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IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA ....


SECRETARIA INTEGRADA DE EXECUÇÃO DE ....

SECRETARIA INTEGRADA DE EXECUÇÕES - SETOR DE LIQUIDAÇÃO


CÓDIGO ....
PROC. RT .../...

...., por seus procuradores judiciais infra-assinados, inscritos na OAB/... sob nº ....
e ...., nos autos de Reclamação Trabalhista proposta por ...., vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar

IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO

pelos seguintes fatos e motivos:

A única parcela deferida ao reclamante foi a requerente a diferenças salariais


decorrentes da integração do abono pago em .... de ...., tendo a sentença
determinado, expressamente, que as antecipações e reajustes salariais
concedidos espontaneamente deveriam ser DEDUZIDOS dos valores apurados.

Entretanto, o reclamante, ao invés de abater as quantias a ele repassadas de


forma espontânea pela empresa nos meses de ...., .... e ...., acresceu tais valores
ao salário e sobre o resultado aplicou os reajustes legais previstos à época.

Com a adoção de tal procedimento, o autor elevou a base de cálculo das verbas
deferidas, utilizando valores superiores aos efetivamente devidos.

Por estas razões, a conta apresentada pelo autor não merece prosperar.

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência sejam indeferidos os cálculos do


autor, com a homologação dos apresentados pela ré, os quais seguem anexos.

Termos em que,

Pede deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado
PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO
MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DO TRABALHO DA
COMARCA DE (XXX).

Autos nº: (xxx)

RECLAMADO, já devidamente qualificado, por seu procurador, nos autos da


RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, proposta pelo RECLAMANTE, vem à presença
de Vossa Excelência requerer

IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO

pelos seguintes fatos e motivos:

1. Foi deferida ao reclamante, em parcela única, a diferença salarial decorrente da


integração de abono pago no dia (xxx). A sentença determinou, porém, que as
antecipações e reajustes salariais concedidos espontaneamente deveriam ser
deduzidos dos valores apurados.

2. O RECLAMANTE, por sua vez, acresceu ao salário essas quantias repassadas


a ele de forma espontânea pela empresa nos meses (xxx), ao invés de abate-las,
e sobre o resultado aplicou os reajustes legais previstos à época.

3. Dessa maneira a base de cálculos das antecipações e reajustas foi elevada,


ficando o valor apresentado superior valor ao efetivamente devido.

Pelo exposto, REQUER:

Sejam indeferidos os cálculos do reclamante, e homologados os apresentados


pela reclamada, os quais seguem anexos.

Termos que,
Pede Deferimento.

(Local, Data e Ano).

(Nome e Assinatura do Advogado).


EMBARGOS À EXECUÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA .... JUNTA DE


CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO DE ....

...., por seus procuradores judiciais infra-assinados, inscritos na OAB/..., sob nº ....
e ...., nos autos da Reclamação Trabalhista sob nº .../..., proposta por ...., vêm,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo
884, da CLT, §§ 1º e 3º, interpor os presentes

EMBARGOS À EXECUÇÃO,

pelos seguintes fatos e motivos:

A ação não pode prosseguir pelo valor executado, pois existe excesso de
execução.

A Reclamada apresentou impugnação aos cálculos de liquidação às fls. .../... e


planilhas às fls. .../...

O despacho de fls. .... homologou os cálculos da Reclamada, nos seguintes


termos:

"I. Junte-se;
II. HOMOLOGO os cálculos do réu, sem prejuízo de revisão oportuna, eis que este
Juízo entende como época própria à incidência de correção monetária o mês
subseqüente ao vencido;
III. Elabore-se conta geral;
IV. Cite-se a ré para pagamento.
Ctba., .../.../...

.............................
Juíza do Trabalho"

Segundo a planilha de fls. .... era devido ao Reclamante a quantia de R$ .... (....).

Os cálculos do Reclamante atualizados, conforme planilha de fls. ...., totalizavam


R$ .... (....).

Entretanto, no momento da atualização da conta homologada, para elaboração do


mandado de citação, penhora e avaliação, houve equívoco da Secretaria da Junta,
que tomou a quantia dos cálculos do Reclamante e não o valor encontrado pela
Reclamante.

Basta que se veja às fls. ...., onde constou:


"Principal c/jcm .../.../... R$ .... (x) .... = R$ ...."

Ora, a Secretaria deveria ter tomado a quantia de R$ ...., apontada como "TOTAL
DEVIDO EM .../.../...", para atualização, e não o "TOTAL CÁLCULOS AUTOR EM
.../.../...".

Destarte, o feito padece de nulidade desde às fls. ...., tendo em vista o equívoco
da secretaria.

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência o recebimento e provimento dos


presentes embargos para que seja declarada a nulidade do processo a partir das
fls. ...., e a nova atualização dos cálculos a partir do valor de R$ ...., apontado pela
Reclamanda, com a expedição de novo mandado de execução, penhora e
avaliação, e prática dos atos posteriores.

Caso não seja este o entendimento esposado por este Douto Juízo, a adequação
dos valores e o prosseguimento da execução pela quantia homologada, a fim de
evitar-se o excesso de execução e prejuízo à Reclamada.

Termos em que,
Pede deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado
EMBARGOS À EXECUÇÃO EM PROCESSO TRABALHISTA EXECUTADO
PELO INSS (Art. 884 da CLT)

MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE


DE (XXX)

Autos nº: (xxx)

REQUERENTE, (Nome da Empresa), com sede em (xxx), na Rua (xxx), nº (xxx),


bairro (xxx), Cep (xxx), no Estado (xxx), inscrito no C.N.P.J. sob o nº (xxx), e no
Cadastro Estadual sob o nº (xxx), neste ato representada pelo seu diretor (xxx),
(Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F.
nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx),
Cidade (xxx), no Estado (xxx), por seu procurador infra-assinado, mandato anexo
(doc. 1), vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência apresentar

EMBARGOS À EXECUÇÃO

com fundamento no artigo 884 da CLT, em face ao Instituto Nacional do Seguro


Social – INSS, com sede em (xxx), na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx),
no Estado (xxx), inscrito no C.N.P.J. sob o nº (xxx), e no Cadastro Estadual sob o
nº (xxx), neste ato representada pelo seu diretor (xxx), (Nacionalidade), (Estado
Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e
domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado
(xxx), pelos motivos que passa a expor:

1 . O REQUERENTE fez opção pelo REFIS – Programa de Recuperação Fiscal,


instituído pela Medida Provisória nº 2004-4, de 13 de janeiro de 2.000, e
regulamentado pelo decreto nº 3.342, de 25 de janeiro de 2.000. O mencionado
programa, instituído pelo Governo, destina-se a promover a regularização de
créditos da União, decorrentes de débitos de pessoas jurídicas, relativos a tributos
e contribuições, administrados pela Secretaria da Receita Federal e pelo Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS, em razão de fatos geradores ocorridos no dia
(xxx), constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou em vista
de ajuizamento, com exigibilidade suspensa ou não, inclusive os decorrentes de
falta de recolhimento de valores retidos.

2. O REQUERENTE, optante pelo REFIS (ver cópia do protocolo da opção feita


pela executada) terá seus débitos consolidados, na condição de contribuinte ou
responsável, deles constando os acréscimos legais, a multa, juros moratórios e
demais encargos, determinados nos termos da legislação vigente à época da
ocorrência dos respectivos fatos geradores. Esse valor consolidado, resultante da
reunião de todos os débitos, será pago em parcelas mensais e sucessivas,
vencíveis no ultimo dia útil de cada mês, sendo o valor de cada parcela
determinado em função de percentual de receita bruta do mês imediatamente
anterior, apurada na forma do art. 31 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, na
forma ditada pelo artigo 6º, incisos II e alíneas do decreto nº 3.342 de 25.01.2000.

