Professional Documents
Culture Documents
COMARCA DE FORTALEZA-CEARÁ.
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS, GUARDA, ALIMENTOS E DANOS MORAIS.
I- DOS FATOS
Vale salientar que após o ocorrido a autora não conseguiu mais frequentar sua própria
residência após ser alvo de constantes piadas e fofocas no seu condomínio, tendo a mesma que se mudar,
acompanhada de seu filho para a residência de sua irmã. Após toda essa situação vexatória, Joana está em
uma situação de depressão profunda, tendo que realizar tratamentos psicológicos constantes (conforme
laudo médico em anexo).
1) Casa de praia, Setor 002, Quadra 092, localizado na Av., XXX, Bairro, na cidade de Fortaleza –
AVALIADO NO VALOR DE : 300.000,00 R$
2) Sítio, Setor 002, Quadra 092, Lote 412, localizado na Av., XXX, Bairro, na cidade de
Maracanaú; - AVALIADO NO VALOR DE : 300.000,00 R$
3) Apartamento, Setor 002, Bloco 02, localizado na Rua Waldery Uchoa, Bairro Montese, na cidade
de Fortaleza; AVALIADO NO VALOR DE 300,000,00 R$
4) Automóvel – BMW – Vermelho – Ano: 2016 – PLACA: OZA6677 – RENAVAM: OI88 –
AVALIADO NO VALOR DE 70.000,00 R$
5) Automóvel – BMW – Preto – Ano: 2016 – PLACA: OIE4455 – RENAVAM: OB77669 –
AVALIADO NO VALOR DE 70.000,00 R$
6) Motocicleta – HARLEY DAVIDSON – Ano: 2015 – PLACA: OBA2113 – RENAVAM: O6445 –
AVALIADO NO VALOR DE 50.000,00 R$
7) Motocicleta – HARLEY DAVIDSON – Ano: 2015 – PLACA ONA2334 – RENAVAM: 876G –
AVALIADO NO VALOR DE 50.000,00 R$
2.1 – DO DIVÓRCIO
É inegável que a falta de um dos requisitos essenciais do contrato nupcial que é o
casamento seja ela, o dever de lealdade do cônjuge. Tal dever é algo tão intrínseco ao casamento que sua
ausência proporciona sua dissolução, como visto nos artigos 1.572 c/c o artigo 1.573, inciso I, vide in verbi:
Ora, o Código Civil é portanto, claro em seu entendimento, que o adultério é por si só um
desiderato que não só torna insuportável a vida conjugal como desencadeia uma série de consequências.
Tal atitude prevista pelo legislador é uma grave violação dos deveres do casamento como também, mero
reflexo do término do amor, no qual todo relacionamento deve ser fundado.
Portanto, tal ação de divórcio vem com o intuito de trazer dissolução ao vínculo conjugal
(Art. 1.571, §1° do CC), ainda com o advento do da EC 66/10 que trouxe em sua redação uma nova
redação ao Art. 226, §6° da CF, onde trouxe mais celeridade ao procedimento de divórcio, suprimindo assim
o requisito de separação judicial por mais de um ano, ou a separação de fato por mais de dois anos.
Data máxima vênia, pede-se que Vossa Excelência se digne a julgar de forma
procedente a esta Ação de Divórcio, para que traga consigo a “vera justitia”.
Previamente, a autora requer que suas joias de uso pessoal sejam retiradas da partilha,
pois, conforme preceitua o art. 1.659 do Código Civil, excluem-se da comunhão os bens de uso pessoal, os
livros e instrumentos de profissão. E tendo como base este artigo, joias e relógios são considerados bens de
uso pessoal e, sendo assim, não partilháveis.
A relação entre o casal é regida pelo instituto da comunhão universal de bens. Observa-se,
assim, o art. 1.667 do Diploma Civil de 2002, que dita que, respeitadas as exceções, “o regime de
comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas
dívidas passivas”.
1) Casa de praia, Setor 002, Quadra 092, localizado na Av., XXX, Bairro, na cidade de Fortaleza –
AVALIADO NO VALOR DE : 300.000,00 R$
2) Sítio, Setor 002, Quadra 092, Lote 412, localizado na Av., XXX, Bairro, na cidade de Maracanaú; -
AVALIADO NO VALOR DE : 300.000,00 R$
3) Apartamento, Setor 002, Bloco 02, localizado na Rua Waldery Uchoa, Bairro Montese, na cidade
de Fortaleza; AVALIADO NO VALOR DE 300,000,00 R$
4) Automóvel – BMW – Vermelho – Ano: 2016 – PLACA: OZA6677 – RENAVAM: OI88 – AVALIADO
NO VALOR DE 70.000,00 R$
5) Automóvel – BMW – Preto – Ano: 2016 – PLACA: OIE4455 – RENAVAM: OB77669 – AVALIADO
NO VALOR DE 70.000,00 R$
6) Motocicleta – HARLEY DAVIDSON – Ano: 2015 – PLACA: OBA2113 – RENAVAM: O6445 –
AVALIADO NO VALOR DE 50.000,00 R$
7) Motocicleta – HARLEY DAVIDSON – Ano: 2015 – PLACA ONA2334 – RENAVAM: 876G –
AVALIADO NO VALOR DE 50.000,00 R$.
Quanto ao nome, com base nos Arts. 17 da Lei 6.515 e 1.578 do Código Civil, a Requerente desde já
manifesta o desejo de voltar a usar seu nome de solteira.
