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Existem várias definições de biofilmes, mas, de maneira geral, podem ser caracterizados como
uma comunidade bacteriana aderida a superfícies inertes, protegida por uma matriz de
polissacarídeos extracelulares, comumente denominados por exopolissacarídeos (EPS)
(Costerton et al., 1995).
Figura 1 e 2: Imagem de biofilme por S. aureus formado in vitro, corado com o Kit Live/Dead (a coloração verde
indica a viabilidade das bactérias). São imagens obtidas por microscopia de fluorescência. (imagem gentilmente
cedida pela Professora Lucinda Bessa).
A fixação inicial pode ser passiva ou ativa, dependendo da motilidade da célula microbiana. A
fixação passiva é impulsionada pela gravidade, difusão e pela dinâmica de fluidos. Na adesão
ativa, a superfície da célula facilita a fixação inicial (Chmielewski& Frank 2003). Nesta fase, a
adesão é reversível, uma vez que não ocorreu ainda uma série de alterações morfológicas,
necessárias à formação do biofilme e muitas células podem separar-se da superfície e regressar à
fase planctónica. (Srey et al. 2013).
A passagem de fixação reversível para irreversível é uma alteração que ocorre a partir de uma
interação fraca das bactérias com a superfície para uma ligação permanente, na qual os
apêndices extracelulares e/ou a EPS tem uma função fundamental (Chmielewski & Frank 2003).
Após a fixação irreversível apenas fortes forças de cisalhamento (shear stress) ou a quebra
química das forças de fixação por enzimas, detergentes, desinfetantes e/ou calor podem ser
capazes de remover/destacar o biofilme (Srey et al. 2013).
(iv) Maturação:
(v) Dispersão: