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Direito Constitucional – Delegado- PC-GO

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

Aula 0
Direito Constitucional
Ciclos
iclos constitucionais. Classificações das constituições. Interpretação
constitucional;
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

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Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso para o cargo de
Delegado
egado da Polícia Civil de Goiás.
Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme
estarmos aqui para ministrar mais este curso pelo Ponto.
É realmente uma honra podermos ajudar nos seus estudos e contribuir para a
aprovação que certamente virá em breve para muitos de vocês.
Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou
trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a
disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional.
Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO.
TRE GO. Sou ex-Oficial
ex da
Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós-
Pós
graduado em Direito Constitucional.
Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição
onstituição Federal
Anotada para Concursos (8ª Edição)" publicado pela Editora Ferreira e dos
livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e
"Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV", FGV" ambos pela
Editora Método.
Sou também coordenador,
enador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da
coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo
sendo autor das seguintes obras:
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional
Constitucional - CESPE – 2ª
Edição;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC;
-1001
1001 Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF-
ESAF 2ª Edição
(este em parceria com Francisco Valente).
Oi pessoal, eu sou Rodrigo Duarte, também servidor do TRE-GO,
TRE bacharel em
Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado
pós graduado em Direito
Constitucional, futuro Defensor Público do Mato Grosso do Sul, e estou aqui
também para ajudar na sua aprovação.
Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem
alcançarem a nota 10, para
isso, imperioso contarmos com sua dedicação e compromisso. Por mais difícil
que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar
para a nota 7, nota 8...lembre-se,
8...lembre se, a concorrência é grande! Mas não é por isso
que seueu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao
máximo para que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito
Constitucional da forma mais agradável possível.
Nossa Programação será a seguinte:
Aula 0- Noções gerais, Ciclos
iclos constitucionais.
constitucionais. Classificações das constituições.
Interpretação constitucional;

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Aula 1- Conceito, objeto, elementos e classificações da Constituição. História


das Constituições. Supremacia da Constituição. Aplicabilidade das normas
constitucionais. Neoconstitucionalismo;
ucionalismo;
Aula 2- Poder constituinte. Fundamentos do poder constituinte. Poder
constituinte originário e derivado. Reforma e revisão constitucionais. Limitação
do poder de revisão. Emendas à Constituição. Poder constituinte e revolução;
Aula 3- Direitos e deveres fundamentais. Direitos e deveres individuais e
coletivos. Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
Tratados Internacionais de Direitos Humanos e sua posição no ordenamento
jurídico brasileiro;
Aula 4- Continuação Aula
la 2;
Aula 5- Direitos sociais, nacionalidade, cidadania e direitos políticos. Partidos
políticos. Garantias constitucionais individuais. Garantias dos direitos coletivos,
sociais e políticos. Direitos Sociais e sua efetivação. Aula 5- 5 Organização do
Estado.o. Organização político‐administrativa.
político administrativa. Estado federal brasileiro. A União.
Uni
Estados federados. Municípios.
pios. O Distrito Federal. Territórios.
Territ
Aula 6- Poder legislativo: fundamento, atribuições e garantias de
independência;Comissões parlamentares de inquérito. Organização
inquérito. e
competências.
Aula 7- Administração o pública.
p Disposições
es gerais. Servidores públicos.
p
Mecanismos de freios e contrapesos.
Aula 8- Processo Legislativo: fundamento e garantias de independência,
conceito, objetos, atos e procedimentos.
Aula 9- Poder Executivo. Forma e sistema de governo. Chefia de Estado e
chefia de governo. Atribuições e responsabilidades do presidente da República.;
Aula 10- Poder Judiciário;
Aula11- Continuação Poder judiciário e Funções essenciais à Justiça;Conselho
Nacional
onal de Justiça (CNJ). 23 Funções essenciais à justiça. Ministério Público.
Princípios, garantias, vedações, organização e competências. Conselho Nacional
do Ministério Público (CNMP).
Aula 12- Defesa do Estado e das instituições democráticas. Segurança Pública.

Organização da segurança pública. Atribuições constitucionais da Polícia
Judiciária;
Aula 13- Ordem Social.
Aula 14- Sistema Tributário Nacional. Princípios gerais. 4 Limitações do poder
de tributar. 4 Impostos da União, dos Estados e dos municípios.
município Repartição das
receitas tributárias;
Aula 15- Finanças públicas. Normas gerais. Ordem econômica e financeira.
Princípios gerais da atividade econômica. Política urbana, agrícola e fundiária e
reforma agrária. Sistema Financeiro Nacional.

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Aula 16- Controle


role de constitucionalidade. Conceito e sistemas de controle de
constitucionalidade. Inconstitucionalidade: por ação e por omissão. Sistema
brasileiro de controle de constitucionalidade. Arguição de descumprimento de
preceitos fundamentais. O fenômeno Jurídico
Jurídico da desconstitucionalização

CICLOS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUCIONA

Durante o constitucionalismo liberal clássico,


clássico, Biscaretti DI RUFFÌA identifica o
surgimento de diversos ciclos constitucionais, os quais serão expostos a seguir.
A França teve várias Constituições no final do século XVIII, as quais são
agrupadas em dois ciclos constitucionais distintos.
A primeira Constituição escrita do país, ainda no período monárquico, foi
redigida pela Assembleia Nacional Constituinte de 1789 e promulgada em 3 de
setembro de 1791, tendo como preâmbulo a Declaração o Universal dos Direitos
do Homem e do Cidadão.
Cidadão Apesar de sua curtíssima duração, teve grande
importância histórica, servindo de inspiração aos constituintes de Cádiz na
formulação da Constituição espanhola (1812) e na elaboração
elaboração das constituições
da Itália (1821) e da Noruega (1814).
(1814)
Logo em seguida, ocorreu uma divisão entre os revolucionários franceses. A
parcela da burguesia que não queria aprofundar a revolução por temer um
radicalismo popular aliou-se
se aos setores da nobreza liberal e do baixo clero –
constituindo uma espécie de “plebe eclesiástica” – para formar o Clube dos
Girondinos.
Do lado oposto, liderados pela pequena burguesia e apoiados pelas massas
populares de Paris (sans--culottes),
), desejosos da ampliação dos direitos do
povo, ficaram os Jacobinos.
Jacobinos
A partir da posição ocupada por esses grupos em relação à mesa da presidência
da Convenção Nacional surgiram as modernas designações políticas de direita,
centro e esquerda. À direita
eita ficavam os girondinos que desejavam consolidar as
conquistas burguesas, estancar a revolução e evitar a radicalização; ao centro,
o grupo de burgueses sem posição política definida; e, à esquerda,
esquerda a burguesia
jacobina que defendia o aprofundamento da revolução.
Esta divisão deu origem a dois estatutos que, apesar de nunca terem sido
concretamente aplicados, foram de grande importância político-histórica:
político
a Constituição girondina,, proposta em fevereiro
fevereiro de 1793, e a Constituição
jacobina,, adotada em 24 de junho do mesmo ano, mas revogada logo em
seguida pela Convenção e seu Comitê de Salvação Pública.. Finalizando este
ciclo, em 22 de agosto de 1795, foi adotada a Constituição do Diretório,
Diretório
resultante dee um compromisso entre os monarquistas e os jacobinos mais
moderados (Convenção
Convenção Termidoriana).
Termidoriana

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Constituições napoleônicas (1799-1815).


(1799
Um golpe de Estado marcou o fim do ciclo revolucionário e a consolidação dos
princípios da revolução nas instituições francesas, dando início à ditadura
napoleônica. Escolhido para chefiar o golpe de derrubada do Diretório,
Diretório Napoleão
Bonaparte, com o auxílio de militares e membros do governo, implanta o
Consulado e retoma os princípios
prin do Antigo Regime (ancien
ancien régime).
régime
Nos dias 9 e 10 de novembro de 1799 (18 e 19 de Brumário, segundo o
calendário revolucionário), com o apoio do exército, Napoleão e Sieyès
dissolvem a Assembleia e instituem uma nova Constituição, aprovada em
plebiscito
cito com amplo apoio popular. No período do Consulado (1799 a 1804)
foram elaboradas três constituições: I) a de 13 de dezembro de 1799, que
conferia o governo a um triunvirato composto por três cônsules presididos por
Napoleão; II) a de 1802, que nomeava Napoleão Cônsul vitalício
(Senatoconsulto);
); e III) a de 1804, que criava o Império (1804 a 1814).
Diversamente dos apreciáveis resultados obtidos no âmbito administrativo e da
legislação civil, as inovações introduzidas por Napoleão no plano constitucional
não renderam bons frutos. Os artifícios utilizados com o intuito de revestir de
aparente legitimidade
dade democrática o arbítrio do Governante acabaram servindo
de exemplo, anos mais tarde, aos governantes de Estados autoritários.
autoritários

Constituições legitimadoras da restauração (1815-1830)


(1815 1830).
O terceiro ciclo é compreensivo
preensivo de um grupo de constituições caracterizadas por
consagrar a forma monárquica de governo.
governo
Neste período, o legitimismo transforma os velhos Reinos absolutistas
em autocracias constitucionais,
constitucionais, fornecendo substanciais contribuições para a
evolução dosos ordenamentos jurídicos europeus; a Monarquia absoluta cede
lugar à Monarquia limitada; em diversos Estados são instituídas duas Câmaras
legislativas ao lado do soberano, ainda que, em regra, houvesse eleição apenas
para uma delas e com o sufrágio restrito;
restri o princípio da igualdade jurídica entre
os cidadãos é consagrado ao lado dos direitos de liberdade,, tão mencionados
nos anos da Revolução.
Fazem parte deste ciclo a Constituição da Suécia de 1809, a da França de 1814
e as várias constituições dos Estados tedescos adotadas após a formação da
Confederação germânica de 8 de junho de 1815.
1815

Constituições liberais (1830-1848).


(1830
Neste período surgem constituições fortemente inspiradas na doutrina liberal,
tais como a Carta de Luís Felipe,
Felipe em 1830 na França, e o Reform Act,
Act em 1832
na Grã-Bretanha,
Bretanha, o qual marcou a fase democrática do direito constitucional
inglês, caracterizada pelas reformas eleitorais implementadas no sentido de
ampliar o direito de sufrágio.

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Contudo, foi na Bélgica que o legitimismo recebeu um golpe verdadeiramente


fatal. Fonte de inspiração para um grande número de Monarquias nos anos
seguintes, a Constituição belga de 7 de fevereiro de 1831, entre outras
contribuições, dedicou um título inteiro
inteiro aos “direitos dos cidadãos”; estabeleceu
que “todos os poderes emanam da Nação” e que os poderes do Rei seriam
apenas aqueles atribuídos por ela; adotou um sistema parlamentar de governo;
eletivo 37
e instituiu duas Câmaras legislativas com mandato eletivo.

Constituições democráticas (1848-1918).


(1848
Entre a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX,
surgem na Europa diversas constituições com o objetivo de admitir
progressivamente no poder todas as classes sociais, conjugando a ampliação do
direito de sufrágio com a aplicação meticulosa
meticulosa das regras do sistema
parlamentar de governo.
Neste período se encontram a Constituição francesa de 1848 e os vários textos
adotados pela Dinamarca (1849, 1866, 1915), Holanda (1887) e Luxemburgo
(1848, 1868, 1919).
DI RUFFÌA inclui neste ciclo uma “subcategoria”
“subcategoria” de
deconstituições
federais específicas, como a da Suíça e a da Alemanha, criadas ao longo da
segunda metade do século XIX como fruto de uma tendência federalista
ocorrida na época.

Constituição - Conceito:
Vamos fazer uma definição do Direito Constitucional... mas daqui a pouco,
agora vamos bater um papo sobre ele:
O Direito Constitucional é a "ciência" que estuda a Constituição (Óbvio, não?!).

Mas você sabe o que é a Constituição?


Dizer "o que é uma Constituição" não é fácil não... Atualmente não há consenso
entre os estudiosos sobre
e o que efetivamente seria uma Constituição. Já teve
inclusive muita “briga” com isso. Quando formos estudar a teoria da
Constituição veremos que cada um fala uma coisa diferente.
Não nos preocupando com isso agora, podemos dizer o seguinte (guarde bem
isso): A Constituição,, que trataremos aqui, é a norma máxima de um Estado,
Estado
que nasce com o objetivo de limitar os poderes autoritários dos
governantes em face dos particulares.
particulares. É uma norma que está lá em cima
da cadeia hierárquica, devendo ser observada por todos
todos os integrantes de um
Estado e ela também serve de base para todos os demais tipos de normas, daí
vem a ideia de SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO.

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Um jurista austríaco chamado Hans Kelsen elaborou a seguinte pirâmide


hierárquica:

Constituição (normas originárias +


.
emendas constitucionais)

.
Normas infraconstitucionais (leis em
sentido amplo)

Normas infralegais

Esta pirâmide revela várias coisas, a primeira delas é que a Constituição é mais
"enxuta", tem poucos detalhes e é dela que irradiam todas as outras normas,
que vão cada vez encorpando mais o chamado "ordenamento jurídico"
(conjunto das normas em vigor).
vig
Vejamos um exemplo hipotético:
Dizeres da uma Dizeres de uma lei Dizeres de uma
Constituição do infraconstitucional norma infralegal
País A
É assegurado o A aposentadoria poderá O recolhimento da
direito à ser requerida por contribuição deverá
aposentadoria. aqueles que ser feito até o dia
trabalharam por 35 10 de cada mês,
anos, recolhendo a através de guia
efetiva contribuição. especial, usando-se
usando
os índices
percentuais que
encontram-sese no
ANEXO II a este
regulamento.

Atualmente, estamos passando por um processo em que a Constituição Federal


acaba por “constitucionalizar” diversos direitos que antes ficavam somente no
campo das leis, assim, as bases do direito penal, direito civil, direito do
trabalho, previdenciário e etc. estão todas na Constituição.
Constituição. Devido a este fato, o
estudo do Direito Constitucional acaba se tornando a melhor ferramenta para se
ter uma base sólida no estudo do direito como um todo. Não se consegue ser
um especialista em algum ramo do direito sem que se saiba, ao menos de
forma
ma razoável, o Direito Constitucional. Assim, estamos vivendo um momento
em que a Constituição passa a assumir o papel central do ordenamento jurídico,

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impondo regras e princípios que serão usados por todos os aplicadores do


direito.
Outro ponto que extraímos
mos da pirâmide de Kelsen, é que a Constituição é
hierarquicamente superior às leis, e estas são hierarquicamente superior às
normas infralegais. Assim, é importante que digamos que as leis só podem ser
elaboradas observando os limites da Constituição, e as
as normas infralegais só
poderão ser elaboradas observando os limites da lei a qual regulamentam, e
assim, indiretamente também deverão estar nos limites da Constituição.

Não existem hierarquias dentro de cada


patamar, ou seja, não existe qualquer hierarquia
hierarquia entre quaisquer das
normas constitucionais nem qualquer hierarquia de uma lei perante
outra lei, ainda que de outra espécie.

