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UNIVERSIDADE WUTIVI

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso: Engenharia de Minas


Cadeira: Mineração especifica
Ano: 3º
Laboral

TEMA: pedra de Namaacha

Discentes:
 Naftal

Docente:

Boane, Marco de 2018


Índice
1. Introducao ................................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos......................................................................................................................... 4

1.1.1. Geral ............................................................................................................................. 4

1.1.2. Específicos .................................................................................................................... 4

1.2. Localização, superfície e população................................................................................. 4

1.2.1. Clima e relevo ........................................................................................................... 5

1.2.2. Solos ambientes e recursos naturais .......................................................................... 6

1.2.3. Infraestruturas e serviços .......................................................................................... 7

1.2.4. Economia .................................................................................................................. 8

2. Enquadramento geologico ....................................................................................................... 9

2.1. Geologia regional ............................................................................................................. 9

2.1.1. Cretácio ..................................................................................................................... 9

2.1.2. Terciário .................................................................................................................... 9

2.1.3. Quaternário ............................................................................................................... 9

2.2. Geologia local ................................................................................................................ 10

2.3. Tufos Ingnimbríticos de Namaacha ............................................................................... 11

3. Método de pesquisa dos tufos ................................................................................................ 13

4. Método de mineração ............................................................................................................ 14

4.1. Mão-de-obra e distribuição de activiades....................................................................... 15

4.2. Processo de mineração ................................................................................................... 15

5. Instrumentos utilizados pelos mineradores............................................................................ 18

5.1. Picareta ........................................................................................................................... 18

5.2. Martelo e escopro ........................................................................................................... 19

5.3. Pá .................................................................................................................................... 19
5.4. Alavancas ....................................................................................................................... 20

5.5. Carrinha-de-mão............................................................................................................. 20

7. Impacto ambiental causado pela exploração dos tufos ingnimbríticos de Namaacha ........... 23

7.1. Impacto ambiental causado pela exploração .................................................................. 24

7.1.1. Impactos sobre recursos hídricos ............................................................................ 24

7.2. Impacto sobre Recursos terrestres .................................................................................. 26

7.2.1. Alteração física do meio ......................................................................................... 26

7.2.2. Erosão dos solos ...................................................................................................... 26

7.3. Impacto sobre qualidade do ar ....................................................................................... 26

7.3.1. Partículas/poeras ......................................................................................................... 27

7.4. Impactos sociais da mineração ....................................................................................... 27

7.4.1. Saúde ambiental ...................................................................................................... 27

7.4.2. Saúde e segurança no trabalho ................................................................................ 28

8. Conclusão .............................................................................................................................. 29

Referência bibliográfica ................................................................................................................ 30

Índice de figuas
Figure 1. localização do distrito (Fonte própria) ............................................................................ 5
Figure 2. Geologia local da área de estudo ( fonte própria).......................................................... 11
Figure 3. Pedra da Namaacha ( fonte google)............................................................................... 12
Figure 4. face de uma mina podendo ser observado no topo a parte meteorizada que constitui rejeito
do processo de mineração ............................................................................................................. 16
Figure 5. Fragilização dos blocos com a ajuda do martelo e escopro........................................... 17
Figure 6. picareta ( fonte: google)................................................................................................. 18
Figure 7. Martelo e Escopro (fonte: Google) ................................................................................ 19
Figure 8. pá ( fonte: google) ......................................................................................................... 20
Figure 9. Alavanca( fonte: google) ............................................................................................... 20
Figure 10. Carrinha-de-mão ( fonte google) ................................................................................. 21
Figure 11. aplicação da pedra de Namaacha na arquitetura e construção ( fonte: Google) .......... 22
Figure 12. Tufos processados industrialmente usados como decoração (fonte: Google) ............. 23
Figure 13. Concentração da água da chuva resultante da mineração (fonte: Google) .................. 25
1. Introducao
Os problemas ambientais criaram um crescente interesse nos últimos tempos, pela importância
que é dada à gestão racional e preservação de recursos e tornaram necessários aprofundar o
conhecimento dos efeitos negativos produzidos sobre o ambiente pelas actividades humanas, com
a finalidade de prevenir ou, pelo menos reduzir o seu impacto.

Foi feito um estudo sobre os métodos de pesquisa, exploração e a avaliação do impacto ambiental
a exploração da pedra de Namaacha, estes que são rochas resultantes da deposição das cinzas
vulcânicas libertadas durante o vulcanismo do Karoo, este vulcanismo é essencialmente do tipo
fissural e explosivo e, é também responsável pelo derrame de mantos basálticos alternados com
riólitos.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
_ Estudar os tufos ignimbritos ou placas riólitos de Namaacha.
1.1.2. Específicos
_ Conhecer o método de mineração;
_ Conhecer o método usado para pesquisa;
_ Equipamentos utlizados pelos garimpeiros de Namaacha;
_ Conhecer o método de extração e transporte;
_ Método de tratamento e a sua comercialização;
_ Conhecer o Impacto ambiental e dar o seu parecer sobre as medidas de mitigação;

1.2. Localização, superfície e população

O distrito de Namaacha, a 76 Km da cidade de Maputo, situa-se a sudoeste da Província de Maputo,


fazendo fronteira a Oeste com a República da África do Sul e o reino da Suazilândia, a Norte com
o Distrito de Moamba, a Este com o Distrito de Boane e a Sul com o Distrito de Matutuíne.

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Figure 1. localização do distrito (Fonte própria)

Com uma superfície1 de 2.156 km2 e uma população recenseada em 2007 de 42 mil habitantes e
estimada à data de 1/7/2012 em cerca de 48 mil habitantes, o distrito da Namaacha tem uma
densidade populacional de 22,3 hab/km2. Prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 57
mil habitantes.
A relação de dependência económica é de aproximadamente 1:1.3, isto é, por cada 10 crianças ou
anciões existem 13 pessoas em idade activa. A população é jovem (41%, abaixo dos 15 anos de
idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 97%) e de matriz rural (taxa de
urbanização de 30%, concentrada na Vila da Namaacha e zonas periféricas).

1.2.1. Clima e relevo


De acordo com a classificação Köppen, o clima de Namaacha é Tropical Húmido (AW),
modificado pela altitude. A Norte e Leste, o clima é “Seco de Estepe (BS)”.

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Predominam 2 estações: a quente e de pluviosidade elevada, entre Outubro e Abril; e a fresca e
seca, entre Abril a Setembro.
O clima é ameno, com uma temperatura média anual de 21° C e a precipitação média anual é de
751.1 mm (751 mm em Goba, 680 mm em Changalane), ocorrendo cerca de 60% desta
precipitação entre Novembro e Março.
O distrito pode ser dividido de acordo com as seguintes unidades geomorfológicas:
_ Terras altas – o Complexo da Cadeia dos Libombos;
_ Planaltos médios – adjacentes ao primeiro;
_ Encostas;
_ Pequenas planícies de 100 – 200 m nos vales aluvionares ao longo dos rios.
É marcado pela cordilheira dos Libombos, que se estende no sentido Norte-Sul, tendo o seu ponto
mais alto a cerca de 800 m, no monte Mponduíne.
A superfície de aplanação desce para Leste, com vários rios a cortar as montanhas no sentido
Oeste-Este. Nestas superfícies os solos são basálticos avermelhados e pretos com profundidades
variáveis.

1.2.2. Solos ambientes e recursos naturais


Em 2011 procedeu-se ao lançamento de Plano de Estrutura Urbana (PEU) da zona Municipal da
Namaacha e o Plano Distrital de Uso de Terra (PDUT) em coordenação entre CMVN e o Governo
Distrital.
Os solos do distrito são maio
ritariamente rochosos, e se caracterizam por uma fraca capacidade de retenção de água. Nas regiões
de planícies aluvionares à margem dos rios e ao sopé da cordilheira dos Libombos existem solos
argilosos e muito férteis e com boa capacidade de retenção de água.
O distrito debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido a desmatação e queimadas
descontroladas que se verificam em todo o distrito causados por caça furtiva, fabrico de carvão,
machambas e fogo posto.
Os principais rios do distrito são: Movene, Mabenga, Impaputo, Umbeluzi, Changalane e outros
de caudal periódico. O caudal máximo desses rios ocorre entre os meses de Novembro e Março
enquanto o caudal mínimo ocorre entre os meses de Julho a Outubro.

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Na albufeira dos Pequenos Libombos e ao longo do rio Umbeluzi pratica-se a pesca artesanal para
a dieta alimentar das famílias e nalguns casos para o mercado local.
O distrito apresenta uma vegetação do tipo savana e floresta rica em diversidade de plantas
medicinais bem como árvores que fornecem madeira, estacas e lenha para a produção de carvão e
esculturas.
A fauna bravia do distrito é constituída predominantemente por animais de pequeno e médio porte
tais como: coelhos, galinhas do mato, zebras, antílopes, macacos, jibóias, crocodilos, hipopótamos
e javalis.
O distrito possui uma diversidade de rochas na cadeia dos Libombos donde se extrai pedras, areias,
barro e cal. As empresas de extracção mineira existentes no distrito são: Bentonite, CMC na
Localidade de Mafuiane; Riolito, Tijoleira na Localidade de Impaputo; Tâmega na Localidade de
Matsequenha.

1.2.3. Infraestruturas e serviços


O distrito de Namaacha é atravessado pela EN2, que dá acesso à Suazilândia e permite também a
ligação directa com as cidades de Maputo e Matola e a vila de Boane, e mais cerca de 166 Km de
vias classificadas como principais, secundárias e terciárias.
O transporte rodoviário de passageiros é assegurado por autocarros e os chamados chapas. A linha
férrea que liga Boane a Goba assegura também o transporte de carga e passageiros, com ligação à
Suazilândia.
O distrito da Namaacha conta com 40 estabelecimentos de ensino em 2011 (17 do EP1, 17 do EP2,
3 do ESG I e 1 do ESG II, o Instituto Superior de Educação e Tecnologia e o Instituto de Formação
de Professores), que são frequentados por 13 mil estudantes. Existem ainda 7 Centros de
Alfabetização de Adultos. A taxa de analfabetismo é de 33%.
A população do distrito é servida por 4 médicos em 8 unidades sanitárias: 7 Centros de saúde (com
maternidade e 65 camas para internamento) e 1 Posto de saúde.
Em termos de telecomunicações, o distrito da Namaacha conta com ligações telefónicas fixa e
móvel, telegráficas e via rádio. O acesso à Internet pode ser efectuado nas zonas servidas por rede
fixa e móvel de telecomunicações, existindo também uma delegação dos Correios de Moçambique.
O abastecimento de água no distrito é insuficiente. Existem 47 fontes de abastecimento de água
dispersas operacionais que cobrem 60% da população. Em algumas zonas, as fontes melhoradas

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mais próximas encontram-se entre dezoito a trinta quilómetros de distância. Existem 5 pequenos
sistemas de abastecimento de água (Vila, Mafuiane, Changalane, Goba e Michangalene) que tem
tido problemas operacionais.
A vila de Namaacha e o Posto Administrativo de Changalane têm fornecimento de energia
assegurado pela rede da EDM.
Em geral, o estado geral de conservação e manutenção das infra-estruturas não é o desejável,
devendo esta área ser priorizada na gestão distrital e na afectação de recursos ao nível provincial.

1.2.4. Economia
A agricultura é a base da economia distrital, tendo como principais culturas as hortícolas, milho,
amendoim, feijões, batata-doce, banana e mandioca. As espécies de gado predominantes são os
bovinos, cabritos, ovelhas, galinhas, patos e porcos, destinadas para o consumo familiar e
comercialização.
O Distrito da Namaacha seleccionou 3 vectores de desenvolvimento num leque de vários
produtos/serviços a destacar: Fruticultura, Hortícolas e Avicultura.
Afectado pela excessiva procura de terrenos proveniente da cidade de Maputo, a Namaacha tem
sido palco de vários conflitos ligados à posse da terra.
A região beneficia de uma boa integração de mercado e de possibilidades de acesso a actividades
não agrícolas geradoras de rendimento, nomeadamente as remessas dos emigrantes na África do
Sul e na Suazilândia, o comércio informal e de fronteira, o fabrico de sabão e a venda de lenha,
carvão, bebidas alcoólicas e produtos de olaria.
O distrito de Namaacha debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido aos
incêndios ateados pelas populações locais.
Além do produto da caça, o peixe, oriundo dos rios, é também um componente importante da dieta
alimentar das famílias de Namaacha.
A proximidade do distrito de Namaacha de Maputo e de distritos da província com actividade
comercial significativa, bem como dos países vizinhos da Suazilândia e da África do Sul, contribui
para uma actividade comercial bastante activa.

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2. Enquadramento geológico
2.1. Geológia regional

Do ponto de vista geologico, a área de estudo faz parte do distrito de Namaacha que insere-se na
bacia sedimentar de Moçambique, sul do Save. O preenchimento da bacia por sedimentos teve o
seu inicio no Cretácio e foi acompanhado por transgressões e regressões provocadas por
variações climáticas e por movimentos verticais que resultam na formação de uma serie de
grabenscom orientação N-S ( pinna, et al, 1987).
A base da bacia é caracterizada por lavras basálticas e rioliicas do Karoo. A tabela 1, mostra o
resumo da geologia do Sul do Save.

2.1.1. Cretácio

O Cretácio em moçambique é caracterizado por uma activiadade vulcânica bimodal (ácida –


básica) por carbonatitos, Kimberlitos e lavas alcalinas (afoso, 19980. O Cretácio também possui
outras formas de ocorrência, que são compostas de grés-calcareo glauconitico, grés
conglomerático com calhaus, magras negras saliniferas e argilas.

2.1.2. Terciário

É caracterizado por activiadade vulcanca do tipo fissural ao longo da depressão tectónica de Chire-
Zangué-Urema e ao longo do moniclino da Namaacha. O Terciario também possui outras formas
de ocorrência, tais como formações de salamanga, jofane é mazamba, que são constituídas por
calcário glauconítico, grés calcário, grés glauconítico, grés ferruginoso, margas e areais grosseiras
de base conlglomerática. Este ocorre nas províncias de Maputo, Inhambane e Sofala.

2.1.3. Quaternário

Este período é caracterizado por intensos movimentos eustáticos e redeposições transgressivas de


areias, por duas de regressão, terraços do rios e por formas geomorfologia actuasis, como são os
casos de estuários, planícies costeiras dunas interiores e costeiras e pela actual linha de costa. Esta
feições geomorfológiacas podem ser observadas ao longo da faixa costeira das províncias de
Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Zambézia e Nampula.

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Tabela 1. Resumo da geologia da bacia do Sul do Save (Guerreiro e Muchangos, 2003)

Período Origem Origem Litologia


marinha Continental
Quaternário Aluviões, terraços, cones de dejeccção
e calcário lacustres
T Superior Formação de Conglomerados, areias grosseiras e
E Mazamba grés ferruginoso
R
C Formação de Grés glauconitíco, margas e calcário
I jofane
Á Inferi-os Formação de Calcário e Grés calcário
R Salamanga
I
O
C Superior Grés conglomerático avermelhado e
R siltitos
E
T Margas, argilas, Gres glauconiticos e
A argilas evaporitos
C
I
O Inferior Gres conglomerático com calhaus de
rochas eruptivas
Grés calcários glauconiticos e margas
saliniferas
Jurássico Karoo Basaltos e riólitos

2.2. Geologia local


A área de estudo insere-se nas rochas ígneas da Serie Stromberg pertencente ao Karoo Superior.
É caracterizada por uma sequencia alternada de basaltos e riólitos, onde os riólitos que são mais
resistentes a meteorização com relação aos basaltos formam cadeias montanhosas e os basaltos
formam vales que intercalam os riólitos.
A geologia da Namaacha, faz parte dos dois litotipos que formam a cadeia dos Libombos que é
uma sequencia bimodal vulcânica, com direcção N-S, formamdo um monoclinal que inclina de
15º - 30º para E e SE. Este monoclinal estende-se desde a margem esquerda do rio Maputo, a sul
da Provincia de Maputo, ate ao pafuri, onde o rio Limpopo entra em Moçambique (figura 1) a
sequencia alternada de basaltos e riólitos distribui-se da base ao topo da seguinte forma:
a) Riolitos dos grandes Limbombos;
b) Basaltos inferiores do Impaputos;
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c) Riólitos dos pequenos libombos ;
d) Basaltos de Movene.

Figure 2. Geologia local da área de estudo ( fonte própria)

Os riólitos da Namaacha são vulcânicos acidas que possuem textura porfirética, e são compostos
por fenocristais de sanidina e piroxena verde. Raramente apresentam escoadas de fluxos de lava,
não mostram bolhas de desgaseificação e são acompanhados por tufos, que orrem junto a oeste.
(Guerreiro e Muchangos, 2003)

2.3. Tufos Ingnimbríticos de Namaacha


Os tufos ingnimbríticos são rochas resultantes da deposição das cinzas vulcânicas libertadas
durante o vulcanismo. (Figura 3).
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Figure 3. Pedra da Namaacha ( fonte: Google)

Os tufos ingnimbríticos são um tipo específicos dos tufos riolíticos. Segundo Ivanicka e Sykora,
(1982) estes são feno-clásticos, frequentemente feno-laminares e têm cor castanho-avermelhada.
A estrutura da rocha é litocristaloclástica e são frequentemente silicificados.

A rocha é composta por fenoscristais de quartzo, sanidina, plagióclase e minerais opacos que não
excedem 30% por matriz aproximadamente de 70 como mineral acessório apresenta-se o Zircão

O quartzo no tufo ingnimbríticos, constitui grãos isométricos profundamernte corroídos. A


plagióclase (albite-oligoclase) surge em grãos de dimensões ( 12,6 x 0,7 mm) que constituem
complexos compostos, maclados segundo as lei de albite, carlsbad e periclina, fortemente
fracturada. A plagióclase sofre albitização. A sanidina revela-se fortemente corroída, localmente
evidecia zonamento débil. O zircão é automórfico, outros e prismático.

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A matriz é o principal constituinte da rocha e é do tipo felsítico. É composta por quartzo, feldspato
e mineral opaco convertido em limonite. Na sua totalidade revela efeito anisotrópico forte tanto os
fenocristais como a matriz cortam-se por veios finos de quartzo que se contorna por mineral opaco.

3. Método de pesquisa dos tufos


A pesquisa geológica, segundo Hawkos e Webb (1962, é definida como sendo qualquer método
de pesquisa mineral baseada em medição sistemática de uma ou mais propriedades de uma material
de ocorrência natural. Isto envolve a determinação de elementos de traço abundantes num processo
de colheita sistemática de amostra que podem ter concentração normal ou anómala.
Os métodos de pesquisa geológica tem por objectivo a caracterização geológica dos matérias
naturais através da identificação das suas partículas constituintes, forma de agregação,
propriedades físicas, químicas, mecânicas e outros. Essa caracterização é feita geralmente em
laboratórios através de ensaios, mas também pode ser feita no campo, identificando as formações
geológicas em causa, sua estratificação, sua atitude e outros aspectos geológico-estruturais.

A pesquisa dos tufos ingnimbríticos feita pelos mineiros, não obedece a estes princípios científicos
sendo feita de forma empírica baseada em tentativas e experiencia dos mineiros.
Ela compreende:
Reconhecimento da área – é observada na superfície o tipo especifico de amostra de pedra
que é usada como indicadora;
Com a ajuda de picareta e pá, é feita uma pequena escavação de aproximadamente 2 m2 , e
depois para o fundo, cerca de 1.0 m de profundidade, com a finalidade de verificar e/ou certificar
a ocorrência ou não dos tufos, a abertura segue a inclinação dos tufos.
Decisão a decisão sobre a abertura de uma dada mina depende de vários factores,
nomeadamente:
_ Profundidade da rocha – devido ao tipo de equipamento não mecanizado usado na mineração,
são explorados blocos de rocha que afloram na superfície. Esta é portanto uma característica
fundamental para a mineração do depósito.
_ Estrutura da massa rochosa – tomando em consideração a denominação e tipo de aplicação
dos tufos ingnimbríticos, a decisão sobre a sua exploração depende da estrutura do maciço rochoso.
Ele deve ter uma disposição laminar que permita a sua fácil mineração. Esta disposição em lâmina

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pode ter sido causada pelo faseamento dos eventos vulcânicos que causaram a deposição das cinzas
de que resultaram os tufos.
_ Grau de meteorização da rocha – a qualidade da rocha e explorar é determinada pelo grau de
metorizacao, sendo rejeitada a rocha que apresenta um gau elevado de meteorização.
O elevado grau de meteorização da rocha, geralmente por acção da água que se inflita nos espaços
entre as lâminas, afecta o seu manuseamento e a sua aplicabilidade. Por outro lado, o fluxo de água
entre as laminas tem uma influência positiva no processo de mineração, pois ela enfraquece entre
os tufos ingnimbríticos facilitando a mineração. É também por esta razão que a profundidade da
mineração é muito baixa.
_ Espessura dos tufos ingnimbríticos – a qualidade e consequente e preço dos tufos
ingnimbríticos são determinados pela sua espessura, sendo que os mais apreciados são os mais
finos, a ocorrência destes tufos influencia a decisão da abertura duma mina.
A forma de pesquisa adoptada pelos mineiros dos tufos ingnimbríticos da Namaacha não
compreende todas as fases que uma pesquisa geológica cientificamente deve conter pois, os
métodos modernos de pesquisa mineral aplicados na mineração de pequena escala, obedecem as
seguintes fases:
_ Apreciação regional;
_ Reconhecimento detalhado e prospecção de área favoráveis.
Os depósitos apropriados para a pequena escala são maioritariamente descobertos nestas fases;

