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1.

Definição, enquadramento e referências históricas da técnica acupunctural

Na China, desde a antiguidade, a manipulação das agulhas sempre fez parte dos processos
de tratamento. Ela figura nas 26 técnicas do “Nei Jing” e é descrita em diversos capítulos do Ling
Shu.
Arte terapêutica que surgiu na China há mais de 5000 anos. A acupunctura é um método
terapêutico desenvolvido no contexto da Medicina Tradicional Chinesa. Consiste na introdução de
agulhas filiformes através da pele, em locais específicos, denominados pontos de acupunctura.
As agulhas de acupunctura são instrumentos utilizados para a estimulação dos pontos de
acupunctura. Actualmente são de aço inoxidável, mas, antigamente, vários outros materiais foram
usados, como lasca de pedra, bambu, ferro, ouro, prata, espinhos, etc.
As agulhas de aço inoxidável não oxidam e resistem bem ao calor. Por outro lado, possuem
uma boa flexibilidade. Estas agulhas são filiformes (da espessura de um fio de cabelo) e
apresentam diferentes comprimentos e diâmetros.
As agulhas apresentam hoje um diâmetro reduzido e uma maior flexibilidade. A inserção
tornou-se mais fácil e indolor. Além disso permitem manobras complexas com grande mobilização
da agulha. Acrescente-se que podemos recorrer a outros materiais, tais como Moxa e Ventosa.
A agulha de acupunctura é composta de uma cabeça, cabo, base, corpo e uma ponta. O
cabo é, geralmente, feito de cobre ou alumínio, a base é a parte que liga o cabo ao corpo. É um
local frágil que deve ser vigiado atentamente porque indica os traços de deterioração, corrosão ou
ferrugem, enquanto o corpo (rectilíneo, firme, sólido, elástico e de diâmetro igual de ponta a
ponta), preferencialmente, deve ser feito de material diferente, por exemplo, aço inoxidável ou
prata, a fim de induzir a diferença de potencial eléctrico entre o cabo e a ponta da agulha. A
maioria das agulhas de acupunctura tem os cabos envoltos por um fio metálico, conferindo-lhe
efeito solenóide, que aumenta o potencial eléctrico (Borsarello, 1975).
Becker, em 1990, apresentou a acção das ondas electromagnéticas sobre os seres vivos,
interagindo aos níveis de moléculas, proteínas, pressão arterial, função sexual (em ratos) e no
crescimento embrionário. Sabe-se, também, que essas ondas penetram no corpo através dos
pontos de acupunctura.
A agulha de acupunctura, devido ao seu potencial eléctrico na ponta, quando é inserida nos
pontos de acupunctura tem o poder de alterar a polaridade dos canais de energia principais,
iniciando um processo de estimulação desses canais favorecendo a melhor condução do Qi.
O ângulo de penetração, a profundidade da agulha de acupunctura e os estímulos que nela
são efectuados interferem na circulação do Qi, podendo reduzi-la, intensificá-la, ou alterar a
polaridade dos canais de energia, tornando-os mais ou menos activos (Yin/yang).

Tso-chuan – ano 540 a.C.


Dinastia Han – ano 500 d.C.
Dao Guang – ano 1822
Mao Tse-Tung – ano 1958
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Jesuíta Francês – século XVII
1693, Dr. Willen Tem Rhijne
1912, The Principles and Practice of Medicine, de Osler
1934, Georges Soulié, Cônsul Francês
Atribui-se o nome "Acupunctura" a um jesuíta europeu que ao regressar da China, no século XVII,
adaptou os termos chineses "Zhen" e "Jiu", juntando as palavras latinas "Acus" (agulha) e
"Punctum" (picada ou punção).
A tradução literal do termo chinês, no entanto, é bem diferente. O correcto seria Zhen (agulha) e
Jiu (Cauterização/Moxa).
2. Material necessário para a técnica acupunctural
Algodão/Gaze
Desinfectante/Anti-séptico
Agulhas filiformes 0.25mmX25mm/0.30mmX40mm/0.32mmX100mm
Contentor
Moxa com fumo/moxa sem fumo
Ventosas de vidro/ventosas de acrílico
Martelo de 7 pontos
Máquina de electro
3. Cuidados a ter na técnica acupunctural
Os cuidados na técnica acupuntural são fundamentais para o bom decurso da consulta.
O paciente deve estar em posição cómoda e adequada para facilitar o acesso aos pontos de
acupunctura seleccionados. Exemplo:
Pontos do rosto, tórax, abdómen, e extremidades dos membros superiores e inferiores, os
pacientes, geralmente, ficam em decúbito dorsal. Para a inserção da agulha na região posterior do
corpo, coxas, das pernas, em posição decúbito ventral. Para a região da cabeça, nuca, ombros e
dorso, é preferível a posição sentada ou decúbito lateral. Esta posição também pode ser adoptada
para pacientes que apresentam dificuldades de se mobilizar.
Pedir ao paciente para se manter imóvel durante e após a inserção da agulha, devido a possíveis
contracções musculares.
É importante o paciente estar relaxado, para uma melhor circulação de energia.
Efectuar uma boa assepsia sobre os pontos de acupunctura seleccionados e explicar ao paciente as
sensações que podem ocorrer durante e após a inserção da agulha.
4. Reacções Adversas
Lipotimia
Sincope
Convulsões
4.1. Etiologia
Primeiro tratamento de acupunctura num doente ansioso
Constituição física frágil, natureza muito sensível
Excitação muito forte, tratamento não apropriado

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4.2. Sintomas
Casos sem gravidade:
Vertigens, palidez, náusea, palpitações, sensação de indisposição e transpiração fria.
Casos graves:
Rosto pálido, como cera, arrepio nos membros, pulso fino e fraco e desmaio brutal.
4.3. Prevenção
Instalar o paciente numa posição confortável.
Informação antecipada das possíveis reacções na prática acupunctural.
Não fazer manipulações rápidas e superficiais nos pacientes de constituição frágil, crónicos, idosos,
gestantes e crianças.
Evitar a prática acupunctural em desnutridos, nos pacientes com fadiga extrema e em quadros de
grande ansiedade.
4.4. Tratamento
Agir imediatamente, removendo as agulhas.
Deitar o doente colocar a cabeça numa posição baixa.
No caso de perda dos sentidos, puncturar o Yongquan 1 R, Renzhong 26 VG, ou Hegu 4 IG,
Shaochong 9 C, Baihui 20 VG, Zusanli 36 E, ou fazer Moxa sobre o Baihui 20 VG e Zusanli 36 E.
5. Incidentes na técnica acupunctural
5.1. Punctura de uma veia
A punção numa veia é bastante doloroso e não pode ser confundida com a chegada do Qi. A
sensação é de uma ardência insuportável e o paciente está consciente que a dor sentida é atribuída
à punctura. Se provocar sangramento ou hematoma, deve-se pressionar firmemente com o polegar
o ponto durante 3 minutos.
5.2. Punctura de um nervo periférico
Quando um nervo é atingido, a dor é muito aguda. Para retirar a agulha, utiliza-se Moxa.
Risco de nevrite.
5.3. Agulha bloqueada
Considera-se agulha bloqueada quando esta não pode ser manipulada.
Etiologia
Dor
A pele e os tecidos estão contraídos no momento da punctura.
A rotação num único sentido provoca uma contracção das fibras musculares ou hipodérmicas ao
redor da agulha.
A agulha foi deixada muito tempo no ponto ou o paciente mudou de posição.
Tratamento
Rotação da agulha no sentido contrário antes de a retirar.
Inserir uma outra agulha num ponto vizinho.
Agulha partida
Quando a agulha parte no local, pode ficar à superfície da pele ou ficar invisível.
Causas
A agulha é de má qualidade