Pirâmide de Kelsen X Ordenamento brasileiro atual


Na ordem jurídica nacional, esta pirâmide de Kelsen possui algumas adaptações
adaptaçõ
e peculiaridade. Pelos seguintes motivos:
1- Em 2004, a Emenda Constitucional 45 passou a admitir que os tratados
internacionais, caso versassem sobre “direitos humanos” e fossem
aprovados no Congresso Nacional com o mesmo procedimento das
emendas constitucionais
itucionais,, viessem a ter a mesma força de emendas
constitucionais (status hierárquico de Constituição).
2- Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre
direitos humanos,, caso não fossem aprovados rito de votação de uma
emenda constitucional,
titucional, não iriam adquirir o status constitucional (emenda
constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de
“supralegalidade” (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo
revogar leis anteriores
res e devendo ser observados pelas
pe leis
is futuras. Os demais
tratados, que não falassem sobre direitos humanos, possuem status de uma lei
infraconstitucional (equivalente a uma lei ordinária, comum).
Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro:

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Constituição (normas originárias +


emendas constitucionais + tratados de
. direitos humanos aprovados como
emendas constitucionais).

Normas supralegais (tratados de


direitos humanos não aprovados
. como emendas constitucionais).
tucionais).
Normas infraconstitucionais:
fraconstitucionais: (leis
em sentido amplo) Normas da CF, art.
59: leis ordinárias e complementares,
leis delegadas, decretos legislativos,
.
medidas provisórias e resoluções +
demais tratados internacionais +
outras normas como decreto
autônomo do presidente e
.
Regimento dos Tribunais.

Normas infralegais: Decretos (não


autônomos),, Regulamentos,
Portarias e etc.

É importante
tante notar que a Constituição, popularmente conhecida como
“Constituição Federal”, na verdade é uma “Constituição da República Federativa
do Brasil”, ou seja, uma Constituição “nacional” e não meramente “federal”, o
que isso quer dizer?
Quando usamos o termo
rmo “federal”, estamos falando de algo que está no âmbito
da União Federal (o poder central da nossa federação).
A Constituição não é norma “federal”, mas sim “nacional”, de toda a República
Federativa do Brasil, impondo deveres e prevendo direitos em toda
todas as esferas
da federação (federal, estadual e municipal).
Desta forma, o mais correto seria sempre empregarmos o termo “Constituição
da República Federativa do Brasil”, mas por comodidade e por estar
amplamente difundido, não há problemas em usarmos “Constituição
“Cons Federal”.
Até porque, desta forma, também a diferenciamos das Constituições Estaduais.
Isso mesmo, cada estado tem a sua própria Constituição. E os Municípios?
Quase, município não possui constituição (formal), mas sim lei orgânica, que
funciona como
omo a “Constituição” do município.
A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser
respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada

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em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem
observar
bservar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem
como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição
Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já
feitas pela Constituição Federal,
Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma,
soberana.
Mas atenção: Isso só se aplica quando falamos da Constituição! É totalmente
errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei
estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa sa federação (União, estado,
distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição
Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se
autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os
ordenamentos
denamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas
infralegais) são completamente independentes:

Leis Leis Leis do distrito


Leis federais
estaduais municipais federal

Autonomia Autonomia Autonomia

1. (CESPE/ Analista-
Analista Câmara dos Deputados/201 2014) Sendo a
constituição, em essência, uma lei, os conflitos entre normas constitucionais
co e
infraconstitucionais devem ser resolvidos a partir de uma ponderação de
valores no caso concreto, em atenção ao princípio da proporcionalidade.
Comentários:
Errado, pois a Constituição é hierarquicamente superior às lei, de forma que se
houver
uver conflito deve prevalecer a Constituição, pois é esta quem ocupa o topo
do ordenamento jurídico. A técnica de ponderação de valores resolve conflito
entre princípios e não regras...mas fique calmo, veremos esse assunto
oportunamente.
Gabarito: Errado.

2. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012)


Nacional/2012) A Constituição
Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não
revele incompatibilidade com os tratados internacionais de direitos humanos
pactuados pelo País.
Comentários:

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A Constituição
ituição é sempre norma máxima e fundamental do país, fruto de um
poder soberano, que não reconhece qualquer limitação formal. Assim, erra ao
dizer “desde
desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais”.
internacionais
Gabarito: Errado.

3. (CESPE/Técnico Científico
Ci - Banco da Amazônia/2012)
Amazônia/ A
Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de
outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las,
elaborá o
que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito.
Comentários:
Temos aí pessoal uma conceituação de Constituição considerada correta pela
própria banca CESPE, memorize que é comum que apareça na sua prova
novamente.
Gabarito: Correto.

4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo A norma constitucional é
uma sobrenorma,
brenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais
normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos
ao exercício das competências dos órgãos.
Comentários:
Perfeito... Já da para esquentar. A Constituição é isso aí. O ponto
po de partida
para as demais normas, é a norma suprema, ou como a questão diz uma:
"sobrenorma" delineando o conteúdo e as formalidades das demais normas que
estão abaixo dela.
Gabarito: Correto.

5. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo Segundo a estrutura
escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual
cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a
norma constitucional situa-se
situa se no ápice da pirâmide, caracterizando-se
caracterizando como
norma-origem,
origem, porque não existe outra
ou que lhe seja superior.
Comentários:
Olha só: a questão trouxe em palavras tudo aquilo que vimos na pirâmide de
Kelsen: a Constituição no ápice, servindo de origem, e cada patamar devendo
buscar a validade no patamar superior.
Gabarito: Correto.

6. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da
Constituição, constata-se
se que as normas constitucionais estão no vértice do

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sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias,


disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado.
Est
Comentários:
O Principio da Supremacia da Constituição, é justamente o fato de a
Constituição se sobrepor sobre todo o resto do ordenamento jurídico, ocupando
o mais alto patamar. É correto também dizer que a Constituição é um
instrumento de organização
ão política do Estado e de limitação do poder estatal
face aos particulares. Desta forma, está perfeito se falar que cabe à
constituição, entre outras coisas, disciplinar a estrutura e a organização dos
órgãos do Estado.
Gabarito: Correto.

Classificação, Estrutura e Normas Constitucionais:


Constitucionais
Classificação das Constituições.
Vamos ver agora como a doutrina classifica as Constituições.
Cada classificação refere-se
se a um foco específico de observação, logo, não são
classificações excludentes e sim "cumulativas", já que uma constituição
pode ter umas várias classificações diferentes, dependendo tão somente de
qual quesito está sendo observado, por exemplo a sua estrutura, extensão,
formação e até mesmo a forma como ela se relaciona com a realidade da
sociedade.
Vamos
mos então analisar cada um desses quesitos:

1- Quanto à origem:
Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a
Constituição pode ser:
• Promulgada (popular, ou democrática) – É aquela legitimada pelo
povo. É elaborada por uma assembléia
assembléia constituinte formada por
representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e
1988)
• Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos
governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de
“Carta” e não de “Constituição”.
Constituição”. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC
1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma)
• Cesarista (ou bonapartista) -É É uma carta considerada outorgada,
porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não
se pode
ode dizer essa participação popular torna a constituição democrática,
já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de
consentimento do povo com a vontade do governante.

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Pulo do Gato:
No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas.
Outo Foram
outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é
um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as
de 1891, 1934, 1946 e 1988 (dica: A primeira é um número ímpar, as demais
são pares).

2- Quanto à forma:
• Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um texto escrito. (ex.
Brasil de 1988)

Como já foi visto, a forma escrita é uma das


caracterísitcas do conceito ideal de Constituição do constitucionalismo moderno
e, para o Prof. Canotilho, a constituição escrita tem função de racionalizar,
estabilizar, dar segurança jurídica, além de ser instrumento de publicidade e
calculabilidade (calculabilidade significa que a Constituição escrita consegue
expor com maior clareza o que se pode e o que não se pode fazer).

• Não-escrita – Também chamada de Constumeira (Consuetudinária), não


se manifesta em estrutura solene. A matéria constitucional está
assentada e reconhecida pela sociedade em seus usos, costumes e etc.
(ex. Inglaterra).

3- Quanto à extensão:
• Sintéticas – São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se
restringem a tratar
das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização
do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA)
• Analíticas – São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias
maté
que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições
atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a
garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar
os direitos. (Ex. Brasil 1988)

4- Quanto ao conteúdo:

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• Material – Quando adotam-se


adotam se como constitucionais apenas as normas
essenciais a uma Constituição.

A Constituição brasileira de 1824 era material, pois


possuia em seu art. 178 o seguinte texto: "É só Constitucional o que diz
respeito aos limites
imites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos
direitos políticos e individuais dos cidadãos". Ou seja, ela limitou o que seria ou
não Constitucional usando como critério o conteúdo, matéria tratada e não a
forma.
• Formal – Independe do conteúdo,
conteúdo, basta que o assunto seja tratado em
um texto rígido supremo para ser tido como constitucional. (Ex. Brasil de
1988)

5- Quanto à elaboração:
• Dogmática – É aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando
o pensamento que uma sociedade possui naquele
naquele determinado momento,
por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações
que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade.Diz-sese que a Constituição dogmática sistematiza as idéias da
teoria política e do
o direito dominante naquele determinado momento da
história de um Estado.
• Histórica – Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em
um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela
não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados.

6- Quanto à alterabilidade (ou estabilidade):


• Rígida – Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente
um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. É o
que ocorre na CF/1988, que prevê um processo muito mais rígido para se
elaborar uma Emenda Constitucional do que para elaborar uma simples
lei ordinária.
• Flexível – Quando está no mesmo patamar das demais lei, não
necessitando nenhum processo especial para alterá-la.
alterá
• Semi-rígidasou
rígidasou semi-flexível-
semi Possuem uma parte rígida e outra
flexível. a Constituição Brasileira de 1824 era semi-rígida
semi rígida pois, como
vimos, trazia em seu art. 178 que: "É só Constitucional o que diz respeito
aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos
dir
políticos e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode
ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias”.

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• Imutáveis – Não podem ser alteradas.


• Super-rígidas – É como o Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88.
Isso ocorre pois na Constituição de 1988 temos as chamadas "cláusulas
pétreas", normas que não podem ser abolidas por emendas
constitucionais.

7- Quanto à finalidade:
• Garantia (ou negativa) – É aquela que se limita a trazer elementos
limitativos do poder do Estado.
• Dirigente – Possui normas programáticas traçando um plano para o
governo.
• Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político
de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à
realidade social, ou
u criar uma nova Constituição.

8- Quanto à relação com a realidade (classificação ontológica):


Classificação desenvolvida por Karl Loewenstein. Classificam-se
Classificam se as Constituições
de acordo com o modo que os agente políticos aplicam a norma.
• Constituição normativa
ativa – É a Constituição que é efetivamente aplicada,
normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos.
• Constituição nominal, nominalista ou nominativa – É ignorada na
prática.
• Constituição semântica – É aquela que serve apenas para justificar a
dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta
regular o poder.

Essa classificação de Loewenstein possui


nomenclatura semelhante a uma outra classificação trazida pelo Prof. Alexandre
de Moraes. Segundo o Professor:
Constituições nominalistas
nomi - Seriam aquelas que em seu texto já
possuem direcionamentos para resolver os casos concretos. Basta uma
aplicação pura e simples das normas através de uma interpretação
gramatical-literal.
Constituições semânticas - Seriam aquelas constituições onde, o para se
resolverem os problemas concretos, precisaria de uma análise de seu
conteúdo sociológico, ideológico e metodológico, o que propicia uma
maior aplicabilidade "político-normativa-social"
"político social" de seu texto.

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Assim, segundo a classificação de Loewenstein,


Loewenstein, entendemos que o Brasil teria
uma Constituição normativa, pois ela é uma norma a ser seguida e podemos
exigir o seu cumprimento (embora muitos doutrinadores adotem como sendo
nominalista, pois defendem que, na prática, muitos de seus preceitos são
ignorados,
ados, principalmente os programáticos). Segundo a classificação trazida
pelo Prof. Alexandre de Moraes, ela seria nominalista pois traz em seu texto os
meios para solucionar as controvérsias.

9- Quanto à dogmática (ou ideologia):


Ortodoxas (ou simples) - influenciada por ideologia única.
Ecléticas (ou complexas) - influenciada por várias ideologias.

10- Outras Classificações:


A doutrina ainda traz a classificação das Constituições denominadas Pactuadas
ou Dualistas que se referem a um compromisso firmado entre o rei e o Poder
Legislativo, pelo qual a monarquia ficaria sujeitada aos esquemas
constitucionais. Assim a Constituição se sujeitaria a dois princípios: monárquico
e democrático. Um exemplo foi a Magna Carta inglesa de 1215, onde o rei João
Sem Terra,, para não ser deposto de seu trono, teve de aceitar uma carta
imposta pelos barões, se submetendo a um rol de exigências destes.

Classificação da Constituição Brasileira de 1988:


Promulgada, escrita, analítica, rígida (ou super-rígida),
super rígida), formal, dogmática,
dogmátic
dirigente, eclética, normativa (ou nominalista - sem consenso, neste caso - na
classificação de Loewenstein), nominalista (na classificação de resolução dos
problemas de Alexandre de Moraes), codificada (para André Ramos Tavares) ou
reduzida (para Pinto Ferreira), legal (pelo fato de valer como lei, para Alexandre
de Moraes).

Quadro-resumo
resumo sobre a classificação das Constituições:
Classificaçã No Brasil
Critério Conceito
o (CF/88)
Outorgada Imposta pelo governante.
Legitimada pelo povo
Origem Promulgada através de uma Assembleia Promulgada
Constituinte.

Cesarista Imposta pelo governante,


mas posteriormente levada

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à aprovação popular (não


deixa de ser outorgada).
Documento Escrito (se único
Escrita = codificada/se vários =
legal).
Escrita e
Forma Consuetudinária Codificada.
(costumeira). O que importa
Não-Escrita
é o conteúdo e não como ele
é tratado.
Dispõe apenas sobre
matérias essenciais
Sintética
(organização do Estado e
Extensão limitação do poder). Analítica
É extensa tratando de vários
Analítica assuntos, ainda que não
sejam essenciais.
Independe do conteúdo
tratado. Se estiver no corpo
da Constituição será um
Formal
assunto constitucional, já
que o importante é tão
Conteúdo somente a forma. Formal
O importante é apenas o
conteúdo. Não precisa estar
Material formalizado em uma
constituição para ser um
assunto constitucional.

Necessariamente escrita.
Reflete a realidade presente
Dogmática
Elaboraç na sociedade em um
determinado momento. Dogmática
ão

Consolidada ao longo do
Histórica
tempo.

Pode ser alterada por leis de Rígida (ou


status ordinário. Prescinde super-rígida já
Alterabili Flexível de procedimento especial que possui
dade ou para ser alterada. cláusulas
estabilida pétreas).
de. Somente pode ser alterada
Em 1824 era
Rígida por um procedimento
semi-rígida.
especial.