4. Método de mineração
Os métodos de mineração, segundo Arogyaswamy (1988), são todos conjuntos de processos de
extracção que têm em vista a obtenção de minérios ou minerais económicos da terra.
A exploração dos tufos ingnimbríticos tem sido mais fácil quando, com o cair das chuvas, a água
infiltra-se através de diáclases (planos de fraqueza), ajudando no processo de mineração. Pois esta
aumenta a espessura dos planos de fraqueza (zonas de fácil extracção)

A exploração depende da qualidade dos tufos, podendo a mina ser abandonada se esta tiver roca
muito meteorizada ou rocha muito consistente (figura 3). Em todas as minas, os tufos que se
encontram a superfície até a profundidade mais ou menos 1.0 m encontram-se meteorizados e tem
como agente principal de meteorização a água das cuvas.

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A exploração mineira artesanal dos tufos ingnimbríticos da Namaacha é feita em pequenas áreas
e a pequena escala, resultando da pesquisa dos próprios garimpeiros. No presente trabalho foram
visitadas algumas minas, estas tem formas e tamanhos irregulares, sofrendo uma variação dia apos
dia à medida que se fazem os trabalhos de mineração. No geral, as minas tem uma dimensão
variável, podendo ocupar uma área de cerca de 50 m2

4.1. Mão-de-obra e distribuição de activiades


A Mão-de-obra, nas minas de tufos ingnimbríticos, é exclusivamente masculina, sendo a idade
mínima a de 18 anos. A qualidade de trabalhadores em casa mina varia em função da sua dimensão,
podendo ser encontradas minas individuais e minas com três ate um máximo de 8 pessoas. A
presença exclusiva de homens em todo processo de mineração de tufos ingnimbríticos pode estar
relacionada a qualidade de esforço físico necessário para desempenho da actividade.
A distribuição de tarefas na mina depende da quantidade da mão-de-obra, sendo que em minas
suficientemente grandes, com aproximadamente 50 m2, tem trabalhado 4 a 8 homens, com a
divisão do trabalho a ser feito do seguinte modo:
_ Um dos homens extrai os blocos maiores com a ajuda da picareta, que serve para separação dos
blocos frágeis, e divide-os. O mesmo separa o entulho do produto final, ainda dentro da mina;
_ Dois homens tiram o entulho para fora da mina, com a ajuda da pá;
_ Um homem separa os tufos agrupando-os conforme as espessuras;
_ Um homem leva o produto final da mina para o estaleiro onde se faz a venda.

4.2. Processo de mineração


Apos a fase de pesquisa e ter sido tomada a decisão, dá-se o inicio da exploração dos tufos
ingnimbríticos. Esta é feita de forma artesanal e a céu aberto obedecendo os processos que a seguir
serão descritos:
1. Abertura da mina
A fase inicial da abertura da mina faz-se com recurso a picareta e alavanca para a retirada dos
blocos superficiais. Estes instrumentos são usados para os casos em que os blocos possuem
tamanhos não muito grandes.

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Nos casos em que os blocos são de tamanho muito grande usa-se uma máquina denominada “
picka-machine”, que facilita a retirada dos blocos da superfície durante a escavação, bem como, a
retirada dos blocos nas paredes da mina, durante a fase de exploração.
2. Escavações dos tufos
A mineração dos tufos inicia apos escavada uma profundidade de cerca de 1.0 m, pois à
profundidade inferiores a esta os tufos encontram-se meteorizados, (figura 4). A profundidade da
parte meteorizada varia de mina para mina.

Figure 4. face de uma mina podendo ser observado no topo a parte meteorizada que constitui rejeito do processo de mineração

A escavação da mina é feita na direção de inclinação dos tufos, pois nesta mesma direcção que os
tufos ingnimbríticos mais ocorrem, oferecendo aos mineiros maiores rendimentos de exploração.
(jornal noticia, agosto de 207). Isto pode ser explicado geologicamente pelo facto de as minas se
encontrarem localizadas em Namaacha.

Durante a mineração são primeiros retirados os blocos frágeis sendo que os blocos consistentes
são fragilizados com ajuda do martelo grande e escopro, de modo a tomar visíveis as paredes, bem
como, as diferentes espessuras dos tufos ingnimbríticos.

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Os blocos frágeis e/ou soltos, são tornados frágeis pela humidade e pela água da chuva, penetra
atravess das fracturas, reagindo com alguns elementos químicos e levando a perda de algumas
propriedades por parte dos tufos. Esta água também meteoriza as zonas de contacto entre as
fracturas, fragilizando e tornando mais fácil a retiradas dos blocos tufos. Os blocos são retirados e
colocados dentro da mina. Figura 4.

Durante o processo de mineração, com o cair das chuvas, as águas ficam acumulados no interior
da mina perturbando a actividade, pois nessas condições os tufos são extraídos somente das
paredes da mina. Figura 5.

Figure 5. Fragilização dos blocos com a ajuda do martelo e escopro.

3. Separação dos tufos


Apos a retirada dos blocos, o estágio seguinte na separação dos tufos que compõem o bloco. Esta
é feita com recurso ao escopro que é colocado nas pequenas fracturas entre os planos dos blocos,
e do martelo que bate no escopro que penetra separando os tufos (lajes) dos blocos em diferentes
tamanhos e espessuras (figura 5). Neste processo são também separado os tufos meteorizados, sem

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valor económico que formam o entulho juntamente com o material retirado na superfície. O
entulho é retirado para fora da mina com a ajuda de uma pá.
A picareta é também usada na fase de exploração para separação dos tufos com maior espessura,
para além do martelo e escopro que usados para a separação de tufos em blocos de menor tamanho.

