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LIQUIGÁS

Assistente Administrativo(a) I

Noções básicas de: matemática financeira ........................................................................................ 01

Compras ............................................................................................................................................ 17

Veiculação, circulação e arquivamento de documentos ..................................................................... 29

Registro, admissão, movimentação, demissão e pagamento de pessoal, contratações .................... 43

Estoque e almoxarifado ..................................................................................................................... 65

Impostos ............................................................................................................................................ 85

Elaboração e acompanhamento de orçamento .................................................................................. 87

Candidatos ao Concurso Público,


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relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
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professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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Noções básicas de: matemática financeira

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

JUROS SIMPLES1

Em regime de juros simples (ou capitalização simples), o juro é determinado tomando como base
de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da
operação. As operações aqui são de curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, entre
outros.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial
emprestado ou aplicado.

- Os juros são representados pela letra J.


- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C
(capital) ou P(principal) ou VP ou PV (valor presente) *.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado
pela letra i e utilizada para calcular juros.

*Varia de acordo com a literatura estudada.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Exemplo
1) Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de R$ 4. 000,00, pelo prazo de 5 meses,
à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resposta
- Capital aplicado (C): R$ 4.000,00
- Tempo de aplicação (t): 5 meses
- Taxa (i): 3% ou 0,03 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,03 x R$ 4.000,00 = R$ 120,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 120,00 = R$ 240,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 240,00 + R$ 120,00 = R$ 360,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 360,00 + R$ 120,00 = R$ 480,00
- No final do 5º período (5 meses), os juros serão: R$ 480,00 + R$ 120,00 = R$ 600,00

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MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$ 600,00 de juros.

Fazendo o cálculo, período a período:


- No final do 1º período, os juros serão: i.C
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
--------------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
J=C.i.t

1) O capital cresce linearmente com o tempo;


2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a soma do capital com os juros, ou seja:
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.

M = C + J → M = C.(1+i.t)

Exemplo
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 25.000,00 para render, em 3 anos, R$ 45.000,00 de
juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 25.000,00
t = 3 anos
j = R$ 45.000,00
i = ? (ao ano)
C.i.t
j=
100
25000.i.3
45 000 =
100
45 000 = 750 . i
45.000
i=
750
i = 60
Resposta: 60% ao ano.

Quando o prazo informado for em dias, a taxa resultante dos cálculos será diária; se o prazo for
em meses, a taxa será mensal; se for em trimestre, a taxa será trimestral, e assim sucessivamente.

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Questões

01. (IESES) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um montante de R$ 1.240.000,00 após


12 meses. Dentro do regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.

02. (EXATUS-PR) Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros simples, por um período de
16 meses. Após esse período, o montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada nessa
transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.

03. (UMA Concursos) Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio, a uma taxa de 1,3%
ao mês, em regime de juros simples resulta em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
(A) R$ 45.600,00
(B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00

04. (TRF- 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC) Em um contrato é estabelecido que uma pessoa
deverá pagar o valor de R$ 5.000,00 daqui a 3 meses e o valor de R$ 10.665,50 daqui a 6 meses. Esta
pessoa decide então aplicar em um banco, na data de hoje, um capital no valor de R$ 15.000,00, durante
3 meses, sob o regime de capitalização simples a uma taxa de 10% ao ano. No final de 3 meses, ela
resgatará todo o montante correspondente, pagará o primeiro valor de R$ 5.000,00 e aplicará o restante
sob o regime de capitalização simples, também durante 3 meses, em outro banco. Se o valor do montante
desta última aplicação no final do período é exatamente igual ao segundo valor de R$ 10.665,50, então
a taxa anual fornecida por este outro banco é, em %, de
(A) 10,8%.
(B) 9,6%.
(C) 11,2%.
(D) 12,0%.
(E) 11,7%.

Respostas

01. Resposta: E.
C = 1.000.000,00
M = 1.240.000,00
t = 12 meses
i=?
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i = 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i =
1,24 – 1 → 12i = 0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
Como não encontramos esta resposta nas alternativas, vamos transformar, uma vez que sabemos a
taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.

02. Resposta: B.
Pelo enunciado temos:
C = 670
i=?

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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n = 16 meses
M = 766,48
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670 (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i =
1,144 → 16i = 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i = 0,9% a.m.
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano, logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 =
10,8% a.a.

03. Resposta: C.
C=?
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
i = 1,3% a.m = 0,013
M = 68610,40
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C (1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C =
68610,40 = C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.

04. Resposta: C.
j= 15.000*0,10*0,25 (0,25 é 3 meses/12)
j=15.000*0,025
j=375,00
Montante 15.000+375,00= 15.375,00
Foi retirado 5.000,00, então fica o saldo para nova aplicação de 10.375,00 o valor a pagar da segunda
parcela (10.665,50) é o mesmo valor do saldo da aplicação dos 10.375,00 em 03 meses.
10.665,50-10.375,00= 290,50, esse foi o juros, então é só aplicar a fórmula dos juros simples.
j=c.i.t
290,5=10.375,00*i*0,025
290,5=2.593,75*i
i= 290,5/2.593,75
i= 0,112
i=0,112*100=11,2%

JUROS COMPOSTOS2

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades, a saber:

Juros simples (capitalização simples) – a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial.
Juros compostos (capitalização composta) – a taxa de juros incide sobre o capital de cada
período. Também conhecido como "juros sobre juros".
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as
quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros compostos
na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Exemplo
Considere o capital inicial (C) $1500,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i
= 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1500 x 1,1 = 1650 = 1500(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1650 x 1,1 = 1815 = 1500(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1815 x 1,1 = 1996,5 = 1500(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo M o montante, teremos evidentemente: M = 1500(1 + 0,1)t
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante
o período (t):
M = C (1 + i)t

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MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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Onde:
M = montante,
C = capital,
i = taxa de juros e
t = número de períodos que o capital C (capital inicial) foi aplicado.
(1+i)t ou (1+i)n = fator de acumulação de capital

Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês
durante 3x12=36 meses.

Graficamente temos, que o crescimento do principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,


CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO
e, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros
compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Juros Compostos e Logaritmos


Para resolução de algumas questões que envolvam juros compostos, precisamos ter conhecimento de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar o tempo/prazo. É muito
comum ver em provas o valor dado do logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.

Exemplo
Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?

Resposta
Sabemos que M = C (1 + i)t. Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos M = 2C.
Substituindo, vem: 2C = C(1+0,02)t [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
Simplificando, fica:
2 = 1,02t , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: t = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser obtidos rapidamente em máquinas
calculadoras científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular ou concurso, o examinador teria de
informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o que
não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é
mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses.

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- Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em unidade diferente do tempo(t), pode-se
colocar na mesma unidade de (i) ou (t).

- Em juros compostos é preferível colocar o (t) na mesma unidade da taxa (i).

Questões

01. (EXÉRCITO BRASILEIRO) Determine o tempo necessário para que um capital aplicado a 20 % a.
m. no regime de juros compostos dobre de valor. Considerando que log 2 = 0,3 e log 1,2 = 0,08.
(A) 3,75 meses.
(B) 3,5 meses.
(C) 2,7 meses.
(D) 3 meses.
(E) 4 meses.

02. (FCC) Saulo aplicou R$ 45 000,00 em um fundo de investimento que rende 20% ao ano. Seu
objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma casa que, na data da aplicação, custava
R$ 135 000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas condições, a partir da data da aplicação, quantos
anos serão decorridos até que Saulo consiga comprar tal casa?
Dado: (Use a aproximação: log 3 = 0,48)
(A) 15
(B) 12
(C) 10
(D) 9
(E) 6

03. (CESGRANRIO) Um investimento de R$1.000,00 foi feito sob taxa de juros compostos de 3% ao
mês. Após um período t, em meses, o montante foi de R$1.159,27. Qual o valor de t? (Dados: ln(1.000)
= 6,91; ln(1.159,27) = 7,06; ln(1,03) = 0,03).
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

04. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Fábio aplicou R$ 1.000,00 em uma aplicação
que rende juros compostos de 2% ao mês. Ao final de 3 meses qual será o montante da aplicação de
Fábio, desprezando-se as casas decimais?
(A) R$ 1.060
(B) R$ 1.061
(C) R$ 1.071
(D) R$ 1.029
(E) R$ 1.063

Respostas

01. Resposta: A.
M=C(1+i)t
2C=C(1+0,2)t
2=1,2t
Log2=log1,2t
Log2=t.log1,2 → 0,3=0,08t → T=3,75 meses

02. Resposta: B.
M = C. (1 + i)t
C = 45.000
i = 0,2
--------------------
C = 135.000

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i= 0,08
45.000 (1+ i)t = 135.000 (1 + i)t
45.000 (1 + 0,2)t = 135.000 (1 + 0,08)t
45.000 (1,2)t = 135.000 (1,08)t
135.000/45.000 = (1,2/1,08)t
3 = (10/9)t
log3 = t.log (10/9) → 0,48 = (log10 - log9).t → 0,48 = (1 - 2log3).t
0,48 = (1 - 2.0,48).t → 0,48 = (1 - 0,96).t → 0,48 = 0,04.t
t = 0,48/0,04 → t = 12

03. Resposta: E.
M = C (1 + i) t
1159,27 = 1000 ( 1 + 0,03)t
1159,27 = 1000.1,03t
ln 1159,27 = ln (1000 . 1,03t)
7,06 = ln1000 + ln 1,03t
7,06 = 6,91 + t . ln 1,03 → 0,15 = t . 0,03 → t = 5

04. Resposta: B.
Juros Compostos
M = 1000 .(1,02)^3
M = 1000 . 1,061208
M = 1061,20

DESCONTOS

Entende-se por Valor Nominal o valor de resgate, ou seja, o valor definido para um título em sua data
de vencimento. Representa, em outras palavras, o próprio montante da operação.
A operação de se liquidar um título antes de seu vencimento envolve geralmente uma recompensa, ou
um desconto pelo pagamento antecipado. Desta maneira, desconto pode ser entendido como a diferença
entre o valor nominal de um título e o seu valor atualizado apurado n períodos antes de seu vencimento.
Por outro lado, Valor Descontado de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo
determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto, ou seja:

Valor descontado = Valor nominal – Desconto

As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como no de juros
compostos. O uso do desconto simples é amplamente adotado em operações de curto prazo,
restringindo-se o desconto composto para as operações de longo prazo.
Tanto no regime linear como no composto ainda são identificados dois tipos de desconto:
(a) desconto “por dentro” (ou racional) e;
(b) desconto “por fora” (ou bancário, ou comercial).

Exemplo
Ao resgatar uma duplicata dois meses, antes da data do vencimento (04/03/2005), o credor José da
Silva (aquele que irá receber o valor da mesma) recebe uma quantia de R$ 460,00.
A essa diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual) damos o nome
de desconto.

D=N–A
Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

O desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes do vencimento é maior, resultando
num resgate de menor valor para o proprietário do título. O desconto é o contrário da capitalização.

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Comparando com o regime de juros, observamos que:

- o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;


- o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
- e o Desconto nos dá ideia de Juros.

DESCONTOS SIMPLES3

Desconto Racional Simples (por dentro)


O desconto racional, também denominado de desconto “por dentro”, incorpora os conceitos e relações
básicas de juros simples. Assim, sendo Dr o valor do desconto racional, C o capital (ou valor atual), i a
taxa periódica de juros e n o prazo do desconto (número de períodos que o título é negociado antes de
seu vencimento), tem-se a conhecida expressão de juros simples

𝐷𝑟 = 𝐶 . 𝑖 . 𝑛

Pela própria definição de desconto e introduzindo-se o conceito de valor descontado no lugar de capital
no cálculo do desconto, tem-se:

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟

Sendo N o valor nominal (ou valor de resgate, ou montante) e V o valor descontado racional (ou valor
atual) na data da operação.

Como:
𝑁
𝑉𝑟 = 𝐶 =
1 + 𝑖. 𝑛

Tem-se:
𝑁. 𝑖. 𝑛
𝐷𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

A partir dessa fórmula é possível calcular o valor do desconto racional obtido de determinado valor
nominal (N), a uma dada taxa simples de juros (i) e a determinado prazo de antecipação (n).
Já o valor descontado, conforme definição apresentada, é obtido pela seguinte expressão de cálculo:

𝑁
𝑉𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

Observe, uma vez mais, que o desconto racional representa exatamente as relações de juros simples.
É importante registrar que o juro incide sobre o capital (valor atual) do título, ou seja, sobre o capital
liberado da operação.
A taxa de juro (desconto) cobrada representa, dessa maneira, o custo efetivo de todo o período do
desconto.

Desconto Comercial Simples (por fora)


Esse tipo de desconto, simplificadamente por incidir sobre o valor nominal (valor de resgate) do título,
proporciona maior volume de encargos financeiros efetivos nas operações. Observe que, ao contrário dos
juros “por dentro”, que calculam os encargos sobre o capital efetivamente liberado na operação, ou seja,
sobre o valor presente, o critério “por fora” apura os juros sobre o montante, indicando custos adicionais
ao tomador de recursos.
A modalidade de desconto “por fora” é amplamente adotada pelo mercado, notadamente em
operações de crédito bancário e comercial a curto prazo.
O valor desse desconto, genericamente denominado desconto “por fora” (Df) no regime de juros
simples é determinado pelo produto do valor nominal do título (N), da taxa de desconto periódica “por
fora” contratada na operação (d) e do prazo de antecipação definido para o desconto (n). Isto é:
Df = N . d . n

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NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

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O valor descontado “por fora” (Vf), aplicando-se a definição, é obtido:

Vf = Nx(1 – d . n)

Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada


Em alguns casos teremos acréscimos de taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas de despesas
bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Quando
as mesmas aparecem nos enunciados, devemos somá-la à taxa de juros, conforme a fórmula abaixo:

Df = N. (i.t + h)
Onde:
Df = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Temos ainda o valor bancário recebido, que nada mais é que: V = N – Db na qual podemos escrever
da seguinte forma:

V = N – Db → V = N – N (i.t + h) → V = N . [1 - (i.t + h)]

Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr)


Algumas questões propõem a utilização dessa relação para sabermos o valor do desconto caso fosse
utilizado o desconto comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa. A relação é dada
por:

Df = Dr . (1 + i.t)

Questões

01. Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros
simples de 12% a.m. O banco cobra, simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da
promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma promissória vencível
em três meses. O valor da comissão é de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 30.000,00
(C) R$ 40.000,00
(D) R$ 50.000,00
(E) R$ 60.000,00

02. (FCC) Dois títulos são descontados em um banco 4 meses antes de seus vencimentos com uma
taxa de desconto, em ambos os casos, de 2% ao mês. O valor atual do primeiro título foi igual a R$
29.440,00 e foi utilizada a operação de desconto comercial simples. O valor atual do segundo título foi
igual a R$ 20.000,00 e foi utilizada a operação de desconto racional simples. A soma dos valores nominais
destes dois títulos é igual a
(A) R$ 53.600,00.
(B) R$ 54.200,00.
(C) R$ 55.400,00.
(D) R$ 56.000,00.
(E) R$ 56.400,00.

03. O desconto simples comercial de um título é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a. O
valor do desconto simples racional do mesmo título é de R$ 781,82, mantendo-se a taxa de juros e o
tempo. Nesse as condições, o valor nominal do rótulo é de:

(A) R$ 9000,00
(B) R$ 8600,22
(C) R$ 8000,00

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 9
(D) R$ 9600,22
(E) R$ 10.600,00

Respostas

01. Resposta: A.
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

02. Resposta: A.
1º título - Dcs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 29440
N1 = ?
D=N–A
Dcs = N.i.t → N – A = N.i.t → N – 29440 = N.0,02.4 → N – 29440 = N.0,08 → N – 0,08N = 29440 →
0,02N = 29440 → N = 29440 / 0,02 → N = 32000

2º título - Drs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 20000
N2 = ?
N = A (1 + i.t) → N = 20000 (1 + 0,02.4) → N = 20000 (1 + 0,08) → N = 20000.1,08 → N = 21600
Como o enunciado da questão pede a soma dos valores nominais, então teremos:
N1 + N2 → 32000 + 21600 = 53600.

03. Resposta: B.
Dc = 860
Dr = 781,82
Usando N = (Dc . Dr) / (Dc – Dr),
N = (860 . 781,82) / (860 – 781,82) = 672365,2 / 78,18 = 8600,22

DESCONTOS COMPOSTOS4

Desconto Racional Composto (por dentro)


As fórmulas estão associadas com os juros compostos, assim teremos:

Onde:
D = Desconto Racional Composto
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

4
NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 10
Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Desconto Comercial Composto (por fora)

Como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e vice versa,
mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Questões

01. (FCC) Dois títulos, um com vencimento daqui a 30 dias e outro com vencimento daqui a 60 dias,
foram descontados hoje, com desconto racional composto, à taxa de 5% ao mês. Sabe-se que a soma
de seus valores nominais é R$ 5.418,00 e a soma dos valores líquidos recebidos é R$ 5.005,00. O maior
dos valores nominais supera o menor deles em
(A) R$ 1.195,00.
(B) R$ 1.215,50.
(C) R$ 1.417,50.
(D) R$ 1.484,00.
(E) R$ 1.502,50.

02. (CESPE) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou acordado que o
administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro parcelas iguais no valor
de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do primeiro, segundo, terceiro e quarto
anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que a empresa tenha concluído satisfatoriamente
o serviço dois anos após a contração e que tenha sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas
para serem pagas juntamente com a segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Se para o pagamento for utilizado desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, na
antecipação das parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela será o mesmo que seria
obtido se fosse utilizado desconto racional simples.
( ) Certo ( ) Errado

03. (FCC) O valor do desconto de um título de valor nominal igual a R$ 15.961,25, resgatado 2 anos
antes de seu vencimento e segundo o critério do desconto composto real, é igual a R$ 3.461,25. A taxa
anual de desconto utilizada foi de

(A) 11%.
(B) 13%.
(C) 14%.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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(D) 15%.
(E) 16%.

Respostas

01. Resposta: C.
t = 30 dias = 1 mês (1º título) e 60d = 2 meses(2º título)
Drc
i = 5% a.m = 0,05
N1 + N2 = 5418
A1 + A2 = 5005 → A1 = 5005 – A2
Temos que o Drc é dado por :
N = A (1 + i)t → N1 = A1 (1 + 0,05)1 e N2 = A2 (1,05)2 → N2 = A2.(1,1025)
N1 + N2 = 5418 , substituindo teremos:
A1 (1,05) + A2(1,1025) = 5418 , como temos que A1 = 5005 – A2 :
(5005 – A2).(1,05) + A2(1,1025) = 5418 → 5255,25 – 1,05 A2 + 1,1025 A2 = 5418 →
0,0525 A2 = 5418 – 5255,25 → 0,0525 A2 = 162,75 → A2 = 3100 e A1 = 5005 – 3100 = 1905
N1 = 1,05 .1905 = 2000,25 e N2 = 1,1025. 3100 = 3417,75
O maior é N2 e o menor N1 , assim faremos N2 – N1 = 3417,75 – 2000,25 = 1417,5

02. Resposta: CERTO.


Como ele pede para saber se antecipássemos o valor da 3º parcela em um 1 ano, termos:
N = 132.000
t=1
i = 10% a.a = 0,10
- Para o Desconto Racional Composto: A = N / (1 + i)t
A = 132.000 / (1 + 0,1)¹ → A = 132.000 / 1,1
- Fazendo no Desconto Racional Simples: A = N / (1 + i.t)
A = 132.000 / (1 + 0,1.1)
A = 132.000 / 1,1
Ao anteciparmos 3° parcela em um ano, o desconto obtido com o valor desta parcela será o mesmo
que seria obtido se fosse utilizado desconto racional simples.

03. Resposta: B.
O termo real faz referência a racional.
N = 15961,25
t = 2 anos
Drc = 3461,25
i=?
D = N – A → 3461,25 = 15961,25 – A → A = 15961,25 – 3461,25 → A = 12500
N = A (1 + i)t → 15961,25 = 12500.(1 + i)2 → (1 + i)2 = 15961,25 / 12500 → (1 + i)2 = 1,2769 → 1 + i =
√ 1,279 → 1,13 = 1 + i → i = 1,13 – 1 → i = 0,13 → i = 13%

TAXAS DE JUROS: EFETIVA, NOMINAL, PROPORCIONAIS, EQUIVALENTES, REAL E


APARENTE5

As taxas de juros são índices fundamentais no estudo da matemática financeira. Os rendimentos


financeiros são responsáveis pela correção de capitais investidos perante uma determinada taxa de juros.
As taxas serão incorporadas sempre ao capital.

Taxa Efetiva
São aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de
capitalização(valorização). Utilizado muito em caderneta de poupança.

5
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
mundoeducacao.com/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 12
Exemplos

- Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual.


- Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização trimestral.

Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com
unidade da taxa. Em outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa Nominal
São aquelas cujas unidade de tempo NÃO coincide com as unidades de tempo do período de
capitalização.
Exemplos

- 5% ao trimestre com capitalização semestral.


- 15% ao semestre com capitalização bimestral.

Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobrir a taxa
efetiva (multiplicando ou dividindo a taxa)

Exemplo

Como são 12 meses que existem no ano, então dividimos a taxa por 12, trazendo a taxa para o mesmo
período da capitalização, tendo assim a taxa efetiva da operação.

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas Proporcionais ou Lineares (regime de juros simples)


São taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao mesmo período de
tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplos
- 2% a.s é proporcional quantos % a.a?
Como 1 ano tem 2 semestre 2%. 2(semestres) = 4% a.a
- Uma taxa de 60% a.a geraria as seguintes taxas: 5% a.m (60%/12 meses);10% a.b (60%/6
bimestres); 20% a.q(60%/3quadrimestres) ....

Taxas Equivalentes (regime de juros compostos)


As taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém não de forma
proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

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Exemplos

- 24% a.a é equivalente a %a.m?


Vamos aplicar o conceito acima, para resolução deste exemplo:
(1+ia)=(1+im)12 (expoente na menor unidade de tempo) (1+0,24) = (1+im)12  1,24 = (1+im)12  Para
12
retirar o expoente, basta fazermos a operação inversa da potenciação  12√1,24 = √(1 + 𝑖𝑚 )12
1
12
√1,24 = 1 + 𝑖𝑚 → 𝑖𝑚 = 1,2412 − 1
Algumas bancas informam o valor da raiz, outras deixam como está.
𝒎
𝒏
√𝒂𝒎 = 𝒂 𝒏

Taxa Real, Aparente e Inflação


Taxa Real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
Taxa Aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
Taxa de Inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Podemos escrever todas essas taxas em função uma das outras:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
𝑀
Onde: (1 + 𝑖𝑎 ) = 𝐶
, independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Exemplos

01. Uma aplicação no mercado financeiro forneceu as seguintes informações:


− Valor aplicado no início do período: R$ 50.000,00.
− Período de aplicação: um ano.
− Taxa de inflação no período de aplicação: 5%.
− Taxa real de juros da aplicação referente ao período: 2%.
Se o correspondente montante foi resgatado no final do período da aplicação, então o seu valor é
(A) R$ 53.550,00.
(B) R$ 53.500,00.
(C) R$ 53.000,00.
(D) R$ 52.500,00.
(E) R$ 51.500,00.

Observe que o período de aplicação é de 1 ano, então tanto faz utilizar o regime de juros simples ou
compostos.
C = R$ 50.000,00
t= 1 ano
ii = 5% = 0,05
ir = 2% = 0,02

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M=?

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)  (1+ia) = (1+0,02).(1+0,05i)  (1+ia) = 1,02 . 1,05  (1+ia) = 1,071 


ia = 1,071-1  ia = 0,071(taxa efetiva da operação)
Aplicando a fórmula do montante: M = C.(1+i)t  M= 50 000.(1+0,071)1  50 000. 1,071 
M= 53.550,00
Resposta: A.

02. Uma pessoa investiu R$ 1.000,00 por 2 meses, recebendo ao final desse prazo o montante de R$
1.060,00. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 4%, então a taxa de inflação desse bimestre foi
de aproximadamente
(A) 1,92.
(B) 1,90.
(C) 1,88.
(D) 1,86.
(E) 1,84.
Neste exemplo, está nos faltando saber o valor da taxa de juros aparente, mas com as outras
informações do enunciado podemos chegar ao seu valor:
C = 1.000,00
M = 1.060,00
t = 2 meses
ir = 4% = 0,04
ii= ?
𝑀 1060
(1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = 1,06
𝐶 1000
1,06
(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ 1,06 = (1 + 0,04). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = 1,0192 ⇒
1,04

𝑖𝑖 = 1,0192 − 1 ⇒ 𝑖𝑖 = 0,0192 ⇒ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 100(𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙) ⇒ 1,92

Questões

01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere as seguintes


situações:
I- Carlos comprou um produto que à vista custava R$ 1.000,00. Como ele não tinha todo esse valor,
ele fez um plano de pagamento com 12 prestações iguais, de R$ 100,00 cada uma, sem entrada.
II- Ana comprou o mesmo produto que Carlos, na mesma loja e com o mesmo preço à vista, mas fez
o seguinte plano de pagamento: uma entrada de R$ 100,00 e mais 11 prestações de R$ 100,00 cada
uma.

Com base nessas situações, é possível afirmar corretamente que:


(A) a taxa de juros do plano de Ana foi menor que a taxa de juros do plano de Carlos.
(B) a taxa de juros do plano de Ana foi igual à taxa de juros do plano de Carlos.
(C) a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a taxa de juros do plano de Carlos.
(D) não há como comparar as taxas de juros dos planos de Ana e de Carlos.

02. (TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao


trimestre, com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de,
aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

03. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25%
equivalente à taxa de:

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 15
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

04. (BAHIAGÁS – Técnico de Processor Tecnológicos – IESES) Uma pessoa faz um investimento
em uma aplicação que rende 14% de juros (taxa aparente) anuais. Porém a inflação em seu país é de
10% anuais. Portanto a taxa de juros real que remunera a aplicação é:
(A) Maior que 3,8% e menor que 3,9% ao ano.
(B) Maior que 3,6% e menor que 3,7% ao ano.
(C) Menor que 3,6% ao ano.
(D) Maior que 3,9% ao ano.
(E) Maior que 3,7% e menor que 3,8% ao ano.

05. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um financiamento está sendo


negociado a uma taxa nominal de 20% ao ano.
A taxa de juros efetiva anual desse financiamento, se os juros são capitalizados semestralmente, é:
(A) 10,00%
(B) 20,21%
(C) 21,00%
(D) 22,10%
(E) 24,20%

Respostas

01. Resposta: C.
I. Carlos: 12 . 100 = 1200
II. Ana: 100 + 11 . 100 = 100 + 1100 = 1200
Os valores são iguais, porém Carlos não deu entrada e Ana sim. Por isso, a taxa de juros do plano de
Ana foi maior que a de Carlos.

02. Resposta: B.
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7%
a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it =
0,225043 x 100  it= 22,5043%

03. Resposta: C.
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das
questões vamos avaliar item a item para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)

04. Resposta: B.
(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
Jogando os valores que temos, na fórmula.
1+ 0,14=(1+taxa real) . (1+ 0,1
1,14= (1+taxa real) . (1,1)
1,14/1,1= (1+taxa real)
1,0363= 1+ taxa real
1.0363-1=taxa real
Taxa real = 0,0363
Taxa real = 3,63%

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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05. Resposta: C.
Taxa nominal: 20%a.a. capitalizada semestralmente, ou seja 20/2 = 10% ao semestre.
Agora, basta determinar a taxa efetiva:

(1+iquero) = (1+itenho)
(1+iquero)1 = (1+0,10)²
iquero = 1,21 – 1 = 0,21 = 21%

Compras

CONCEITO DE COMPRA

É a função responsável pela obtenção do material no mercado fornecedor, interno ou externo, através
da mais correta tradução das necessidades em termos de fornecedor / requisitante. É ainda, a unidade
organizacional que, agindo em nome das atividades requisitantes, compra o material certo, ao preço certo,
na hora certa, na quantidade certa e da fonte certa.

Administração de Compras – compreendendo os seus objetivos

Toda atividade realizada em uma empresa, seja ela industrial, comercial ou burocrática, necessita de
matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços para ser executada.
Portanto, a administração de compras é um elemento essencial da área de materiais no alcance dos
objetivos empresariais. Uma seção de compras tem por finalidade suprir as necessidades de materiais
ou serviços, realizar o planejamento quantitativo e qualitativo, satisfazer as necessidades no momento
certo com quantidades corretas, bem como verificar todo o montante comprado, providenciando o
transporte, armazenamento e distribuição.

Segundo Dias (1993), podemos concluir que os objetivos básicos de uma Seção de Compras
seriam:
a) obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção;
b) coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a
operacionalidade da empresa;
c) comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de quantidade e qualidade
definidos;
d) procurar sempre, dentro de uma negociação justa e honesta, as melhores condições para empresa,
principalmente em condições de pagamento.

A necessidade de se comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os empresários, juntamente com
as necessidades de estocar em níveis adequados e de racionalizar o processo produtivo.
Comprar bem é um dos meios que a empresa deve usar para reduzir custos. Existem certos
mandamentos que definem como comprar bem e que incluem a verificação dos prazos, preços, qualidade
e volume.
Mas manter-se bem relacionado com o mercado fornecedor, antevendo na medida do possível
eventuais problemas que possam prejudicar a empresa no cumprimento de suas metas, é talvez o mais
importante na época de escassez e altos preços. A seleção de fornecedores é considerada igualmente
ponto-chave do processo de compras.

Independentemente do porte da empresa, os princípios básicos da organização de compras


constituem-se de normas fundamentais assim consideradas:
a) autoridade para compra;
b) registro de compra;
c) registro de preço;
d) registro de estoque e consumo;
e) registro de fornecedores;
f) arquivo e especificações;
g) arquivo de catálogos.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 17
Completando a organização, podemos incluir como atividade da seção de compras:
a) Pesquisa dos fornecedores (ou pesquisa de preços) - Nesse item envolverá o estudo de mercado e
dos materiais, análise de custos, investigação das fontes de fornecimento e desenvolvimento de fontes
de materiais alternativos;
b) Aquisição- Ressaltando a importância da conferência de requisições, análise das cotações, decisão
de compra, entrevista a vendedores, negociação de contratos e encomendas e acompanhamento do
recebimento de materiais.
c) Administração - Envolvendo as funções de manutenção de estoques mínimos, transferências de
materiais, conferência sistemática para evitar excessos e obsolescência de estoque, cuidando de
relações comerciais recíprocas, padronização, entre outras que for necessário.
Segundo Dias (1993), a pesquisa é o elemento básico para a própria operação da seção de compras.
A busca e a investigação estão vinculadas diretamente às atividades básicas de compras: a determinação
e o encontro da qualidade certa, a localização de uma fonte de suprimento, a seleção de um fornecedor
adequado, o estabelecimento de padrões e análises de valores são exemplos de pesquisas.