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Semirrígida
Possui uma parte rígida e
ou semi-
outra flexível.
flexível
Imutável Não podem ser alteradas

Nominalista É ignorada.
Ontológic
a ou Normativa ou
Normativa Efetivamente aplicada.
conexão nominalista
com a Criada apenas para (sem consenso)
realidade Semântica justificar o poder de um
governante.
Possui normas
Dirigente programáticas traçando um
plano para o governo.
Constituição negativa,
Finalidad sintética. Não traça planos,
Garantia Dirigente
e apenas limita o poder e
organiza o Estado.
Utilizada para ser aplicada
Balanço em um determinado estágio
político de um país.
Ortodoxa Única ideologia
Ideologia Eclética
Eclética Várias ideologias

7. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) As constituições dirigentes


(A) têm, entre seus objetivos, a transformação social a partir do direito,
tendo em vista que vinculam o estado com programas que devem ser seguidos
e objetivos que devem ser alcançados.
(B) são espécies criadas a partir do constitucionalismo liberal, típico do século
XIX, com o objetivo de reduzir o estado a um ente restrito e controlado pelo
direito.
(C) apresentam, entre as suas características, a necessidade de que os
estados que as adotam procedam a uma estatização dos meios de produção e
da propriedade
de privada por consequência.
(D) são resultado dos pactos neoliberais da década de 1990, quando estados
centrais adotaram novas vias para reduzir o impacto da intervenção estatal em
algumas áreas da economia.
(E) adotam, como pressuposto, textos constitucionais enxutos, que se
limitam a fixar princípios, deixando o restante da sua regulamentação ao
legislador ordinário, de modo a não vincular exageradamente futuras gerações.
Comentários:

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No que se refere à classificação quanto à finalidade, a constituição dirigente


dirige éa
que possui normas programáticas traçando um plano para o governo.
Contrapõe-sese à constituição dirigente a constituição balanço, e à
constituição garantia.
Gabarito: Letra A.

8. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) Considere os seguintes elementos característicos:


I. Formaliza a existente situação do poder político, atuando como instrumento
de estabilização voltado a perpetuar nele seus detentores de fato, que dominam
o aparato coercitivo do Estado.
II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de bloco de constitucionalidade.
constitu
III. Não apresenta mecanismos efetivos de controle de constitucionalidade das
leis.
Tais elementos característicos correspondem respectivamente às seguintes
modalidades ou categorias:
(A) Constituição outorgada, Constituição codificada, Constituição
Constitui aberta
(B) Constituição semântica, Constituição legal, Constituição flexível
(C) Constituição heterônoma, Constituição legal, Constituição nominal
(D) Constituição semântica, Constituição codificada, Constituição flexível
(E) Constituição heterônoma, Constituição orgânica, Constituição aberta
Comentários:
Gabarito: Letra D.

9. (FCC/ Defensor- MA/ 2015) As Constituições que se apresentam em


textos esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são:
(A) incompatíveis com o modelo de bloco de constitucionalidade.
constitucionalidad
(B) as Constituições heterônomas.
(C) as Constituições semirrígidas.
(D) as Constituições legais ou inorgânicas.
(E) as Constituições balanço.
Comentários:
Letra A. Errado, o conceito de bloco de constitucionalidade foi desenvolvido por
Louis Favoreu, em referência
referênci às normas com status constitucional que integram
o ordenamento jurídico francês, com o intuito de abranger a Constituição de
1958, o preâmbulo da Constituição de 1946, a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão de 1789, além de outras normas de valor valo constitucional.
Logo, o bloco de constitucionalidade é sim compatível com documentos
esparsos.
Letra B. Errado, o item cobra a classificação quanto à origem da decretação,
que pode ser:

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Constituição autônoma, autoconstituição ou homoconstituição–


homoconstituição A
Constituição
stituição é elaborada por órgãos do próprio Estado que irá organizá-la.
organizá
Constituição heterônoma ou heteroconstituição (Miguel Galvão Teles) –
Quando decretada de fora do Estado,
Estado, seja por uma organização internacional,
seja por outros Estados. Podemos citar como exemplos a Constituição do
Canadá, Jamaica, Nova Zelândia e Austrália, aprovadas pelo Parlamento
Britânico; Constituição da Namíbia de 1990 e do Camboja de 1993 elaboradas
pela ONU; a Constituição da Bósnia-Herzegovina
Bósnia Herzegovina após a celebração do Acordo
de Dayton ou Protocolo de Paris, que é o acordo a que se chegou na Base Aérea
Wright-Patterson,
Patterson, perto de Dayton, no estado norte-americano
norte americano do Ohio, em
novembro de 1995, e formalmente assinado em Paris a 14 de dezembro desse
mesmo ano.
Letra C. As constituições s semirrígidas ou semi-flexíveis
semi flexíveis são aquelas que
possuem uma parte rígida, que a alteração exige quórum qualificado, e outra
parte que o procedimento para modificações é o mesmo previsto para as leis
ordinárias. Exemplo de constituição semirrígida foi a brasileira
brasileira de 1824, que em
seu artigo 178 previa “É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e
atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e
individuais dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado
sem
em as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias”
Letra D. Correto, o item busca saber a classificação quanto à sistemática ou
quanto à unidade documental, que pode ser: Codificadas (orgânicas ou
unitextuais), Não codificadas (inorgânicas, pluritextuais
pluritextuais ou legais) a constituição
que se apresenta em vários documentos esparsos é uma constituição legal,
inorgânica
Letra E. A constituição balanço é aquela que descreve e registra,
periodicamente, o grau de organização política e das relações reais de poder.
Contrapõe-se
se à Constituição programática (diretiva ou dirigente) que são as
que apresentam normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem
concretizados pelos poderes públicos. Tal classificação leva em conta a função
ou estrutura da Constituição.
tituição.
Gabarito: Letra D.

10. (FCC/ Juiz- PR/ 2015) Constituição rígida


(A) dispensa forma escrita.
(B) dispensa cláusulas pétreas.
(C) pode ser modificada por lei complementar.
(D) exclui quaisquer mecanismos de controle preventivo de
constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo difuso de controle de constitucionalidade.
Comentários:
Letra A. Um dos requisitos para uma constituição rígida é que ela seja escrita.

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Letra B. Correto, segundo a classificação de Alexandre de Morais, as cláusulas


pétreas(partes
(partes imutáveis) são características das constituições super-rígidas.
As rígidas somente exigem um processo de alteração (emendas) mais
dificultosos que o exigido para as leis em sentido amplo.
Gabarito: Letra C. A constituição rígida somente pode ser modificada por
emenda a constitucional, daí vem a sua rigidez.
Letra D. Errado. A constituição rígida traz mecanismos de controle preventivo.
Letra E. Errado, O erro está em afirmar que a constituição rígida pressupõe
mecanismo difuso, considerando que não há qualquer relação entre rigidez e
forma de controle.
Gabarito: Letra B.

11. (FCC/ Técnico- TRT- TRT 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade
ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(A) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
(B) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(C) analíticas ou sintéticas.
(D) escritas, costumeiras ou mistas.
(E) originárias ou derivadas.
Comentários:
No que se refere à alterabilidade, as constituições podem ser divididas em :
flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
Gabarito: Letra A.

12. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/


TCM 2015) Constituição flexível
(A) exclui a forma escrita.
(B) pode ser mais estável no tempo do que uma Constituição tecnicamente
rígida.
(C) requer base documental formal.
(D) exclui mecanismos s parlamentares de controle de constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo de controle preventivo de constitucionalidade.
Comentários:
A constituição flexível é aquela que não exige um processo especial para ser
alterada, de forma que, por ser mais facilmente
facilmente alterável e não ter normas
imutáveis, tendem a permanecer por mais tempo no ordenamento jurídico.
Gabarito: Letra B.

13. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/


TJ 2012) A classificação "ontológica" das
Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação
r das
normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de
(A) Hans Kelsen.

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(B) Carl Schmitt.


(C) Karl Loewenstein.
(D) Pontes de Miranda.
(E) José Joaquim Gomes Canotilho.
Comentários:
Tal classificação foi criada por Karl
Kar Loewenstein
Gabarito: Letra C.

14. (CESPE/ AJAJ- Avaliador-


Avaliador TJDFT/ 2015) Quanto ao modo de
elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aquelas que derivam do
trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas — aquelas que
são estabelecidas
as sem a participação popular.
Comentários:
Quanto ao modo de elaboração,
elaboração, a constituição pode ser dogmática ou
histórica,, sendo a dogmática sempre escrita e reflete a realidade presente na
sociedade em um determinado momento. Por seu turno, a histórica é aquela
que vai se consolidando com o decorrer do tempo.
Quanto à origem é que as constituições podem ser promulgadas (com
participação popular), outorgadas (impostas unilateralmente) ou ainda
cesaristas (impostas pelo governante, mas posteriormente submetida
submeti à
votação popular, mas ainda assim são outorgadas).
Gabarito: Errado.

15. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador-


Avaliador TJDFT/ 2015) Quanto à extensão,
as constituições são classificadas como sintéticas — aquelas que prevêem
apenas princípios e normas gerais do Estado — e analíticas — aquelas que
regulamentam todos os assuntos entendidos como relevantes à formação e ao
funcionamento do Estado.
Comentários:
Correto, as sintéticas são as constituições mais enxutas, enquanto a analítica,
também chamada de prolixas ou regulamentares,
regulamentares, é a constituição que trata de
vários assuntos além dos temas essenciais em uma constituição.
Gabarito: Correto.

16. (CESPE/ Técnico- STJ/ 2015) As Constituições dirigentes privilegiam


as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção
abst e um
papel secundário na concretização dos valores fundamentais.
Comentários:

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Errado, no critério que leva em conta a finalidade, a constituição dirigente é a


que traz normas programáticas traçando um plano, uma direção para o
governo.
Gabarito: Errado.

17. (CESPE/ Jornalista-


Jornalista FUB/ 2015) A CF, elaborada por representantes
legítimos do povo, é exemplo de Constituição outorgada.
Comentários:
Errado, a constituição elaborada por representantes do povo é promulgada. A
outorgada é a imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação
popular.
Gabarito: Errado.

18. (CESPE/ Jornalista-


Jornalista FUB/ 2015) Quanto à mutabilidade, a doutrina
majoritária classifica a CF como rígida, visto que, para a modificação do seu
texto, exige-se
se um processo legislativo especial.
especial
Comentários:
Exato... para a maioria, a CF-88
CF 88 é exemplo de constituição rígida.
Gabarito: Correto.

19. (CESPE/ Jornalista-


Jornalista FUB/ 2015) Quanto ao modo de elaboração, a CF
é dogmática, porque foi constituída ao longo do tempo mediante lento e
contínuo processo
sso de formação, reunindo a história e as tradições de um povo.
Comentários:
Errado, a classificação apresentada é hipótese de constituição histórica, a
constituição dogmática é aquela elaborada por um órgão Constituinte
consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado
momento.
Gabarito: Errado.

20. (CESPE/ Jornalista-


Jornalista FUB/ 2015) A CF, no tocante a sua extensão,
classifica-se
se como sintética, uma vez que versa somente sobre os princípios
gerais e as regras básicas de organização do Estado.
Esta
Comentários:
Errado, a CF- 88 é extensa... basta lembra que tem mais de 250 artigos e trata
de vários assuntos, até mesmo do Colégio D. Pedro II...rs (Art. 242, § 2º O
Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita
federal).

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Gabarito: Errado.

21. (CESPE/ Out. e Del. de Notas-


Notas TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta
acerca de classificações de Constituição.
(a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o
processo político.
(b) Denomina-se se Constituição
Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a
plebiscito ou referendo.
(c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como
Constituições imutáveis.
(d) A Constituição garantia caracteriza-se
caracteriza se por conter normas definidoras de
tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos.
(e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias
opostas.
Comentários:
Letra A. Errado. O item se refere à classificação ontológica (relação com a
realidade).
). A constituição nominal é justamente o oposto do afirmado, pois não
é efetivada na prática.
Letra B. Correto. O item se refere à classificação quanto à origem, Imposta pelo
governante, mas posteriormente levada à aprovação popular(não deixa de ser
outorgada).
Gabarito: Letra B.

22. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é


externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas
constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do
poder constituinte.
Comentários:
A promulgada é a legitimada pelos cidadãos.
Gabarito: Errado.

23. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
Comentários:
Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta
também chamada de consuetudinária. A CF brasileira é escrita.
Gabarito: Errado.

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24. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Central Bacen/ 2013) No que se


refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e
princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.
Comentários:
As Constituições dogmáticas são sempre escritas,
escritas, daí o erro, no mais,
consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais adotados pelo estado,
como afirma a assertiva.
Gabarito: Errado.

25. (CESPE/TJAA-CNJ/2013)
CNJ/2013) Constituição ão não escrita é aquela que não é
reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
Comentários:
Exatamente, a Constituição não-escrita
não diferencia-se
se da escrita não por
p não ter
efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo
constitucional não estarem sistematizadas em um documento único,
formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita
não escrita reconhece a
constitucionalidade através do conteúdo
conteúdo e não da forma. Com efeito, esse
“conteúdo constitucional” pode estar presente nos costumes, jurisprudências e
até em diversos instrumentos escritos, dispersos.
Gabarito: Correto.

26. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição


semântica, a atividade
ividade do intérprete limita-se
limita se à averiguação de seu sentido
literal.
Comentários:
A constituição semântica é aquela que serve apenas para justificar a dominação
daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder, por
isso incorreto o item.
Gabarito: Errado.

27. (CESPE/MPE-PI/2012)
PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as
cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
Comentários:
Isso mesmo, veja o conceito que
que a própria banca deu sobre constituição
semântica.
Gabarito: Correto.

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28. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada,


quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a
mesma simplicidade com a qual se modifica
modif uma lei.
Comentários:
Dizemos que uma constituição é rígida quando processo legislativo especial e
complexo poderá alterar seu texto, como ocorre na Constituição de 1988, que
prevê um processo muito mais rígido para alteração do texto via emenda
constitucional,
tucional, que é bem mais difícil que para elaborar uma simples lei
ordinária, daí acertada a afirmação.
Gabarito: Correto.

29. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por


representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.
Comentários:
Quando a constituição for elaborada por representantes do Povo será
Promulgada,
romulgada, Pê de Povo, Pê de Promulgada. Veja que o item inverteu os
conceitos.
Gabarito: Errado.

30. (CESPE/AJ-Taquigrafia
Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia
Constituinte,
e, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.
Comentários:
Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica,
dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi
outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As
constituições podem ser “outorgadas” quando forem impostas pelo governante,
ou então “promulgadas”, no caso de elaboradas por uma Assembleia
Constituinte.
Gabarito: Errado.

31. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013)


Administrativo A Constituição Federal
de 1988 pode ser classificada como:
a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica.
b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica.
c) formal, escrita,
a, dogmática, promulgada, rígida e analítica.
d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética.
e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica.

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Comentários:
A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que
que classificam nossa
constituição:
Quanto ao conteúdo: Formal–
Formal Independe do conteúdo. Ainda que o assunto
tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja
incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional.
constitucional
Quanto à forma: Escrita (ou instrumental)–
instrumental) É formalizada em um único
texto escrito.
Quanto à elaboração: Dogmática–
Dogmática É aquela elaborada por um órgão
Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui
naquele momento, por isso é necessariamente
necessariamente escrita, pois precisa esclarecer
essas situações que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade. Diz-se
se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria
política e do direito dominante naquele determinado momento
momento da história de
um Estado.
Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) –É aquela
legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por
representantes eleitos pelo voto popular.
Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida– Quando se sobrepõe a
todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e
complexo poderá alterar seu texto.
Quanto à extensão: Analíticas: São as extensas, prolixas, que tratam de
várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das
Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se
limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para
assegurar os direitos.
Gabarito: Letra C.

