You are on page 1of 111

Governo Federal

Estudos do Plano
Ministério de Minas e Energia

Ministro
Decenal de
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Secretário de Planejamento e Expansão do
Desenvolvimento Energético
Márcio Pereira Zimmermann Setor Elétrico
Diretor do Departamento de
Planejamento Energético
Iran de Oliveira Pinto Estudos da Expansão
da Transmissão -
Análise dos Sistemas
Regionais -
Subsistema Norte
Ciclo 2006-2015
Empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e
Energia, instituída nos termos da Lei n° 10.847, de 15 de
março de 2004, a EPE tem por finalidade prestar serviços
na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o
planejamento do setor energético, tais como energia
Coordenação Geral
elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão
Mauricio Tiomno Tolmasquim
mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência José Carlos de Miranda Farias
energética, dentre outras.

Coordenação Executiva
Presidente Paulo Cesar Vaz Esmeraldo
Mauricio Tiomno Tolmasquim
Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos Equipe Técnica
Amilcar Guerreiro Alzira Noli
Edna Araújo
Diretor de Estudos da Energia Elétrica Jurema Ludwig
José Carlos de Miranda Farias Laura Bahiense
Diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Bioenergia Maria de Fátima Gama
José Alcides Santoro Martins Roberto Rocha

Diretor de Gestão Corporativa


Ibanês César Cássel

URL: http://www.epe.gov.br

Sede
SAN – Quadra 1 – Bloco “B” – 1º andar
70051-903 Brasília DF

Escritório Central No. EPE-DEE-RE-041/2005


Av. Rio Branco nº 1, 11º andar Data: 21 de novembro de 2005
20090-003 Rio de Janeiro RJ
Índice

1. Introdução e Objetivo ................................................................................................. 5

2. Sistema Interligado Nacional...................................................................................... 6

2.1 Evolução das Projeções de Mercado e do Plano de Geração - Brasil......... 7


2.2 Intercâmbios Regionais ............................................................................. 7

3. Recomendações ...................................................................................................... 17

3.1 Estado do Pará......................................................................................... 17


3.2 Estado do Maranhão ................................................................................ 17
3.3 Estado do Tocantins ................................................................................. 18

4. Configuração de Referência..................................................................................... 19

5. Critérios Utilizados ................................................................................................... 20

6. Sistema de Transmissão e Análise de Desempenho ............................................... 21

6.1 Estado do Pará......................................................................................... 26


6.1.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de
Transmissão ............................................................................................. 26
6.1.2 Rede de Distribuição ................................................................................ 34

6.2 Estado do Maranhão ................................................................................ 42


6.2.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de
Transmissão ............................................................................................. 42
6.2.2 Rede de Distribuição ................................................................................ 47

6.3 Estado do Tocantins ................................................................................. 58


6.3.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de
Transmissão ............................................................................................. 58
6.3.2 Rede de Distribuição ................................................................................ 62

7. Sistema de Transmissão Existente .......................................................................... 67

7.1 Sistema de Transmissão Existente – Rede Básica ................................... 67

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 2
8. Evolução do Sistema de Transmissão no Período 2006/2015 ................................. 70

9. Sistema de Transmissão Previsto para o período 2006-2015 .................................. 74

10. Equipe de Trabalho.................................................................................................. 75

ANEXO I : PLANO DE GERAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................. 86


ANEXO II : MAPAS ELETROGEOGRÁFICOS .. ……………………………………….86

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 3
Apresentação

As atividades relativas ao planejamento da transmissão, em caráter regional, eram


conduzidas pelos Núcleos de Articulação Regional do CCPE (Comitê Coordenador do
Planejamento dos Sistemas Elétricos), com a colaboração das concessionárias de
transmissão e de distribuição na sua área de atuação.

Com a criação da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, instituída nos termos da Lei
no 10.847, de 15/03/2004, e do Decreto no 5.184, de 16/08/2004, os estudos associados
ao Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica e ao Plano de Expansão da
Transmissão (PET), anteriormente conduzidas no âmbito do mencionado CCPE,
passaram a se constituir em serviços contratados pelo MME à EPE, em conformidade
com o Ofício-Circular no. 095/2005/SPE/MME.

Dentro deste novo contexto, os antigos Núcleos de Articulação Regional (NAR) do CCPE
foram substituídos por Grupos de Estudos de Transmissão Regionais (GET) de apoio a
EPE. Estes grupos, de natureza regional, vêm mantendo a mesma formação dos
anteriores no que diz respeito à abrangência das empresas participantes.

Problemas críticos de atendimento às cargas destas regiões, detectados na análise de


desempenho do sistema no decênio pelo Plano Decenal, serão estudados pelos Grupos
de Estudos de Transmissão Regionais (GET) assim divididos:

 Grupo de Estudo de Transmissão Sudeste – GET-SE/CO


Empresas participantes: AMPLA,CDSA, CEB, CELG, CEMAT, CEMIG, CENF, CFLCL,
ELETRONORTE, ESCELSA, FURNAS, LIGHT.
 Grupo de Estudo de Transmissão São Paulo – GET-SP
Empresas participantes: AES-TIETÊ, BANDEIRANTE, CESP, CLFSC, CPFL PAULISTA,
CPFL PIRATININGA, CTEEP, DUKE-GP, ELEKTRO, ELETROPAULO, EMAE, GRUPO
REDE e quando necessário, demais Concessionárias de Distribuição do Estado de São
Paulo.
 Grupo de Estudo de Transmissão Sul– GET-SUL
Empresas participantes: ELETROSUL,CEEE-T, COPEL-T, CELESC, TGE, AES SUL,
CEEE-D, COPEL-D, ENERSUL e CPFL-G
 Grupo de Estudo de Transmissão Norte– GET-NO
Empresas participantes: ELETRONORTE, CELPA, CEMAR, CELTINS
 Grupo de Estudo de Transmissão Nordeste– GET-NE
Empresas participantes: CHESF, CEPISA, COELCE, COSERN,SAELPA,CELB,CELPE,
CEAL, ENERGIPE, COELBA.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 4
1. Introdução e Objetivo

A expansão da transmissão, no novo contexto setorial, deve ser estabelecida de forma


robusta o suficiente para que os agentes de mercado tenham livre acesso à rede
possibilitando um ambiente propício para a competição na geração e na comercialização
de energia elétrica.

Desempenha, ainda, um importante e relevante papel de interligar os submercados,


permitindo a busca na equalização dos preços da energia, por meio da minimização dos
estrangulamentos entre os submercados, permitindo a adoção de um despacho ótimo do
parque gerador.

Os estudos para elaboração do Programa Decenal da Expansão da Transmissão dos


sistemas interligados são executados a partir das Projeções de Mercado e do Plano de
Geração com a utilização dos critérios de planejamento vigentes e visa:
• Compatibilizar os planos de obras resultantes dos estudos regionais realizados em
grupos específicos, no âmbito dos GETs – Grupos de Estudos de Transmissão
Regionais;
• Compatibilizar os planos de obras resultantes dos demais estudos desenvolvidos
pela EPE (interligações regionais, integração de novas usinas, etc.);
• Compatibilizar os planos de obras resultantes dos estudos de expansão do
sistema de distribuição;
• Apresentar o diagnóstico de desempenho do sistema interligado Brasil em
condição normal e em emergência (n-1), com base nos planos de obras citados;
• Recomendar estudos específicos para solucionar os problemas detectados no
diagnóstico de desempenho do sistema;
• Elaborar e manter atualizado o Plano Decenal da Expansão da Transmissão; e
• Atualizar a infra-estrutura de dados de fluxo de potência, no horizonte decenal

No Capítulo 2 é feita uma caracterização do Sistema Interligado Nacional – SIN, de forma


a proporcionar uma contextualização do sistema Norte, objeto desse relatório, no sistema
brasileiro.

As análises da evolução e do desempenho dos sistemas de transmissão do sistema


interligado da região Norte, são descritas, por estado, no Capítulo 6, com a indicação das
principais obras de transmissão correspondentes.

O Plano de Obras considerado nas análises neste ciclo 2006/2015, assim como a
estimativa de custos associada, compõem o “Relatório de estimativa de Custos da
Expansão da Transmissão ─ ciclo 2006/2015”, emitido pela EPE.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 5
2. Sistema Interligado Nacional
O Sistema Interligado Nacional (ver Figura 2.1), devido à extensão territorial e ao parque
gerador predominantemente hidráulico, se desenvolveu utilizando uma grande variedade
de níveis de tensão em função das distâncias envolvidas entre as fontes geradoras e os
centros de carga.

Desta forma, a Rede Básica de transmissão, compreende as tensões de 230kV a 750kV,


com as principais funções de:

• transmissão da energia gerada pelas usinas para os centros de carga;

• integração entre os diversos elementos do sistema elétrico para garantir a


estabilidade e confiabilidade à rede;

• interligação entre as bacias hidráulicas e regiões com características hidrológicas


heterogêneas de modo a otimizar o uso da água; e

• integração energética com os países vizinhos como forma de otimizar os recursos


e aumentar a confiabilidade do sistema.

Figura 2.1 – Diagrama do Sistema Interligado Nacional


OBS: Informação obtida no site do ONS - Mapas do SIN - outubro de 2005

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 6
2.1 Evolução das Projeções de Mercado e do Plano de Geração - Brasil

As projeções de mercado para os patamares de carga pesada, média e leve foram


informadas pelas empresas e consolidadas, no decorrer das análises, com os estudos de
mercado da EPE. As projeções de carga consideradas neste Plano Decenal para os três
patamares estão apresentadas nos Gráficos 2.1.1, 2.1.2 e 2.1.3.

Projeção de Mercado (MW) - Carga Pesada - ciclo 2006/2015


60.000

50.000

40.000 SE/CO
S

30.000 NE
N

20.000

10.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
SE/CO 39.373 41.019 42.359 43.806 45.157 46.560 47.992 49.505 51.016 52.488
S 10.519 11.013 11.492 12.008 12.472 13.012 13.545 14.148 14.738 15.339
NE 8.993 9.632 10.128 10.355 10.759 11.239 11.684 12.167 12.555 12.938
N 3.964 4.342 4.894 5.100 5.207 6.368 8.064 8.283 8.497 8.731
BRASIL 62.849 66.006 68.873 71.268 73.596 77.179 81.286 84.103 86.806 89.497

Gráfico 2.1.1 – Evolução da carga pesada (MW)– ciclo 2006/2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 7
Projeção de Mercado (MW) - Carga Média - ciclo 2006/2015
50.000

45.000

40.000

35.000

30.000 SE/CO
S
25.000
NE
20.000 N

15.000

10.000

5.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
SE/CO 35.398 36.919 38.168 39.455 40.597 41.844 43.100 44.429 45.745 47.102
S 10.322 10.774 11.225 11.688 12.117 12.615 13.105 13.661 14.216 14.782
NE 9.064 9.695 10.149 10.347 10.732 11.187 11.606 12.065 12.427 12.783
N 3.828 4.195 4.747 4.932 5.044 6.190 7.482 7.663 7.824 7.998
BRASIL 58.612 61.583 64.289 66.423 68.490 71.835 75.293 77.819 80.212 82.665
Gráfico 2.1.2 – Evolução da carga média (MW) – ciclo 2006/2015

Projeção de Mercado (MW) - Carga Leve - ciclo 2006/2015


35.000

30.000

25.000

20.000 SE/CO
S

15.000 NE
N

10.000

5.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
SE/CO 24.606 25.675 26.427 27.349 28.150 28.917 29.735 30.590 31.389 32.431
S 5.618 5.893 6.184 6.406 6.661 6.862 7.098 7.364 7.628 7.904
NE 6.758 7.279 7.624 7.700 7.957 8.298 8.602 8.941 9.185 9.421
N 3.309 3.638 4.136 4.308 4.390 5.504 6.737 6.883 7.015 7.160
BRASIL 40.291 42.485 44.371 45.763 47.158 49.581 52.172 53.778 55.217 56.915
Gráfico 2.1.3 – Evolução da carga leve (MW) – ciclo 2006/2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 8
A capacidade instalada total no BRASIL é de 92.389MW distribuídos em sete tipos de
empreendimentos de geração. A Tabela 2.1.1 mostra a composição da matriz energética
brasileira com destaque para as usinas hidráulicas - UHE´s e térmicas - UTE´s.
Tabela 2.1.1 – Matriz energética - Setembro de
2005
E m p r e e n d im e n to s e m O p e r a ç ã o
P o tê n c ia
T ip o Q u a n t id a d e In s t a la d a % Milhares
(M W ) MW 80

U HE<1M W 181 95 0 ,1 0
60
EOL 11 29 0 ,0 3
40
PCH 256 1 .3 0 5 1 ,4 1
SOL 1 0 0 ,0 0 20
UHE 147 6 9 .2 2 3 7 4 ,9 2
0
UHE<1MW EOL PCH SOL UHE UTE UTN
UTE 836 1 9 .7 3 0 2 1 ,3 6
UTN 2 2 .0 0 7 2 ,1 7
T o ta l 1 .4 3 4 9 2 .3 8 9 100

OBS: Informação obtida no site da ANEEL - BIG (Banco de Informações de Geração) - Setembro de 2005

Legenda com as siglas utilizadas nas tabelas:

UHE – Usina Hidrelétrica

UTE – Usina Termelétrica

EOL – Central Geradora Eolielétrica

PCH – Pequena Central Hidrelétrica

SOL – Central Geradora Solar Fotovoltaica

UTN – Usina Termonuclear

O Plano de Geração de referência considerado nos estudos foi proposto pela EPE,
levando-se em consideração as informações do DMSE - 14/07/2005 divulgadas por
ocasião do início dos estudos, em julho de 2005. A Tabela 2.1.2 apresenta um resumo
desse plano, que é apresentado em detalhe no Anexo I.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 9
Tabela 2.1.2. - Plano de Geração de Referência - EPE – Julho de 2005
Plano de Geração - 2006/2015 ( MW )

Sistemas Isolados
Ano SE/CO S NE N TOTAL
Manaus Rondônia Madeira BMonte
existente 92.389
2005 1.093 810 - 1.875 - - - - 3.778
2006 2.786 1.065 - - - - - - 3.851
2007 460 130 340 - - - - - 930
2008 844 439 - - 745 - - 2.029
2009 385 158 550 1.087 - - - - 2.180
2010 882 2.176 600 - - - - - 3.658
2011 1.957 1.703 1.699 - - - 3.300 - 8.659
2012 873 272 423 4.188 1.731 - 3.150 - 10.638
2013 885 - - 920 - - - 5.500 7.305
2014 - - 500 - - - - - 500
2015 - 500 200 - - - - - 700
TOTAL
10.165 7.254 4.312 8.070 1.731 745 6.450 5.500 44.227
PREVISTO
TOTAL ( Existente + Previsto ) 136.616

2.2 Intercâmbios Regionais

A interligação elétrica existente entre as regiões, possibilita a otimização energética


aproveitando a diversidade hidrológica existente entre os sistemas. O Sistema Interligado
Nacional – SIN está dividido em 4 subsistemas:.

• Sul (S) Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná;

• Sudeste - Centro-Oeste (SE/CO) Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,


São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul;

• Norte (N) Pará, Tocantins e Maranhão;

• Nordeste (NE) Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,


Alagoas, Sergipe e Bahia.

Na Figura 2.2.1 estão apresentadas as interligações existentes entre regiões, assim como
também a futura interligação entre o Acre/Rondônia e o subsistema Sudeste.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 10
Interligação
Norte-Nordeste

Interligação Interligação
ACRO-SE Norte-Sul

Interligação
Sudeste-Nordeste

Sudeste/Centro-Oeste

Interligação
Sul-Sudeste

Figura 2.2.1- Interligações entre as Regiões

Os intercâmbios regionais escolhidos para a elaboração do Plano Decenal da


Transmissão, dado importante para a definição dos despachos nas regiões analisadas,
teve como objetivo a obtenção de um conjunto de casos base adequado para as análises
do ciclo 2006/2015.

Cabe notar que estes intercâmbios não se baseiam em estudos energéticos e não têm a
intenção de explorar a capacidade das interligações, sendo estas possibilidades
analisadas em estudos específicos a serem desenvolvidos no âmbito da EPE.

Na definição dos intercâmbios Sudeste/Sul, Norte/Sudeste, Sudeste/Nordeste e


Norte/Nordeste foram considerados dois cenários, a saber:

• Nos anos pares do ciclo 2006/2015 foi considerado o cenário que caracteriza o
regime hidrológico representativo do segundo semestre do ano, quando a região
Sul é exportadora para o Sudeste e este exportador para o Norte e o Nordeste;
• Nos anos ímpares do ciclo 2006/2015 foi considerado o cenário que caracteriza o
regime hidrológico representativo do primeiro semestre do ano, quando a região
Sul é importadora do Sudeste e este importador do Norte e exportador para o
Nordeste.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 11
Estes dois cenários estão ilustrados na Figura 2.2.2, a seguir.

Região
Norte Região
Nordeste

Região
Sudeste
Anos Pares Anos Ímpares

Região
Sul

Figura 2.2.2 – Cenários de Intercâmbio

 Interligação Norte-Sul

Até 1998 o Sistema Elétrico Brasileiro foi constituído pelos Sistemas de Transmissão
Norte/Nordeste e Sul/Sudeste, que operavam separadamente até a entrada em operação
do primeiro circuito da Interligação Norte-Sul, formando o Sistema Interligado Nacional
(SIN).

Atualmente esta interligação é formada por dois circuitos em 500 kV desde a SE


Imperatriz até a SE Serra da Mesa, como mostrado na Figura 2.2.3, a seguir.

Como a usina de Lajeado pertence ao submercado Sudeste, o intercâmbio desta


interligação é medida através do somatório dos fluxos de potência ativa nos circuitos entre
as subestações de Miracema 500 kV e Colinas 500 kV.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 12
Imperatriz

Colinas

Ponto de Medição
do Intercâmbio

Miracema

Lajeado

136 136
Mvar Mvar

136 136
Mvar Mvar

Gurupi

136 136
Mvar Mvar

136 136
Mvar Mvar
Serra Nordeste
Da TCSC´s
Mesa

Figura 2.2.3– Interligação Norte-Sul

A expansão desta interligação, composta pelas LTs em 500 kV Itacaiúnas – Colinas -


Miracema – Gurupi – Serra da Mesa, constitui-se na Interligação Norte-Sul III, prevista
para entrar em operação em 2008, e já licitada em novembro de 2005 (ver Figura 2.2.4).

A partir da entrada do Complexo de Belo Monte a interligação entre as regiões Norte e a


região Sudeste será ampliada. Neste ciclo foi considerado um sistema referencial descrito
no estudo e “Análise Preliminar do Sistema de Conexão e Sistemas Receptores das
Regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste para a 1ª Etapa do CHE Belo Monte
(5500 MW)” - CCPE/CTET.050.2002

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 13
Tucuruí Marabá

136
Mvar
Imperatriz

136 136
Mvar Mvar

Itacaiúnas

428
Mvar Colinas
200
Mvar

136
Mvar
Miracema
Lajeado 194
Mvar

136 136 136


Mvar Mvar Mvar

136 136 136


Mvar Mvar Mvar
2 x 136
Mvar
194
Mvar
Gurupi UHE
SE Peixe
Peixe
136 136
Mvar Mvar
1 x 136 60 Mvar
136 136 Mvar
Mvar Mvar
Serra 136
136 Serra Da
Mvar
Da Mvar Mesa II
TCSC´s Correntina B.J.Lapa Camaçari
Mesa 136 Mvar Ibicoara
Cana
Brava 2x
136 136
136
Mvar Mvar 150 Mvar
Mvar
2 x 200 2 x 150 2 x 200 Sapeaçu
3x 136 Mvar Mvar Mvar
Mvar

Níquel 73.5 136 136


136
Tocantins Mvar Mvar Mvar
Mvar

Brasília Sul 151


Samambaia 136 Mvar
2x 3x
73.5 73.5
Bandeirantes Mvar Mvar
2x 2x150 3x Luziânia
Mvar

Emborcação 2x 136
Paracatu Mvar

136 Mvar 73.5 Mvar São Gotardo


91 Mvar 91 Mvar
91 Mvar

91 Mvar
91 Mvar

91 91
Mvar Mvar

Bom Despacho
Nova Ponte

136 L.C.Barreto
Mvar

2x
Estreito
Mascarenhas
Furnas

Figura 2.2.4 - Diagrama Elétrico da Interligação Norte-Sul com o Terceiro Circuito e


Reforços na Região Sudeste

 Interligação Norte-Nordeste

A interligação Norte-Nordeste existente é constituída pelas linhas de transmissão em 500


kV Presidente Dutra - Boa Esperança e Presidente Dutra – Teresina C1 e C2. O segundo

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 14
circuito em 500 kV entre Teresina e Fortaleza será comissionado em fevereiro de 2006. A
expansão desta interligação dar-se-á com a entrada em operação da LT 500 kV Colinas –
Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí – Sobradinho, já licitada, entrando em operação
em maio de 2007. Esta interligação é ilustrada na Figura 2.2.5 a seguir.

Teresina
Sobral Fortaleza
Marabá
Açailândia P.Dutra

Itacaiúnas B.Esperança
Imperatriz

Colinas R.Gonçalves
S.J. Piauí

Miracema Sobradinho

Gurupi
Figura 2.2.5 – Interligação Norte - Nordeste

 Interligação Sudeste-Nordeste

A interligação Sudeste-Nordeste é constituída pela linha de transmissão em 500 kV entre


Serra da Mesa – Rio das Éguas – Boa Jesus da Lapa – Ibicoara – Sapeaçu - Camaçari
(ver Figura 2.2.4).

 Interligação Sul-Sudeste

A interligação elétrica existente entre as regiões Sul e Sudeste possibilita a otimização


energética entre estas regiões aproveitando a diversidade hidrológica existente entre
estes dois sistemas.

Com a implantação da LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e da SE Assis 500/440


kV – 1500 MVA, previstas para 2006, completa-se a configuração representada desta
interligação ao longo do ciclo 2006-2015.

Esta interligação considera o somatório dos fluxos de potência ativa nas seguintes
instalações:

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 15
• Transformadores de Ivaiporã 750/525 kV (3 x 1650 MVA);

• LT 500 kV Ibiúna - Bateias;

• LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara;

• LT 230 kV Guairá - Dourados;

• LT Londrina - Assis em 230 kV;

• LT 230 kV Maringá - Assis;

• LT 230 kV Figueira - Chavantes;

• LT 138 kV Loanda - Rosana;

• LT 138 kV Paranavaí - Rosana; e

• LT 88 kV Andirá - Salto Grande.

 Interligação Acre/Rondônia – Sudeste/Centro-Oeste

A interligação do sistema da região Sudeste/Centro-Oeste com o sistema, atualmente


isolado, dos estados do Acre e Rondônia foi considerada, neste ciclo, a partir do ano de
2008, segundo o “Estudo de Viabilidade Técnico e Econômico da Interligação Acre –
Rondônia – Mato Grosso CCPE/CTET.016 2004” e é mostrada na Figura 2.2.6.

Figura 2.2.6 – Interligação Acre/Rondônia – Sudeste/Centro-Oeste

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 16
3. Recomendações

São enumeradas, a seguir, por estado, as recomendações resultantes das análises


realizadas no período decenal, assim como também os estudos específicos que deverão
ser realizados pela EPE em conjunto com as Empresas.

3.1 Estado do Pará

• Elaboração de estudos específicos para a região metropolitana de Belém (Vila do


Conde, Guamá, Utinga e Santa Maria), visando o atendimento a novas cargas e
reforços na transmissão.

• Reavaliação da expansão para atendimento à região de Carajás devido à previsão


de aumento da carga.

• Avaliação do controle de tensão nos sistemas CELPA e ELETRONORTE no oeste


do Pará.

• Atendimento ao sistema radial singelo do tramo oeste.

3.2 Estado do Maranhão

• O seccionamento dos circuitos C1 e C2 da LT 500 kV Presidente Dutra – São


Luís II , em Miranda, com a implantação da transformação 500/230 kV - 300 MVA
nesta subestação, solução estrutural para o atendimento ao estado do Maranhão,
a serem implementados imediatamente.

• A realização de um estudo conjunto EPE/ELETRONORTE/CEMAR para


identificação da solução de atendimento à capital do estado do Maranhão:
recapacitação dos circuitos C1 e C2 230 kV entre as subestações S.Luís I e II
e/ou implantação de novo ponto de suprimento.

• A elaboração de um estudo específico para a implantação do ponto de


suprimento 230/138/69kV em Balsas, com vistas ao atendimento satisfatório à
região sul do Maranhão, como forma de solucionar o atendimento ao sistema
radial singelo Porto Franco.

• A realização de estudos para o atendimento à região Noroeste do estado do


Maranhão, avaliando a alternativa de implantação de um novo ponto de
suprimento 230/138/69kV em Encruzo.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 17
• Estudo para viabilizar a transformação no nível 138 kV em Coelho Neto, de
forma a dar suporte às cargas da região de Chapadinha, Lençóis Maranhenses
e Brejo.

3.3 Estado do Tocantins

• A realização de estudos específicos para verificar a necessidade de expansão da


transformação nas subestações de fronteira da Rede Básica (RBF), Miracema e
Colinas.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 18
4. Configuração de Referência

A base de dados referente à topologia da rede foi atualizada a partir dos dados do ciclo
anterior, com inclusão das informações pertinentes resultantes dos Estudos Especiais da
Transmissão, dos empreendimentos consolidados no PDET (Plano Determinativo da
Expansão da Transmissão) e das atualizações de topologia das empresas referentes à
suas áreas de atuação.
Vale observar que foi considerada a interligação Tucuruí – Macapá – Manaus a partir de
2012, contemplando o atendimento à região amazônica (Manaus, Amapá e as cidades
situadas à margem esquerda do rio Amazonas), conforme o estudo
CCPE/CTET 026.2004.
Foram consideradas, também, as obras referenciais referentes à integração das grandes
usinas do rio Madeira, com entrada em operação prevista para 2011 e o CHE Belo Monte
para 2013, de acordo com os estudos: “Sistema de Transmissão Associado aos
Aproveitamentos Hidrelétricos de Jirau e Santo Antônio” - Nota Técnica DPT.T.016.2004 -
dezembro/2004 – FURNAS e “Análise Preliminar do Sistema de Conexão e Sistemas
Receptores da Regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste para a 1o Etapa do CHE
Belo Monte (5500 MW)” - CCPE/CTET.050.2002, respectivamente.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra possíveis corredores de
transmissão destas usinas.

Figura 4.1 Possíveis Corredores de Transmissão Associados às Interligações entre Subsistemas


Regionais e às Usinas na Região Amazônica

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 19
Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 20
5. Critérios Utilizados
As análises desenvolvidas seguem os critérios de desempenho usuais de planejamento,
conforme documento “Critérios e Procedimentos para o Planejamento da Expansão dos
Sistemas de Transmissão”, de novembro de 2002, do CCPE.

Despachos de Geração Considerados:

A partir do estabelecimento dos intercâmbios, os despachos regionais obedeceram aos


seguintes critérios:
• para usinas hidráulicas: adotou-se uma reserva girante mínima de 10% da
potência instalada;
• para usinas térmicas a gás e a carvão: foram respeitados os limites mínimos e
máximos de potência correspondentes a cada usina;
• para usinas eólicas: adotou-se 30% da potência instalada, que corresponde ao
fator de capacidade das usinas.

Limites de Carregamento da Transmissão:

Foram adotados os limites de carregamento segundo os critérios abaixo:

• para as linhas de transmissão e transformadores existentes, constantes das


Resoluções ANEEL n0 166 e n0 167 de 2000, foram considerados os valores
fornecidos pelas empresas em conformidade com os CPST’s homologados
pela ANEEL.
• para as linhas de transmissão e transformadores novos, com data de
entrada em operação após as Resoluções ANEEL n0 166 e n0 167 de 2000,
foram considerados os limites definidos CPST’s homologados pela ANEEL.
• para as linhas de transmissão e transformadores previstos foram
considerados os limites definidos pelos estudos de planejamento.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 21
6. Sistema de Transmissão e Análise de Desempenho

O sistema de transmissão da região Norte atende aos estados do Pará, Maranhão e


Tocantins e às cargas industriais eletrointensivas no estado do Pará - Belém e região de
Carajás - e no Maranhão, em São Luís. Esse sistema é suprido quase que integralmente
pela energia gerada na UHE Tucuruí e durante o período seco importa energia das
regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul através da Interligação Norte-Sul. No período úmido,
os excedentes de energia da região Norte são exportados tanto para a região Nordeste
(Interligação Norte - Nordeste) como para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

Plano de Geração Regional

A Tabela 6.1 sumariza os montantes dos empreendimentos de geração em operação


localizados na região Norte.
Tabela 6.1 – Usinas em Operação – Região Norte

Empreendimentos em Operação – Região Norte ∗

Tipo Quantidade Potência Instalada (MW) %

UHE<1MW 5 2,18 0,02

EOL 0 - 0,00

PCH 7 35,00 0,35

SOL 0 - 0,00

UHE 7 8.344,12 84,37

UTE 157 1.509,11 15,26

UTN 0 - 0,00

Total 176 9.890 100

Informação obtida no site da ANEEL – BIG – Banco de Informação de Geração – Setembro de 2005.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 22
A Tabela 6.2 apresenta o Plano de Geração de referência adotado para a região Norte
neste ciclo de planejamento 2006-2015. Estão listadas as usinas geograficamente
localizadas na região Norte e não somente aquelas que pertencem ao submercado Norte.

Tabela 6.2 – Plano de Geração de Referência – Região Norte – ciclo 2006/2015

PLANO DE GERAÇÃO – REGIÃO NORTE

Data de Início da Potência Instalada


Usina
Motorização Final (MW)

TUCURUI II Ago-05 8325

ESTREITO Jul-09 1087

PEIXE ANGICAL Jun-09 452

SÂO SALVADOR Out-10 241

IPUEIRAS Ago-11 480

UTE GN Manaus 1 Jan-12 700

MARABÁ Jan-12 2160

SERRA QUEBRADA Ago-12 1328

UTE GN Manaus 2 Jan-13 300

BELO MONTE Jant-13 5500

TUPIRATINS Mar-13 620

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 23
Evolução do Mercado Regional

As maiores demandas da região Norte estão localizadas em São Luís, no Maranhão e em


Vila do Conde, no Pará. A Tabela 6.3 e o Gráfico 6.1 mostram a evolução do mercado de
energia elétrica da região Norte referente ao sistema interligado.

Tabela 6.3 – Evolução do Mercado – Região Norte (interligado) – ciclo 2006/2015

Evolução do Mercado
Região NORTE interligado

Pesada Média Leve


Ano
MW
2006 3964 3828 3309
2007 4342 4195 3638
2008 4894 4747 4136
2009 5100 4932 4308
2010 5207 5044 4390
2011 6368 6190 5504
2012 6466 6278 5562
2013 6575 6377 5625
2014 6670 6451 5673
2015 6772 6531 5724

MW
Evolução de Mercado
8000
Norte Interligado
7000

6000

5000

4000

3000 Pesada
Média
2000
Leve
1000

0
ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 6.1 – Evolução do Mercado – Região Norte (interligado) – ciclo 2006/2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 24
Considerando-se, a partir de 2012, a incorporação das cargas referentes aos sistemas
isolados de Manaus e do estado do Amapá ao SIN, a evolução do mercado da região
Norte é a apresentada na Tabela 6.4 e no Gráfico 6.2, a seguir:

Tabela 6.4 – Evolução do Mercado – Região Norte considerando a Interligação Tucuruí – Macapá -
Manaus em 2012 – ciclo 2006/2015

Evolução do Mercado da Região NORTE


com Amapá e Manaus
a partir do segundo semestre de 2011

Pesada Média Leve


Ano
MW
2006 3964 3828 3309
2007 4342 4195 3638
2008 4894 4747 4136
2009 5100 4932 4308
2010 5207 5044 4390
2011 6368 6190 5504
2012 8064 7482 6737
2013 8283 7663 6883
2014 8497 7824 7015
2015 8731 7998 7160

MW
Evolução de Mercado
10000
Região Norte c/ Amapá e Manaus
9000
8000
7000
6000
5000
4000 Pesada
3000 Média
2000 Leve
1000
0
ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 6.2 – Evolução do Mercado – Região Norte considerando a Interligação Tucuruí – Macapá –
Manaus em 2012 – ciclo 2006/2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 25
Conforme previsto no início dos estudos, realizou-se uma compatibilização entre o
mercado utilizado pelo Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico (Norte Interligado),
definido pelas empresas em meados do mês de agosto, e a Projeção de Mercado
Consolidada, resultante dos estudos desenvolvidos pela EPE em conjunto com as
empresas e divulgado em setembro de 2005.
Pode-se observar do Gráfico 6.3 que o ano 2011 é o que apresenta a maior diferença
entre o mercado fornecido pelas empresas e a projeção efetuada pela EPE. Essa
diferença deve-se à previsão da data de entrada do consumidor Alumínio Belo Monte (800
MW), informada inicialmente como 2011 e, posteriormente, alterada para 2012.
Com relação ao Subsistema Norte Interligado, ressalta-se que a variação em relação à
projeção anterior é que, na projeção atual (EPE), não foi considerada uma expansão da
capacidade instalada do setor siderúrgico, nos estados do Pará e do Maranhão.

Evolução da carga pesada ciclo 2006-2015


Comparação EPE x Empresas
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
MW 0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

EPE 3903 4102 4444 4643 4798 5246 5904 6564 6799 7071
Empresas 3964 4342 4894 5100 5207 6368 6466 6575 6670 6772

Gráfico 6.3 – Comparação entre as previsões de evolução de carga estimada pela EPE e pelas
empresas – ciclo 2006/2015

Sistema Elétrico

O sistema interligado da região Norte é constituído por um sistema de transmissão


da Rede Básica com 5272 km em 500 kV e 1985 km em 230 kV. Cerca de 240 km
de linhas em 138 kV e 69 kV são referentes às Demais Instalações de
Transmissão. A ELETRONORTE é a principal empresa transmissora responsável
pelo suprimento da região Norte. Os estados são atendidos pelas distribuidoras
locais, quais sejam: CELPA no Pará, CEMAR no Maranhão e CELTINS no
Tocantins.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 26
6.1 Estado do Pará

6.1.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de


Transmissão

Sistema Elétrico
O atendimento ao estado do Pará é feito por instalações da Rede Básica nas tensões de
500 KV e 230 KV, sendo os principais pontos de suprimento a SE Vila do Conde 500 KV e
a SE Marabá 500 KV, atendidas por linhas de transmissão provenientes da UHE Tucuruí.

A região metropolitana de Belém é atendida a partir da SE Vila do Conde 500 kV, onde há
abaixamento para 230 kV. O oeste do estado é atendido por um circuito radial singelo que
sai da SE Tucuruí, onde há abaixamento para 230 kV, passando pelas localidades de
Altamira e Uruará, chegando a Rurópolis, onde a energia é entregue à rede de
subtransmissão. Em Altamira e Uruará há abaixamento para atendimento à carga da
cidade. Além disso, em Altamira é atendido o consumidor industrial Camargo Corrêa.

O atendimento ao consumidor industrial ALBRÁS é feito a partir do setor de 230 kV da SE


Vila do Conde de onde também saem linhas de transmissão em para o suprimento a
Guamá, Utinga e Santa Maria. Além disso, ainda há outro abaixamento de 230 kV para 69
kV para atendimento à SE Vila do Conde da distribuidora local (CELPA).

Do setor de 230 kV da SE Marabá 500/230 kV saem linhas para a subestação da


distribuidora local (CELPA) e o atendimento ao consumidor industrial CVRD Mina e
Mineração Sossego, na região de Carajás, além de um outro abaixamento de 230 kV para
69 kV, onde a energia é entregue à subtransmissão.

A evolução do mercado para o estado do Pará, prevista para o ciclo de 2006/2015 e


apresentada no Gráfico 6.1.1, representa 62% do mercado de energia elétrica da região
Norte durante todo o período, sem considerar a incorporação do mercado referente à
Manaus e Amapá.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 27
Pará

5000

4500

4000

3500
MW

3000

2500

2000

1500

1000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pesada 2056,8 2330,2 2842,9 2937,5 3035,6 4376,2 4416,3 4461,5 4502,5 4545,9
Média 2080,9 2348,1 2882,0 3033,4 3076,6 4417,4 4457,5 4503,6 4544,9 4588,3
Leve 1763,3 2006,7 2513,1 2642,7 2669,1 3995,6 4023,1 4053,7 4081,7 4111,2

Gráfico 6.1.1 – Evolução do Mercado do Pará – ciclo 2006/2015

O total de empreendimentos de geração e operação atual no estado do Pará é mostrado


na Tabela 6.1.1. A evolução da potência instalada no estado para o ciclo 2006/2015,
ilustrada na Gráfico 6.1.2, mostra um crescimento de cerca de 77% no período decenal.

Tabela 6.1.1 – Empreendimentos de Geração em Operação no estado do Pará

Empreendimentos em Operação
Estado do Pará *

Tipo Quantidade Potência (kW) %

CGH 1 640 0,01

UHE 2 6.900.300 96,71

UTE 52 234.253 3,28

Total 55 7.135.193 100

*
Informação obtida no site da ANEEL – BIG – Banco de Informação de Geração – Setembro de 2005

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 28
MW Evolução da potência instalada - MW
16000 Estado do Pará
14000
12000

10000

8000
6000

4000
2000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 6.1.2 – Evolução da Potência Instalada no estado do Pará – ciclo 2006/2015

Análise de desempenho

• Análise em Regime Normal

Perfil de tensão

As avaliações das simulações de fluxo de potência não identificaram problemas com


relação ao controle de tensão no sistema de 500 kV da região Norte para carga leve,
média e pesada. Nestes três patamares de carga o perfil de tensão médio observado se
encontra entre 0,950 e 1,100 pu.
Cabe ressaltar que, embora estejam dentro dos limites estabelecidos de tensão, as
subestações de Vila do Conde 500 kV e Carajás 230 kV operam próximo ao limite inferior
de tensão em diversos anos dessa análise. O perfil de tensão na SE Vila do Conde
500 kV se aproxima do limite mínimo devido ao acréscimo de cerca de 800 MW na
previsão de carga, referente ao consumidor industrial Alumínio Belo Monte, a partir de
2011.
Com relação ao sistema em 230 kV, também não há problemas de controle de tensão nos
patamares de carga pesada, média e leve, com exceção da SE CVRD Mina que
apresenta, em regime permanente, tensões entre 0,900 e 0,950 em alguns anos do
período de análise.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

Durante todo o período não são observadas violações quanto aos limites de
carregamento de linhas e transformadores em regime normal de operação nos sistemas
em 500 kV e 230 kV da região Norte, com exceção dos transformadores da SE Vila do
Conde e do único transformador 550/138/13,8 kV da SE Miracema, que apresenta
superação da capacidade nominal em 2013.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 29
Os transformadores de Vila do Conde 500/230 kV atingem 92% de sua capacidade em
2011 devido a um grande aumento de carga previsto para este ano, atingindo 94% em
2015. Já os transformadores de 230/69 kV desta subestação atingem 81% do seu
carregamento em 2009, superando os 100% de carregamento em 2015. Alguns
transformadores e linhas operam, em alguns anos, com carregamento superior a 80% de
seu limite normal, merecendo, assim, atenção especial.

Na LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria, no trecho onde o circuito possui um cabo por
fase, este atinge 81% de seu carregamento em 2010 chegando a 96% em 2015.

Na SE Itacaiúnas, os transformadores 500/230 kV atingem 92% de sua capacidade em


2011, devido a aumento da carga, ficando em torno deste valor até o final do horizonte
analisado.

• Análise de Contingências

Perfil de tensão

Os problemas mais importantes relacionados às contingências no sistema de 500 kV


referem-se ao controle de tensão na malha de 230 kV da região atendida.

O sistema não suporta, a partir do ano de 2011, a perda de uma da linha em 500 kV
Tucuruí – Vila do Conde. Devido a aumento da carga em Vila do Conde de cerca de 800
MW da indústria Alumínio Belo Monte, prevista para esse ano de 2011, o perfil de tensão
após a perda de um circuito para Tucuruí é inferior ao limite mínimo estabelecido pelos
critérios, indicando a necessidade de estudo específico.

Nas demais subestações no estado do Pará não há problemas no controle de tensão em


todo o período analisado, no entanto, com o crescimento do mercado na região de
Carajás, durante a contingência de um dos circuitos da LT 230 kV Itacaiúnas – Carajás
são verificadas subtensões nas SE Carajás e CVRD Mina em alguns anos, indicando a
necessidade de reavaliação quanto à data de entrada do 3º circuito Itacaiúnas – Carajás,
previsto atualmente para 2010.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

A partir do ano de 2013, na perda de um dos circuitos da linha em 230 kV Vila do Conde –
Guamá, o circuito remanescente apresenta carregamento superior ao limite de
emergência.

O trecho da linha em 230 kV Vila do Conde – Santa Maria em que o circuito possui um
cabo por fase, apresenta valor de carregamento superior ao seu limite de emergência
durante a contingência da linha em 230 kV Vila do Conde – Guamá, no ano 2015.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 30
Devido à previsão de aumento de carga de cerca de 800 MW no setor de 230 kV da SE
Vila do Conde, em 2011, verifica-se a necessidade de ampliação na transformação
500/230 kV desta subestação. Também é necessário, nesta subestação, reforço na
transformação 230/69 kV, a partir de 2009, devido ao crescimento vegetativo do mercado,
pois na emergência de um deles os remanescentes apresentam carregamentos
superiores ao limite de emergência.

Não se observam violações de carregamento nas demais linhas de transmissão em


500 kV e 230 kV e nos transformadores de Rede Básica, no estado do Pará, durante todo
o período analisado.

Recomendações
A partir da análise anterior, recomenda-se a elaboração de estudos específicos para a o
atendimento à região metropolitana de Belém e à região de Carajás.

Programa de Obras

São apresentadas nas Tabelas 6.1.2 a 6.1.5 as instalações previstas para a Rede Básica
e Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de Transmissão do estado do Pará.

Tabela 6.1.2 – Linhas de Transmissão previstas – Rede Básica - ciclo 2006/2015

DATA
ORIGEM DESTINO TENSÃO - KV
PREVISTA

Marabá Itacaiúnas, CD 500 2008

Itacaiúnas Colinas, C1 500 2008

Tucuruí Vila do Conde, C3 500 2007

Itacaiúnas Carajás, CD 230 2008

Utinga Miramar, CD1 e CD2 230 2009

Itacaiúnas Carajás, C3 230 2010

Tucuruí Xingú, CD1 e CD2 500 2012

Xingú Juruparí, CD1 e CD2 500 2012

Juruparí Oriximiná, CD1 e CD2 500 2012

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 31
DATA
ORIGEM DESTINO TENSÃO - KV
PREVISTA

Oriximiná Itacoatiara,CD1 e CD2 500 2012

Itacoatiara Cariri, CD1 e CD2 500 2012

Juruparí Laranjal do Jari, CD1 e CD2 230 2012

Laranjal do Jari Macapá, CD1 e CD2 230 2012

Tabela 6.1.3 – Subestações previstas – Rede Básica – ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO / TENSÃO EQUIPAMENTO DATA PREVISTA


RB - 230kV - 30 Mvar; 2007
Altamira 230/69/13,8 kV
RL - 230 kV - 30 Mvar; 2007
AT – 500/230/13,8kV-450MVA; 2006
RB – 525 KV - (3+1)60Mvar; 2006
Marabá 500/230/69/13,8 kV
RB – 525 kV – 3x60 Mvar; 2007
RB – 525kV – 3x60 Mvar; 2008
Santa Maria 230/69/13,8 kV BC – 230 kV – 1x55 MVA; 2007
Rurópolis 230/69/13,8 kV CE – 230 kV – (-40, +40) Mvar; 2010
RB – 525 kV – 3x60 Mvar; 2007

Vila do Conde 525/230/69/13,8 AT4 – 525/230/13,8 kV – 3x250 MVA; 2007


kV RL – 525 kv – 3x60 MVA; 2007
CS – 230 kV – 150 Mvar 2008
AT1 , AT2 – 500/230/13,8 kV – 6x150 MVA; 2008
Itacaiúnas 500/230/138/13,8 kV AT3 – 500/230/13,8 kV – 3x150 MVA 2010

RL - 500kV – 13x45,33 Mvar; monofásico 2012


Xingú 500 kV RB – 500 KV- (3+1)45,33Mvar; monofásico 2012

CS - 500 kV – TUC-XNG – 2x 787,0 MVAr 2012


CS - 500 kV –XNG - JUR – 2x 355,00MVAr 2012

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 32
Subestação / Tensão Equipamento Data Prevista
RL - 500kV – 7 x 45,33 Mvar 2012
RB - 500kV – 3 x 45,33 Mvar 2012
RL - 500kV – 7 x 66,67 Mvar 2012

Jurupari 500/230/13,8 kV CE – 500 kV - 200/-200 Mvar 2012

AT 500/230/13,8 kV- 7x150 MVA 2012

CS - 500 kV – JURC-XNG – 2x 355,0 Mvar 2012

CS - 500 kV – JURC-ORX – 2x 399,0 Mvar 2012


RL - 500kV – 13x66,67 Mvar 2012
RB - 500kV – 4x66,67 Mvar 2012
ES – 500 kV- 200/-200 Mvar 2012

Oriximiná BC – 100 Mvar – manobrável pelo ES 2012


CS - 500 kV – ORX-JUR – 2x 399,0 Mvar 2012

CS - 500 kV – ORX-ITAC – 2x 360,0 Mvar 2012


AT 500/230/13,8 kV- 4x50 MVA 2012
RL - 500kV – 7x66,67 Mvar 2012
RB - 500kV – 3x66,67 Mvar 2012
RL - 500kV – 7x36,67 Mvar 2012
ES – 500 kV- 200/-200 Mvar 2012
Itacoatiara 500/230/13,8 kV
BC – 500 kV- 100 Mvar – manobrável pelo
2012
CE;
CS - 500 kV – ITC-ORX – 2x 360,0 Mvar 2012
CS - 500 kV – ITC-CAR – 2x 198,0 Mvar 2012
AT 500/230/13,8 kV- 4 x 50 MVA 2012
RL - 500kV – 7x36,67 Mvar 2012
AT 500/230/13,8 kV- 10x200 MVA 2012
CS - 500 kV – CAR-ITC – 2x 198,0 MVAr 2012

Cariri 500/230/13,8 kV BC –230 kV - 4 x 55MVAr 2012


AT 230/69/13,8 kV- 2x150 MVA 2012
AT 500/230/13,8 kV- 3x200 MVA 2012
BC –230 kV - 2 x 55MVAr 2012

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 33
Subestação / Tensão Equipamento 2012

RL - 500kV – 3x25,0 MVAr 2012


Laranjal 230/69/13,8 kV
AT 230/69/13,8 kV- 2x100 MVA 2012
RL - 230kV – 3x25,0 MVAr 2012

CE – 230 kV- 100/-100 MVAr 2012


Macapá 230/69/13,8 kV
BC –230 kV - 1 x 60 MVA - manobrado p/
2012
CE;
AT 230/69/13,8 kV- 3x150 MVA 2012

Tabela 6.1.4 – Transformadores de Fronteira – ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO TRANSFORMADOR DATA


0
Guamá 230/69/13,8kV 3 banco - (3x50) MVA 2007
0
Miramar 230/69/13,8 kV 1 TR - 2x150 MVA 2009

Utinga 230/69/13,8 kV 40 banco – (3x50) MVA 2008

Santa Maria 230/69/13,8 kV 10 e 20 – 2x150 MVA 2007

0 0–
Itacaiúnas 230/138 kV 1 e2 2x150 MVA 2008

0
Itacaiúnas 230/138 kV 3 - 1x150 MVA 2011

Tabela 6.1.5 – Demais Instalações de Transmissão – ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO TRANSFORMADOR DATA

Tucuruí – Vila 69/13,8kV Substituição T1 - 20 MVA 2006

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 34
6.1.2 Rede de Distribuição

Área de atuação da CELPA

O Pará concentra em seu território cerca de 34% de toda a extensão da bacia amazônica
(mais de 1 milhão de quilômetros quadrados) e seu potencial hidrelétrico é avaliado em
mais de 61 mil MW.

Esse potencial está distribuído em nove grandes bacias, destacando-se a do rio


Tocantins, onde foi implantada a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, inaugurada em 1984 pela
ELETRONORTE.

Cerca de 45% da produção da UHE Tucuruí é consumida no Pará e, desse total, 17% da
UHE Tucuruí é utilizado pela CELPA, que atende a 74% da população do estado.

A CELPA distribui energia elétrica para uma área de concessão de 1.247.703 km2,
abrangendo todos os 143 municípios atendidos do estado do Pará. Atualmente, a
concessionária atende a mais de 5 milhões de habitantes em todo o Pará, por meio de
mais de 1,1 milhão de unidades consumidoras cadastradas.

Mercado Previsto

A previsão de cargas para o ciclo de estudos 2006/2015 pode ser observada no Gráfico
6.1.3 onde, em média, o mercado apresenta um crescimento da ordem de 4,0% ao ano,
ao longo de todo o período.

Evolução da carga CELPA - ciclo 2006/2015

1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pesada 957,59 1012,05 1073,85 1120,97 1163,80 1207,40 1247,07 1291,61 1331,57 1372,77
Média 980,26 1041,58 1112,04 1160,51 1206,59 1251,41 1291,85 1338,74 1381,26 1425,47
Leve 658,10 694,96 737,36 769,76 798,98 829,67 857,55 889,05 917,98 948,07

Gráfico 6.1.3 – Evolução do mercado da CELPA – ciclo 2006/2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 35
Sistema Elétrico

O sistema elétrico da CELPA é descrito a seguir, por regiões.

• Região Metropolitana de Belém

O sistema elétrico desta região é constituído por onze subestações distribuidoras em 69


kV, supridas pelas SEs Guamá e Utinga da ELETRONORTE. A área de influência deste
sistema abrange os consumidores da capital do estado, do município de Ananindeua e
parte dos consumidores do município de Marituba.

• Região Nordeste do Pará

A rede elétrica desta região, suprida pela SE Santa Maria (ELETRONORTE), é


constituída por dois circuitos operando em 69 kV, sendo um deles isolado para 138 kV, de
Belém até Capanema, passando por subestações intermediárias, além de um sistema
radial, em 138 kV, no sentido de Paragominas.
Estão atualmente em operação quatorze subestações, responsáveis pelo atendimento às
áreas de influência de localidades situadas ao longo (ou próximas) da rodovia Belém-
Brasília e parte da Pará-Maranhão, assim como no litoral do estado.

• Região Baixo Tocantins

Essa região é suprida através de quatro pontos de conexão com a ELETRONORTE,


quais sejam: Vila do Conde 69 kV, Tucuruí 13,8 kV e 34,5 kV e Cametá 13,8 kV.
A partir da SE Vila do Conde são atendidos os municípios de Barcarena, Abaetetuba,
Mocajuba, Baião, Moju, Igarapé-Miri e Tailândia. Em Vila do Conde é feita a elevação
para 138 kV de onde sai um circuito em 138 kV para Tailândia, passando por Moju.
Os municípios de Tucuruí, Novo Repartimento, Breu Branco e Goianésia são atendidos a
partir da SE Tucuruí-Vila (ELN), que possui as tensões de 69 kV, 34,5 kV e 13,8 kV.

O suprimento aos municípios de Cametá e Limoeiro do Ajuru é feito através de um


sistema de transmissão em 69 kV da ELETRONORTE, com energia proveniente da UHE
Tucuruí.

• Região Sudeste do Pará

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 36
O sistema elétrico da região sudeste do Pará é suprido a partir da SE Marabá (ELN), de
onde saem dois circuitos em 69 kV para o atendimento à margem direita do rio Tocantins
e um circuito em 230 kV para o atendimento à margem esquerda.

As localidades de Rondon do Pará, Dom Eliseo Corolle e respectivas áreas de influência


são atendidas por um dos circuitos em 69 kV enquanto o outro circuito atende à
localidade de Jacundá e adjacências.

O circuito em 230 kV atravessa o rio Tocantins e chega à SE Marabá (CELPA)


230/138/13,8 kV, de onde segue em 138 kV em direção ao sul do Pará, até a cidade de
Xinguara, onde divide-se em dois circuitos, um indo até a localidade de Redenção onde é
feito o abaixamento de tensão 138/69 kV para atendimento à Conceição do Araguaia e o
outro para atendimento a Tucumã e São Félix do Xingu.

Além da SE Marabá, o atendimento à carga é feito pelas SEs Itacaiúnas, Eldorado, Rio
Vermelho, Xinguara, Rio Maria, Redenção, Conceição, Tucumã e São Félix.

Os municípios de Parauapebas, Curionópolis e Canaã dos Carajás são atendidos a partir


da SE Carajás 34,5 kV.
O suprimento à Morada Nova e às outras pequenas localidades da margem direita do
Tocantins é feito partir da SE Marabá 13,8 kV (ELETRONORTE).

• Região Oeste do Pará

As principais localidades desta região são Altamira e Itaituba no centro-norte e Santarém


no oeste do estado.
A CELPA é atendida pelas SEs Altamira 69 kV, Transamazônica 34,5 kV e Rurópolis 138
e 13,8 kV, da ELETRONORTE, supridas através de um sistema em 230 kV desde Tucuruí
até Rurópolis. De Rurópolis seguem duas LTs em 138 kV, circuito duplo, de propriedade
da CELPA para Santarém e Itaituba, respectivamente. A CELPA possui ainda quatro
subestações integradas ao sistema de transmissão do oeste do Pará.

Análise de Desempenho

• Região Metropolitana de Belém


Há a sinalização da necessidade de implantação de uma nova subestação na região
metropolitana de Belém. Os estudos internos, realizados pela CELPA, apontaram o
município de Ananindeua como o local adequado para a mesma.
O sistema elétrico avaliado, considerando a evolução prevista no programa de obras do
presente ciclo, apresentou desempenho satisfatório, não tendo sido detectado qualquer
problema que viesse a comprometer a operação do mesmo ao longo do período em

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 37
questão. A implantação de obras em subestações e linhas de transmissão, conforme
proposta apresentada no presente trabalho, garante o atendimento ao crescimento do
mercado projetado.

• Região Nordeste do Pará

Atualmente, o desempenho do sistema apresenta-se satisfatório, com as tensões nos


barramentos de carga das subestações dentro das faixas aceitáveis, estando a regulação
de tensão nas mesmas com valores inferiores ou em torno de 5%.

No presente ciclo de planejamento, optou-se pela duplicação da LT 69 kV Castanhal -


Terra Alta (2006) e pela conversão de uma das linhas de transmissão de 69 kV para 138
kV, nos trechos de Santa Maria para Capanema (2008)
A partir do ano 2015, foram encontradas algumas dificuldades para obter um perfil de
tensão compatível com os critérios adotados no eixo de 138 kV Santa Maria - Mãe do Rio
- Paragominas, em vista do crescimento vegetativo de carga e da liberação do mercado
de Ulianópolis. O problema em questão será contornado com a construção do 2º circuito
da LT Santa Maria – São Miguel 138 kV (cabo # 336,4 MCM).

• Região Baixo Tocantins

O suprimento às cargas desta região ocorre em condições satisfatórias.


O atendimento a Breu Branco e Goianésia é feito provisoriamente compartilhando-se o
bay de 34,5 kV de Novo Repartimento, havendo necessidade de regularização.

Visando atender uma das etapas do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região do


Entorno da UHE Tucuruí (PDST) e com o objetivo de se promover a universalização do
serviço de energia elétrica em todo o território nacional através do Programa de
Universalização, novos mercados estão sendo agregados. Portanto será necessária a
atualização das configurações do sistema elétrico que atendem os municípios de Tucuruí,
Novo Repartimento, Pacajá, Breu Branco, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixuna e Itupiranga.
Embora parte das cargas desses municípios já seja atendida com energia elétrica gerada
pela UHE Tucuruí, com a Universalização haverá necessidade de ampliação da
capacidade atual.

Desde que seja cumprido o cronograma de obras deste ciclo de planejamento, o


desempenho do sistema será satisfatório ao longo do período avaliado.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 38
• Região Sudeste do Pará

O sistema da margem esquerda do rio Tocantins apresenta-se bastante sensível no eixo


Marabá - Xinguara 138kV, cuja extensão deste trecho é de 234,7 km, havendo
perspectivas de atingir o seu limite nos próximos cinco anos.

A partir do ano 2007 o sistema de 138 kV apresentou-se com recursos esgotados para o
controle de tensão. Para manter o sistema existente em condições satisfatórias de
operação, há necessidade de se colocar um disjuntor associado ao reator de Tucumã
para torná-lo manobrável, o que garantiria uma pequena sobrevida ao sistema.
Observa-se necessidade de um outro ponto de suprimento, a partir do ano de 2007, em
230 kV, na SE Carajás (ELN) alimentando uma subestação abaixadora 230/138/13,8 kV –
150 MVA da CELPA, de onde sairia uma LT 138 kV, com extensão de 171 km até a SE
Xinguara existente.
Após a entrada em operação deste sistema não se verifica necessidade de maiores
ampliações para este decênio.

• Região Oeste do Pará

As condições de atendimento à região em foco serão satisfatórias ao longo de todo o


período decenal avaliado.
O atendimento aos municípios de Alenquer, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha,
Faro, Terra Santa e Curuá, todos localizados na margem esquerda do Rio Amazonas é
hoje feito através de 26.398 kW instalados em geradores de energia elétrica, distribuídos
em 8 usinas térmicas a óleo diesel, uma em cada sede municipal.
Como parte do plano de obras da CELPA, o Projeto “Interligação Elétrica da Margem
Esquerda do Rio Amazonas - Travessia Subfluvial do Rio Amazonas” consiste em efetuar
o atendimento ao mercado de energia elétrica dos municípios acima citados, através do
Sistema Interligado Brasileiro, via Tramoeste, desativando assim as usinas térmicas à
óleo diesel.
Este sistema elétrico se originará na subestação Tapajós, da REDE – CELPA, localizada
em Santarém através de uma linha de transmissão 138 kV em circuito duplo, que seguirá
pela margem direita do Rio Amazonas, atravessando terrenos de várzea da Ilha de Maicá,
até chegar a Ilha de Ituqui, a cerca de 30 km de Santarém. Neste ponto será feita a
travessia subfluvial do Rio Amazonas até a ponta do Tapará, já na margem esquerda,
onde a linha de transmissão seguirá totalmente aérea, em circuito duplo, fazendo a
interligação de todos os municípios citados, estendendo a linha de transmissão a partir de
Oriximiná até Porto Trombetas, onde se localiza a Mineração Rio do Norte.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 39
Recomendações

Recomenda-se:

 A busca pela viabilização do atendimento adequado, via sistema interligado, aos


mercados não atendidos ou atendidos precariamente através de sistemas isolados a
diesel, a fim de equacionar os problemas sociais e restrições ao crescimento
econômico a que estão submetidas as áreas atingidas.
 Que, apesar de estar previsto um novo ponto de suprimento à região metropolitana de
Belém através da SE Miramar 230/69 kV, sejam reavaliadas uma nova localização e
data de entrada em operação desse ponto de suprimento visando uma melhor
distribuição das cargas dessa região.
 Concentrar esforços no sentido de viabilizar a implantação do sistema de transmissão
em 138 kV para Tomé-Açu, a partir de um tap na LT Moju-Tailândia, previsto neste
ciclo de planejamento para Junho/2007, proporcionando a transferência de cargas
para o sistema do Baixo Tocantins e aliviando o eixo de 138 kV derivado de Santa
Maria no sentido de Paragominas, o qual deverá apresentar dificuldades para
atendimento às respectivas cargas a partir do ano 2008.
 Que, tendo em vista as dificuldades enfrentadas para operar o subsistema derivado de
Santa Maria em 69 kV para Capanema, a partir de 2006, seja viabilizado com urgência
o plano de obras proposto, a fim de dar continuidade ao atendimento adequado dessa
região.
 Que o plano de obras proposto para os municípios do entorno do lago de Tucuruí seja
agilizado para que os atuais problemas da região sejam todos sanados.

 A realização de estudos de expansão para o sistema tronco da região sudeste do


Pará, face à previsão de esgotamento do eixo de 138 kV desde Marabá até Xinguara,
a partir do ano 2007.

Programa de Obras

As obras mais importantes para o ciclo 2006/2015 estão sumarizadas nas Tabelas 6.1.6 e
6.1.7, abaixo:

Tabela 6.1.6 – Linhas de Transmissão previstas - ciclo 2006/2015

DATA
ORIGEM DESTINO TENSÃO - KV
PREVISTA
Tap LT (Utinga - Coqueiro) Ananindeua 69 2006
Tucuruí Novo Repartimento 138 2006

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 40
Origem Destino Tensão - KV Data Prevista
Tucuruí Breu Branco 69 2006
LT Travessia do Rio Tocantins 138 2006
Marabá(ELN) Jacundá 69 2006
Itacaiúnas Itupiranga 138 2006
Breu Branco Goianésia 69 2006
Guamá(ELN) Guamá(CELPA) 69 2006
Utinga Augusto Montenegro 69 2006
Tap LT (Moju-Tailândia) Tomé-Açu 138 2007
Carajás Xinguara 138 2007
Paragominas Ulianópolis 138 2008
Guamá Jurunas 69 2009
Castanhal Terra Alta 69 2010
Utinga Ananindeua 69 2011
Tapajós Alenquer 69 2011
Guamá Independência 69 2011
Travessia subfluvial do Rio Amazonas 138 2014
Oriximiná Mina 138 2014
Óbidos Oriximiná 138 2014
Alenquer Óbidos 138 2014
Alenquer Monte Alegre 138 2014
São Sebastião da Boa Vista Cachoeira do Arari 138 2015
Santa Maria (ELN) São Miguel 138 2015
Portel Breves 138 2015
Cametá Portel 138 2015
Cachoeira do Arari Salvaterra 138 2015
Breves São Sebastião da Boa Vista 138 2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 41
Tabela 6.1.7 – Subestações previstas - ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO / TENSÃO (KV) DATA PREVISTA

Ananindeua 69/13,8 kV 2006


Novo Repartimento 69/34,5 kV 2006
Nova Ipixuna 69/13,8 kV 2006
Morada Nova 69/13,8 kV 2006
Itupiranga 138/13,8 kV 2006
Goianésia 69/13,8 kV 2006
Breu Branco 69/13,8 kV 2006
Tomé-Açu 138/13,8 kV 2007
Carajás 230/138 kV 2007
Ulianópolis 138/13,8 kV 2008
Capanema 138/69 kV 2008
Oriximiná 138/13,8 kV 2014
Óbidos 138/13,8 kV 2014
Monte Alegre 138/13,8 kV 2014
Mina 138/13,8 kV 2014
Alenquer 138/13,8 kV 2014
Tucuruí (ELN) 69/138 kV 2015
São Sebastião da Boa Vista 138/13,8 kV 2015
Salvaterra 138/13,8 kV 2015
Portel 138/13,8 kV 2015
Cachoeira do Arari 138/13,8 kV 2015
Breves 138/13,8 kV 2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 42
6.2 Estado do Maranhão

6.2.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de


Transmissão

Sistema Elétrico
O atendimento ao estado do Maranhão é feito por instalações da Rede Básica nas
tensões de 500 kV e 230 kV, sendo os principiais pontos de suprimento a SE Presidente
Dutra 500 kV e a SE São Luís II 500 KV, atendidas por linhas de transmissão
provenientes da SE Imperatriz 500 kV e SE Açailândia 500 kV. Essas subestações
recebem energia da UHE Tucuruí através da SE Marabá 500 kV. Na SE Imperatriz 500 kV
há um abaixamento para 230 kV, onde se conecta um circuito radial até a localidade de
Porto Franco. Da SE Porto Franco parte um sistema de subtransmissão em 138 kV para
os estados do Maranhão e Tocantins, e em 69 kV para o Maranhão.

A partir da SE Presidente Dutra 500 kV partem dois circuitos em 500 kV para SE Teresina
500 kV e um para SE Boa Esperança 500 kV, ambas no estado do Piauí. Por estes
circuitos passa a maior parte da energia exportada para a região Nordeste. Também
saem dois circuitos para a SE São Luís II. Ainda na SE Presidente Dutra há abaixamento
para 230 kV, onde se conecta um circuito para SE Peritoró, e para 69 kV, onde a energia
é entregue ao sistema da distribuidora local. Do setor de 230 kV da SE São Luís II saem
dois circuitos para atendimento à cidade de São Luís e um para a localidade de Miranda,
além de também atender ao consumidor industrial Alumar, através de um elo de corrente-
contínua, e ao Complexo Portuário da CVRD. Existe um sistema de 230 kV paralelo ao de
500 kV ligando as regiões Norte e Nordeste. Este sistema é formado por um circuito entre
as subestações de Miranda e Peritoró, e outro ligando Peritoró a Teresina, sendo que,
neste último, existe uma derivação para o atendimento a cidade de Coelho Neto (MA).
A evolução do mercado para o estado do Maranhão prevista para o ciclo de 2006/2015,
apresentada no Gráfico 6.2.1, representa cerca de 34% do mercado de energia elétrica da
região Norte durante todo o período, sem considerar o mercado referente à Manaus e
Amapá.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 43
Maranhão
2200

2000

1800
MW

1600

1400

1200

1000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pesada 1553,0 1626,2 1757,8 1827,1 1876,7 1912,6 1949,7 1991,9 2023,6 2056,9
Média 1411,9 1471,7 1594,0 1641,9 1694,3 1716,5 1745,9 1778,3 1790,9 1804,1
Leve 1259,0 1313,6 1415,0 1469,8 1515,6 1528,4 1548,7 1570,8 1579,9 1589,4

Gráfico 6.2.1 – Evolução do Mercado do Maranhão – ciclo 2006/2015

O total de empreendimentos de geração e operação atual no estado do Maranhão é


mostrado na Tabela 6.2.1. A evolução da potência instalada no estado para o ciclo
2006/2015, ilustrada na Gráfico 6.2.2, mostra um crescimento de cerca de 94% no
horizonte decenal.

Tabela 6.21 – Empreendimentos de Geração em Operação no estado do Pará

Empreendimentos em Operação
No Estado do Maranhão *

Potência
Tipo Quantidade %
(kW)

UHE 1 118.650 95,8

UTE 3 10.312 8,0

Total 4 128.962 100,0

*
Informação obtida no site da ANEEL – BIG – Banco de Informação de Geração – Setembro de 2005

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 44
MW Evolução da potência instalada - M W
1400 Estado do Maranhão
1200

1000

800

600

400

200

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 6.2.2 – Evolução da Potência Instalada no Estado do Maranhão – ciclo 2006/2015

Análise de desempenho

• Análise em Regime Normal

Perfil de tensão

As avaliações a partir das simulações em regime normal de operação não identificaram


problemas com relação ao controle de tensão no sistema de 500 kV e 230 kV do estado
do Maranhão para os patamares de carga pesada, média e leve. Nestes três patamares
de carga o perfil de tensão observado se encontra dentro dos limites estabelecidos.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

Durante todo o período não são observadas violações quanto aos limites de
carregamento de linhas e transformadores em regime normal de operação no sistema de
500 kV e 230 kV do estado do Maranhão. Porém, cabe ressaltar que os transformadores
230/69 kV da SE São Luís I atingem 81% de sua capacidade no ano de 2012, e 95% no
final do horizonte.

No ano 2006 a perda de um dos circuitos da linha em 230 kV São Luís II – São Luís I,
provoca sobrecarga de 18% no remanescente.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 45
• Análise de Contingências

Perfil de tensão

A contingência de maior impacto no sistema de 500 kV é a perda do 2º circuito da linha


Presidente Dutra – São Luís II, nos anos 2006 e 2007. Nestes anos, para que o sistema
suporte esta emergência, mantendo as tensões dentro dos critérios adotados, devem ser
tomadas algumas medidas operativas. A partir do ano 2008, com o seccionamento dos
circuitos C1 e C2 da LT 500 kV Presidente Dutra – São Luís II, em Miranda, e a
implantação da transformação 500/230 kV – 300 MVA nessa subestação, esse problema
não se verifica.
No ano 2006, a perda da linha em 230 kV São Luís II – Miranda II, provoca subtensões
nas subestações de Peritoró 230 kV, Miranda II 230 kV e Coelho Neto 230 kV. A perda da
linha de 230 kV Presidente Dutra – Peritoró provoca subtensões na SE Peritoró. Em
ambos os casos, medidas operativas devem ser adotadas para solução do problema até a
implantação, a partir de 2008, da transformação 500/230 na SE Miranda.
Nas demais subestações no estado do Maranhão não há problemas no controle de
tensão em todo o período analisado.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

No ano 2006 a perda de um dos circuitos da linha em 230 kV São Luís II – São Luís I
provoca sobrecarga de 18% no remanescente.

No ano de 2015, a perda de um dos transformadores de 230/69 kV da SE São Luís I,


provoca sobrecarga nos remanescentes atingindo o limite de emergência do enrolamento
de 230 kV.

Não ocorrem violações de carregamento nas demais linhas de transmissão em 500 kV e


230 kV e transformadores de Rede Básica durante todo o período analisado.

A emergência do 2º circuito da linha de transmissão em 500 kV Presidente Dutra – São


Luís II nos anos de 2006 e 2007 provoca subtensões na malha de 500 e 230 kV do
Maranhão. Este problema é resolvido, com o seccionamento dos circuitos C1 e C2 da LT
500 kV Presidente Dutra – São Luís II, em Miranda, e a implantação da transformação
500/230 kV – 300 MVA nessa subestação.

Recomendações
Recomenda-se:
• A implantação imediata do seccionamento da LT 500 kV Presidente Dutra – São
Luís II em Miranda, e implementação da transformação 500/230 kV nesta
subestação.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 46
• A realização de estudo conjunto EPE/ELETRONORTE/CEMAR para identificação
da solução de atendimento à capital do estado do Maranhão: recapacitação dos
circuitos C1 e C2 230 kV entre as subestações S.Luís I e II e/ou implantação de
novo ponto de suprimento.

Programa de Obras
As obras mais importantes para o ciclo 2006/2015 estão sumarizadas nas Tabelas 6.2.2 a
6.2.4, abaixo:

Tabela 6.2.2 – Linhas de Transmissão previstas - ciclo 2006/2015

DATA
ORIGEM DESTINO TENSÃO - KV
PREVISTA
Peritoró Coelho Neto/Teresina, C2 230 2006

Açailândia Presidente Dutra, C2 500 2011

Tabela 6.2.3 – Subestações previstas - ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO / TENSÃO EQUIPAMENTO DATA PREVISTA

Imperatriz 500/230/69/13,8 kV RB – 500 kV – (3+1)55 Mvar 2007

2007
Miranda II 230/138/69/13,8 kV BC – 230 kV – 2x20 Mvar
(data necessária)
2007
Peritoró 230/69/13,8 kV BC – 230 kV – 1x20 Mvar
(data necessária)

Miranda 500/230 kV Setor de 500 kV 2008

CS – 500 kV - 435 Mvar 2011


Pres. Dutra 500/230/69/13,8 kV
RL - 500 kV – (3+1)60 Mvar; 2011

CE – 230 kV – (-100 +150)Mvar 2006


São Luís II 500/230/13,8 kV
AT – 500/230/13,8 kV – 3x200 MVA 2009

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 47
Tabela 6.2.4 – Transformadores de Fronteira previstos - ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO TRANSFORMADOR DATA PREVISTA


0
Coelho Neto 230/69/13,8 kV 2 trafo - 65 MVA 2006

0
Imperatriz 230/69/13,8 kV 3 trafo – 100 MVA 2007

0
Miranda 230/138/69/13,8 kV 2 autotrafo – 100 MVA 2006

0
Miranda 500/230 kV 1 autotrafo – 300 MVA 2008

0
Miranda 230/138/69/13,8 kV 3 autotrafo – 100 MVA 2010

0
Peritoró 230/69/13,8 kV 2 trafo - 100 MVA 2006

0
Porto Franco 230/138/13,8 kV 2 autotrafo – 100 MVA 2007
(data necessária)
0
Presidente Dutra 230/69/13,8 kV 2 trafo - 50 MVA 2007
0
4 trafo - 100 MVA 2006
São Luís I 230 / 69kV
0
5 trafo - 100 MVA 2012

6.2.2 Rede de Distribuição

Área de atuação da CEMAR

A área de concessão da CEMAR para fornecimento de energia elétrica ao mercado


consumidor compreende todo o estado do Maranhão com uma área de 333.366 km2,
atendendo a uma população de 5.866.000 habitantes em 217 municípios.

Mercado Previsto

A previsão de cargas para o ciclo de estudos 2006/2015 pode ser observada no Gráfico
6.2.3 onde, em média, o mercado apresenta um crescimento da ordem de 4,3% ao ano
no período decenal.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 48
Mercado CEMAR

1000,0

800,0

600,0

400,0

200,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pesada (MW) 597,5 619,6 646,6 677,9 705,6 739,4 773,7 813,2 844,3 877,0
Média (MW) 470,9 480,6 500,0 511,7 542,4 563,5 590,8 621,6 635,3 649,8
Leve (MW) 326,5 331,1 331,0 348,3 372,8 385,0 403,8 424,8 434,7 445,0

Gráfico 6.2.3 – Evolução do Mercado da CEMAR – ciclo 2006/2015

Sistema Elétrico

O sistema elétrico da CEMAR é composto por 10 regionais que englobam todo o


estado do Maranhão, com 76 subestações interligadas por 5.015 km de linhas de
subtransmissão nas tensões de 138kV, 69kV e 34,5kV, com extensas linhas de
distribuição radiais e baixa densidade de carga e de clientes, conforme descrito a
seguir:

• Sistema Regional São Luís I

Este sistema é o responsável pelo atendimento aos quatro municípios da Ilha de São
Luís: São Luís, capital do estado, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Fazem parte deste regional as subestações de Forquilha, Turu, Renascença, Ribamar,
Centro, São Francisco, Itaqui, Maracanã e Maiobão. Estas subestações são supridas
radialmente em 69kV pela única subestação da ELETRONORTE, São Luís I, 3 x
100MVA - 230/69kV. Desta forma há pouca flexibilidade para remanejamento de
carga entre subestações, através do sistema de distribuição.

• Sistema Regional Miranda

Este sistema compreende cinco grandes áreas de influência no estado do Maranhão,


sendo duas supridas pelo sistema em 69kV, polarizadas por Itapecurú-Mirim e Rosário
e três pelo sistema em 138kV, Gurupi, Baixada Maranhense e Litoral Ocidental
Maranhense.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 49
O suprimento deste regional é realizado a partir da SE Miranda (ELN), 2 x 100MVA –
230/69kV e 100MVA – 230/138kV. O sistema é composto por 02 subestações na
tensão de 138/69/13,8kV, 16 na tensão de 69/13,8kV (15 da CEMAR e 01 Consumidor
Especial), 01 na tensão de 69/34,5kV, 03 na tensão de 34,5/13,8 kV.

• Sistema Regional Coelho Neto

Este regional compreende a região nordeste do Maranhão, representada por três


microrregiões do estado: Coelho Neto, Chapadinha e Lençóis Maranhenses.

O sistema é suprido radialmente em 69kV, pela SE Coelho Neto (ELN), 65MVA -


230/69kV, alimentada através do seccionamento da LT 230kV Peritoró-Teresina. O
sistema é composto atualmente por 05 subestações, na tensão de 69/13,8kV (03
subestações da CEMAR e 02 consumidores especiais) e 02 na tensão de 34,5/13,8kV.

• Sistemas Regionais Peritoró e Presidente Dutra

Estes sistemas atendem à região central do Maranhão, compreendendo três


microrregiões no estado: Presidente Dutra, Codó e o Médio Mearim.

O Regional Peritoró é suprido radialmente em 69 kV pela subestação Peritoró (ELN),


100MVA – 230/69kV e é composto por 09 subestações de 69/13,8kV, sendo 08 da
CEMAR e 01 Consumidor Especial.

O Regional Presidente Dutra é suprido radialmente em 69kV pela subestação


Presidente Dutra (ELN), 50MVA – 230/69kV e é composto por 05 subestações em
69/13,8kV e 03 na tensão de 34,5/13,8kV.

• Sistema Regional Imperatriz

Este sistema atende à região sudoeste do Maranhão, também conhecida como região
Tocantina, que corresponde à área de influência dos municípios de Imperatriz,
Açailândia, Grajaú e Sítio Novo.

O sistema é suprido radialmente em 69 kV pela SE Imperatriz (ELETRONORTE), 2 x


100MVA – 230/69kV e é composto por 09 subestações, sendo 06 na tensão
69/13,8kV, 01 em 69/13,8/34,5kV e 02 na tensão 34,5/13,8kV.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 50
• Sistema Regional Porto Franco

A área de influência desta região está localizada no sul do estado sendo


compreendida pelas microrregiões de Porto Franco, Gerais de Balsas e Chapada das
Mangabeiras.

O sistema elétrico desta região é suprido radialmente em 138kV e 69 kV pela SE Porto


Franco (ELN), 100MVA – 230/138kV e 2 x 33,0MVA – 230/69kV e compreende a
região sudoeste e centro-sul do Maranhão, composto por 10 subestações, sendo 01
na tensão de 138/69kV, 04 em 69/13,8kV, 01 em 69/34,5kV e 04 em 34,5/13,8kV.
A região do sul do Maranhão, polarizada pela SE Balsas, apresenta uma forte vocação
agrícola, principalmente para cultura da soja. Podemos destacar, além da soja, as
culturas do algodão, milho e arroz em casca. Esta região é dominada pela agricultura
intensiva, mecanizada, voltada para o Mercado Externo (Nacional e Internacional). A
sua potencialidade aponta para o complexo agroindustrial da soja e algodão e, desde
que mitigados alguns gargalos, notadamente de infra-estrutura e logística,
especialmente no segmento de energia elétrica, desponta como pólo de expressiva
representatividade econômica no segmento de agronegócios com o desenvolvimento
da sub-cadeia da soja destinado à comercialização interna e externa.

• Sistema Regional Teresina

Este sistema atende à região leste do Maranhão, polarizado por Caxias e Timon.

O sistema é suprido radialmente em 69kV pela subestação Teresina (CHESF), 3 x


100MVA – 230/13,8kV e é composto por 04 subestações, sendo 02 na tensão
69/13,8kV e 02 na tensão 34,5/13,8kV.

• Sistema Regional Boa Esperança

Localizada na região sudeste do estado do Maranhão, compreende a microrregião da


Chapada do Alto Itapecuru. O sistema é composto de 02 subestações em 69/13,8kV.
A subestação Paraibano é suprida em 69kV a partir da Usina de Boa Esperança -
CHESF, 2 x 39 + 1 x 33,34MVA – 230/69kV.

• Sistema Regional Tabuleiros

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 51
Localizada a nordeste do estado do Maranhão, na área de influência da microrregião
do Baixo Parnaíba Maranhense.

O sistema atende atualmente 5 conjuntos e é suprido a partir da subestação


Tabuleiros (CEPISA) em 69 kV, 60MVA – 138/69kV e é composto de 02 subestações,
sendo uma em 69/13,8kV e outra em 34,5/13,8kV.

Análise de Desempenho

• Sistema Regional São Luís I

O atual fornecimento de energia elétrica à região metropolitana de São Luís, que é


feito a partir da subestação de São Luís I 230/69/13,8 kV, constitui-se em um dos
pontos mais críticos da área do Maranhão por ser este o único ponto de suprimento à
capital do estado. Estudos internos à CEMAR indicaram um novo ponto de suprimento
à Ilha de São Luís.
A SE São Luís I não tem mais disponibilidade de área para expansão tanto da
transformação, como do barramento de 69 kV. Ressalta-se ainda que a concentração
de saídas de linhas de subtransmissão e obtenção de corredores em 69 kV dificultam
a continuidade do atendimento de parte do mercado de São Luís pela atual
subestação da ELETRONORTE. Destaca-se ainda que o centro de gravidade das
cargas se posiciona na região litorânea da ilha com a verticalização da cidade naquela
área, além do aparecimento de grandes centros comerciais decorrentes da
perspectiva de expansão do consumo.
O remanejamento da SE Rosário para o Regional São Luís I, em 2006, permitirá
atendimento satisfatório aos consumidores, com tensão em Rosário de 100,82%, e no
Italuís de 99,81%. O transformador com LTC dotará o sistema em mais opções de
taps inferiores e flexibilização do ajuste de tensão em carga.
Com a implantação do novo ponto de suprimento, São Luís III, em 2008, o
desempenho operacional será satisfatório durante todo o decênio, visto que haverá
maiores recursos operativos decorrentes das novas opções de transferências de carga
pelo sistema de subtransmissão 69 kV entre os dois pontos de suprimentos. O novo
ponto poderá se situar na região de Turu, suprindo as SE´s Turu, São Francisco,
Forquilha, Maiobão e São José de Ribamar. É importante ressaltar que a solução
estrutural para o atendimento à Ilha de São Luis está em estudo no âmbito da EPE.
Com a construção da SE São Marcos, em 2010, estará assegurado o atendimento do
importante mercado das macrorregiões: São Francisco, Renascença, Calhau, Ponta
D`Areia e adjacências, o que também permitirá maior flexibilização operacional visto
que em regime de contingência há disponibilidade de transformação de área para
garantir as transferências de cargas entre as SE´s São Francisco, Renascença e São

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 52
Marcos, evitando assim a interrupção do consumo por longo tempo e os conseqüentes
prejuízos econômicos.