Desta forma, a Requerente pleiteia a mudança de seu nome para JOANA (NOME DE SOLTEIRA)
2.3 – DA GUARDA
Quanto á guarda do menor, NOME COMPLETO DA CRIANÇA, atualmente com seis anos
de idade, o Art. 1583 §2 do Código Civil, prevê a possibilidade de guarda unilateral pela Requerente:
III- educação
Desta forma a Requerente pleiteia a guarda unilateral do menor NOME COMPLETO com base na
fundamentação jurídica aqui tratada.
Desta forma é direito de ambos os pais o convívio com a criança, o direito de prestar visita é um direito
fundamental da família brasileira em razão da necessidade de um bom convívio familiar visto que o vínculo
afetivo permanece e encontra proteção jurídica contra potenciais agressões.
A doutrinadora Maria Berenice Dias, Manual de Direito da Família, 2011, pág.447 esclarece que:
A visitação não é somente um direito assegurado ao pai e a mãe, é direito do próprio filho de com eles
conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno filial. (...) Consagrado o princípio da proteção integral,
em vez de regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois, não há proteção
possível com a exclusão do outro genitor.
Diante do conteúdo explicitado acima, a Requerente acha conveniente regulamentar as visitas e assistência
que desejar exercer com relação ao filho, para evitar desprazer, objeto que pleiteia da seguinte forma:
- Finais de semana intercalados, um com a mãe e outro com o pai, sendo horário de permanência com o pai
das 09:30 horas (nove horas e trinta minutos) de sábado até às 18:00 horas (dezoito horas / “seis horas da
tarde”) de domingo, devendo avisar a genitora com antecedência caso for se ausentar da comarca com o
filho;
- Feriados intercalados;
- Dia dos Pais com o pai e Dia das Mães com a mãe;
- Dia das Crianças, metade do dia com o pai e metade com a mãe;
Art. 229 da Constituição Federal: “Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; “
Demonstra-se no mesmo sentido o Art. 1634 do Código Civil quanto à criação e educação
dos filhos menores, e no Art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90 – ECA) relativo a
dever de sustento, criação e educação.
Art. 22 da Lei 8.069 – ECA: “ Aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir as determinações judiciais.
Desta forma, mostra-se claro de que o (Requerido) além de prover o sustento da Requerente, compete
também ao sustento do filho, pois, trata-se de satisfações de necessidades vitais de quem não consegue
provê-las por si.”
Art. 1696 do Código Civil: “ O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e
filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta
de outros.”
Quanto ao parágrafo primeiro do artigo acima citado, vale ressaltar de que para que possa
ocorrer sua concessão precisa-se de dois requisitos, sendo estes: Necessidade do Alimentando e
Capacidade do Alimentante.
Desta forma, como o menor impúbere, não possui nenhuma condição de auto-sustento e o
requerido embora seja apenas estudante universitário, após a divisão dos bens nesta partilha, passará a
possuir uma boa quantia em patrimônio que o tornará capaz de contribuir igualmente com o sustento de seu
filho menor.
Uma vez demonstrado o grau de parentesco relativo ao requerido, reconhece-se o dever de
prestar alimentos e requer desde já o valor de 1,5 salários-mínimos (um salário-mínimo e meio)
3. DO DANO MORAL
Ainda que não esteja de forma expressa sua previsão sobre a possibilidade de indenização em
decorrência da vida comum, a lei também não veda sua viabilidade. Comprovada a prática dolosa ou
culposa de ato ilícito (Art. 927 do CC), o infrator está sujeito a indenizar não só os danos físicos, mas
também os psíquicos e os morais.
A doutrina tem tido o entendimento de apregoar a possibilidade de busca de indenização por danos
morais quando do fim dos vínculos afetivos e matrimoniais. Já que a indenização por danos morais não
busca “desfazer” os danos que uma pessoa sofreu, mas tem caráter indenizatório, pois a vem “compensar”
a vergonha, a humilhação, o constrangimento, a desonra. Conforme restará provado através de
depoimentos pessoais de testemunhas e laudo médico em anexo, a traição do requerente e pela forma em
que tudo ocorreu (dentro de sua própria casa), colocando a autora em uma situação completamente
vexatória diante de seus vizinhos, tornando inclusive impossível que a autora continuasse a residir em seu
próprio apartamento, acarretando inclusive uma depressão profunda, necessitando de acompanhamento
psicológico.
A reparação moral vem informada pela ideia compensatória, traduzida pela substituição da dor e do
sofrimento, por uma compensação financeira. Refiro que a finalidade da reparação do dano moral, tem
como objetivo principal atenuar o sentimento de indignação do desrespeito ao direito de imagem da vítima.
A reparação do dano moral na realidade nada repara e sim compensa, o que por si só “ampara”, ora
pois, não está sendo discutido como mérito dessa indenização a traição sofrida pela requerente, mas sim a
sua imagem maculada pela vergonha sofrida, visto que todo localidade em que mora a requerente sabe de
seu constrangimento, causando desconforto no seu cotidiano.
Requer a Vossa Excelência que venha está afiançando ao requerido desta ação, indenização por
danos morais no valor pecuniário de R$ 20.000, 00 (vinte mil reais).
III- DO PEDIDO
a) Que seja citado o Requerido, no endereço mencionado, para responder a presente demanda e querendo
constatar os fatos alegados sob pena de revelia;
g) Requer a Vossa Excelência seja determinada a meação na proporção de 50% (cinquenta por cento)-
meação- referentes aos bens conquistados ao longo da vida marital, qual seja o valor de xxxxxxxxx
h) Seja o Requerido condenado, pelo Principio da Sucumbência, (art. 20 do CPC) a honrar os honorários
advocatícios sobre o valor da ação, nos usuais 20%, custas e demais cominações legais;
j) Protesta provar o alegado por todos meios de prova e direito permitida e consideradas legais, por
declaração de testemunhas e documentos que se fizerem necessária, bem como pericial.
Termos em que