32. (ESAF/MDIC/2012)
ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista
onstitucionalista classifica
as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada
p e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.

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e) II e III estão incorretas.


rretas.
Comentários:
I – Errado. Quanto à elaboração as constituições podem ser dogmáticas
(elaboradas em um texto formal, em um determinado momento da história de
um Estado), ou então históricas (se consolidaram ao longo dos tempos) a
classificação que divide
vide as Constituições em escritas ou não-escritas
não seria
quanto à “forma”, ou seja, a formalidade em que ela se encontra no mundo
jurídico.
II- Errado. Motivo dito no item anterior: dogmática e histórica é modo de
elaboração. Forma = escrita ou não-escrita.
não
III- Correto.
IV- Errado. Quanto ao conteúdo, as Constituições se classificam em material ou
formal. A Classificação como sintética ou analítica se refere à “extensão”.
Gabarito: Letra B.

33. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela


que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do
Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos.
Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é
detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais
dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das
constituições e tomando-sese como verdadeiras essas observações, sobre uma e
outra Constituição, é possível afirmar que
a) a Constituição da República
blica Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e
rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa.
b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica,
rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética.
sintéti
c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da
República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista.
d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República
Federativa do Brasil de 1988
988 é histórica e consuetudinária.
e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática,
promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática.
Comentários:
Letra A - Item correto, exigindo conhecimento da Constituição
Constituição dos EUA do
candidato... a título de informação, a constituição negativa é sinônimo de
Garantia , que é aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do
Estado.

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Letra B - Errado. O erro está em afirmar que a CF-88


CF 88 é histórica, na verdade
ver
ela é dogmática, pois foi elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o
pensamento que determinada sociedade possui naquele momento.
Letra C - Errado. A constituição dos Estados Unidos não é consuetudinária
(costumeira) ela é escrita, inclusive sabemos que foi a primeira constituição
escrita da história, diferentemente do que diz o item. A classificação da
Constituição de 88 está correta.
Letra D - Errado. O item inverteu características das constituições do Brasil e
dos EUA.
Letra E - Errado. A do Brasil não é flexível, é rígida, pois somente pode ser
alterada por procedimento especial.
Gabarito: Letra A.

34. (FGV/Advogado-BADESC/2010)
BADESC/2010) Considerando os critérios de
classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é
corretoo afirmar que a Constituição Federal de 1988 é:
a) promulgada, rígida e sintética.
b) outorgada, semirrígida e analítica.
c) promulgada, rígida e analítica.
d) outorgada, semirrígida e sintética.
e) promulgada, flexível e analítica.
Comentários:
Letra A – Errado. Embora rígida e promulgada, ela é analítica e não sintética.
Letra B – Errado. Embora analítica, ela é promulgada e não outorgada, além de
ser rígida e não semirrígida.
semirrígida
Letra C – Correto.
Letra D - Errado. Ela é promulgada e não outorgada, além
além de ser rígida e não
semirrígida,, e ainda analítica e não sintética.
Letra E – Errado. Pois ela é rígida e não flexível, embora seja promulgada e
analítica.
Gabarito: Letra C.

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:


1. (CESPE/ Analista
Analista- Câmara dos Deputados/
Deputados/2014)Sendo a
constituição, em essência, uma lei, os conflitos entre normas constitucionais e
infraconstitucionais devem ser resolvidos a partir
partir de uma ponderação de
valores no caso concreto, em atenção ao princípio da proporcionalidade.

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2. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012)


Nacional/2012) A Constituição
Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não
revele incompatibilidade
de com os tratados internacionais de direitos humanos
pactuados pelo País.
3. (CESPE/Técnico Científico - Banco da Amazônia/2012)
Amazônia/ A
Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de
outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes
competentes para elaborá-las,
elaborá o
que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito.
4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo A norma constitucional é
uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais
normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos
ao exercício das competências dos órgãos.
5. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010)
Administrativo Segundo a estrutura
escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual
cada norma busca sua validade em outra, situada
situada em plano mais elevado, a
norma constitucional situa-se
situa se no ápice da pirâmide, caracterizando-se
caracterizando como
norma-origem,
origem, porque não existe outra que lhe seja superior.
6. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da
Constituição, constata-sese que as
as normas constitucionais estão no vértice do
sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias,
disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado.
7. (FCC/ Juiz- AL/ 2015)As
2015) constituições dirigentes
(F) têm, entre seus objetivos, a transformação social a partir do direito,
tendo em vista que vinculam o estado com programas que devem ser seguidos
e objetivos que devem ser alcançados.
(G) são espécies criadas a partir do constitucionalismo liberal, típico do século
XIX, com o objetivo de reduzir o estado a um ente restrito e controlado pelo
direito.
(H) apresentam, entre as suas características, a necessidade de que os
estados que as adotam procedam a uma estatização dos meios de produção e
da propriedade privada por consequência.
(I) são resultado
tado dos pactos neoliberais da década de 1990, quando estados
centrais adotaram novas vias para reduzir o impacto da intervenção estatal em
algumas áreas da economia.
(J) adotam, como pressuposto, textos constitucionais enxutos, que se
limitam a fixar princípios,
ios, deixando o restante da sua regulamentação ao
legislador ordinário, de modo a não vincular exageradamente futuras gerações.
8. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) Considere os seguintes elementos característicos:
I. Formaliza a existente situação do poder político, atuando
atuando como instrumento
de estabilização voltado a perpetuar nele seus detentores de fato, que dominam
o aparato coercitivo do Estado.
II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de bloco de constitucionalidade.

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III. Não apresenta mecanismos efetivos de controle


controle de constitucionalidade das
leis.
Tais elementos característicos correspondem respectivamente às seguintes
modalidades ou categorias:
(F) Constituição outorgada, Constituição codificada, Constituição aberta
(G) Constituição semântica, Constituição legal, Constituição
Constituição flexível
(H) Constituição heterônoma, Constituição legal, Constituição nominal
(I) Constituição semântica, Constituição codificada, Constituição flexível
(J) Constituição heterônoma, Constituição orgânica, Constituição aberta
9. (FCC/ Defensor- MA/ 2015) As s Constituições que se apresentam em
textos esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são:
(F) incompatíveis com o modelo de bloco de constitucionalidade.
(G) as Constituições heterônomas.
(H) as Constituições semirrígidas.
(I) as Constituições legais ou inorgânicas.
(J) as Constituições balanço.
10. (FCC/ Juiz- PR/ 2015) Constituição rígida
(F) dispensa forma escrita.
(G) dispensa cláusulas pétreas.
(H) pode ser modificada por lei complementar.
(I) exclui quaisquer mecanismos de controle preventivo de
constitucionalidade.
(J) pressupõe mecanismo difuso de controle de constitucionalidade.
11. (FCC/ Técnico- TRT- TRT 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade
ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(F) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
superrígidas.
(G) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(H) analíticas ou sintéticas.
(I) escritas, costumeiras ou mistas.
(J) originárias ou derivadas.
12. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/
TCM 2015) Constituição flexível
(F) exclui a forma escrita.
(G) pode ser mais estável no tempo do que uma uma Constituição tecnicamente
rígida.
(H) requer base documental formal.
(I) exclui mecanismos parlamentares de controle de constitucionalidade.
(J) pressupõe mecanismo de controle preventivo de constitucionalidade.
13. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/
TJ 2012) A classificação
o "ontológica" das
Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das
normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de
(A) Hans Kelsen.
(B) Carl Schmitt.
(C) Karl Loewenstein.

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(D) Pontes de Miranda.


(E) José Joaquim Gomes Canotilho.
14. (CESPE/ AJAJ- Avaliador-
Avaliador TJDFT/ 2015)Quanto
Quanto ao modo de
elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aquelas que derivam do
trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas — aquelas que
são estabelecidas
s sem a participação popular.
15. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador-
Avaliador TJDFT/ 2015)Quanto
Quanto à extensão,
as constituições são classificadas como sintéticas — aquelas que preveem
apenas princípios e normas gerais do Estado — e analíticas — aquelas que
regulamentam todosos os assuntos entendidos como relevantes à formação e ao
funcionamento do Estado.
16. (CESPE/ Técnico- STJ/ 2015) As Constituições dirigentes privilegiam
as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção e um
papel secundário na concretização dos valores fundamentais.
17. (CESPE/ Jornalista-
Jornalista FUB/ 2015) A CF, elaborada por representantes
legítimos do povo, é exemplo de Constituição outorgada.
18. (CESPE/ Jornalista-
Jornalista FUB/ 2015) Quanto à mutabilidade, a doutrina
majoritária classifica a CF como rígida, visto
visto que, para a modificação do seu
texto, exige-se
se um processo legislativo especial.
19. (CESPE/ Jornalista-
Jornalista FUB/ 2015) Quanto ao modo de elaboração, a CF
é dogmática, porque foi constituída ao longo do tempo mediante lento e
contínuo processo de formação, reunindo
reunindo a história e as tradições de um povo.
20. (CESPE/ Jornalista-
Jornalista FUB/ 2015) A CF, no tocante a sua extensão,
classifica-se
se como sintética, uma vez que versa somente sobre os princípios
gerais e as regras básicas de organização do Estado.
21. (CESPE/ Out. e Del. Del de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta
acerca de classificações de Constituição.
(a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o
processo político.
(b) Denomina-se se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida
submeti a
plebiscito ou referendo.
(c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como
Constituições imutáveis.
(d) A Constituição garantia caracteriza-se
caracteriza se por conter normas definidoras de
tarefas e programas de ação a serem concretizados
concretizados pelos poderes públicos.
(e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias
opostas.
22. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é
externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas
constitucionais são estatuídas
statuídas pela deliberação majoritária dos agentes do
poder constituinte.

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23. (CESPE/ FUB-DF/ DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
24. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Central Bacen/ 2013) No que se
refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e
princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.
25. (CESPE/TJAA-CNJ/2013)
CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é
reunida em umdocumento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência
cia e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
26. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012)Na Na denominada constituição
semântica, a atividade do intérprete limita-se
limita se à averiguação de seu sentido
literal.
27. (CESPE/MPE-PI/2012)
PI/2012)AA doutrina denomina constituição semântica
s as
cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
28. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012)A A CF pode ser classificada,
quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode
pode ser alterada com a
mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei.
29. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por
representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.
30. (CESPE/AJ-Taquigrafia
Taquigrafia-TJES/2011)Outorgada
Outorgada por uma Assembleia
A
Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.
31. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013)A
Administrativo A Constituição Federal de
1988 pode ser classificada como:
a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica.
b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica.
c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica.
d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética.
e) material, escrita,
scrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica.
32. (ESAF/MDIC/2012)
ESAF/MDIC/2012) Sabe-se se que a doutrina constitucionalista classifica
as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.

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c) I, III e IV estão corretas.


d) I, II e III estão corretas.
e) II e III estão incorretas.
33. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela
que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do
Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos.
Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é
detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais
dificultoso de emenda constitucional. Considerando
Considerando a classificação das
constituições e tomando-sese como verdadeiras essas observações, sobre uma e
outra Constituição, é possível afirmar que
a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e
rígida, a dos Estados Unidos,
Unido rígida, sintética e negativa.
b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica,
rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética.
c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da
República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista.
d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República
Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária.
e) a Constituição da República Federativa do Brasil
Brasil de 1988 é democrática,
promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática.
34. (FGV/Advogado-BADESC/2010)
BADESC/2010) Considerando os critérios de
classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é
correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é:
a) promulgada, rígida e sintética.
b) outorgada, semirrígida e analítica.
c) promulgada, rígida e analítica.
d) outorgada, semirrígida e sintética.
e) promulgada, flexível e analítica.

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GABARITO:
1 Errado 17 Errado 33 A
2 Errado 18 Correto 34 C
3 Correto 19 Errado 35
4 Correto 20 Errado 36
5 Correto 21 B 37
6 Correto 22 Errado 38
7 A 23 Errado 39
8 D 24 Errado 40
9 D 25 Correto 41
10 B 26 Errado 42
11 A 27 Correto 43
12 B 28 Correto 44
13 C 29 Errado 45
14 Errado 30 Errado 46
15 Correto 31 C 47
16 Errado 32 B 48

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Interpretação Constitucional:
Interpretação constitucional é o processo de se descobrir o verdadeiro teor da
norma constitucional. É um tema que sempre foi alvo de muitas discussões e
posicionamentos.
A teoria que iremos expor pode parecer um pouco complexa, mas eu afirmo: É
MUITO SIMPLES DE ENTENDER E FIXAR! Basta ler ler atentamente cada um dos
conceitos que iremos expor e resolver as dezenas de questões comentadas
coment que
colocaremos em seguida. Tenho
T certeza que nunca mais esquecerão essa
matéria!
Vamos lá então.Antes
Antes de qualquer coisa,
coisa, temos que saber que, em regra, é o
Poder
oder Judiciário que interpreta a Constituição. Não apenas o STF, mas qualquer
juiz pode interpretar a Constituição. Não se pode falar, porém, que essa
atividade é exclusiva do Judiciário, já que existem exceções como, por exemplo,
a chamada interpretação autêntica
a (que veremos à frente)
te) que é proferida pelo
Poder Legislativo, editando as chamadas "leis interpretativas".
Para se interpretar a Constituição, fazemos uso de 2 instrumentos, os
princípios de interpretação e os métodos de interpretação.
interpretação
Os princípios são aqueles direcionamentos iniciais, pontos de partida. São
pressupostos, que devem ser observados para posteriormente usar os métodos.
Os princípios devem ser observados em conjunto. Os métodos, por sua vez, são
a forma como se irá promover a interpretação. Os métodos também podem ser
empregados conjuntamente.
As questões de prova cobram basicamente a literalidade dos conceitos, que são
com muita propriedade expostos pelo professor Canotilho. Baseados neste
autor, e em outras doutrinas, podemos coligir os princípios e os métodos da
forma que faremos a seguir.

