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RESUMO
Este artigo tem por objetivo promover uma análise crítica sobre o programa de
redistribuição de renda implementado pelo governo federal, o Programa Bolsa
Família, bem como considerar a aferição de seus resultados em âmbito nacional
como fundamento da análise. Através da história de lutas sociais do nosso país, as
políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis e subalternizadas
tomam espaço nos debates e criam contornos de ações diferenciadas para estes
setores objetivando sua emancipação em todos os campos da existência humana.
Para que a análise proposta não se torne uma mera exposição de dados estatísticos
recorre-se ao pensamento de diversos autores que jogam luz sobre as questões
pertinentes ao controle e regulamentação populacional. Nesse sentido, através da
análise dos mecanismos de poder e o exercício do controle social na conjuntura das
instituições do Estado responsáveis pela gestão do Programa Bolsa Família, intenta-
se descortinar os reais interesses por detrás do discurso oficial de uma democracia
representativa.
* Graduando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Serro-
MG, 2017.
1. INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo desenvolver uma análise crítica dos impactos
sociais e econômicos decorrentes da implantação do programa de redistribuição de
renda Bolsa família, programa este concebido e mantido pelo Governo Federal. O
Programa Bolsa Família vem substituir os programas que lhe antecederam: Bolsa-
Escola, Auxílio-Gás, Bolsa-Alimentação e Cartão Alimentação. A unificação desses
programas visou melhorar e aumentar a efetividade do gasto social através da
otimização e racionalização, ganhos de escala e facilidade de interlocução do
governo federal com os demais entes federados (estados e municípios).
2. DESENVOLVIMENTO
O PBF elegeu a família como núcleo social específico para o qual são
voltadas suas ações, abandonando a noção corriqueira de atenção isolada ao
indivíduo, ao mesmo tempo que alarga o conceito tradicional de família, conforme o
inciso I do § 1º do artigo 2º da lei (BRASIL, 2004). Com efeito, ocorre um
alargamento do conceito de família, abrangendo outros indivíduos, não
necessariamente parentes, mas que vivem sobre o mesmo teto em colaboração
para sobrevivência.
O PBF, então, envolverá outras ações no que diz respeito à estruturação das
famílias para que seus componentes possam inserir-se plenamente na sociedade,
exigindo ações dos mais variados níveis e setores da Administração Pública. São
estas ações, na realidade, as que irão compor as chamadas “portas de saída” do
programa, evidenciando-se o caráter provisório deste, já que destinado a promover a
emancipação dos que são beneficiados com seus recursos.
inquieta-la uma vez que todos sabem que qualquer um pode a essa massa nebulosa
de indigentes se juntar em caso de inadequação aos ditames do mercado.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS