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1. Tema
2. Contexto intelectual e forma de inserção no debate de Relações
Internacionais
3. Argumento
4. Forma de construção e defesa do argumento (metodologia)
5. Principais conclusões
6. Críticas
Ainda bem que o fórum foi reaberto porque quando vi a tua provocação, já havia
se encerrado.
A proposta globalista ignora o território, Lucas, segundo Buzan e Weaver (2003),
teóricos da Escola de Copenhague (Segurança Internacional). Sendo assim, a
teoria globalista vê a própria globalização como forma de desterritorialização
política e isso tem como consequência o reconhecimento de novos atores no
sistema internacional, seus regimes e normas, além de tirar o privilégio do Estado
como ator principal do sistema. Esse contexto faz com que os demais atores
sejam incluídos em uma rede de interação de diversos níveis onde os Estados
participam do que eles chamam de "jogo de xadrez" que as regras não são
necessariamente ditadas por eles. Assim, dá para ter uma ideia melhor sobre
desterritorialização, afinal, sabemos que os únicos que têm território e soberania
no sistema são os Estados, os demais atores não agem territorialmente (digo, não
possuem um território próprio, onde ditam regras e são soberanos).
Essa questão globalista é vista por outras teorias como positiva e negativa,
depende sempre do ponto de vista. Sabemos que o processo da globalização é
centro-periferia, o que acaba prejudicando os Estados que Buzan e Weaver (2003)
chamam de fracos, sendo para eles algo negativo (visão da teoria marxista).
Enquanto para a teoria liberal, a globalização é uma oportunidade dos Estados
fracos se incluírem no sistema, podendo gerar um movimento de centro-periferia-
centro (BUZAN e WEAVER, 2003).
3. Regionalista
a. Nível regional em ascensão no pós-GF por causa do declínio da rivalidade das
superpotências, que diminuiu a penetração de poder no resto do mundo e pelo fato de que
a maioria das grandes potencias no pós-GF possuem “poderes leves”, ou seja, sua
dinâmica domestica os afasta das forças militares com a baixa concorrência estratégica
nos pontos problemáticos do mundo. Ou seja, os estados e sociedades passam a resolver
suas relações políticas com menos interferência das grandes potências.
b. Não é negada a significância do nível regional durante a GF: análise de segurança se
inicia com as regiões e emprega uma abordagem comparativa (LAKE E MORGAN)
c. Regionalismo = neorrealismo (o uso de uma abordagem de segurança construtivista +
foco regional os coloca fora do projeto neorrealista) + Globalismo (relação
necessariamente menos próxima devido a desterritorialização//globalizaçãoameaça)
d. Conexões não-territoriais também são possíveis de emergir. Subsistemas não
territoriais são totalmente compatíveis com a meta-teoria da securitização e constelação,
com dois poréns: tem que ocorrer uma mudança da ameaça da mais terriorializada pra
menos terriorializada e por um aumento nos níveis de poder absoluto suficiente para
permitir ignorar cada vez mais a distância.
e. Mas somente se esses desenvolvimentos se tornarem muito mais comuns e mais
uniformemente distribuídos do que são agora, começamos a questionar o elemento-chave
de nossa teoria: que os complexos de segurança são um componente principal esperado
da segurança internacional
f. Criamos nossa teoria para que possa acomodar atores não-estatais, e até mesmo
permitir que eles sejam dominantes
g. Embora nossa teoria tenha o nível regional, também incorpora outros níveis (global,
inter-regional, local) e permite circunstâncias específicas de tempo e lugar para
determinar qual (es) nível (s) dominar
h. Muitos dos processos de securitização estão em alguns aspectos essenciais causados
pelo conjunto de desenvolvimentos capturados na globalização (ex: preocupação com a
hegemonia)
i. A TCRS acomoda em sua base não só os atores estatais, como também os não-estatais
e até mesmo os enxergam como potenciais dominantes, igualmente aos Estados.
Importante salientar também que, apesar de ser uma teoria que valoriza o regionalismo,
ela também incorpora outros níveis (global, inter-regional e local).
j. Os processos de securitização podem definir ameaças como proveniente do nível
global (instabilidade financeira, aquecimento global, americanização), mas os objetos
referentes a serem protegidos podem ser quer a nível global (o regime económico global,
o regime ecossistema planetário, a norma de não-proliferação) ou em outros níveis
(comunidade, Estado, região)
k. As causas globais podem ter diferentes efeitos em diferentes regiões
l. O que se torna claro a partir dessa consideração do neorrealista, globalista, regionalista
é que todas elas abrangem importantes elementos que precisam ser mantidos à vista ao
tentar entender a ordem a Pós-Guerra Fria de segurança global (ou qualquer ordem de
segurança)
m. São as ameaças securitizadas localizadas principalmente no mercado interno regional
ou do sistema?