3. Importante ressaltar, todavia, que a REQUERENTE, desde o protocolo do


Termo de Opção pelo REFIS, vem efetuando, mensalmente, o pagamento das
parcelas, fato esse que demonstra, por conseguinte, já estarem seus débitos
sendo devidamente quitados tanto para com a Receita Federal, como para com o
INSS.

4. Assim, o que se pretende demonstrar, por meio das presentes embargos, é que
os débitos exigidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social na Execução em
epígrafe, encontram-se em regular pagamento, constituindo a exigência do INSS,
portanto, uma duplicidade de cobrança, bis in idem, haja vista que obrigará a
REQUERENTE a efetuar o pagamento de um débito que já fora confessado e
encontra-se parcelado perante ao INSS, através do REFIS.

5. Após a opção, a REQUERENTE, conforme determinação do dispositivo que


instituiu o REFIS, teve que confessar seus débitos, mesmo aqueles não ajuizados,
perante a Receita Federal ou perante o INSS.

6. Para melhor compreender a questão do fato gerador dos débitos originários do


INSS, necessário faz-se mencionar a definição de tributo constante no artigo 3º do
CTN:

"Art. 3º . Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada."

7. Desta feita, tributo é a expressão consagrada para designar a obrigação ex


lege, imposta a certas pessoas, objetivando a arrecadação de dinheiro aos cofres
públicos, restando evidente que, tão somente o mandamento legal é capaz de
obrigar o sujeito passivo ao adimplemento da obrigação tributária.

8. Neste raciocínio, o nascimento da obrigação tributária devida ao INSS, que ora


se questiona, deu-se nas datas em que a executada ficou inadimplente com o
INSS, em relação as contribuições previdenciárias não recolhidas, sobre as
remunerações de cunho trabalhista, que legalmente, deveriam ser recolhidas de
mês em mês, incididas sobre a remuneração do empregado, além de ser anterior
ao limite disposto no Programa. E que fora totalmente confessado, conforme
documento anexo e, portanto, constata-se que seu pagamento já vem realizando-
se mediante o parcelamento, ora transacionado.

9. Corroborando, ainda, o alegado, há que se observar o disposto na Instrução


Normativa INSS/DC 017 de maio de 2000:

"Art. 7º, § 5º - A opção pelo Refis, independente de sua


homologação, implica:

II- após a confirmação da opção, nos termos estabelecidos


pelo Comitê Gestor, suspensão da exigibilidade dos débitos
não ajuizados, ou, quando ajuizados, integralmente
garantidos."

10. Desta feita, considerando que a presente confissão, que é parte integrante do
REFIS, está devidamente garantida, e o débito montante regularmente pago em
parcelamento, razão não há para a continuidade da mesma, constituindo,
inclusive, direito da REQUERENTE em ter a execução do INSS suspensa,
enquanto efetua o pagamento do REFIS.

11. Além do mais, o refis deve ser entendido como novação, consoante o art. 360,
inciso I do Novo Código Civil, in verbis:

Art.360. Dá-se a novação:


I- quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para
extinguir e substituir a anterior;

12. Percebe-se a existência da novação objetiva ou real, porquanto alteraram o


objeto da relação obrigacional, através de novas formas de pagamentos, novas
correções, novas penalidades, no entanto, mantiveram-se as mesmas partes, ou
seja, o embargante e o INSS, extinguindo e substituindo a obrigação anterior.

13. Assim, a suspensão da execução previdenciária se faz necessária, ainda que


condicionada a posterior homologação da opção pelo REFIS pelo simples fato de
ter havido um acordo entre as partes, ou, pelo menos, a manifestação de um
aderir a proposta do outro. Sendo assim, qualquer ato processual que pudesse
resultar na expropriação de bens do contribuinte, por meio da arrematação em
praça pública, representaria um gravame excessivo para a REQUERENTE que
aguarda a homologação de sua opção pela autoridade administrativa.

14. Esclarece-se, ainda, que o fato de a opção da embargante não ter sido
homologada não representa qualquer empecilho à suspensão da execução, posto
tratar a mesma de mera formalidade na qual o Comitê Gestor irá verificar, tão
somente, se o optante não é uma das pessoas impedidas de requerer a opção
pelo Refis.

15. Para tanto, cita-se o artigo 10, caput do Decreto 3342/2000: "a homologação
da opção pelo Refis será efetivada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir
da data da formalização da opção."

16. Posto isso, considerando que a REQUERENTE terá sua opção pelo REFIS
homologada, tendo em vista que preenche todos os requisitos exigidos no
programa; considerando que o INSS não terá desconstituída sua garantia, pois
conta com arrolamento de bens proferido no âmbito do Refis; considerando que a
REQUERENTE confessou todos os débitos, ajuizados ou não, perante ao INSS,
referentes ao não recolhimento das contribuições previdenciárias sobre as
remunerações de seu quadro de funcionários; considerando que a ora transação(
opção pelos Refis) realizada entre a REQUERENTE e o INSS tornou-se uma
novação, que regularmente vem sendo paga mês a mês.

Pelo exposto, REQUER:

A V. Exa. digne-se de determinar a suspensão da presente AÇÃO DE


EXECUÇÃO promovida por parte dessa Justiça em relação ao INSS, nos termos
do Artigo 7º, § 5º da IN INSS/DC 017 de maio de 2000.

Termos que,
Pede Deferimento.

(Local, Data e Ano).

(Nome e Assinatura do Advogado).


AGRAVO DE PETIÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA .... JUNTA DE


CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO DO ....

Autos nº ....

...., já qualificada nos autos supra, de RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, que move


...., igualmente já qualificado, por seus procuradores e advogados infra-assinados,
vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar

AGRAVO DE PETIÇÃO,

conforme razões em anexo.

Requer seja o mesmo encaminhado ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da


.... Região, para apreciação.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado

RAZÕES

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA .... REGIÃO DE .... -


ESTADO DO ....

RAZÕES DE AGRAVO DE PETIÇÃO

Autos nº ....

Agravante: ....

Agravado: ....
EMÉRITOS JULGADORES:

Inconformada com a respeitável decisão de fls. .... e verso, que acolheu o pedido
de adjudicação dos bens penhorados nos autos e levados a leilão em .... de .... de
...., vem a Reclamada agravar a decisão prolatada.

Ao deferir a adjudicação, o MM. Juiz "a quo" agiu em desconformidade com os


dispositivos legais, uma vez que os credores deveriam ter concorrido no leilão e
não ter solicitado a adjudicação somente após o encerramento do mesmo.

A propósito, podemos assinalar, que inocorreu concomitância entre o leilão e o


momento de apresentação do pedido de adjudicação formulado pelos
Reclamantes, arrolados nos autos sob nº ....

Tendo em vista que o pedido dos exeqüentes, às fls. ...., se deu somente após o
término do leilão, e não na forma mencionada pelo MM. Juiz de 1º Grau, ou seja,
concomitantemente à oferta do único lance apresentado.

Assiste razão à Execução, pois o pedido de adjudicação do bem sequer ocorreu


simultaneamente ao lance, uma vez que o mesmo se deu após o encerramento do
leilão, o que se constata inclusive pela falta de estipulação quanto ao pagamento
da comissão do leiloeiro.