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A agulha é mal manipulada
A agulha foi utilizada por muito tempo
A manipulação foi muito violenta
A contracção muscular foi muito forte
Prevenção
Verificar a agulha antes de fazer a punctura, particularmente na junção do cabo com o corpo.
Fazer manipulação com cuidado
Não mudar o paciente de posição
Não inserir o corpo da agulha na sua totalidade
Tratamento
Com uma pinça extrair o corpo da agulha que se encontra inserida.
Proceder a uma extracção cirúrgica.
5.4. Punctura de uma víscera ou de um órgão
1- Pulmão
Uma punctura muito profunda na fossa supra clavicular, nas costas ou na parte anterior do peito
pode provocar um pneumotórax
Sintomas
Dor
Dispneia. Opressão torácica
Transpiração excessiva
2- Fígado, Baço e Rins
Uma punctura nestes órgãos pode provocar hemorragias, com dor na região do órgão atingido,
associado a um estado de choque
3- Vesícula biliar, estômago, Intestinos e Bexiga
Uma punctura nestas vísceras pode provocar uma reacção peritoneal.
4- Espinal-medula, Bolbo e Raízes nervosas
Uma punctura direccionada ao ponto Yamen 15 VG, Fengfu 16 VG, Fenchi 20 VB podem provocar
uma lesão no bolbo.
Uma punctura dos Hua Tuo Jia Ji por baixo da 1ª lombar pode provocar uma lesão na medula.
Uma lesão na raiz de um nervo periférico pode provocar uma nevrite.
6. Contra-indicações
6.1. O que não deve fazer antes de uma sessão de acupunctura:
Imediatamente após o acto sexual;
O paciente estando alcoolizado;
Após as refeições;
Pacientes com alterações emocionais (ansioso, nervoso, irritado, etc.);
Pacientes que apresentam fadiga extrema;
Após viagens ou caminhadas. O paciente deve repousar até normalizar a pulsação.
6.2. O que não deve fazer imediatamente após a acupunctura:
Ter relações sexuais;
Molhar os pontos estimulados;

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Beber bebidas alcoólicas;
Irritar-se;
Fazer trabalhos pesados;
Comer excessivamente;
Na gravidez:
Os pontos 4 IG, 6 BP, 3 F, 60 B e 67 B, não podem ser estimulados.
No primeiro trimestre de gravidez, é proibido estimular os pontos de acupunctura situados na parte
inferior do abdómen;
Com mais de três meses de gravidez, não podem ser estimulados os pontos de acupunctura
situados no abdómen e na cintura;
No primeiro e no último mês de gravidez, não efectuar acupunctura.
Em crianças:
Não reter as agulhas, fazer a inserção, estimular as agulhas e retirá-las;
Não inserir agulhas na cabeça enquanto as fontanelas estiverem abertas.
No tórax, nos hipocôndrios, na cintura, no dorso e abdómen:
Não puncturar perpendicularmente nem profundamente para evitar lesões nos Zang-Fu.
7. Tipos de agulhas
Existem vários tipos de agulhas de acupunctura: filiformes, de diversos calibres e
comprimentos, para o uso clínico e para as diversas finalidades a que elas se destinam.
Os principais tipos de agulhas filiformes são:
Agulha de acupunctura capilar cilíndrica de 0.10 a 0.50 mm de calibre e de 1.5 a 10 cm de
comprimento.
Agulha de acupunctura triangular, com ponta trifacetada, tem finalidade de provocar pequena
sangria quando se efectua no paciente punção rápida e superficial.
Agulha de acupunctura de retenção. É curta em forma de caracol, usada principalmente e
auriculoterapia, com a finalidade de permanecer in situ por vários dias, trabalhando o ponto
durante todo esse período.
O tipo de agulhas de acupunctura a ser utilizado depende da finalidade proposta para o
paciente e também da localização dos pontos. Assim agulhas de acupunctura curtas são usadas
para o rosto, cabeça e dedos; médias, para o tronco e extremidades; as longas, para as regiões
musculadas; as triangulares, para a sangria dos pontos de acupunctura; as grossas para o
tratamento de quadros crónicos e de doenças instaladas na profundidade (Yin) que necessitem de
maior estimulo; as finas, quando se deseja menos estímulos, destinadas a crianças.
7.1. Inserção da agulha de acupunctura
Su Wen, capitulo 25:
“Somos peritos em picar mais ou menos profundamente, em fazer surgir o Qi de mais ou
menos longe; mas em todos os casos, agiremos como se estivéssemos à beira de um abismo,
como se tivéssemos por perto um tigre preocupado e somente com o que fazemos.”
A inserção correcta da agulha depende de dois componentes: a força exercida pelos dedos e
a agilidade do pulso.

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Em geral, quando a agulha filiforme penetra a pele, há a sensação de dor, que deixa de ser
sentida à medida que a agulha vai sendo inserida. A dor durante a inserção depende de três
factores: A pele e o ponto de acupunctura estão sensíveis, a agulha é grossa ou a ponta está
romba, a velocidade de inserção é lenta.
Nos últimos dois factores, o acupunctor pode actuar prontamente, adequando a agulha e
introduzindo-a rapidamente, ou, de modo suave, com pancadas leves no cabo desta.
7.2. Inserção da agulha mobilizando a pele
Colocando o paciente numa posição adequada para a inserção da agulha nos pontos
seleccionados, deve-se, com a mão esquerda, imobilizar a pele onde será inserida a agulha de
acupunctura e, com a mão direita, procede-se à punção, que pode ser realizada por meio de três
técnicas. Estira-se a pele com o dedo polegar e o indicador, deixando entre os dedos um espaço de
2 a 3 cm, onde se punctura a agulha.
7.3. Inserção da agulha efectuando uma prega na pele
Colocando o paciente numa posição adequada para a inserção da agulha nos pontos
seleccionados. O terapeuta deve efectuar uma prega com o dedo polegar e indicador sobre o local
da puntura e de seguida inserir a agulha filiforme.
7.4. Ângulo de inserção das agulhas de acupunctura
O grau de inclinação da agulha para a inserção na pele varia de acordo com a região do
corpo e com a finalidade que se quer obter na aplicação. Pode ser inserida de forma perpendicular,
oblíqua ou horizontal, cada uma delas com um resultado específico:
Inserção perpendicular ou em um ângulo recto em relação à pele, é a mais habitual,
especialmente utilizada nas zonas musculosas.
Inserção oblíqua de 45º é utilizada nas regiões pouco musculosas, como tórax, rosto e
abdómen. Para a região toracoabdominal é aconselhável essa inclinação, a fim de se evitar a
perfuração de órgãos internos, por exemplo, Zhongfu 1 P e Qimen 14 F situados no tórax.
Inserção horizontal ou subcutânea é feita uma punctura quase paralela à pele, em regiões
desprovidas de massa muscular abundante, como crânio e face, por exemplo, Baihui 20 VG e
Shangxing 23 VG. Também é utilizada esta inserção quando se deseja tranfixar pontos vizinhos
com a mesma agulha, com o objectivo de potenciar os efeitos energéticos.
7.5. Profundidade de inserção das agulhas de acupunctura
A profundidade da inserção da agulha filiforme altera de acordo com a localização do ponto
de acupunctura bem como a constituição física e do estado geral do paciente.
Idade do paciente – A profundidade da inserção nos adultos deve ser maior que para os
idosos e crianças.
Constituição física – Nas pessoas de constituição forte e corpulenta, a agulha pode ser
inserida mais profundamente, ao passo que nos pacientes magros e de constituição fraca, a
inserção deve ser mais superficial.
Localização da doença – A inserção deve ser superficial quando a doença está na superfície
e que a punctura pode ser mais profunda quando a doença é interna.
7.6. Sensação produzida pela inserção da agulha