4. Transporte e classificação dos tufos


Os tufos separados na forma de lajes são de seguida colocados fora da mina ( na superfície).
As lajes retiradas das minas são transportadas para o estaleiro, com a ajuda da carrinha-de-mão,
onde são arrumadas em volumes de 1 m3 . No estaleiro as lajes são classificadas segundo as
espessuras e tamanhos, pois estas duas características determinam a qualidade, o preco e a
aplicação do produto.

5. Instrumentos utilizados pelos mineradores


Os instrumentos utilizados pelos mineiros são quase os mesmos em todas as minas,
nomeadamente: picareta, pá, alavanca, escopro, e carrinho-de-mão.

5.1. Picareta
É um instrumento muito utilizado para pesquisa assim como para a mineração. pode ser de cabo
curto ou de cabo comprido, variando os cabos de 50 á 100 cm. Esta é usada no inicio da escavação,
para certificar de existência ou não dos tufos. É também usada na quebra de blocos muito grandes,
durante a fase de mineração.

Figure 6. picareta ( fonte: google)

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5.2. Martelo e escopro
São instrumentos usados pelos mineiros para extração dos tufos. São usados martelos de diferentes
tamanhos, dependendo da função. O martelo de maior tamanho é usado na fragilização dos blocos
muito grande de modo a facilitar a separação dos tufos enquanto o de menor tamanho é usado em
blocos pequenos e na separação dos tufos. O martelo é usado juntamente com o escopro que é
colocado na linha de contacto entre as lajes e com as marteladas enfraquece-as, tornando-as frágeis.

Figure 7. Martelo e Escopro (fonte: Google)

5.3. Pá
A pá é um instrumento utilizado pelos mineiros tanto na pesquisa como na mineração. As pas
podem ser de cabo curto ou de cabo comprido. As pas de cabo comprido são usadas na fase inicial,
durante a abertura da mina e as de cabo curto no interior da mina, durante a fase de mineração na
retirada do entulho para fora da mina. Figura . esta dimensão reduzida de cabo tem em vista
facilitar o seu uso num espaco (mina) relativamente pequeno.

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Figure 8. pá ( fonte: google)

5.4. Alavancas
É um instrumento metálico muito usado pelos mineiros para pesquisa e para a mineração. As
alavancas têm a forma cilíndrica e acatada a ponta e um comprimento de 0.5 à 1.5 m, figura esta
é utilizada para a separação dos tufos maiores na base da mina, de modo a não se quebrarem.

Figure 9. Alavanca( fonte: google)

5.5. Carrinha-de-mão
Esta é usada na mina para o transporte dos tufos, da mina para o estaleiro. A carrinha-de-mão pode
ser usada também para outros fins como por exemplo, o transporte dos outros materiais de rabalho
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para o inicio das funções laborais e armazenamento do entulho num determinado local próximo
da mina.

Figure 10. Carrinha-de-mão ( fonte google)

6. Aplicação da pedra de Namaacha


O Tufo é uma pedra resistente, e pode ser aplicado em diversos ambientes e de diversas formas.
Confira algumas delas:
_ Arquitetura e construção;
_ Área Funerária;
_ Arte decorativa
_ Revestimento de elementos urânicos.
A utilização do tufos na arquitetura sempre esteve presente e garante a qualidade e a estética da
obra. Em todas as esferas da atividade humana.

Apesar de sua constante utilização pela humanidade, a aplicação das rochas ornamentais volta a
ser relevante, quando a atenção dos arquitetos volta-se para o uso de tufos na construção civil
(figura. 11)

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Figure 11. aplicação da pedra de Namaacha na arquitetura e construção ( fonte: Google)

Empresários portugueses poderão investir na extracção e transformação de placas riolíticas de


Namaacha, na província de Maputo, produto que poderá ser comercializado no mercado
moçambicano e externo. Conhecidos pela designação de “Pedra de Namaacha”, já conquistaram a
fama pela sua qualidade para aplicação na indústria de construção civil, entre outras.( Jornal
verdade, 30 de julho de 2009)
Uma vez que Namaacha é conhecida pelo seu potencial mineiro, sobretudo no fornecimento de
pedra para diversas aplicações na construção civil. Uma primeira apreciação leva a concluir que a
pedra está a ser explorada de forma artesanal, havendo necessidade para extracção e transformação
industrial.

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Figure 12. Tufos processados industrialmente usados como decoração (fonte: Google)

O empresários portugueses visitou Namaacha, para analisar o potencial existente da também


designada pedra laje e posterior elaboração de projectos de investimentos. Chefiada por João
Barbosa, um empresário do Norte de Portugal.

No distrito de Namaacha funciona uma fábrica de transformação de placas riolíticas em tijoleiras.


Trata-se da Tijoleira de Moçambique, que mensalmente exporta cerca de 400 toneladas para o
mercado sulafricano. Numa recente entrevista ao encarregado da fábrica, ficamos a saber que a
mesma tem estado a funcionar a meio gás devido ao problema da matéria-prima. A associação que
fornece as placas à Tijoleira de Namaacha não tem conseguido satisfazer quantidades necessárias,
resultado da exploração artesanal das mesmas (Jornal verdade, 30 de julho de 2009).