Gestão de compras de recursos materiais6

A gestão de compras é muito importante, pois pode criar vantagens competitivas. Comprar significa
procurar e providenciar a entrega de materiais, suprimentos e máquinas, dentro da qualidade especificada
e no prazo pedido a um preço justo, para a manutenção, a expansão e o funcionamento da empresa.
A função compras “assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do
volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez para trás a visão
preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro
de lucros”.
Como a função compras exerce uma grande influência sobre os lucros da organização, a
responsabilidade de comprador consiste em comprar materiais com qualidade correta, na quantidade
certa, no instante certo e ao preço correto, da fonte certa, para entrega no local correto. Dessa forma, a
compra tem em vista responder às necessidades da empresa, para esta obter lucros. Por esse motivo,
os materiais comprados têm enorme impacto nos lucros das empresas mesmo nas manufatureiras
automatizadas, conferindo à atividade de compras uma importância crescente.
Os materiais adquiridos devem ser compatíveis com as necessidades de produção e da
competitividade, considerando o papel que estes exercem no custo total da produção.
Qualquer atividade industrial necessita de matérias-primas, componentes, equipamentos e serviços
que possa operar. Em todo sistema empresarial, para se manter um volume de vendas, um perfil
competitivo no mercado e, consequentemente, gerar lucros satisfatórios, a minimização de custos deve
ser perseguida e alcançada, principalmente os que se referem aos materiais utilizados, já que
representam uma parcela por demais considerável na estrutura de custo total.
Para as organizações não manufatureiras a administração de compras exerce uma grande importância
no controle financeiro, considerando que “os órgãos públicos estão cada vez mais trabalhando com
menos dinheiro, o que significa esforços extenuantes para reduzir custos por meio de compras mais
eficazes [...] a tarefa do executivo responsável por esses serviços é atender às demandas exigidas dentro
das restrições orçamentárias”.
Desse modo, é importante que o gestor da área de compras desempenhe a sua função consciente de
que faz parte do sistema empresa e das elevadas somas envolvidas no investimento em bens públicos,
de modo a dar uma resposta positiva ao público consumidor dos serviços. A função compras ou
suprimentos para uma organização de prestação de serviços tem a missão de proporcionar ao cliente
final a garantia de que este receberá o produto final de acordo com as suas expectativas.
Na Administração Pública, a Administração de Recursos Materiais pode ser definida como um conjunto
de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir
as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições.
Tais atividades abrangem a aquisição, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o registro, o
fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques,
etc. Visam gerenciar de maneira eficaz os recursos do processo produtivo, indo além de um simples
controle de estoques, envolvendo um vasto campo de relações que são interdependentes e que precisam
ser bem geridos para evitar desperdícios.
6
TCHAMO, Joaquim Eugênio. Administração de Bens Materiais e Patrimoniais na Universidade Pedagógica de Maputo (Moçambique) – Um Estudo de Caso /
Joaquim Eugênio Tchamo – Piracicaba, São Paulo, 2007.
Cláudia de Oliveira; Juliana Jeronymo Jorvino. COMPRAS: NEGOCIAÇÃO, ESTRATÉGIA, REDUÇÃO DE CUSTOS SÃO ELEMENTOS PARA AGREGAR EM
SUA EMPRESA?
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem logística. 4a edição. São Paulo: Editora Atlas S. A. 1993.

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Por isso, para um desempenho adequado e eficiente do gestor de compras é necessário que se
perceba que este exerce uma ligação vital entre a empresa e os fornecedores. Para os gestores de
compras realizarem suas atividades de maneira eficaz precisam compreender em detalhe tanto as
necessidades de todos os processos da empresa que estão servindo, como as capacitações dos
fornecedores que potencialmente podem fornecer produtos e serviços para a organização.
o departamento de compras desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos
estratégicos da empresa [...] a missão do departamento de compras é perceber as prioridades
competitivas necessárias para cada produto/serviço importante (baixos custos de produção, entregas
rápidas e no tempo certo, produtos/serviços de alta qualidade e flexibilidade) e desenvolver planos de
compras para cada produto/serviço importante que sejam coerentes com as estratégias de operações.
Desta visão, entende-se que a função compras deve ser manejada de forma a manter os estoques
equilibrados para responder às necessidades da empresa. À área de compras também compete o
cuidado com os níveis de estoque da empresa, pois, embora altos níveis de estoque possam significar
poucos problemas com a produção, acarretam um custo exagerado para sua manutenção - despesas
com o espaço ocupado, custo do capital, pessoal de almoxarifado e controles
Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a empresa trabalhe em um limiar
arriscado, no qual qualquer detalhe, por menor que seja, acabe prejudicando ou parando a produção.

Neste sentido, e com vista a responder ao controle de estoques na organização, a função compras
deve ter diversos cuidados visando alcançar as seguintes metas/objetivos fundamentais.
a) permitir continuidade de suprimentos para o perfeito fluxo de produção;
b) coordenar os fluxos com o mínimo de investimentos em estoques e adequado cumprimento dos
programas;
c) comprar materiais e produtos aos mais baixos custos, dentro das especificações predeterminadas
em qualidade, prazos e preços;
d) evitar desperdícios e obsolescência de materiais por meio de avaliação e percepção do mercado;
e) permitir à empresa uma posição competitiva, mediante negociações justas e credibilidade;
f) manter parceria com os fornecedores para crescer junto com a empresa.

Slack et al. (1997) define cinco objetivos, também denominados “os cinco corretos de
compras”:

- Comprar ao preço correto


- Acertar entrega para o momento correto
- Garantir produtos e serviços na qualidade correta
- Garantir produtos e serviços na quantidade correta
- Garantir o fornecedor correto.

Organização do setor de compras

O setor de compras deve se organizar de modo a atender aos cinco corretos de compras:
A complexidade da função de compras e de sua estruturação é proporcional ao tamanho da empresa.
O seu gestor responde por deveres administrativos e executivos, por isso “é responsável pelo perfeito
relacionamento com as empresas fornecedoras e com as exigências operacionais dos demais
departamentos da organização”.

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Atividade Especificações
Informação Básica Controle e registro de fornecedores
Controle e registro de compras
Controle e registro de preços
Controle e registro de especificações
Controle e registro de estoques
Controle e registro de consumo
Controle e registro de catálogos
Controle e registro econômicos
Pesquisa de Suprimento Estudo de mercado
Especificações de materiais
Análise de custos
Análise financeira
Desenvolvimento de novos fornecedores
Desenvolvimento de novos materiais
Qualificação de fornecedores
Administração de Materiais Garantir atendimento das requisições
Manutenção de estoques
Evitar excesso de estoques
Melhorar giro de estoques
Garantir transferência de materiais
Padronizar embalagens
Elaborar relatórios
Sistema de Aquisição Negociar contratos
Efetivar as compras
Analisar cotações
Analisar requisições
Analisar condições de contratos
Verificar recebimento de materiais
Conferir fatura de compra
Contatar vendedores
Negociar redução e preços
Relacionamento interdepartamental
Ações Diversas Dispor de materiais obsoletos
Projeções de custos
Comparações de materiais
Manter relações comercias de confiabilidade
Atividades Partilhadas com outros setores
Padronização
Normatização
Projetos de Produção
Controle de estoques
Testes de novos produtos
Diretrizes de reciprocidade
Especificação de fornecedores
Definir em comprar ou fabricar
Contatar seguros e sistemas de transportes
Fonte: Adaptado in POZO, 2001, Pp. 142-144

Para o efeito, no desenvolvimento das suas funções, o gestor de compras deve ter em conta que a
sua atividade requer o desenvolvimento da pesquisa do mercado, como uma das atividades básicas, pois,
a busca e a investigação estão vinculadas diretamente às atividades básicas de compras: a determinação
e o encontro da qualidade certa, a localização de uma fonte de suprimento, a seleção de um fornecedor
adequado, o estudo para determinar se o produto deve ser fabricado ou comprado, o estabelecimento de
padrões e análises de valores são exemplos de pesquisa.

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Relações entre o Setor de Compras e os Outros Setores

Administração de Vendas
A área de vendas envia o pedido para este setor, que mantém contato constante e direto com os
clientes, informando a situação dos pedidos.

Planejamento e Controle da Produção


Planejamento do sistema produtivo mediante informações de administração de vendas e programação
das necessidades baseando-se nos inventários.

Materiais
É a área que administra os materiais na organização e informa a situação dos estoques e os
recebimentos dos pedidos de compras em andamento.

Transportes
Situação dos fretes e posicionamento dos materiais em trânsito, negociação de redução de custos,
recebimentos e distribuição e, principalmente, a otimização das entregas aos clientes.

Produção
Atendimento às necessidades de programa de produção, materiais auxiliares necessários,
relacionamento de benefícios comuns e globais da empresa. É o setor que produz a necessidade do
mercado.

Qualidade
Definições dos parâmetros de qualidade e performance dos materiais comprados e confirmação destas
especificações. Desenvolver conjuntamente novos fornecedores e avaliar periodicamente os atuais.

Finanças
Avaliação das condições econômicas e contábeis dos contratos e das compras. Elaboração de
informes contábeis para análise de estoques, compras, prazos e rentabilidade dos produtos envolvidos
nas transações de compras e vendas.

A pesquisa que ocorre no setor de compras tem em vista suprir com informações e orientações aos
outros setores interessados, sendo este campo dividido em áreas distintas, das quais se pode destacar:
estudos dos materiais, análises econômica, de fornecedores, do custo e do preço, das embalagens e
transporte e a análise administrativa. Além destes estudos, deve se ter em conta que o sistema de
compras gera informações úteis para outros setores e estes também o fazem de forma recíproca.

O outro problema inerente à função compra é a decisão de comprar ou alugar um bem patrimonial,
como veículo, avião, edifício ou equipamento. Uma das modalidades mais frequentes é o leasing, que
geralmente está ligado a um banco, em que “o cliente (arrendatário) escolhe o bem, a empresa de leasing
(arrendador) adquire o bem escolhido junto ao fornecedor e o aluga ao cliente. Dependendo da forma do
contrato, o cliente, no encerramento do prazo contratual, poderá exercer o direito de compra do bem em
pauta”.

Gestão de compras de recursos patrimoniais7

Os recursos patrimoniais - ou ativo imobilizado – se constituem em elementos que são primordiais para
as operações tanto de uma organização produtora de bens como a de prestação de serviços, e são
determinantes para o sucesso operacional da organização; merecem, portanto, uma atenção especial.

Os recursos patrimoniais devem:


- Ter natureza relativamente permanente;
-Ser utilizado na operação do negócio;
-Não ser destinado à venda.

7
ADMINISTRAÇÃO DE BENS MATERIAIS E PATRIMONIAIS NA UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MAPUTO (MOÇAMBIQUE) – UM ESTUDO DE CASO.
Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/GAQJKEYBITJS.pdf
Renato Fenili. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais para concursos. 3ª Edição. Editora Método, 2014.

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Nesse contexto - diferente das mercadorias, materiais de produção ou suprimentos - os bens de capital
não são comprados para as necessidades correntes, para uso em curto prazo, mas para exigências em
longo prazo, para serem utilizados na produção de bens ou serviços. Como regra geral, os bens de
capital têm vida útil muito superior a um ano.
Após a implantação de uma instalação ou da montagem de equipamento é necessário administrá-lo
da melhor forma possível, pois são fatores de produção e, portanto, devem contribuir para o resultado
operacional da empresa. Ou seja, verificar se estão sendo operados de forma econômica e se a sua
manutenção está sendo realizada de acordo com as recomendações.
Esta análise permite visualizar se os equipamentos ou instalações já atingiram o limite da sua vida
econômica, se há necessidade de substituí-los por outros e, ao mesmo tempo, ver até que ponto a
manutenção preventiva é eficiente na redução dos custos com as paradas do equipamento, porque é
necessário ter-se em conta que a gestão operacional dos imobilizados tem como foco central a verificação
periódica da capacidade de geração de serviços dos Ativos Fixos e dos custos reais de operá-los. Esta
verificação se dá em termos de comparação com os serviços e custos esperados pelo equipamento,
mensurados quando da decisão inicial de investir nele.
Por esse motivo que as organizações, em face de suas complexidades e tamanho, transacionam
constantemente seus recursos patrimoniais, ora adquirindo, ora vendendo, ou trocando-os. Além disso,
com a constante evolução dos equipamentos aliada à robótica, as organizações precisam estar em
constante alerta quanto à modernização de seus equipamentos para não perderem para a concorrência.
Tendo-se em conta a especificidade de cada organização, é necessário se fazer a distinção do que
são bens patrimoniais, porque o que é imobilizado para uma organização pode não ser para outra,
dependendo da área em que cada uma opera. É nesta ótica que Francischini e Gurgel fazem algumas
distinções:
- terrenos e edifícios de uma empresa imobiliária não são ativos imobilizados, pois se destinam à
venda;
- veículos são considerados ativos imobilizados em uma empresa de transporte, mas não para a
indústria automobilística, pois se destinam à venda;
- as máquinas e as prensas de uma montadora são consideradas ativo imobilizado, não o sendo,
porém, para os fornecedores desse tipo de equipamento.
A aquisição dos bens patrimoniais é um processo complexo e precisa de um bom planejamento para
poder responder às necessidades do projeto. Para a aquisição dos bens patrimoniais, há a necessidade
de elaboração de um planejamento em que estejam envolvidas todas as necessidades, de acordo com a
capacidade financeira da empresa.
Por esse motivo, em geral pode conhecer duas etapas, sendo a primeira durante a implantação do
projeto inicial do negócio e a segunda quando a empresa é ampliada ou há troca de recursos.
A primeira etapa é elaborada em um projeto amplo, que envolve todas as necessidades iniciais da
empresa e os bens são adquiridos em uma só vez ou dentro de um planejamento financeiro para que,
em determinado período, a empresa tenha todos os recursos patrimoniais necessários para iniciar sua
operação. A etapa que se refere à ampliação ou substituição sempre deverá estar subordinada a um
planejamento estratégico e fundamentada em uma projeção de retorno de investimento para sua
aprovação e garantia de sucesso.

PERFIL DO COMPRADOR: A HABILIDADE DA EQUIPE DE COMPRAS

Atualmente o comprador é um elemento experiente e a função é tida e reconhecida como uma das
mais importantes em uma empresa.
Segundo informações da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações - Compradores, ou
profissionais de Compras, são aqueles que executam o processo de cotação e compra de produtos,
matérias-primas e equipamentos. Esses profissionais acompanham o fluxo de entregas, desenvolvem
fornecedores, supervisionam equipes e processos de compras, fazem relatórios e executam o papel de
interlocutor entre requisitantes e fornecedores.
Para tanto, precisa-se que o profissional desta área tenha um conjunto de conhecimentos e habilidades
para que possa administrar suas atribuições com êxito. O padrão atual exige que o comprador tenha
ótimas qualificações e esteja preparado para usá-las em todas as ocasiões (DIAS, 1995).
Conforme Heinritz e Farrell (1994) para as posições na linha das Compras, os requisitos necessários
de um profissional desse setor são a integridade, habilidade de tratar com outras pessoas, desenvoltura,
iniciativa e conhecimento, além de uma boa base de instrução, de preferência um grau universitário.
Também se faz necessário que as pessoas que trabalham nesta área estejam muito bem informadas e

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atualizadas, e também tenham habilidades interpessoais, tais como poder de negociação, facilidade de
trabalhar em equipe, boa comunicação e capacidade de gestão de conflitos.
Para conduzir eficazmente suas compras, deve demonstrar conhecimentos amplos das características
dos produtos, dos processos e das fases de fabricação dos itens comprados. Deve estar preparado para
discutir em igual nível de conhecimento com os fornecedores.
Outra característica do bom comprador é estar perfeitamente identificado com a política e os padrões
de ética definidos pela empresa, como, por exemplo, a manutenção do sigilo nas negociações que
envolvam mais de um fornecedor ou até mesmo quando um só está envolvido. As concorrências, as
discussões de preços e a finalização da compra devem ser orientadas pelos mais elevados níveis.
O objetivo é obter dos fornecedores negócios honestos e compensadores, sem que pairem dúvidas
quanto à dignidade daqueles que o conduziam.
Compradores com boa qualificação profissional fornecem às empresas condições de fazer bons
negócios; daí vem a maior responsabilidade, constituindo o comprador uma força vital, que faz parte da
própria vida da empresa, pois o objetivo é comprar bem e eficientemente.

A NEGOCIAÇÃO DO COMPRADOR

Saber negociar é uma das habilidades mais exigidas de um comprador. Negociação não é uma disputa
em que uma das partes ganha e a outra tem prejuízo. Podemos afirmar que houve uma boa negociação
quando ambas as partes saem ganhando.
A confiança presente no relacionamento dos negociadores é um fator facilitador nesse processo.
Gerar confiança é muito importante e existem alguns procedimentos que devem ser evitados, como a
impessoalidade, julgamentos morais, preocupação com punições e prêmios, concentrar-se nas limitações
das pessoas, utilizar de terminologias de medo ou risco e o próprio modo de se expressar.
Um bom negociador deverá ver a negociação como um processo contínuo e usar da colaboração
para proporcionar um clima agradável, propício para solução de problemas e não tentar convencer o seu
oponente de que o ponto de vista dele está errado e deve ser mudado.

RELACIONAMENTO COMPRADOR / FORNECEDOR

De acordo com Dias (1993), uma das grandes dificuldades encontradas pelo departamento de compras
em relação ao fornecedor é a consulta não correspondida.
Ocorrem diversos motivos que levam um comprador a não receber propostas de fornecedores
consultados, sendo os principais: desinteresse no fornecimento, preço muito elevado, dificuldades no
relacionamento ou na comunicação, ou ainda, cotações com fornecedores inadequados e ineficientes.
Por isso, é importante ter um cadastro de fornecedores.

CADASTRO DE FORNECEDORES

Um dos documentos primordiais do Departamento de Compras é o cadastro de fornecedores e


materiais, para que exista condições de escolha do fornecedor ou prováveis fornecedores de determinado
material.
Por meio desse cadastro é que se realizará a seleção dos fornecedores que atendam às quatro
condições básicas de uma boa compra: preço, prazo, qualidade e condições de pagamento. Por isso,
para se obter um cadastro de fornecedores eficiente, que atenda às suas necessidades, deve-se elaborar
formas de verificar e acompanhar o desempenho desses fornecedores.
Uma das forma de realizar sua atividade é manter as informações sobre fornecedores e mercadorias
atualizadas, retirando e acrescentando informações continuamente, monitorando suas respostas, e
realizando um trabalho de compararão das consultas efetuadas com as propostas obtidas.
A potencialidade do fornecedor deve ser verificada, assim como suas instalações e seus produtos, e
isso é importante. O seu balanço deve ser cuidadosamente analisado. Com um cadastro atualizado e
completo de fornecedores e com cotações de preços feitas semestralmente, muitos problemas serão
evitados.
É possível desenvolver um controle eletrônico para cadastro de fornecedores, no qual devem constar
itens básicos e outros específicos, de acordo com as necessidades do negócio.

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SELEÇÃO DE FORNECEDORES

A escolha de um fornecedor é uma das atividades fundamentais e prerrogativa exclusiva de compras.


O bom fornecedor é quem vai garantir que todas aquelas cláusulas solicitadas, quando de uma compra,
sejam cumpridas.
Deve o comprador procurar, de todas as maneiras, aumentar o número de fornecedores em potencial
a serem consultados, de maneira que se tenha certeza de que o melhor negócio foi executado em
benefício da empresa. O número limitado de fornecedores a serem consultados, constitui uma limitação
das atividades de compras.
O processo de seleção das fontes de fornecimento não se restringe a uma única ocasião, ou seja,
quando e necessária a aquisição de determinado material.
A atividade deve ser exercida de forma permanente e contínua, através de várias etapas, entre as
quais selecionamos as seguintes:

ETAPA 1 – Levantamento e Pesquisa de Mercado

Estabelecida a necessidade da aquisição para determinado material, e necessário levantar e pesquisar


fornecedores em potencial.

O levantamento poderá ser realizado através dos seguintes instrumentos:

– Cadastro de Fornecedores do órgão de Compras;


– Edital de Convocação;
– Guias Comerciais e Industriais;
– Catálogos de Fornecedores;
– Revistas especializadas;
– Catálogos Telefônicos;
– Associações Profissionais e Sindicatos Industriais.

ETAPA 2 – Análise e Classificação

Compreende a análise dos dados cadastrais do fornecedor e a respectiva classificação quanto aos
tipos de materiais a fornecer, bem como, a eliminação daqueles fornecedores que não satisfizerem as
exigências da empresa.

ETAPA 3 – Avaliação de Desempenho

Esta etapa é efetuada pós cadastramento e nela faz-se o acompanhamento do fornecedor quanto ao
cumprimento do contratado, servindo não raras vezes como elemento de eliminação das empresas
fornecedoras.

TIPOS OU MODALIDADES DE COMPRAS

Toda e qualquer ação de compra é precedida por um desejo de consumir algo ou investir.
Didaticamente, há autores que dividem as compras de acordo com seus tipos, ou modalidades. Não
se tratam de modalidades de licitação, mas sim da "categoria", em que é possível classificar uma
determinada requisição de compras recebida pelo órgão responsável por executá-la.
O quadro a seguir sintetiza as principais modalidades de compras:

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MODALIDADES DE COMPRAS
De acordo com o item comprado
Aquisição de bens patrimoniais (equipamentos,
Compra para investimento instalações etc.), que irão compor o ativo
imobilizado da empresa.
Aquisição de matérias-primas e produtos
Compra para consumo intermediários (= materiais produtivos) ou
materiais auxiliares (= materiais improdutivos).
De acordo com o local de origem do fornecedor
Compra local O fornecedor é do mesmo país do comprador.
Comprador e fornecedor são de países distintos.
Compra por importação
Nesse caso, há maior exigência burocrática.

MODALIDADES DE COMPRAS
De acordo com a formalização das compras
São compras que exigem documentos que comprovem a instrução do
Compras formais
processo de compra (orçamentos, editais, notas fiscais, contratos etc.)
São compras de pequeno valor, que dispensam maiores trâmites
burocráticos.
Compras informais No setor público, há exigência de menor formalidade nas compras por
suprimento de fundos, dado seu baixo vulto (valor). No entanto, não há
de se falar em informalidade em órgãos públicos.
De acordo com a necessidade de entrega do item
São compras que antecedem a necessidade efetiva de consumo, cujos
itens irão compor o estoque da organização.
Compras antecipadas
Essas compras carecem de planejamento prévio do gestor de
estoques.
São compras formalizadas por meio de contratos que preveem a
Compras parceladas (ou
entrega dos itens de material parcelada mente, ou em determinada
contratadas)
época desejada.
São compras urgentes, originárias de uma necessidade não prevista
com a devida antecedência. São prejudiciais à empresa, dado que o
Compras emergenciais
caráter de emergência reduz o poder de negociação com o fornecedor
(há menos tempo para fazer a pesquisa de mercado, por exemplo).
De acordo com o ineditismo ou a recorrência da compra
São compras inéditas, não realizadas anteriormente pela organização.
Compra nova Quanto maior o custo/risco e menor as informações disponíveis no
mercado, maior o tempo inerente à tomada de decisão da compra.
São compras rotineiras, realizadas usualmente pela organização, nas
Recompra direta quais as variáveis envolvidas são conhecidas, e que a avaliação de
alternativas é considerada desnecessária.
São compras rotineiras, mas que sofrem alterações nas
especificações, nos termos de compra, nos potenciais fornecedores ou
Recompra modificada em qualquer outra variável envolvida, o que exige uma reavaliação da
situação, e nova tomada de decisão. Pode ser simples (poucas
variáveis envolvidas) ou complexa.
Fonte: Renato Fenili, 2014.

SEQUÊNCIA LÓGICA DE COMPRAS – ETAPAS DO PROCESSO

Para se comprar bem é preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, as quais irão compor a
lógica de toda e qualquer compra:

– O que comprar?
R. – Especificação / Descrição do Material

Esta pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou não ser apoiado por áreas técnicas
ou mesmo compra para especificar o material. Antes de se iniciar uma especificação, é importante ter em

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mente, de forma clara: O QUÊ se quer comprar, PARA QUE servirá esse produto e QUEM fará uso dele;
Depois de definido o produto, sua utilidade e o usuário, o segundo passo é procurar conhecer bem o
produto.

a) Custo-benefício - Conhecido bem o produto, atinge-se a fase mais difícil da especificação: a melhor
relação custo-benefício. Uma boa especificação não deve prever apenas as características dos materiais
e o custo da compra, mas deve ser também uma forma de fazer com que o dinheiro gasto na compra
renda mais. Essa difícil tarefa de estabelecer critérios na especificação capazes de favorecer a qualidade
e o uso adequado do produto - sem, no entanto, encarecê-lo ou suprimir características julgadas
supérfluas - é a aplicação prática da RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO. Nem sempre o mais barato é ruim,
como também nem sempre o mais caro é o melhor.

b) Utilização - Quem especifica deve conhecer como se utiliza o produto que será comprado. Ajudado
pelos usuários finais e pelos responsáveis pelo recebimento, o "especificador " fará constar da
especificação as qualidades necessárias para correta utilização e os defeitos que, se presentes, causarão
a recusa do produto. Não é possível fazer uma boa especificação sem se manter contato com os outros
setores de compras.

– Quanto e Quando comprar?


R.- É função direta da expectativa de consumo, disponibilidade financeira, capacidade de
armazenamento e prazo de entrega.

A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material ou suprimento no setor
denominado gestão de estoques.
A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo orçamento financeiro da Empresa. A
capacidade de armazenamento é limitada pela própria condição física da Empresa.

– Onde comprar?
R.- Cadastro de Fornecedores.

É de responsabilidade do órgão de compras criar e manter um cadastro confiável (qualitativamente) e


numericamente adequado (quantitativa). Como suporte alimentador do cadastro de fornecedores deve
figurar o usuário de material ou equipamentos e logicamente os próprios compradores.

– Como comprar?
R.- Normas ou Manual de Compras da Empresa.

Estas Normas deverão retratar praticamente a política de compras na qual se fundamenta a Empresa.
Originadas e definidas pela cúpula Administrativa deverão mostrar entre outras, competência para
comprar, contratação de serviços, tipos de compras, fórmulas para reajustes de preços, formulários e
rotinas de compras, etc.

– Outros Fatores
Além das respostas as perguntas básicas o comprador deve procurar, através da sua experiência e
conhecimento, sentir em cada compra qual fator que a influencia mais, a fim de que possa ponderar
melhor o seu julgamento.

Os fatores de maior influência na compra são: Preço; Prazo; Qualidade; Prazos de Pagamento;
Assistência Técnica.

CENTRALIZAÇÃO DAS COMPRAS

Em quase todas as empresas mantém-se um departamento separado para compras. A razão que as
leve a proceder assim diz respeito a custos e padronização, assim sendo, somente alguns materiais são
delegados a aquisição, e estes são aqueles de uso mais insignificante, em termos de custos, para a
empresa, e que por essa razão não sofrem maiores controles.

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A empresa que atua em diversos locais distintos não necessariamente deve centralizar compras em
um único local, neste caso procede-se uma análise e se a mesma for favorável deve-se regionalizar as
compras visando um atendimento mais rápido e um custo menor de transporte.

O quadro abaixo apresenta as principais vantagens dessas duas estruturas:


VANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE COMPRAS
CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
• Obtenção de maior economia de escala. • Resposta mais rápida e ágil às solicitações de
• Possibilita melhor controle global do processo compra.
de compras e dos estoques. • Maior flexibilidade na negociação com
• Reduz o custo de pedido (menor número de fornecedores regionais.
pedidos e redução do quadro de pessoal). • Maior autonomia funcional das unidades
• Evita a disparidade de preços de aquisição de administrativas-regionais.
um mesmo material por distintos compradores
(o que poderia suscitar uma competição danosa
entre eles).

Fonte: Renato Fenili, 2014

COTAÇÃO (PESQUISA) DE PREÇOS

O departamento de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação dos produtos
requisitados.
Após efetuadas as cotações o órgão competente analisa qual a proposta mais vantajosa levando em
consideração os seguintes itens:

a) prazo de pagamento;
b) valor das parcelas;

Para análise, utilizamos a seguinte fórmula:

VA = VF

(n + i)
VA = Valor atual do produto
VF = Valor futuro do produto
i = Taxa de juros
n = prazo de pagamento

O PEDIDO DE COMPRA

Após término da fase de cotação de preços dos materiais e análise da melhor proposta para
fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a empresa escolhida. Esse pedido
deverá ter com clareza a descrição do material a ser comprado, bem como as descrições técnicas, para
que não ocorram as frequentes dúvidas que comumente acontecem.

Preferencialmente o pedido deverá ser emitido em 3 vias, sendo a 1ª e 2ª vias enviadas ao fornecedor,
o qual colocará ciente na 2ª via e a devolverá, que passará a ter força de contrato, funcionando como um
“instrumento particular de compromisso de compra e venda”. A 3ª via funciona como follow up do pedido.

Questões

01 (ANATEL - Técnico Administrativo - CESPE) No que se refere a compras de recursos materiais,


julgue os itens subsecutivos.
É desnecessária aos profissionais que atuam na área de compras a aquisição de conhecimentos
amplos das características dos produtos, ou das fases de fabricação dos itens comprados.
( ) Certo ( ) Errado

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02 (Petrobras - Técnico de Administração e Controle - CESGRANRIO/2015) A área de compras
tem um papel importante na lucratividade da empresa porque
(A) realiza a aquisição de matéria-prima de acordo com o agendamento estabelecido pelo fornecedor
(B) maximiza as compras e a capacidade de armazenamento da empresa, reduzindo a demanda de
fornecedores
(C) mantém inventários para avaliação das quantidades e conservação dos materiais estocados na
empresa
(D) define a catalogação e especificação dos materiais que compõem o estoque para alimentar a
produção
(E) seleciona os fornecedores de acordo com as necessidades da empresa em termos materiais e
financeiros.

03 (Prefeitura de Caieiras/SP - Assistente de Patrimônio e Estoque - VUNESP/2015) O conceito


da Administração de materiais, no sistema de Gestão de Patrimônio e Estoque na Administração Pública,
é
(A) um conjunto de ações destinadas a assegurar a aquisição, os registros e controles das atividades
relacionadas com o emprego, a movimentação e a destinação dos diversos materiais.
(B) a designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, matérias-
-primas e outros itens empregados ou passíveis de empregos nas atividades dos órgãos, autarquias e
fundações do Poder Executivo.
(C) um controle exercido pelo cidadão e associações representativas da comunidade, mediante amplo
e irrestrito exercício do direito de petição perante qualquer órgão do poder e entidade da Administração
pública
(D) o processo pelo qual se obtém ou se consegue um material ou bem, seja de natureza industrial,
comercial ou prestação de serviços.
(E) a atividade ou função administrativa que compreende trocar dinheiro por mercadoria.

04. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior – CESGRANRIO) A função de


compras de uma empresa tem grande importância para a administração, em especial para a
administração pública. São objetivos típicos da função de compras, EXCETO o de
(A) obter serviços e mercadorias na quantidade e qualidade necessárias.
(B) obter serviços e mercadorias ao menor custo possível.
(C) garantir a entrega do produto ou serviço por parte do fornecedor.
(D) garantir a armazenagem correta dos produtos.
(E) desenvolver novos fornecedores.

05. (UFF - Assistente de Administração – COSEAC) Nos termos de J. R. Tony Arnold, obter
mercadorias e serviços na quantidade e com a qualidade necessárias, garantir o melhor serviço possível
e pronta-entrega por parte do fornecedor e desenvolver e manter boas relações com os fornecedores e
desenvolver fornecedores potenciais são objetivos da função de:
(A) relações públicas.
(B) estoques.
(C) inventário.
(D) compras.
(E) recursos humanos.

06. (Prefeitura de Rio Branco – AC - Administrador – IBADE/2016) No contexto da administração


de materiais, o elemento de interface entre o sistema empresarial e o ambiente externo, que lhe fornece
as entradas e os insumos, é órgão de:
(A) vendas.
(B) logística.
(C) controle.
(D) compras.
(E) produção.