O ato do Juízo da Execução em 1º Grau, quando deferiu a adjudicação do bem


aos exeqüentes com a inclusão de Reclamantes de outros processos, apresenta-
se em desconformidade ao que foi requerido às fls. ...., dos presentes autos,
constituindo, portanto, decisão "extra petita".

Convém ressaltar ainda, que o leilão do qual resultou a adjudicação foi realizado
somente nos presentes autos, bem como o requerimento, solicitando a
adjudicação, faz referência única e exclusivamente aos presentes autos.

No entanto, ao deferir o pedido de adjudicação nos autos sob nº ...., o MM. Juiz do
1º Grau o fez também nos autos de nºs ....

Senão vejamos:

"2. Defiro a adjudicação pelo valor dos créditos de todos os


exeqüentes, no importe de R$ .... (....), eis que superior até a
avaliação do imóvel."

Conforme se verifica na conta de atualização às fls. ...., onde constam somente os


créditos dos exeqüentes que figuram no processo sob nº ...., que são em número
de .... (....), cujo valor devido é equivalente à R$ .... (....) em data de .../.../...

Entretanto, na r. decisão do MM. Juiz "a quo", às fls. ...., dos autos supra
mencionados, constam os créditos trabalhistas dos autos acima citados, e não
somente do processo "in casu", importando o valor principal em R$ .... (....).

Vale dizer, portanto, que a decisão foi "extra petita", pois não podia o MM. Juiz ter
incluído outros autos nos presentes, para deferir a adjudicação, uma vez que o
leilão era referente somente à Execução dos autos nº ....

Com efeito, dispõe o art. 128 do Código de Processo Civil, que:

"O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-
lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo
respeito a lei exige a iniciativa das partes."

Essa norma conjuga-se com a contida no art. 460, do mesmo Código, segundo a
qual:

"É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de


natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi
demandado."

De ambos os preceitos decorre princípio da adstrição, segundo o qual a sentença


não pode fugir dos fatos e fundamentos jurídicos expostos pela parte autora
tampouco extrapolar o pedido.

Na petição de fls., os exeqüentes requereram a adjudicação do bem, nos Autos de


nº ...., no entanto, o MM. Juiz "a quo" deferiu a mesma estendendo-a aos
exeqüentes dos Autos de nºs ...., .... e ....

Há que se ponderar ainda, V. Exa., que a Executada não foi intimada


pessoalmente na realização do leilão o que dá ensejo a um dos vícios da praça.

O posicionamento do Supremo Tribunal de Justiça, a respeito da intimação, assim


tem se manifestado:

"A arrematação na Execução, constitui o ato mais importante


do processo, eis que, é através dela que o devedor decai da
propriedade de seu imóvel, mediante a alienação forçada. E
como deve ser intimado pessoalmente para ciência
inequívoca do dia e hora de sua realização. No conceito de
intimação pessoal deve-se entender que o devedor, para a
intimação, há de ser procurado no local onde efetivamente
reside e não em qualquer outro, para que se não configure
uma ciência por intermediação de pessoa." (STJ, RE 36.383-
7-SP Demócrito Reinaldo, Reg. 93.0018059-2). (GN)
Evidentemente, o executado tem interesse em tomar ciência do dia em que será
realizado o leilão sendo injustificado o argumento de que poderá tomar ciência da
mesma pela publicação do edital; essa espécie de comunicação se admite para a
parte que estiver em lugar incerto. O que não ocorre no presente caso.

Indubitalmente, presumir ciência da parte da publicidade do edital ofende o direito


de defesa, a realidade da vida, o princípio do contraditório e publicidade dos autos
processuais à parte.

Há que se ressaltar, ainda, que a avaliação apresenta-se profundamente


distanciada dos valores praticados no mercado imobiliário.

A r. decisão agravada não pode prevalecer em benefício da execução e até da


própria economia da Executada.

Por tudo o ora exposto e do mais que dos autos consta, requer que esse Egrégio
Tribunal julgue procedente o Agravo de Instrumento ora interposto, para, ao final,
reformar a decisão de 1º Grau, com a decretação da nulidade da adjudicação, por
ser medida de inteira JUSTIÇA.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado OAB/...
EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS - SP

Autos de nº ____

MMMMMMMM, já qualificado nos autos em epígrafe onde litiga com XXXXX, em


curso perante esta Vara, por sua advogada e procuradora, inconformado com a
decisão proferida em (fls.330) e com fundamento no art. 897, a, da CLT, vem,
respeitosamente perante Vossa Excelência interpor AGRAVO DE PETIÇÃO para
o E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, consoante dispõe a minuta em
anexo.

Requer, pois, seja recebido, processado e remetido o presente recurso àquela


Superior Instância.

Termos em que
Pede deferimento.

São José dos Campos, 22 de maio de 2000.

Sarita Figueira Martins


OAB/SP 165.333

MINUTA DO AGRAVO DE PETIÇÃO

AGRAVANTE: MMMMMMMM
AGRAVADO: XXXXX
ORIGEM: 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP
AUTOS DE Nº: ____

Egrégio Tribunal,
Doutos Julgadores!

DOS FATOS
Em virtude de sentença transitada em julgado, o agravante foi reintegrado nos
quadros da agravada em 17.02.00, mas não o foi em serviço compatível com suas
condições profissionais, tendo, na verdade, ficado à disposição do Departamento
de Relações Trabalhistas, sem nada a fazer, sentindo-se um inválido e exposto a
comentários de outros empregados que o perquiriam sobre a sua situação, pois
não estava trabalhando como os demais e recebia remuneração, em flagrante
abuso a sua dignidade, enquanto trabalhador.

Antes da efetivação da reintegração, ainda irresignada com a condenação, a


agravada propôs, extrajudicialmente ao agravante, que renunciasse à reintegração
e estabilidade em favor do pagamento de valores que abrangeriam apenas a data
de sua respectiva reintegração, além de um ano de convênio médico, excluindo,
portanto, os 8 (oito) anos de estabilidade, a que tem direito o recorrente até a sua
aposentadoria. (doc.anexo)

Como tal proposta não foi aceita, a agravada não apenas deixou de reintegrar o
agravante em função compatível com sua situação, como ainda, com manifesto
abuso de direito e violação à decisão judicial transitada em julgado, promoveu sua
dispensa, sem justa causa, aos 03.03.00.

Diante de tal arbitrariedade, o agravante peticionou ao MM. Juízo da 2ª Vara do


Trabalho de São José dos Campos, solicitando a necessária tutela judicial para a
recomposição da situação jurídica atingida pela coisa julgada, tendo o digno
magistrado indeferido o pedido de reintegração.

DA DECISÃO AGRAVADA

A r. decisão agravada entendeu que o comando sentencial foi devidamente


cumprido (fls. 330), fundamentando que hodiernamente não há que se falar em
garantia de emprego, pois a agravada tem a prerrogativa de demitir a qualquer
tempo, alicerçada pelo seu poder diretivo, não havendo razão legal para uma
outra ordem de reintegração.

DAS RAZÕES PARA A REFORMA

Não obstante o respeito devido ao Juízo agravado, o recorrente entende que a


hipótese é de reconhecimento da nulidade da segunda demissão, efetivada sem
justa causa e em exatos 16 (dezesseis dias) após a reintegração determinada
judicialmente, razão pela qual requereu que, em execução do julgado, fosse
garantida a reintegração que, segundo a condenação transitada em julgado,
estava calcada na estabilidade do trabalhador, em decorrência de aquisição de
doença profissional.