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A agulha, alcançando a profundidade necessária para atingir o ponto de acupunctura,
produz, no paciente, uma sensação de parestesia, adormecimento, sensação de peso, formigueiro
e choque eléctrico. A sensação de choque eléctrico é chamada de Te Qi que significa “captar
energia”, contudo, se com a inserção e a profundidade adequadas, não se obtiver o Te Qi
espontaneamente, deve-se procurar modificando o ângulo de inserção ou a profundidade da
inserção. Muitas vezes o Te Qi não surge porque o meridiano está em deficiência. Nestes casos,
deve-se induzir o Te Qi fazendo-se manipulações na agulha filiforme.
A sensibilidade do Te Qi é diferente para cada ponto de acupunctura e para cada paciente,
de modo que, o Te Qi é diferente em cada inserção. Nos pontos de acupunctura situados no rosto,
a sensação é, geralmente, de inchaço ou de dor. A sensação nos membros inferiores e superiores é
de choque eléctrico suave ou sensação de peso que se irradia. Em pacientes debilitados, com vazio
de Qi e de Xue (sangue), pode-se não obter o Te Qi.
O Te Qi é muito importante e garante a eficácia da acupunctura.
7.7. Ordem de inserção dos pontos
A ordem da punctura depende do diagnóstico. Geralmente puntura-se, de cima para baixo,
é dizer, de Yang para Yin e do centro para a extremidade, é dizer, de Yin para yang.
. No género masculino devemos iniciar a puntura no lado esquerdo, no género feminino há
que fazer o oposto.
8. Ventosaterapia
Olhando para o passado a partir da nossa perspectiva moderna, poderíamos facilmente
supor que sem antibióticos e a “magia” da cirurgia de hoje, as pessoas nessa altura morriam aos
menores ferimentos. Na verdade isto acontecia muito mais no ocidente que no oriente. Para além
da fitoterapia e da acupuntura que são dois dos grandes pilares da MTC, os antigos chineses
usavam terapias manuais que lhes permitia aliviar a dor, eliminar factores patogénicos,
desbloquear a estagnação de Qi e Xue que conduzem à dor crónica e ao desequilíbrio corporal.
Uma dessas terapias, que perdura há milhares de anos, é o uso de ventosas.
HISTÓRIA DO USO DAS VENTOSAS ATRAVÉS DOS TEMPOS
Os estudiosos da Ventosaterapia estão de acordo sobre o facto de a ventosa ter sido, em
todas as culturas da humanidade, um reflexo terapêutico, se não de primeira linha, pelo menos,
um acto essencial na prática medica das sociedades antigas.
De acordo com CUNHA (2005) nas regiões primitivas do mundo a ventosa tem registos
históricos que datam de centenas a milhares de anos. Na sua forma mais primitiva, a ventosa era
utilizada pelos índios americanos, que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, cerca de
duas polegadas de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo em
seguida tapado.
O uso de ventosas no ocidente antigo era um elemento terapêutico muito corrente. Na falta
de outros elementos da ciência, a Ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as
doenças.
No Egipto há a primeira ocorrência do uso ordenado de ventosas.
O papiro de Ebers, o mais antigo texto médico, escrito por volta de 1550 a.C. descreve o
sangramento por ventosas, a fim de eliminar “substâncias estranhas do corpo”.

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Na Grécia, Hipócrates foi um forte defensor das ventosas com sangramento.
Segundo Galeno, proeminente médico e filósofo romano de origem grega, o objectivo era
restaurar o equilíbrio do organismo com ventosas, proporcionando o sangramento, eliminando,
desta forma o que em MTC é denominado de estagnação de Qi e Xue.
Na América do sul, os Maias utilizavam métodos terapêuticos muito semelhantes à MTC,
incluindo acupuntura, moxabustão, vácuo, entre outros.
A primeira referência ao uso de ventosas, na China, de que se tem conhecimento foi feita
num antigo manuscrito, em seda, o Bo Shu, que foi encontrado num túmulo da Dinastia Han (206
a.C. – 220 d.C.). De acordo com FOURNIER (2008) este texto descreve detalhadamente a
utilização das ventosas nessa época em que “eram feitas de bambu, de diâmetros diferentes em
função das zonas a serem tratadas”.
Na Dinastia Tang (618-907 d.C.) Wang Tao, no livro “Wai Tai Mi Yao – segredos essenciais
de um Waitai (oficial imperial no palácio) ” (720 d.C.), menciona o uso das ventosas no tratamento
da tuberculose pulmonar.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA TERAPIA DAS VENTOSAS
A Ventosaterapia é uma parte importante da MTC. Consiste numa terapia externa para
tratar ou prevenir patologias, através da pressão negativa que é provocada quando se colocam as
ventosas sobre os pontos de acupuntura ou sobre a superfície da pele. Este vácuo em geral é
provocado pelo uso do fogo.
A Ventosaterapia equilibra o Yin e o Yang. Por outro lado, a aplicação de ventosas faz mover
o Qi e remove os factores patogénicos.
A Ventosaterapia pode ser usada em patologias para drenar os meridianos e fazer circular o
Qi e o Xue. Pode, ainda, revigorar as funções dos Zang/Fu, restaurando as suas funções normais
de Qi e Xue.
EFEITOS TERAPÊUTICOS DAS VENTOSAS
As ventosas contribuem para remover os Xie Qi externos tais como o vento, o frio, a
humidade e o calor. Agindo sobre a pele abre os poros, facilitando assim a saída dos Xie QI.
Igualmente as ventosas promovem o bom fluxo de Qi e Xue.
Assim sendo o Ventosaterapia tem efeitos:
Sobre a pele
Sobre os músculos
Nas articulações
Nos órgãos e vísceras
No sistema linfático
No sistema circulatório
No sistema nervoso
TROCAS GASOSAS COM AS VENTOSAS
A pele é considerada um órgão da respiração, assim como o pulmão, mas o seu grau de
oxigénio é bem menor. A respiração cutânea destina-se, essencialmente, à eliminação das células
envelhecidas, ou à excreção de toxinas pelo suor, e gases que intoxicam.

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Segundo CUNHA (2003) a pele, também, elimina gases por diferença de pressão como se
fosse o pulmão. A pele é recoberta por 1.000 bar de pressão isométrica. Aplicando o vácuo numa
parte da pele, tirando estes 1.000 bares, anula-se esta força de pressão. Com a baixa de pressão
ao nível da pele, como consequência, catabólitos, toxinas e gases da pele são naturalmente
eliminados. Este mecanismo é exactamente igual ao que se opera a nível das trocas gasosas nos
alvéolos pulmonares em virtude da diferença de pressão. Este é o mecanismo fundamental para a
limpeza do sangue pela ventosa.
Segundo FOURNIER (2008), o processo mecânico que se verifica aquando da aplicação das
ventosas pode ser explicado pela criação de um vácuo parcial. Este vácuo é originado pelo calor da
chama, que ao provocar a combustão do oxigénio, dentro da ventosa, origina um vácuo. Poderá,
também, ser provocado pela sucção de ar feito por uma bomba de sucção. Quando se provoca o
vácuo, a diferença de pressão que se exerce faz com que os líquidos se movimentem no sentido da
pressão alta para a pressão baixa e desta forma a congestão cutânea que ocorre elimina os
factores perversos tais como calor, frio, humidade e vento.
TIPOS DE VENTOSAS
No ocidente, assim como na China, o tipo de ventosas mais usadas são as de vidro, bambu,
magnéticas e com bomba de borracha. Contudo, no mercado, existem as seguintes ventosas:
Ventosas de chifre
Ventosas de cerâmica
Ventosas de metal
Ventosas de bambu
Ventosas de vidro
Ventosas de borracha
Ventosas com válvulas
Ventosas com bomba de borracha
Ventosas magnéticas
TÉCNICAS MAIS COMUM USADAS NA APLICAÇÃO DAS VENTOSAS
Relativamente ao grau de sucção que provocam sobre a pele, as ventosas podem ser
classificadas em três graus: Fraco, médio e forte. Fraco – usado em quadros de vazio ou
estagnação de Qi e Xue. A acção suave deste método estimula o movimento do Qi dentro dos
meridianos, tonificando o Qi e o Xue sem provocar nenhum esgotamento energético no paciente.
Médio – é um método usado para tonificar o Qi ou o Xue, remover a estagnação de Qi ou Xue,
serve para induzir um relaxamento geral no paciente e tratar síndrome BI de frio ou calor. Forte –
este método é usado para mover o Qi e Xue, eliminar estagnações, eliminar Xie Qi, internos ou
externos, e serve ainda para tratar síndrome BI de calor e síndrome do ombro congelado.
Método deslizante – TUI GUAN FA OU XING GUAN FA, este método é talvez um dos mais
utilizados em Ventosaterapia e tem como objectivo aplicar uma ventosa forte a uma superfície
corporal mais extensa. Pode ser usado em patologias dermatológicas, sequelas de AVC e síndrome
BI doloroso.
Método estacionário – LIU GUAN FA, é um método bastante utilizado em casos de invasão
de vento e frio externos, patologias dos Zang/Fu, doenças crónicas ou dores locais.