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Respostas

01. Resposta: Errado.


Os profissionais que atuam na área de compras devem comprar para entregar no momento correto,
na quantidade correta e na qualidade correta. O que implica em conhecer as características dos produtos
ou das fases de fabricação dos itens comprados.

02. Resposta: E.
Sabemos que muitas empresas buscam obter vantagens competitivas ao gerenciarem suas compras.
Por isso é indispensável selecionar os fornecedores de acordo com as necessidades da empresa em
termos materiais e financeiros.

03. Resposta: A.
Na Administração Pública, a Administração de Recursos Materiais pode ser definida como um conjunto
de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir
as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições.
Tais atividades abrangem aquisição, recebimento, armazenagem dos materiais, registro, fornecimento
dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques, etc. Visa
gerenciar de maneira eficaz os recursos do processo produtivo, indo além de um simples controle de
estoques, envolvendo um vasto campo de relações que são interdependentes e que precisam ser bem
geridas para evitar desperdícios.

04. Resposta: D
De fato, a armazenagem dos produtos não faz parte do setor de compras de uma empresa. Existem
departamentos específicos responsáveis por esse serviço (almoxarifado, por exemplo). Todos os demais
são de responsabilidade do setor de compras.

05. Resposta: D
Esta é a descrição do objetivo primordial do setor de compras conforme visto anteriormente. Os
objetivos básicos de uma Seção de Compras:
a) Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de produção.
b) Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que afete a
operacionalidade da empresa.
c) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a padrões de quantidade e
qualidade definidos.
d) Procurar sempre - dentro de uma negociação justa e honesta - as melhores condições para a
empresa, principalmente em condições de pagamento.

06. Resposta: D
Entre os principais objetivos da função de compras temos o de garantir um fluxo contínuo de materiais,
serviços e informações que atenda às necessidades gerais da empresa de modo a reduzir custos na
cadeia de suprimentos e no sistema. Assim, entendemos que as compras fornece as entradas e os
insumos necessários fazendo essa ligação do ambiente externo com o empresarial.

Veiculação, circulação e arquivamento de documentos;

O QUE É ARQUIVO E DOCUMENTO?8

O Arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebidos por uma organização, firma ou indivíduo.
Esses documentos são fontes das informações utilizadas para a execução de tarefas/atividades. São
documentos reunidos por acumulação ao longo das atividades e isso ocorre independentemente do
suporte ou da natureza, sejam em atividades que envolvem pessoas físicas ou empresas em geral.

8
Valentini, Renato. Arquivologia para concursos / Renato Valentini. – [4. ed.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Reis, Leonardo. Arquivologia facilitada [recurso eletrônico] / Leonardo Reis e João Santos. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 29
Um documento é qualquer meio que comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de
uma afirmação. É uma unidade de registro de informação independente do suporte utilizado.
Juridicamente, os documentos podem ser considerados como atos, cartas ou escritos que carregam um
valor probatório. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser classificados por diferentes tipos
em vários suportes.
O documento arquivístico pode ser produzido ou recebido durante uma atividade realizada por uma
pessoa ou por uma organização, deve possuir conteúdo, contexto e estrutura de modo que sirva como
prova da atividade. É uma informação registrada, independente da forma ou do suporte.
Assim, todo documento é uma fonte de informação como, por exemplo: o livro, a revista, o jornal, o
manuscrito, a fotografia, o selo, a medalha, o filme, o disco, a fita magnética etc.
Dessa forma, observa-se que os documentos de arquivos são gerados, recebidos e acumulados,
devido às funções naturais de uma entidade coletiva ou corporativa, pessoa ou família, podendo estar
registrados em diversos suportes informacionais.
Segundo a definição de Marilena Paes (2005), sobre o arquivo, tem-se que significa: “a acumulação
ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de
sua atividade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão
oferecer no futuro”.
Para Prado (1999, p. 14), arquivo é: a reunião de documentos conservados, visando à oportunidade
que poderão oferecer futuramente. Para ser funcional um arquivo deve ser planejado, instalado,
organizado e mantido de acordo com as necessidades inerentes aos setores.
Os arquivos são mantidos por entidades públicas federais, estaduais e municipais, assim como
institucionais comerciais.
Para Martins9 o arquivo também pode ser definido como “a entidade ou órgão administrativo
responsável pela custódia, pelo tratamento documental e pela utilização dos arquivos sob sua jurisdição”.
De acordo com Schellenberg (2006, p. 41), “as características essenciais dos arquivos relacionam-se,
pois, com as razões pelas quais os documentos vieram a existir”.
Os conjuntos de atas de reuniões da Diretoria, de projetos de pesquisa e de relatórios de atividades,
mais os conjuntos de dossiês de empregados, prontuários médicos, de boletins de notas, de fotografias
etc., constituem-se o Arquivo de uma Unidade por exemplo, e devem naturalmente refletir as suas
atividades.

- O termo arquivo pode também ser usado para designar:


a) um documento de arquivo ou um documento digital (Ex.: Word, Excel);
b) um conjunto de documentos;
c) um móvel para guarda de documentos
d) o local onde o acervo documental arquivístico deverá ser conservado, de acordo com denominações
específicas: Arquivo, Arquivo Central, Arquivo Geral, ou até mesmo Arquivo Morto, denominação esta
que não é recomendada pela teoria;
e) o órgão governamental ou institucional cujo objetivo seja o de guardar e conservar documentos de
arquivo.

- Glossário Arquivístico

ARQUIVO: Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou
privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do
suporte.

ARQUIVO CENTRAL: Arquivo responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados
aos arquivos de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do armazenamento.
Também chamado arquivo geral. Em alguns países, a expressão designa o arquivo nacional.

FUNDO – Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Termo que equivale a arquivo.
Quanto ao conceito de fundos, concebido como o conjunto de documentos provenientes de um órgão,
deve-se atentar para duas classificações constantes da Teoria Arquivística: fechado ou aberto:
-1. Fundo Fechado: quando o órgão gerador da documentação não mais produz ou acumula
documentos em virtude geralmente da cessação de suas atividades. Por exemplo, uma instituição
governamental que deixou de funcionar e foi extinta. Ou uma pessoa física que faleceu.
9
Martins, N.R. Noções básicas para organização de arquivos ativos e semiativados. Rio de Janeiro: 1998. Disponível em:
http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica-1/textos/biblioteconomia-e-arquivologia.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 30
- 2. Fundo Aberto: quando o organismo produtor e acumulador da documentação ainda se encontra
em atividade, continuando a gerar documentos arquivísticos. Por exemplo, o arquivo da Rede Globo de
Televisão é considerado um fundo aberto.
Fonte: Dicionário de Terminologia Arquivística – 2005.

IMPORTÂNCIA, FUNÇÕES E FINALIDADE

De acordo com Paes, “a principal finalidade dos arquivos é servir à administração, constituindo-se,
com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história”. Além disso, deve-se considerar que a
função básica do arquivo é tornar disponíveis as informações contidas do acervo documental sob sua
guarda.
Suas principais funções:
• Guarda
• Conservação
• Disponibilização

Logo, deve facilitar o acesso aos documentos pelos consulentes. Pode se perceber que o setor de
arquivo auxilia a empresa nos seus processos de tomada de decisão, além de ser importante também
para provar fatos organizacionais. Seu papel não para por aí, pois objetiva também salvaguardar a
documentação histórica relevante para a constituição da memória institucional.

A totalidade dos documentos conservados em um arquivo recebe o nome de acervo.

O acesso é a disponibilidade de um arquivo para consulta.

As embalagens destinadas à proteção dos documentos e a facilitar o seu manuseio, são chamadas de
acondicionamento.

O conjunto de operações de acondicionamento e armazenamento de documentos é o arquivamento.

Veja: - armazenamento x acondicionamento


Armazenamento → guarda
Acondicionamento → embalagem (proteção aos documentos)

Por exemplo: alguns documentos deixaram de ser consultados com frequência, tendo sido, por essa
razão, transferidos ao arquivo intermediário, a fim de aguardarem a sua destinação final. Neste arquivo,
tais documentos foram empacotados e colocados nas estantes de aço.
• Qual foi a forma de acondicionamento usada? - Os pacotes, que servem para proteger o documento.
• Qual o local de armazenamento dos documentos empacotados? - Eles foram guardados nas estantes
de aço.

CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DE ARQUIVOS (Tipos)

Baseados nas primeiras definições podemos dizer que existem vários tipos de Arquivos, tudo depende
dos objetivos e competências das entidades que os produzem. Os Arquivos podem ser classificados:
Segundo as entidades criador-mantenedoras:
- Públicos (federal, estadual, municipal)
- Privados - Institucionais (empresas, escolas, igrejas, sociedades, clubes, associações).
- Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc.).
Temos também os Arquivos que guardam e organizam documentos cujas informações são registradas
em suportes diferentes do papel: discos, filmes, fitas e são chamados de Especiais. Estes podem fazer
parte de um Arquivo mais completo.
Existem aqueles que guardam documentos gerados por atividades muito especializadas como os
Arquivos Médicos, de Imprensa, de Engenharia, Literários e que muitas vezes precisam ser organizados
com técnicas e com materiais específicos. São conhecidos como arquivos Especializados.

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. 31
TIPOS DE PASTAS

Os tipos de pastas existentes são: pastas suspensas (frontais ou laterais), pastas intercaladoras,
pastas A/Z ou outras.

Pastas Suspensas
Indicada para o arquivamento de documentos em tamanhos: oficio ou A4. Os documentos são
arquivados na posição vertical dentro da pasta, e a pasta é colocada em estantes. Possuem etiquetas
laterais para identificação da documentação ou da pasta. É muito utilizado em arquivo corrente.

Pastas Intercaladoras
Essas pastas não utilizam varões nem visores, e destina-se à guarda de pequenos volumes de papéis.
No dia-a-dia dos escritórios, no entanto, vários documentos são constituídos por grande quantidade
de papéis, e as peças que os constituem necessitam ser mantidas na ordem em que foram produzidas
ou acumuladas, para não perderem o sentido, como nos casos dos dossiês, por exemplo.

Pasta AZ
Ideal para o arquivamento de documentos em tamanhos oficio ou A4. Os documentos são arquivados
na posição vertical. Possibilita a colocação de guias indicando nome ou nº do documento ou pasta. É
muito utilizado em arquivo corrente.

Pasta Sanfonada
Confeccionada em diversos tamanhos. Possuem divisórias e guias para indicar o assunto. É ideal para
o arquivamento de documentos utilizados em atividades externas, pois há maior mobilidade do usuário
para o arquivamento de documentos em tamanho oficio ou A4.

Pasta Americana
Confeccionada em diversos tamanhos. Pasta estilo caso policial que possui aba para identificações. É
ideal para o arquivamento de documentos utilizados em atividades externas, pois há maior mobilidade do
usuário para o arquivamento de documentos em tamanho oficio ou A4.

Fichário
O fichário se classifica como arquivo permanente. O fichário é um móvel de aço próprio para fichas,
que pode ter uma, duas, três ou quatro gavetas ou estar conjugado com gavetas para fichas e
documentos.
No fichário horizontal, as fichas são guardadas em posição horizontal, uma sobre as outras – modelo
KARDEX. As fichas são fixados por meio de bastões metálicos presos às gavetas. Dessa disposição das
hastes resulta que a primeira ficha presa, a partir do fundo, ficará inteiramente visível, deixando que a
imediatamente inferior apareça uma faixa correspondente à dimensão da barra, e assim sucessivamente,
lembrando o aspecto de uma esteira. As faixas que aparecem funcionam como verdadeiras projeções,
nas quais são feitas anotações.
O fichário vertical é aquele em que as fichas são guardadas em posição vertical, uma atrás das outras,
geralmente separadas por guias. É o modelo mais usado por ser mais econômico. As gavetas ou bandejas
podem comportar um grande número de fichas.

O arquivo, quando bem organizado:


- transmite ordens;
- evita repetição desnecessária de experiências;
- diminui a duplicidade de documentos;
- revela o que está por ser feito, o que já foi feito e os resultados obtidos;
- Constitui fonte de pesquisa para todos os ramos administrativos;
- auxilia o administrador a tomada de decisões.

Gestão de documentos

A gestão de documentos (também chamada de administração de documentos) é um processo


essencial no andamento da organização. É necessário estabelecer uma série de práticas que garanta a
organização e preservação de arquivos, para que a empresa possa tomar decisões, recuperar
informações e preservar a memória dos arquivos.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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Segundo Ramos10, “os documentos são informações registradas em qualquer suporte (papiro,
pergaminho, papel, disquete, cd, dvd, etc.) e podem ser de gênero textual, iconográfico, audiovisual,
cartográfico, etc., sendo produzidos em decorrência de uma atividade com a finalidade de cumprir uma
função”. O papel de um arquivo é guardar a documentação e fornecer as informações, que estão contidas
em seu acervo, aos interessados de maneira rápida e segura.

O gerenciamento de documentos arquivísticos assegura à empresa ter um maior controle sobre as


informações que produzem e/ou recebem, racionalizar o layout onde os documentos são guardados,
desenvolver as atividades com maior rapidez e eficiência e melhorar o atendimento aos clientes.

De acordo com o art. 3º da Lei nº 8.159/91, referente à política nacional de arquivos públicos e privados,
é considerado gestão de documentos “o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à
sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua
eliminação ou recolhimento para guarda permanente”11.

Lembre-se! A gestão ocorre nas fases: corrente e intermediária

Objetivos
- Possibilitar a produção, administração, controle e manutenção do conjunto documental de forma
racional, econômica e eficiente;
- Viabilizar a recuperação da informação através de ferramentas tecnológicas modernas que facilitam
a localização e utilização da informação com eficiência, rapidez e precisão;
- Preservar a memória institucional;
- Otimizar o uso da informação independente da natureza do suporte.

O progresso da ciência, o surgimento de inovações tecnológicas e o grande volume de documentos


culminaram na necessidade de medidas administrativas voltadas ao gerenciamento de arquivos, ou seja,
a gestão documental, pois é através dela que o elemento essencial do documento, a informação, pode
ser recuperada de forma rápida, econômica e eficaz, otimizando os recursos humanos, materiais e físicos,
e interferindo positivamente na organização e administração de arquivos.

ARQUIVAMENTO

Consiste na guarda do documento no local devido (pasta suspensa, prateleira, caixa), de acordo com
a classificação dada. Nesta fase deve-se ter muita atenção, pois um documento arquivado erroneamente
poderá ficar perdido, sem possibilidades de recuperação quando solicitado posteriormente.

Rotinas Correspondentes às Operações de Arquivamento


1. Verificar a existência de antecedentes (documentos que tratam do mesmo assunto);
2. Reunir os antecedentes, colocando-os em ordem cronológica decrescente, sendo o documento com
data mais recente em primeiro lugar e assim sucessivamente;
3. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes, de acordo com a ordem estabelecida
(cronológica, alfabética, geográfica ou outra), formando dossiês. Verificar a existência de cópias,
eliminando-as. Caso o original não exista, manter uma única cópia;
10
RAMOS, J. T. M. Diagnóstico da massa documental arquivística produzida e acumulada pela biblioteca universitária da universidade federal de minas gerais.
Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Ciências da Informação. Belo Horizonte, 2011.
11
Palácio do Planalto. Lei nº 8.159, de 8 de Janeiro de 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm>.

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4. Fixar cuidadosamente os documentos às capas apropriadas com prendedores plásticos, com
exceção dos processos e volumes que, embora inseridos nas pastas suspensas, permanecem soltos
para facilitar o manuseio;
5. Arquivar os documentos nos locais devidos, identificando de maneira visível as pastas suspensas,
gavetas e caixas;
6. Manter reunida a documentação seriada, como por exemplo boletins e atas, em caixas apropriadas,
procedendo o registro em uma única folha de referência, arquivada em pasta suspensa, no assunto
correspondente, repetindo a operação sempre que chegar um novo número.

Etapas dos Arquivamentos:


Segundo Marilena Leite Paes, etapas dos Arquivamentos:
1) Inspeção - verificar se é um documento para arquivamento
2) Estudos - leitura cuidadosa do documento para Verificar a entrada dela
3) Classificação - Determinação da entrada
4) Codificação - colocar no documento o código que irá identifica-lo
5) Ordenação - como será disposto o documento
6) Guarda - é a ação de guardar no lugar adequado e definido nas etapas anteriores.

A Inspeção e Ordenação são as operações que possibilitam o arquivamento correto dos


documentos.

INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se o(s) mesmo(s) se destina(m)
realmente ao arquivamento, se possui(em) anexo(s) e se a classificação atribuída será mantida ou
alterada.

ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos classificados sob um mesmo assunto. A


ordenação tem por objetivo agilizar o arquivamento, minimizando a possibilidade de erros. Além disso,
estando ordenados adequadamente, será possível manter reunidos todos os documentos referentes a
um mesmo assunto, organizando-os previamente para o arquivamento. Neste sentido, podemos definir a
Ordenação como a forma de disposição dos documentos.
Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo código formarão dossiês
acondicionados em capas apropriadas com prendedores plásticos, com exceção dos processos e
volumes. Os dados referentes ao seu conteúdo (código, assunto e, se for o caso, nome de pessoa, órgão,
firma ou lugar) serão registrados na capa de forma a facilitar sua identificação. Os dossiês, processos e
volumes serão arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas dimensões. Esta
operação possibilita:
– racionalizar o arquivamento, uma vez que numa mesma pasta poderão ser arquivados vários dossiês
correspondentes ao mesmo grupo ou subclasse, diminuindo, assim, o número de pastas.

Exemplo:

Pasta: 061 – PRODUÇÃO EDITORIAL

Dossiês: 061.1 – EDITORAÇÃO. PROGRAMAÇÃO VISUAL


061.2 – DISTRIBUIÇÃO. PROMOÇÃO. DIVULGAÇÃO

– organizar internamente cada pasta, separando os documentos referentes a cada pessoa, órgão,
firma ou lugar, sempre que a quantidade de documentos justificar e desde que relativos a um mesmo
assunto.

Exemplo:

Pasta: 021.2 – EXAMES DE SELEÇÃO

Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e título de concurso, ordenados
alfabeticamente.

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A RETIRADA E CONTROLE (EMPRÉSTIMO): esta operação ocorre quando processos, dossiês ou
outros documentos são retirados do arquivo para:
– emprestar aos usuários;
– prestar informações;
– efetuar uma juntada.

Nesta fase é importante o controle de retirada, efetuado por meio do recibo de empréstimo (ver item
2.3), no qual são registradas informações sobre processos, dossiês ou outros documentos retirados, além
do setor, nome, assinatura do servidor responsável pela solicitação e, posteriormente, a data da
devolução do documento. O recibo de empréstimo tem como finalidade controlar o prazo para devolução
do documento e servir como indicador de sua frequência de uso, fator determinante para o
estabelecimento dos prazos para sua transferência e recolhimento.
Por meio desse controle é possível informar com precisão e segurança a localização do(s)
documento(s) retirado(s).
O recibo de empréstimo é preenchido em duas vias, sendo:
– 1ª via: tal como guia-fora substitui o documento na pasta de onde foi retirado, devendo ser eliminada
quando da devolução do documento;
– 2ª via: arquivada em fichário à parte, em ordem cronológica, para controle e cobrança, quando
vencido o prazo de devolução.

MÉTODOS / TÉCNICAS DE ARQUIVAMENTO


ATENÇÃO: Os métodos de arquivamento são um dos assuntos de Arquivologia mais cobrados em
concurso público. Talvez o que caia com mais constância, sobretudo as regras de alfabetação (método
alfabético), o método geográfico e o método numérico simples.

Conceito dado pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, revela que métodos de
arquivamento é = Sequência de operações que determina a disposição dos documentos de um arquivo
ou coleção, uns em relação aos outros, e a identificação de cada unidade.

IMPORTANTE: O uso de métodos de arquivamento apropriados é muito importante para o


organismo, pois dessa forma quem trabalha com a documentação irá organizá-la melhor (arranjo,
disposição), a fim de recuperá-la com rapidez quando for necessário.

Mas, como escolher o método mais adequado?


Cada organismo deve adotar métodos de arquivamento que atendam às suas necessidades
específicas, levando-se em consideração a estrutura da entidade e as características dos documentos a
serem arquivados.
O ideal é a instituição não adotar um único método de arquivamento, e sim vários deles, considerando
sempre a documentação existente nos setores componentes de determinada empresa.

DIVISÃO

- CLASSES
Os métodos de arquivamento são divididos em duas grandes classes:
• básicos
• padronizados

- BÁSICOS
Podemos dividir os métodos básicos em:
• alfabético (principal elemento a ser considerado num documento: nome)
• geográfico (principal elemento: local ou procedência)
• numérico (principal elemento: número)
• ideográfico (principal elemento: assunto)

Observações:
1ª) Os métodos numéricos podem ser: simples/cronológico/dígito-terminal
2ª) Os métodos ideográficos podem ser:
• alfabético (enciclopédico/dicionário)
• numérico (duplex/decimal /unitermo ou indexação coordenada)

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 35
-PADRONIZADOS
 Variadex
É o método alfabético, acrescentando cores (excelente auxiliar mnemônico) às letras.
Trabalha-se com 5 cores diferentes. As cores são atribuídas em função da 2ª letra do nome de entrada
no arquivo. As guias são coloridas e as notações alfabéticas.

Ex.: LETRAS → CORES


O, P, Q e abreviações → azul

Cores convencionadas:
A – D e abreviações – ouro ou laranja
E – H e abreviações – rosa ou amarelo
I – N e abreviações – verde
O – Q e abreviações – azul
R – Z e abreviações – palha ou violeta

As cores são cambiáveis, de acordo com as nossas conveniências


Obs.: Não precisa memorizar a tabela acima. Numa prova, aparece um nome específico, e aí basta
ao candidato usar as regras de alfabetação, e atribuir a cor em função da segunda letra do nome de
entrada no arquivo, como mostra o exemplo da cliente Carolina Souto Neto. A tabela vem inserida na
prova.

-Automático - Usa-se para arquivar nomes, evitando acumular pastas de sobrenomes iguais. Combina
letras, números e cores

-Soundex - Usa-se para arquivar nomes, reunindo-os pela semelhança da pronúncia, apesar de a
grafia ser diferente.

-Mnemônico - Usa-se para codificar os assuntos através da combinação de letras em lugar de


números. As letras são consideradas símbolos, pelo fato de este método pretender auxiliar a memória do
arquivista, a fim de possibilitar, de forma mais ágil, a recuperação da informação.

 Rôneo - Combina letras, números e cores. Está obsoleto.

ATENÇÃO: Os métodos padronizados raramente caem em prova, sobretudo para cargos de nível
médio. Caem mais para cargos de nível superior ou para concursos envolvendo a área Arquivística,
ligados aos profissionais da área. Mesmo assim, o mínimo que o concursando deve saber é identificá-los
(VASM-R, estão lembrados). Vale ressaltar, ainda, o fato de os métodos automático e soundex não serem
utilizados nos arquivos brasileiros, e os métodos mnemônico e rôneo estarem obsoletos.

SISTEMAS

Os métodos básicos e padronizados fazem parte de dois grandes sistemas:


• direto
• indireto

- Sistema direto
O próprio nome sugere: busca direta ao local de guarda do documento, sem o auxílio de índice ou
quaisquer outros instrumentos de pesquisa.
Exemplos: métodos alfabético e geográfico.

- Sistema indireto
Para recuperar o documento é necessário recorrer a um índice alfabético remissivo ou a um
determinado código.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 36
Exemplo: métodos numéricos.

Método alfabético

É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode-se logo
imaginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execução do trabalho de arquivamento,
nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta.

Método numérico simples

Consiste em numerar as pastas em ordem da entrada do correspondente ou assunto, sem nenhuma


consideração à ordem alfabética dos mesmos, dispensando assim qualquer planejamento anterior do
arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos organizar dois índices em fichas; numas fichas serão
arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que numero recebeu o correspondente ou assunto
desejado, e no outro são arquivadas numericamente, de acordo com o número que recebeu o cliente ou
o assunto, ao entrar para o arquivo. Este último índice pode ser considerado tombo (registro) de pastas
ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o último número preenchido e assim destinaremos o número
seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado.

Método alfabético numérico

Como se pode deduzir pelo seu nome, é um método que procurou reunir as vantagens dos métodos
alfabéticos simples e numérico simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta combinação resultou
um método que apresenta ao mesmo tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no
arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa e alfanumérico.

Método geográfico

Este método é muito aconselhável quando desejamos ordenar a documentação de acordo com a
divisão geográfica, isto é, de acordo com os países, estados, cidades, municípios etc. Nos departamentos
de vendas, por exemplo, é de especial utilidade para agrupar os correspondentes de acordo com as
praças onde operam ou residem.

Método específico ou por assunto

Indiscutivelmente, o método específico, representado por palavras dispostas alfabeticamente, é um


dos mais difíceis processos de arquivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas por assunto,
apresenta a dificuldade de se escolher o melhor termo ou expressão que defina o assunto. Temos o
vocabulário todo da língua à nossa disposição e justamente o fato de ser tão amplo o campo da escolha
nos dificulta a seleção acertada, além do que entra muito o ponto de vista pessoal do arquivista, nesta
seleção.

Método decimal

Este método foi inspirado no Sistema Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema de
classificação para bibliotecas, muito interessante, o qual conseguiu um grande sucesso; fora publicado
em 1876.
Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, as quais, por sua vez, se subdividiram em
outras dez, e assim por diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão, graças à sua base decimal.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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Método simplificado

Este a rigor não deveria ser considerado propriamente um método, pois, na realidade, nada mais é do
que a utilização de vários métodos ao mesmo tempo, com a finalidade de reunir num só móvel as
vantagens de todos eles.

Questões

01. (TCE/ES - Analista Administrativo - Arquivologia – CESPE) Assinale a opção que apresenta a
ordem cronológica correta das operações realizadas na organização dos documentos de arquivo.
(A) classificação, arquivamento e ordenação
(B) ordenação, classificação e arquivamento
(C) classificação, ordenação e arquivamento
(D) arquivamento, ordenação e classificação
(E) ordenação, arquivamento e classificação

02. (CNMP - Técnico do CNMP – Administração – FCC) A operação de reunir os documentos


classificados sob um mesmo assunto corresponde a:
(A) Ordenação.
(B) Arquivamento.
(C) Estudo.
(D) Codificação.
(E) Inspeção.

03. (DPE/TO - Assistente de Defensoria Pública – UFT) A ordenação corresponde à disposição dos
documentos em pastas e destas dentro de arquivos. A escolha da forma de ordenação depende muito da
natureza dos documentos. São métodos básicos de ordenação, EXCETO:
(A) Ordenação alfabética
(B) Ordenação cronológica
(C) Ordenação aleatória
(D) Ordenação geográfica

04. (MEC - Agente Administrativo – CESPE) Arquivamento é o conjunto das operações de


acondicionamento e armazenamento de documentos.
( ) Certo ( ) Errado

05. (UFPA - Técnico em Arquivo – UFPA/2017) A classificação é uma das atividades do processo de
gestão de documentos arquivísticos, o qual inclui procedimentos e rotinas específicas que possibilitam
maior eficiência e agilidade no gerenciamento e controle das informações. Com base nesta definição,
analise a questão
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às seguintes
operações:
(A) Inspeção, higienização e arquivamento.
(B) Higienização, ordenação e arquivamento.
(C) Indexação, inspeção e arquivamento.
(D) Organização, ordenação e arquivamento.
(E) Inspeção, ordenação e arquivamento.

06. Uma das principais importâncias do arquivamento é a facilidade de localização dos documentos
quando necessários. Caso haja arquivamento errôneo, será muito difícil recuperá-lo posteriormente e,
para evitar esse problema, são estabelecidas rotinas correspondentes à operação de arquivamento.
Analise as rotinas seguintes com vistas a identificar sua correspondência com as de arquivamento.
I Verificar a existência de antecedentes (documentos que tratam do mesmo assunto).
II Preencher a(s) folha(s) de referência para os assuntos secundários.
III Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s) de acordo com seu conteúdo.
IV Fixar, cuidadosamente, os documentos às capas apropriadas com prendedores plásticos, com
exceção dos processos e volumes que, embora inseridos nas pastas suspensas, permanecem soltos
para facilitar o manuseio.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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As rotinas consideradas de arquivamento estão presentes nos itens
(A) I e IV.
(B) III e IV.
(C) II e III.
(D) I e II.

07. Com relação às técnicas de arquivo e ao controle de documentos, existe um procedimento utilizado
cuja orientação é a de que, a partir da análise do organismo produtor de documentos de arquivo, devem
ser criadas categorias relativas às funções e atividades detectadas, estejam elas configuradas ou não em
estruturas específicas, como departamentos, divisões, etc. Esse procedimento realizado na organização
de um arquivo é denominado
(A) ordenação.
(B) classificação
(C) análise documental.
(D) identificação documental.

08. A codificação dos documentos é realizada para facilitar a organização do arquivo, que passa a ter
códigos específicos indicativos de localização, categoria, número, local de procedência, objeto ou tema,
entre outros elementos. A partir dessa codificação, o procedimento responsável por estabelecer um ou
mais critérios que determinam a disposição física de um dado conjunto de documentos é denominado
(A) identificação documental.
(B) classificação.
(C) análise documental.
(D) ordenação.

09. (JUCEPAR - PR - Assistente Administrativo – FAU/2016) Métodos de arquivamento de


documentos mais utilizado e difundido:
(A) Por ordem de chegada, Cronológico e mnemônico.
(B) Alfabético, numérico simples, ideográfico.
(C) Numérico inverso e Enciclopédico e bibliográfico.
(D) Sistemático, decimal, centesimal.
(E) Por assunto, digital, decrescente.

10. (Colégio Pedro II – Assistente em Administração – Acesso Público) Ao organizar e arquivar


uma série de documentos, ordenados por nome, assunto ou local, o sistema de classificação utilizado
será:
(A) alfabético.
(B) alfanumérico.
(C) cronológico.
(D) geográfico.
(E) numérico.

11. (UFRN - Assistente em Administração – COMPERVE/2017) Para facilitar e agilizar a localização


das pastas em um arquivo, a secretária do Departamento de Ciências Sociais fixou um índice onomástico
na porta do armário, de forma que, quando precisar retirar uma delas, basta identificar seu número na
lista e efetuar a busca no arquivo, no qual as pastas estarão arquivadas em ordem numérica crescente.
Essa prática, muito comum nos escritórios, utiliza o método de arquivamento
(A) numérico cronológico.
(B) numérico simples.
(C) alfabético documental.
(D) alfabético ideográfico.

12. (TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Arquivologia – FCC) Os métodos diretos de
arquivamento
(A) baseiam-se em sistemas numéricos.
(B) dispensam o uso de instrumentos de localização.
(C) supõem a indexação coordenada.
(D) só podem ser utilizados em empresas privadas.
(E) dependem de recursos informatizados.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
. 39
13. (IF-RN - Técnico em Arquivo – FUNCERN) O conceito de métodos de arquivamento é:
(A) predominância de documentos decorrentes do exercício das atividades-meio de uma instituição
ou unidade administrativa.
(B) sequência de operações que determina a atribuição de informações contidas nos documentos com
relação aos graus de sigilo, conforme legislação específica.
(C) predominância de atividades desenvolvidas em decorrência da finalidade de um documento,
sendo também chamada atividade finalística.
(D) sequência de operações que determina a disposição dos documentos de um arquivo ou coleção,
uns em relação aos outros e a identificação de cada unidade.

14. (IF-AL - Assistente Administrativo - COPEVE-UFAL) Os métodos de arquivamento de


documentos podem ser
(A) indireto, alfabético, geográfico e numérico.
(B) alfabético, numérico, iconográfico e mnemônico.
(C) numérico, geográfico, ideográfico e tríplex.
(D) alfabético, geográfico, ideográfico e iconográfico.
(E) alfabético, geográfico, numérico e ideográfico.

15. (IF-BA - Técnico em Arquivo – FUNRIO) Os métodos de arquivamento enciclopédico e dicionário


são exemplos de métodos
(A) padronizados.
(B) geográficos.
(C) numéricos simples.
(D) por assunto numéricos.
(E) por assunto alfabéticos.

16. (AL-SP - Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos – FCC) Os métodos de


arquivamento de documentos dividem-se em duas classes. São elas:
(A) numérica e mnemônica.
(B) direta e indireta.
(C) básica e padronizada.
(D) alfabética e numérica.
(E) dicionário e indexação coordenada.

17. (Câmara Municipal de Jaboticabal - Assistente Administrativo Jurídico – VUNESP) Para que
os documentos de arquivo estejam acessíveis, é necessário que eles sejam bem ordenados e arquivados.
O arquivamento é feito por meio de técnicas ou métodos específicos que chamamos de métodos de
arquivamento. Para o arquivamento dos documentos públicos ou privados, o método de arquivamento
variadex é aquele que utiliza a combinação de
(A) números e letras.
(B) nomes e cores.
(C) cores e números.
(D) números, cores e letras.
(E) letras e cores.

Respostas

01. Resposta: C
A classificação é a ação intelectual de elaboração de esquemas para o agrupamento de documentos;
a ordenação é a forma de disposição dos documentos dentro desses esquemas; e o arquivamento é a
ação física de armazenar e acondicionar os documentos conforme as atividades anteriores.

02. Resposta: A
Ordenação quanto à sua classificação intelectual. Ou seja, ordenando, organizando os arquivos sob o
mesmo tema, mesmo assunto, mesma data, mesmo nome, logo mesmo atributo. Quando se fala em
reunir fisicamente, pense em ordenação.

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03. Resposta: C
Podem ser ordenados os documentos por meio dos seguintes métodos:
- Alfabético
- Geográfico;
- Cronológico;
- Ideográfico (por assuntos).

04. Resposta: Certo


Arquivamento: conjunto das operações de acondicionamento e armazenamento de documentos.
Segundo o Dicionário de Termo de Arquivologia (Arquivo Nacional) o Arquivamento é:
1. Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à guarda ordenada de documentos.
2. Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um documento, cessada a sua tramitação.

05. Resposta: E
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, obedecendo às seguintes
operações: Inspeção, ordenação e arquivamento.

06. Resposta: A.
1. Verificar a existência de antecedentes (documentos que tratam do mesmo assunto);
2. Reunir os antecedentes, colocando-os em ordem cronológica decrescente, sendo o documento com
data mais recente em primeiro lugar e assim sucessivamente;
3. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes, de acordo com a ordem estabelecida
(cronológica, alfabética, geográfica ou outra), formando dossiês. Verificar a existência de cópias,
eliminando-as. Caso o original não exista, manter uma única cópia;
4. Fixar cuidadosamente os documentos às capas apropriadas com prendedores plásticos, com
exceção dos processos e volumes que, embora inseridos nas pastas suspensas, permanecem soltos
para facilitar o manuseio;
5. Arquivar os documentos nos locais devidos, identificando de maneira visível as pastas suspensas,
gavetas e caixas;
6. Manter reunida a documentação seriada, como por exemplo boletins e atas, em caixas apropriadas,
procedendo o registro em uma única folha de referência, arquivada em pasta suspensa, no assunto
correspondente, repetindo a operação sempre que chegar um novo número.

07. Resposta: B.
A Classificação Documental é o esquema elaborado a partir do estudo das estruturas e funções da
instituição e análise do arquivo por ela produzido, pelo qual se distribuem os documentos em classes, de
acordo com métodos de arquivamento específicos.

08. Resposta: D.
ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos classificados sob um mesmo assunto. A
ordenação tem por objetivo agilizar o arquivamento, minimizando a possibilidade de erros. Além disso,
estando ordenados adequadamente, será possível manter reunidos todos os documentos referentes a
um mesmo assunto, organizando-os previamente para o arquivamento. Neste sentido, podemos definir a
Ordenação como a forma de disposição dos documentos.

09. Resposta: B
Os métodos mais utilizados são:
Alfabético - nome
Geográfico - o local
Numérico Simples - número a cada correspondente ou cliente
Ideográfico - o assunto

10. Resposta: A
Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque obedecendo à ordem
alfabética pode-se logo imaginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execução do
trabalho de arquivamento, nem para a procura do documento desejado, pois a consulta é direta.

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11. Resposta: B
O método numérico simples é adotado quando a organização é feita pelo número do documento ou
da pasta em que este foi arquivado. É um método muito utilizado na organização de prontuários médicos,
pastas de funcionários, processos e filmes.

12. Resposta: B
Sistema direto é aquele em que a busca é feita diretamente sem a necessidade de se consultar um
índice. É uma característica dos métodos que organizam documentos por nome (alfabético, geográfico,
dicionário e enciclopédico). Sistema indireto é aquele em que, para se localizar o documento, é preciso
antes consultar um índice ou um código.

13. Resposta: D
Conceito dado pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística = Sequência de operações que
determina a disposição dos documentos de um arquivo(1) ou coleção, uns em relação aos outros, e a
identificação de cada unidade.

14. Resposta: E
Métodos de Arquivamento:
-alfabético: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o nome;
-geográfico: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o local (cidade, estado
e país);
- numérico simples: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o número do
documento;
-numérico-cronológico: quando ao número do documento vier associado a data;
-ideográfico: quando o elemento principal para a recuperação da informação for o assunto. A
ordenação dos assuntos deverá seguir a modalidade alfabética (dicionária ou enciclopédica) ou numérica
(decimal ou duplex).

15. Resposta: E
O Método alfabético é quando o elemento principal para a recuperação da informação for o nome,
como visto anteriormente.

16. Resposta: C
Não confunda:
Os métodos básicos e padronizados fazem parte de dois grandes sistemas:
• direto
• indireto
Os métodos de arquivamento são divididos em duas grandes classes:
• básicos
• padronizados.

17. Resposta: E
É o método alfabético, acrescentando cores às letras. Trabalha-se com 5 cores diferentes. As cores
são atribuídas em função da 2ª letra do nome de entrada no arquivo. As guias são coloridas e as notações
alfabéticas.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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registro, admissão, movimentação, demissão e pagamento de pessoal,
contratações;

Candidato(a), para abordarmos todos estes assuntos, é essencial conhecer o funcionamento


do trabalho do Setor de Administração ou Departamento Pessoal.

Departamento Pessoal12

Registro, admissão e contratação

ADMISSÕES13

Suponha que tenha havido uma seleção cuidadosa e que um profissional tenha sido escolhido para
ocupar determinado cargo. Todas as condições foram devidamente esclarecidas com o candidato
escolhido: o que a empresa espera dele, o que oferece, quais são as reais condições de trabalho, etc.

Quando as negociações são encerradas, é hora da admissão do funcionário, que deve ser gerenciada
com eficiência também assim como o processo seletivo. É no processo de admissão que se estabelecem
as bases do contrato psicológico entre empresa e futuro funcionário e entre este e o seu superior
hierárquico.

Contrato psicológico eficaz.

Contrato psicológico trata-se de um termo criado por Karl A. Menninger, psiquiatra e professor da
Harvard, em 1963, descrevia relações entre o médico e seu paciente, e vem tendo uso em recursos
humanos desde o início da década de 1970. Indica a troca de expectativas entre a organização e o
colaborador. É um contrato natural, que não precisa estar escrito, mas que expõe o que a organização
espera da pessoa e o que dá – e vice-versa. É de extrema importância porque cria as atitudes de uns em
relação aos outros e, como disse Menninger, “atitudes são mais importantes que os fatos”.

As expectativas do empregado relacionam-se com questões tais como segurança, remuneração,


reconhecimento formal e informal, possibilidade de crescimento, ambiente de trabalho, entre outros
pontos. Por outro lado, a empresa espera que o colaborador desempenhe satisfatoriamente suas funções,
que mantenha lealdade para com ela, que tenha um adequado nível de adesão e envolvimento, que se
comporte segundo as regras implícitas do local de trabalho, etc.

Há, paralelamente, contratos psicológicos entre o superior e seu subordinado e entre este e os colegas.
Se tais contratos foram estabelecidos eficientemente, se são adequados, as relações tendem a
transcorrer do modo mais adequado – com ganhos para a produtividade e a satisfação de todos. Em caso
contrário, porém, as relações ou desandam de vez, ou mantêm-se com variáveis níveis de tensão, o que
compromete um pouco mais ou um pouco menos tanto a produtividade quando a satisfação no trabalho.

Durante o processo de recrutamento, seleção e admissão, o futuro colaborador mantém-se com o nível
de atenção máximo, observando cada mínimo detalhe do comportamento da empresa. No processo de
admissão propriamente dita há oportunidade para “acertar os ponteiros” adequadamente, buscar uma
sintonização perfeita entre anseios das partes e potenciais de realização.

O contrato psicológico para ser eficiente tem de ter os seguintes ingredientes:

- Excelente comunicação – O ideal é que haja explicitação da expectativas e promessas. Isso dá


clareza às condições de relacionamento e evita mal-entendidos posteriores.

12
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2006.
ALCALDE, E. A; et al. ROTINAS DE DEPARTAMENTO PESSOAL. Disponível em: http://aems.edu.br/iniciacao-cientifica/download/8843ed7fda.pdf.
Cartilha de Departamento Pessoal. Disponível em: http://www.administracaovirtual.com/rh/downloads/apostilas/Apostila5_Curso_Departamento_Pessoal.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm.
13
XAVIER, R. A. P. GESTÃO DE PESSOAS, NA PRÁTICA. São Paulo, agosto de 2006.

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- Jogo limpo – Qualquer percepção de má fé ou de esperteza na construção ou administração do
contrato podem levar à sua ruptura.
- Negociação – Nem sempre é possível harmonizar perfeitamente todos os interesses. Havendo uma
negociação eficaz, as partes aceitarão de bom grado tais limitações.
- Ausência de coação – Qualquer imposição eliminará a perspectiva de contrato. É a diferença entre
obediência e aceitação da liderança.

Cuidados a serem adotados nas admissões

Neste cenário, há muito que o gestor pode fazer para que o processo de admissão venha a contribuir
para a solidificação e eficiência na relação entre empresa e colaborador, entre o superior hierárquico e
esse, entre ele e os colegas, visando melhor adaptação de todos.

Alguns comportamentos podem ser sugeridos:

- Discussão e revisão clara e cuidadosa, com o colaborador, de tudo o que foi estabelecido no processo
seletivo – condições de trabalho, remuneração, etc.
- Observação do cumprimento dos procedimentos formais de registro – documentação, formas,
processos. Qualquer negligência ou desatenção aqui pode ocasionar sérios problemas.
- Observação cuidadosa do comportamento do futuro colaborador no processo admissional, com vistas
a verificar se ele está fazendo sua parte no contrato psicológico.
- Esclarecimento de dúvidas que tenham surgido posteriormente ao processo seletivo.
- Providências para que as propostas sobre condições de trabalho se materializem imediatamente.

Valorizando a entrada do novo colaborador

A entrada de um novo empregado é um evento significativo não só na vida profissional desse, mas
também na própria estrutura do grupo em que ele vai trabalhar. De um lado, ele está em momento que
importante de sua vida profissional, com as emoções em alta; de outra, ele pode vir a ser uma contribuição
importante para a maior satisfação dos colegas – ou um problema. É importante que o gestor busque os
caminhos para que a admissão seja marcada positivamente.

É preciso celebrar a entrada do novo empregado. A celebração cria um clima favorável, que afetará
positivamente tanto o comportamento do novo quando preparará o espírito dos que já integram o grupo.
Dentro das condições da estrutura e da cultura local, o gestor deve criar cerimônia ou ritual que valorize
a entrada do novo, a fim de recebê-lo devidamente e demonstrar a sua importância, bem como para
ambientá-lo à cultura organizacional da empresa.

Não precisa ser nada sofisticado ou espetacular na preparação da entrada. Pequenos rituais de
admissão serão significativos. Pode ser, por exemplo, um pequeno brinde de boas vinda ou uma
cerimônia discreta.

Integração do novo colaborador

A entrada em um novo emprego usualmente é um período tenso para uma pessoa. Ela tem muitas
dúvidas e muitas apreensões: Será que vai adaptar-se bem? Será que alguma surpresa desagradável a
espera? Desempenhará suas funções de acordo com as expectativas do novo superior hierárquico e da
empresa? As condições de trabalho serão agradáveis? Em algumas empresas esse período torna-se
ainda mais traumático, pois a pessoa é atirada na arena do trabalho sem uma preparação maior, como
uma capacitação adequada ou uma apresentação geral da importância de seu trabalho, do que depende
dele e do que ele depende, inserido no contexto da empresa.

De tal modo, resulta no enfrentamento de problemas que para o novo contratado são desconhecidos,
situações não experimentadas – e situações eventualmente simples acabam ganhando complexidade e
ocasionando dificuldade de adaptação e de integração do novo funcionário. É como se houvesse
constantes situações de estranhamento entre todos da empresa.

É essencial ter um programa de integração de novos empregados. Se a empresa tem um problema


formal, o gestor deve colaborar com esse e fazer a sua parte, pois ele é o responsável por isso. Se a

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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empresa não tem, basta que ele implante em sua área, para gerir adequadamente o seu pessoal e
completar satisfatoriamente a admissão do seu novo funcionário.

DOCUMENTOS ADMISSIONAIS

Assim, após o processo seletivo, é necessário que o empregador faça a solicitação de todas as
documentações necessárias para a realização da contratação dos funcionários selecionados, sendo que
a mesma é de total importância na contratação, pois tais informações irá alinhar todo o processo
admissional, podendo a empresa cadastrar esses funcionários na organização, além de fornecer esses
dados para o cadastro do salário família, PIS, IRRF, CAGED, entre outros, porém sendo realizado de
acordo com a CLT.

Cordeiro e Mota (2013) destacam a etapa básica para a requisição de documentos, sendo eles:
-Foto (poderá ser digitalizado para o prontuário);
-RG; CPF; Título de eleitor; CNH; 
- Certidão de Casamento (se for o caso);
- Declaração de concubismo (se for o caso, para fins de habilitação da companheira como dependente)
na CTPS;
- Carteira de reservista (sexo masculino);
- Exame médico admissional;
- Comprovante de endereço completo com CEP;
- Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos;
- Caderneta de vacinação dos filhos menores de 07 anos;
- Comprovante de frequência escolar dos filhos, a partir dos 07 anos de idade, que deverá ser
apresentado ao empregador, todo ano, nos meses de maio e novembro;
- Carteira de Trabalho de Previdência Social (CTPS);
- Cartão do PIS/PASEP, para funcionários que já trabalharam com carteira assinada;
- ASO referente ao desligamento da última empresa;
- Comprovante de escolaridade exigida pelo cargo ocupado com registro profissional expedido pelos
órgãos de classe.

Após o recolhimento de todos os documentos, é necessário que seja feito o cadastro dos funcionários,
onde devem ser preenchidas algumas documentações como, a CTPS contendo as informações
necessárias que foram firmadas no ato da admissão, a ficha de registro que pode ser tanto manual como
eletrônica, o contrato de trabalho, que deve ser duas vias, uma para o empregador e outra ao empregado,
declaração de dependentes para o IRRF e salário família, acordo de compensação e prorrogação de
horas, opção de vale transporte e refeição, autorização de descontos na folha de pagamento, como por
exemplo, convênio médico e farmacêutico e fazer o cadastro no PIS, caso for o primeiro emprego.

REGISTROS DOS EMPREGADOS

Em qualquer tipo de atividade é obrigatório ao empregador o registro dos respectivos empregados,


podendo ser anotados em livros, fichas ou sistemas eletrônicos, além das anotações na Carteira de
Trabalho, estando em conformidade com as instruções e modelos aprovados pelo Ministério do Trabalho.
Desse modo, Carrion (2004, p. 98) no art. 41 da CLT dispõe que “Em todas as atividades será
obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho”.
Todas as informações contidas nos documentos de registros dos empregados devem estar sempre
atualizadas e numeradas sequencialmente por estabelecimento, cabendo ao empregador toda
responsabilidade pela autenticidade das informações contidas em tais documentos.
No registro do empregado deverá conter obrigatoriamente tais informações, como:
-A identificação do empregado, com o número e série da -Carteira de Trabalho e Previdência Social;
-Data e admissão e demissão;
-Cargo ou função;
-Remuneração e forma de pagamento;
-Local e horário de trabalho;
-Concessão de férias;
-Identificação da conta vinculada ao FGTS e da conta do PIS/PASEP;
-Acidente de trabalho e doença profissional, quando tiverem ocorrido.
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O livro ou a ficha de registro tem a finalidade de identificar o trabalhador, comprovar o tempo de
serviço perante a Previdência Social, provar a vinculação entre empregado e empregador, expressando
todas as informações sobre o mesmo, de forma clara, desde que seja relevante para o exercício
profissional e que não fira a intimidade e privacidade do empregado. Ressaltando ainda que Carrion
(2004, p. 98) nos mostra no art.47 que “A empresa que mantiver empregado não registrado nos termos
de art. 41 e seu parágrafo único, incorrerá na multa de valor igual a 30 vezes o valor-de-referência
regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência”.
Além das anotações obrigatórias em fichas de registros, o empregador deverá solicitar a entrega da
CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), para discriminação na mesma das informações em
relação à admissão do empregado, devendo ser devolvida no prazo de 48 horas.
Carrion (2004) relata no art. 29 que a Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta
e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições
especificas, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
As anotações necessárias na CTPS são preenchidas na aba do contrato de trabalho, onde deverão
ser anotados os dados da empresa, o cargo, o CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), a data de
admissão e remuneração especifica, e quando for o caso descriminar a data de demissão.
Já na aba de opção pelo FGTS, deverá conter a data da opção, o banco que será depositado o FGTS,
o número da agência depositária, a cidade onde está localizada a agência, o estado onde está situada o
banco e o nome da empresa.
Outro item que deve ser preenchido pela empresa na CTPS, é o tipo de contrato estabelecido entre o
empregado e empregador, o termino do prazo do mesmo, o cadastro no PIS (caso for o primeiro
emprego), também promoções e alterações de dados do empregador, como razão social ou mudança,
que devem ser preenchidos nas anotações gerais.

CONTRATAÇÃO

FORMAS DE CONTRATAÇÃO
As empresas utilizam hoje várias formas de contratação de novos funcionários, muitas vezes com o
objetivo de reduzir custos tributários e trabalhistas. É interessante estudarmos de maneira sucinta estas
formas de contratação, de maneira a estabelecermos suas principais características.

Vamos aos tipos de contratos:

Autônomo
Podemos dizer que o autônomo é livre para prestar seus serviços profissionais a quem bem entender,
não estando de qualquer maneira subordinado a qualquer norma do recebedor do serviço, seja de
natureza técnica ou disciplinar.
A reforma de 2017 define que um trabalhador autônomo pode prestar serviços a apenas uma empresa,
e ainda assim não será considerado um funcionário. O contrato de serviço, porém, não pode ter uma
cláusula definindo exclusividade, ou seja, que o autônomo só pode prestar serviços para aquela
determinada empresa. Para configurar uma relação de emprego desse trabalhador, será necessário
existir outros elementos, não apenas a exclusividade, como a subordinação, ou seja ele receber ordens
diretas da empresa, ter de cumprir horários fixos de trabalho e justificar faltas, por exemplo. ]

Estagiário
O estagiário é o estudante de ensino médio (normalmente ensino técnico) ou superior que é contratado
com o objetivo de ter contato com a parte prática de seu aprendizado para desenvolver atividades
correlatas à sua área de estudo. Para a contratação de estagiário, é de fundamental importância que a
empresa providencie a contratação de um seguro de acidentes pessoais a favor do estagiário. O
estagiário, no ato de sua contratação, assinará juntamente com a empresa contratante, um “termo de
compromisso”, documento em que serão mencionadas todas as previsões contratuais. Um ponto
importante que vale lembrar é que conforme o artigo 13 da lei LEI N.º 11.788/2008: "Art. 13. É assegurado
ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de
30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares."

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Empregado terceirizado
Essa modalidade de contrato foi regulamentada pela Lei n. 13.429, de 2017, e permite que seja
possível contratar terceirizados para qualquer função da empresa, inclusive as chamadas atividades-fim.
O texto da reforma estabelece o prazo mínimo 18 meses entre a demissão de um funcionário com carteira
assinada e sua recontratação como terceirizado.

Temporário
Também regulamentado junto com a Lei da Terceirização (13.429/17), esse regime permite que as
empresas contratem colaboradores em um determinado prazo de tempo, para situações específicas,
como cobrir uma licença-maternidade, por exemplo.
Com as alterações na CLT, o tempo máximo para a vigência do contrato, passa de 90 para 120 dias,
consecutivos ou não, que podem ser estendidos uma única vez pelo mesmo período. Nessa modalidade,
a empresa deve registrar o contrato na carteira de trabalho do funcionário, que terá os mesmos direitos
daqueles em regime de prazo indeterminado, previstos na CLT.

Parcial
Essa modalidade de contrato também sofreu alterações com a reforma trabalhista. Antes, o tempo
máximo para o trabalho em regime parcial era de 25 horas semanais com previsão de férias proporcionais
ao número de horas trabalhadas. Agora, passa a ter limite de 30 horas semanais, sem a possibilidade de
realização de horas extras, ou ainda uma jornada de até 26 horas semanais, com a realização de seis
horas extras semanais.
Além disso, a mudança na CLT iguala as férias do funcionário em tempo parcial às dos demais
trabalhadores celetistas, passando a ser de trinta dias por ano. E permite ainda que os contratados nesse
regime convertam um terço do período de férias em pecúnia (dinheiro).

Intermitente
É uma das novas modalidades regulamentadas pela reforma trabalhista. Essa permite que a empresa
contrate colaboradores esporadicamente e que a remuneração seja feita de acordo com período em que
o colaborador preste seus serviços.
Nesse caso, o contrato deve ser celebrado por escrito e conter o valor da hora de trabalho a ser
recebida pelo trabalhador. Vale ressaltar que a quantia não pode ser inferior à hora de trabalho de um
funcionário que exerça a mesma função, sendo ele intermitente ou não. Além disso, nesse regime, o
colaborador tem o direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais.
A modalidade permite ainda que o período de inatividade do profissional não seja considerado tempo
à disposição do empregador, ou seja, o funcionário poderá realizar atividades a outros contratantes. Para
solicitar a prestação de serviços de um colaborador que tenha esse contrato, a empresa deve fazer uma
convocação com no mínimo 3 dias de antecedência.

Home Office (ou Teletrabalho)


Essa é outra modalidade de contrato de trabalho regulamentada com a reforma trabalhista. Faz
referência ao trabalho prestado fora das dependências da empresa, com a utilização de tecnologias da
informação e de comunicação. As atividades que devem ser executadas pelos funcionários, bem como
os equipamentos para sua realização, devem constar no acordo individual de trabalho. A prestação de
serviços nessa modalidade deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que
especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado, ficando aberta a possibilidade de
alteração do contrato presencial para o teletrabalho, desde que haja acordo entre as partes.
Caso haja necessidade, o funcionário pode comparecer à empresa para a realização de atividades
específicas, sem descaracterizar a modalidade home office.
PAGAMENTO

Para efetuar um correto pagamento, é fundamental que se leve em consideração aspectos


gerais da folha de pagamento. Veja a seguir:

ASPECTOS GERAIS DA FOLHA DE PAGAMENTO

A folha de pagamento é um documento de extrema importância para o departamento pessoal, pois é


nesse documento que a empresa contabiliza todos os lançamentos efetuados aos pagamentos e
descontos efetuados na remuneração dos funcionários.

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Devendo ser elaborado de maneira simples e objetiva, principalmente porque o público alvo dos
lançamentos ali efetuados (os funcionários), são pessoas que não possuem os conhecimentos técnicos
necessários para compreender tudo o que ali é lançado. Esse documento deve ser elaborado com muita
atenção, pois é o primeiro documento exigido pelo Ministério do Trabalho, caso a empresa seja alvo de
fiscalização trabalhista.
Inicialmente temos como ponto principal efetuarmos um cálculo básico da folha de pagamento, que se
divide em duas partes, a saber: Proventos e Descontos.
Existem vários tipos de remuneração, tais como: MENSALISTAS, HORISTAS E COMISSIONADOS.

Informações Básicas para calcular o valor devido ao empregado:


Salário - O salário base será aquele definido pelo empregador no ato da contratação, existem vários
tipos de salário, como: por mês (mensalista), por hora (horista), por comissão (comissionado), entre
outros.

Remuneração: Entende-se como remuneração o salário acrescido dos adicionais, como por exemplo:
Horas Extras, Adicional de Periculosidade, Adicional de Insalubridade e Outros...

Jornada Mensal (JM): É a quantidade de horas trabalhas por mês pelo empregado, como padrão esta
jornada é de 220 horas por mês, podendo variar conforme a profissão a que pertence, como por exemplo:
Telefonista que trabalha 36 horas semanais, logo, 180 horas por mês. Neste curso iremos efetuar os
cálculos das folhas dos tipos de salários mais comuns, mensalista e horistas.

Jornada Diária (JD): Para encontrarmos a quantidade de horas que o empregado trabalha por dia,
iremos dividir a Jornada Mensal por 30, logo, teremos a seguinte fórmula:
JD = JM / 30

Exemplo: Para uma jornada Mensal de 220 horas


JD = 220 / 30 JD = 7.3333 (diário).

Salário
Valor devido e pago diretamente pelo empregador a todo empregado pelo serviço prestado. Existem
vários tipos de salários sendo que os mais comuns são:

-Mensalista
Empregado mensalista tem seu salário definido por mês. Para calcularmos a folha de um empregado
mensalista, além do salário mensal, precisaremos de mais duas informações básicas, a saber:
a) Salário Dia (SD)
b) Salário Hora (SH)
A partir do momento que tivermos estas informações, será possível calcular saldo de salário, faltas,
horas extras, atrasos, etc...

Encontrando o Salário Dia (SD):


Para encontrarmos o salário dia utilizaremos a seguinte fórmula:
Exemplo: SD => SM / 30 SD => 1500,00 / 30 => SD = 50,00

Encontrando o Salário Hora (SH):


Para encontrarmos o salário hora utilizaremos a seguinte fórmula: SH = Salário Mensal (SM) / Jornada
Mensal (HM) Exemplo: SH => SM / JM SH => 1500,00 / 220 => SH = 6,82.

Para encontrarmos o valor que será devido ao mensalista como saldo de salário faremos o seguinte
cálculo:
Salário Mensal / 30 x Dias Trabalhados (DT)

Observação: empregado contratado como mensalista não recebe o dia 31, logo a divisão será sempre
por 30 e a contagem de dias também será até o dia 30, inclusive no mês de fevereiro.

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-Horistas
Para calcularmos a folha de um empregado horista, além do salário hora, precisaremos de mais uma
informação básica, e uma outra que será utilizada quando formos efetuar o cálculo de férias e 13º salário.
a) Salário Dia (SD)
b) Salário Mensal (SM)
A partir do momento que tivermos estas informações, nos será possível calcular: faltas, horas extras,
atraso, etc.

Encontrando o Salário Dia (SD): Para encontrarmos o salário dia utilizaremos a seguinte fórmula:

SD = Salário Hora (SH) x JD Ex.: SD => SH x JD SD => 5,00 x 7.3333 => SD = 36,67

Encontrando o Salário Mensal (SM):


Para encontrarmos o salário mensal utilizaremos a seguinte fórmula:

SM = Salário Hora (SM) x Jornada Mensal (JM).

Ex.: SM => SH x JM SM => 5,00 x 220 => SM = 1.100,00

O empregado horista, diferente do mensalista, deverá receber na integra os dias do mês, ou seja 28,
30 ou 31, e ainda deverá ser destacado os Dias Úteis e o DSR (descanso semanal remunerado).
Encontrando os Dias Úteis (DU): Total de Dias do Mês (ou total de dias contando a partir da data de
Admissão, caso seja admitido naquele mês) menos Domingos e Feriados.

-Comissionado
Empregado contratado com um percentual sobre o valor das vendas. Em alguns casos os empregados
comissionados podem ter também uma remuneração fixa. Neste caso para calcular a parte fixa segue-se
o exemplo citado no cálculo do mensalista.
Ao empregado que recebe comissão será devido o DSR sobre a mesma, para efetuar o cálculo do
DSR, devemos proceder da seguinte forma:
DSR Comissão = (Valor da Comissão / dias úteis) x (DSR) Domingos e Feriados.

Exemplo: Empregado teve uma comissão de R$ 1.500,00 em um mês de 25 dias úteis e 5 feriados
Logo:
DSR Comissão = (1.500,00 / 25) x 5 DSR DSR Comissão = 60 x 5 DSR DSR Comissão = R$ 300,00

-Comissionista Puro
Exemplo 1 - Empregado contratado com salário fixado no percentual de 5% sobre vendas, em um
determinado mês efetuou vendas no valor bruto de R$ 20.000,00.
Cálculo: 5% de R$ 20.000,00 = R$ 1.000,00 Salário Mensal = R$ 1.000,00 – (relativo apenas aos dias
trabalhados)

Considerando que o mês em questão tenha 4 repousos semanais remunerados e 26 dias úteis,
calcula-se o repouso da seguinte forma:
Divide-se a remuneração obtida pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se o resultado pelo
número de repousos do mesmo mês. Assim temos:
R$ 1.000,00 ÷ 26 = R$ 38,46 x 4 = R$ 153,84

Remuneração total do mês = R$ 1.153,84 (R$ 1.000,00 + R$ 153,84).

HORAS EXTRAS
Outro tipo de salário existente é o salário-extra, ou horas-extras, levando em consideração que o dia
normal de trabalho é de 7,33 horas, contabilizando 44 horas semanais, salvo em casos especiais previstos
em lei.
Na jornada de trabalho podem ser acrescidas algumas horas suplementares, porém não podem ceder
a duas horas diárias, mediante acordo coletivo ou entre empregado e empregado. O pagamento das
horas extras deve ser acrescido no mínimo 50% do valor hora normal, já no caso de domingos e feridos,
essas horas deveram ser acrescidas de 100%.

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Assim, na folha de pagamento devem ser registrados mensalmente todos os valores referentes à
remuneração dos empregados, sendo divido em duas partes, sendo elas:

-Proventos: são todos os valores de ganho do funcionário, sendo composto pelo salário, horas extras,
adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, entre outros.
-Descontos: são os valores deduzidos do trabalhador referentes ao INSS, contribuição sindical, faltas
e atrasos, vale transporte, convênio farmacêutico ou médico, entre outros.

PROVENTOS
Os proventos devem ser pagos ao empregado na folha de pagamento, sendo contabilizado mediante
seu salário que foi firmado no ato da admissão e registrado em CTPS.
Para cada provento é necessário que haja a especificação do mesmo no recibo de pagamento, para
que a empresa demonstre e haja entendimento do empregado em relação aos valores que estão sendo
pagos.