Com efeito, a sentença, confirmada por v. acórdão, assim dispõs:


"Isto posto, a 2ª Junta de Conciliação e Julgamento de São
José dos Campos, à unanimidade, julga PROCEDENTE EM
PARTE a reclamação proposta por MMMMM contra XXXXX,
para condenar a reclamada a pagar ao reclamante, nos
termos da fundamentação, e conforme se apurar em regular
liquidação de sentença, os títulos deferidos nos itens 01 e 02
do julgado, nos termos, forma e limites ali explicitados. Pagará
também aos Srs. peritos a verba honorária fixada do item 03".
( fls. 183)

Em sua fundamentação, restou consignado que:

"Por tudo quanto dito, e porque, como bem o concluiu o Sr.


perito, as circunstâncias retratadas nestes autos bem se
amoldam às hipóteses fáticas preconizadas pela cláusula 48,
b, da norma coletiva, encontrando-se o obreiro, à época da
rescisão do pacto laboral, acometido por moléstia profissional
reconhece este juízo a nulidade do ato demissional, bem como
a garantia de emprego invocada pelo obreiro". (fls. 181).

"cláusula 48, b: demonstrado o empregado que é portador de


doença profissional, como tal definida nos termos da lei, e que
adquiriu na Empresa ou teve agravada, e enquanto esta
perdurar, passará a gozar das garantias previstas nesta
cláusula: os empregados beneficiados com a garantia desta
cláusula não poderão ser despedidos, a não ser em razão de
justa causa ou por mútuo acordo, com assistência do
Sindicato". (fls. 22)

"Condena-se, destarte a reclamada, a proceder à


REINTEGRAÇÃO do demandante aos quadros funcionais da
empresa, em função compatível com seu estado clínico,
pagando-lhe os salários vencidos e vincendos, garantidos
todos os benefícios remuneratórios auferidos pela categoria
no interregno do afastamento, conforme se apurar em regular
liquidação do julgado". (fls. 181)

Ora, se foi reconhecida, insisto em enfatizar, através de uma sentença transitada


em julgado, a garantia de emprego conforme preconizado pela Convenção
Coletiva, é certo também que o mesmo não pode ser privado desta estabilidade,
sendo defesa a dispensa imotivada, já que a própria convenção estabelece que
reconhecida esta garantia de emprego os trabalhadores não poderão ser
dispensados, a não ser em razão de justa causa ou por mútuo acordo, com a
assistência do sindicato. (fls. 22, dos autos, g. n.).

Assim, se de uma lado, paira para a agravada uma pretensão nebulosa de um


direito, envolvendo o descumprimento de ordem judicial, por outro, existe para o
agravante um direito maior, que se desmembra em vários outros a garantir-lhe a
manutenção do emprego e a reintegração.

Primeiramente, o agravante vítima de doença profissional, diagnosticada como


sendo rizartose bilateral, o que gerou incapacidade laborativa parcial e
permanente (fls.181, g. n.), coloca-se ao largo do direito potestativo do agravado
de despedir.

Em segundo lugar, a reintegração presta-se a convalidar o direito do agravante de


voltar ao trabalho, como meio de reparar o dano sofrido, mormente quando este
emprego continua sendo imprescindível como meio de manutenção de seu
sustento e de sua família, e, em razão da seqüela esteja impossibilitado de
conseguir outra colocação, nas mesmas condições.

À época que o agravante adquiriu doença profissional, em plena vigência do seu


contrato de trabalho, estava ele tutelado por uma norma coletiva que lhe
assegurava, na ocorrência deste sinistro, a garantia de emprego limitada, porém,
pelos parâmetros da demissão por justa causa ou por mútuo acordo, com
assistência do sindicato, sendo defesa a despedida imotivada, conforme ocorrido
pela segunda vez. (fls. 288 a 290).

Se o instrumento normativo estava vigente ao tempo em que se adquiriu a


moléstia profissional, constatando a proteção à garantia de emprego em razão
disto, é certo que este direito se incorporou ao patrimônio do trabalhador, pois
havia uma lei vigente aplicável ao fato, tanto é verdade que a própria sentença
transitada em julgado reconheceu este direito, de modo que nenhum outro
preceito, seja de ordem pública ou privada, poderá ofendê-lo.

Neste mesmo sentido podemos angariar a lição de R. Limongi França, que afirma
o seguinte:

"A intangibilidade dos efeitos da coisa julgada, a nosso ver ,


não se trata apenas de Direito Adquirido, em sentido estrito,
de simples resultante de um fato passado. Tratar-se-ia, isto
sim, de verdadeiro fato consumado, em virtude da
impossibilidade (cujas razões são do mais alto imperativo de
ordem pública) de se mudar por lei posterior aquilo que a
Coisa Julgada já estabeleceu". Irretroatividade das Leis e o
Direito Adquirido, R. Limongi França, TR, 1994, p.238

O respeito ao direito adquirido, que se alicerça aos efeitos da coisa julgada


material, se vislumbra em dois momentos, neste caso concreto.

No primeiro deles, a norma garantidora da reintegração do agravante estava em


plena vigência quando de sua nula dispensa, donde tal direito tornou-se adquirido,
sem limitação no tempo, pois foram preenchidas todas as condições previstas
para o seu acolhimento, de acordo com que fora estabelecido em sentença
exarada pelo MM. Juízo.

No segundo, o direito adquirido revela-se não só pela parte dispositiva da


sentença ou da fundamentação com conteúdo dispositivo, como também por
estarem esgotados todos o recursos legítimos, em fase cognitiva, operando-se a
imutabilidade da coisa julgada, o que se reflete, na prática, na impossibilidade de
se desconstituir o bem da vida em outra fase processual.

Ademais, a Jurisprudência maciça tem se manifestado no sentido de rechaçar a


incidência imotivada da cessação de contrato de trabalho, quando reconhecidas
todas as condições para albergar a garantia de emprego. Veja-se a propósito,
ementas de recente julgado do E. Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e
15ª Região:

"Sendo certo que restou provado nos autos que o reclamante


apresenta moléstia profissional devido a esforços físicos
realizados durante sua atividade na reclamada, não poderia
ter sido o mesmo demitido, sendo tal dispensa, portanto, nula.
Tendo em vista a nulidade da rescisão contratual, deve o
reclamante ser reintegrado, bem como indenizado". Acórdão
de nº 02960084530/99, Turma 10

"Estabilidade Provisória - Doença Profissional . Constatado o


nexo causal, a doença profissional, com redução da
capacidade laboral, e compatibilidade para o exercício de
outras funções, é incontestável a garantia de emprego ao
acidentado estabelecida em norma coletiva". Acórdão de nº
49368/98

Como se observa, na hipótese concreta, a coisa julgada estava a garantir não


apenas a reintegração, mas a reintegração em virtude de doença profissional,
sendo certo que pouco importa que tenha a norma convencional, que amparou a
estabilidade, deixado ou não de vigir a posteriori, uma vez que a sentença,
confirmada por v. acórdão, reconheceu, em favor do agravante, a existência do
direito à estabilidade e determinou a reintegração, à luz do melhor Direito e do
princípio maior de Justiça, segundo o qual quem causa um prejuízo (incapacidade
laborativa, doença profissional) deve arcar com as respectivas conseqüências
(estabilidade, reintegração).

A pretensão deduzida pelo agravante encontra respaldo em jurisprudência,


conforme o seguinte paradigma:

"Ementa - ESTABILIDADE - ACIDENTÁRIA - DIREITO


ADQUIRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE SER RETIRADA. Após
adquirida, incrusta-se a estabilidade no contrato de trabaho,
não podendo mais ser retirada, ainda que a cláusula não
venha a ser renovada, em face da intangibilidade do contrato
de trabalho, a teor do disposto no art. 468, da CLT. O
enunciado nº 277/TST, no meu entender, atenta contra o
direito adquirido e contra o princípio da intangibilidade do
contrato de trabalho, além de chocar-se com o Enunciado nº
51/TST." (TRT/15ªR, Relator Juiz LUIZ CARLOS DE
ARAÚJO, 3ª Turma, DOE de 20/05/96, p. 71).

Note-se que o agravante não pretende ficar à disposição da agravada em situação


de ociosidade, sem oferecer a capacidade laborativa que ainda lhe resta e que, se
foi diminuída e prejudicada, o foi em virtude da própria dedicação e seriedade com
que se empenhava em serviço, razão pela qual se autoriza, data vênia, a reforma
postulada.

Também deve ser reformada a r. decisão agravada no tocante às verbas devidas


após a segunda despedida, vez que a coisa julgada garantia ao agravante a
estabilidade no emprego, fora as hipóteses excepcionais de rescisão não
verificadas no caso concreto, e, portanto, se a agravada se recusa à reintegração,
deve arcar com a indenização correspondente a todo o período de remuneração a
que teria direito o agravante até a sua aposentadoria.

DO PEDIDO

Na esteira dessas considerações, requer seja anulada a demissão ilegal, que se


operou em total desobediência à sentença transitada em julgado, sem prejuízo de
salários a partir de 17.02.00 até a data de sua efetiva reintegração, além de
cumulação de multa diária de R$ 500,00, por dia, em virtude de não ter sido
cumprida a readaptação do agravante em serviço compatível, vez que se trata de
inadimplemento de obrigação de fazer; seja expedido outro mandado de
reintegração para cumprir a r. sentença, de forma que possa o agravante usufruir
da garantia de emprego, que só é obstativa em virtude de demissão em razão de
justa causa ou por mútuo acordo, com a assistência do sindicato. Por ter incidido
no descumprimento desta obrigação de fazer, imposta em sentença, seja a
agravada compelida à multa diária de R$ 700,00, conforme estabelecido no art.
644 do CPC.

Requer, outrossim, seja convertido em indenização todo o período estabilitário,


correspondente a 8 anos (doc. anexo), se ficar constatada pelo oficial de justiça a
impossibilidade absoluta de reintegração, bem como seja encaminhado ofício ao
Ministério Público Federal para que seja apurado o crime de desobediência de
ordem judicial, art. 330 CP, praticado pelo responsável pelo Departamento de
Relações Trabalhistas, Sr. ___________, bem como ordem de prisão se resistir ao
cumprimento da ordem judicial.

Pois, em última análise, não se concebe que o Estado assista passivamente ao


descumprimento de suas decisões, sobretudo quando tal descumprimento é
corroborado por um simples gerente, que pensa que tem a prerrogativa de
desconstituir uma decisão proferida por um Poder Judiciário por se achar que está
acima do bem e do mal.

Desta maneira, aguarda-se a criteriosa decisão de Vossas Excelências, que por


certo conhecerão deste recurso e, no mérito, lhe darão provimento, reformando a
decisão proferida em sede de execução, tudo como medida da mais escorreita
Justiça!

São José dos Campos, 22 de maio de 2000.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado OAB/...
AGRAVO REGIMENTAL

(Área trabalhista) Modelo de um agravo regimental (petição reclamante)

Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Relator o processo RR -


XXXXXXXXXXXXX, em tramitação na XXª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho.

Processo número: RR - XXXXXXXXXXXXX


Número no TRT de Origem: RO- XXXXXXXXXXXXX
Ministro Relator: Ministro XXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXX (nome do reclamante), nos autos da Reclamatória


Trabalhista que move contra o XXXXXXXXXXXXX (nome da reclamada),
processo em epígrafe, não se conformando, data máxima vênia, com o R.
despacho de fls. , que negou seguimento ao seu Recurso de Revista interposto
pelo Reclamante, vem à presença de V. Exa. para interpor

AGRAVO REGIMENTAL, com fulcro no artigo 245, inciso I do Regimento Interno


do Colendo Tribunal Superior do Trabalho

Pelo que, respeitosamente, vem requerer que sejam acolhidas as razões em


anexo, a fim de que seja modificado o R. despacho agravado, determinando o
seguimento do presente Recurso de Revista para o julgamento da Colenda
Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

Termos em que

pede e espera deferimento.

(local), (dia) de (mês) de (ano)

Assinatura do advogado
Nome do advogado
Número da OAB
MINUTA DE AGRAVO

Agravante: XXXXXXXXXXXXXXX
Agravado: XXXXXXXXXXXXXXX
Processo: XXXXXXXXXXXXXXX
Origem: XXXXXXXXXXXXXXX

Requisitos extrínsecos

Procuração reclamante Fls. XX


Procuração reclamada Fls. XX
Sentença de 1º grau Fls. XX/XX

Da Tempestividade

O respeitável despacho foi publicado no dia XX/XX/XXX, começando a fluir o


prazo para a interposição do presente recurso no dia XX/XX/XXXX e sendo
encerrado no dia XX/XX/XXXX.
Assim, o presente Recurso de Revista é tempestivo, pois foi interposto em tempo
hábil, ou seja no dia XX/XX/XXXX, conforme comprova data do protocolo.

RAZÕES DO AGRAVANTE

Eminentes Ministros,

Sem ofuscar o brilhantismo das decisões proferidas pelo Exmo. Ministro relator, o
Doutor XXXXXXXXXXXXXXX, Ministro Presidente da Colenda xxª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, entende o agravante que esta específica decisão
merece ser reformada porque, data vênia, é injusta, sob o prisma jurídico, e está
conflitante com as normas vigentes que regem a matéria e recentes decisões
proferias por este próprio Tribunal Superior do Trabalho.

Assim, pretende o Agravante buscar, pela via recursal, a decisão final que possa
derramar justiça no deslinde da demanda em tela.

Para tanto, respeitosamente, vem expor suas razões, articuladamente, como a


seguir:

Da decisão do relator:

O Exmo. senhor ministro Relator, negou seguimento ao Recurso de Revista,


interposto pelo Reclamante, com fulcro no artigo 557, §1º - A do CPC, sob os
fundamentos de que a ação judicial que objetivava o recebimento das diferenças
na multa fundiária decorrente dos expurgos Inflacionários estaria prescrita, tendo
em vista, a recente Orientação Jurisprudencial 344 da SDI-1 deste Colendo
Tribunal superior do Trabalho, senão vejamos:
...
“.Processo: RR - 603/2004-005-03-00.9
Publicado no DJ 21-06-2005
Recorrente : ARI FERREIRA SILVA Advogado : Dr. Leonardo
Tadeu R. de Oliveira Recorrido : BANCO DO BRASIL S.A.
Advogada : Dra. Mônica Maria de Araújo Campos D E C I S
à O Irresignado com o v. acórdão proferido pelo Eg. Terceiro
Regional (fls. 108/115), interpõe recurso de revista o
Reclamante (fls. 117/140), insurgindo-se quanto ao tema:
prescrição - marco inicial - expurgos inflacionários - multa de
40% do FGTS. O Eg. Tribunal Regional reformou a r.
sentença que rejeitou a prescrição do direito de ação do
Autor para postular diferenças da multa de 40% do FGTS em
face dos expurgos inflacionários reconhecidos pela Justiça
Federal. Nas razões do recurso de revista, o Reclamante
pretende a reforma do v. acórdão recorrido, aduzindo que, na
espécie, a contagem do prazo prescricional inicia-se a partir
da data do efetivo depósito, pela CEF, do complemento de
atualização monetária resultante da aplicação dos expurgos
inflacionários sobre os saldos existentes na conta vinculada
do FGTS. Alinha arestos para demonstração de dissenso
jurisprudencial. O recurso de revista, contudo, não alcança
condições de admissibilidade. A jurisprudência do TST
firmou-se no sentido de que é da publicação da Lei
Complementar nº 110, de 29.06.2001, que se inicia a
contagem do prazo prescricional para o empregado ingressar
em Juízo para reivindicar as diferenças do FGTS, porquanto
é da violação do direito material que nasce a pretensão de
repará-lo mediante ação. Nesse sentido é a atual, iterativa e
notória jurisprudência desta Eg. Corte Superior, consagrada
pela Orientação Jurisprudencial nº 344 da SbDI-1, de
seguinte teor: "FGTS. Multa de 40%. Diferenças decorrentes
dos expurgos inflacionários. Prescrição. Termo inicial. Lei
Complementar nº 110/2001. DJ 10.11.2004 O termo inicial do
prazo prescricional para o empregado pleitear em juízo
diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos expurgos
inflacionários, deu-se com a edição da Lei Complementar nº
110, de 29.06.2001, que reconheceu o direito à atualização
do saldo das contas vinculadas." (grifamos) Ante o exposto,
com apoio na Orientação Jurisprudencial nº 344, da Eg.
SBDI1 do TST e com fundamento no artigo 557, caput, do
CPC, denego seguimento ao recurso de revista. Publique-se.
Brasília, 8 de junho de 2005. JOÃO ORESTE DALAZEN
Ministro Relator (grifos e destaques nossos)
SINTESE DA DEMANDA

Trata-se de reclamatória trabalhista que objetiva o recebimento das diferenças na


multa de 40% decorrentes dos Expurgos Inflacionários.

Instruído o processo, o MM. juiz de 1ª grau, houve por bem, julgar procedente o
feito, tendo em vista que a data de interposição da reclamatória trabalhista não
ultrapassava o biênio prescricional, tendo como base o trânsito em julgado da
ação movida perante a MM. Justiça Federal para a recomposição da conta vincula
do reclamante ou mesmo a data da efetiva recomposição.

Assim foi deferindo ao reclamante as diferenças na multa fundiária decorrente dos


Expurgos Inflacionários. A r. decisão teve como fundamentos as súmulas 16 e 17
do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, 3ª região.

A r. descisão contudo, foi reformada pelo Egrégio Tribunal regional do Trabalho,


da 3ª região, que entendeu que a prescrição deveria se pautar tão somente pela
data de publicação da Lei Complementar 110/01, mesmo tendo o reclamante
ajuizado ação na Justiça Federal,

Irresignado, interpôs o reclamante, Recurso de Revista, objetivando o


pronunciamento desta Excelsa Corte, no qual o seu o Exmo.Ministro relator houve
por bem, negar seguimento, nos termos do artigo 557, §1º - A do CPC, tendo em
vista a recente Orientação Jurisprudencial 344 da SDI-1 do Tribunal Superior do
Trabalho.

Não se conformando, interpõe agora, Agravo Regimental, nos termos do artigo


245, inciso I, objetivando a reforma o r. despacho e julgamento desta colenda
Turma desta questão.

DA NECESSIDADE DE REVISÃO DO DESPACHO

Como já supra mencionado , a matéria sob exame cuida da aplicabilidade da


prescrição bienal em face da multa fundiária, incidente sobre as parcelas de
expurgos inflacionários, devida pelo empregador

Na realidade, tratando-se especificamente o cerne da questão, a controvérsia


jurídica situa-se em se definir qual seria a data de inicio para a contagem do lapso
prescricional.

Discute-se, se seria a data de publicação da Lei Complementar 110/01, se seria a


data do transito em julgado do processo movido perante a MM. Justiça Federal, ou
se seria a data da recomposição da conta vinculada do reclamante, ou até mesmo
a data da extinção do contrato de trabalho.

Data máxima vênia, ao analisar especificamente o direito de se reivindicar estas


diferenças, com o objetivo específico de se delimitar o marco inicial da prescrição,
não há como negar que o direito dos trabalhadores surgiu em momentos diversos,
ensejando hipóteses diferenciadas para sua contagem, senão vejamos:

Para os trabalhadores que aderiram ao acordo proposto pela lei Complementar


110/01

Em primeiro lugar para aqueles trabalhadores que firmaram a adesão ao acordo


proposto pela Lei Complementar 110/01, deve-se ser contada a prescrição a partir
da data de publicação da Lei Complementar 110/01, que definiu a existência dos
expurgos inflacionários, estabeleceu a época em que ocorreram e, especialmente,
determinou o seu pagamento para todos estes trabalhadores que haviam firmado
o referido termo de adesão.

Para os trabalhadores que tiveram seu direito reconhecido pela via judicial

Os trabalhadores que ajuizaram ação para a recomposição de sua conta vinculada


deverão, a contagem do marco inicial da prescrição deverá se pautar por outros
parâmetros, senão vejamos:

Ora, inicialmente, não se deve olvidar que se um trabalhador não aderisse ao


acordo proposto pelo Governo Federal e nem entrasse na justiça, NÃO IRIA
RECEBER o seu direito, vez que como já supra mencionada, a lei Complementar
110/01, não estendeu este direito a todos os trabalhadores

Lei Complementar 110/01, de 29/06/2001.


Art. 4º Fica a Caixa Econômica Federal autorizada a creditar
nas contas vinculadas do FGTS, a expensas do próprio
Fundo, o complemento de atualização monetária resultante
da aplicação, cumulativa, dos percentuais de dezesseis
inteiros e sessenta e quatro centésimos por cento e de
quarenta e quatro inteiros e oito décimos por cento, sobre os
saldos das contas mantidas, respectivamente, no período de
1º de dezembro de 1988 a 28 de fevereiro de 1989 e durante
o mês de abril de 1990, desde que:
I - o titular da conta vinculada firme o Termo de Adesão de
que trata esta Lei Complementar; (grifos e destaques
nossos)

Ou seja, para estes trabalhadores (não optantes ao acordo), o direito somente é


reconhecido pela via judicial.
Desta forma, para os trabalhadores que decidiram postular estes créditos na
justiça, o direito ao recebimento da multa rescisória sobre os Expurgos
Inflacionários ficou condicionado ao seu reconhecimento judicial.

Destarte, data máxima vênia, não há como considerar que a data de publicação
da Lei Complementar 110/01, pode servir de parâmetro para a contagem inicial da
prescrição, vez que como já supra mencionado, a publicação desta referida Lei,
não reconheceu Direitos, apenas admite promover créditos nas contas vinculadas
do FGTS, para os trabalhadores que venham a aderir aos seus termos.

Ou seja, resta absolutamente claro, data vênia,que para os trabalhadores que


tiveram seu direito reconhecido pela via judicial, somente poderá ser considerado
a data do trânsito em julgado ou a data da recomposição de suas contas
vinculadas, vez que são estas que realmente reconhecem especificamente direito
dos trabalhadores.

Inclusive, não se pode olvidar que o reconhecimento judicial do direito do


reclamante, pautando-se pelo trânsito em julgado, prefere ao ocorrido com a
edição da Lei Complementar nº 110/01, pois a Lei Complementar confere o direito,
tão somente para aqueles trabalhadores que firmaram a adesão ao acordo
proposto.