• Sistema Regional Miranda

O ponto de suprimento da Rede Básica, em 230 kV (Miranda), que hoje atende a


região norte/noroeste do estado do Maranhão dista 296,87 km da SE Encruzo. O
sistema 138kV em Santa Inês encontra-se esgotado, além de possuir circuitos muito
extensos, acarretando em baixos níveis de tensão. A SE Encruzo atende cargas mais
distantes em 34,5kV (Bacabeira, Centro Novo, etc), aumentado ainda mais as perdas
e levando a níveis de tensão mais baixos, principalmente no extremo litoral norte. Esta
situação impossibilita o atendimento com a qualidade requerida a novos projetos e ao
próprio mercado vegetativo da região.

O suprimento às cargas atendidas pelo eixo Miranda/Itapecuru-Mirim/Rosário está


sendo realizado de maneira não satisfatória devido aos baixos níveis de tensão
registrados principalmente nas subestações de Rosário e Italuís I (Sistema de
abastecimento de água do município de São Luís), mesmo sendo mantida tensão de
72kV na SE Miranda (ELN).

Com a implantação da LT Santa Inês - Estaca Trinta, em 2006, as cargas de Santa


Luzia do Tide e Buriticupú terão maior confiabilidade e melhores níveis de tensão
(melhoria de 85,4% para 98,8%). As interrupções para estes conjuntos serão bastante
reduzidas e as perdas serão diminuídas em 69%, de 2.979kW para 915kW.

Com a ampliação da SE Três Marias 138/69 kV para 80 MVA, em 2007, os municípios


da Baixada Ocidental Maranhense terão assegurado o atendimento do crescimento de
seus respectivos mercados durante todo o horizonte de estudo (10 anos). A obra
reduzirá o carregamento da SE para 47,7%, resguardando a vida útil dos
transformadores.

A proposta de implantação de um ponto de suprimento 230/138/69kV, na região de


Encruzo, derivado do sistema de Santa Maria (ELN), apresenta-se como a melhor
alternativa, uma vez que garantirá o atendimento aos consumidores finais com energia
de boa qualidade frente à possibilidade de atendimento a novos projetos
principalmente no segmento de minérios e ao próprio crescimento vegetativo.

Para esse sistema migrarão do regional Miranda as SEs: Nova Olinda e Manaus.

• Sistema Regional Coelho Neto

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 53
O atual ponto de suprimento de Coelho Neto 230/69 kV, não atende de forma
satisfatória à região, por se encontrar muito distante do centro de carga. Este fato é
agravado por não se dispor de transformação no nível 138 kV, que seria necessário
tratando-se de um sistema constituído por longas linhas de bitola 1/0 causando
elevada queda de tensão nas barras das subestações interligadas.

A proposta de substituição do transformador existente da SE Coelho Neto (230/69 kV),


por outro com transformação para o nível 138 kV, em 2007, visa dar suporte ao
atendimento a região Nordeste do Maranhão, beneficiando principalmente aos
municípios de Barreirinhas, Chapadinha e Brejo, promovendo o crescimento da região,
alavancado pelo turismo nos Lençóis Maranhenses e a cultura da soja em
Chapadinha.

A implantação das obras do projeto Anapurús 138 kV, em 2007, dará suporte ao
crescimento da região incluindo Chapadinha, que desponta como um novo pólo de
agronegócios no estado do Maranhão, com a cultura da soja, Barreirinhas, com o pólo
turístico do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e ainda a região de Brejo-
Santa Quitéria.
O suprimento a esta região será adequado para este decênio com a realização do plano
de obras previsto.

• Sistemas Regionais Peritoró e Presidente Dutra

O sistema derivado do ponto de suprimento Peritoró (ELN), na tensão de 69kV,


apresenta dificuldades operativas e de manutenção por se tratar de linhas de circuitos
simples, com vida média de trinta anos. Verifica-se queda de tensão elevada na LT
Peritoró - Itapecuru Agro Industrial - Codó, comprometendo os níveis de tensão nas
SEs Codó e no consumidor Itapecuru Agro Industrial.

A implantação da LT 69 kV Peritoró – Derivação - Codó, em 2006, promoverá a


melhoria nos níveis de tensão de 85,4% para 98,8% e dará maior confiabilidade às
cargas atendidas por esse sistema.

A implantação do 2º circuito Peritoró - Bacabal, em 2007 e ampliação da SE Bacabal


69/13,8 kV para 50 MVA, em 2011, fortalecerá o sistema de Bacabal, com melhoria na
confiabilidade/continuidade garantindo o crescimento do mercado da região.

Com a realização das obras previstas, os sistemas operarão satisfatoriamente durante


todo o decênio.

• Sistema Regional Imperatriz

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 54
A grande Imperatriz atualmente é suprida por duas subestações: SE Imperatriz (IPA) e
SE Imperatriz Centro (IPC). Os carregamentos dessas subestações estão na ordem de
89% (IPC) e 95% (IPA). Com a atual previsão de mercado é previsto que, em 2006,
SE IPA atinja 99% de seu carregamento. Por outro lado, a SE IPC, está operando 13%
do tempo com ventilação forçada, o que aumenta os custos com manutenção e
operação, bem como diminui a vida útil do equipamento. É pertinente destacar que o
atendimento às solicitações de novas demandas de clientes na região de suprimento
da SE Imperatriz poderá sofrer restrições a partir de 2006, uma vez que a sobrecarga
eleva a temperatura do transformador, levando à queima e/ou perda de vida útil do
mesmo.

A ampliação da SE Imperatriz Centro 69/13,8 kV para 50 MVA, em 2006, flexibilizará o


atendimento das cargas de Imperatriz, uma vez que permitirá transferir 8 MW de carga
entre as subestações de Imperatriz (IPA) e Imperatriz Centro (IPC), aliviando os
transformadores de IPA e postergando a necessidade da sua ampliação. Com um total de
potência instalada de 100 MVA e 16 alimentadores em 13,8 kV, o sistema de Imperatriz
será otimizado melhorando os índices de qualidade, tendo maior confiabilidade e
permitindo o crescimento do mercado da região.

• Sistema Regional Porto Franco

O ponto de suprimento da Rede Básica, em 230 kV (Porto Franco), que hoje atende à
região sul do Maranhão dista 343 km da SE Balsas e 408 km da SE Serra do
Penitente, sendo necessária ainda a extensão de 125 km para alcançar a região de
Alto Parnaíba, o que inviabiliza qualquer reforço à região, a partir desse sistema. Além
disso, existe apenas um único transformador na SE Porto Franco (ELN) 230/138/69 kV
de 100 MVA que uma vez em contingência provoca black-out em toda região.

O remanejamento da SE Porto Franco – 69/13,8 kV do pátio da SE Porto Franco


(ELN) para o pátio da CEMAR, em 2006, vai assegurar o atendimento ao crescimento
previsto pelo mercado no decorrer de todo o horizonte de estudo.

A implantação do pátio 69/34,5 kV, 10/12,5 MVA (LTC), na SE Balsas, em 2006, dará
suporte ao atendimento da demanda atual e prevista para região, garantindo o
atendimento com níveis de tensão adequados.

A implantação do Projeto Batavo, em 2006, derivado do sistema de Serra do


Penitente, permitirá atender com a qualidade requerida, às cargas atuais (da região de
Batavo) em plena evolução, bem como às novas cargas previstas pelo promissor
mercado da cultura da soja.
A proposta de implantação de um ponto de suprimento para a região Sul do
Maranhão, em 2008, compreendendo a construção da SE Balsas 230/138/69kV – 100
MVA, derivando de Ribeiro Gonçalves (desde que seja implantada uma SE Abaixadora

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 55
500/230 kV no sistema de 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí –
Sobradinho), através da LT Ribeiro Gonçalves - Balsas 230 kV, 636 CAA, 90 km,
desponta como a melhor e mais viável alternativa para atendimento às cargas
existentes e a futura expansão do sistema sul do Maranhão, bem como alavancar os
agronegócios já implantados.
Migrarão para esse sistema as cargas de Balsas, Serra do Penitente e Batavo e das
novas SEs Buritirana e Sambaíba 69/34,5 kV, previstas para 2008.

• Sistema Regional Teresina

A LT 69kV Teresina – Caxias, com mais de 34 anos de operação, apresenta queda de


tensão elevada, comprometendo os níveis de tensão nas barras das SEs Caxias e
Aldeias Altas e aumentando as perdas no sistema. A maioria das subestações deste
regional está apresentando regulação de tensão elevada, destacando-se: Caxias
(13,48%), Caxias 34,5kV (13,41%) e Aldeias Altas (12,61%), comprometendo os
índices de conformidade.

Com a implantação do 2º Circuito Teresina - Caxias 69 KV, em 2006, as cargas da


região de Caxias serão atendidas com melhores níveis de tensão passando de 88,5%
para 96,5% e com maior confiabilidade. As perdas serão reduzidas em 62%, de
2.086,2kW para 801,81 kW.

Após a ampliação da SE Caxias 69/13,8 kV para 50 MVA, em 2009, esta subestação


poderá suprir com segurança as cargas previstas pelos estudos de mercado.

• Sistema Regional Boa Esperança

Atualmente os municípios de São Domingos do Azeitão e Benedito Leite são supridos


precariamente em 13,8 kV com extensões de aproximadamente 78 km. Esta situação
compromete a qualidade do atendimento impactando os índices de continuidade. Os
municípios de Pastos Bons e Nova Iorque são atualmente atendidos pela SE
Paraibano, com níveis de tensão em torno de 80%, impossibilitando agregar novas
cargas inibindo com isso o crescimento da região.

Com a implantação do projeto Mosquito, em 2006, haverá melhora da qualidade do


fornecimento de energia elétrica ao município de São Domingos do Azeitão quanto
aos índices de conformidade e continuidade, tendo em vista a desvinculação deste, do
suprimento da CEPISA. Também serão beneficiados os municípios de Pastos Bons e
Nova Iorque. Com esta obra, será possível atender as novas solicitações de cargas
dos clientes da região.

• Sistema Regional Tabuleiros

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 56
O sistema está operando em condições não satisfatórias, com regulação de tensão na
barra da SE Barro Duro da ordem de 15,14%.

A reconfiguração da SE São Bernardo, em 2006, com a implantação do pátio 69/34,5


kV, 12,5 MVA (LTC), aliviará o transformador 69/13,8kV e permitirá o pleno
atendimento às cargas do setor 34,5 kV advindas de Barro Duro, bem como receber
as novas cargas do sistema Araioses.

Recomendações

Recomenda-se:

 A realização de estudos para o atendimento à Ilha de São Luís, visando dotar esse
sistema de maior confiabilidade e flexibilidade operacional.

 A elaboração de estudos de avaliar a implantação de um ponto de suprimento


230/138/69kV em Encruzo, para atendimento satisfatório à região Noroeste do
estado do Maranhão.

 Que sejam efetuados estudos para a viabilizar a transformação no nível 138 kV em


Coelho Neto de forma a dar suporte às cargas da região de Chapadinha, Lençóis
Maranhenses e Brejo.

 A realização de estudos de planejamento para a implantação do ponto de


suprimento 230/138/69kV em Balsas, com vistas ao atendimento satisfatório a
região sul do Maranhão.

Programa de Obras
As obras mais importantes para o ciclo 2006/2015 estão apresentadas nas Tabelas 6.2.5.
e 6.2.6, a seguir:

Tabela 6.2.5 – Linhas de Transmissão previstas - ciclo 2006/2015

ORIGEM DESTINO TENSAÕ - KV DATA PREVISTA

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 57
São Luís Renascença 69 2006

Teresina Caxias C2 69 2006


Santa Inês Estaca Trinta 69 2006
Peritoró Derivação 69 2006
Derivação Codó 69 2006
São Luís III São Francisco 69 2007
São Luís III Turú 69 2007
São Luís III Forquilha 69 2007
LT Balsas (Rede Básica) Balsas (CEMAR) 69 2008
LT Encruzo (Rede Básica) Encruzo (CEMAR) 69 2008

Tabela 6.2.6 – Subestações previstas - ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO / TENSÃO DATA PREVISTA

Projeto Rosário 69 kV 2006


Projeto Batavo 69kV 2006
Porto Franco (Remanejamento / Ampliação) 2006
Imperatriz Centro 69/13,8 kV (Ampliação p/ 50MVA (LTC)) 2006
São Francisco 69/13,8kV (Ampliação p/ 50MVA) 2007
Três Marias 138/69kV (Ampliação p/ 80MVA) 2007
Projeto Anapurus 138kV 2007

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 58
6.3 Estado do Tocantins

6.3.1 Rede Básica, Rede Básica de Fronteira e Demais Instalações de


Transmissão

Sistema Elétrico

O atendimento ao estado do Tocantins é feito por instalações da Rede Básica nas


tensões de 500 kV e 230 kV, sendo o principal ponto de suprimento a SE Miracema
500 KV. No nível da subtransmissão o suprimento é feito a partir da SE Porto Franco e da
SE Imperatriz, ambas no estado do Maranhão.

A evolução do mercado para o estado do Tocantins prevista para o ciclo de 2006/2015,


apresentada no Gráfico 6.3.1 abaixo, representa 4,9% do mercado de energia elétrica da
região Norte durante todo o período.

Tocantins

MW 400

350

300

250

200

150

100
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pesada 202.1 218.7 233.4 242.5 259.5 277.6 297.0 317.7 339.9 363.6
Média 185.6 199.4 213.2 221.4 236.9 253.5 271.2 290.0 310.3 332.0
Leve 143.5 148.1 154.4 158.4 166.1 174.2 182.9 192.2 202.1 212.7

Gráfico 6.3.1 – Evolução do Mercado do Tocantins – ciclo 2006/2015

O total de empreendimentos de geração e operação atual no estado do Tocantins é


mostrado na Tabela 6.3.1. A evolução da potência instalada no estado para o ciclo
2006/2015, ilustrada na Gráfico 6.3.2, mostra um crescimento de cerca de 147% no
horizonte decenal.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 59
Tabela 6.3.1 – Empreendimentos de Geração em Operação no Estado do Tocantins

Empreendimentos em Operação
no Estado do Tocantins *

Tipo Quantidade Potência (kW) %

CGH 4 1.540 0,16

PCH 7 34.996 3,61

UHE 2 931.564 96,23

Total 13 968.100 100

MW Evolução da potência instalada - M W


3000 Estado do Tocantins

2500

2000

1500

1000

500

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 6.3.2 – Evolução da Potência Instalada no Estado do Tocantins – ciclo 2006/2015

Análise de Desempenho

• Análise em Regime Normal

Perfil de tensão

*
Informação obtida no site da ANEEL – BIG – Banco de Informação de Geração – Setembro de 2005

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 60
As avaliações a partir dos casos em regime normal de operação não identificaram
problemas com relação ao controle de tensão no sistema de 500 kV do estado do
Tocantins, para os patamares de carga pesada, média e leve. Nestes três patamares de
carga, o perfil de tensão médio observado se encontra dentro dos critérios estabelecidos.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

O único transformador 550/138/13,8 kV da SE Miracema, atinge 80% do seu


carregamento em regime normal em 2010, chegando a 123% no final do horizonte.

Durante todo o período não são observadas violações quanto a limites de carregamento
de linhas e demais transformadores em regime normal de operação no sistema de 500 kV
do estado do Tocantins.

• Análise de Contingências

Perfil de tensão

As avaliações a partir dos casos de referência do Plano Decenal, demonstraram não


haver problemas com relação ao controle de tensão no sistema de 500 kV e 230 kV do
estado do Tocantins, para os patamares carga pesada, média e leve. Nestes três
patamares de carga, o perfil de tensão médio observado se encontra dentro dos critérios
estabelecidos.

Fluxo em linhas de transmissão e transformadores

Durante todo o período não são observadas violações quanto a limites de carregamento
de linhas e transformadores em regime normal de operação no sistema de 500 kV do
estado do Tocantins, com base nos casos de referência do Plano Decenal.