Adicional Noturno
O adicional noturno é um direito de todo o empregado, porem no caso do trabalhador urbano a jornada
de trabalho que incide o adicional noturno é das 22 horas de um dia às 05 horas do dia seguinte, já o
trabalhador rural a jornada de trabalho que incidirá no adicional noturno deverá ser das 21 horas às 05
horas do dia seguinte, na pecuária a jornada de trabalho para cálculo do adicional noturno, deverá ser de
20 horas às 04 horas do dia seguinte sendo acrescido no pagamento a porcentagem de 20% sobre a
hora para o trabalhador urbano e os demais 25%, levando em consideração que a hora do adicional
noturno é de 52 minutos e 30 segundo.

Insalubridade
É considerado insalubridade toda operação que exponha o funcionário a agentes nocivos exposto a
saúde como por exemplo: ruído, poeira, barulho, calor, entre outros. Brondi (2008) destaca que o
percentual do adicional de insalubridade é de 10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo conforme a
classificação do risco, e conforme a norma regulamentadora.

Periculosidade
O adicional periculosidade é considerado toda operação perigosa, ou seja toda a atividade que o
funcionário exerce sendo nociva a sua saúde, ou exposta a produtos inflamáveis ou explosivos, sabendo
que a porcentagem do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário contratual. De acordo com
Brondi (2008, p.209) “este adicional estende-se desde 01/01/1986 aos que trabalham em área de risco,
em contato com equipamentos ou instalações elétricas”.

Salário Família
É um benefício concedido pela Previdência Social para o empregado que tiverem filhos menores de
14 anos ou inválido, sendo sem limite de número de filhos, o valor a receber é fixo, porém é corrigido
anualmente, o salário família não incorpora ao salário nem sobre as horas extras.

13° Salário
O décimo terceiro salário é devido a todo empregado seja ele urbano, rural ou doméstico, o valor a ser
pago é de acordo com o valor de sua remuneração atual, refere-se ao pagamento anual de 1/12 avos
quando o funcionário tiver igual ou superior a 15 dias trabalhado, a primeira parcela do 13° corresponde
a 50% do salário podendo ser paga até o dia 30 de novembro e os outros 50% deverão ser pagos até o
dia 20 de dezembro visto que o desconto do INSS será na segunda parcela.

DESCONTOS
Para realização dos descontos na folha de pagamento dos funcionários, deverão ser efetuados
somente os descontos previstos em lei ou convenção coletiva. Outros descontos que os tribunais
admitem, são feitos mediante autorização prévia e por escrito do empregado, podendo ser descontos
assistenciais médico hospitalar, odontológico, de seguro, previdência privada, entre outros.

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Os principais descontos previstos em lei são:

Faltas ou atrasos: os dias das faltas serão computados para efeito de férias e 13° salário, e poderá
ser descontado na folha de pagamento, o dia de ausência do empregado (serão tratados com mais ênfase
adiante).

INSS: esta é uma contribuição devida a Previdência Social. Os percentuais variam de acordo com o
salário de contribuição, podendo ser de 8%, 9% e 11%, limitado a um teto máximo.

IRRF: é a tributação devida sobre os rendimentos do assalariado, como, por exemplo, salário, horas
extras, adicionais, gratificação, gorjetas, entre outros rendimentos admitidos pela Receita Federal.

FGTS: criado pelo governo federal, para assegurar o empregado que for demitido sem justa causa. O
empregador devera depositar em conta vinculada ao contrato de trabalho, um valor correspondente a 8%
da remuneração de cada empregado.
O salário não pode ser estipulado em período maior que um mês, devendo ser pago com pontualidade,
até o 5° dia útil do mês seguinte ao vencido. Ao realizar o pagamento do salário o empregador deve,
efetuá-lo contra recibo, assinado pelo empregado, em caso de analfabeto mediante a impressão de
digital, assegurando suas responsabilidades, tendo tal documento como comprovação. Devemos levar
em conta que existem vários tipos de formas de pagamentos de salário, seja ele, mensal, quinzenal ou
semanal, porém independente do critério adotado para fixação do salário nada muda em relação aos
intervalos que se pagam ao empregado.

Contribuição Sindical – As empresas ficam a descontar na folha de pagamento dos seus empregados
a contribuição devida ao sindicato (art. 545 CLT). Corresponde a um dia trabalhado sobre a remuneração
do empregado, normalmente este desconto ocorre no mês de março de cada ano (antes era compulsória).

COMO PASSA A SER A PARTIR DAS MUDANÇAS DA CLT DE 2017


Vale acrescentar que uma das alterações mais impactantes e controversas promovidas pela Lei nº
13.467/2017 (Reforma Trabalhista), depois complementada pela Medida Provisória nº 808, foi o fim da
obrigatoriedade do recolhimento da contribuição sindical. Também chamada de imposto sindical, essa
contribuição era recolhida anualmente por empregados e empresas e destinada a sindicatos, federações,
confederações, centrais sindicais e até o Ministério do Trabalho. A antiga redação do artigo 578 da CLT
era imperativa ao determinar que as contribuições sindicais seriam “pagas, recolhidas e aplicadas” na
forma estabelecida. No entanto, a Reforma Trabalhista acrescentou ao final do artigo 578 a expressão
“desde que prévia e expressamente autorizadas”.

Vale transporte: o empregador pode descontar até 6% da folha do empregado que optar em utilizar
o vale transporte, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens.

Repouso Semanal Remunerado: Caso o empregado não cumprir corretamente a sua jornada de
trabalho semanal, a empresa poderá efetuar esse desconto na folha de pagamento do empregado. O
valor desse desconto será igual a um dia de trabalho.

Pensão Alimentícia: É um desconto que é efetuado na folha de pagamento do funcionário, desde que
receba ordem judicial para tanto.

Outros Descontos: Esse desconto, desde que autorizado anteriormente pelo funcionário, poderá ser
beneficiário de alguns programas existentes na sua própria empresa. Exemplo: seguro de vida, convênio
médico, vale compra em supermercados, etc.

A JORNADA DE TRABALHO
De acordo com Meneses e Cerqueira (2009, p. 8) “a jornada de trabalho é o tempo em que o
empregador permanece a disposição do empregador, cumprindo ou aguardando ordens”.
Ainda que o empregado não esteja prestando serviços, mas está à disposição do empregador, essas
horas deverão ser computadas como jornada de trabalho, tendo em vista que o mesmo fica
impossibilitado de estar realizando suas atividades pessoais, ficando a disposição do empregador.
O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo

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empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Há dois tipos de jornada de trabalho mais comum existente, sendo elas, a jornada mensal, que é a
quantidade de horas trabalhadas por mês pelo empregado, normalmente esta jornada é de 220 horas por
mês, podendo variar de acordo com cada profissão; jornada diária, onde dividimos a jornada mensal por
jornada diária, ou seja, JD= JM/30, no caso da jornada mensal de 220 horas, teremos uma jornada diária
de 7, 333...
Na maioria das atividades privadas, a jornada de trabalho normal é de oito horas diárias, e quarenta e
quatro horas semanais, de acordo com o Art. 7° inciso XIII da Constituição Federal.
As horas suplementares (horas extras) à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017).
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas,
por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017).

JORNADAS DE TEMPO PARCIAL


Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas
semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não
exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares
semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Alguns exemplos e suas cargas horárias diárias:


-Jornada de 6 horas - engenheiros, arquitetos, químicos de nível superior, agrônomos e veterinários -
salário;
-Jornada de 6 horas - telefonista contínua;
-Jornada de 6 horas – bancários;
-Jornada de 5 horas - fisioterapeutas - terapeutas ocupacionais (30 horas semanais);
-Jornada de 4 horas - médicos, dentistas e auxiliares de laboratórios;
-Jornada de 4 horas - técnicos em radiologia;
-Jornada de 4 horas - advogados (20 horas semanais);

DESCANSO SEMANAL REMUNERADO

O DSR que é o descanso semanal remunerado é de direito ao empregado. Segundo Martins (2012, p.
579) “o repouso semanal remunerado é o período em que o empregado deixa de prestar serviços uma
vez por semana, de preferência aos domingos, e nos feriados, mas recebendo remuneração”.
No descanso semanal remunerado, o empregado não irá prestar serviços ao empregador, contudo
deverá ser remunerado. Esse período de descanso é de 24 horas consecutivas, para que o empregado
possa descansar e assim recuperar as energias gastas na semana de trabalho que enfrentou, além de
proporcionar ao mesmo a convivência com a família, com a sociedade, podendo também desfrutar do
seu lazer. De acordo com o Art. 67 da CLT, fica assegurado ao empregado um descanso semanal de 24
horas consecutivas, de preferência aos domingos.

FALTAS E ATRASOS

Devemos considerar como faltas e atrasos, aqueles períodos em que o empregado deveria estar à
disposição do empregador, mas, por algum motivo, o obreiro veio a se ausentar no cumprimento de sua
jornada de trabalho.
Devemos neste ponto ressaltar a existência de alguns fatos que, desde que devidamente comprovados
por parte do empregado, este poderá se ausentar do cumprimento de sua jornada normal de trabalho, e
o empregador não poderá efetuar os respectivos descontos em seu pagamento. Estes fatos estão
previstos no artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Vejamos quais são:


O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
- até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou
pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência
econômica;

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- até três dias consecutivos, em virtude de casamento;
- por cinco dias consecutivos, em caso de nascimento de filho;
- por um dia a cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;
- até dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor nos termos da lei respectiva;
- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra “c”,
do artigo 65 da Lei 4.375 de 17 de agosto de 1964;
- nos dias em que estiver comprovadamente realizando prova de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior;
- pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a Juízo. Além destes fatos
devidamente previstos em nossa legislação ordinária, não podemos deixar de citar que o empregado
também poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo de salário pelo período determinado por
motivos de saúde, limitado, porém, a 15 (quinze) dias.
Caso o empregado tenha que se afastar, por motivos de doença, por período superior a 15 (quinze)
dias, o excedente deverá ser pago pelo regulamento do Instituto Nacional do Seguro Social, a título de
auxílio-doença.
Importante ressaltar que, nos dias em que o empregado venha a ter faltas ou atrasos em sua jornada
de trabalho, e, que seja por motivos não mencionados em nossa legislação conforme explicitado supra,
o empregador terá o direito de efetuar os descontos relativos a estas ausências, podendo ainda efetuar
o desconto relativo ao Descanso Semanal Remunerado.

REGISTROS DE PRESENÇA
Neste item, vamos estudar o controle da frequência do funcionário, ou seja, o nosso tão conhecido
controle de ponto. Este controle é de suma importância tanto para o empregador quanto para o
empregado.
Para o empregador, a importância estará voltada tanto para o cumprimento de exigência legal, quanto
para pagar ou descontar, o que efetivamente couber a cada empregado.
Para o empregado, a importância estará voltada para saber o que efetivamente terá direito a receber,
seja em termos de salário normal, seja em termos de horas extraordinárias, ou ainda, se sofrerá algum
tipo de desconto inerente a eventuais faltas ou atrasos injustificados. Existem alguns tipos de controle de
ponto.

Vejamos:
- livro de ponto: recomendado para empresas de porte muito pequeno, pois este tipo de controle
carrega consigo a desvantagem de ser facilmente manipulado, além de possuir uma credibilidade não
muito grande em termos de Justiça do Trabalho;
-cartão de ponto: a marcação deste tipo de controle de ponto é feita através daquele nosso conhecido
relógio de ponto mecânico. Trata-se de tipo de controle de ponto bastante confiável, além de não ser
facilmente manipulável, pois, após marcado pelo empregado, dificilmente se consegue alterar a verdade
dos fatos ali mencionadas, sem deixar qualquer tipo de rasura;
- crachá de ponto eletrônico: trata-se de uma verdadeira tendência. Várias empresas, buscando
maior modernidade, vêm adotando este tipo de controle de ponto. O aspecto negativo deste tipo de
controle, está na facilidade de manipulação de dados.

De qualquer forma, seja qual for a modalidade de controle de ponto a ser adotada pela empresa, deve-
se fazer com que o registro de ponto seja efetuado da maneira mais confiável possível, passando
transparência aos interessados no assunto.
Importante ressaltar que deverão ser anotados no controle de ponto:
- o horário de entrada no início da jornada de trabalho;
- o horário de saída para o intervalo de refeição e descanso;
- o horário de retorno do almoço;
- o horário de saída ao término da jornada de trabalho;
- serviços externos e horário de horas extraordinárias.

Cabe-nos aqui, levantarmos as seguintes questões:


a) Será que existem empresas que estão desobrigadas de manter o controle de ponto? e
b) Será que existem empregados que estão desobrigados de marcar seu ponto diário?
Ambas as respostas são afirmativas. Tratemos inicialmente da primeira: De acordo com a
Consolidação das Leis do Trabalho, as empresas que possuam quadro de funcionários inferior a 10 (dez),

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estão desobrigadas de manterem controle de ponto. Mas, se formos estudar o assunto, questionando-
nos acerca de ser ou não recomendável a empresa manter controle de ponto mesmo possuindo menos
de 10 (dez) empregados, novamente a resposta será afirmativa.
Vale dizer: o controle de ponto é de extrema importância para a empresa, sendo absolutamente
recomendável que o mantenha, mesmo estando na “confortável” situação de não estar a tal providência
obrigada.
Já no que tange à pergunta de haver ou não empregados desobrigados da marcação de ponto, a
resposta encontra-se no artigo 62 da Consolidação das Leis do Trabalho. Este artigo determina a não
obrigatoriedade de controle de ponto àqueles funcionários que exerçam atividades incompatíveis com
este controle (Motorista Carreteiro, por exemplo), bem como àqueles funcionários que exerçam Cargo de
Confiança.

LICENÇA MATERNIDADE

A empregada gestante pode se afastar por 120 dias por motivo de parto, ou seja, 28 dias antes da
data do nascimento da criança e 92 dias depois do evento.
O Afastamento pode ser prorrogado por 2 semanas, antes e depois do parto, se houver problemas de
saúde da mãe ou da criança.
Em caso de aborto, o descanso é de duas semanas.
O período de afastamento é considerado tempo trabalhado, para todos os efeitos.
A empregada gestante não pode sofrer dispensa imotivada, desde o início da gravidez até 5 meses
após o nascimento da criança. (Verificar Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho).
No contrato de trabalho a prazo inclusive experiência, não há estabilidade quando de seu término.
A empregada durante o período de licença receberá da própria empresa o seu salário, sendo que a
parte variável será apurada de acordo com a média dos últimos 6 meses.
O salário maternidade será pago diretamente pela Previdência Social, nos termos do disposto no § 3º
do art. 72 da Lei nº 8.213, de 1991. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Os encargos com INSS e FGTS devem ser recolhidos pela empresa. (Consultar INSS).
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou
adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 13.509, de 2017).
Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis)
meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de
meia hora cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017).

ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA

O empregado quando faltar ao serviço deverá trazer atestado médico para abonar a falta.
Os quinze primeiros dias de invalidez tanto por motivo de doença ou acidente de trabalho são pagos
pela empresa.
A partir do 16º dia do afastamento o INSS é que passa a pagar o empregado.
No caso de acidente de trabalho, a empresa deve preencher a CAT (Comunicação de Acidente de
Trabalho).
A CAT deve ser emitida até o primeiro dia útil seguinte do conhecimento pelo empregador do fatídico.
O FGTS deve ser depositado durante o período que o empregado ficar afastado por acidente de
trabalho.

FÉRIAS

FÉRIAS INDIVIDUAIS:

Na forma do art. 129 da CLT, anualmente, todo empregado tem direito a um período de férias sem
prejuízo da remuneração. O empregado terá direito a férias na seguinte proporção:
I 30 (trinta) dias corridos – quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II 24 (vinte e quatro) dias corridos – quando houver faltado de 6 (seis) a 14 (quatorze) vezes;
III 18 (dezoito) dias corridos – quando houver faltado de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) vezes;
IV 12 (doze) dias corridos – quando houver faltado de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) vezes.

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O pagamento deve ser feito 2 dias antes da data prevista para o gozo.
As férias devem ser participadas por escrito ao empregado 30 dias antes de seu início.
O salário das férias equivale ao salário que o empregado teria direito em atividade, acrescido da média
das horas extras, comissões, gorjetas e demais adicionais.
As férias serão acrescidas de 1/3 de seu valor por força da Constituição Federal.
O empregador tem 12 meses para conceder as férias, após o empregado ter completado seu período
aquisitivo.
Os membros de uma família, que trabalham para o mesmo empregador, terão direito a gozar férias no
mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
Estabelece, ainda, o art. 236 da CLT, que disciplina também a matéria acima, que o empregado
estudante menor de 18 anos terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Aos menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 50 (cinquenta) anos, é proibido o fracionamento das
férias.
É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).

COMO ERA ANTES DAS MUDANÇAS DA CLT DE 2017


As férias apenas poderiam ser fracionadas em casos excepcionais, em 2 períodos, desde que um
deles não fosse inferior a 10 dias. Ainda, menores de 18 anos e maiores de 50 anos não poderiam
fracionar as férias.

COMO PASSA A SER A PARTIR DAS MUDANÇAS DA CLT DE 2017


O § 1º do art. 134 da CLT veio modificar essa realidade e passou a permitir o fracionamento das férias
em até 3 períodos, desde que um deles tenha no mínimo 14 dias corridos e os outros dois no mínimo 5
dias corridos cada. Além disso, passou a permitir que menores de 18 anos e maiores de 50 anos também
possam fracioná-las.

COMO FICA NA PRÁTICA


Tem que haver a concordância do empregado, não se trata de uma imposição, mas sim de uma
escolha do empregado.
As datas e períodos em que o empregado sairá de férias continua sendo uma deliberação do
empregador.

FÉRIAS COLETIVAS:
A empresa pode conceder férias coletivas a seus empregados desde que comunique a DRT e
Sindicato com 15 dias de antecedência, e afixe aviso geral, no estabelecimento de trabalho.
Os empregados admitidos há menos de 12 meses, gozarão na oportunidade férias proporcionais e
terão seu período aquisitivo alterado para o primeiro dia do início das férias coletivas.
O abono pecuniário de férias coletivas é objeto de acordo entre empresa e Sindicato.

ABONO PECUNIÁRIO:
Será facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário
no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes (art. 143 da CLT).
Este abono deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo, conforme
§ 1º do art. 143 da CLT.
Com relação ao abono pecuniário, reza o art. 143 da CLT que o valor deste será o correspondente à
remuneração que seria devida ao emprego nos dias correspondentes. Esclarece, ainda, a Instrução
Normativa n.º 1 de 12.10.88 do MTb, que o abono pecuniário deve incidir sobre a remuneração das férias
já acrescidas de 1/3 constitucional.
Há, porém, uma corrente doutrinária que entende que o 1/3 constitucional deve incidir somente sobre
os dias de gozo, no caso prático acima, somente sobre os 20 (vinte) dias, o que acarretaria um significativo
prejuízo ao empregado.

ART 133. NÃO TERÁ DIREITO A FÉRIAS O EMPREGADO QUE, NO CURSO DO PERÍODO
AQUISITIVO:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;(Somente,
quanto aos períodos aquisitivos em formação. Iniciando-se, por ocasião do retorno do empregado ao
trabalho, novo período aquisitivo).;

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III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por
mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
§ 1º A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência
Social.
§ 2º Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de
qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério
do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total
ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato
representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.

13º SALÁRIO - GRATIFICAÇÃO NATALINA

Todo empregado faz jus ao 13º Salário, em duas parcelas no valor de 1/12 avos da remuneração
devida em dezembro ou no mês da Rescisão, por mês de serviço.
A fração de 15 dias trabalhados no mês é considerada mês integral paro pagamento de 1/12 avos do
salário.
As faltas injustificadas serão computadas para desconto do 13º salário, considerando que só há
dedução quando o empregado não trabalhar 15 (quinze) dias no mês.
No afastamento por auxílio-doença é devido o 13º somente nos primeiros 15 (quinze) dias de
afastamento, quando a empresa é responsável, inclusive, pelo pagamento normal do salário referente a
este período.
No afastamento por acidente do trabalho, fica a empresa obrigada a pagar o 13º salário do empregado,
podendo descontar a parcela que este receber anualmente a título de abono.
Súmula 46 do TST – As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas
para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
Não terá direito ao 13º salário o empregado afastado para prestação de serviço militar.
Na rescisão contratual, é devido, independentemente do tempo de serviço ou motivo, salvo por justa
causa, conforme art. 7º do Decreto n. 57.155 de 3 de novembro de 1965.

PAGAMENTO DA 1ª PARCELA:
O pagamento da 1ª Parcela é feito entre os meses de fevereiro a novembro, ou por ocasião das férias
do empregado, se requerida em janeiro do correspondente ano, no valor equivalente à metade do salário
do mês anterior.
Incidência de FGTS sobre o valor da 1ª parcela do 13º.Salário, com recolhimento juntamente com os
salários do mês do pagamento. SALÁRIO VARIÁVEL:
Os empregados que recebem salário variável, o 13o.Salário será calculado pela média das comissões
ou percentagens recebidas nos últimos 12 meses.

SALÁRIO MISTO:
Os que percebem salário misto terão a primeira parcela do 13º Salário equivalente a soma da média
da comissão, acrescida do fixo, dividido por dois.

PAGAMENTO DA 2ª.PARCELA:
A segunda parcela do 13º Salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro,
As horas extras, adicional noturno e gratificação habitual integram o 13º.Salário.
Incidência de FGTS sobre o valor da 2ª. parcela do 13º.Salário, com recolhimento juntamente com os
salários do mês de dezembro.
Incidência de INSS sobre o valor integral do 13º Salário, com recolhimento dia 20/12.
Incidência de IRRF sobre o valor integral do 13º Salário, com recolhimento no 3º.dia da semana
seguinte ao recebimento do mesmo.

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MOVIMENTAÇÃO

Sobre a movimentação é importante considerar:

PROMOÇÕES
O crescimento da empresa torna-se muito mais seguro e sustentável quando um quadro profissional
capaz cresce com ela. Promover pessoas é condição fundamental não só para esse crescimento da
organização mas também para a manutenção do nível de estímulo e motivação.
A promoção, juntamente com a contratação, é atividade das mais estratégicas em RH e deve ser
levada com a devida seriedade. Não é atividade das mais fáceis, entretanto. Promover a pessoa errada
causará problemas que tenderão a se estender por longo tempo e, o que é pior, às vezes de modo
invisível.

Decisões de promoção

Como decisões estratégicas, as promoções requerem cuidados especiais. Alguns comportamentos


são usualmente recomendados:
- Havendo uma vaga, primeiro se dá oportunidade a quem está dentro – isso é uma questão de
lealdade para com a equipe. Muitas vezes se opta por buscar alguém de fora, para evitar problemas
“políticos” no interior da equipe, quando, por exemplo, há dois fortes pretendentes ao cargo. Isso é um
erro. A solução de um problema, no caso, pode criar outro pior, pois os dois pretendentes ficarão
contrariados e a entrada de alguém de fora quando há gente qualificada dentro será “um banho de água
fria” na motivação da equipe.
- A existência da vaga e de pretendentes, entretanto, não justifica a promoção de alguém
despreparado. O pretendente tem de estar à altura, pois, a decisão paternalista de dar oportunidade a
alguém incapaz resultará em fracasso total ou parcial da pessoa, com enormes problemas de motivação
e de produtividade para a organização.
- Uma análise isenta e aprofundada deve ser feita para verificar se realmente não há ninguém capaz
na equipe, antes de procurar alguém de fora. As ideias pré-concebidas devem ser deixados de lado, deve-
se consultar o pessoal de RH, realizar conversas internas cuidadosas e sérias, intra e
interdepartamentais, antes da decisão.
- Em caso de buscar gente de fora para o cargo, uma excelente comunicação com o pessoal tem
de explicar com clareza a decisão.
- O candidato interno deve ter a qualificação requerida: emocional, intelectual e comportamental.
Para avaliar se ele a tem, recorre-se à a avaliação de seu desempenho pregresso e também a testes, se
necessário.
- Igualmente as promoções internas devem ser seguidas de excelente comunicação.
- Quando há mais que um pretendente, aquele ou aqueles que foram preteridos tem de receber
atenção especial na comunicação. Se de um lado a empresa tem de dar preferência a gente interna, os
preteridos também têm de saber compreender as razões organizacionais – isso faz parte de seu perfil de
competência, para futuras oportunidades.
- Competência e motivação para a função são os critérios mais pesados na promoção. Havendo
igualdade quanto a esses outros critérios de desempate entram em cena: antiguidade, idade, etc. Todos
têm de ser legítimos, certamente, e o julgamento deve ser imparcial.

Problemas das promoções


Dificilmente as promoções transcorrem de modo absolutamente livre dos problemas. O processo de
promoção pode ser visto em diferentes fases, a saber:

1 - Abertura da vaga
2 – Avaliação de potenciais pretendentes
3 - Escolha
4 - Efetivação
5 – Consolidação

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Em todas as etapas os problemas podem aparecer. Exemplo:

Abertura da vaga
O posto que se está visualizando é efetivamente sólido? Eventualmente as empresas são erráticas na
estrutura organizacional e criam cargos que não se sustentam. O que acontece quando alguém é
promovido a um cargo desses? Frustração, decepção e eventualmente perda de gente boa.

Avaliação de potenciais pretendentes


Vontade de crescer e qualificação para isso são coisas diferentes. Qualquer julgamento errado na
avaliação poderá resultar em colocar a pessoa errada no cargo,

Escolha
Paternalismo, preferências pessoais, e outros males do gênero levam a escolhas erradas e
incoerentes. Após a escolhe de alguém, porém, os problemas não desaparecem: surge a inveja e
eventuais mágoas a serem administradas.

Efetivação
A mudança de posição de alguém leva a rupturas na produtividade, nos arranjos organizacionais, na
dinâmica do grupo.

Consolidação
Há a experiência com a vida real, com as funções reais, que são bem diferentes das imaginadas. É aí
que o teste final se realiza, não sem problemas.
Em síntese, promover é necessário, desejável e até agradável, mas, as promoções têm de ser
eficientemente administradas.

A valorização da promoção
O que se faz quando alguém é promovido? Muitas vezes a própria comunicação da promoção é
sumária, incompleta, precária. Ora, a promoção deve ser valorizada. Uma boa ideia é criar um ritual, um
cerimonial que chame a atenção positivamente, afete de modo construtivo a estima do colaborador,
mostre aos outros o processo promocional sob uma perspectiva boa.

SUCESSÃO
Nos dias de hoje o medo de perder o emprego impera em muitas empresas. Isso traz efeitos bastante
negativos para a produtividade e o desenvolvimento da organização a médio e longo prazo. Entre outros
problemas, o medo do desemprego faz com que muitos gestores se aferrem aos seus cargos com unhas
e dentes e façam esforços para impedir que outros sejam capazes de vir a ocupá-los. Isso é: os gestores
acabam deixando de cumprir bem uma tarefa que é sua, que é a de preparar gente para crescer na
empresa.
Um bom gestor cuida de ter uma equipe que funcione perfeitamente bem caso ele seja obrigado a se
ausentar, ainda que por períodos maiores. Para que ele possa fazer isso de modo confiante, é necessário
que também se preocupe com o seu próprio desenvolvimento profissional. Ele poderá deixar os outros
subirem – e subirá também.

A necessidade de renovação
O nível de mobilidade dentro das organizações varia em função da cultura, do meio em que a empresa
está, das oportunidades que ela própria tem para crescer, da tecnologia etc. Nem sempre o desejável é
o que se realiza em termos de oportunidades. Mas, com maior ou menor grau, a renovação se faz
necessária e o gestor é responsável por ela.
A renovação pode dar-se:
- Por promoção dentro do departamento;
- Por promoção para outras áreas dentro da empresa;
- Por mudanças de cargos, na linha horizontal, dentro ou fora do departamento;
- Por mudanças de função dentro dos mesmos cargos.

Há aquela renovação necessária, puxada pela estratégia da organização e há aquela provocada, com
a finalidade de manter níveis de produtividade e satisfação maiores. O gestor não só deve responder bem
quando a empresa exige renovação estratégica mas também dever manter as coisas em movimento –
isto é, deve criar oportunidades de renovar, para manter o ambiente interno dinâmico.

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Isso requer que haja preparação para a sucessão, seja no cargo do gestor, seja nos cargos que ficam
abaixo do seu, na hierarquia. Então, deve haver uma permanente orientação para a sucessão.

Alternativas internas de carreira

Uma conversa franca e desarmada entre gerente e colaborador deve indicar os possíveis rumos da
carreira do último. Há oportunidades dentro do departamento? O que é necessário para habilitar-se para
elas? Qual é o grau de preparação atual do colaborador? O que mais ele deve fazer para ficar pronto?
Não havendo oportunidades internas no horizonte, o que se pode obter fora da área, dentro da empresa?
Daí vem uma questão fatal: quem é potencialmente o sucessor do colaborador? Esse está recebendo
o devido preparo para a ocupação do cargo? Isso é fundamental.

Lidando com os “velhos”

Eventualmente a empresa se vê às voltas com o “envelhecimento” do quadro. Pessoas com muitos


anos de casa (não necessariamente com idade elevada) passam a ser a regra. Nada errado com isso se
essas pessoas se mantêm em processo de aprendizagem, dinâmicas, motivadas para a mudança e para
o crescimento. Nem sempre é o que ocorre, entretanto. Muitas vezes ficam operando na chamada “zona
de conforto”, isto é, psicologicamente adormecidas, “cumprindo tabela”. É necessário, em benefício
dessas próprias pessoas, que elas saiam dessa armadilha psicológica e que passem a buscar o
crescimento, única maneira de se preservarem como profissionais capazes. Essas pessoas têm de se
tornar capazes de moverem-se dentro da organização, seja verticalmente, seja horizontalmente e
precisam também perder o medo de criar sucessores.
A conscientização dessa necessidade é o caminho. No primeiro momento, o medo tende a prevalecer,
mas, com boas conversas a maioria acaba assumindo posturas mais proativas.

A movimentação interna pode trazer significativas alterações salariais. Veja:

Alterações Salariais
O Sistema de Administração de Cargos e Salários prevê as seguintes situações que poderão gerar
alterações salariais:
-Fim do período de experiência
-Promoção Vertical (promoção para um cargo maior)
-Promoção Horizontal (aumento de salário por merecimento, no mesmo cargo)
-Transferência para outro cargo
-Reclassificação do cargo

Salário Após o Período de Experiência


Em casos específicos, em que o funcionário tenha sido contratado com a condição de ter um reajuste
após o período de experiência, o salário do funcionário será reajustado para o nível previamente acertado
na contratação.

Promoção Vertical
Os aumentos por promoção vertical são concedidos aos funcionários que passam a ocupar cargos
incluídos numa Classe superior à Classe atual do cargo, dentro da estrutura de cargos e salários.
A promoção vertical está vinculada à existência de vaga no quadro de funcionários (caso de Auxiliares,
Assistentes, Analistas, por exemplo), ou poderá ocorrer em função da necessidade de preenchimento de
uma vaga em aberto (caso de Encarregados, Supervisores, Gerentes, por exemplo).