São princípios de interpretação constitucional:


a) Princípio da unidade da Constituição: Este princípio é a base da qual
deriva a maioria dos demais. Segundo ele, as normas constitucionais formam
um corpo único,, indivisível para fins de interpretação. Uma norma só faz
sentido se entendida dentro de todo o contexto do sistema constitucional.
Assim, ao interpretar a Constituição, o hermeneuta deve buscar dissipar
quaisquer contradições ou antinomias
ant aparentes,, já que formando este corpo
único, não há o que se falar em normas contraditórias, devendo-se
devendo analisá-las
em conjunto e buscar o verdadeiro fim pensado. Assim, podemos organizar as
consequências deste princípio do seguinte modo:
• Não podemos os vislumbrar em uma Constituição formal a hierarquia entre
as normas (seja parte permanente ou dos ADCT, sejam normas
originárias ou derivadas, tudo é uma coisa só);
• Não existem normas constitucionais originárias inconstitucionais;

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• Não existem contradições


contradições entre os dispositivos constitucionais. Pode
haver apenas uma "aparência" de contradição.

b) Princípio da concordância prática ou da harmonização: Sem que se


negue o princípio da unidade da Constituição, ao se usar o princípio da
harmonização, deverá o intérprete ponderar os valores dos princípios e normas
de modo a otimizar o resultado da interpretação. Assim, um princípio pode
limitar ou condicionar outro, não o nega totalmente, mas, ocorre uma
verdadeira “harmonização” entre eles, para que se decida qual
qual irá prevalecer no
caso concreto.

c) Princípio da correição funcional (ou conformidade funcional): Embora


o intérprete tenha certa liberdade ao buscar o sentido das normas, ele de forma
alguma, segundo este princípio, poderá chegar a um resultado que perturbe
pe a
repartição de competências que a Constituição estabeleceu em sua estrutura.

d) Princípio da eficácia integradora: Orientado por este princípio, o


intérprete deverá, ao se deparar com problemas jurídico-constitucionais,
jurídico
ponderar as normas e estabelecer
estabelecer a interpretação mais favorável a uma
integração política, social ou que reforce a unidade política.

e) Princípio da força normativa da Constituição: Segundo este princípio,


não se pode ignorar a eficácia das normas constitucionais, se elas estão
positivadas
ivadas existe um motivo para tal, assim o intérprete deverá adotar
interpretação que garanta maior eficácia e permanência destas normas.
normas

f) Princípio da máxima efetividade: Este princípio é considerado por muitos


um subprincípio do anterior. Ele orienta o intérprete a fazer uma interpretação,
notadamente dos direitos fundamentais,
fundamentais, de forma a conferir uma maior eficácia
a estas normas, torná-las
las mais densas e fortalecidas.

g) Princípio da interpretação conforme a Constituição e da presunção


de constitucionalidadeidade das leis: É um princípio usado tanto para
interpretação constitucional quanto no controle de constitucionalidade. Por este
princípio, o intérprete deve presumir que a lei é constitucional e quando restar
dúvida em relação ao significado da norma, escolherá
escolherá aquele que a tornará
constitucional, declarando-se
declarando se inconstitucional que se tome interpretação
diversa. Assim, este princípio traz as seguintes decorrências:
• Não se declara inconstitucional uma norma a qual possa ser atribuída
uma interpretação constitucional
constitucional (princípio da conservação das normas);

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• A constituição sempre deve prevalecer - Sempre se interpretam as leis


conforme a Constituição, nunca se interpreta a Constituição conforme as
leis (Princípio da prevalência da Constituição).
• Somente é aplicável a normas que admitirem interpretações diversas, não
pode ser aplicável a normas que contenham sentido unívoco, já que o
intérprete deve analisar a finalidade do legislador, não podendo dar à lei
uma interpretação que subverta o seu sentido
sentido (Princípio da vedação da
interpretação conforme a Constituição mas contra legem).
legem

h) Princípio da proporcionalidade e da razoabilidade: Ambos são


empregados, principalmente, de forma suplementar ao princípio da
concordância prática ou harmonização, de forma que, ao se ponderar os valores
(notadamente os direitos fundamentais) se tenha uma ação que busque o
melhor resultado possível, e que os benefícios da ponderação sejam
efetivamente superiores aos malefícios causados.
Tais princípios são muitas vezes tratados como sinônimos, mas já existe
bastante material doutrinário pregando a diferenciação entre os termos. Assim,
a razoabilidade seria um princípio mais subjetivo,, abstrato, que refere-se
refere ao
"senso comum", a vedação ao excesso,, e teria sua origem no direito anglo-anglo
saxão1. Já o princípio da proporcionalidade,, de origem germânica, seria mais
racional, objetivo e informado por 3 sub-princípios
sub princípios que sugerem uma lógica no
seu exercício:
1. Adequação (ou pertinência) - a medida imposta posta tem que ser uma
medida adequada para se conseguir a finalidade esperada.
2. Necessidade - analisa-se
analisa se se realmente a medida é necessária, se não
existe outra solução menos gravosa.
3. Proporcionalidade em sentido estrito – seria a efetiva ponderação
entre os
s benefícios e malefícios que serão causados com o ato.
É importante frisar que tais princípios não foram
ram positivados expressamente na
Constituição, mas costuma-se
costuma elencá-los como implícitos no art. 5º LIV que
dispõe sobre o “devido processo legal”.

São métodos de interpretação da Constituição:

1
GUERRA FILHO, Willis Santiago. O Princípio da proporcionalidade em direito
constitucional e em direito privado no Brasil. Mundo Jurídico, mai. 2003. Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br/cgi bin/upload/texto347.rtf>. Acesso em: 02 Março de
<http://www.mundojuridico.adv.br/cgi-bin/upload/texto347.rtf>.
2010.

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a) Método Jurídico (ou método hermenêutico clássico): Proposto por


Ernest Forsthoff. Por este método temos a premissa de que "a Constituição é
uma lei".. Se a Constituição é uma lei, usam-se
u se os métodos clássicos de
interpretação de leis propostos por Savigny para interpretar as normas
constitucionais. Destacamos:
Interpretação autêntica – Ocorre quando o próprio órgão que
editou a norma edita uma outra norma, com o fim de esclarecer
pontos duvidosos e que, sendo meramente
meramente interpretativa, poderá ter
eficácia retroativa já que não cria nem extingue direitos;
Interpretação teleológica – Interpreta-se
se a norma tentando buscar
a finalidade para qual foi criada;
Interpretação gramatical ou literal – Usa-se
se o a literalidade da
d lei;
Interpretação histórica – Busca-se se os precedentes históricos para
tentar alcançar a interpretação a ser dada à norma;
Interpretação sistemática – Tenta-se
se harmonizar as normas dando
uma unidade ao ordenamento jurídico;
A maior crítica a este método é que Savigny ao estabelecer a sua teoria, estava
pensando no Direito Privado. A Constituição é dotada de uma complexidade de
normas que torna o tal método insuficiente.

b) Método tópico-problemático:
problemático: Tendo um problema concreto nas mãos, os
intérpretes debatem abertamente tentando adequar a norma a este problema,
daí diz-se
se que há uma “primazia do problema sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador:
hermenêutico É o contrario do anterior.
Aqui parte-se da pré--compreensão
compreensão da norma abstrata e tenta-se
tenta imaginar
a situação concreta. Agora temos a “primazia da norma sobre o
problema”.

d) Método científico-espiritual:
espiritual: Analisa-se
se os valores sociais, integrando o
texto constitucional com a realidade a qual a sociedade está vivendo.

e) Método normativo-estruturante:
estruturante: Analisa-se
se a norma tentado analisar a
sua função como estruturadora do Estado. Assim, o intérprete deve observar
em suas mãos dois elementos:
1- A norma constitucional, em si.
2- Os elementos de concretização desta norma na sociedade, em todos os
níveis. Ou seja, como a norma está sendo aplicada na sociedade, como está
ocorrendo a atividade jurisdicional e administrativa em cima do texto, e etc.

Correntes interpretativistas e não-interpretativistas:


não

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(Assunto
Assunto que tem sido cobrado apenas pelo CESPE)
CESPE
Essas correntes
orrentes debatem sobre a liberdade de atuação dos juízes ao se
interpretar as normas constitucionais, debate este muito forte nos Estados
Unidos.
a) Corrente interpretativista:
Canotilho ensina que a corrente interpretativista considera que os juízes devem
se limitar a captar o sentido dos preceitos expressos na Constituição, ou que
pelo menos, estejam claramente implícitos. Ou seja, embora o nome possa
induzir o contrário, nesta corrente a atividade do juiz é bem restrita, limitada.
Não estamos querendo dizer zer que se confundirá com o “literailismo”, mas que
deve ser comedido ao usar conceitos implícitos no texto constitucional e seus
valores substantivos.

interpretativismo:
b) Não-interpretativismo:
Diferentemente dos interpretativistas, os não-interpretativistas
não interpretativistas defendem uma
maior autonomia do juiz ao se interpretar a norma, prevendo uma possibilidade
e até mesmo a necessidade de que os juízes apliquem “valores e princípios
substantivos”. Assim, importa mais os valores, como a igualdade, a justiça e a
liberdade demandados pelaa sociedade, do que a estrita vontade do legislador.

1. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MGTCE MG /2007) No entendimento


de doutrinadores, NÃO é considerado, dentre outros, como princípio e regra
interpretativa das normas constitucionais,
a) a unidade da constituição -interpretação
interpretação de maneira a evitar contradições
entre as normas constitucionais.
b) o efeito integrador -primazia
primazia aos critérios favorecedores da integração
política e social.
c) a concordância prática ou a harmonização -coordenação
enação e combinação dos
bens jurídicos em conflito.
d) a força normativa da constituição -adoção
adoção de interpretação que garanta
maior eficácia e permanência das normas constitucionais.
e) a adoção da contradição dos princípios -os os preceitos exigem uma
interpretação
rpretação explícita, excluindo-se
excluindo a implícita.
Comentários:
Letra A - Correto. Vimos que por este princípio a constituição se manifesta em
um corpo único. Sendo um corpo único, não existe possibilidade de contradição
de normas. Assim, segundo este princípio,
princípio, a Constituição deve ser interpretada
buscando a dissipação das aparentes antinomias e contradições. Importante é
dizer que pelo princípio da unidade da Constituição, não há qualquer hierarquia
entre normas presentes no corpo da Lei Maior, já que ela se manifesta como
única.

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Letra B - Correto. Segundo a doutrina, o efeito integrador pressupõe a busca


pelo sentido que fortaleça a unidade política e a integração social do país.
Letra C - Correto. Por este princípio, mesmo que, num caso concreto, se
verifique a colisão entre princípios constitucionais, um princípio não invalida o
outro, já que podem e devem ser aplicados na medida do possível e com
diferentes graus de efetivação.Assim,
efetivação. interpreta-se de forma a evitar o sacrifício
total de uns em relação
ão a outros, eles são harmonizados.
Letra D - Correto. O princípio da força normativa da constituição foi defendido
por Konrad Hesse. Segundo este princípio, a constituição tem a sua força
impositiva e deve ser aplicada efetivamente e não ser ignorada pelos pelo
aplicadores.
Letra E - Errado. A doutrina não faz qualquer menção a um princípio chamada
"contradição dos princípios" até por que, princípios não podem entrar em
contradição. Quando se fala de princípios, não se fala em exclusão ou
contradição, já que eles
es podem ser ponderados no caso concreto e assim ser
concretizados em graus diferentes. Isto faz com que os chamem de "mandados
de otimização". Quando estamos diante de regras constitucionais, ou seja,
normas que estabelecem uma conduta específica sem margem
margem para abstrações,
pode acontecer de uma excluir a outra, pois não existe cumprimento parcial de
regras, ou são cumpridas integralmente ou não são cumpridas.
Gabarito: Letra E.

2. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)
AM/2010) Com relação aos princípios interpretativos
das normas constitucionais, aquele segundo o qual a interpretação deve ser
realizada de maneira a evitar contradições entre suas normas é denominado
de:
a) conformidade funcional.
b) máxima efetividade.
c) unidade
ade da constituição.
d) harmonização.
e) força normativa da constituição.
Comentários:
Letra A - Errado. Este seria o princípio segundo o qual o intérprete não poderá
chegar a um resultado que perturbe a repartição de competências que a
Constituição estabeleceu
tabeleceu em sua estrutura.
Letra B - Errado. Este seria o princípio que orienta o intérprete a fazer uma
interpretação de forma a conferir uma maior eficácia às normas constitucionais,
torná-las
las mais densas e fortalecidas.
Letra C - Correto. Se a constituição
constituição é una, não pode haver contradições em seu
texto, devendo as normas serem interpretadas em conjunto.

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Letra D - Errado. Este seria o princípio que orienta o intérprete a ponderar,


diante de um caso concreto, dois ou mais princípios constitucionais, para decidir
qual irá prevalecer para aquele caso.
Letra E - Errado. Este seria o princípio que orienta o intérprete a adotar uma
interpretação que garanta maior eficácia e permanência das normas
constitucionais, para evitar que se tornem uma “letra morta”.
Gabarito: Letra C.

3. (FCC/Defensor Público - DPE-SP/2010) Após grave crise energética,


o Governo aprova lei que disciplina o racionamento de energia elétrica,
estabelecendo metas de consumo e sanções pelo descumprimento, que podem
culminar, inclusive, na suspensão
suspensão do fornecimento. Questionado judicialmente,
se vê o Supremo Tribunal Federal - STF com a missão de resolver a questão,
tendo, de um lado, a possibilidade de interrupções no suprimento de energia
elétrica, se não houver economia, e, de outro, as restrições
restrições a serviço público de
primeira necessidade, restrição que atinge a igualdade, porque baseada em
dados de consumo pretérito, bem como limitações à livre iniciativa, ao direito
ao trabalho, à vida digna etc.
O controle judicial neste caso envolve
a) a apreciação de colisão de direitos fundamentais, que, em sua maior parte,
assumem a estrutura normativa de “regras”, o que implica anulação de uns em
detrimento de outros.
b) a aplicação da regra da proporcionalidade, que, segundo a jurisprudência
constitucional
stitucional alemã, tem estrutura racionalmente definida – análise da
adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito.
c) a utilização do princípio da razoabilidade, já consagrado no Brasil, e que
determina tratar os direitos colidentes como “mandamentos de otimização”.
d) a eliminação da falsa dicotomia entre direitos constitucionais, já que a
melhor solução é a que os harmoniza, sem retirar eficácia e aplicabilidade de
nenhum deles.
e) juízo de constitucionalidade clássico, pois nem emenda à Constituição pode
tender a abolir direitos fundamentais.
Comentários:
A questão apresenta um caso concreto, onde o intérprete (STF) tem nas mãos a
missão de ponderar valores e decidir sobre a necessidade do governo em forçar
uma economia energéticaa e o direito da população de fazer uso da sua energia
de forma livre.
A questão trata então da averiguação da proporcionalidade da medida, onde
deverá ser observado os seguintes critérios (sub
(sub-princípios da
proporcionalidade):

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a) A adequação da medida imposta,


imposta, se ela realmente está apta a conseguir a
finalidade esperada.
b) A necessidade da medida, para averiguar se não existe outra solução menos
gravosa.
c) A proporcionalidade em sentido estrito, onde irá se ponderar os benefícios e
malefícios que serão causados
ausados com o ato.
Desta forma, o gabarito seria a letra B. Vamos comentar as demais assertivas:
Letra A - Errado. Os direitos fundamentais são essencialmente "princípios" e
não "regras". Regras são relatos objetivos que não admitem cumprimento
parcial. Já os princípios são mandados de otimização, onde poderá ser
alcançado um cumprimento parcial em busca de um resultado ótimo.
Letra C - Errado. Razoabilidade não significa tratar os direitos colidentes como
“mandamentos de otimização”, mas sim usar o bom senso senso na hora de aplicar
uma medida, ou seja, não aplicar medidas que extrapolem do que seria
adequado ao fato, segundo o senso comum.
Letra D - Errado. Realmente terá que se resolver a falsa dicotomia ("aparente
contradição) entre direitos constitucionais, porém,
porém, o caso concreto e o
intérprete é que definirá, baseado nos princípios interpretativos qual a melhor
solução, podendo haver sacrifício da eficácia e aplicabilidade de um em razão do
outro. Lembrando que este sacrifício nunca poderá ser total devido à proteção
do núcleo essencial.
Letra E - Errado. Nem precisa comentar essa, né?!
Gabarito: Letra B.

