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 INÍCIO

 ORIXÁS»
 IFÁ»
 IKÚ


 ORO OU ORUN (CULTO A EGUN)»
 MÃO DE ORUNMILÁ
 OTURA AIRÁ
 ILÉ IFÁ
 CONTATO

ELEGUÁ (ELEGBARA) SUA IMPORTÂNCIA E SUAS VIRTUDES

A importância de ELEGUÁ é tanta que


todas as cerimônias começam com uma
invocação ao ORIXÁ, que tanto pode ser
oral, cantada, ou por meio de três golpes
sobre a superfície. Desta maneira se
solicita a permissão para iniciar qualquer
tipo de cerimônia.
ELEGUÁ ou ELEGBARA (ELEGUARA)
atua nos cultos como dono e senhor de
todos os caminhos. É ele quem abre e
fecha as portas, marca as encruzilhadas
e de certa forma, é o dono de porvir o
futuro. Qualquer ação que se acometa na
vida, especialmente se se tratar de
viagens ou iniciativas econômicas,
deverá se consultar a
ELEGUÁ.

É um ORIXÁ um tanto ciumento, porque


se se realiza uma oferenda a qualquer
outro santo, primeiro se deve fazer a ele.
Não importa que a oferenda seja de
comidas, flores, licores, etc. Eleguá
deverá ser sempre o primeiro a recebê-la
ou degustá-la.
ELEGUÁ domina as quatro esquinas do
mundo, o centro da Terra e todos os
caminhos que por ela transcorrem. É o
ORIXÁ que nos abre as portas até as
realizações e não obedece mais que sua
própria vontade. O azar, o destino, a
esperança, o imprevisto, a felicidade, o
caráter imprescindível do destino, a
tragédia e a boa e má sorte, pertencem a
ELEGUÁ. A ele sempre lhe dedicam três
toques de tambor (AÑA BATÁ).
É o ORIXÁ que forma parte da trilogia
dos santos guerreiros, junto com OGUN
e OXÓSSIO. Costumam andar sempre
juntos e habitam em uma “casinha” ou
pequeno receptáculo atrás da porta de
entrada da casa. Mas além da trilogia
citada, é importante mencionar que a
ELEGUÁ também o acompanha EXÚ,
que é o ORIXÁ que representa a
encarnação dos problemas inerentes ao
ser humano.
Ainda que falaremos de EXÚ
posteriormente, convém citar que para os
OMO ORIXÁS, a casa representa o
refúgio e santuário que os protege dos
golpes do destino. Portanto, ELEGUÁ
reside em um umbral de sua morada,
marcando a fronteira entre o mundo
íntimo e exterior. Mas como não pode
existir o bem sem o mal, nem a
tranquilidade sem a inquietude, a EXÚ
convém se instalar em um lugar fora de
casa. Quando no domicílio se
apresentam discussões e problemas, se
diz que EXÚ entrou e veio fazer uma
visita.

ELEGUÁ vive em uma casa de barro e


se lhe deve representar com um coco,
mas são mais comuns os elaborados
com pedra e cimento. Estes últimos têm
bocas, olhos, nariz e orelhas feitas de
caracóis ou cawries (búzios). Todos eles
levam seu “mistério” e devem ser
entregados por um OMO ORIXÁ ou
BABALAWÓ e contém poderes e
proteção para o iniciado.
As cores favoritas de ELEGÚA são o
vermelho e o negro, e se lhe adorna com
um colar de contas dessas cores, que
personificam a vida e a morte, o princípio
e o fim. As oferendas que mais o
agradam são o tabaco (charuto),
pequenos peixes cozidos ou crus, milho
tostado com manteiga, os cabritos e os
pequeninos pintinhos. ELEGUÁ não
suporta cebola. Aprecia velas e os
doces, a goiaba é sua fruta predileta.
Curiosamente ELEGUÁ toma como seus
um monte de objetos, como podem ser
apitos, os facões, chocalhos, os
chapéus, as moedas de prata,
pedacinhos de ouro e cocos secos
decorados.

Quando montado ou de posse de um fiel,


deve colocar-se imediatamente atrás da
porta da casa ou templo, que é em
definitivo seu lugar religioso. Dança e se
comporta como um menino faz caretas e
inventa jogos; nunca está quieto e entra
e sai da casa fazendo piadas que
somente em escassos momentos,
podem até chegar a ser eróticas. A roupa
de ELEGUÁ se relaciona com suas cores
favoritas, ou seja, vermelha e preta
adornada com contas de ditas cores e
caracóis ou cawries (búzios).
Os filhos de ELEGUÁ são muito hábeis e
inteligentes, mas pouco constantes em
suas iniciativas e propósitos. Muito dados
a minimizar e a divergir, podem chegar a
tocar no limite entre a legalidade e o que
é ilegal e fraudulento. Não obstante,
sempre serão encantadores e muito
propensos a desenvolver suas funções
dentro de altos cargos empresariais ou
políticos.

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