Promoção Horizontal (aumento por mérito)

O aumento por promoção horizontal pode ser concedido ao funcionário que apresentar desempenho
que o destaque significativamente dos demais ocupantes do mesmo cargo ou dentro de uma equipe de
trabalho. É uma alteração do salário do funcionário dentro da Faixa Salarial da Classe correspondente ao
seu cargo.
Os aumentos decorrentes da promoção horizontal podem ser concedidos em qualquer mês do ano e
devem se ajustar ao orçamento definido para essa finalidade. Um funcionário só pode receber nova
promoção horizontal após o período mínimo de um ano.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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Quando o cargo pertencer a uma carreira específica, como auxiliares, assistentes e analistas, o
funcionário só poderá ser promovido verticalmente 6 meses após receber uma promoção horizontal,
desde que preencha os requisitos necessários.
Os Gerentes e Coordenadores são responsáveis pela administração do orçamento para promoções
horizontais. Portanto, deverão definir o percentual de aumento individual a ser concedido em cada caso.
O percentual recomendado para os casos de promoção horizontal varia entre 5% e 8%. Em casos de
desempenho destacado este percentual poderá chegar a 12%.
É recomendado analisar com cuidado cada promoção horizontal, visando a evitar a criação de
problemas de relatividade interna posteriormente.

Transferência de cargo

Ocorre uma transferência quando o funcionário passa a ocupar um cargo em outra área. Por exemplo,
um Assistente que é transferido da área industrial para a área administrativa. Uma transferência
geralmente não significa que o funcionário receberá um aumento de salário. Se a transferência for para
um cargo de uma classe superior à classe do cargo atual, serão aplicadas as mesmas regras definidas
para os casos de promoção vertical.
Se a transferência for para um cargo da mesma classe, e for necessário um aumento de salário para
um melhor posicionamento do salário do funcionário na faixa salarial, serão aplicadas as mesmas regras
definidas paras os casos de promoção horizontal.

Reclassificação do cargo

Ocorre um reajuste salarial por reclassificação quando um cargo recebe atribuições adicionais, de
maior complexidade e responsabilidade e que exijam maior conhecimento do que as atribuições atuais,
justificando uma reclassificação do cargo para uma classe mais alta na estrutura de cargos.

Ajustes de mercado

São alterações salariais com o objetivo de alinhar o salário do cargo com os padrões de mercado,
constatados por meio de pesquisa de remuneração. O ajuste de mercado pode ocorrer como
consequência de um reajuste nas tabelas salariais para alinhamento com o mercado ou apenas para
alinhar os salários de determinados cargos.

DEMISSÃO - A RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

A rescisão de contrato de trabalho ou resilição é o encerramento do vínculo empregatício onde se


relaciona empregado e empregador, este encerramento pode ocorrer pelo empregador ou pelo
empregado, isso ocorre quando há algum descumprimento das atividades, como por exemplo, término
de contrato, falecimento, falta grave, abandono de empregado, entre outros, ou por parte do empregado
como o pedido de demissão ou rescisão indireta.
Podem existir diversos motivos e classificações para uma rescisão de contrato de trabalho, sendo
assim Martins (2007) destaca as mais utilizadas, sendo elas:

Dispensa sem justa causa: acontece decorrente a vontade do empregador, independente da vontade
do empregado, vale ressaltar que não se pode fazer dispensa se o empregado possuir estabilidade de
emprego.

Dispensa por justa causa: ocorre quando há falta grave pelo empregado como, por exemplo, o
abandono de emprego, desvio de mercadorias, entre outros.

Pedido de demissão: Hoje, na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), constam as seguintes
formas de demissão. Em cada uma delas, o funcionário recebe verbas rescisórias diferentes.
Quando a empresa o demite sem justa causa, ele leva saldo de salário, décimo terceiro proporcional,
férias e aviso prévio. O trabalhador também tem direito de sacar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) completo, com 40% de multa, e o seguro-desemprego. É o cenário em que ele ganha
mais verbas rescisórias.
Se pede demissão, o profissional tem tudo mencionado anteriormente (dias trabalhados, férias, 13°
salário proporcionais), exceto FGTS e seguro-desemprego.

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Por fim, se a empresa o demite por justa causa (recurso considerado a “pena de morte do
trabalhador”), ele ganha apenas o saldo de salário daquele mês e eventuais férias vencidas. Todos os
outros direitos são perdidas.
A “demissão consensual”, presente no artigo 484-A da reforma trabalhista, chega para fazer frente
a esse cenário. Com ela, profissionais demitidos em comum acordo com a empresa recebem, além das
verbas a que teriam direito caso se demitissem normalmente, metade do valor referente ao aviso prévio,
20% da multa do FGTS e podem movimentar até 80% do saldo do fundo. O seguro-desemprego, contudo,
não entra na lista.

AS DEMISSÕES

Gestores mais novos, principalmente, os que ainda não passaram pela experiência, sentem-se
particularmente angustiados em demitir algum funcionário. Usualmente sentem culpa que, embora
indevida, afeta emocionalmente. Por outro lado, o demitido nem sempre tem uma reação cem por cento
madura, o que traz riscos de ampliação da culpa por parte do gestor. É importante considerar também
que as demissões sempre trazem riscos. O descontentamento e a mágoa que delas decorrem sempre
podem levar os demitidos a ações de compensação, justas ou não, como os processos trabalhistas ou a
busca de causar prejuízo à empresa, de algum modo. Por isso é necessário realizar a demissão da melhor
maneira possível, a fim de minimizar o custo das demissões.

CUSTO DAS DEMISSÕES

Num cálculo simples, poderíamos dizer que a admissão de um colaborador, em empresa organizada
que busca processos racionais de seleção, tem um custo que varia de um a dois salários do admitido.

Some-se a isso o tempo de treinamento inicial no trabalho, no qual o novo colaborador será pouco
produtivo. E os custos trabalhistas da demissão tem de ser incluídos: 40% sobre o fundo de garantia,
aviso prévio – e outros. Por fim, somem-se os gastos que o período da demissão acarretam, com a ruptura
das funções.
Em síntese, demitir custa caro e o ideal é fazer o menor número de demissões possível, visando
desestabilizar a empresa o mínimo possível.

ESGOTANDO AS POSSIBILIDADES DE RETENÇÃO DO COLABORADOR

Um princípio básico diz que ninguém deve ser surpreendido com a demissão por desempenho ou
comportamento inadequado. Isto quer dizer que, antes de demitir, o gestor deve fazer um conjunto de
advertências claras e específicas ao colaborador, o que dará a ele a oportunidade de mudar para melhor,
salvando-se da demissão.

Além disso, antes de demitir, o gestor deve verificar se há razão real e justificável para isso e se não
há alternativa para retenção do colaborador.

Vejamos alguns exemplos de ideias que podem ser exploradas:

Analisando melhor possíveis demissões

Causa Possibilidade a estudar


Problemas de relacionamento-Busca de ajuda para aconselhamento ou terapia
-Transferência intra ou interdepartamental
Problemas de desempenho -Busca de função diferente
-Reorganização das funções
-Treinamento intensivo específico
Desmotivação ou -Enriquecimento da função, com agregação de novas
desinteresse responsabilidades e maiores exigências
-Mudança de função
-Treinamento para outras funções

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Por fim, não é necessário dizer que ninguém deve ser demitido por razões subjetivas e caprichosas.
Questões de simpatia e antipatia, por exemplo, não devem servir de base para a gestão. O gestor tem de
aprender a manter sua objetividade e superá-las, seja por uma questão de ética profissional, seja para o
bem de sua carreira e dos resultados da empresa a longo prazo.

Condução do processo de demissão

Esgotadas todas as possibilidades, a demissão tem de ser feita. Nesse caso, é conveniente fazer uma
apreciação objetiva da situação, deixando-se de lado culpas injustificáveis e emotividade, pois isso só
traz pioras para o processo.

As seguintes recomendações podem ser consideradas:


Deve-se levantar todas as informações relevantes com antecedência, sobre o empregado, seus
direitos, o processo de demissão, o trabalho;
-Não se deve tratar o empregado como inimigo, simplesmente pelo fato de estar ele sendo desligado,
espera-se que as boas relações continuem e que outras parcerias possam ser realizadas futuramente;
-A comunicação deve ser clara e precisa, evitando-se explicações e justificativas inúteis;
-Não se deve tentar suavizar a situação, com finalidade de reduzir o impacto emocional para o
demitido;
-Tampouco se deve apresentar as coisas de modo dramático – a demissão é um ato natural do
processo de trabalho;
-Devem ser evitadas acusações de todos os tipos, deixando-se que o enfoque recaia sobre a demissão
em si e não sobre suas causas;
-Em caso de mau desempenho ou comportamento indevido, isso não deve ser objeto de discussão,
mas o gestor deve ser simples e direto, assumindo a responsabilidade pela decisão;
- Todo o apoio que a empresa puder oferecer para a recolocação do profissional deve ser oferecido;

Por fim, devem ser evitadas as medidas de segurança humilhantes e ineficientes que algumas
empresas adotam, como evitar a entrada do colaborador na empresa ou na área de trabalho, retirada do
seu microcomputador de trabalho.

Questões

01. (CETESB - Analista Administrativo - Recursos Humanos - Pessoal – VUNESP) Entre as


funções mais importantes da área de pessoal ou do departamento de pessoal, pode-se destacar
(A) a avaliação de cargos.
(B) a folha de pagamento.
(C) o controle de qualidade.
(D) a eleição da CIPA.
(E) o acompanhamento de greves.

02. (EPE - Analista de Gestão Corporativa - Recursos Humanos – CESGRANRIO) Qual


contribuição sindical é descontada pelos empregadores, na folha de pagamento do mês de março de
cada ano, independentemente da concordância dos empregados e equivalente à remuneração de um dia
de trabalho?
(A) Mensalidade
(B) Contribuição confederativa
(C) Contribuição negocial
(D) Contribuição assistencial
(E) Contribuição compulsória

Respostas

01. Resposta: B
A folha de pagamento é um documento de extrema importância para o departamento pessoal, pois é
nesse documento que a empresa contabiliza todos os lançamentos efetuados aos pagamentos e
descontos efetuados na remuneração dos funcionários. Devendo ser elaborado de maneira simples e
objetiva, principalmente porque o público alvo dos lançamentos ali efetuados (os funcionários), são

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pessoas que não possuem os conhecimentos técnicos necessários para compreender tudo o que ali é
lançado.

02. Resposta: E
A contribuição sindical está estabelecida nos artigos 578 e seguintes do Estatuto Consolidado. É a
contribuição prevista em lei: "A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei."
Trata-se de uma contribuição compulsória, o que significa dizer que, todos aqueles que pertencerem
a uma categoria deverão realizar o pagamento desta contribuição, ainda que não sindicalizados.

Questões

01. (COBRA Tecnologia S/A (BB) - Técnico Administrativo – ESPP) São funções do departamento
pessoal as relacionadas abaixo, exceto:
(A) Admissões de novos empregados.
(B) Demissões de empregados.
(C) Folha de pagamento.
(D) Treinamento de pessoal.

02. (CETESB - Analista Administrativo - Recursos Humanos - Pessoal – VUNESP) Entre as


funções mais importantes da área de pessoal ou do departamento de pessoal, pode-se destacar
(A) a avaliação de cargos.
(B) a folha de pagamento.
(C) o controle de qualidade.
(D) a eleição da CIPA.
(E) o acompanhamento de greves.

03. (UPE - Administrador - UPENET/IAUPE/2017) Nas organizações, há uma separação dos


departamentos, ficando a cargo do Departamento de Pessoal tratar de assuntos somente relacionados a
sua área, e o de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas, também tratar somente de assuntos que lhe
dizem respeito.
Com relação às especificidades das atividades das duas áreas, numere a 2ª coluna de acordo com a
1ª.

1. Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas


2. Departamento Pessoal

( ) Recrutamento e Seleção de Pessoal


( ) Admissão de Pessoal
( ) Compensação de Pessoal
( ) Políticas e Gestão de RH
( ) Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas
( ) Desligamento de Pessoal
( ) Avaliação e Melhorias

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


(A) 1-1-2-2-1-1-2
(B) 2-1-2-1-2-2-1
(C) 1-2-1-1-1-2-2
(D) 2-2-1-2-1-1-1
(E) 1-2-2-1-1-2-1.

04. (EPE - Analista de Gestão Corporativa - Recursos Humanos – CESGRANRIO) Uma nova
assistente do Departamento de Pessoal cometeu um erro de anotação na CTPS de um trabalhador.
Dentre as ações abaixo, qual configura um erro de anotação cometido pela funcionária?
(A) Atender à solicitação do empregado de fornecer os dados constantes de sua ficha de anotações.
(B) Exigir do empregado a apresentação da CTPS antes do período de gozo de férias.

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(C) Encaminhar o empregado para alterar o registro do seu estado civil no Ministério do Trabalho e
Emprego.
(D) Realizar as anotações de correção salarial somente na ficha de anotações do DP.
(E) Registrar uma doença profissional quando da apresentação do atestado médico.

05. (TRT – 5ª Região/BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa- FCC) A Consolidação das
Leis do Trabalho apresenta regras que classificam e apresentam características dos contratos individuais
de trabalho, segundo as quais é correto afirmar que:
(A) O empregador poderá exigir do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo
superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade, para fins de contratação.
(B) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados, criando novas regras contratuais a partir dessas mudanças.
(C) O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando de contrato de experiência pelo
prazo máximo de (120) cento e vinte dias.
(D) As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas
em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que
lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
(E) O contrato de trabalho por prazo determinado poderá, tácita ou expressamente, ser prorrogado até
três vezes, sem que passe a vigorar por prazo indeterminado.

Respostas

01. Resposta: D
Recursos Humanos: cuida das pessoas, planejamento sobre as remunerações e benefícios,
recrutamento e seleção de pessoas, pesquisa e melhora o clima organizacional, treinamento e
desenvolvimento de pessoal, motivação, liderança e relacionamento interpessoal.
Departamento Pessoal: responsável pela parte burocrática da contratação, da demissão e da
remuneração (folha de pagamento), cumprir a legislação trabalhista.

02. Resposta: B
A folha de pagamento tem grande destaque quando falamos de departamento pessoal, sendo esta
uma das suas principais responsabilidades.

03. Resposta: E
Tome por base o que já foi explicado na questão 1.

04. Resposta: E
Isso porque esta alternativa foi a única que apresentou um ponto incorreto de se anotar na CTPS. As
demais alternativas trazem ações corretas referentes ao Departamento Pessoal.

05. Resposta: D.
(A) O empregador poderá exigir do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo
superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade, para fins de contratação. – INCORRETO.
Fundamentação legal: Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a
emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de
atividade.
(B) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados, criando novas regras contratuais a partir dessas mudanças. –
INCORRETO. Fundamentação legal: Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
(C) O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando de contrato de experiência pelo
prazo máximo de (120) cento e vinte dias. – INCORRETO. Fundamentação legal: O contrato de
experiência é uma espécie de contrato por prazo determinado e pode ser firmado até o prazo máximo de
90 dias.
(D) As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas
em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que
lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. – CORRETO. Fundamentação legal:
art. 444.

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(E) O contrato de trabalho por prazo determinado poderá, tácita ou expressamente, ser prorrogado até
três vezes, sem que passe a vigorar por prazo indeterminado. – INCORRETO. Fundamentação legal: Art.
451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais
de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.

estoque e almoxarifado;

ESTOQUES

O estoque representa uma armazenagem de mercadorias com previsão de uso futuro. Tem, como
objetivo, atender a demanda, assegurando a disponibilidade de produtos. Sua formação é onerosa, uma
vez que representa de 25% a 40% dos custos totais.
Com o propósito de se evitar o descontrole financeiro, é necessário que haja uma sincronização
perfeita entre a demanda e a oferta de mercadorias. Como isso é impossível, deve-se formar um estoque
essencialmente para atender a demanda, minimizando seus custos de formação.

Classificação dos estoques

Estoques de Matérias-Primas (MPs)


Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo
da empresa. São itens iniciais para a produção.

Estoques de Produtos em Elaboração ou Processamento


Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias - são
constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o
processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado - por não serem mais MPs iniciais - nem
no depósito - por ainda não serem produtos acabados.

Estoques de Produtos Acabados


Referem-se aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente.
Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases.

Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de uma fábrica para um centro de distribuição.

Estoques em Consignação
Estoque de produtos com um cliente externo que ainda é propriedade do fornecedor. O pagamento
por estes produtos só é feito quando eles são utilizados pelo cliente.

Finalidades

Abaixo descrevemos as diversas finalidades dos estoques:

Melhora do nível de serviço oferecido


Os estoques auxiliam no marketing da empresa, uma vez que podem ser oferecidos produtos com
mais descontos, com quantidades mais adequadas, com mais vantagens para os clientes que precisam
de fornecimento imediato ou de períodos curtos de ressuprimento.
Isso representa maiores vantagens competitivas, diminuição nos custos e maiores lucros nas vendas.

Métodos geradores de eficiência no manuseio


A geração de pequenos lotes de compras implica maiores custos de fretes, uma vez que não há volume
suficiente para obter descontos oferecidos aos maiores lotes.

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Outra finalidade dos estoques é possibilitar descontos no transporte de grandes lotes equivalentes
à capacidade dos veículos, gerando, assim, fretes menores.

Proteção contra oscilações na demanda ou no tempo de ressuprimento


Devido à impossibilidade de se conhecerem as demandas pelos produtos ou seus tempos de
ressuprimento de maneira exata no sistema logístico e, para garantir a disponibilidade do produto, deve-
se formar um estoque adicional (estoque de segurança). Este é adicionado ao estoque regulador para
atender às necessidades da produção e do mercado.

Proteção contra situações inesperadas


Algumas situações inesperadas podem atingir as empresas de maneira inesperada. Por exemplo:
greves, incêndios, inundações, etc. A manutenção do estoque de reserva é uma maneira viável de garantir
o fornecimento normal nessas ocasiões.

Custos do Estoque
• Custo de colocação do pedido: custo da operação de compra
• Descontos de preços para quantidades: pequenas compras podem ser mais caras
• Custo pela falta de estoque: suprimento de emergência sempre é muito caro
• Custo de capital de giro: contrair empréstimo para fazer estoque
• Custo de armazenagem: custo da operação de armazenagem
• Custo de obsolescência: estocagem por longos períodos corre este perigo

Sendo assim, todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são: juros;
depreciação; aluguel; equipamentos de movimentação, deterioração; obsolescência; seguros; salários;
conservação.

Todos eles podem ser agrupados nas seguintes modalidades:


-custos de capital (juros, depreciação);
-custos com pessoal (salários, encargos sociais);
-custos com edificação (aluguéis, impostos, luz, conservação);
-custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).

CONTROLE DE ESTOQUES

Princípios básicos para o controle de estoques

Para se organizar um setor de controle de estoque, inicialmente deveremos descrever suas


principais funções:

1. Determinar o que deve permanecer em estoque. Número de itens;


2. Determinar quando se deve reabastecer o estoque. Prioridade;
3. Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-determinado;
4. Acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque;
5. Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
6. Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre sua posição;
7. Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;
8. Identificar e retirar do estoque os itens danificados.
9. Existem determinados aspectos que devem ser especificados, antes de se montar um sistema de
controle de estoque.
Um deles refere-se aos diferentes tipos de estoques existentes em uma fábrica. Os principais tipos
encontrados em uma empresa industrial são: matéria-prima, produto em processo, produto acabado e
peças de manutenção.

Controle de Estoque pelo Tipo de Demanda

Os estoques podem ser controlados, adotando-se diversos tipos de critérios.


Se considerarmos a natureza de sua demanda, teremos as seguintes classificações:

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• Estoques de demanda permanente: são estoques daqueles produtos que requerem ressuprimento
contínuo, pois seus produtos são consumidos durante todas as fases do ano. Ex: creme dental;

• Estoques de demanda sazonal: são estoques de produtos comercializados em determinados


momentos do ano. Ex: Árvores de Natal;

• Estoques de demanda irregular: são estoques cuja venda de seus produtos não pode ser prevista
na íntegra. Ex: automóveis a gasolina x automóveis a álcool;

• Estoques de demanda em declínio: ocorre no caso de produtos que estão sendo retirados do
mercado em razão do declínio da demanda. Ex: Fitas VHS x DVDs;

• Estoques de demanda derivada: ocorrem no caso de itens que são usados na linha de produção
de alguns produtos acabados. Ex: Pneus de automóveis em razão das vendas do produto acabado, que
é o automóvel.

Técnicas de Controle de Estoque

Os métodos mais tradicionalmente utilizados são os seguintes:

• Empurrar estoques (push): utilizado, quando há mais de um depósito no sistema de distribuição.


Ocorre quando o que é vendido é maior que a necessidade dos estoques.

• Puxar Estoques (pull): Apenas o estoque necessário para se atender a demanda daquele produto
precisa ser mantido. As quantidades mantidas tendem a ser menores do que no método push.

• Ponto de Reposição (estoque mínimo): objetiva reduzir os custos de manutenção de estoques,


mas sem correr o risco de não se atender a demanda. O objetivo é encontrar o nível ótimo de estoques
para um determinado produto. Para isso, é necessário que o estoque esteja devidamente controlado e
que determine o ponto de reposição (PR).

Principais informações proporcionadas pelo controle


- Dados cadastrais do fornecedor.
- Preço médio do item controlado.
- Quantidades de materiais em estoques, na data do levantamento.
- Data da última aquisição e preço pago.
- Quantidades máximas e mínimas a serem consideradas com relação aos estoques disponíveis.
- Cálculo sobre as possibilidades do estoque em relação ao consumo médio.
- Dados estatísticos de consumo por área da organização e/ou dados globais.
- Áreas da organização (departamento, divisão, setor, seção etc.) que utilizam o material, datas de
fornecimentos, quantidades, custos e outras informações relevantes sobre o material requisitado.
- Tipo de acondicionamento do material, embalagem de apresentação, de comercialização e de
movimentação, unidade (caixa, cento, dúzia, metro etc.) e observações gerais sobre a apresentação,
aspecto, conservação etc.
- Observações gerais sobre o comportamento do material no estoque e/ ou na linha de produção,
conforme ocorram devoluções ou outras situações registradas pela área de materiais.

Uma política inteligente nos estoques

A ausência de padronização nos materiais adquiridos pelo Serviço Público, por exemplo, ocasiona um
aumento considerável de itens com a mesma finalidade. Produtos, cujos fins e metodologia de ação estão
ultrapassados, são adquiridos muitas vezes a preços absurdos, para satisfazer necessidades pouco
significativas. Esse procedimento "incha" o Almoxarifado ocasionando um desgaste desnecessário de
pessoal e de maquinário.
Quando se fala de uma política inteligente de estoques, não estamos apontando apenas para as
formas de estocagem, mas na maneira de compra que gera esse estoque. Estocar produtos
ultrapassados implica em aumento de gastos e dispêndio de recursos que poderiam ser utilizados de
outra forma.

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Comprar demais para não perder a verba, comprar sem realizar uma avaliação criteriosa do consumo,
e sem levar em conta as normas mínimas de segurança, fazem do Almoxarifado um lugar cheio de
produtos, mas vazio de utilidade.
Uma Política Inteligente de Estoque é aquela que respeita os limites físicos do Almoxarifado e o
dinheiro do contribuinte, atendendo a todas as necessidades, sem desperdício.

Controle do estoque mínimo

Quando uma determinada unidade requisita um material é porque necessita dele naquele momento.
Não atender a um pedido pode ocasionar a paralisação de um determinado setor ou trabalho. É muito
desagradável quando, por ausência de um estoque mínimo de segurança, não se pode cumprir a função
básica de qualquer Almoxarifado: suprir.
Para evitar que isso ocorra, basta que se tenha um ESTOQUE MÍNIMO de itens como garantia mínima
de fornecimento. Estoque mínimo, ou estoque de segurança, tem a função de assegurar que não
ocorra falta de um determinado item, cobrindo eventuais atrasos derivados dos processos de compra.
Serve como um pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.

Pode-se determinar o estoque mínimo através de:


a) projeção estimada do consumo;
b) cálculos e módulos matemáticos.

Baseando-se nos consumos anteriores é possível se estabelecer uma projeção estimada de cada item,
ou grupo de itens, por período. Lançando mão desses dados pode-se estimar os níveis de consumo e a
partir dessa estimativa determinar o valor do estoque de segurança.
Há uma considerável quantidade de maneiras e fórmulas para o cálculo do estoque mínimo.
Ressaltaremos a mais simples, mas capaz de fornecer àquele que cuida do controle das quantidades,
condições de calcular matematicamente seus estoques de segurança.

FÓRMULA SIMPLES

E.Mn = C x K

onde: E.Mn = estoque mínimo


C = consumo médio mensal
K = fator de segurança arbitrário com o qual se deseja garantir contra um risco de ausência.
O fator K é arbitrado, ele é proporcional ao grau de atendimento desejado para o item.
Por exemplo: se quisermos que determinada peça tenha um grau de atendimento de 90%, ou seja,
queremos uma garantia de que somente em 10% das vezes o estoque desta peça esteja a zero; sabendo
que o consumo médio mensal é de 60 unidades, o estoque mínimo será:
E.Mn = 60 x 0,9
E.Mn = 54 unidades.

Observe também os seguintes conceitos como método de análise de renovação dos estoques
(Níveis de Estoque):

a) Consumo Médio Mensal (c) - média aritmética do consumo nos últimos 12 meses;

b) Tempo de Aquisição (T)- período decorrido entre a emissão do pedido de compra e o recebimento
do material no Almoxarifado (relativo, sempre, à unidade mês);

c) Intervalo de Aquisição (I)- período compreendido entre duas aquisições normais e sucessivas;

d) Estoque Mínimo ou de Segurança (Em)- é a menor quantidade de material a ser mantida em


estoque capaz de atender a um consumo superior ao estimado para um certo período ou para atender a
demanda normal em caso de entrega da nova aquisição. É aplicável tão somente aos itens indispensáveis
aos serviços do órgão ou entidade. Obtém-se multiplicando o consumo médio mensal por uma fração (f)
do tempo de aquisição que deve, em princípio, variar de 0,25 de T a 0,50 de T;

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e) Estoque Máximo (EM) - a maior quantidade de material admissível em estoque, suficiente para o
consumo em certo período, devendo-se considerar a área de armazenagem, disponibilidade financeira,
imobilização de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento, obsoletismo etc. Obtém-se
somando ao Estoque Mínimo o produto do Consumo Médio Mensal pelo intervalo de Aquisição;

f) Ponto de Pedido (Pp) - Nível de Estoque que, ao ser atingido, determina imediata emissão de um
pedido de compra, visando a recompletar o Estoque Máximo. Obtém-se somando ao Estoque Mínimo o
produto do Consumo Médio Mensal pelo Tempo de Aquisição;

g) Quantidade a Ressuprir (Q) - número de unidades adquirir para recompor o Estoque Máximo.
Obtém-se multiplicando o Consumo Médio Mensal pelo Intervalo de Aquisição.

As fórmulas aplicáveis à gerência de Estoques são:


a) Consumo Médio Mensal c = Consumo Anual / 12
b) Estoque Mínimo Em = c x f
c) Estoque Máximo EM = Em + c x I
d) Ponto de Pedido Pp = Em + c x T
e) Quantidade a Ressuprir Q = C x I

Manutenção dos estoques

A movimentação dos materiais deve sempre ser realizada com máxima cautela e segurança, a fim de
evitar perdas de materiais e, ainda, acidentes de trabalho. Para que o manuseio seja efetuado de forma
segura, alguns pontos devem ser destacados e observados, obrigatoriamente, por todos os responsáveis:
• Os materiais paletizados com maior peso deverão ser alocados no chão, apenas sobre o pallet. Ou
seja, não deverá ser alocado nos primeiros ou segundos níveis das estruturas porta-pallets;
• Não é permitido o acondicionamento de caixas, materiais ou embalagens diretamente no solo, visto
que a umidade danifica toda a proteção e pode, inclusive, danificar o bem;
• Materiais de mesma natureza deverão ser alocados próximos nas prateleiras para facilitar a
localização e o inventário;
• Não é permitido estocar materiais, mesmo que provisoriamente, nos corredores, áreas livres ou áreas
demarcadas para outros fins. As áreas de circulação deverão sempre permanecer livres.
• O empilhamento dos materiais não deve incorrer em riscos para os trabalhadores, além de preservar
as características dos materiais, levando em consideração a pressão ocasionada no empilhamento;
• Materiais inflamáveis deverão ficar armazenados isoladamente dos demais;
• Os extintores de incêndio deverão sempre estar livres para alcance, não podendo ser obstruído por
materiais, mesmo que temporariamente;
• Materiais inservíveis ou em desuso deverão ser separados para desfazimento.
• Produtos mais antigos ou com prazos de vencimento menores deverão ser entregues primeiro.

Alguns critérios de avaliação de estoques:

- Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja,
os primeiros artigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em primeiro lugar, deste modo o
custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos.
O estoque apresenta uma relação forte com o custo de reposição, pois esse estoque representa os
preços pagos recentemente. Adotar este método, faz com que haja oscilação dos preços sobre os
resultados, pois as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais
razões pelas quais alguns se mostram contrários a este método.

As vantagens desse método consistem no controle preciso dos materiais, pois são ordenados em uma
base contínua de acordo com sua entrada, o que é importante, quando se trata de produtos sujeitos a
mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.; o resultado obtido revela o custo real dos artigos
específicos utilizados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa dos mesmos é
dada de uma maneira sistemática e lógica.

- Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do inglês LIFO (last-in first-out) é um método de
avaliar estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais recentes
adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas).

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Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao
custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas)
tende a refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também
permite reduzir os lucros líquidos expostos.
As vantagens de utilização deste método consistem na apuração correta de seus custos correntes; o
estoque é avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS foi introduzido; é uma forma
de se custear os artigos consumidos de uma maneira realista e sistemática; em períodos de alta de
preços, os preços maiores das compras mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produções,
reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito pela legislação brasileira.

- Custo Médio é o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimento à legislação fiscal.
Empresas multinacionais com operações no Brasil frequentemente têm de avaliar o estoque segundo o
método da matriz, e também segundo o custo médio para atendimento à legislação brasileira.
Esse método permite que as empresas realizem um controle permanente de seus estoques, e que a
cada aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atualizado, pelo método do custo médio ponderado.