Recomendações

Recomenda-se a realização de estudos para avaliar a ampliação da transformação


550/138/13,8 kV da SE Miracema nos anos 2010 e 2015.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 61
Programa de Obras
As obras mais importantes para o ciclo 2006/2015 estão sumarizadas nas Tabelas 6.3.2 a
6.3.4, abaixo:

Tabela 6.3.2 – Linhas de Transmissão previstas – Rede Básica – ciclo 2006/2015

LINHA DE TRANSMISSÃO EMPRESA/SITUAÇÃO DATA

Colinas / Miracema 500 kV, C3 (trecho Norte-Sul III) já licitada 2008


Miracema / Gurupi 500kV, C3 (trecho Norte-Sul III) já licitada 2008

Tabela 6.3.3 – Subestações previstas – Rede Básica – ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO EQUIPAMENTO DATA

RL – 550 kV - 72,6 MVAr 2007


CE – 550 kV – 200 MVAr 2007
Colinas 550 kV
RB - 550 kV – (3x55) MVAr 2007
RL - 550 kV – (3x55) MVAr 2007
CE – 550 kV – 194 MVAr 2007
RB – 550 kV – (3x55) MVAr 2007
Miracema 550 kV
RL – 550 kV – (3x55) MVAr 2007
RL – 550 kV – (3+1) MVAr 2007

Tabela 6.3.4 – Transformadores de Fronteira previstos – ciclo 2006/2015

SUBESTAÇÃO TRANSFORMADOR DATA

Imperatriz 230/69/13,8 kV 3º TR – (1x100) MVA 2007

Porto Franco – 230/138/13,8 kV 2º AT – (1x100) MVA 2007

0
Miracema 550/138/13,8 kV 2 banco - (3x60) MVA 2010

Colinas 500/138 kV 1º banco – (3x33) MVA 2011

0
Miracema 550/138/13,8 kV 3 banco - (3x60) MVA 2015

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 62
6.3.2 Rede de Distribuição

Área de atuação da CELTINS

A CELTINS atende a todo o estado do Tocantins, numa área de 278.421 km2, dividida em
139 municípios, com mais de 303 mil consumidores cadastrados, beneficiando 986.176
habitantes.

Mercado Previsto

A previsão de cargas para o ciclo de estudos 2006/2015 pode ser observada no Gráfico
6.3.3 onde, em média, o mercado apresenta um crescimento da ordem de 6,7% ao ano
no período decenal.

Mercado CELTINS

400,0
350,0
300,0
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Pesada (MW) 202,2 218,7 233,4 242,5 259,5 277,6 297,0 317,7 339,9 363,7
Média (MW) 185,6 199,3 213,2 221,4 236,9 253,4 271,1 290,0 310,3 332,0
Leve (MW) 143,5 148,1 154,4 158,5 166,1 174,2 182,9 192,1 202,1 212,7

Gráfico 6.3.3 – Evolução do Mercado da CELTINS – ciclo 2006/2015

Sistema Elétrico

O sistema elétrico da CELTINS é composto por 3 regionais: Araguaína, Palmas e


Gurupi, que englobam as regiões descritas a seguir:

• Região Extremo Norte do Estado do Tocantins


A área de influência do Bico do Papagaio abrange 21 municípios (onde se destacam
São Miguel, Axixá, Augustinópolis, Araguatins) e é atendida a partir da SE Imperatriz
230/69 kV da ELETRONORTE (2 transformadores 230/69 kV – 100 MVA –

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 63
compartilhados com a CEMAR), através das LTs 69 kV Imperatriz - São Miguel e São
Miguel - Augustinópolis e Augustinópolis - Araguatins isoladas em 69 kV e
energizadas em 34,5 kV.

• Região Norte do Estado do Tocantins

A área de influência deste sistema abrange 44 municípios (onde se destacam


Araguaína, Tocantinópolis e Nova Olinda) e é atendida a partir da SE Porto Franco
230/138 kV da ELETRONORTE (1 Autotransformador 230/138 kV – 100 MVA –
compartilhado com a CEMAR), através das LTs Porto Franco - Tocantinópolis,
Tocantinópolis - Araguaína e Araguaína - Nova Olinda em 138 kV.

• Região Centro e Sul do Estado do Tocantins

A área de influência deste sistema abrange 74 municípios, onde se destacam: Palmas


(capital do estado), Gurupi, Paraíso, Porto Nacional, Miranorte, Guaraí, Colinas e
Alvorada. É atendida a partir da SE Miracema 500/138 kV, da ELETRONORTE,
através das LTs Miracema - Miranorte, Miranorte - Guaraí, Guaraí - Colinas, Miracema
- Palmas, Palmas - Dianópolis, Miracema - Paraíso, Paraíso - Gurupi e Gurupi –
Alvorada, em 138 kV, e Palmas - Taquaralto e Taquaralto - Porto Nacional em 69 kV.

Análise de desempenho

• Região Extremo Norte do Estado do Tocantins

Esta região é atendida radialmente através da SE Imperatriz da ELETRONORTE de


forma satisfatória.
Caso haja indisponibilidade do referido ponto de suprimento existe a possibilidade de
remanejamento destas cargas para a SE Tocantinópolis através da LT Tocantinópolis -
São Miguel em 69 kV.

• Região Norte do Estado do Tocantins

Esta região é atendida radialmente através da SE Porto Franco da ELETRONORTE.


Caso haja indisponibilidade do referido ponto de suprimento existe a possibilidade de
remanejamento destas cargas para a SE Miracema – ELETRONORTE através das
linhas Nova Olinda - Colinas, Colinas - Guaraí, Guaraí - Miranorte e Miranorte -
Miracema em 138 kV.

O sistema tronco de 138 kV apresentará desempenho satisfatório até 2011, quando


identificasse a necessidade do abaixamento 500/138 kV em Colinas, junto com o
recondutoramento da LT Colinas - Araguaína.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 64
A região de Goiatins, atendida atualmente em 34,5 kV a partir da SE Araguaína I,
necessitará de um sistema que apresente maior capacidade de transmissão a partir do
ano 2009, em virtude da expansão da carga instalada na região, impulsionada pelo
crescimento do cultivo e beneficiamento da soja nesta região. Diante disso, é de
fundamental importância a implantação da LT Colinas - Goiatins, que proporcionará à
região uma significativa melhoria nas condições de atendimento.

A subestação Araguaína I encontra-se distante do centro carga, principalmente da


região central da cidade que tem apresentado um crescimento vegetativo significativo,
aliado a este fato está a necessidade de promover o aumento da confiabilidade,
mediante melhoria na performance dos indicadores de continuidade na Rede de
Distribuição Urbana. Diante do exposto torna-se imprescindível a construção da LT
Araguaína I / Araguaína III.

• Região Centro e Sul do Estado do Tocantins

A SE Palmas V, prevista para o ano de 2008, atenderá ao crescimento das cargas


instaladas na margem esquerda do lago da UHE Luís Eduardo Magalhães.
O setor Taquaralto, região periférica de Palmas, tem apresentado crescimento
significativo nos últimos anos, tendência que continua para os próximos anos. Desta
forma, é de suma importância a repotencialização das LTs Palmas II - Taquaralto e
Taquaralto - Porto Nacional que passarão a operar em 138 kV a partir de 2010, com
troca de condutores.
Corroborando com a justificativa acima exposta está a implantação da SE Palmas III,
no distrito industrial de Palmas, que derivará da LT Palmas II - Taquaralto.
No ano de 2010 está previsto o esgotamento da transformação 138/13,8 kV da SE
Gurupi. Por essa razão será imprescindível a construção da SE Gurupi II, que será
atendida por uma LT em 138 kV vinda da SE Gurupi.

O sistema tronco de 138 kV apresenta desempenho satisfatório para todo o período


em análise.

Recomendações

Recomenda-se:

 A repotencialização das linhas de transmissão Palmas II – Taquaralto e Taquaralto


– Porto Nacional que hoje operam em 69 kV e passariam para 138 kV a partir de
2010, e a implantação da SE Palmas II em 69 kV em 2008, passando a operar em
138 kV a partir de 2009.

 A construção da SE Gurupi II, em 138 kV no ano 2010.

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 65
 A construção dos seguintes empreendimentos:
o LT Araguaína I / Araguaína III, em 138 kV ano ano 2007
o LT Colinas – Goiatins, em 69 kV no ano 2009

Programa de Obras

As obras mais importantes para o ciclo 2006/2015 são descritas nas Tabelas 6.3.5 e
6.3.6, a seguir:

Tabela 6.3.5 – Linhas de Transmissão previstas - ciclo 2006/2015

TENSÃO DATA
ORIGEM DESTINO
(kV) PREVISTA
Araguaína I Araguaína III 138 2007

Colinas Goiatins 138 2009

Taquaralto
Palmas II 138 2009
(Repotencialização)
Porto Nacional
Taquaralto 138 2010
(Repotencialização)
Porto Nacional
Isamu Ikeda III 138 2010
(Repotencialização)

Gurupi Gurupi II 138 2010

Colinas Araguaína (Recondutoramento) 138 2011

Conexão PCHs PROINFA

PCH Areia PCH Água Limpa 138 2006

PCH Água Limpa UHE Agrotrafo-Celtins 138 2006

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 66
Tabela 6.3.5 Subestações previstas - ciclo 2006/2015

DATA
SUBESTAÇÃO / TENSÃO
PREVISTA
Araguaína III 138/13,8 kV 2007
Araguatins 69/34,5 kV 2008
Palmas V 138 / 13,8 kV 2008
*
Palmas III 69/ 13,8 kV 2008
Goiatins 138/34,5 kV 2009
Taquaralto 138 / 13,8 kV 2009
*
Palmas III 138 / 13,8 kV 2010
Porto Nacional 138 / 13,8 kV 2010
Monte do Carmo 138 / 13,8 kV 2010
Gurupi II 2010

*
Operando em 69 KV
*
Operando em 69 KV

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 67
7. Sistema de Transmissão Existente
7.1 Sistema de Transmissão Existente – Rede Básica

CAPACITORES "SHUNT" EXISTENTES


TENSÃO CAPACIDADE
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO
(kV) (Mvar)
Utinga 230 Barramento 110
Vila do Conde 230 Barramento 440
Tucuruí-Vila 13,8 Barramento 3
ELETRONORTE São Luís II 230 Barramento 234,1
Peritoró 69 Barramento 10,2
Refinaria (Alumar) 13,8 Barramento 24
Redução (Alumar) 230 Barramento 180

TOTAL 1001,3

TIPO
F - Fixo
M - Manobrável
D - Desligado

COMPENSADORES EXISTENTES (Mvar)


TENSÃO MÍN. MÁX.
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO TIPO
(kV) (Mvar) (Mvar)
Vila do Conde 13,8 Trafo I 230/13,8 kV S -90 150
Vila do Conde 13,8 Trafo II 230/13,8 kV S -90 150
Marabá 13,8 Trafo 230/13,8 kV S -90 150
Imperatriz 13,8 Trafo 230/13,8/13,8 kV S -70 100
Trafo I 230/13,8/13,8
ELETRONORTE Imperatriz 13,8 kV S -70 100
Trafo II 230/13,8/13,8
Imperatriz 13,8 kV S -70 100
Presidente
Dutra 13,8 Trafo 230/13,8/13,8 kV S -70 100
Presidente
Dutra 13,8 Trafo 230/13,8/13,8 kV S -70 100

TOTAL -620 950

TIPO
S – Síncrono
E – Estático

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 68
REATORES EXISTENTES
TENSÃO CAPACIDADE
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO TIPO
(kV) (Mvar)
Vila do Conde 525 LT p/ Tucuruí C1 F 180,0
Altamira 230 LT p/ Transamazônica (tap) F 30,0
Transamazônica (tap) 230 LT p/ Altamira F 30,0
Rurópolis 230 LT p/ Transamazônica (tap) F 30,0
Rurópolis 230 LT p/ Transamazônica (tap) M 30,0
Marabá 525 LT p/ Tucuruí C1 F 150,0
Marabá 525 LT p/ Tucuruí C2 F 150,0
Marabá 525 LT p/ Tucuruí C3 F 150,0
Marabá 525 LT p/ Tucuruí C4 F 150,0
Marabá 525 LT p/ Imperatriz C1 F 150,0
Marabá 525 LT p/ Imperatriz C2 F 150,0
Imperatriz 500 Barramento M 136,0
Imperatriz 500 Barramento M 136,0
Imperatriz 500 LT p/ Marabá C1 F 150,0
Imperatriz 500 LT p/ Marabá C2 F 150,0
Imperatriz 500 LT p/ Presidente Dutra C1 F 136,0
Imperatriz 500 LT p/ Presidente Dutra C2 F 136,0
Imperatriz 500 LT p/ Colinas C1 F 136,0
Miracema 550 Barramento M 165,0
ELETRONORTE
Miracema 550 LT p/ Colinas C1 F 165,0
Miracema 550 LT p/ Gurupi C2 F 165,0
Colinas 550 Barramento M 165,0
Colinas 550 LT p/ Imperatriz C1 F 330,0
Presidente Dutra 500 Barramento M 165,0
Presidente Dutra 500 Barramento M 150,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Imperatriz C1 F 150,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Imperatriz C2 F 136,0
Presidente Dutra 500 LT p/ São Luís II C1 F 136,0
Presidente Dutra 500 LT p/ São Luís II C2 F 136,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Teresina C1 F 136,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Teresina C2 F 136,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Boa Esperança F 150,0
São Luís II 500 Barramento M 136,0
São Luís II 500 LT p/ Presidente Dutra C1 F 100,0
São Luís II 500 LT p/ Presidente Dutra C2 F 100,0
Miranda II 230 Barramento M 20,0
Peritoró 230 LT p/ Coelho Neto M 10,0
Coelho Neto 230 LT p/ Peritoró F 5,0

TOTAL 4835,8

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 69
REATORES EXISTENTES
TENSÃO CAPACIDADE
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO TIPO
(kV) (Mvar)
Açailândia 500 Barramento M 180,0
Açailândia 500 LT p/ Marabá C1 F 100,0
EATE
Açailândia 500 LT p/ Presidente Dutra C1 F 180,0
Presidente Dutra 500 LT p/ Açailândia F 180,0
TOTAL 640,0

TENSÃO CAPACIDADE
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO TIPO
(kV) (Mvar)
Imperatriz 500 LT p/ Colinas C2 F 136,0
Miracema 550 LT p/ Colinas C2 F 165,0
NOVATRANS
Miracema 550 LT p/ Gurupi C1 F 165,0
Colinas 550 LT p/ Imperatriz C2 F 330,0
TOTAL 796,0

TENSÃO CAPACIDADE
EMPRESA SUBESTAÇÃO LOCALIZAÇÃO TIPO
(kV) (Mvar)
EPTE Vila do Conde 525 LT p/ Tucuruí C2 F 180,0
TOTAL 180,0

TIPO
F - Fixo
M - Manobrável
D - Desligado

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 70
8. Evolução do Sistema de Transmissão no Período 2006/2015

ELETRONORTE/REDE BÁSICA

Evolução do Sistema de Transmissão


Linhas de Transmissão ─ Período 2006/2015 (Km)

TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
500,0 5377,0 329,0 1403,0 0 210,0 0 491,0 2944,0 0 0 0
230,0 1538,0 78,0 672,0 0 0 110,0 0 678,0 0 0 0
34,5 25,0 0 0 25,0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 6940,0 407,0 2075,0 25,0 210,0 110,0 491,0 3622,0 0 0 0

Evolução do Sistema de Transmissão


Subestações – Período 2006/2015

TRANSFORMADORES (MVA)
TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
230,0 3050,0 800,0 1050,0 100,0 150,0 0 0 950,0 0 0 0
69,0 20,0 20,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 3070,0 820,0 1050,0 100,0 150,0 0 0 950,0 0 0 0

AUTOTRANSFORMADORES (MVA)
TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
500,0 7300,0 450,0 1150,0 0 600,0 0 0 3600,0 1500,0 0 0
230,0 400,0 0 200,0 0 0 200,0 0 0 0 0 0
TOTAL 7700,0 450,0 1350,0 0 600,0 200,0 0 3600,0 1500,0 0 0

CAPACITORES SHUNT (MVAR)


Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
230,0 220,0 0 140,0 0 0 0 0 80,0 0 0 0
TOTAL 220,0 0 140,0 0 0 0 0 80,0 0 0 0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 71
CELPA

