovens jogadores de
forma, a entenderem, os processos de jogo e a adaptarem-se a diferentes contextos de
jogo.
Um jogador deve ser inteligente e perspicaz ao ponto de muitas vezes dentro do próprio
calor do jogo, readaptar-se a uma situação que surgiu e, que não tenha sido abordado
pelo treinador na antevisão da partida.
Necessário uma base teórica para a assimilação destas pequenas particularidades dentro
do jogo que, passam despercebidas ao adepto mais desatento.
A componente prática é, contudo fundamental. O jogador deve saber-se colocar e,
passar por todos os princípios tácticos. Importante para crescer como jogador e, para
saber mais e se sentir mais à vontade na posição que ocupa dentro do campo.
As aulas de futebol, no âmbito da disciplina, foram preponderantes para perceber a
objectividade destes princípios. O futebol não é um jogo isolado e, necessita destes elos
de ligação para que se torne mais atractivo.
Em suma, a percepção do aluno destas componentes permite-lhe um maior
conhecimento do jogo e dá-lhe a oportunidade de “ver” o jogo com outros olhos.