Geralmente as empresas que não possuem uma boa política de estocagem e vivem um dilema: quanto
a empresa deve estocar para que seus interesses e os dos seus clientes sejam atendidos de forma
satisfatória? A esse respeito, o Planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento
de uma política de estocagem eficiente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque elevado para
atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com uma maior margem de
segurança de estoque.
Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido
e melhorar seu fluxo de caixa. Segundo Erasmo14, planejar esta atividade é fundamental, porque de um
bom planejamento virão, por exemplo, uma menor necessidade de capital de giro e uma margem de lucro
maior”. Por esse motivo, os empresários devem estar atentos aos objetivos da empresa para definir as
quantidades corretas de cada mercadoria que deve estar no estoque em um determinado período de
tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo.
E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar grandes quantias em estoque e que manter
uma empresa com uma boa variedade de produtos exige uma imobilização elevada de capital de giro, ele
deve saber exatamente o equilíbrio entre a quantidade de compras suficiente para um determinado
período de vendas e a variedade de artigos para que os clientes tenham opção de escolha.
Para que isso aconteça, é importante que o empresário levante periodicamente a média mensal de
compras para compará-las com as vendas e, com isso, saber se o investimento em mercadorias está
tendo o retorno desejado.
O ato de comprar deve ser sempre precedido de um bom planejamento. De acordo com Stickney15: "A
compra de mercadorias envolve a colocação do pedido, o recebimento e a inspeção das mercadorias
encomendadas e o registro da compra. Rigorosamente, o comprador de uma mercadoria somente deveria
registrar a compra quando a propriedade legal da mercadoria adquirida passasse do vendedor para o
comprador.
Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades legais associadas ao contrato entre as duas
partes". E para que isso aconteça, é de grande importância a elaboração de uma previsão de compras.
Nas empresas comerciais, essa previsão é complicada, pois o número de mercadorias comercializadas
é muito grande. Como observa Stickney, “as empresas preferem vender tanto quanto possível, com um
número mínimo de capital ‘empatado’ em estoque”. Por isso, a previsão deve ser elaborada pelos
diversos setores funcionais da empresa, observando-se as características e peculiaridades do mercado
fornecedor e do comportamento das vendas.
É aconselhável que sejam feitas previsões individuais para cada setor ou departamento e reuni-las
posteriormente em uma só, facilitando o planejamento das compras. Depois de preparada a previsão de
compras, esta deve ser ajustada ás condições financeiras da empresa. Isso deve ser feito em reunião
com os encarregados de compras, os encarregados de vendas e os encarregados pelo controle financeiro
para que se encontre um equilíbrio entre os setores.
A empresa que não faz a previsão de compras encontra dificuldades para manter seus estoques de
forma equilibrada. Acabam comprando mercadorias de acordo com as necessidades surgidas correndo
o risco de não ter produtos em épocas que o volume de vendas cresce.
Perdendo dessa forma, oportunidade de aumentar suas vendas, perdendo clientes e,
consequentemente, diminuído o lucro da empresa. E não tendo a previsão correta de compras, ele pode
14
Operações com estoques. Disponível em: <http://pessoal.sercomtel.com.br/carneiro/contII>. Acesso em: 12 mai. 2015.
15
STICKNEY; Weil. Contabilidade Financeira: Uma introdução aos Conceitos Métodos e Usos; ed. São Paulo: Atlas, 2001

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comprar um volume inadequado de mercadorias aumentando o custo de manutenção dos estoques. Para
Stickney: "Manter estoques – ou como também se diz, carregar estoques - gera custos".
Isso ocorre, porque quanto maior a quantidade de mercadorias estocadas, maior será o espaço físico
necessário para guardá-las, maior o número de funcionários necessários e maiores os gastos para
controle do estoque.
Além disso, o mesmo autor destaca que pelo menos uma pequena quantidade de mercadorias precisa
ser mantida em estoque para satisfazer às necessidades dos clientes à medida que elas apareçam.

Previsão de consumo

Existem algumas técnicas de previsão de consumo:


As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão
no tempo futuro da mesma forma do que no passado; segundo a mesma lei observada no passado, este
grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas
de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no
mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.

Logo, existem métodos de previsão de estoques:

Método do último período: Esse método consiste apenas em repetir o consumo do último período.
Se, por exemplo, o consumo em um mês qualquer for de 50, você repete o mesmo valor no estoque para
o próximo mês.

Método da média móvel: Deve-se determinar um período para se efetuar a previsão de consumo do
próximo período, o período deve levar em consideração a sazonalidade do produto. Exemplo: Uma loja
de brinquedos tem suas vendas aumentadas no dia das crianças e no natal.

Exemplo:

2014
- fevereiro – Consumo de 160
- março – Consumo de 165
- abril – Consumo de 170
- maio – Consumo de 165
- junho – Consumo de 160
- julho – Consumo de 170
- agosto – Consumo de 165
- setembro – Consumo de 170
- outubro – Consumo de 200
- novembro – Consumo de 170
- dezembro – Consumo de 170

Calcule a previsão para janeiro de 2015, utilizando todo o período apresentado. Deve-se somar os
valores dos 11 períodos apresentados e posteriormente dividir por 11:

160+165+170+165+160+170+165+170+200+170+170= 1865/11= 169,54

Como não se pode ter metade de um produto, devemos arredondar para 170. De acordo com esse
método da média móvel, a previsão de consumo médio para janeiro de 2015, é de 170.

Método da média móvel ponderada: São estabelecidas porcentagens colocando as maiores nos
períodos mais próximos do que será previsto. Considere os dados da Tabela 1. Prever o mês de Janeiro
do Ano 2 utilizando a média móvel trimestral com fator de ajustamento 0,5 para Dezembro, 0,3 para
Novembro e 0,2 para Outubro.

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Ano 1
Jan/Ano
Mês Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2
Consumo 900 1000 800 900 900 700 1100 800 900 900 900
Fator 0,2 0,3 0,5

De acordo com esse método da média móvel ponderada, a previsão de consumo médio para janeiro
do Ano 2 é de 900.

Diante dos fatos apresentados, fica claro que a utilização correta do estoque de mercadorias é fator
determinante para a lucratividade das empresas comerciais. A escolha de um bom critério para atribuição
dos custos das mercadorias é um dos passos importantes para uma política de estoque eficiente. Pois,
mesmo que todos os critérios tenham como base o mesmo custo de aquisição, tornando suas situações
reais idênticas, os resultados obtidos são diferentes influenciando na lucratividade e na carga tributária
da empresa.
Outro fator na determinação da lucratividade da empresa é o bom planejamento da previsão de
compras. Sendo o planejamento bem feito, fica fácil fazer as compras, já que toda empresa organizada
tem seus fornecedores tradicionais cadastrados. O encarregado de compras deve acompanhar
permanentemente os pedidos, principalmente, aqueles que não foram atendidos, pois se os prazos de
entrega não forem cumpridos pelos fornecedores, a previsão de compras pode ser prejudicada e,
consequentemente, a produção e as vendas da empresa também. Mais um fato notado, é que estocar
mercadorias por muito tempo é um fator de diminuição da lucratividade das empresas. Os produtos devem
ser estocados o menor tempo possível, visto que reduz custo de manutenção e indica que o investimento
feito pela empresa na compra das mercadorias retornou rapidamente.
Enfim, conclui-se que o estoque garante os objetivos principais das empresas comerciais e quando o
planejamento é adequado, através de uma política de estoques eficiente, a empresa não fica à mercê da
sorte, podendo controlar seus gastos e aumentar sua lucratividade.

Lote Econômico de Compras refere-se à quantidade ideal de material a ser adquirida em cada
operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de
estocagem são mínimos para o período considerado. Este conceito aplica-se tanto na relação de
abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de
produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado
como lote econômico de compras.
Os Sistemas de Controle de Estoque permitem que o poder público controle seu estoque com maior
eficiência e agilidade, o controle pode ser feito por programas de computador institucionais ou não
institucionais. Os sistemas de controle de estoque fazem controle das entradas e saídas dos produtos
permitindo a identificação das unidades que tiveram suas entradas e saídas e a identificação dos produtos
e permitem a emissão de vários relatórios para conferência do estoque.

Giro de Estoque
É um indicador que demonstra o desempenho do estoque, apontando de forma padronizada a
qualidade do mesmo no que se refere a utilização dos recursos estocados, independente do seu tamanho
e/ou complexidade.
Assim, a rotatividade ou giro de estoque é um indicador que releva a velocidade em que o inventário
foi renovado em um determinado período ou qual é o tempo médio de permanência de um produto antes
da venda. O cálculo desse giro pode ser feito a partir custos ou itens, considerando o volume total de
vendas e a média de estoque. Se o resultado for menor do que 1, significa que, ao final do período,
sobraram produtos não vendidos no estoque. Se for maior do que 1, quer dizer que todos os itens foram
renovados pelo menos uma vez no período avaliado.

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É um dos principais instrumentos para medir a avaliar a gestão de inventário, e pode ser avaliado em
diferentes periodicidades, embora a análise anual seja mais frequente. Você pode usar esse recurso
conforme a necessidade de sua empresa e do volume de bens guardados. Por ser aplicável a qualquer
escala e tipo de produtos, esse indicador se mostra útil como padrão de mercado, na busca de equilíbrio
com o ritmo de vendas.
Aplicação: Indicador para apuração de qualidade do estoque e mix de produtos que compõe o mesmo.
É um indicador que demonstra o desempenho do estoque, apontando de forma padronizada a
qualidade do mesmo no que se refere a utilização dos recursos estocados, independente do seu tamanho
e/ou complexidade.

Tendo um giro de estoque alto:


– O produto não fica ultrapassado na prateleira;
– Não é necessário muito espaço para armazenamento;
– Em caso de sinistros, como incêndios ou roubos, o prejuízo é menor.

Calculando o Giro de Estoque

Calculando giro do estoque com base nas quantidades em estoque e quantidades vendidas
Divida o número de produtos vendidos pela média de estoque

Número de produtos vendidos / média de estoque

Ex: você vendeu 50 televisões durante o mês, e a média do estoque de televisões nesse período foi
de 50:
50 ÷ 50 = 1

O giro do estoque foi “1″. O que quer dizer que seus produtos giraram uma vez – todos eles foram
vendidos e precisaram ser repostos.

Calculando giro do estoque com base no valor dos produtos

Divida o valor dos produtos vendidos pelo valor médio do estoque

valor dos produtos vendidos / valor médio do estoque

Ex: As vendas totais do mês foram de R$ 50.000,00 e o valor médio do estoque nesse período foi de
R$ 25.000,00:
50.000 ÷ 25.000 = 2
O giro do estoque foi de “2″. O que quer dizer que o estoque foi renovado duas vezes nesse período.

Tempo médio de Giro de Estoque

Para saber de quanto em quanto tempo seu estoque foi renovado você pode calcular o tempo médio
do giro do estoque, fazendo a seguinte conta:

Número de dias do período analisado / número do giro de estoque nesse período

Exemplo: Se você quer saber o tempo médio de renovação do seu estoque em um ano em que o giro
do estoque foi de 15:
365 ÷ 15 = 24,3

Seu estoque foi renovado 15 vezes no ano e essa renovação aconteceu cerca de a cada 24 dias.

Questões

01. (Prefeitura de Caieiras – SP - Assistente de Patrimônio e Estoque – VUNESP/2015) Os grupos


de custos de estoque são
(A) permanentes, de movimentação, de edificação e conservação
(B) pessoais e impessoais, periódico e permanente.

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(C) de capital, com pessoal, com edificação e de manutenção.
(D) de geração, de expedição, de armazenagem e edificação
(E) de orçamento, de edificação, armazenagem e movimentação.

02. (CRQ 4ª Região-SP - Administrador – Quadrix) O controle de estoques pode ser realizado a
partir de diversos tipos de critérios. Adotando-se o critério da "natureza de sua demanda", poderá ser
utilizado como exemplo o creme dental. Nesse exemplo, ele servirá como estoque do produto que requer
ressuprimento continuo, pois e consumido durante todas as fases do ano. O tipo de estoque a que se
refere o trecho está corretamente descrito em:
(A) estoque de demanda irregular
(B) estoque de demanda sazonal
(C) estoque de demanda permanente.
(D) estoque de demanda em declínio
(E) estoque de demanda variada

03. (TJ-SC - Analista Administrativo - TJ-SC) Os estoques constituem parcela considerável dos
ativos das empresas. São classificados, principalmente, para efeitos contábeis em cinco grandes
categorias. Assinale a afirmativa correta de acordo com a classificação usual dos estoques:
(A) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos pintados, estoque de produtos acabados,
estoques de produtos comprados e estoques em consignação.
(B) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos em elaboração (processo), estoque de
produtos pintados, estoques de produtos exportados e estoques em consignação.
(C) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos em elaboração (processo), estoque de
produtos acabados, estoques de produtos em trânsito e estoques em consignação.
(D) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos despachados, estoque de produtos acabados,
estoques de produtos pintados e estoques em consignação.
(E) Estoques de matérias-primas, estoques de produtos comprados, estoque de produtos pintados,
estoques de produtos em trânsito e estoques em consignação.

04. (IFC-SC - Assistente em Administração – IESES) É a quantidade mínima de uma mercadoria


em estoque, que serve de alerta para a necessidade de se adquirir novo lote de mercadorias para o
estoque, para que não falte a mesma no balcão:
(A) Giro de estoque.
(B) Estoque máximo.
(C) Estoque mínimo.
(D) Gestão de compras.

05. (SEPLAG-MG - Gestor de Transportes e Obras - Administração – IBF) Leia a sentença e


assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: “________________ é o conjunto de
mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e
que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da
organização.”
(A) Pontos de Estocagem.
(B) Estoque Morto ou Inativo.
(C) Estoque Mínimo.
(D) Estoque.

06. (CONAB - Gestão do Agronegócio – IADES) Entre os diferentes tipos de estoque, distingue-se
o de segurança, que é utilizado como estoque
(A) de parte dos produtos deteriorados ou ultrapassados.
(B) de trânsito entre elos do canal de suprimento.
(C) necessário para suprir a demanda média durante o tempo transcorrido entre sucessivos
reabastecimentos.
(D) mantido para fins de especulação.
(E) pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.

07. (IF-GO - Administrador - CS-UFGÓ) É uma definição de estoques de matéria-prima:


(A) insumos básicos utilizados no processo de fabricação.
(B) bens parcialmente acabados que incluem partes componentes montadas.

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(C) resultado final do processo de fabricação.
(D) estoque total médio durante um determinado período de tempo.

08. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle Júnior – CESGRANRIO/2015) Um


supermercado tem tido dificuldades em atender à demanda existente para determinados produtos. Isso
representa perda de receita para a empresa. Assim, o gerente está avaliando a possibilidade de utilizar
alguma ferramenta gerencial que possibilite minimizar esse problema.

Uma ferramenta gerencial adequada a essa situação é a seguinte:


(A) Estoque de segurança, que é uma quantidade mínima mantida em estoque para cobrir possíveis
variações na demanda ou no fornecimento.
(B) Cobertura de estoque, que funciona como um complemento ao inventário físico, facilitando o
levantamento das quantidades dos produtos com maior demanda.
(C) Acurácia de estoques, que é o tempo médio de duração do estoque, sem novas reposições,
possibilitando identificar os itens de maior demanda
(D) Giro de estoque, que tem como função a contagem dos itens em estoque, facilitando a verificação
dos itens importantes que acabam primeiro.
(E) Inventário físico, que permite determinar quantas vezes, em determinado período de tempo, o
estoque foi reposto, possibilitando a programação de fornecimento.

09. (TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário – FCC) A respeito do gerenciamento de estoques,
(A) faz parte do sistema de administração patrimonial, pois trata da aquisição e manutenção de
instalações e equipamentos.
(B) os estoques devem se apresentar divididos em três grandes categorias contábeis: estoques de
matérias-primas; estoques de produtos acabados; estoques de equipamentos.
(C) os estoques não representam custos para as empresas, uma vez que são contabilizados como
ativo, visto que, compõem o patrimônio da organização.
(D) um dos principais indicadores de produtividade no controle dos estoques é a chamada previsão de
demanda.
(E) pode ser entendido como uma série de ações que permitem verificar a boa utilização dos recursos
materiais, sua boa localização no tocante à utilização, seu bom manuseio e bom controle.

10. (TSE - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE) A coordenação das atividades de
aquisição, guarda, movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade da administração de
materiais. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
(A) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do
tempo de permanência desses materiais no estoque.
(B) Se determinado material tem consumo mensal de 30 unidades, tempo de reposição e estoque
mínimo de um mês e inexistem pedidos pendentes de atendimento desse material, então seu ponto de
pedido é igual a 90 unidades.
(C) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e impossibilidade de
atendimento a uma necessidade de consumo.
(D) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as
organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais.

11. (TCE/ES - Analista Administrativo - Administração – CESPE) Assinale a opção correta a


respeito da gestão de estoques.
(A) A rotatividade ou antigiro é calculada pela relação entre o consumo anual e o estoque médio do
produto.
(B) As técnicas de previsão de consumo são qualificadas em três classes: projeção, explicação e
predileção.
(C) Tempo de reposição refere-se àquele decorrido entre a fabricação do produto pelo fornecedor, sua
separação, emissão do respectivo faturamento e sua preparação para o transporte.
(D) Os inventários gerais devem ser efetuados exclusivamente ao final do exercício.
(E) No sistema de estocagem fixa, devem ser utilizadas duas fichas mestras de controle: uma com o
saldo total do item, e outra, com o controle de saldo por local de estoque.

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12. (SEGER-ES - Analista Executivo - Administração – CESPE) Primeiro que entra, primeiro que
sai (PEPS) e último que entra, primeiro que sai (UEPS) são métodos de valoração que se destinam a
(A) codificação de estoques.
(B) avaliação dos estoques.
(C) compras.
(D) controle de estoques.
(E) classificação de estoques.

13. (CRA-SC - Agente Administrativo – IESES) Em se tratando de administração de materiais,


quando se fala de gestão de estoque, quando o primeiro item que entra é o que sai primeiro, o critério
adotado é:
(A) FILO.
(B) PRIM.
(C) PEPS.
(D) UEPS.

Respostas

01. Resposta: C
Todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são: juros; depreciação;
aluguel; equipamentos de movimentação, deterioração; obsolescência; seguros; salários; conservação.
Todos eles podem ser agrupados nas seguintes modalidades:
-custos de capital (juros, depreciação);
-custos com pessoal (salários, encargos sociais);
-custos com edificação (aluguéis, impostos, luz, conservação);
-custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).

02. Resposta: C
Demanda Permanente: são produtos com extensos ciclos de vida, que aparentam demanda perpétua.
São estoques daqueles produtos que requerem ressuprimento contínuo, pois seus produtos são
consumidos durante todas as fases do ano. Ex: creme dental.

03. Resposta: C
Como visto anteriormente:
Estoques de Matérias-Primas (MPs)
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo
da empresa. São itens iniciais para a produção.
Estoques de Produtos em Elaboração ou Processamento
Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias - são
constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o
processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado - por não serem mais MPs iniciais - nem
no depósito - por ainda não serem produtos acabados.
Estoques de Produtos Acabados
Referem-se aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente.
Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases.
Estoque em Trânsito
São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a
distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito.
Exemplo: produtos acabados sendo expedidos de uma fábrica para um centro de distribuição.
Estoques em Consignação
Estoque de produtos com um cliente externo que ainda é propriedade do fornecedor. O pagamento
por estes produtos só é feito quando eles são utilizados pelo cliente.

04. Resposta: C
O estoque mínimo é a quantidade mínima a ser estabelecida ao atendimento normal da organização.
Ela se destina a cobrir os atrasos de reposição por parte do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que
o produto não irá faltar. As principais causas de faltas de estoque, normalmente são: picos de consumo
e atrasos na entrega por parte do fornecedor.

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Portanto é preciso estar atento a estes fatos para ter um bom controle de estoque e fazer com que sua
empresa mantenha o fluxo de vendas normalmente.

05. Resposta: D
Trata-se do conceito de estoque. Não confunda com estoque mínimo (seria o termo que poderia causar
alguma dúvida aos candidatos), pois a questão afirma "que permite suprir regularmente os usuários". O
estoque mínimo não é feito para suprir regularmente a empresa e sim em caso de atraso no fornecimento
ou qualquer outra variante. O Estoque Mínimo - também conhecido como Estoque de Segurança, é a
quantidade mínima que deve existir no estoque. Ela se destina a cobrir os atrasos de reposição por parte
do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que o produto não irá faltar.

06. Resposta: E
Estoque mínimo, ou estoque de segurança, tem a função de assegurar que não ocorra falta de um
determinado item, cobrindo eventuais atrasos derivados dos processos de compra. Serve como um
pulmão contra a variabilidade na demanda e nos prazos de recomposição.

07. Resposta: A
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo
da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. Isto significa que a
produção é totalmente dependente das entradas de MPs para ter a sua sequência e continuidade
garantidas. Geralmente as MPs são compradas dos fornecedores externos pelo de compras e, quando
recebidas, são estocadas no almoxarifado da empresa. Fonte: Administração de Materiais: Uma
abordagem introdutória — CHIAVENATO, 2009, PÁG. 70.

08. Resposta: A
Estoque segurança (ES) - para evitar possível esgotamento do estoque e proteger a empresa em
casos de excepcional demanda (incertezas relacionadas à demanda ao tempo de espera) ou atraso no
fornecimento. No fundo, o ER é uma quantidade morta em estoque e que somente é consumida em caso
de extrema necessidade.

09. Resposta: E
a) INCORRETA. Não faz parte do sistema de administração patrimonial, pois a função predominante
na Gestão de Estoques no setor público é de alimentar a produção, no sentido de prover os materiais
para a prestação dos serviços, e na Gestão de Patrimônio é o de zelar pelo bem patrimonial das
instituições.
b) INCORRETA. Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir
demandas futuras. Podem ser encontrados na forma de (tipos de estoques): matéria-prima, produto em
processo (em elaboração/produção) e produto acabado, além de materiais e embalagens e produtos
necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no
processo de fabricação.
c) INCORRETA. Os estoques representam boa parte dos ativos da empresa, em alguns casos
podendo representar aproximadamente 46% dos ativos totais. Então pode-se considerar que “os
estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento
destinado a incrementar as atividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144).
d) INCORRETA. Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques,
sendo os mais usuais: diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos controles, nível de
serviço, giro dos estoques e cobertura dos estoques.

10. Resposta: C
a) ERRADA - Existem custos de armazenagem que independem da existência de estoque. Ex: conta
de Luz, aluguel do local, salário de funcionários, imposto (IPTU)
b) ERRADA - O ponto de pedido se calcula com a fórmula PP = Estoque Mínimo + (Consumo x tempo
de reposição). Como o consumo é de 30 unidades por mês, o estoque mínimo para 1 mês é de 30
unidades. 30+ (30x1) = 30+ 30= 60
c) CORRETO Item auto explicativo. Ruptura de estoque = Estoque Zero
d) ERRADA - Os investimentos em estoque devem ser sempre o MÍNIMO possível. As organizações
devem MINIMIZAR os investimentos em estoque.

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11. Resposta: B
As técnicas de previsão do consumo podem ser classificadas em três grupos:
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão
no tempo futuro da mesma forma do que no passado; segundo a mesma lei observada no passado, este
grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas
de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado
estabelecem a evolução das vendas futuras.

12. Resposta: B
Avaliar um estoque significa estimar quanto capital encontra-se imobilizado em estoque. Essa
avaliação é feita a partir dos preços dos itens de material que temos em estoque. Há três métodos de
avaliação de estoque mais comumente empregados nas organizações, são eles:
CUSTO MÉDIO OU MÉDIA PONDERADA MÓVEL: adota-se um preço médio entre todas as entradas
e saídas.
PEPS OU FIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "antigos". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais atualizados.
UEPS OU LIFO: na saída do estoque, consideram-se os itens mais "recentes". O que resta no estoque
são os itens com os preços de mercado mais desatualizados.

13. Resposta: C
PEPS: Primeiro Que Entra, Primeiro Que Sai.
UEPS: Último Que Entra, Primeiro Que Sai. PEPS, também conhecido como FIFO (First in, first out).
UEPS, também conhecido como LIFO (Last in, first out).
Forma para lembrar:
PEPS = FIFO (Dois P, dois F)
UEPS = LIFO (Um P, um F)
Atenção, pois, nas provas podem aparecer das duas formas.

Almoxarifado16

O almoxarifado se constituía em um depósito, quase sempre o pior e mais inadequado local da


empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra desqualificada
Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante sofisticados, o que acarretou
aumento da produtividade, maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção das
informações. O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa "depositar".

Conceituação

“O Almoxarifado pode ser conceituado como sendo o local destinado à guarda e conservação de
materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde
permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa. O responsável pelo
Almoxarifado, denominado também como Almoxarife, deve possuir alto grau de honestidade, lealdade,
confiança e disciplina.”
O Almoxarifado e o depósito ocupam os dois extremos do processo produtivo, onde o primeiro é
responsável pelos insumos/matérias-primas e o segundo por receber os produtos acabados.

O Almoxarifado tem como objetivos:

- Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
- Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
- Preservar a qualidade e as quantidades exatas;

16
CHIAVENATO. I. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SOUZA JÚNIOR, S. L. Noções básicas de Almoxarifado, Estoques, Transporte de Materiais. 2009.
UTFPR. Manual do Almoxarifado. Medianeira, 2012.

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- Possuir instalações adequadas, recursos de movimentação e distribuição suficientes para um
atendimento rápido e eficiente.

A eficiência de um Almoxarifado depende fundamentalmente de:

- Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente aumento do número
das viagens de ida e volta;
- Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
- Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica.

Princípios e Valores

Para que todos os esforços da equipe seja traduzida a uma gestão eficiente e eficaz dos bens da
instituição, alguns valores e princípios devem nortear as ações, necessariamente dos envolvidos do setor,
e desejavelmente por todos os utilizadores de recursos públicos.
São eles:
• Compromisso com as normas institucionais;
• Desburocratização das atividades;
• Manutenção das relações intersetoriais;
• Compromisso com a ética profissional;
• Zelo e evitação de desperdícios.
• Otimização física dos materiais em estoque ou em uso, através da simplificação de variedades,
reutilização, recuperação e movimentação daqueles considerados ociosos ou recuperáveis, bem como a
alienação dos antieconômicos e irrecuperáveis

A ORGANIZAÇÃO de um Almoxarifado pode se resumir com suas principais atribuições:

- O recebimento, guarda e proteção dos materiais adquiridos;


- A entrega dos materiais aos seus usuários mediante requisições autorizadas;
- Manter atualizados os registros necessários.

O controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor funcional envolvido, sendo:
recebimento, armazenagem e distribuição. O controle deve fornecer a qualquer momento as
quantidades que se encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor
e as compras recebidas e aceitas.

Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor,


sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa. As atribuições básicas
do recebimento são:

- Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;


- Analisar a documentação recebida, verificando se a compra foi autorizada;
- Controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a
serem efetivamente recebidos;
- Proceder a conferência visual, verificando as condições da embalagem quanto a possíveis avarias
na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas nos respectivos documentos;
- Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
- Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
- Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;
- Liberar o material desembaraçado para estoque no Almoxarifado.

Armazenagem17

A armazenagem dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser
definidos no sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem
a qualidade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.
Compreende as fases da armazenagem dos materiais:

17
SOUZA JÚNIOR, S. L. Noções básicas de Almoxarifado, Estoques, Transporte de Materiais. 2009.

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- Verificação das condições de recebimento do material;
- Identificação do material;
- Guarda na localização adotada;
- Informação da localização física de guarda;
- Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;
- Separação para distribuição.

Distribuição

A distribuição dos materiais estocados deve ser realizada mediante programação ou necessidade dos
demais departamentos da instituição, normalmente, se faz por meio de requisição específica.
Os materiais devem ser distribuídos aos interessados mediante programação de pleno conhecimento
entre as partes envolvidas.

-DOCUMENTOS UTILIZADOS
Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das diversas rotinas de
trabalho:
-Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não informatizadas): documento destinado
a controlar manualmente o estoque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas, visando
o seu ressuprimento;
-Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas): documento utilizado
para indicar as localizações, através de códigos, onde o material está guardado;
-Comunicação de Irregularidades: documento utilizado para esclarecer ao fornecedor os motivos da
devolução, quanto os aspectos qualitativo e quantitativo;
-Relatório técnico de inspeção: documento utilizado para definir, sob o aspecto qualitativo, o aceite
ou a recusa do material comprado do fornecedor;
-Requisição de material: documento utilizado para a retirada de materiais do almoxarifado;
-Devolução de material: documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as
quantidades de material porventura requisitadas além do necessário.

CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO

É obrigação do almoxarife a quem tenha sido confiado material para a guarda ou uso, zelar pela sua
boa conservação e diligenciar no sentido da recuperação do que se avariar.
Com o objetivo de minimizar os custos com a reposição de bens móveis do acervo, deve-se planejar
e operacionalizar a manutenção e recuperação para todos os equipamentos e materiais permanentes em
uso no órgão ou entidade, objetivando o melhor desempenho possível e uma maior longevidade desses.
A manutenção periódica deve obedecer às exigências dos manuais técnicos de cada equipamento ou
material permanente, de forma mais racional e econômica possível.
A recuperação somente será considerada viável se a despesa envolvida com o bem móvel orçar no
máximo a 50% (cinquenta por cento) do seu valor estimado no mercado; se considerado antieconômico
ou irrecuperável,

O LAYOUT

Almoxarifado é um local de grande circulação de pessoas e dos mais variados tipos de produtos,
assim, ao programar o LAYOUT de um Almoxarifado não se esqueça:
a) A carga e a descarga de materiais devem ser sempre feitas de forma segura e ágil, por isso é
necessário que os veículos transportadores (empilhadeiras, guindastes, carregadores etc.) e os
responsáveis pelo armazenamento estejam sempre disponíveis.
b) As entradas e as saídas dos materiais não devem possuir bloqueios e devem ser suficientemente
compatíveis com a dimensão dos produtos em circulação.
c) A altura do Almoxarifado deve ser compatível com o tipo de produto a ser estocado, assim como as
portas de entrada e saída.
d) Os pavimentos devem ser projetados de maneira a suportar empilhamentos e/ou o peso dos
materiais estocados.
e) A largura, o comprimento, a altura, o volume etc. dos materiais que serão transportados em veículos
são importantes fatores que deverão compor o planejamento do LAYOUT do Almoxarifado.

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f) Estruturar o trânsito interno dos veículos dentro do Almoxarifado, levando-se em conta suas
dimensões, tamanho dos produtos e circulação interna.

Utilização de espaço no almoxarifado

Um dos maiores problemas de quem cuida de um Almoxarifado é como melhor aproveitar seu espaço
para manter a organização e os níveis de segurança. Uma correta distribuição do espaço dentro do
Almoxarifado consiste em verificar e determinar:
• as quantidades dos materiais A, B, C, D etc.;
• o espaço (em metros quadrados), que os materiais irão ocupar no Almoxarifado;
• a metragem dos suportes, prateleiras, estrados etc., onde os materiais serão armazenados;
• a área de entrada e recebimento dos materiais;
• a área de expedição dos materiais;
• os corredores internos;
• a área ocupada pelos sistemas de manutenção interna;
• a área necessária para os serviços de controle de materiais;
• área para possível expansão.
Em relação ao espaço total disponível do Almoxarifado, é possível se determinar o espaço necessário
para cada grupo de materiais, através do cálculo da área ocupada para cada um dos itens acima. Por
exemplo: se um Almoxarifado possuir 500 metros quadrados, os espaços deverão ser subdivididos de tal
forma que dentro dessa área caibam pelo menos os itens acima relacionados.

Segurança no Almoxarifado

A movimentação de materiais tem sido uma das causas mais frequentes e sérias dos acidentes, razão
pela qual é muito importante a segurança nesse tipo de trabalho. Por isso, devem ser observadas as
seguintes regras:
• Manter limpo e em bom estado o piso dos locais onde se manipulam e transportam os materiais.
• Usar os equipamentos necessários para proteção pessoal, como luvas, ao manusear material
cortante, óculos, luvas, botas e avental para o transporte de ácidos, sapatos com bicos de aço no manejo
de materiais pesados.
• Não manipular materiais se as mãos ou materiais estiverem sujos de óleo ou substâncias
escorregadias.
• Não levantar sozinho materiais de peso excessivo, ou além de sua capacidade. Não podendo utilizar
meios mecânicos, pedir ajuda aos companheiros de trabalho.
• Evitar brincadeiras e competições para verificar quem consegue levantar maior peso.
• Não carregar material em demasia, isso dificulta os passos e a visão.
• Manter em boas condições todos os equipamentos destinados à movimentação dos materiais, tais
como: empilhadeiras, elevadores, esteiras etc.
• Não carregar em demasia os carretos e empilhadeira evitando que o material possa cair.
• Não andar em velocidade excessiva dentro do Almoxarifado com os veículos destinados à
movimentação de cargas.
• Não passar ou permanecer sob cargas que estão sendo movimentadas por guindastes ou pontes
rolantes.

