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Data: 17/03/2018
“(...) As técnicas não estão paradas, cada presente só tem um conjunto limitado
da mesma (...) e além disso também empurram em diferentes direções temporais (...)”
(ÁBALOS, p.71), sendo assim a técnica algo seria uma espécie de elástico temporal
podendo dialogar com mais de uma época, seja no passado ou no presente ou no
futuro.
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Existe ainda uma analogia que o autor faz com relação ao movimento moderno
e um conceito da química contemporânea que é o de entropia. Sabe-se que os
arquitetos modernos, em sua maioria, pregavam a sobreposição do moderno ante ao
existente em vários campos, mas ao fim a modernidade não conseguia resolver tudo,
era necessária uma correspondência com métodos antigos que possuíam suas
caraterísticas para aperfeiçoar a modernidade, o conceito de entropia entra nesse
aspecto do tempo, não ser o tempo moderno sempre apontando para a frente, mas
aquele tempo em eterna suspensão, dispersão e concentração.
p.73) e pelo tempo cíclico aquele tempo da natureza, dos acontecimentos biológicos
(nascer, crescer e morrer), a arquitetura com o tempo passou a ter uma espécie de
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ciclo não mais buscando a eternização mas sim sendo algo que cumpre seu papel e
sabe de seu provável descarte.
Na finalização do texto, Ábalos defende que “(...) Ainda está por ser construído
um mapa crível da sustentabilidade, mas não há dúvidas de que outras dimensões já
ensaiadas esgotaram sua credibilidade (...)” (ÁBALOS, p.78). Nesse instante, há uma
crença por parte do autor que, embora o termo sustentabilidade tenha sido
“prostituído” ao mercado, há ainda boas formas de explorar a pureza do conceito de
sustentável, para produção de boa arquitetura.
REFERÊNCIA
ÁBALOS, Iñaki. Artesanato Digital e Natureza Construída. In: SARQUIS, Jorge (org.).
Arquitetura e Técnica. Porto Alegre: Masquatro Editora Ltda e Nobuko S.A :
2012. p. 71-78. Tradução de Cristina Menuzzi.