Evolução do Sistema de Transmissão


Linhas de Transmissão ─ Período 2006/2015 (Km)

TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
138,0 1615,0 130,0 246,0 90,0 0 0 0 0 0 560,0 589,0
69,0 232,0 185,0 0 0 7,0 31,0 9,0 0 0 0 0
TOTAL 1847,0 315,0 246,0 90,0 7,0 31,0 9,0 0 0 560,0 589,0

Evolução do Sistema de Transmissão


Subestações – Período 2006/2015

AUTOTRANSFORMADORES (MVA)
Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
138,0 80,0 40,0 0 0 0 0 0 0 40,0 0 80,0

TOTAL 80,0 40,0 0 0 0 0 0 0 40,0 0 80,0

CAPACITORES SHUNT (MVAR)


Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
34,5 6,6 5,4 0,6 0 0 0 0 0,6 0 0 0

13,8 127,8 100,8 10,8 2,4 0 0 4,8 0 9,0 0 0

TOTAL 134,4 106,2 11,4 2,4 0 0 4,8 0,6 9,0 0 0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 72
CEMAR

Evolução do Sistema de Transmissão


Linhas de Transmissão ─ Período 2006/2015 (Km)

TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
138,0 378,8 0 222 0 0 0 0 0 0 156,8 0
69,0 1.041,70 317,98 185,95 146 23,0 40,5 255,4 72,87 0 0 0
34,5 790,83 390,43 0 101,40 45,0 60 64 130 0 0 0
TOTAL 2.211,33 708,41 407,95 247,40 68,0 100,5 319,40 202,87 0 156,8 0

Evolução do Sistema de Transmissão


Subestações – Período 2006/2015

TRANSFORMADORES (MVA)
TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
69,0 772,5 167,50 172,50 51,25 76,25 111,25 101,25 35,00 50,00 0 7,50

34,5 70,25 30,75 2,50 3,25 8,25 12,25 0 10,00 3,25 0 0

TOTAL 842,25 198,25 175 54,50 84,50 123,50 101,25 45,00 53,25 0 7,50

AUTOTRANSFORMADORES (MVA)
Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
138,0 80,0 0 40,0 0 0 0 0 0 0 40,0 0

TOTAL 80,0 0 40,0 0 0 0 0 0 0 40,0 0

CAPACITORES SHUNT (MVAR)


Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
34,5 6,6 5,4 0,6 0 0 0 0 0,6 0 0 0

13,8 127,8 100,8 10,8 2,4 0 0 4,8 0 9,0 0 0

TOTAL 134,4 106,2 11,4 2,4 0 0 4,8 0,6 9,0 0 0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 73
CELTINS

Evolução do Sistema de Transmissão


Linhas de Transmissão ─ Período 2006/2015 (Km)

TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
138,0 181,0 0 13,0 155,0 0 2,0 11,0 0 0 0 0
TOTAL 181,0 0 13,0 155,0 0 2,0 11,0 0 0 0 0

Evolução do Sistema de Transmissão


Subestações – Período 2006/2015

TRANSFORMADORES (MVA)
TENSÃO Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
(KV) Adicionado
138,0 52,5 0 10,0 7,5 10,0 25,0 0 0 0 0 0

69,0 7,5 0 0 7,5 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 60,0 0 10,0 15,0 10,0 25,0 0 0 0 0 0

AUTOTRANSFORMADORES (MVA)
Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
138,0 100,0 0 0 0 0 0 100,0 0 0 0 0

TOTAL 100,0 0 0 0 0 0 100,0 0 0 0 0

CAPACITORES SHUNT (MVAR)


Total
TENSÃO (KV) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Adicionado
13,8 20,0 0 0 0 20,0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 20,0 0 0 0 20,0 0 0 0 0 0 0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 74
9. Sistema de Transmissão Previsto para o período 2006-2015

TOTAL DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ADICIONADAS AO SISTEMA

Período 2006/2015 (km)

EMPRESA 500 KV 230 KV 138 KV 69 KV 34,5 KV


CELPA 0 0 1615,0 232,0 0
CELTINS 0 0 181,0 0 0
CEMAR 0 0 378,8 1041,7 790,83
ELETRONORTE/REDE
5377,0 1538,0 0 0 25,0
BÁSICA
TOTAL 5377,0 1538,0 2174,8 1273,7 815,83

TOTAL DA CAPACIDADE EM SUBESTAÇÕES ADICIONADAS AO SISTEMA

Período 2006/2015 (MVA)

EMPRESA 500 KV 230 KV 138 KV 69 KV 34,5 KV

CELPA 0 0 80,0 0 0
CELTINS 0 0 152,5 7,5 0
CEMAR 0 0 80,0 772,5 70,25
ELETRONORTE/REDE
7300,0 3450,0 0 20,0 0
BÁSICA
TOTAL 7300,0 3450,0 312,5 800,0 70,25

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 75
10. Equipe de Trabalho

David Lobo Sigismondi – Grupo Rede (CELTINS)

Francisco Silvio Vilela da Silva – ELETRONORTE

Laura Silvia Bahiense da Silva Leite – EPE

Maria de Fátima de Carvalho Gama – EPE

Marinete da Rocha Quintanilha – ELETRONORTE

Marise Alves Franco de Sá - CEMAR

Richard Lester Damas Paixão – ELETRONORTE / Marte Engenharia;

Roberto Luis Magalhães Rocha - EPE

Thais Sampaio Bandeira – Grupo Rede (CELPA)

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 76
ANEXO I : PLANO DE GERAÇÃO DE REFERÊNCIA

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 77
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
BALBINA jan/12 50.0
jan/12 50.0
jan/12 50.0
jan/12 50.0
jan/12 50.0
SAMUEL jan/08 43.2
jan/08 43.2
jan/08 43.2
jan/08 43.2
jan/08 43.2
SAO MIGUEL mar/12 20.3
jun/12 20.3
set/12 20.4
CORUMBA III mar/08 46.8
abr/08 46.8
OLHOS DAGU ago/08 16.5
nov/08 16.5
ESPORA fev/06 10.7
mar/06 10.7
abr/06 10.6
SERRA FACAO nov/08 106.3
jan/09 106.3
BAR COQUEI out/08 30.0
nov/08 30.0
dez/08 30.0
C. BRANCO 1 fev/06 80.0
abr/06 80.0
jun/06 80.0
C. BRANCO 2 jan/07 70.0
fev/07 70.0
abr/07 70.0
CORUMBA IV jan/06 63.5
abr/06 63.5
MARABA jan/12 120.0
abr/12 120.0
jul/12 120.0
out/12 120.0
jan/13 120.0
abr/13 120.0
jul/13 120.0
out/13 120.0
jan/14 120.0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 78
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
MARABÁ (cont.) abr/14 120.0
jul/14 120.0
out/14 120.0
jan/15 120.0
abr/15 120.0
jul/15 120.0
out/15 120.0
CEBOLAO jun/11 76.0
set/11 76.0
P. GALEANO set/12 69.5
dez/12 69.5
NOVO ACORDO ago/12 40.0
nov/12 40.0
fev/13 40.0
mai/13 40.0
CACU out/08 21.7
nov/08 21.7
dez/08 21.6
MARANHAO.BAI jan/12 41.6
abr/12 41.7
jul/12 41.7
TELEM BORB ago/10 60.0
nov/10 60.0
MAUA set/10 129.3
dez/10 129.3
mar/11 129.3
JATAIZINHO jun/12 77.5
set/12 77.5

FOZ RCLARO ago/11 33.5


nov/11 33.5
ITAIPU.BINAC jan/06 700.0
jan/06 700.0
ITAGUACU ago/10 65.0
nov/10 65.0
RETIRO BAIXO ago/09 41.0
nov/09 41.0
SALTO dez/08 54.0
mar/09 54.0
S.R.VERDINHO dez/08 46.5
mar/09 46.5
TUCANO abr/13 78.5
jul/13 78.5

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 79
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
PAULISTAS out/09 40.5
mar/10 40.5
PEIXE ANGICA jun/06 150.7
ago/06 150.7
nov/06 150.6
S.SALVADOR out/10 80.3
nov/10 80.3
dez/10 80.4
MIRADOR out/11 40.0
jan/12 40.0
STA CLARA JO set/05 60.0
out/05 60.0
FUNDAO jul/06 60.0
out/06 60.0
BARRA GRANDE nov/05 230.0
fev/06 230.0
mai/06 230.0
PASSO S.JOAO out/11 25.7
jan/12 25.7
abr/12 25.6
SAO JOSE jul/11 15.0
out/11 15.0
jan/12 15.0
CAMPOS NOVOS fev/06 293.3
mai/06 293.3
ago/06 293.4
MONJOLINHO ago/08 33.5
out/08 33.5
TORIXOREU jan/13 102.0
abr/13 102.0
jul/13 102.0
out/13 102.0
CASTRO ALVES set/07 43.3
nov/07 43.3
jan/08 43.4
MONTE CLARO jan/06 65.0
14 DE JULHO mar/08 50.0
mai/08 50.0
AGUA LIMPA fev/13 160.0
mai/13 160.0
FOZCHAPECO jan/10 213.7
abr/10 213.7
jul/10 213.8

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 80
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
FOZCHAPECÓ (cont.) out/10 213.8
TORICOEJO... mai/12 38.0
ago/12 38.0
PICADA set/05 25.0
out/05 25.0
SIMPLICIO out/11 101.9
jan/12 101.9
abr/12 101.9
BAU I mar/10 36.6
mai/10 36.7
jul/10 36.7
BARRA BRAUNA mar/08 13.0
abr/08 13.0
mai/08 13.0
BAGUARI ago/10 35.0
nov/10 35.0
fev/11 35.0
mai/11 35.0
AIMORES ago/05 110.0
ago/05 110.0
ago/05 110.0
IRAPE....... mar/06 120.0
mai/06 120.0
jul/06 120.0
MURTA mar/09 40.0
mai/09 40.0
jul/09 40.0
TRAIRA II mar/12 20.0
jun/12 20.0
set/12 20.0
SALTO PILAO jul/08 91.1
set/08 91.2
OURINHOS set/05 14.6
set/05 14.7
set/06 14.7
S.QUEBRADA ago/12 166.0
nov/12 166.0
fev/13 166.0
mai/13 166.0
ago/13 166.0
nov/13 166.0
fev/14 166.0
mai/14 166.0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 81
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
ESTREITO.TOC ago/09 120.8
nov/09 120.8
fev/10 120.8
mai/10 120.8
ago/10 120.8
nov/10 120.8
fev/11 120.8
mai/11 120.7
ago/11 120.7
TUCURUI 1/2. jun/05 375.0
set/05 375.0
fev/06 375.0
jun/06 375.0
set/06 375.0
PONTE PEDRA. set/05 58.7
set/05 58.7
out/05 58.6
jan/13 550.0
BELO MONTE abr/13 550.0
jul/13 550.0
out/13 550.0
jan/14 550.0
abr/14 550.0
jul/14 550.0
out/14 550.0
jan/15 550.0
abr/15 550.0
DARDANELOS set/10 58.0
dez/10 58.0
mar/11 58.0
jun/11 58.0
set/11 29.0
B.MONTE COMP jan/11 25.9
mar/11 25.9
mai/11 25.9
jul/11 25.9
set/11 25.9
nov/11 25.9
jan/12 25.9
SAO JOAO mar/09 30.0
jun/09 30.0
CACHOEIRINHA mar/09 22.5
jun/09 22.5

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 82
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
S.GDE CHOPIM ago/09 17.8
nov/09 17.8
fev/10 17.8
V.GDE CHOPIM mar/12 18.2
mai/12 18.2
jul/12 18.3
PARANHOS mar/12 31.3
jun/12 31.3
IPUEIRAS ago/11 120.0
nov/11 120.0
fev/12 120.0
mai/12 120.0
TUPIRATINS mar/13 103.3
jun/13 103.3
set/13 103.3
dez/13 103.3
mar/14 103.3
jun/14 103.4
JIRAU jan/11 75.0
jan/11 75.0
abr/11 75.0
abr/11 75.0
abr/11 75.0
abr/11 75.0
jul/11 75.0
jul/11 75.0
jul/11 75.0
jul/11 75.0
out/11 75.0
out/11 75.0
out/11 75.0
out/11 75.0
jan/12 75.0
jan/12 75.0
jan/12 75.0
jan/12 75.0
abr/12 75.0
abr/12 75.0
abr/12 75.0
abr/12 75.0
jul/12 75.0
jul/12 75.0
jul/12 75.0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 83
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
JIRAU (cont.) jul/12 75.0
out/12 75.0
out/12 75.0
out/12 75.0
out/12 75.0
jan/13 75.0
jan/13 75.0
jan/13 75.0
jan/13 75.0
abr/13 75.0
abr/13 75.0
abr/13 75.0
abr/13 75.0
jul/13 75.0
jul/13 75.0
jul/13 75.0
jul/13 75.0
out/13 75.0
out/13 75.0
jan/12 71.6
STO ANTONIO jan/12 71.6
abr/12 71.6
abr/12 71.6
abr/12 71.6
abr/12 71.6
jul/12 71.6
jul/12 71.6
jul/12 71.6
jul/12 71.6
out/12 71.6
out/12 71.6
out/12 71.6
out/12 71.6
jan/13 71.6
jan/13 71.6
jan/13 71.6
jan/13 71.6
abr/13 71.6
abr/13 71.6
abr/13 71.6
abr/13 71.6
jul/13 71.6
jul/13 71.6

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 84
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
jul/13 71.6
STO ANTONIO (cont.) jul/13 71.6
out/13 71.6
out/13 71.6
out/13 71.6
out/13 71.6
jan/14 71.6
jan/14 71.6
jan/14 71.6
jan/14 71.6
abr/14 71.6
abr/14 71.6
abr/14 71.6
abr/14 71.6
jul/14 71.6
jul/14 71.6
jul/14 71.6
jul/14 71.6
out/14 71.6
out/14 71.6
CACHOEIRAO jun/12 16.0
set/12 16.0
dez/12 16.0
mar/13 16.0
BURITI QUEIM jan/12 35.5
abr/12 35.5
jul/12 35.5
out/12 35.5
RIBEIRO GONC mai/12 36.5
ago/12 36.5
URUCUI mai/12 82.0
ago/12 82.0
CASTELHANO jun/11 48.0
set/11 48.0
RIACHO SECO nov/11 30.0
fev/12 30.0
mai/12 30.0
ago/12 30.0
nov/12 30.0
fev/13 30.0
mai/13 30.0
ago/13 30.0
PEDRA BRANCA jan/11 40.0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 85
Ciclo 2006/2015
Referência: Reunião DMSE de 14/07/2005
NOME DATA DE ENTRADA POTÊNCIA (MW)
PEDRA BRANCA (cont.) abr/11 40.0
jul/11 40.0
out/11 40.0
jan/12 40.0
abr/12 40.0
jul/12 40.0
out/12 40.0
BARRA POMBA set/09 40.0
dez/09 40.0
CAMBUCI ago/09 25.0
nov/09 25.0
BAIXO IGUACU jan/11 85.0
abr/11 85.0
jul/11 85.0
out/12 85.0
SAO ROQUE mar/11 71.3
jun/11 71.3
set/11 71.4
GARIBALDI jan/11 50.0
abr/11 50.0
jul/11 50.0
JURUENA jul/12 11.5
out/12 11.5
jan/13 11.5
abr/13 11.5
PORTEIRAS jan/11 21.5
abr/11 21.5
jul/11 21.5
out/11 21.5
CACHOEIRA jun/11 46.5
set/11 46.5
ESTR. PARN. jun/12 43.0
set/12 43.0
ITAPIRANGA abr/11 145.0
jul/11 145.0
out/11 145.0
jan/12 145.0

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 86
ANEXO II: MAPAS ELETROGEOGRÁFICOS

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 87
1 – Sistema ELETRONORTE

Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 88
Estudos do Plano Decenal da Expansão do Setor Elétrico – Subsistema Norte – ciclo 2006/2015 89
2 – Sistema CELPA

Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 90


Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 91
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 92
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 93
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 94
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 95
3 – Sistema CEMAR

Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 96


Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 97
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 98
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 99
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 100
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 101
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 102
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 103
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 104
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 105
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 106
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 107
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 108
Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 109
4 - Sistema CELTINS

Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 110


LEG END
,A

P A LM A S

Plano Decenal da Expansão da Transmissão - 2006/2015 - Vol I 111

You might also like