7. Impacto ambiental causado pela exploração dos tufos ingnimbríticos de Namaacha


O homem é o principal agente e o maior causador das mudanças da terra (Flawn, 1970),
trabalhando a terra em seu beneficio, pois é directamente dependente dos recursos naturais para a
sua alimentação, abrigo e emprego. No entanto, qualquer actividade por ele realizado introduz no
meio ambiente substâncias que alteram as suas propriedades iniciais, causando impactos ao meio
ambiente, estes que podem ser positivos ou negativos.
Entende-se como ambiente o conjunto dos aspectos físicos-sociais, químicos, biológicos que
interagem entre si num determinado meio.

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A mineração dos tufos ingnimbríticos é artesanal e de pequena escala. A mineracoa de pequena
escala é caracterizada por:
_ Baixo nível de mecanização (usam métodos empíricos para a exploração);
_ O número de pessoas que trabalham, geralmente menos de 15 trabalhadores;
_ Os mineiros exercem a actividade sem nenhuma concessão da área. É por isso, geralmente
informal e na maioria ilegal;
- Condições de trabalho inseguras;
- Baixa qualificação da mão-de-obra e com pouca ou nenhuma formação académica;
- Fraco acesso aos serviços de apoio;
- Aplicação limitada dos conceitos e tecnologias modernas;
- Impacto significativo sobre o ambiente físico.

7.1. Impacto ambiental causado pela exploração


O impacto provocado pelo homem no ambiente é profundo, e em alguns casos tem sido negativo
e irreversível (McDivitt, 1993) Um impacto de uma determinada actividade é uma estimativa ou
julgamento do valor que a sociedade coloca nos efeitos ou mudanças nas alterações ambientais.
Cada fase do processo de mineração possui um potencial para diferentes impactos a níveis
variados. Os impactos dependem da sensibilidade o terreno local, do tipo de tecnologia.
Aplcada, da habilidade e do conhecimento do mineiro e da capacidade de monitoria e fazer vigorar
o cumprimento das leis ambientais (Rasamar, et, al, 2003)

Os impactos ambientais da activiadade mineira ocorrem dentro e a volta da mina, e geralmente


estes impactos começam antes de qualquer produção real. Estes variam de acordo com o tipo de
mineral e o tipo da mina.

Na área de estudo, devido ao uso de métodos artesanais é notável o aparecimento de alterações


físicas da paisagem que levam à sua degradação devido a existência de escombreiras e escavações.
Nesta foram observadas minas abandonadas devido a má qualidade dos tufos, onde acumula-se
água das chuvas que podem levar a impactos negativos.

7.1.1. Impactos sobre recursos hídricos

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A água é um recurso natural indispensável na vida dos seres vivos. A mineração é uma das
activiadades humanas que ameaçam as fontes de água de que depende a vida na terra.
A mineração dos tufos ingnimbríticos altera a qualidade das águas dos rios na medida em que com
a precipitação, os escombros são lixiviados e a água que se inflita e/ou escorre pode transportar
consigo elementos químicos, levando-os ate aos lençóis de água e às águas dos rios
A qualidade das águas poderá ser afectada por estes elementos químicos, assim como, pela
crescente quantidade de substancias estranhas tais como partículas solidas suspensas (silte e
argilas) que entram para dentro do sistema do rio. Este impacto é negativo, de escala regional,
intensidade elevada e de longa duração.

Figure 13. Concentração da água da chuva resultante da mineração (fonte: Google)

Mitigação
- Para a mitigação da poluição das águas, devido a exploração dos tufos ingnimbríticos, e
necessário que sejam:
- Abertos furos de água e o tratamento da água usando produtos químicos capazes de neutralizar
o efeito dos elementos lixiviados pela água;

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- Sejam criados drenos que desviem as águas das chuvas, evitando que estas escorram para dentro
das minas.

7.2. Impacto sobre Recursos terrestres


7.2.1. Alteração física do meio
A actividade mineira (AM) baseada na terra envolve sempre a modificação da topografia existente
para que se possa proceder à extração minera. A vegetação, as rochas e outros elementos incluído
o solo tem de ser retirado para que se possa aceder ao mineral/material que se pretende mineral.

Mitigação
Para se evitar o elevado índice da alteração física do meio ambiente natural é necessário que:
_ o entulho seja usado para fechar as minas abandonadas á medida que se vai fazendo a abertura
de uma nova mina e posterior reposição da vegetação;
_ potenciar o uso dos entulhos para aterrar terrenos saturados e/ou alagados nas zonas residenciais
e para formação de barreiras de proteção ao fluxo das águas das chuvas;
_ potenciar o uso do entulho para preencher terrenos desnivelados nas zonas residenciais;
_ Sejam criadas condições par a reciclagem do entulho e o seu re-uso, como por exemplo os
entulhos de faces não planas, sejam polidios de modo a adquirirem faces planas.