4. (FCC/AFRE-PB/2006
PB/2006- Adaptada) O método de interpretação das
normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da
norma, levando-sese em consideração o seu fundamento racional, é o método
teleológico (Certo/Errado).
Comentários:
Entre os métodos de interpretação das
das normas constitucionais, temos o método
jurídico ou hermenêutico clássico. Segundo este método, deve-se deve usar as
formas propostas por Savigny para interpretar leis. Entre estas formas, temos a
interpretação teleológica que busca a finalidade para qual a norma
no foi criada.
Gabarito: Correto.

5. (FCC/PGE-PE/2004
PE/2004 - Adaptada) Em ocorrendo colisão de direitos
fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não
sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar,
para solução de caso concreto, o princípio da interpretação conforme a
Constituição (Certo/Errado).

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Comentários:
O correto seria o princípio da concordância prática, harmonização ou
ponderação de interesses (esses nomes são sinônimos).
Gabarito: Errado.
6. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008
TCE - Adaptada) Por força da Emenda
Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do
artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se
estabelecendo inexistir
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi objeto
de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final
julgada procedente, pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de declarar que
a alteração promovida pela referida emenda constitucional somente fosse
aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF,
3685 Rel.
Min. Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006). Na hipótese relatada, o Supremo
Tribunal Federal procedeu à interpretação, conforme a Constituição, sem
redução de texto normativo (Certo/Errado).
Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente "interpretação
conforme" é uma maneira de salvar uma lei aparentemente inconstitucional. Ou
seja, fixa-se uma interpretação à norma para que o sentido esteja de acordo
com o texto constitucional, e impede-se
impede se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. Foi isso que aconteceu no caso em tela, fixou-se
fixou a
interpretação de que se devia esperar um ano para ser aplicável, para que a lei
se adequasse ao art. 16 da Constituição.
Gabarito: Correto.

7. (FCC/AFRE-PB/2006)
PB/2006) O método de interpretação das normas
constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma,
levando-se em consideração o seu fundamento racional, é o método:
a) literal.
b) gramatical.
c) histórico.
d) sistemático.
e) teleológico.
Comentários:
Questão direta. Identificar a finalidade da norma é fazer uso da interpretação
teleológica.
Gabarito: Letra E.

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8. (FCC/PGE-PE/2004)
PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos fundamentais
consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não sujeitos,
portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar, para
solução de caso concreto, o princípio da
a) ponderação de interesses.
b) interpretação adequadora.
c) congruência.
d) relativização dos direitos fundamentais.
e) interpretação conforme a Constituição.
Comentários:
Ponderação de interesses, ponderação de valores, concordância prática,
harmonização...
zação... Tudo isso é sinônimo para uma mesma coisa: colocar em uma
balança dois princípios colidentes no caso concreto e decidir qual irá prevalecer!
Gabarito: Letra A.

9. (CESPE/Assessor-TCE TCE-RN/2009) O princípio da razoabilidade-


razoabilidade
proporcionalidade permite ao Poder Judiciário invalidar atos legislativos ou
administrativos quando, entre outras situações, a medida adotada não for
exigível ou necessária, havendo meio alternativo menos gravoso para se chegar
chega
ao mesmo resultado, o que se convencionou denominar necessidade ou
vedação do excesso.
Comentários:
A distinção entre "proporcionalidade" e "razoabilidade" ainda não é pacífica.
Neste concurso, o CESPE seguiu a linha doutrinária de tratá-los
tratá como um
princípio único - "princípio
princípio da razoabilidade-proporcionalidade".
razoabilidade proporcionalidade".
A assertiva está correta, já que, em que pese as diferenças doutrinárias, tais
princípios tem em comum o fato de prezar pela justiça, bom senso, repúdio aos
excessos.
Gabarito: Correto.

10. (CESPE/Anatel/2009)
Anatel/2009) O princípio da proporcionalidade acha-se acha
vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do poder público no exercício de
suas funções, qualificando-se
qualificando se como parâmetro de aferição da própria
constitucionalidade material dos atos estatais.
Comentários:
É isso aí... dispensa maiores comentários.
Gabarito: Correto.

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11. (CESPE/ANATEL/2009) O princípio da unidade da Constituição


considera essa Carta em sua totalidade, buscando harmonizá-
harmonizá-la para uma visão
de normas não isoladas, mas como preceitos integrados
integrados em um sistema
unitário de regras e princípios.
princípios
Comentários:
Por tal princípio, não há contradições no texto constitucional, já que ele forma
um corpo único, assim, o que ocorre são apenas "aparentes" contradições, que
devem ser dissipadas pelo intérprete
intérprete ao analisar o texto em conjunto.
Gabarito: Correto.

12. (CESPE/TRT-17ª/2009
17ª/2009)) Segundo o princípio da unidade da
constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a
aprovação de nova constituição implica a automática revogação da anterior.
Comentários:
O princípio da unidade da Constituição, a Constituição deve ser entendida como
uma norma única, não existindo assim contradições em seu texto. Assim, não
há nenhuma relação com o descrito no enunciado.
Gabarito: Errado.

13. (CESPE/ANATEL/2009) O princípio da máxima efetividade visa


interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior
efetividade possível, ou seja, deve-se
deve se atribuir a uma norma constitucional o
sentido que lhe dê maior eficácia.
Comentários:
O princípio da máxima efetividade deriva do princípio da força normativa da
Constituição, considerado por alguns até mesmo como um sub-princípio.
sub Este
princípio orienta o intérprete a tornar a norma constitucional mais densa,
alcançando ao máximo sua efetiva
efeti aplicação.
Gabarito: Correto.

14. (CESPE/TRE-MA/2009)
MA/2009) De acordo com o princípio interpretativo da
máxima efetividade ou da eficiência das normas constitucionais, devem ter
prioridade, quando da resolução de problemas jurídico-constitucionais,
jurídico constitucionais, critérios
que favoreçam a integração política e social.
Comentários:
Este seria o princípio do efeito integrador. O princípio da máxima efetividade
visa interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior
efetividade possível, ou seja, deve-se
deve atribuirr a uma norma constitucional o
sentido que lhe dê maior eficácia.

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Gabarito: Errado.

15. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio do efeito integrador estabelece
que, havendo lacuna na CF, o juiz deve recorrer a outras normas do
ordenamento jurídico para integrar o vácuo
v normativo.
Comentários:
Isso que está descrito no enunciado é o uso da técnica da integração e não
interpretação. Integração constitucional (técnica usada para preencher as
lacunas deixadas pela norma constitucional, notadamente através de leis) é
diferente de interpretação constitucional (técnica usada para extrair o
verdadeiro significado da norma). Usar o princípio de interpretação do efeito
integrador é interpretar a norma de modo que favoreça a integração política e
social
al e reforce a unidade política, logo não tem correlação alguma com
"integração constitucional" (uso de leis para preencher lacunas da constituição).
constituiçã
Gabarito: Errado.

16. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio da conformidade funcional visa
impedir, na concretização da CF, a alteração da repartição das funções
constitucionalmente estabelecidas.
Comentários:
O princípio da conformidade ou correição funcional
funcional está estritamente ligado à
repartição das competências feita pela Constituição. Assim, a sua observância
impede que haja uma deturpação do que foi constitucionalmente estabelecido.
Gabarito: Correto.

17. (CESPE/Oficial de Inteligência-


Inteligência ABIN/2010) Entre os métodos
compreendidos na hermenêutica constitucional inclui-se
inclui se o tópico problemático,
que consiste na busca da solução partindo-se
partindo se do problema para a norma.
Comentários:
Entre os diversos métodos usados para se interpretar a norma constitucional,
temos o chamado "método tópico-problemático".
tópico problemático". Segundo este método, tendo
um problema (caso concreto) em mãos, tenta-se
tenta se aplicar a norma abstrata a
este problema e, assim, chegar a uma interpretação. Este método se opõe ao
"hermenêutico-concretizador"
concretizador" onde tem-se se somente a norma abstrata e esta é
o ponto de partida para a interpretação.
Gabarito: Correto.

18. (CESPE/Procurador-AGU/2010)
(CESPE/Procurador O método hermenêutico
hermenêutico-
concretizador caracteriza--se
se pela praticidade na busca da solução dos
problemas, já que parte de um problema
problema concreto para a norma.

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Comentários:
Erra a questão ao colocar o hermenêutico-concretizador
hermenêutico concretizador com o conceito do
tópico-problemático:
• Hermenêutico-concretizador
concretizador - como o nome sugere, o intérprete deve
"concretizar", ou seja, partir da norma abstrata e chegar ao problema.
• Tópico-problemático - Este é o contrário, ele já tem o problema em mãos,
e vai adequar a norma pensando neste problema.
Gabarito: Errado.

19. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo método de interpretação
hermenêutico-concretizador,
concretizador, a análise da norma constitucional não se fixa na
sua literalidade, mas decorre da realidade social e dos valores insertos no texto
constitucional, de modo que a constituição deve ser interpretada considerando-
considerando
se seu dinamismo e constante renovação, no compasso das modificações
m da
vida da sociedade.
Comentários:
A questão tenta induzir o candidato ao erro, colocando um excesso de
informações que nada tem haver com o referido princípio. As informações estão
associadas ao chamado método científico-espiritual.
científico espiritual. Usar o método
hermenêutico-concretizador
concretizador significa partir de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma
em abstrato, e depois desta pré-compreensão
pré compreensão buscar concretizá-la
concretizá para se
alcançar o caso concreto da realidade.
Gabarito: Errado.

20. (CESPE/DPE-ES/2009)
ES/2009) A interpretação conforme me a Constituição
determina que, quando o aplicador de determinado texto legal se encontrar
frente a normas de caráter polissêmico ou, até mesmo, plurissignificativo, deve
priorizar a interpretação que possua um sentido em conformidade com a
Constituição. Por conseguinte, uma lei não pode ser declarada
inconstitucional,quando puder ser interpretada em consonância com o texto
constitucional.
Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente "interpretação
conforme" é uma maneira de salvar uma lei aparentemente inconstitucional. Ou
seja, fixa-se
se um interpretação à norma para que o sentido esteja de acordo
com o texto constitucional, e impede-se
impede se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. A interpretação conforme só pode ser aplicada
quando estivermos diante de uma norma polissêmica, ou seja, que admite
vários significados. Não se pode dar interpretação conforme a normas de
sentido unívoco.
Gabarito: Correto.

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21. (CESPE/Advogado--BRB/2010) A técnica da interpretação conforme a


constituição permite a manutenção, no ordenamento jurídico, de leis e atos
normativos que possuam valor interpretativo compatível com o texto
constitucional.
Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente "interpretação
conforme" é uma maneira de salvar uma lei aparentemente inconstitucional. Ou
seja, fixa-se
se um interpretação à norma para que o sentido esteja de acordo
com o texto constitucional, e impede-se
impede se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. A interpretação
interpretação conforme só pode ser aplicada
quando estivermos diante de uma norma polissêmica, ou seja, que admite
vários significados. Não se pode dar interpretação conforme a normas de
sentido unívoco.
Gabarito: Correto.

22. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo princípio
io da concordância
prática ou harmonização, os órgãos encarregados de promover a interpretação
da norma constitucional não podem chegar a resultado que altere o esquema
organizatório-funcional
funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador
constituinte originário.
Comentários:
Este seria o princípio da conformidade funcional. Concordância prática ou
harmonização seria a situação em que, ocorrendo colisão entre princípios, eles
deverão ser ponderados, assim, um deverá sobressair sobre o outro no caso
concreto,
eto, sem que, porém, se anulem.
Gabarito: Errado.

23. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) O princípio da concordância prática ou da
harmonização, derivado do princípio da unidade da CF, orienta o aplicador ou
intérprete das normas constitucionais no sentido de que, ao se deparar com um
possível conflito ou concorrência entre os bens constitucionais,
constitucionais, busque uma
solução que evite o sacrifício ou a negação de um deles.
Comentários:
Este é o princípio que deve ser observado ao nos depararmos com uma colisão
entre normas. Deve-se, se, no caso concreto, harmonizar os "bens jurídicos em
conflito" e assim aplicá-los
los da forma mais condizente.
Gabarito: Correto.

24. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) De acordo com o


princípio da força normativa da constituição, defendida por Konrad Hesse, as
normas jurídicas e a realidade devem ser consideradas em seu condicionamento

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recíproco. A norma constitucional não tem existência autônoma em face da


realidade. Para
ara ser aplicável, a CF deve ser conexa à realidade jurídica, social e
política, não sendo apenas determinada pela realidade social, mas determinante
em relação a ela.
Comentários:
Diz-se
se que Konrad Hesse reviu as teorias de Lassale e apontou uma
flexibilização
ização a elas. Segundo Hesse a Constituição não poderia ser ignorada,
ela tem a sua força normativa e embora fosse condicionada pela sociedade,
também se deveria se impor sobre ela.
Gabarito: Correto.

25. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador Segundo entendimento do STF,
não afronta a força normativa da Constituição nem o princípio da máxima
efetividade da norma constitucional a manutenção de decisões divergentes da
interpretação adotada pelo STF, proferidas no âmbito das instâncias ordinárias.
Comentários:
A Constituição
ição se materializa como uma norma única impositiva. Se a
jurisprudência deixar que interpretações divergentes se mantenham em vigor,
estamos fracionando a Constituição. Por isso, as instâncias superiores têm o
dever de uniformizar as interpretações.
Gabarito: Errado.

26. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador De acordo com o princípio do
efeito integrador, os bens jurídicos constitucionalizados devem coexistir
harmonicamente na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre eles,
evitando-se,
se, desse modo, o sacrifício
sacrifício total de um princípio em relação a outro
em contraposição, considerando a ausência de hierarquia entre os princípios.
Comentários:
Este é o princípio da concordância prática ou harmonização.
Gabarito: Errado.

27. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) A corrente que nega a possibilidade de o juiz,
na interpretação constitucional, criar o direito e, valendo-se
valendo de valores
substantivos, ir além do que o texto lhe permitir é chamada pela doutrina de
não-interpretativista.
Comentários:
Embora o nome possa induzir ao contrário, na corrente interpretativista é onde
o juiz possui menor autonomia para exercer a atividade interpretativa, ele não
pode transcender os limites do texto legal. Já na corrente não-interpretativista,
não

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é onde o juiz possui uma maior autonomia para ir além texto tex e empregar
valores pessoais, substantivos, na atividade interpretativa.
Gabarito: Errado.

28. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) Entre as correntes de


interpretação constitucional, pode-se
pode se apontar uma bipolaridade que se
concentra entre as correntes interpretativistas e não interpretativistas das
constituições. As correntes interpretativistas se confundem com o literalismo e
permitem
em ao juiz que este invoque e aplique valores e princípios substantivos,
como a liberdade e a justiça contra atos da responsabilidade do Poder
Legislativo em desconformidade com a constituição.
Comentários:
A questão então possui dois erros: as correntes interpretativistas
interpretativistas não se
confundem com o literalismo e o outro é pelo fato de que os interpretativista
repudiam o uso de vlores e princípios substantivos.
Gabarito: Errado.

29. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007)Segundo Segundo o método jurídico de


Forsthoff, a interpretação da constituição não se distingue da interpretação de
uma lei e, por isso, para se interpretar o sentido da lei constitucional, devem-se
devem
utilizar as regras tradicionais da interpretação.
Comentários:
O Método Jurídico ou Método Hermenêutico Clássico
Clássico era defendido por Ernest
Forsthoff, daí o nome "método jurídico de Forsthoff". Segundo o autor, há uma
identidade entre Constituição e lei. Assim, segundo o referido método, deve-se
deve
interpretar a Constituição usando-se
usando se dos mesmo métodos clássicos propostos
pr
por Savigny para interpretar as leis. A crítica maior a este método é o fato de
que a Constituição é uma norma especial de direito público enquanto os
métodos de Savigny foram desenvolvidos para o direito privado, portanto,
insuficientes para atender
er à realidade do ordenamento constitucional.
Gabarito: Correto.

30. (CESPE/PGE-AL/2008)
AL/2008) A análise da colisão entre a inviolabilidade da
intimidade e do domicílio dos cidadãos e o poder-dever
poder dever de punir do Estado
prescinde da verificação da proporcionalidade e da
da aplicação do princípio da
concordância prática, uma vez que o primeiro sempre prepondera sobre o
segundo.
Comentários:
Somente no caso concreto é que poderemos saber qual direito irá preponderar
sobre o outro, sempre usando de proporcionalidade. A questão fala do princípio
da concordância prática, que também é chamado de princípio da

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"harmonização", justamente por prever que deve-se


deve se ponderar os valores no
caso concreto.
Gabarito: Errado.

31. (CESPE/TCM-GO/2007)
GO/2007) Com relação à aplicação das normas
constitucionais,
tucionais, assinale a opção incorreta.
a) O intérprete deve considerar que a interpretação constitucional se assenta no
pressuposto da superioridade jurídica da CF sobre os demais atos normativos
no âmbito do estado, o que significa dizer que não se deve fazer uma
interpretação da CF conforme a lei.
b) Havendo colisão de direitos fundamentais, deve o intérprete aplicar o
princípio da concordância fática, segundo o qual normas constitucionais que
tutelam os direitos à vida e à liberdade têm precedência sobre as demais.
c) Ao dar a determinado dispositivo
dispositivo legal uma interpretação conforme a CF, o
intérprete está reconhecendo que, segundo uma interpretação textual do
dispositivo, ele é parcialmente inconstitucional ou que determinada
interpretação do dispositivo legal revela-se
revela se incompatível com a CF.
CF
d) O intérprete deve ter ciência de que os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade não estão explícitos na CF, sendo extraídos do dispositivo que
garante o devido processo legal, entendido na sua dimensão substantiva.
Comentários:
Letra A –Correto.. Interpreta-se
Interpreta se leis conforme a CF. Nunca a CF conforme a lei.
Letra B - Errado. O certo seria “concordância prática ou harmonização”, assim,
deve-se
se analisar o caso concreto para decidir qual irá prevalecer
prevalecer, não podemos
falar em precedência pré-def
definida.
Letra C – Correto. O objetivo da interpretação conforme a Constituição é
expurgar do mundo jurídico uma eventual forma de interpretar uma lei que seja
incompatível com a Constituição.
Letra D – Correto. Tais princípios
princípio não foram positivados expressamente na
Constituição. Costuma-se
se elencá-los
elencá como implícitos no art. 5º LIV que dispõe
sobre o “devido processo legal”.
Gabarito: Letra B.

32. (ESAF/AFT/2010) Praticamente toda a doutrina constitucionalista cita


os princípios e regras
as de interpretações enumeradas por Canotilho. Entre os
princípios e as regras de interpretação abaixo, assinale aquele(a) que não foi
elencado por Canotilho.
a) Unidade da constituição.
b) Da máxima efetividade ou da eficiência.
efi

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c) Da supremacia eficaz.
d) Do efeito integrador.
e) Da concordância prática ou da harmonização.
Comentários:
O tema interpretação constitucionaltrata
constitucionaltrata basicamente de um estudo doutrinário
pautadoo nas lições do Prof. Canotilho. Em Em nenhum momento falamos de
princípio da supremacia eficaz.
Gabarito: letra C

33. (ESAF/AFRF/2003) Somente o Supremo Tribunal Federal - STF está


juridicamente autorizado para interpretar a Constituição.
Comentários
Qualquer juiz pode interpretar a constitução e até mesmo outros órgãos, como
a interpretação autêntica feita pelo Legislativo.
Gabarito: Errado.

34. (ESAF/TCU/2006) Quando o intérprete, na resolução dos problemas


jurídico-constitucionais,
constitucionais, dá primazia aos critérios que favoreçam a integração
política e social e o reforço da unidade política, pode-se
pode se afirmar
a que, no
trabalho hermenêutico, ele fez uso do princípio da conformidade funcional.
Comentários:
Este seria o princípio da “eficácia integradora”. O princípio da conformidade
funcional ocorre limitando a atividade do intérprete, impedindo-o
impedindo de chegar a
um resultado que perturbe a repartição de competências que a Constituição
estabeleceu em sua estrutura.
Gabarito: Errado.

35. (ESAF/AFTE-RN/2005)
RN/2005) O método de interpretação constitucional,
denominado hermenêutico-concretizador,
hermenêutico concretizador, pressupõe a pré-compreensão
pré do
conteúdo da norma a concretizar e a compreensão do problema concreto a
resolver.
Comentários:
Perfeita literalidade da doutrina de Canotilho, tal como vimos anteriormente.
Gabarito: correto.

36. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) No método de interpretação constitucional
tópico-problemático,
problemático, há prevalência da norma sobre o problema concreto a ser
resolvido.

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Comentários:
No método tópico-problemático,
problemático, tendo
tendo um problema concreto nas mãos, os
intérpretes debatem abertamente tentando adequar a norma a este problema,
probl
daí diz-se
se que há uma “primazia do problema sobre a norma”.
Gabarito: Errado.

37. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O método de interpretação hermenêutico-
hermenêutico
concretizador prescinde de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma a ser interpretada.
Comentários:
Aqui parte-se da pré-compreensão
compreensão da norma abstrata e tenta-se
tenta imaginar a
situação concreta. Agora temos a “primazia da norma sobre o problema”.Desta
problema”.
forma, ele pressupõe uma pré-compreensão
pré compreensão da norma abstrata a se
concretizar, logo, é errado dizer que prescinde (= dispensa).
dispensa)
Gabarito: Errado.

38. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O princípio de interpretação conforme a
constituição comporta o princípio da prevalência da constituição, o princípio da
conservação de normas e o princípio da exclusão da interpretação conforme a
constituição mas contra legem.
Comentários:
A interpretação da norma legal em face à Constituição é o princípio pelo qual
tenta-sese adequar o alcance da norma legal em relação aos limites
constitucionais. Assim, pressupõe a supremacia da Constituição em relação à
lei, além de comportar o princípio da conservação das normas, já que evita-se
evita a
sua declaração de inconstitucionalidade, promovendo apenas uma interpretação
de acordo com o texto da constitucional.
O princípio da "vedação da interpretação conforme a Constituição, mas contra
legem" é o princípio
pio impede que se alterem a interpretação das lei de modo que
subverta o sentido literal delas. Ou seja, pode interpretar, mas não pode "forçar
a barra".
Gabarito: Correto.

39. (ESAF/AFRFB/2009) A técnica denominada interpretação conforme não


é utilizável quando a norma impugnada admite sentido unívoco.
Comentários:
Só se aplica interpretação conforme quando podemos ter uma duplicidade de
interpretações. Já que se aplica o princípio da "vedação da interpretação
conforme a Constituição, mas contra legem" que impede que se alterem a
interpretação das lei que não dão margem a duplas interpretações.

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Gabarito: Correto.

40. (ESAF/PFN/2006) A interpretação conforme a Constituição consiste em


procurar extrair o significado de uma norma da Lei Maior a partir do que
dispõem as leis ordinárias que preexistiam a ela.
Comentários:
É justamente ao contrário, da-se
da se à lei o sentido conforme dispõe a Constituição.
Nunca se interpeta a Constituição conforme as leis, a interpretação é sempre
das leis conforme a Constituição.
Gabarito: Errado.

41. (ESAF/Advogado-IRB/2004
IRB/2004 - Adaptada)Assinale
Assinale a opção correta.
a) O princípio da unidade da Constituição postula que, na interpretação das
normas constitucionais, seja-lhes
seja lhes atribuído o sentido que lhes empreste maior
eficácia ou efetividade.
b) O princípio de interpretação constitucional do "efeito integrador" estabelece
uma nítida hierarquia entre as normas da parte dogmática da Constituição e as
normas da parte meramente organizatória.
c) Mesmo que, num caso concreto, se verifique a colisão colisão entre princípios
constitucionais, um princípio não invalida o outro, já que podem e devem ser
aplicados na medida do possível e com diferentes
diferentes graus de efetivação.
d) No sistema jurídico brasileiro, cabe, com exclusividade, ao Poder Judiciário a
prerrogativa de interpretar a Constituição, sendo do Supremo Tribunal Federal a
palavra decisiva a esse respeito.
Comentários:
Letra A - Errado. Segundo a doutrina, o princípio
princípio da unidade da Constituição
pressupõe a dissipação das antinomias e contradições. Este princípio acima
deveria ser descrito como o princípio da máxima efetividade.
Letra B - Errado. Segundo a doutrina, o efeito integrador pressupõe a busca
pelo sentido que fortaleça a unidade política e a integração social. Importante é
dizer que pelo princípio da unidade da Constituição, não há qualquer hierarquia
entre normas presentes no corpo da Lei Maior, já que ela se manifesta como
única.
rincípio da harmonização ou da concordância prática.
Letra C - Correto. É o princípio
Veja que quando se fala de princípios, não se fala em exclusão , já que eles
podem ser ponderados no caso concreto e assim ser concretizados em graus
diferentes. Isto faz com que os chamem de "mandados de de otimização". Quando
estamos diante de regras constitucionais, ou seja, normas que estabelecem
uma conduta específica sem margem para abstrações, pode acontecer de uma
excluir a outra, pois não existe cumprimento parcial de regras, ou são
cumpridas integralmente
almente ou não são cumpridas.

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Letra D - Errado. Podemos citar, por exemplo, a interpretação autêntica que é


proferida geralmente pelo poder legislativo, editando leis interpretativas.
Gabarito: Letra C.

42. (ESAF/PGFN/2007) O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais


não é admitido como possível no ordenamento jurídico brasileiro, já que a
Constituição não pode abrigar normas que conduzam a soluções contraditórias
na sua aplicação prática.
Comentários:
Eles podem colidir,, quandoentão usaremos o princípio da concordância prática
ou harmonização para sabequal irá preponderar. Importante é dizer que não há
contradição entre direitos fundamentais, já que eles não se excluem, há apenas
uma colisão no caso concreto.
Gabarito: Errado.

43. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos


modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de
interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar
autenticidade à interpretação.
Comentários:
Errado. A interpretação autêntica é aquela que o próprio legislador estabelece
para o alcance da norma.
Gabarito: Errado.

44. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos


modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de interpretação teleológica, pois o sentido da lei le deve ser
considerado à luz de seus objetivos.
Comentários:
Correto, é isso aí, a interpretação teleológica busca a finalidade, os objetivos da
lei.
Gabarito: Correto.

Pronto pessoal!!! Por hoje é só...


Excelente estudo a todos.
Grande abraço.
Vítor Cruz E Rodrigo Duarte

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Pontos importantes a serem fixados:


Interpretação Constitucional:
• Não só o STF, mas qualquer juiz pode interpretar a Constituição.
• Interpretação nãoão é atividade exclusiva do Judiciário (existe a
interpretação autêntica).

Princípios de interpretação:
a) Princípio da unidade da Constituição:
• Constituição é um corpo único;
• Não existem contradições entre os dispositivos constitucionais. Pode
haver apenas uma "aparência" de contradição.
• Não há hierarquia entre as normas constitucionais;
• Não existem normas constitucionais originárias inconstitucionais;
b) Princípio da concordância prática ou da harmonização: harmonização
de princípios que estejam colidindo no caso concreto.
c) Princípio da correição funcional (ou conformidade funcional):não
funcional): se
pode perturbar a repartição de competências estabelecidas pela Constituição.
d) Princípio da eficácia integradora:favorecer
integradora: a integração política, social ou
reforçar a unidade política.
e) Princípio da a força normativa da Constituição: interpretação deve
garantir maior eficácia e permanência das normas.
f) Princípio da máxima efetividade: interpretação, notadamente dos direitos
fundamentais, de forma a tornar tais normas mais densas e fortalecidas.
g) Princípio
rincípio da interpretação conforme a Constituição e da presunção
de constitucionalidade das leis:
• Não se declara inconstitucional uma norma a qual possa ser atribuída
uma interpretação constitucional;
constitucional
• A constituição sempre deve prevalecer –a interpretação é sempre das leis
conforme a Constituição, nunca se interpreta a Constituição conforme as
leis;
• Aplicável a normas que admitirem interpretações diversas.
diversas
h) Razoabilidade- origem anglo-saxã.
anglo Uso subjetivo e abstrato do "senso
comum",vedação ao excess
sso;
i)Proporcionalidade - origem germânica, princípio racional e objetivo,
informado por 3 sub-princípios:
princípios: Adequação (ou pertinência), Necessidade e
Proporcionalidade em sentido estrito.

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Métodos
étodos de interpretação:
a) Método Jurídico (ou método hermenêutico clássico):Interpreta-se
clássico): a
Constituição como se fosse uma lei.
b) Método tópico-problemático:
problemático: parte-se
se do problema para a norma,
“primazia do problema sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador:
hermenêutico parte-se dapré
ré-compreensão da
norma abstrata para chegar
egar ao problema, “primazia da norma sobre o
problema”.
d) Método científico-espiritual:
espiritual: análise devalores
valores sociais para integrar a
constituição com a realidade social.
e) Método normativo-estruturante:
estruturante: análise da norma com a sua função
estruturadora do Estado.

Correntes interpretativistas e não-interpretativistas:


não
a) Corrente interpretativista:Menor
interpretativista: autonomia. Deve-se
se evitar o uso de
princípiosimplícitos
implícitos e valores substantivos.
b) Não-interpretativismo:
interpretativismo: Maior autonomia.. Liberdade para que o juiz
apliquevalores
valores e princípios substantivos.