Assim, para os trabalhadores que tiveram processo na Justiça Federal, a data do


trânsito em julgado do Processo movido perante a MM. Justiça Federal é que
oferece a certeza do direito à recomposição dos Expurgos.
Data máxima vênia, adotar critério diferente, é negar aplicabilidade ao próprio
princípio da “actio nata”.

Inclusive, esta questão foi analisada no âmbito deste Egrégio Tribunal Superior do
Trabalho, no qual o Exmo. Senhor Ministro relator, o Doutor MILTON DE MOURA
FRANÇA, no julgamento do processo NÚMERO ÚNICO PROC: RR - 245/2004-
003-03-00 PUBLICAÇÃO: DJ - 18/02/2005, decidiu de forma incontroversa, que o
reconhecimento judicial do direito do reclamante prefere àquele ocorrido com a
edição da Lei Complementar nº 110/01, pois este se caracteriza como um
reconhecimento geral, dirigido a todos os trabalhadores, enquanto aquele é
pessoal e específico, senão vejamos:

“.... Nesse contexto, o Regional, ao concluir que a rescisão


do contrato não constitui termo inicial, não se constata a
alegada violação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal.
Ressalte-se, igualmente, a inviabilidade de ofensa ao
dispositivo, já que o direito não preexistia à data da rescisão
do contrato de trabalho, visto que surgiu e seu universalizou
com a Lei nº 110/2001. Registre-se que o reconhecimento
judicial do direito do reclamante prefere àquele ocorrido com
a edição da Lei Complementar nº 110/01, pois este se
caracteriza como um reconhecimento geral, dirigido a todos
os trabalhadores, enquanto aquele é pessoal e específico.
Quanto aos Enunciados 308 e 362 do TST e às Orientações
Jurisprudenciais nºs 204 e 243 da SDI-I, não têm pertinência
com a controvérsia, pois não tratam, especificamente, da
prescrição do direito às diferenças de 40% do FGTS pela
incidência dos expurgos inflacionários. Com estes
fundamentos, NÃO CONHEÇO do recurso de revista” (grifos
e destaques nossos)

No âmbito deste Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, as atuais decisões


proferidas pela Subseção Especializada de Dissídios Individuais I do Tribunal
Superior do Trabalho, têm assegurado o direito dos trabalhadores, privilegiando a
data do trânsito em julgado de seu processo, senão vejamos:

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO


Subseção de Dissídios Individuais I –SDI-1/TST
NÚMERO ÚNICO PROC: E-RR - 955/2004-002-21-00
PUBLICAÇÃO: DJ - 30/06/2006
EMBARGOS. RITO SUMARÍSSIMO. FGTS. MULTA DE 40%
DO FGTS. DIFERENÇAS DECORRENTES DOS
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PRESCRIÇÃO. TERMO
INICIAL.
O termo inicial do prazo prescricional para o empregado
pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes
dos expurgos inflacionários, deu-se com a vigência da Lei
Complementar nº 110, em 30.06.01, salvo comprovado
trânsito em julgado de decisão proferida em ação proposta
anteriormente na Justiça Federal, que reconheça o direito à
atualização do saldo da conta vinculada. (Orientação
Jurisprudencial nº 344 da SBDI-1 do TST DJU de
22/11/2005).
Embargos não conhecidos.
Vistos, relatados e discutidos estes autos dos Embargos em
Recurso de Revista nº TST-E-RR-955-2004-002-21-00.7, em
que é Embargante TELEMAR NORTE LESTE S/A e
Embargada MARIA DAS GRAÇAS SILVA NUNES.
A Quinta Turma desta Corte, mediante o acórdão de fls.
187/191, não conheceu do recurso de revista da reclamada,
ao fundamento de que o termo inicial do prazo prescricional
para o empregado pleitear, em juízo, diferenças da multa do
FGTS decorrentes da reposição dos expurgos inflacionários,
deu-se com o trânsito em julgado da ação na Justiça Federal.
A reclamada, em suas razões de embargos de fls. 194-197,
insurge-se contra a decisão turmária alegando afronta aos
artigos 896 da CLT, 5º, inciso XXXVI, e 7º, inciso XXIX, da
Constituição Federal.
Ao recurso foi oferecida impugnação às fls. 200/204. Os
autos não foram remetidos à douta Procuradoria-Geral do
Trabalho para emissão de parecer, nos termos do artigo 82
do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho.
É o relatório.
VOTO
Preenchidos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade,
passa-se ao exame do recurso de embargos.
EMBARGOS. RITO SUMARÍSSIMO. FGTS. MULTA DE 40%
DO FGTS. DIFERENÇAS DECORRENTES DOS
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PRESCRIÇÃO. TERMO
INICIAL.
a) Conhecimento
A Quinta Turma desta Corte Superior não conheceu do
recurso de revista da reclamada, no particular. Consignou, na
oportunidade: No caso dos autos, o entendimento do Eg.
Tribunal Regional está em consonância com a jurisprudência
do C. TST que pacificou-se no sentido de entender que o
marco inicial da prescrição, quando do exame das diferenças
dos expurgos do FGTS é a Lei Complementar 110/2001,
conforme a Orientação Jurisprudencial 344, consagrada pela
C. SDI e recentemente revisada pelo C. Tribunal Pleno, no
sentido de acrescer que também a data de trânsito em
julgado de decisão na Justiça Federal serve como marco
inicial para contagem do prazo prescricional em relação às
diferenças dos expurgos do FGTS. (fls. 189)
A reclamada, nas razões dos embargos, sustenta, em
síntese, violação ao artigo 896 da CLT, ao argumento de que
seu recurso de revista merecia ter sido conhecido por ofensa
ao art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, posto que o prazo
prescricional inicia-se a partir da extinção do contrato de
trabalho, devendo a ação ser interposta até o limite de dois
anos da mencionada extinção.
Aduz, ainda, que a decisão da Turma afrontou o art. 5º,
inciso XXXVI, da Carta Magna, pois a empresa não pode ser
responsabilizada pelo pagamento da parcela em questão,
uma vez que cumpriu tal obrigação na época própria,
ensejando ato jurídico perfeito e acabado.
Não assiste razão à embargante.
Primeiramente, destaque-se que a admissibilidade do apelo
revisional, interposto ao acórdão proferido em procedimento
sumaríssimo, está restrita à demonstração de violência direta
ao texto constitucional ou de contrariedade a Súmula de
Jurisprudência Uniforme desta Corte, nos termos do § 6º do
artigo 896 da CLT.