Uso de cores como fator de segurança nos almoxarifados

Esse item trata da NB nº76, da ABNT, cujo objetivo primordial é determinar as cores que deverão ser
usadas nos Almoxarifados, a fim de identificar máquinas e equipamentos de segurança, delimitar áreas,
advertir contra perigos iminentes ou eventuais.
Sua adoção no Almoxarifado possibilita ao pessoal que nele trabalha identificar, facilmente, os perigos
naturais por intermédio das cores, quando já familiarizado com a simbologia adotada. Isto não dispensa,
em absoluto, o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, tais como cartazes, painéis, dentro
do Almoxarifado. O uso das cores deve ser estudado de modo a manter o equilíbrio visual necessário. O
corpo das máquinas e outros equipamentos não deveram possuir as cores empregadas no sistema de
segurança. Isso causaria fadiga, confusão e distração.
Quanto ao significado das cores indicadas para uso nos Almoxarifados e Armazéns, observe a tabela
a seguir:

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Para melhor entendimento veremos o emprego individual das cores:

Vermelho: é a cor usada para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a
incêndios, significando perigo. Por exemplo: caixas de alarme de incêndio, sirenes de alarme, caixas com
cobertores para abafar chamas, extintores e sua localização, localização de mangueiras, baldes de areia
ou água, saídas de emergência.

Alaranjado: é a cor que indica alerta, deve ser usado nas faces internas de caixas protetoras de
dispositivos elétricos, partes móveis e perigosas das máquinas e equipamentos de empilhamento, carga
e descarga de materiais, com a finalidade de alertar o operador na execução do seu trabalho.

Amarelo: é empregada para chamar a atenção, deve ser usada em corrimões, parapeitos, pisos de
escadas que apresentem perigo; bordas desguarnecidas de abertura no solo; faixas no piso de entrada
de elevadores e plataformas de carregamento; parede de fundo de corredores sem saída; cabines,
caçambas, guindastes, empilhadeiras, pontes rolantes, esteiras, vagonetas, reboques etc.; comando e
equipamentos suspensos que oferecem perigo.

Verde: é a cor que caracteriza a segurança no trabalho e é empregada para identificar os seguintes
materiais: caixa de equipamentos de socorros de urgência; caixas contendo máscaras contra gás; macas;
quadros para exposição de cartazes; boletins de avisos de segurança.

Azul: é a cor empregada para indicar cuidado, fica limitada a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos que devem permanecer fora de serviço. Devem possuir sinais de advertência: elevadores;
caixas de controles elétricos; estufas; válvulas; andaimes; escadas. Púrpura: é a cor usada para indicar
os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.

Branco: é a cor que indica limpeza, é empregada para assinalar: localização de coletores de resíduos;
localização de bebedouros; áreas destinadas à armazenagem.

Preto: é a cor usada para identificar os coletores de resíduos ou detritos. Poderá ser utilizada em
substituição ao branco ou combinado com este, quando as condições do local assim o aconselharem ou
permitirem.

Para complementar as normas de cores dentro do Almoxarifado, é importante que sejam afixados
cartazes de segurança, com a finalidade de combinar os esforços de todo o pessoal na tarefa de evitar
acidentes.
Os cartazes devem ser colocados em pontos estratégicos onde os trabalhadores parem normalmente,
nunca naqueles usados comumente para os avisos normais. Os corredores devem ser evitados.
Os cartazes não devem ser exibidos por mais de 30 dias consecutivos no mesmo local, sendo
conveniente usá-los em rodízio. Quando se colocar um cartaz novo, deve-se reunir os empregados do
Almoxarifado e desenvolver uma pequena preleção, explicando seu significado.

Termos usados:

Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não,


destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter especificamente ou não os produtos.
Estocagem – Conservação racional e segura de matérias-primas e produtos acabado.
Inspeção de qualidade – Conjunto de medidas destinadas a garantir, a qualquer momento, durante
o processo de recebimento, estocagem e distribuição, as características originais do produto.

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Rótulo – Identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a fogo,
pressão, ou decalco, aplicada diretamente sobre recipiente, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
qualquer outro protetor de embalagem.
AMP – Almoxarifado de Matérias-Primas,
AME – Almoxarifado de Material de Embalagem,
DML – Depósito de Material de Limpeza e
APA – Almoxarifado de Produtos Acabados.

Questões

01. (AFPR – Assistente Administrativo – COPS-UEL/2015) Nas instituições, o almoxarifado


desempenha diversas funções vinculadas à boa gestão organizacional. Sobre os objetivos do
almoxarifado, considere as afirmativas a seguir.

I. Identificação dos itens de estoque que devem ter tratamento prioritário.


II. Determinação da política da quantidade de estoque armazenado.
III. Guarda dos materiais das empresas até seu consumo final.
IV. Abastecimento da linha de produção da empresa.

Assinale a alternativa correta.


(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

02. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I – CESGRANRIO/2015) Uma empresa, em função de


seu recente crescimento e ampliação de negócios, está estruturando seu almoxarifado para que possa
guardar e conservar os seus materiais adequadamente.
Para ajudar o gestor da área nesta função, um estagiário está realizando uma pesquisa sobre as
funções de um almoxarifado na empresa.
São funções do almoxarifado, EXCETO
(A) assegurar que o material adequado esteja na quantidade devida e no local certo, quando
necessário.
(B) impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza.
(C) preservar a qualidade e as quantidades exatas dos materiais.
(D) possibilitar recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e
eficiente.
(E) transformar matéria-prima, energia e informação em bens e/ou produto.

03. (TRE-GO – Técnico Judiciário – Área administrativa – CESPE/2015) O procedimento


sequencial correto de um almoxarifado consiste em: armazenagem, distribuição e recebimento.
( ) Certo ( ) Errado

04. (CREF - 13ª Região - BA-SE - Assistente Administrativo - CEFET-BA) O conceito de


administração de materiais é o mais amplo de todos dentro da administração, pois envolve o fluxo de
materiais, desde a programação de produtos, compras, armazenamento e, principalmente, sua
movimentação.
Uma boa administração significa coordenar a movimentação de materiais, de acordo com as
exigências de cada operação e de cada setor, para que se tenham à disposição os materiais necessários
na quantidade, no local e no tempo certo.

O nome que se dá ao local destinado à guarda e à conservação de materiais, tendo a função de


destinar espaços em que permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua
localização, equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa
é
(A) almoxarifado.
(B) protocolo central.
(C) armazém principal.

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(D) centro de regulação.
(E) recepção e expedição.

05. (CRM-SC - Assistente Administrativo – IESES/2015) Almoxarifado é o local destinado à guarda,


localização, segurança e preservação do material adquirido, a fim de suprir as necessidades operacionais
dos setores integrantes da estrutura organizacional. É função do almoxarifado:
(A) Desenvolver novos canais de distribuição.
(B) Negociar preços e condições de pagamento com fornecedores.
(C) Receber, conferir, armazenar e registrar os materiais em estoque.
(D) Promover a aquisição dos materiais sob sua guarda, com itens iguais ou equivalentes, sempre que
seu estoque chegar ao nível zero.

06. (AL-MT - Almoxarife – FGV) As alternativas a seguir apresentam os principais objetivos de um


Almoxarifado, à exceção de uma. Assinale‐a.
(A) Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento.
(B) Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza.
(C) Preservar a qualidade e as quantidades exatas.
(D) Obter o menor preço de compra para os materiais de ressuprimento do estoque.
(E) Possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição suficientes.

07. (UNIOESTE - Técnico Administrativo – UNIOESTE/2015) O Almoxarifado é definido como o


(A) local para negociar preços com fornecedores.
(B) local onde são tratados os dados e as informações referentes ao processo logístico, elaborados os
procedimentos de manutenção da infraestrutura da Instituição.
(C) local para identificar a proposta mais vantajosa para a administração.
(D) local para a guarda da documentação da Instituição.
(E) local destinado à guarda e conservação de materiais.

Respostas

01. Resposta C.
O almoxarifado tem como objetivo:
- Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento;
- Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;
- Preservar a qualidade e as quantidades exatas;
- Possuir instalações adequadas, recursos de movimentação e distribuição suficientes para um
atendimento rápido e eficiente.

02. Resposta: E.
O almoxarifado deverá: assegurar que o material adequado esteja, na quantidade e no local certo,
quando necessário; impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza; preservar
a qualidade e as quantidades exatas; possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente;

03. Resposta: ERRADO.


A sequência correta é: recebimento, armazenagem e distribuição.

04. Resposta: A
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, assim como a descrição
realizada no enunciado da questão.

05. Resposta: C
O almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque. É o local onde ficam
armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores. Sendo
assim, o almoxarifado tem como funções: Receber, conferir, armazenar e registrar os materiais em
estoque.

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06. Resposta: D
Obter o menor preço de compra para os materiais não é função do setor de almoxarifado, e sim do
setor de compras que cuida da aquisição de materiais. Os demais itens tratam de atividades do
almoxarifado.

07. Resposta: E
O Almoxarifado pode ser conceituado como sendo o local destinado à guarda e conservação de
materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde
permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa.

Impostos

NOÇÕES DE TRIBUTOS
18
Tributos correspondem a impostos, taxas de serviços públicos específicos e divisíveis e contribuição
de melhoria (decorrente de obras públicas). O termo tributo também é usado, no sentido genérico, para
todo e qualquer valor, a qualquer título, pago ao Poder Público sem aquisição, compra, transferência de
bens ou serviços diretos e específicos ou de concessão.
19
O campo da tributação é cheio de complexidades, peculiaridades e regras e, muitas vezes, o
empreendedor fica confuso e se sentindo perdido na hora de formalizar o seu negócio. Segundo dados
do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), indica que 33% do faturamento empresarial
é destinado ao pagamento de tributos. Para as empresas lidar com questões como a tributação é um
desafio que faz parte das atividades diárias.

No momento de precificar produtos e fazer a projeção da margem de lucro, é fundamental que o


empreendedor considere adequadamente todos os impostos, caso contrário dificilmente seu negócio será
lucrativo.
Há impostos incidindo (e isso varia em função do setor de atuação e do porte da empresa) sobre as
receitas de venda de produtos e serviços (IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS e contribuições providenciarias),
sobre as importações de bens, serviços e tecnologia (Imposto de Importação, IPI, PIS/COFINS, CIDE,
ICMS e ISS), sobre a folha de pagamento (contribuições previdenciárias), sobre o patrimônio (ITR, IPTU
e IPVA), o exercício de certas atividades reguladas (Ex: taxa da Anatel, FUST, FUNTEL) e, finalmente, o
lucro (IRPJ e CSL).

O empreendedor também deve considerar, em seu plano de negócios, os tributos que, em certos
casos, serão recolhidos antecipadamente pelos seus fornecedores (a exemplo do ICMS pago por
substituição tributária) e aqueles que serão retidos pelos seus clientes quando do pagamento das faturas
(como o IRPJ, PIS/COFINS e, em certos municípios, do ISS).

Para que os tributos não impactem de forma inesperada e violenta, é necessário tomar algumas
cautelas antes de iniciar um negócio, entre elas:

a) Tenha em mãos a expectativa de faturamento de sua empresa, para onde e para quem se
pretende faturar, quais são os seus produtos ou serviços, o que irá comprar e quais serão os seus
insumos. Previna as despesas operacionais, margem de lucro e o valor da despesa com empregados;
b) Busque ajuda de especialistas no tema. Com isso, é possível analisar todos os pontos e realizar
uma comparação entre lucro real, lucro presumido e simples nacional. Claro, não deixando de lado as
peculiaridades do ICMS e ISS;
c) Tudo é uma questão de estudo de todas as pontes que sua empresa produz. Ou seja, a análise
criteriosa dos valores que serão gastos, do lucro que se pretende, do que irá ser cobrado e gasto com
tributos, equacionando isso para que se chegue em um valor equilibrado para sua empresa.

18
http://www.portaltributario.com.br/tributario/o_que_e_tributos.htm
19
https://endeavor.org.br/tributacao/

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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OS PRINCIPAIS TRIBUTOS FEDERAIS

I- IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): incide sobre o lucro da empresa. O IRPJ é retido pelos
clientes no momento do pagamento das faturas;
II- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): incide sobre o lucro real do negócio;
III- COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração
Social) /PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público): contribuições que incidem
sobre a receita bruta da empresa;
IV- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): aplicado sobre produtos industrializados, tributados
no momento em que saem da fábrica.

OS PRINCIPAIS TRIBUTOS ESTADUAIS

I- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): parecido com o IPI, mas que pode
incidir também sobre alguns serviços. Varia bastante por tipo de produto ou serviço. Dica: consulte a
Secretaria da Fazenda do seu Estado para saber qual é a alíquota que incide sobre ICMS do seu produto
ou serviço. Fique atento, pois o ICMS é recolhido antecipadamente pelos seus fornecedores, por isso é
pago por substituição tributária.

PRINCIPAL TRIBUTO MUNICIPAL

I- ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): incide sobre prestação dos serviços

ENCARGOS SOCIAIS

Os encargos sociais são um tipo de tributação obrigatória, e é bom conhecer bem cada um pois assim
é possível avaliar melhor o custo da mão de obra para a sua empresa. São eles:
 Instituto Nacional de Seguro Social – INSS;
 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS;
 Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público –
PIS/PASEP;
 Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho –
GILRAT;
 Salário Educação (emprego no setor privado empresarial); e
 Contribuição para o Sistema S – SESC/SENAC, SENAI/SESI, SEBRAE, INCRA (emprego no
setor privado empresarial).

Abaixo um gráfico com a evolução da carga tributária no Brasil de 2002 a 2016.

Fonte: http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/carga-tributaria-
2016.pdf

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Questões:

1- Assinale abaixo quais são tributos sobre encargos sociais

(A) IRPJ e CSLL


(B) PIS e COFINS
(C) INSS e FGTS
(D) ICMS e ISS

2- O IPI é um imposto estadual aplicado a importação de produtos?


( ) Certo ( ) Errado

3- Assinale os impostos que incidem sobre o lucro das empresas

(A) IPI
(B) ICMS e ISS
(C) PIS, COFINS e CSLL
(D) IRPJ e CSLL
(E) IRPJ, CSLL, ISS

4- Assinale o principal tributo municipal

(A) IPI e ISS


(B) ISS
(C) PIS e COFINS
(D) IRPJ, CSLL e ISS

Respostas:

1- Resposta: C
Os encargos sociais são um tipo de tributação obrigatória, e é bom conhecer bem cada um pois assim
é possível avaliar melhor o custo da mão de obra para a sua empresa. São eles:
Instituto Nacional de Seguro Social – INSS;
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS;

2- Resposta: ERRADO
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um imposto federal aplicado sobre produtos
industrializados, tributados no momento em que saem da fábrica.

3- Resposta: D
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): incide sobre o lucro da empresa. O IRPJ é retido pelos
clientes no momento do pagamento das faturas. CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): incide
sobre o lucro real do negócio.

4- Resposta: B
ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): é um imposto municipal que incide sobre
prestação dos serviços

Elaboração e acompanhamento de orçamento.

ORÇAMENTO

DEFINIÇÃO
Uma definição que pode ser dada é que o orçamento é "a expressão quantitativa de um plano de ação
e ajuda à coordenação e implementação de um plano".'
Orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje,

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o
próximo exercício. Portanto, o orçamento não deixa de ser uma pura repetição dos relatórios gerenciais
atuais, só que com os dados previstos. Não há basicamente nada de especial para se fazer o orçamento;
basta apenas colocar no sistema de informação contábil, no módulo orçamentário, os dados que deverão
acontecer no futuro, dentro da melhor visão de que a empresa tem no momento de sua elaboração.
Contudo, convém lembrar que o orçamento tem outros objetivos - e estes devem ser buscados dentro
de seu conjunto -, sendo ferramenta ideal para o processo de congruência de diversos objetivos
corporativos e setoriais.

OBJETIVOS
O orçamento pode e deve reunir diversos objetivos empresariais, na busca da expressão do plano e
controle de resultados. Portanto, convém ressaltar que - plano orçamentário não é apenas prever o que
vai acontecer e seu posterior controle. Ponto fundamental é o processo de estabelecer e coordenar
objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca
dos planos de lucros.

Exemplos de propósitos gerais que devem estar contidos no plano orçamentário podem ser:
• Orçamento como sistema de autorização: o orçamento aprovado não deixa de ser um meio de
liberação de recursos para todos os setores da em presa, minimizando o processo de controle.
• Um meio para projeções e planejamento: o conjunto das peças orçamentárias será utilizado para o
processo de projeções e planejamento, permitindo, inclusive, estudos para períodos posteriores.
• Um canal de comunicação e coordenação: incorporando os dados do cenário aprovado e das
premissas orçamentárias, é instrumento para comunicar e coordenar os objetivos corporativos e setoriais.
• Um instrumento de motivação: dentro da linha de que o orçamento é um sistema de autorização, ele
permite um grau de liberdade de atuação dentro das linhas aprovadas, sendo instrumento importante
para o preces motivacional dos gestores operacionais.
• Um instrumento de avaliação e controle: considerando também os aspectos de motivação e de
autorização, é lógica a utilização do orçamento como instrumento de avaliação de desempenho dos
gestores e controle dos objetivos setoriais e corporativos.
• Uma fonte de informação para tomada de decisão: contendo os dados previstos e esperados, bem
como os objetivos setoriais e corporativos, é uma ferramenta fundamental para decisões diárias sobre os
eventos econômicos de responsabilidade dos gestores operacionais.

Os objetivos da corporação, genéricos, direcionam os objetivos das diversas áreas ou funções, que
são os objetivos específicos. Dessa maneira, o processo estabelecer objetivos deve ser um processo
interativo, que coordena os objetivos gerais com os objetivos específicos. Dentro dessa linha de atuação,
o processo orçamentário deve permitir a participação de toda a estrutura hierárquica com
responsabilidade orçamentária, não devendo ser um processo ditatorial com uma única direção, de cima
para baixo. Não há dúvida de que, em última instância e em caso de dúvidas, prevalecerão os critérios
da corporação.
Todos os envolvidos no processo orçamentário devem ser ouvidos. Esse envolvimento permitirá uma
gestão participativa, consistente com a estrutura de delegação de responsabilidades, e permitirá o
comprometimento de todos os gestores dos setores específicos. Só assim será possível a gestão
adequada da etapa final do plano orçamentário, que é o controle orçamentário, com a análise do
desempenho individual dos gestores. Diante dessas colocações, podemos elencar alguns princípios
gerais para a estruturação do plano orçamentário:
• Orientação para objetivos: o orçamento deve direcionar-se para que os objetivos da empresa e dos
setores específicos sejam atingidos eficiente e eficazmente.
• Envolvimento dos gestores: todos os gestores responsáveis por um orçamento específico devem
participar ativamente dos processos de planejamento e controle, para obtermos o seu comprometimento.
• Comunicação integral: compatibilização entre o sistema de informações, o processo de tomada de
decisões e a estrutura organizacional.
• Expectativas realísticas: para que o sistema seja motivador, deve apresentar objetivos gerais e
específicos que sejam desafiadores, dentro da melhor visão da empresa, mas passíveis de serem
cumpridos.
• Aplicação flexível: o sistema orçamentário não é um instrumento de dominação. O valor do sistema
está no processo de produzir os planos, e não nos planos em si. Assim, o sistema deve permitir correções,
ajustes, revisões de valores e planos.
• Reconhecimento dos esforços individuais e de grupos: o sistema orçamentário é um dos principais

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instrumentos de avaliação de desempenho etc.

 INICIANDO O PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

Dentro da Gestão Orçamentária termos quatro grandes fases:

1- Planejamento Orçamentário - Elaboração


2- Simulações de Cenário
3- Acompanhamento Orçamentário
4- Revisões Orçamentária

1) PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO - Elaboração

Nesta primeira fase, é quando geralmente as empresas fazem o levantamento inicial de dados e
informações históricas, bem como a definição das premissas orçamentárias com base em seu
Planejamento Estratégico para os próximos anos.
A partir destas premissas iniciais, são elaborados os planos financeiros de Receitas, Despesas e
Investimentos da empresa. Os principais são:

i. Projeção de Faturamento
ii. Projeção de Deduções de Vendas (Impostos, Devoluções, Abatimentos, etc.)
iii. Projeção de Custos Variáveis (Matérias-Primas e Insumos)
iv. Orçamento de Gastos com Pessoal
v. Orçamento de Despesas Operacionais
vi. Orçamento de Investimentos Operacionais
vii. Levantamento da Necessidade de Capital de Giro (NCG)

2) SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS

Assim que cada plano financeiro (Receitas, Custos, Investimentos, etc.) é finalizado pelo respectivo
gestor responsável, a área de Planejamento e Controladoria pode então consolidar todas as
informações em um plano único, gerando um Cenário Inicial para análise de todos os stakeholders na
empresa.

É altamente recomendado que a empresa crie algumas variações e faça simulações de diferentes
cenários alternativos, prevendo situações possíveis e prováveis, como a abertura ou fechamento de
Canais de Vendas, contratação ou demissão de pessoal adicional, realização de Investimentos de
expansão, etc. O mais comum é que as empresas elaborem no mínimo três cenários: um Cenário
Realista, um Cenário Pessimista e um Cenário Otimista.

3) ACOMPANHAMENTO DO ORÇAMENTO

Depois de elaborado um Orçamento Inicial, gerado diversos Cenários e homologado um Plano


Orçamentário a ser seguido, é preciso então acompanhar mensalmente os resultados para saber se a
empresa está caminhando no sentido certo para atingir os objetivos que foram estabelecidos.
Para isto, três instrumentos de gestão são extremamente necessários: os Relatórios Gerenciais, as
Análises Gráficas e os Indicadores de Desempenho, que auxiliam sua empresa a tomar decisões
baseadas em dados e fatos e não em opiniões ou percepções pessoais. Sem eles é como “pilotar” a
empresa de olhos vendados!
O ideal é que os Gráficos e Indicadores de Desempenho tragam os valores Planejados, Realizados
e o Histórico do ano anterior. Assim você pode ter uma visão geral dos resultados planejados para o
ano, acompanhar mensalmente quais metas estão sendo alcançadas e também comparar o
desempenho com o ano anterior, para identificar se sua empresa está crescendo ano a ano.

4) REVISÕES ORÇAMENTÁRIAS

Consiste no processo de reavaliação das metas planejadas para um determinado horizonte de


tempo. Como sempre dizemos, o planejamento orçamentário não deve ser imutável. As organizações
e seus mercados de atuação podem sofrer influência de inúmeros fatores externos, e sempre que isto
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ocorrer será necessário que a organização faça Revisões Orçamentárias para alinhar seus objetivos e
metas ao novo cenário onde está inserida.
A empresa deve realizar uma Revisão Orçamentária assim que notar que os planos atuais já não
fazem mais sentido.

Conhecendo a Gestão Orçamentária, os principais benefícios que ela pode gerar e finalmente, como
iniciar o processo dentro da empresa. Tão essencial quanto essas etapas, é a escolha de uma
ferramenta adequada à maturidade de orçamento adequado para uma empresa.

Empresas em estágio inicial, é comum não existir uma área ou profissional dedicado ao
Planejamento e Controladoria, na maioria dos casos esta função é feita em “parttime” pelo financeiro
ou até mesmo pelos próprios sócios da empresa. Ter Demonstrativo de Resultado do Exercício), Fluxo
de Caixa e Balanço Patrimonial, é essencial para começar a Gestão Orçamentária, no entanto,
empresas que estão neste estágio geralmente não possuem esses relatórios. Por consequência, ter
KPI’s e Simulações de Cenários é um grande desafio.

O fato é que, empresas nesse nível, levam tempo para chegar a um modelo inicial que combine os
ganhos de agilidade de uma Modelagem Orçamentária mais enxuta, com os ganhos de análise
proporcionados por uma estrutura mais detalhada. Infelizmente não existe “bala de prata” nesta hora,
cada empresa precisa testar e ajustar o modelo, até chegar ao ideal para o planejamento e
acompanhamento de seus negócios.

Empresas em estágio intermediário, é comum ter um controller dedicado para fazer a Gestão
Orçamentária, muitas vezes já apoiado por um analista ou um assistente de controladoria. Gerentes e
supervisores estão envolvidos no processo de elaboração e acompanhamento do orçamento. Com
Projeção de DRE completa, começa a ficar mais fácil realizar uma boa Projeção de Fluxo de Caixa e
Simulações de Cenários se tornam essenciais para entender se vale a pena ou não prosseguir com os
planos, antes que qualquer centavo seja investido.

Empresas em estágio avançado, normalmente já possuem equipes de Planejamento e Controladoria


dedicadas e focadas para fazer a Gestão Orçamentária. Todo o processo de planejamento e
acompanhamento orçamentário costuma ser descentralizado, gerando ganhos significativos. Quanto
aos KIP’s, as empresas neste estágio já costumam projetar e analisar indicadores de balanço, como
Índices de Liquidez (Corrente, Seca, Líquida e Imediata) e de Endividamento, e nenhuma decisão é
tomada sem antes criar uma Simulação de Cenários e avaliar todos os impactos que a decisão terá.

Nesse estágio, as empresas buscam cada vez mais o detalhe do dado, por isso são essenciais “drill-
down” das informações para identificar as causas de qualquer desvio.

Para conhecimento, vamos conceituar o orçamento público.

Orçamento Público

Orçamento é um dos mais antigos e tradicionais instrumentos utilizados na gestão dos negócios
públicos, sendo concebido inicialmente como um mecanismo eficaz de controle parlamentar sobre o
Executivo. Ao longo do tempo, sofreu mudanças no plano conceitual e técnico (aspectos jurídico,
econômico, financeiro, de planejamento e programação, gerencial e controle administrativo, por exemplo)
para acompanhar a própria evolução das funções do Estado.
Os primeiros Orçamentos de que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se
importavam apenas com o gasto. Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de
despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia
uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso
distributivo na alocação dos recursos públicos.
Era compreendido como uma peça que continha apenas a previsão das receitas e a fixação das
despesas para determinado período, sem preocupação com planos governamentais de desenvolvimento,
tratando-se, assim, de mera peça contábil-financeira. Tal conceito se revela ultrapassado, pois a
intervenção Estatal na vida da sociedade aumentou de forma acentuada e, com isso, o planejamento das
ações do Estado é imprescindível.

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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A história divide a evolução conceitual do Orçamento Público em duas fases: o Orçamento tradicional
e o Orçamento moderno. Até o século XIX, o s doutrinadores consideram que perdurou o Orçamento
Tradicional, que, é marcado pelo controle político (orçamento como instrumento de controle) cuja
preocupação seria controlar os gastos públicos. Os gastos públicos eram vistos como um mal necessário.
A partir dos primórdios do século XX, tendo como indutor os EUA, desenvolveu-se na Administração
Pública a preocupação em ser mais eficiente, visando promover o desenvolvimento econômico e social.
O orçamento, antes era considera do um mero demonstrativo de autorizações legislativas e que não
atendia as necessidades, passou a ser visto como algo mais que uma simples previsão de receitas ou
estimativa de despesa. Este passaria a ser considerado como um instrumento de administração visando
cumprir os programas de governo.
Desta forma, o Orçamento evoluiu ao longo da história para um conceito de Orçamento-programa,
segundo o qual o Orçamento não é apenas um mero documento de previsão da arrecadação e
autorização do gasto, que além de conter a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem
realizadas por um governo, em um determinado exercício financeiro mas um documento legal, que
contém programas e ações vinculados a um processo de planejamento público, com objetivos e metas a
alcançar no exercício (a ênfase no Orçamento-programa é nas realizações do Governo).

O orçamento é utilizado hodiernamente como instrumento de planejamento da ação governamental,


possuindo um aspecto dinâmico, ao contrário do orçamento tradicional já superado, que possuía caráter
eminentemente estático.
Apesar de todas as divergências existentes na doutrina, considera-se o orçamento como uma lei
formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não criando direitos subjetivos nem
modificando as leis tributárias e financeiras.
Sendo uma lei formal, a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual não cria direito
subjetivo, não sendo possível se exigir, por via judicial, que uma despesa específica fixada no orçamento
seja realizada.

São listadas as seguintes características da lei orçamentária:


a) lei formal – formalmente o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em vários casos ela
não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo
legislativo; embora lei, em sentido formal não possui coercibilidade.
b) lei temporária – a lei orçamentária tem vigência limitada.
c) lei ordinária – todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos
suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias.
d) lei especial – possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica.

O orçamento compreende quatro aspectos fundamentais:


a) o jurídico, que envolve a natureza do ato orçamentário quanto aos direitos e obrigações que ele
gera à Administração, aos agentes públicos e aos administrados.
b) o político, que indica para qual direção o poder político está atuando, isto é, qual necessidade
coletiva entendeu ser de interesse público e usará, para sua satisfação, o serviço público mediante seu
critério de gasto.
c) o econômico, quanto às diretrizes econômicas e políticas fiscais adotadas em sua elaboração e
que se tornarão postulados a serem seguidos.
d) técnico-financeiro, estabelecendo metodologias e procedimentos administrativos e contábeis
adotados à persecução dos fins do instrumento orçamentário.

Os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado e as distorções, visando manter
a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar os recursos com mais eficiência. O Orçamento
tem a função de também regular o mercado e coibir abusos, reduzindo falhas de mercado e
externalidades negativas (fatores adversos causados pela produção, como poluição, problemas urbanos,
dentre outros).
O Estado intervém de várias formas no mercado, como através da política fiscal e da política monetária,
com controle de preços, salários, inflação, dentre outros. São exemplos de instrumentos e recursos
utilizados pelo Estado para intervir na economia:

Apostila gerada especialmente para: André Luís Almeida dos Santos 677.604.575-53
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• Política Fiscal - envolve a administração e a geração de receitas, além do cumprimento de metas e
objetivos governamentais no orçamento, utilizado para a alocação, distribuição de recursos e
estabilização da economia. É possível, com a política fiscal, aumentar a renda e o PIB e aquecer a
economia, com uma melhor distribuição de renda.
• Política Regulatória - envolve o uso de medidas legais como decretos, leis, portarias, etc., expedidas
como alternativa para se alocar, distribuir os recursos e estabilizar a economia. Com o uso das normas,
diversas condutas podem ser banidas, como a criação de monopólios, cartéis, práticas abusivas,
poluição, etc.
• Política Monetária – envolve o controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral,
para efeito de estabilização da economia e influência na decisão de produtores e consumidores. Com a
política monetária, pode-se controlar a inflação, preços, restringir a demanda, etc.

O Orçamento Público funciona como um balizador na economia; existindo elevados investimentos


governamentais no orçamento, provavelmente haverá reflexos na criação de empregos e aumento de
renda; em contraposição, um orçamento restritivo em investimentos, provocará desemprego,
desaceleração da economia e decréscimo no produto interno bruto.

Dentre as funções consubstanciadas no Orçamento Público, destacamos:

A função alocativa diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos, justifica-se quando
o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária
eficiência na utilização desses recursos. Portanto, a utilização desse instrumento de atuação se efetiva
em situações de “falha de mercado”, como, por exemplo, na presença de externalidades ou de bens
públicos.

A função distributiva, por sua vez, diz respeito a promover ajustamentos na distribuição de renda.
Justifica-se seu emprego nos casos em que o resultado distributivo do mecanismo de ação privada não
for considerado socialmente justificável ou desejado. Mais uma vez a justificativa está ligada à correção
das falhas de mercado.

A função estabilizadora, por fim, está associada à manutenção da estabilidade econômica, justificada
como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. Portanto,
seu emprego gera estabilidade dos níveis de preço (combate às pressões inflacionárias), diminui os
potenciais efeitos da depressão e mantém o nível de emprego (combate ao desemprego), tendo à
disposição dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política monetária.

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