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Método rápido – SHAN GUAN FA. Segundo KEFU e QINGRONG (2007) o método rápido é
usado “em pacientes que não suportam a uso da ventosa fixa, tais como bebés ou tratamentos no
rosto”.
Método com agulha simples – ZHEN GUAN FA, é utilizado aquando do tratamento de
acupuntura, depois de as agulhas já terem sido colocadas e de se ter obtido o De Qi. Este método
não deve ser usado em crianças.
Método com sangria – CI LUO BA GUAN FA. Este método consiste em estimular uma área
local com um martelo de 7 pontas, até provocar vermelhidão na pele, hemorragia dos capilares ou
sangramento. Em seguida colocar a ventosa sobre essa área que vai provocar a sucção do sangue.
INDICAÇÕES
A Ventosaterapia tem um grande leque de aplicações. Inicialmente eram usadas em feridas
ou úlceras, mas actualmente são utilizadas em mais de 100 patologias, abrangendo a medicina
interna, cirurgia, ginecologia, pediatria, dermatologia, oftalmologia e otorrino.
CONTRA-INDICAÇÕES
O uso das ventosas é contra-indicado nas seguintes condições:
Paciente com problemas de coagulação, hemofílicos.
Pacientes anémicos.
Pacientes com doenças infecciosas.
Pacientes com melanoma, fracturas, veias varicosas.
Grávidas.
TRATAMENTO COM VENTOSAS
Neste capítulo dedicado aos tratamentos com ventosas procuramos apresentar algumas das
patologias mais comuns com que o terapeuta de MTC tem de lidar no seu dia-a-dia.
Na maior parte dos casos clínicos, a aplicação de ventosas é usada como complemento ao
tratamento de acupuntura, embora, muitas vezes, pudesse ser utilizada como única terapia à
semelhança do que acontece na China.
Segundo CHIRALI (2007) o tempo de colocação das ventosas estacionárias, de acordo com
a idade do paciente e o método usado, deve ser o seguinte:
Crianças com idade inferior a 5 anos: sucção fraca, 2-3 minutos.
Crianças com idade entre os 5-7 anos: sucção fraca até 10 minutos.
Crianças com idade entre 7-14 anos: sucção fraca ou média até 15 minutos.
Adultos (jovens): sucção média ou forte até 10 minutos.
Adultos fracos e magros: sucção fraca até 10 minutos.
PATOLOGIAS E TRATAMENTOS COM VENTOSAS
Tosse – colocar as ventosas estacionárias durante 10 minutos, diariamente, no 13B, 5P, 12B e 5SJ.
Gastrite crónica – ventosas estacionárias durante 10 minutos por dia, o tempo que for necessário,
nos pontos; 21B, 12VC, 25E, 36E e 6PC.
Distensão abdominal – ventosas estacionárias durante 10 minutos por dia, o tempo que for
necessário, nos pontos; 4IG, 25E, 12VC, 36E e 18B.
Obstipação – ventosas estacionárias durante 10 minutos por dia, o tempo que for necessário, nos
pontos; 25E, 25B, 37E, 36E e 4IG.

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Insónias – ventosas estacionárias durante 10 minutos por dia nos pontos; 7C, 6PC, 15B e 6BP.
Síndrome BI – usar método médio, forte, deslizante, com moxa, agulha de acordo com as zonas.
Joelhos: ventosas estacionárias.
9. Moxibustão
“Quando uma doença não pode ser tratada com agulhas, deve-o ser com moxa” Capitulo 73 do
Ling Shu
As potencialidades da moxaterapia são muito vastas e vêm ser estudadas ao longo de vários
séculos, quer na Medicina tradicional Chinesa, quer na Medicina japonesa.
A moxaterapia ou moxibustão surge originalmente na China, é usada desde sempre como forma de
fortalecer o organismo e prevenir patologias. Considera-se que o seu aparecimento esteve
relacionado com a descoberta do fogo, uma vez que as pessoas se aperceberam que o calor não
servia apenas para aquecer mas também eliminava algumas dores.
Inicialmente os materiais usados na moxaterapia eram folhas de árvores e determinadas ervas e
só mais tarde é que foi introduzida a planta Artemisia vulgaris.
O uso da moxa como prevenção tem uma história muito antiga. No capítulo 2 do livro SuWen, é
referida a importância da prevenção: “O Sábio não trata o que já está doente. Ele trata o que ainda
não adoeceu”. No capítulo 73 do Ling Shu, é indicado o uso da moxaterapia, não apenas como
forma de aquecer, mas também para tratar a deficiência: “quando o Yin e o Yang estão ambos em
deficiência, o fogo é naturalmente apropriado para este síndrome”.
O registo mais antigo do uso da moxa, como forma de prevenir patologias, ocorre na Dinastia JIN
(265-419) onde esta foi utilizada para o tratamento da cólera, referindo que, embora nem todos
recuperassem, a sua mente ficava tranquila e afastava o medo da morte.
Durante a Dinastia de SUI (581-618), o médico imperial Chao Yuanfang, opôs-se à prática da
moxaterapia.
Na Dinastia TANG (618-907), o uso de moxa como forma de prevenção e melhoria da saúde foi
amplamente divulgado. Um dos grandes médicos cientistas dessa época, Sun Simiao, foi um
defensor da medicina preventiva, declarando: “Não tomem a saúde como uma constante. Cada um
deve assegurá-la constantemente sem nunca esquecer os perigos existentes. Cada um deve
proteger-se contra a doença”. Sun Simiao considerava que o ponto 43B (gaohuangshu) com moxa
tratava qualquer patologia existente, mais tarde, o médico Wang Tao propôs a constante aplicação
de moxa no ponto 36E (zusanli), considerando esta técnica como promotora de boa saúde e de
longevidade.
Na Dinastia SONG (960-1279), a moxaterapia foi ainda mais enaltecida por médicos e especialistas
como forma de prevenção e os seus efeitos foram explicados mais pormenorizadamente.
A Dinastia MING foi das mais importantes no que diz respeito ao desenvolvimento e aprendizagem
da acupuntura e moxibustão.
MOXABUSTÃO COM ARTEMISIA VULGARIS
A Artemisia Vulgaris é uma planta composta, cujas folhas servem igualmente para o fabrico
de ervas medicinais, tanto para uso externo como interno. Essas ervas actuam através da
eliminação do vento e da humidade, aquecendo os meridianos. Assim, a moxa tem a capacidade de

