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Dossiê Foucault
N. 3 – dezembro 2006/março 2007
Organização: Margareth Rago & Adilton L. Martins
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Inês Lacerda Araújo
Formação discursiva como conceito chave para a
arqueogenealogia de Foucault
Abstract: This paper is an analysis of the discourse formation concept that we believe
is essential in order to understand what Foucault means with discourse, knowledge,
truth and science. This comprehension will permit us to distinguish between two
concepts, discourse formation in Foucault’s archeology and Kuhn’s paradigm; its
differences and approximations take us to the next step, that is to give a notion of
truth in science in general and in human sciences particularly. These analyses permit
to sustain the hypothesis that there is not a radical cut between archeology and
genealogy. Foucault does not abandon the first in benefit of the second, for it is the
description of the discourse practices that gives material to the genealogy of truth and,
consequently, to understand Foucault’s conception of science. This is why, the
formation discourse concept must not be considered in epistemological terms, but as a
discourse practice among other practices, on the soil’s knowledge of an epoch, what
may seem a paradox, but is not, if we consider that knowledge in always connected
with power relations. It is in this point that history is given its double role: it is
indispensable for the analysis of discourse (historical a priori) as ‘happenings’ in the
knowledge order and history is also what must be taken into account in the genealogy,
the material that is a product of the knowledge-power relations is historical; they are
not the source of truth, nor the truth origin discovery, neither the absolute knowledge
foundation.
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Características do discurso
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Como tal enunciado é usado e que efeitos produz, como tal discurso
é controlado, qual é excluído e qual é beneficiado e prestigiado? Em
função do que?
Não há enunciado neutro, ele funciona e toma efeito numa prática
discursiva que é prestigiada, em geral, pelo fato de produzir verdade.
Verdade, por sua vez, especialmente na modernidade, é a da ciência
(cf. Foucault, 1971). Assim, no discurso psicopedagógico, o alvo é a
criança e seu aprendizado, por isso interessam os conceitos de
comportamento, adaptação, inteligência, atividade, psicomotricidade; é
desse modo que um objeto de saber, neste caso o aprendiz e suas
características psicológicas, pode se tornar alvo de intervenção da parte
de uma ciência, ou no exemplo acima, de duas ciências, a pedagogia e a
psicologia.
Foucault não pretende desmerecer avanços no território das
ciências humanas, nem discutir se as teorias são científicas, isto é, se
seus enunciados são consistentes, seu status epistemológico, se a
psicologia deve ser comportamental ou empírica. Interessa a Foucault
que esse tipo de enunciado sobre a criança e seu comportamento, tenha
surgido em certa época (final do século XIX) e que ele tenha esse tipo
de emprego: testar, adaptar, conhecer, treinar.
As práticas discursivas têm relação com outras práticas sociais,
econômicas, culturais, justamente essa relação é o foco da genealogia,
como veremos ao longo do artigo.
Essa visão de exterioridade do arqueólogo do saber é acompanhada
de análises acerca do modo com são usadas, reutilizadas, acumuladas, e
também, abandonadas ou desprestigiadas certas práticas.
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Ciência e verdade
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Bibliografia
Recebido em dezembro/2006.
Aprovado em fevereiro/2007.
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