7.2.2. Erosão dos solos


A actividade mineira envolve invariavelmente a remoção da camada superior do solo e da
cobertura vegetal nos casos aplicáveis. O solo é deixado exposto aos agentes da erosão, tais com
o vento e a água. As alterações estruturais do solo podem aumentar a taxa de erosão dos mesmos,
tanto nas zonas de elevada de elevada como nas de baixa precipitação.
Mitigação
Por forma a reduzir a erosão dos solos é necessário que:
_ O entulho seja usado para fechar as minas abandonadas e posterior reposição da vegetação;
_ O tempo de exploração do entulho seja reduzido, através do seu uso para reabilitar os terrenos
minerados;

7.3. Impacto sobre qualidade do ar

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7.3.1. Partículas/poeras
A activiade mineira envolve a remoção de solos que são colocados nas proximidades da mina e ao
ar livre, e subsequente libertação de partículas de poeras para a atmosfera, contribuindo
negativamente na qualidade do ar. O material de cobertura é acumulado, provocando poeras que
poluem o ar, prejudicando a suade dos mineiros e das populações circunvizinhas. O impacto sobre
a qualidade do ar é negativo, regional, de magnitude elevada e de longa duração, uma vez que a
emissão de poeras não cessa quanto continuar a actividade mineira.
Mitigação
De modo a reduzir os impactos negativos na qualidade do ar, deve-se:
_ Usar o entulho para fechar as minas abandonadas à medida que se vai fazendo a abertura de uma
nova mina e posterior reposição da vegetação;
_ potenciar o uso dos entulhos para aterrar terrenos saturados e/ou alagados nas zonas residenciais
e para formação de barreiras de proteção ao fluxo das águas das chuvas;
_ Potenciar o uso do entulho para preencher terrenos desnivelados nas zonas residenciais.

7.4. Impactos sociais da mineração


Os impactos da mineração sobre a sociedade são locais, positivos, de longa duração e de
intensidade media uma vez que oferece emprego à comunidade, permitindo o desenvolvimento
social a nível local. Encontra-se a trabalhar nestes minas cerca de 40 pessoas.

7.4.1. Saúde ambiental


Segundo Rasamar (2003), a saúde ambiental refere-se a todas as condições de bem estar de uma
determinada população, ou ambiente, que são definidas pelos parâmetros tais como características
demográficas, doenças, nutrição, saúde reprodutiva e exposição à substâncias perigosas ao meio
ambiente. Os mineiros não tem acesso a água potável e sneamento adequado e são expostos a fraca
qualidade do ar, podendo sofrer de varias doenças como a malaria, cóleras, asma e a tuberculose.
Este impacto é negativa, local, de duração e intensidade média.
Mitigação
Sabendo que os mineiros são os consumidores directo da poeira, a medida de mitigação
conveniente seria o uso de mascaras respiratórias.

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7.4.2. Saúde e segurança no trabalho
A mineração artesanal e de pequena escala pode resultar em impactos negativos, como vários
perigos no local de trabalho. Muitos mineiros são expostos à perigos de saúde que contribuem para
a ocorrências de acidentes e ferimentos.
As pessoas que trabalham nestas minas podem sofrer de problemas de suade adversos devido
principalmente:
_ Ao uso de tecnologia menos avançada;
_ Maior esforço físico;
_ Fraca alimentação em relação ao esforço empreendido, ou seja, relativamente à energia gasta
durante o trabalho;
_ Frascas condições de Trabalho.
As minas artesanais oferecem entradas fáceis de novos operadores, e geralmente não requerem
habilidades comerciais formais. Contudo, elas não estão sujeitas a provisões de saúde e segurança.
Em varias ocasiões estas actividades não são monitoradas ou não possuem qualquer acesso a
quaisquer serviços de saúde no trabalho.

Mitigação
As medidas de mitigação recomendadas são:
_ procura de apoios pelos minerias em empresas por forma a melhorar de tecnologia e
consequentemente as condições de trabalho.
_ Usar capacetes de modo a evitar exposição directa aos agentes atmosféricos.

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8. Conclusão
A pesquisa da pedra de Namaacha não compreende todas as fases de uma pesquisa geológica deve
conter pois, nestas são métodos impiricos de pesquisa.
A pesquisa da pedra de Namaacha compreende:
1. Reconhecimento da área;
2. Observação dos tipos específicos de amostra de pedra que é usada comos indicadore;
3. Abertura de um poco de pesquisa.
4. Decisão.
Os instrumentos utilizados pelos mineiros são sempre os mesmos em todas as minas
nomeadamente: picareta, pá, alavanca, escopro, e carrinho-de-mão.
A exploração mineira artesanal dos tufos é feita de forma artesanal, a ceu aberto em pequena áreas,
resultante da pesquisa dos próprios garimpeiros.
As minas tem forma e tamanhos irregulares, sofrendo uma variação dia apos diaà medida que se
fazem os trabalhos de mineração. A mão de obra é exclusivamente masculina, sendo que a
quantidade em cada mina seja em função da sua dimensão.
Os processos de mineração compeende as seguintes fases:
1. Abertura da mina;
2. Escavação dos tufos;
3. Separação dos tufos;
4. Transporte e classificação dos tufos.
A actividade mineira em causa, tem impacto positivo e negativos.
Impacto positivo por proporcional o desenvolvimento socio-economico daquele detrito, e
desenvolvimento da urbanização.
Impactos negativos, são alterações das paisagens, remoção da vegetação e do solo, alteração da
qualidade das águas, erosão e poluição dos solos, redução da qualidade do ar, fracas condições de
trabalho e exposição dos mineiros aos agentes atmosféricos.

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Referência bibliográfica

Afonso, R. S.; Marques, J. M. & Ferrera, M. (1998) a evolução gelogica de Mocambique. II


CT, Lisboa e DNG. Maputo.

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Rassamar, V.; Madonsela, N V.; Munster, F. & Naicker, I, (2003). Diretrizes para a avaliação
ambiental da mineração costeira.1ª ed.

PERFIL DO DISTRITO DE NAMAACHA PROVÍNCIA DE MAPUTO, Edição 2014.

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