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aquecer os meridianos, dispersar o frio, regular a circulação do sangue e da energia, aumentar o
Yang, bem como eliminar edemas e toxinas.
No livro Nova Edição de Farmacopeia é descrito da seguinte forma: “A folha de moxa
(Artemisia Vulgaris) é amarga e picante, produz aquecimento quando usada em pequenas
quantidades e calor forte quando usada em grandes quantidades. Sua natureza é Yang puro e pode
então, tonificar o Yang enfraquecido. Ela abre os 12 canais de energia principais, percorre por meio
dos três Yin, regula o Qi e o xue, expele o frio e humidade, aquece o útero (…) Quando queimada,
ela penetra em todos os canais de energia, eliminando as centenas de doenças”.
CLASSIFICAÇÃO DA MOXA
Há 3 tipos de Artemisia Vulgaris processada:
MOGUSA – com aspecto amarelo semelhante à da lã, com cheiro agradável e bem definida.
Devido ao seu grau de pureza é a mais utilizada sobre a pele.
WAKAKYUSA – de aspecto verde-escuro semelhante à lã e de cheiro mais activo, cujo calor
produzido é mais forte. Este tipo de moxa é utilizado na confecção de cones.
UNRYU – tem propriedades intermédias entre as anteriores.
MÉTODO DE PREPARAÇÃO
As folhas da planta Artemisia Vulgaris são colhidas na primavera e expostas ao sol para
secar. Em seguida, são trituradas, examinadas e filtradas para remover a areia ou talos mais
grosseiros e são, novamente expostas ao sol. Este processo repete-se até se obter um pó fino,
macio e branco. Os médicos chineses consideram que, quanto mais velha for a Artemisia Vulgaris,
melhores são os resultados obtidos. No entanto, é importante que ela seja guardada num local
seco e que, periodicamente, seja exposta ao sol.
APLICABILIDADE PRÁTICA DA MOXA
A prática da moxibustão com a utilização de cones feitos manualmente, com a Artemisia
vulgaris preparada, é a técnica mais antiga, empregada desde à séculos e com maior quantidade
de informações relatadas nos textos clássicos da Medicina Chinesa.
Os cones grandes têm cerca de 1cm de altura, uma base de 0.8cm de diâmetro e peso de
1g aproximadamente. Os cones médios são do tamanho de meia semente de jojoba e os pequenos
têm o tamanho de um grão de trigo.
MOXABUSTÃO DIRECTA
MOXABUSTÃO SEM CICATRIZ – Utilizam-se cones pequenos ou médios que são colocados
directamente na pele, acesos e são retirados antes que queimem o paciente. Devemos utilizar esta
técnica em lombalgias, diarreia e dores abdominais.
MOXABUSTÃO COM BOLHA – Utilizam-se cones pequenos e, após acender o mesmo, espera-se até
que o paciente sinta queimar, deixando ainda 3 a 5 segundos. Esta técnica é utilizada em quadros
de asma, tuberculose.
MOXABUSTÃO COM CICATRIZ – O paciente deve estar confortável numa posição em que não se
desloque durante todo o tratamento. Os cones utilizados são os mais pequenos e são consumidos
até ao fim e só depois é que são trocados. Esta técnica pode ser utilizada na impotência, úlceras
gastroduodenais.
MOXABUSTÃO INDIRECTA

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Este tipo de técnica implica a utilização de outros materiais específicos:
- Moxa com sal marinho.
- Moxa com alho.
- Moxa com gengibre.
MOXABUSTÃO COM O AUXILIO DE BASTÕES DE ARTEMISIA VULGARIS
O uso de bastões de Artemisia Vulgaris iniciou-se na dinastia MING.
Existem 2 métodos de aplicação da moxabustão com bastão:
MOXABUSTÃO EM SUSPENSÃO:
Com calor moderado e constante
Em bicada de pardal
Circular
Passar roupa
Com a utilização de uma caixa de moxa.
MOXABUSTÃO COM AGULHAS AQUECIDAS
Este é um método que combina acupuntura com moxabustão e implica a aplicação de cones
de Artemisia Vulgaris ou de pedaços do bustão da moxa, que vão ser colocados no cabo de uma
agulha, previamente inserida num ponto de acupuntura.
Segundo a Medicina tradicional chinesa, este método tem a capacidade de facilitar e promover a
circulação do Qi e do Xue através dos canais e colaterais (Jing Luo); dispersar estagnações de Qi
e/ou Xue; promover o aquecimento de locais invadidos por frio; aliviar a dor.
MOXABUSTÃO COM CALOR SEM ARTEMISIA VULGARIS
Actualmente são utilizados equipamentos mais modernos na prática da moxabustão – lâmpada
TDP. Esta sigla advém das palavras chinesas “te ding” – especial; “dian ci bo” – electromagnético e
“pu” – espectro. Que unidas significam instrumento especial de espectro electromagnético,
popularmente conhecido como lâmpada mágica ou lâmpada milagrosa.
Esta lâmpada é composta por um prato recoberto por uma formação específica de minerais com 33
elementos diferentes que, quando é aquecido por uma resistência eléctrica, emite uma banda
especial de ondas electromagnéticas infravermelhas, variando entre os 5 e os 50 mícrones que
estimula o espectro biológico de ondas libertado pelo próprio corpo humano. Os efeitos da TDP são
devidos às seguintes características:
Estímulo de renovação celular.
Auxilio na libertação de toxinas nas células
Aumento da temperatura do tecido estimulado
Melhoria do sistema linfático e na circulação sanguínea
Expansão dos capilares sanguíneos
Promoção da oxidação celular.
As referências históricas devem-se ao físico e pesquisador GOU WEN BIN.
BASTÃO DE MOXA SEM FUMO
A moxa sem fumo é utilizada mais no ocidente que no oriente.
EFEITOS DA MOXATERAPIA

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A aplicação da moxa produz um efeito mais profundo e mais forte do que as mudanças fisiológicas
produzidas pela agulha filiforme. De seguida, são apresentados alguns dos efeitos fisiológicos
registados.
AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ERITRÓCITOS NO SANGUE
AUMENTO DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS E DA HEMOGLOBINA
AUMENTO DA CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
ACTUA MELHOR EM DOENÇAS CRÓNICAS DO QUE A ACUPUNTURA
EFEITOS SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A moxabustão está indicada em muitos casos e o seu efeito é particularmente benéfico nas
doenças crónicas, que têm por base síndromes de deficiência, e nas doenças produzidas por
factores externos como o vento, o frio, e a humidade. Assim sendo, ela actua, dando calor aos
meridianos, activando a circulação do Qi, do Xue eliminando a humidade, o vento e o frio.
Tonifica o Jiao médio e recupera o Yang.
Elimina estagnações de Qi, Xue, Humidade e Fleuma.
Mobiliza rapidamente o Qi.
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DA MOXATERAPIA
“Devemos ter um professor antes de praticar a técnica de acupuntura, mas até a pessoa mais
comum consegue aplicar moxabustão”. Chen Yanzhi
Aquecer para fortalecer a circulação nos meridianos e colaterais.
Aumentar o Qi e nutrir o Xue
Aquecer os rins, reforçar o Yang dos rins, tonificar o Qi mediano e cessar o prolapso e os
corrimentos.
Fazer voltar o Yang ou aumenta-lo quando há debilidade.
Purificar e dissipar o calor tóxico.
Acção profilática.
Há diversas contra-indicações para o uso de moxabustão, tais como:
Febre.
Síndromes de plenitude/calor.
Casos de cefaleia devido a hiperactividade de Yang do fígado.
No final das refeições.
Pacientes extremamente debilitados.
10. Manipulação das agulhas filiformes
1ª Técnica: Tonificação em vai e vem – TI- CHA
2ª Técnica: Dispersão em vai e vem – TI- CHA
3ª Técnica: Tonificação por rotação – NIAN ZHUAN
4ª Técnica: Dispersão por rotação – NIAN ZHUAN
5ª Técnica: Harmonização – PING BU PING XIE
10.1. Movimento de rotação
Após a obtenção do Te Qi, a agulha é rodada em movimentos de vaivém de 180º. Rodando
a agulha rapidamente no sentido horário estará a tonificar o ponto de acupunctura, rodando