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:


1. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG
TCE MG /2007) No entendimento
de doutrinadores, NÃO é considerado, dentre outros, como princípio e regra
interpretativa das normas constitucionais,
a) a unidade da constituição -interpretação
interpretação de maneira a evitar contradições
entre as normas constitucionais.
b) o efeito integrador -primazia
primazia aos critérios favorecedores da integração
política e social.
c) a concordância prática ou a harmonização -coordenação
enação e combinação dos
bens jurídicos em conflito.
d) a força normativa da constituição -adoção
adoção de interpretação que garanta
maior eficácia e permanência das normas constitucionais.
e) a adoção da contradição dos princípios -os os preceitos exigem uma
interpretação
rpretação explícita, excluindo-se
excluindo a implícita.
2. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)
AM/2010) Com relação aos princípios interpretativos
das normas constitucionais, aquele segundo o qual a interpretação deve ser
realizada de maneira a evitar contradições entre suas normas é denominado
den
de:

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a) conformidade funcional.
b) máxima efetividade.
c) unidade da constituição.
d) harmonização.
e) força normativa
rmativa da constituição.
3. (FCC/Defensor Público - DPE-SP/2010)Após Após grave crise energética, o
Governo aprova lei que disciplina o racionamento de energia elétrica,
estabelecendo metas de consumo e sanções pelo descumprimento, que podem
culminar, inclusive, na suspensão do fornecimento. Questionado judicialmente,
se vê o Supremo Tribunal Federal - STF com a missão de resolver a questão,
tendo, de um lado, a possibilidade de interrupções no suprimento de energia
elétrica, se não houver economia, e, de outro, as restrições a serviço público de
primeira necessidade, restrição
restrição que atinge a igualdade, porque baseada em
dados de consumo pretérito, bem como limitações à livre iniciativa, ao direito
ao trabalho, à vida digna etc.
O controle judicial neste caso envolve
a) a apreciação de colisão de direitos fundamentais, que, em
em sua maior parte,
assumem a estrutura normativa de “regras”, o que implica anulação de uns em
detrimento de outros.
b) a aplicação da regra da proporcionalidade, que, segundo a jurisprudência
constitucional alemã, tem estrutura racionalmente definida – análise da
adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito.
c) a utilização do princípio da razoabilidade, já consagrado no Brasil, e que
determina tratar os direitos colidentes como “mandamentos de otimização”.
d) a eliminação da falsa
a dicotomia entre direitos constitucionais, já que a
melhor solução é a que os harmoniza, sem retirar eficácia e aplicabilidade de
nenhum deles.
e) juízo de constitucionalidade clássico, pois nem emenda à Constituição pode
tender a abolir direitos fundamentais.
fundame
4. (FCC/AFRE-PB/2006
PB/2006 - Adaptada) O método de interpretação das
normas constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da
norma, levando-sese em consideração o seu fundamento racional, é o método
teleológico (Certo/Errado).
5. (FCC/PGE-PE/2004 2004 - Adaptada) Em ocorrendo colisão de direitos
fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não
sujeitos, portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar,
para solução de caso concreto, o princípio da interpretação
interpretação conforme a
Constituição (Certo/Errado).
6. (FCC/Auditor - TCE-SP/2008
TCE - Adaptada) Por força da Emenda
Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do
artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se
estabelecendo inexistir

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obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em


âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi objeto
de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final
julgada procedente, pelo
elo Supremo Tribunal Federal, para o fim de declarar que
a alteração promovida pela referida emenda constitucional somente fosse
aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF,
3685 Rel.
Min. Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006). Na hipótese
hipótese relatada, o Supremo
Tribunal Federal procedeu à interpretação, conforme a Constituição, sem
redução de texto normativo (Certo/Errado).
7. (FCC/AFRE-PB/2006)
PB/2006) O método de interpretação das normas
constitucionais segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma,
levando-se
se em consideração o seu fundamento racional, é o método:
a) literal.
b) gramatical.
c) histórico.
d) sistemático.
e) teleológico.
8. (FCC/PGE-PE/2004)
PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos fundamentais
consagrados por normas constitucionais
constitucionais de eficácia plena, não sujeitos,
portanto, a restrições legais, o intérprete constitucional poderá adotar, para
solução de caso concreto, o princípio da
a) ponderação de interesses.
b) interpretação adequadora.
c) congruência.
d) relativização
ão dos direitos fundamentais.
e) interpretação conforme a Constituição.
9. (CESPE/Assessor-TCE TCE-RN/2009) O princípio da razoabilidade-
razoabilidade
proporcionalidade permite ao Poder Judiciário invalidar atos legislativos ou
administrativos quando, entre outras situações, a medida adotada não for
exigível ou necessária, havendo meio alternativo menos gravoso para se chegar
chega
ao mesmo resultado, o que se convencionou denominar necessidade ou
vedação do excesso.
10. (CESPE/Anatel/2009) O princípio da proporcionalidade acha-se acha
vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do poder público no exercício de
suas funções, qualificando-se
qualificando se como parâmetro de aferição da própria
constitucionalidade material dos atos estatais.
11. (CESPE/ANATEL/2009) O princípio da unidade da Constituição
considera essa Carta em sua totalidade, buscando harmonizá-
harmonizá-la para uma visão
de normas não isoladas, mas como como preceitos integrados em um sistema
unitário de regras e princípios.
princípios

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12. (CESPE/TRT-17ª/2009
17ª/2009)) Segundo o princípio da unidade da
constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a
aprovação de nova constituição implica a automática revogação
revogação da anterior.
13. (CESPE/ANATEL/2009) O princípio da máxima efetividade visa
interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior
efetividade possível, ou seja, deve-se
deve se atribuir a uma norma constitucional o
sentido que lhe dê maior eficácia.
ef
14. (CESPE/TRE-MA/2009)
MA/2009)De De acordo com o princípio interpretativo da
máxima efetividade ou da eficiência das normas constitucionais, devem ter
prioridade, quando da resolução de problemas jurídico-constitucionais,
jurídico constitucionais, critérios
que favoreçam a integração política
po e social.
15. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio do efeito integrador estabelece
que, havendo lacuna na CF, o juiz deve recorrer a outras normas do
ordenamento jurídico para integrar o vácuo normativo.
16. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) O princípio da conformidade funcional visa
impedir, na concretização da CF, a alteração da repartição das funções
constitucionalmente estabelecidas.
17. (CESPE/Oficial de Inteligência-
Inteligência ABIN/2010)Entre
Entre os métodos
compreendidos na hermenêutica constitucional inclui-se
inclui se o tópico problemático,
que consiste na busca da solução partindo-se
partindo se do problema para a norma.
18. (CESPE/Procurador-AGU/2010)
(CESPE/Procurador O método hermenêutico
hermenêutico-
concretizador caracteriza--se pela praticidade
cidade na busca da solução dos
problemas, já que parte de um problema concreto para a norma.
19. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo método de interpretação
hermenêutico-concretizador,
concretizador, a análise da norma constitucional não se fixa na
sua literalidade, mas decorre
decorre da realidade social e dos valores insertos no texto
constitucional, de modo que a constituição deve ser interpretada considerando-
considerando
se seu dinamismo e constante renovação, no compasso das modificações da
vida da sociedade.
20. (CESPE/DPE-ES/2009)
ES/2009) A interpretação ção conforme a Constituição
determina que, quando o aplicador de determinado texto legal se encontrar
frente a normas de caráter polissêmico ou, até mesmo, plurissignificativo, deve
priorizar a interpretação que possua um sentido em conformidade com a
Constituição.
tituição. Por conseguinte, uma lei não pode ser declarada
inconstitucional,quando puder ser interpretada em consonância com o texto
constitucional.
21. (CESPE/Advogado
(CESPE/Advogado-BRB/2010) A técnica da interpretação conforme a
constituição permite a manutenção, no ordenamento
ordenamento jurídico, de leis e atos
normativos que possuam valor interpretativo compatível com o texto
constitucional.
22. (CESPE/Procurador-BACEN/2009)
(CESPE/Procurador Pelo princípio da concordância
prática ou harmonização, os órgãos encarregados de promover a interpretação
da norma
orma constitucional não podem chegar a resultado que altere o esquema

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organizatório-funcional
funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador
constituinte originário.
23. (CESPE/Auditor-TCU/2009)
TCU/2009) O princípio da concordância prática ou da
harmonização, derivado do princípio da unidade da CF, orienta o aplicador ou
intérprete das normas constitucionais no sentido de que, ao se deparar com um
possível conflito ou concorrência entre os bens constitucionais,
constitucionais, busque uma
solução que evite o sacrifício ou a negação de um deles.
24. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) De acordo com o
princípio da força normativa da constituição, defendida por Konrad Hesse, as
normas jurídicas e a realidade devem ser consideradas em seu condicionamento
recíproco. A norma constitucional não tem existência autônoma em face da
realidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à realidade jurídica, social e
política, não sendo apenas determinada pela realidade social, mas
ma determinante
em relação a ela.
25. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador Segundo entendimento do STF,
não afronta a força normativa da Constituição nem o princípio da máxima
efetividade da norma constitucional a manutenção de decisões divergentes da
interpretação adotada pelo STF, proferidas no âmbito das instâncias ordinárias.
26. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)
(CESPE/Procurador De acordo com o princípio do
efeito integrador, os bens jurídicos constitucionalizados devem coexistir
harmonicamente na hipótese de eventual conflito ou concorrência
concorrência entre eles,
evitando-se,
se, desse modo, o sacrifício total de um princípio em relação a outro
em contraposição, considerando a ausência de hierarquia entre os princípios.
27. (CESPE/TRT-17ª/2009)
17ª/2009) A corrente que nega a possibilidade de o juiz,
na interpretação
ação constitucional, criar o direito e, valendo-se
valendo de valores
substantivos, ir além do que o texto lhe permitir é chamada pela doutrina de
não-interpretativista.
28. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) Entre as correntes de
interpretação constitucional, pode-se
pode apontar uma bipolaridade que se
concentra entre as correntes interpretativistas e não interpretativistas das
constituições. As correntes interpretativistas se confundem com o literalismo e
permitem ao juiz que este invoque e aplique valores e princípios substantivos,
su
como a liberdade e a justiça contra atos da responsabilidade do Poder
Legislativo em desconformidade com a constituição.
29. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007)Segundo Segundo o método jurídico de
Forsthoff, a interpretação da constituição não se distingue da da interpretação de
uma lei e, por isso, para se interpretar o sentido da lei constitucional, devem-se
devem
utilizar as regras tradicionais da interpretação.
30. (CESPE/PGE-AL/2008)
AL/2008)A A análise da colisão entre a inviolabilidade da
intimidade e do domicílio dos cidadãos
cidadão e o poder-dever
dever de punir do Estado
prescinde da verificação da proporcionalidade e da aplicação do princípio da
concordância prática, uma vez que o primeiro sempre prepondera sobre o
segundo.

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31. (CESPE/TCM-GO/2007)
GO/2007) Com relação à aplicação das normas
constitucionais, assinale a opção incorreta.
a) O intérprete deve considerar que a interpretação constitucional se assenta no
pressuposto da superioridade jurídica da CF sobre os demais atos normativos
no âmbito do estado, o, o que significa dizer que não se deve fazer uma
interpretação da CF conforme a lei.
b) Havendo colisão de direitos fundamentais, deve o intérprete aplicar o
princípio da concordância fática, segundo o qual normas constitucionais que
tutelam os direitos à vida e à liberdade têm precedência sobre as demais.
c) Ao dar a determinado dispositivo legal uma interpretação conforme a CF, o
intérprete está reconhecendo que, segundo uma interpretação textual do
dispositivo, ele é parcialmente inconstitucional ou que q determinada
interpretação do dispositivo legal revela-se
revela se incompatível com a CF.
d) O intérprete deve ter ciência de que os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade não estão explícitos na CF, sendo extraídos do dispositivo que
garante o devido processo legal, entendido na sua dimensão substantiva.
32. (ESAF/AFT/2010) Praticamente toda a doutrina constitucionalista cita
os princípios e regras de interpretações enumeradas por Canotilho. Entre os
princípios e as regras de interpretação abaixo, assinale
assinale aquele(a) que não foi
elencado por Canotilho.
a) Unidade da constituição.
b) Da máxima efetividade ou da efi ciência.
c) Da supremacia eficaz.
d) Do efeito integrador.
e) Da concordância prática ou da harmonização.
33. (ESAF/AFRF/2003) Somente o Supremo Tribunal Federal - STF está
juridicamente autorizado para interpretar a Constituição.
34. (ESAF/TCU/2006) Quando o intérprete, na resolução dos problemas
jurídico-constitucionais,
constitucionais, dá primazia aos critérios que favoreçam a integração
política e social e o reforço da unidade política, pode-se
pode se afirmar que, no
trabalho hermenêutico, ele fez uso do princípio da conformidade funcional.
35. (ESAF/AFTE-RN/2005)
RN/2005) O método de interpretação constitucional,
denominado hermenêutico-concretizador,
hermenêutico concretizador, pressupõe a pré-compreensão
pré do
conteúdo da norma a concretizar e a compreensão do problema concreto a
resolver.
36. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) No método de interpretação constitucional
tópico-problemático,
problemático, há prevalência da norma sobre o problema concreto a ser
resolvido.
37. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O método de interpretação hermenêutico-
hermenêutico
concretizador prescinde de uma pré-compreensão
pré compreensão da norma a ser interpretada.

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38. (ESAF/AFC-CGU/2006)
CGU/2006) O princípio de interpretação conforme a
constituição comporta o princípio da prevalência da constituição, o princípio da
conservação de normas e o princípio da exclusão da interpretação conforme a
constituição mas contra legem.
39. (ESAF/AFRFB/2009) A técnica denominada interpretação conforme não
é utilizável quando a norma impugnada admite sentido unívoco.
40. (ESAF/PFN/2006) A interpretação
erpretação conforme a Constituição consiste em
procurar extrair o significado de uma norma da Lei Maior a partir do que
dispõem as leis ordinárias que preexistiam a ela.
41. (ESAF/Advogado-IRB/2004
IRB/2004 - Adaptada)Assinale
Assinale a opção correta.
a) O princípio da unidade da Constituição postula que, na interpretação das
normas constitucionais, seja-lhes
seja lhes atribuído o sentido que lhes empreste maior
eficácia ou efetividade.
b) O princípio de interpretação constitucional do "efeito integrador" estabelece
estabe
uma nítida hierarquia entre as normas da parte dogmática da Constituição e as
normas da parte meramente organizatória.
c) Mesmo que, num caso concreto, se verifique a colisão entre princípios
constitucionais, um princípio não invalida o outro, já que podem e devem ser
aplicados na medida do possível e com diferentes
diferentes graus de efetivação.
d) No sistema jurídico brasileiro, cabe, com exclusividade, ao Poder Judiciário a
prerrogativa de interpretar a Constituição, sendo do Supremo Tribunal Federal a
palavra
vra decisiva a esse respeito.
42. (ESAF/PGFN/2007) O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais
não é admitido como possível no ordenamento jurídico brasileiro, já que a
Constituição não pode abrigar normas que conduzam a soluções contraditórias
na sua aplicação prática.
43. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos
modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de
interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar
autenticidade à interpretação.
44. (FGV/ OAB/ 2013) A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos
modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração
principalmente
te os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é
chamada de interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser
considerado à luz de seus objetivos.

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GABARITO:

1 E 14 Errado 27 Errado 40 Errado


2 C 15 Errado 28 Errado 41 C
3 B 16 Correto 29 Correto 42 Errado
4 Correto 17 Correto 30 Errado 43 Errado
5 Errado 18 Errado 31 B 44 Correto
6 Correto 19 Errado 32 C 45 D
7 E 20 Correto 33 Errado
8 A 21 Correto 34 Errado
9 Correto 22 Errado 35 Correto
10 Correto 23 Correto 36 Errado
11 Correto 24 Correto 37 Errado
12 Errado 25 Errado 38 Correto
13 Correto 26 Errado 39 Correto

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