Verifica-se, em verdade, que a tese jurídica consagrada na


decisão regional harmoniza-se plenamente com o disposto
na Orientação Jurisprudencial nº 344 da SBDI-1 deste TST,
isto porque resultou observada a contagem do biênio
prescricional a partir do reconhecimento judicial definitivo do
direito à reposição dos expurgos, em atenção ao princípio
geral da actio nata.
Não se incompatibiliza a interpretação consagrada na
decisão do Colegiado regional com a citada norma
constitucional (art. 7º, XXIX), eis que o direito para o qual se
busca tutela não se constitui em crédito resultante das
relações de trabalho, exigível durante a vigência do contrato
rescindido, mas resulta de disposição legal superveniente à
data da rescisão contratual.
Não há como se concluir, pois, pela alegada violação
constitucional. A decisão regional, como acima mencionado,
encontra respaldo na jurisprudência desta Corte
uniformizadora, na forma do que explicita a recente decisão
do Tribunal Pleno no IUJRR 1577/03-019-03-00.8, julgado
em10.11.05, que conferiu nova redação ao já referido
precedente jurisprudencial (OJ 344 da SBDI-1), publicado no
D.J.U. de 22/11/2005, a saber:
FGTS. MULTA DE 40%. DIFERENÇAS DECORRENTES
DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PRESCRIÇÃO.
TERMO INICIAL.
O termo inicial do prazo prescricional para o empregado
pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes
dos expurgos inflacionários, deu-se com a vigência da Lei
Complementar nº 110, em 30.06.01, salvo comprovado
trânsito em julgado de decisão proferida em ação proposta
anteriormente na Justiça Federal, que reconheça o direito à
atualização do saldo da conta vinculada.
Assim, correto o não conhecimento do recurso de revista,
não se vislumbrando ofensa ao art. 896 da CLT.
A alegação de ofensa ao art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República é incapaz também de impulsionar
o conhecimento do recurso de embargos, uma vez que não
examinada no acórdão embargado, atraindo a aplicação da
Súmula nº 297/TST. Não fora isso, porém, cumpre registrar-
se que as Súmulas 344 e 341/TST obstaculam a pretensão
embargatória, no particular, rechaçando a adução de ofensa
a texto constitucional referido (art. 5º, XXXVI, da Constituição
Federal).
E, ainda que assim não fosse, diante do reconhecimento da
existência de diferenças a saldar, por força de decisão
judicial transitada em julgado, não há mesmo falar-se em ato
jurídico perfeito, como pretende a reclamada.
Não conheço do recurso.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, por
unanimidade, não conhecer dos embargos.
Brasília, 26 de junho de 2006.
MARCIO RIBEIRO DO VALLE - Juiz Convocado Relato
r(grifos e destaques nossos)

Registre-se ainda que tendo em vista as constantes divergências de entendimento


quanto à aplicabilidade da O.J. 344, a Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, proferiu julgamento esclarecedor.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO


Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do
Tribunal Superior do Trabalho
NÚMERO ÚNICO PROC: E-RR - 844/2004-042-03-00
PUBLICAÇÃO: DJ - 17/02/2006
C:A C Ó R D Ã O SBDI-I – sub-seção de Dissídios
Individuais MULTA DE 40% DO FGTS TERMO INICIAL DA
PRESCRIÇÃO - TRÂNSITO EM JULGADO DE DECISÃO
DA JUSTIÇA FEDERAL E LEI COMPLEMENTAR Nº
110/2001 SITUAÇÕES DISTINTAS.
A prescrição somente tem início a partir do momento em que
determinado direito passa a integrar o patrimônio jurídico da
pessoa e, portanto, revela-se passível de sua defesa em
Juízo, quando violado ou ameaçado pelo devedor. Não há
que se falar, sob pena de ofensa à boa lógica jurídica, que o
art. 7º, XXIX, da Constituição Federal foi violado pela
egrégia Turma, se, à época do término do contrato de
trabalho, inexistia a obrigação por parte da reclamada e,
conseqüentemente, seu possível descumprimento, total ou
parcial, que legitimaria ou daria nascimento ao direito de
ação por parte do empregado. Não se confunde o direito que
adquiriu o empregado na Justiça comum Federal, com
expresso aval do Superior Tribunal de Justiça e do próprio
Supremo Tribunal Federal, com o direito que emergiu da Lei
Complementar nº 110/2001. Esta última, a par de prever,
como condição de exigibilidade do direito, que o empregado
assinasse termo de renúncia de ação que
estivesse promovendo ou que pretendesse promover na
Justiça Federal Comum, para obter a reposição dos valores
de sua conta do FGTS, também determina que o pagamento
não ocorra de forma integral, ao criar um deságio, a partir de
determinado valor do crédito R$ 2000,01 (dois mil e um
centavos), além de impor até mesmo o seu parcelamento
em determinadas situações. A Lei Complementar
nº 110/2001, ao assegurar ao empregado o amplo e livre
direito de assinar ou não o termo de adesão como condição
de se beneficiar dos seus efeitos, já revela, por si só, que
jamais se poderia confundir as duas legítimas situações, ou
seja, do empregado que buscou seus direitos na Justiça
Federal com aquele que concordou com a proposta de
pagamento amigável feita pelo Governo. Se não
há possibilidade de se imbricar as duas situações jurídicas,
porque absolutamente distintas, por certo que a restrição
que se propunha dar ao reclamante que buscou seu direito
na Justiça Federal comum, impondo-lhe como termo inicial,
para efeito de prescrição, trânsito em julgado da decisão que
o beneficiou, desde que anterior vigência da Lei
Complementar nº 110/2001, carece de mínima razoabilidade
jurídica. Atenta contra os efeitos da coisa julgada, que
expressamente reconheceu o seu direito, e, portanto, fixou o
termo inicial para reclamar contra seu ex-empregador a
diferença da multa de 40%, criando-lhe restrições ilegítimas,
fato que, igualmente, ofende o art. 5º, XXXVI, da
Constituição Federal, sem se falar, ainda, em ofensa ao
amplo direito de acesso ao Judiciário e ao devido processo
legal, que pressupõe, como é óbvio, não só o livre ingresso
da parte em Juízo, como também e principalmente o direito
de ter seu processo constituído e desenvolvido segundo
regramento legal até a decisão final. Logo, em relação à
multa de 40% do FGTS, em razão da dispensa imotivada, o
termo inicial da prescrição, para reclamar contra o
empregador, na Justiça do Trabalho, se não ouve a adesão
prevista na Lei Complementar nº 110/2001, é o trânsito em
julgado da ação proposta na Justiça Federal, que reconhece
o direito à atualização do saldo da conta, independentemente
de ter ocorrido antes ou depois da vigência da mencionada
norma legal. Recurso de embargos não conhecido.
Assim, resta absolutamente claro, data máxima vênia, que a
pacífica jurisprudência proferida por nosso Egrégio
Tribunal Superior do trabalho, têm reconhecido o direito dos
trabalhadores, no sentido de que o marco inicial a prescrição
para os trabalhadores que ajuizaram Ação perante a MM.
justiça Federal deverá se pautar pela data do trânsito em
julgado de seus processos.

DOS DOCUMENTOS JUNTADOS

No intuito de esclarecer de forma absoluta qualquer indagação, importa ressaltar


que foi devidamente juntado aos autos os documentos que comprovam que o
processo movido perante a MM. Justiça Federal, nº xxxx.xx.xx.xxxxxx-x, relativo
aos expurgos inflacionários transitou em julgado em 14/05/2003, conforme
documento de fls. 30, não havendo assim o que se falar em prescrição dos
direitos reivindicados.

E ainda do depósito dos créditos efetuados pela Caixa Econômica Federal, no dia
25/09/2003, documento de fls. 33, no valor de R$ xx.xxx,xx.
“Ex positis”, requer sejam acolhidas às inclusas razões, que demonstram a
necessidade de reforma do r. despacho proferido pelo Ilmo. Ministro Relator, pelo
que espera e pede seja modificado o R. despacho agravado, determinando o
seguimento do presente Recurso de Revista para o julgamento da Colenda
Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, e após, pelo seu provimento de
forma a reformar o r. decisão proferida pelo Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho, 3ª Região, afastando a prescrição antes decretada e condenando a
reclamada, ora agravada a pagar as diferenças na multa fundiária decorrentes dos
expurgos inflacionários.

Espera Justiça.

(local), (dia) de (mês) de (ano)

Assinatura do advogado
Nome do advogado
Número da OAB

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