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lentamente a agulha no sentido horário e rapidamente no anti-horário, estaremos a dispersar o
ponto.
10.2. Movimento de pistonagem
Após a inserção e obtenção do Te Qi, provoca-se um movimento de pistão na agulha, com
2mm a 8mm de amplitude dentro do tecido, sem retirar a agulha da pele. Tonifica-se,
aprofundando-se a agulha com força e dispersa-se no sentido contrário.
10.3. Remoção da agulha
Tonificação
Dispersão
11. LOCALIZAÇÃO E PUNÇÃO DOS PONTOS DA CABEÇA E PESCOÇO
O objectivo deste módulo é localizar o máximo de pontos na área da cabeça e pescoço de
forma a punturar o máximo de pontos possíveis.
Exemplos:
Localizar e punturar o 20VG
12.LOCALIZAÇÃO E PUNÇÃO DOS PONTOS DO MEMBRO SUPERIOR

O objectivo deste módulo é localizar o máximo de pontos na área do membro superior de forma a
punturar o máximo de pontos possíveis.
Exemplos:
Localizar e punturar o 11IG
13. LOCALIZAÇÃO E PUNÇÃO DOS PONTOS DO TÓRAX E ABDÓMEN

O objectivo deste módulo é localizar o máximo de pontos na área do tórax e abdómen de forma a
punturar o máximo de pontos possíveis.
Exemplos:
Localizar e punturar o 12VC
14. LOCALIZAÇÃO E PUNÇÃO DOS PONTOS DO DORSO

O objectivo deste módulo é localizar o máximo de pontos na área do dorso de forma a punturar o
máximo de pontos possíveis.
Exemplos:
Localizar e punturar o 23B

15. LOCALIZAÇÃO E PUNÇÃO DOS PONTOS DO MEMBRO INFERIOR


O objectivo deste módulo é localizar o máximo de pontos na área do membro inferior de forma a
punturar o máximo de pontos possíveis.
Exemplos:
Localizar e punturar o 3F

16. Técnicas de Acupunctura craniana

Introdução

Crâniopunctura, acupunctura craniana ou acupunctura escalpeana é um método terapêutico


que consiste na inserção de agulhas filiformes em determinadas áreas da cabeça.
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Estas mesmas áreas estão relacionadas com áreas corticais específicas.

Regras

– A área a ser estimulada deve ser cuidadosamente delineada, o cabelo deve ser afastado e
deve ser feita uma assepsia local rigorosa. A posição a tomar pelo paciente depende da área a
ser puncturada, assim sendo o paciente pode ficar sentado, em decúbito lateral ou dorsal.

- Recomenda-se agulhas filiformes com uma espessura de 0.25mm e 60mm de comprimento. O


ângulo de inserção deve ser de 0º, porque a agulha não deve tocar no crânio (osso).
A rotação deve ser feita no sentido horário ou anti-horário (2 a 3 rotações) até que se obtenha
a sensação da energia (TE QI).

– Nas sessões de Crâniopunctura devemos acrescentar pontos que nutram o cérebro, tais
como, 16IG, 39VB, 36E e 4IG.

– A duração do tratamento deve ser a seguinte:


Sessões diárias durante 10 dias, seguido de um intervalo de 3 dias.

– A Crâniopunctura tem efeitos secundários, tais como, cefaleias, palidez, náuseas e calafrios.

Selecção das áreas

Para o tratamento das afecções centrais com manifestação somática unilateral, selecciona-se a
área da cabeça oposta à lesão. Se as manifestações forem bilaterais devemos fazer um
tratamento bilateral.

Áreas cranianas

1 – Área motora e da fala I


2 – Área sensitiva
3 – Área da Coreia e tremores
4 – Área da vasomotricidade
5 – Área vestibular e Audição
6 – Área da fala II
7 – Área da fala III
8 – Área psicomotora
9 – Área sensitiva do pé
10 – Área da visão
11 – Área do equilíbrio
12 – Área do estômago
13 – Área hepatobiliar
14 – Área da cavidade torácica
15 – Área da reprodução
16 – Área do intestino
17 – Área nasoglossofaríngea
18 – Área psicoafectiva
19 – Área do controlo da loucura

Localização das áreas cranianas:


1 – Área motora e da fala I
Localiza-se 0.5cm atrás da linha mediana da cabeça e que se estende diagonalmente até ao ponto
de intercepção da linha horizontal sobrancelha-occipital com a linha de implantação dos cabelos.
A área ou a linha motora é dividida em 3 segmentos:
1/5 Superior, corresponde à área motora do membro inferior e do tronco;
2/5 Médios, corresponde à área motora do membro superior;

16
2/5 Inferiores, corresponde à área motora da face e da linguagem.
Indicações: Paralisia do membro inferior;
Paralisia do membro superior;
Paralisia facial de origem central; afasia motora; ptialismo; anartria.
2 – Área sensitiva
Localiza-se numa linha paralela, situada a 1.5cm posteriormente à linha motora. Esta linha é,
também, dividida em 3 segmentos.
1/5 Superior, corresponde à área sensitiva do membro inferior e do tronco;
2/5 Médios, corresponde à área sensitiva do membro superior;
2/5 Inferior, corresponde à área sensitiva da face.
Indicações:
Dores, entorpecimento e parestesia da coxa e da região lombar, Cefaleias occipitais, dores
cervicais, zumbidos e vertigens.
Dores, entorpecimento e parestesia do membro superior.
Parestesias da face, patologias da ATM, odontalgias e nevralgias do trigémeo.
3 – Área da Coreia e dos tremores
Localiza-se 1.5cm anterior e paralelamente à área motora.
Indicações:
Coreias de syndenham, doença de Parkinson, temores nos membros superiores e inferiores.

4 – Área vasomotora
Localiza-se 1.5cm anterior e paralelamente à área anterior.
É dividida em 2 segmentos; Superior para o tratamento do edema no membro superior e Inferior
para o edema no membro inferior.
Indicações:
Edemas nos membros, hipertensão arterial.
5 – Área vestibulococlear e da audição
É uma linha horizontal de 4cm de extensão, localizado 1.5cm acima do ápice da orelha.
Indicações:
Zumbidos, vertigens, Síndrome de Meniere e perda de audição.
6 – Área da fala II
É uma linha vertical de 2cm de extensão, localiza-se 3cm lateralmente à tuberosidade do osso
parietal (paralela à linha mediana da cabeça).
Indicações:
Afasia normal.
7 – Área da fala III
Na continuação da área vestibulococlear e da audição, que se inicia no ponto médio e estende-se
3cm posteriormente.
Indicações:
Afasia Sensorial.
8 – Área psicomotora

