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IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS1
RESUMO: Tendo em vista o quanto não se faz uma distinção conceitual e prática de
dificuldades de aprendizagem e de distúrbios de aprendizagem, ocorrendo uma
igualização destes termos, e consequentemente implicações nas atuações
pedagógicas no cotidiano escolar, mostrando o quanto se faz necessário o
conhecimento das causas destes transtornos de aprendizagem, e suas
características, de modo a se fazer corretas intervenções profissionais que
contribuam com as ações pedagógicas que se intercalam com ações
psicopedagógicas nos processos de aquisição de aprendizados na evolução
humana.
INTRODUÇÃO:
1
Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Psicopedagogo.
como uma modalidade de avaliação que se desenvolve no processo de ensino-
aprendizagem para aprofundar no conhecimento de aspectos pessoais e escolares.
Partindo deste ponto, visar facilitação da permanência de alunos que
apresentam tais transtornos no meio escolar. Visto que a aprendizagem é resultado
de experiências que se tornam concretas numa mudança adquirida de
comportamentos, regidos por condições internas e externas, inerentes ao individuo
movido por interações psicosociológicas e neurológicas.
Diferenciando assim distúrbios de aprendizagem de dificuldades de
aprendizagem, de modo a propiciar uma intervenção pedagógica e ou
psicopedagógica coerentes, incumbindo-se adequadamente profissionais para tais
atendimentos tanto na individualidade como na coletividade, visando um
aprendizado não preconceituoso, um aprendizado que contemple a todos de
maneira igualitária.
DESENVOLVIMENTO:
A colocação dos autores acima citados torna claro o papel das escolas em
oportunizar a todos alunos o acesso e utilização dos mais variados recursos e
métodos que motivam o aprendizado.
Podemos dividir o desenvolvimento em vários aspectos, como o cognitivo,
afetivo, social, intelectual, comunicativo, motor, quando encontramos dois ou mais
destes aspectos alterados, podemos falar em distúrbios mais globais do
desenvolvimento.
Distúrbios globais de desenvolvimento constituem uma classe variada de
problemas, como as deficiências mentais, o autismo e uma série de outras alterações
que podem vir a provocá-los em graus diversos, dependendo da gravidade e da
extensão das dificuldades encontradas.
Atenção, criança com dificuldade de aprendizagem é diferente de criança com
dificuldades escolares, a ultima faz referencia a incompetência das instituições
educacionais em desempenhar seus papeis sociais não podendo ser considerado
como problema do aluno.
Ao se tratar de transtornos de aprendizagem percebem-se fatores que
apontam para a necessidade de mudanças na postura familiar e nos investimentos
em políticas públicas em educação que inserem nas escolas profissionais
(psicopedagogos) para atender tais necessidades melhorando o acesso ao
aprendizado e a uma qualidade de ensino igualitária a todos os educandos,
redimensionando o olhar e as práticas sobre as dificuldades de aprendizagem e
sobre os distúrbios de aprendizagem.
Chama atenção nas escolas a existência de crianças que apresentam
dificuldade de aprendizagem e que aparentemente não apresentam defeitos físicos,
sensoriais, intelectuais ou emocionais, e que, no entanto são rotuladas com uma
série de síndromes, hipercinética, hiperatividade, autismo, lesão cerebral mínima,
disfunção cerebral mínima, classificadas como portadores de distúrbios de
aprendizagem, sendo que se fosse esclarecido ao corpo docente o que realmente
caracteriza estes transtornos de aprendizagem, um acompanhamento correto com
uma intervenção preventiva, realizada com professores família, psicopedagogos,
com um programa individualizado que trabalhe o universo sócio afetivo de cada
criança, bastaria para que estas apresentassem o rendimento escolar tão almejado
por pais e professoras.
Uma intervenção pedagógica preventiva que de suporte ao educador pode
favorecer a criança num futuro mais próximo, dando-lhes garantias de melhor
qualidade de vida à medida que suas necessidades especiais são atendidas, antes
que aumentem/evoluem.
Ao mesmo tempo em que seu contexto sócio familiar é também contemplado
por esses serviços, com orientações sobre formas mais apropriadas de lidar com
possíveis barreiras de natureza variada ao pleno desenvolvimento do potencial da
criança. Pois é papel da escola o acolhimento á diversidade, criando condições de
permanência e de progressão dos alunos na instituição, criando situações
mobilizadoras onde não se esgotem os recursos e métodos de estimulação à
permanência destes alunos na escola, ao mesmo tempo em que resgatem e
aproximam as famílias, as integrando ao alcance das metas e objetivos comuns a
todos.
Importante colocar aqui que dificuldades de aprendizagem não se restringem
apenas à criança, visto que surgem devido a condições (físicas, de trabalho,
temporárias, eventuais), fatores físicos e psicológicos (ansiedade, stress,
depressão,...), que podem alterar o curso do desenvolvimento humano, causando
limitações independentemente da faixa etária em que se encontra o individuo.
Cassol, Coradini, Rambo, Pauletto, (2003, p.155) nos colocam que:
Faço aqui das palavras escritas por Vélez, quando coloca “como querermos
viver na escola infantil”, minhas palavras. Esperando que o citado acima não se
restrinja apenas as escolas de educação infantil, mas sim a todo rede de ensino seja
pública ou particular, de educação básica ou superior. Que os papéis educativos não
mais se confundam pondo a outros seus deveres e sim, intervenham sempre na
busca do objetivo final, a aprendizagem.
CONCLUSÃO:
Com este trabalho concluo que a idéia de fracasso escolar ligada ao insucesso
de quem é colocado na posição de aprendente, aquele que não conseguiu absorver
e armazenar os conhecimentos que lhe foram passados, e então colocados como
portadores de algum transtorno de aprendizagem, no caso aqui denominados como
dificuldades de aprendizagem e/ou distúrbios de aprendizagem, por vezes colocados
erroneamente. Para tanto investigar as causas que levam as dificuldades de
aprendizagem e aos distúrbios de aprendizagem, é a melhor maneira de se percebê-
los, e diferenciá-los, dentro de perspectivas de conhecer e tornar-se ciente de que
por de trás de cada individuo que se mostra com dificuldades e/ou distúrbios de
aprendizagem a um conjunto de causas sociais e orgânicas, que o envolvem, seus
familiares, seu meu social, a escola e seus professores.
Professores, profissionais que atuam diretamente com alunos com
dificuldades de aprendizagem, com distúrbios de aprendizagem, e outras variadas
situações e casos que fogem do programado para aulas sistemáticas, buscando na
coletividade das salas de aula um aprendizado homogêneo, que contemple a todos,
seguindo currículos pré determinados, que não visam propostas inclusivas,
amplamente existentes nos currículos ocultos.
A diversidade humana que compõem as salas de aula, suas reais condições
de aprendizado, e demais fatores que contribuem para que as dificuldades de
aprendizagem e os distúrbios de aprendizagem ocorram, traz para dentro das
instituições de ensino, além da capacidade dos educadores de possuir um olhar
diferenciado para cada educando e suas especificidades a necessidade da
intersecção de diversos profissionais: educadores especiais, psicólogos, pedagogos,
psicopedagogos, ..., num trabalho único que visa à construção do conhecimento nos
processos de ensino aprendizagem que constituem o ciclo natural da evolução
humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PAULA, Ercília Maria Angeli Teixeira de: Mendonça, Fernando Wolff. Psicologia do
Desenvolvimento. 3. Ed. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.
SILVA, Daniel Vieira da. Educação Psicomotora. – Curitiba: IESDE Brasil S. A.,
2009.