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Localiza-se a partir da tuberosidade do osso parietal, traçar uma linha vertical e duas linhas
formando um ângulo de 40º. Essas 3 linhas, com 3cm de extensão, delimitam a região
psicomotora.
Indicações:
Apraxia.
9 – Área sensitivomotora do pé
Localiza-se 1cm lateralmente à linha mediana da cabeça, com 3cm de extensão. O início dessa
linha equivale a 1cm posterior à extremidade superior da linha correspondente à área sensitiva.
Indicações:
Dores, entorpecimento ou paralisia do membro inferior. Lombalgias, poliúria, diabetes, enurese,
prolapso uterino e paraplegia.
10 – Área da visão
Localiza-se 1cm lateralmente à base da protuberância occipital externa, onde se situa o 17VG.
Traçar uma linha de 2cm de extensão, nas direcções caudal e frontal, de modo que a linha total
tenha 4cm.
Indicações:
Distúrbios da visão de origem cortical.
11 – Área do equilíbrio
Localiza-se 3cm lateralmente à protuberância occipital externa, paralelamente à linha mediana
posterior da cabeça, e tem 4cm de extensão em direcção caudal.
Indicações:
Perda de equilíbrio de origem cerebral.
12 – Área do estômago
Tem início na linha de inserção dos cabelos sobre a vertical que passa pela pupila do olho, numa
extensão de 2cm em direcção frontal.
Indicações:
Dores e desconforto no epigastro (região superior do estômago).
13 – Região hepatobiliar
Traçar uma linha vertical de 2cm de extensão da área do estômago, em direcção caudal.
Indicações:
Patologias hepatobiliares, patologia hepática crónica.
14 – Área da cavidade torácica
Localiza-se a meia distância entre a área do estômago e a linha mediana da cabeça. Tem uma
extensão de 4cm 2 caudais e 2 frontais.
Indicações:
Dispneia, tosse, asma.
15 – Área da reprodução
Paralela e lateral à área do estômago, a 1 distância igual àquela entre a área do estômago e a área
da cavidade torácica. Tem 2cm de extensão.
Indicações:
Hemorragias uterinas e prolapso uterino.

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16 – Área do intestino
Corresponde ao prolongamento da área da reprodução (2cm em direcção caudal).
Indicações:
Patologias intestinais.
17 – Área nasoglossofaríngea
Corresponde à linha vertical de 4cm (2 frontais e 2 caudais) à linha de implantação dos cabelos na
linha mediana anterior da cabeça.
Indicações:
Patologias do nariz, garganta e boca.
18- Área psicoafectiva
Situa-se numa linha a 2cm paralela à linha mediana da cabeça, entre a área vasomotora e a área
da cavidade torácica.
Indicações:
Distúrbios mentais.
19 – Área de controlo da loucura
Corresponde a uma linha mediana na região posterior da cabeça, que vai da protuberância occipital
externa até ao processo espinhoso da c2.
Indicações:
Doenças mentais.
Fins terapêuticos mais significantes:
AVC
TCE
Doença de Parkinson
Vertigens e zumbidos
Síndrome de Meniere
Nevralgia do trigémeo
17. FORMAS DE TRATAMENTOS
As patologias tendem a possuir uma ou mais causas e uma ou mais manifestações externas.
Por exemplo, o resfriado comum pode ter como causa uma deficiência do Qi com sinais externos de
vento, ou seja, deficiência de Qi a causa, permite a invasão do vento exterior, efeito.
A complexidade de formar uma combinação de pontos é saber quando tratar a causa e
quando tratar o efeito.
Há várias possibilidades:
1. Tratar apenas o efeito
2. Tratar apenas a causa
3. Tratar a causa e depois o efeito
4. Tratar o efeito e depois a causa
5. Tratar causa e efeito simultaneamente
17.1. TRATAR APENAS O EFEITO
Este procedimento é adoptado quando o efeito é exterior, e dominante em relação à causa.
Por exemplo, quando existe invasão de vento frio originada por uma ligeira deficiência de Qi.

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17.2. TRATAR APENAS A CAUSA
Este procedimento não é utilizado para condições do exterior, uma vez que o factor
patogénico externo deve ser removido primeiro.
Por exemplo, para uma síndrome de deficiência de Yang dos rins, tonifica-se o 4VC, 36E e 3R para
aliviar sintomas de cansaço e impotência. No entanto, muitas vezes é necessário tratar os
sintomas, como mãos e pés frios. Tonifica-se o 2BP e 8PC.
17.3. TRATAR A CAUSA E DEPOIS O EFEITO
É raro nas condições de exterior e interior. As condições externas são eliminadas primeiras
e nas condições internas os tratamentos a ser usado são causa e efeito simultaneamente.
17.4. TRATAR O EFEITO E DEPOIS A CAUSA
É muito comum para patologias crónicas e para aquelas patologias em que os efeitos
exigem uma intervenção imediata.
Por exemplo, uma síndrome interna de deficiência crónica de Qi, com cansaço, pode permitir a
invasão periódica de vento frio. Durante a fase aguda, a gripe, que é o efeito, é tratada expulsando
o vento frio; durante a fase crónica, a causa é tratada tonificando o Qi.
17.5. TRATAR A CAUSA E EFEITO SIMULTANEAMENTE
É um método comum para tratar síndromes internas. Por exemplo, cefaleia associada à
hiperactividade do Yang do fígado pode ter como causa de fundo uma deficiência de Qi dos rins.

17.6. TRATAMENTO DOS CANAIS EXTRAORDINÁRIOS


Inserir em primeiro lugar o ponto de abertura do canal primário do lado dominante e, em
seguida, inserir o ponto de abertura do canal secundário no lado oposto. (Homens esquerdo,
mulheres direito). Por exemplo, 41Vb é inserido primeiro no lado direito e depois o 5Sj no lado
oposto. As agulhas são removidas na sequência contrária.
17.7. TRATAMENTO APENAS DO LADO AFECTADO
Método normalmente usado para tratar distúrbios que estão no canal e não no sistema de
órgãos.
Dificuldade para tratar apenas o lado afectado, por exemplo, na hemiplegia, se o lado afectado
estiver demasiadamente atrofiado, o tratamento unilateral poderá ser feita no lado sadio.
Para a paralisia facial, tiques com tratamento prolongado e resultados positivos diminuídos, pode
ser eficaz tratar por algum tempo o lado saudável.
17.8. TRATAMENTO COM BASE NOS 5 ELEMENTOS
O nível mais simples é: Pontos de tonificação e de Dispersão.
Usamos os pontos de tonificação para a deficiência. Os de dispersão para o excesso.
UM OU MAIS ZANG-FU ENVOLVIDOS
1. Dois ou mais órgãos em deficiência
2. Dois ou mais órgãos em excesso
3. Alguns órgãos com deficiência e alguns com excesso.

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TRATAMENTO COM BASE
NOS 5 ELEMENTOS
TRATAMENTO ENTRE ELEMENTOS (MÃE/FILHO)
CANAL Deficiência (Ton) Excesso (disp)
RIM 8P 1F
BEXIGA 1IG 41VB
CORAÇÃO 1F 3BP
I. DELGADO 41VB 36E
PERICARDIO 1F 3BP
SANJIAO 41VB 36E
FIGADO 10R 8C
V. BILIAR 66B 5ID
BP 8C 8P
ESTÔMAGO 5ID 1IG
PULMÃO 3BP 10R
I. GROSSO 36E 66B

TRATAMENTO COM BASE


NOS 5 ELEMENTOS
PONTOS DE CONTROLO (AVÔ/FILHO)
CANAL ELEMENTO DO ELEMENTO PONTOS DE
CANAL CONTROLADOR CONTROLO

RIM ÁGUA TERRA 3R


BEXIGA ÁGUA TERRA 40B
CORAÇÃO FOGO ÁGUA 3C
I. DELGADO FOGO ÁGUA 2ID
PERICARDIO FOGO ÁGUA 3PC
SANJIAO FOGO ÁGUA 2SJ
FIGADO MADEIRA METAL 4F
V. BILIAR MADEIRA METAL 44VB
BP TERRA MADEIRA 1BP
ESTÔMAGO TERRA MADEIRA 43E
PULMÃO METAL FOGO 10P
I. GROSSO METAL FOGO 5IG

17.9. TRATAMENTO COM O ELEMENTO DO MESMO CANAL E TRATAMENTO ENTRE


ELEMENTOS
Tratar recorrendo ao ponto do próprio elemento.
Tratamento entre elementos utilizamos em caso de deficiência o ponto anterior ao elemento
(tonificação) e num quadro de excesso o ponto posterior ao elemento (dispersão).
17.10. TRATAMENTO DE ACORDO COM O CICLO DE CONTROLO
1. Controlo insuficiente
2. Controlo excessivo
18. CONCLUSÃO

21
É possível utilizar a mesma combinação durante várias sessões de tratamento, desde que o
paciente continue a apresentar melhorias. Contudo, a combinação de pontos poderá ser modificada
ou completamente alterada.
19. ANEXOS

LAVAGEM DAS
MÃOS

LAVAGEM DAS MÃOS

 Estamos  
constantemente a
tocar em objectos  
que já foram tocados
por milhares de mãos  
 

22
LAVAGEM DAS MÃOS

 É impossível dizer-se onde é que essas mãos já


tocaram antes

?  ?

LAVAGEM DAS MÃOS

 A lavagem das mãos é uma das formas mais


simples e eficazes para limitar este circuito, desde
que feita de forma correcta

LAVAGEM DAS MÃOS

 Existem 3 tipos de lavagem das mãos

 Lavagem higiénica
 Lavagem asséptica

 Lavagem cirúrgica

23
LAVAGEM
HIGIÉNICA

LAVAGEM HIGIÉNICA
 Está indicada:
 Antes de iniciar o trabalho;
 Antes e depois de manusear materiais;
 Antes e depois prestar cuidados ao doente;
 Depois de usar a casa de banho;
 Depois de assoar o nariz ou espirrar, tocar o cabelo ou
dinheiro;
 Antes de comer ou fumar.

LAVAGEM HIGIÉNICA

 Deve ser feita durante 15 a 30 segundos,


usando sabão liquido, neutro, dermoprotector

24
LAVAGEM DAS MÃOS
TÉCNICA

 Retirar anéis, pulseiras


e relógios

 Aplicar uma
quantidade suficiente
de sabão para cobrir
com espuma toda a
superfície das mãos

LAVAGEM DAS MÃOS


TÉCNICA
1 – palma com palma 2 – palma com dorso

3 – palma com palma


com os dedos
interligados

LAVAGEM DAS MÃOS


TÉCNICA
4 - Costas dos dedos 5 – Base do polegar

6 – Dedos na palma
7 - Punhos

25
LAVAGEM DAS MÃOS
TÉCNICA

8 – Secar com toalhete de papel

9 – Fechar a torneira com um toalhete

LAVAGEM DAS MÃOS

ASPECTOS GERAIS

LAVAGEM DAS MÃOS


ASPECTOS GERAIS

NOTA : Quando espirrar ou tossir não


coloque a mão em frente da boca; mas sim
o cotovelo.

26
PONTOS EXTRAS

CARACTERISTICAS:
BAILAO
- Inserção perpendicular
- 2 cun superior ao 14VG e 1 cun bilateral
- 0,5 A 0,8 cun
- Elimina a fleuma/nódulos/Dispneia
CARACTERISTCAS:
JIANQIAN
- Inserção perpendicular
- Meia distância entre o 15IG e a prega da axila
- 1 A 1,5 cun
- Patologias do ombro
CARACTERISTICAS:

ZHOUJIAN
- Moxibustão
- No cotovelo
- Transforma a fleuma
CARACTERISTICAS:
ERBAI
- Inserção perpendicular
- 4 cun proximais ao 7P
- 0,5 cun
- Hemorróides e prolapso rectal
CARACTERISTICAS:
SIFENG
- Sangria
- Articulação média
- Patologias Digestivas
CARACTERISTICAS:
BAXIE
- Inserção perpendicular
- Mãos
- 0,5 A 1 cun
- Dispersa calor/artrite reumatóide
CARACTERISTICAS:
SHIXUAN
- Inserção perpendicular
- Pontas dos dedos
- Picar/Moxa
- Perdas de consciência/Febre
CARACTERISTCAS:
TITUO
- Inserção perpendicular
- 4 cun bilateral ao 4VC
- 0,8 A 1,2 cun
- Dismenorreia/ prolapso do útero/distensão abdominal/Regula o Qi
CARACTERISTICAS:
BAICHONGWO
- Inserção perpendicular ou Obliqua
- 3 cun proximal do bordo posterior da patela. 1 Cun do 10BP
- 1 A 1,5 cun
- Elimina calor do Xue
CARACTERISTICAS:
HEDING
- Inserção perpendicular

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- Ponto médio da região superior da patela
- 0,5 A 1 cun
- Activa o Qi e o Xue/patologias da articulação do joelho
CARACTERISTICAS:
XIYAN
- Inserção perpendicular/Obliqua
- Olhos do joelho
- 2 cun
- Patologias ao nível do joelho
CARACTERISTICAS:
DANNANGXUE
- Inserção perpendicular
- 2 Cun distal do 34VB
- 1 A 1,5 cun
- Colecistite/patologias biliares
CARACTERISTICAS:
LANWEIXUE
- Inserção perpendicular
- 2 Cun distal ao 36E
- 1 A 1,5 cun
- Activa o Qi e o xue e elimina o calor do IG. Apendicite
CARACTERISTICAS:
BAFENG
- Inserção Obliquo
- 0,5 cun dos quatro espaços interdigitais
- 0,5 A 1 cun
- Dispersa o calor/menstruações irregulares/algias no dorso do pé.

ACUPUNCTURA NA MÃO E NO PÉ

A concentração dos canais de energia que existem nas mãos e pés reflecte a importância
desta parte do corpo na acupunctura. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, considera-se
que o Qi circulante nos canais de energia origina-se nas mãos e pés. Deste modo, a estimulação de
pontos de acupunctura localizados nas mãos e pés, pode influenciar por intermédio dos canais de
energia, nos distúrbios situados em diversas partes do corpo.
PONTOS DA MÃO
Desde o período de Nei Ching foi observado que determinados distúrbios poderiam ser
tratados pela estimulação de pontos situados no lado oposto do corpo onde se localiza o distúrbio.
Este princípio é, geralmente, aplicado à acupunctura da mão. Deste modo, um distúrbio que afecta
o lado esquerdo do corpo é tratado na mão direita.
Os pontos de acupunctura dos pés são geralmente seleccionados aos pares, associando-se os
pontos a indicações semelhantes ou relacionadas. Por exemplo, #1 e #2 são indicados para tratar
a neurastenia, por isso, são um par de pontos para tratar esta afecção.
MÉTODO DE INSERÇÃO
1 – Recomenda-se o isso de agulhas de calibre 0.28mm a 0.30mm e 2.5cm a 5cm de
comprimento.
2 – A agulha é inserida a uma profundidade de 0.8 a 1.2cm, fazendo-se uma estimulação, de
moderada a forte, e a agulha é retida por 5 minutos.
3 – Ao tratar lesões musculares ou articulares, a inserção da agulha deve ser acompanhada de
massagem.
4 – Ao tratar artralgias, deve-se continuar a manipulação da agulha por 3 minutos, mesmo após
cessada a dor. Se for necessário, a agulha pode ser retida por mais tempo ou substituída por uma
agulha intradérmica.
5 – Pode-se utilizar a electroacupunctura, quando se requer um período longo de estimulação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A estimulação que se faz na acupunctura na mão é no pé é geralmente bastante intensa, o que
pode causar alguma dor. Este facto deve ser explicado ao paciente previamente. Às vezes pode
ocorrer desmaio.

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