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Manual Operativo

do Programa
Versão 1.3

SALVADOR
2016
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA HÍDRICA E DE SANEAMENTO
Cássio Ramos Peixoto
Secretário SIHS / Coordenador Colegiado Institucional

COMITÊ GESTOR

Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia


Marcus Vinícius Ferreira Bulhões
Maria Auxiliadora Rocha Cavalcanti

Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos


Márcia Cristina Telles de Araújo Lima
Welton Luiz Costa Rocha

Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional


Wilson José Vasconcelos Dias
Leonardo Ramacciotti Miranda

Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A


Rogério Costa Cedraz
Bento Ribeiro Filho

Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia


José Lucio Lima Machado
Roberta Carvalho Santana

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia


Eliana Maria Santos Boaventura
Armando Affonso de Castro Neto

Superintendência de Proteção e Defesa Civil


Rodrigo Mousinho Hita
Paulo Sergio Menezes Luz

Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural


Ivan Leite Fontes
Marcus Vinícius dos Santos

Superintendência de Inclusão e Segurança Alimentar


Rose Edna Mata Vianna Pondé
Miryam Terezinha Silva Belo

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ÓRGÃOS COMPONENTES DO COMITÊ GESTOR

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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................5
2. CONCEPÇÃO DO PROGRAMA ÁGUA PARA TODOS ..........................................................................5
2.1. HISTÓRICO E OBJETIVOS .................................................................................................................5
3. DESCRIÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO: .................................................................................................7
3.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA.............................................................................................................7
3.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................................................................................8
3.3 SANEAMENTO INTEGRADO .............................................................................................................9
3.4 MEIO AMBIENTE E PROJETOS SOCIOECONÔMICOS: ..................................................................... 10
3.5 ESTUDOS ESTRATÉGICOS .............................................................................................................. 11
4. ARRANJO INSTITUCIONAL PARA SUPORTE AO PAT ....................................................................... 11
4.1 ARRANJO INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 11
4.2 COMPETÊNCIAS DO COLEGIADO INSTITUCIONAL.......................................................................... 13
4.3 COMPETÊNCIAS DO COMITÊ GESTOR ........................................................................................... 14
4.4 ATRIBUIÇÕES DA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA HÍDRICA E SANEAMENTO – SIHS ................. 14
4.5 ATRIBUIÇÕES DA COMPANHIA DE ENGENHARIA HÍDRICA E SANEAMENTO DA BAHIA - CERB: ..... 15
4.6 ATRIBUIÇÕES DOS SUPERVISORES ................................................................................................ 15
5. OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA ......................................................................................... 16
5.1 ESTIMATIVA DE RECURSOS – PPA 2016 - 2019 .............................................................................. 16
5.2 INDICADORES ............................................................................................................................... 19
5.3 METAS .......................................................................................................................................... 23
5.4 ÁREA DE ABRANGÊNCIA POPULAÇÃO BENEFICIÁRIA .................................................................... 25
5.5 CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO DOS PROJETOS ................................................................................. 25
5.6 ANÁLISE E APROVAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS ....................................................................... 26
5.7 MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES ............................................................... 28
5.8 CONSULTAS DISPONÍVEIS NA FERRAMENTA DO PAT .................................................................... 29
5.9 RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES DE CADA ÓRGÃO ...................................................................... 29
5.10 ANÁLISE CRÍTICA DE DESEMPENHO .............................................................................................. 32
5.11 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................................... 32

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1. APRESENTAÇÃO

O Programa Água para Todos (PAT) foi criado pelo Governo do Estado da Bahia e tem
como objetivo geral promover a universalização do acesso à água em áreas rurais para o
consumo humano e para a produção agrícola e alimentar, visando o pleno desenvolvimento
humano e a segurança alimentar e nutricional de famílias em situação de vulnerabilidade
social.

O PAT representa um importante passo em direção a melhoria da qualidade de vida dos


baianos. O programa articula a execução de um conjunto de ações para garantir tanto o
acesso à água em quantidade e com qualidade, como sua permanência ao longo do tempo.
Tais ações são executadas com recursos internacionais, federal e estadual, sob a
coordenação do Governo do Estado.

O foco principal do programa é a ampliação do acesso de abastecimento de água para a


população baiana, promovendo a melhoria da saúde pública através de um conjunto de
ações de saneamento básico e ambientais, de apoio a projetos socioeconômicos e de
geração de trabalho e renda. Para cumprir os objetivos estipulados é necessária a
articulação e a integração dos processos de formulação, planejamento, execução,
monitoramento e controle social das ações públicas nas quais o abastecimento de água seja
o vetor de maior relevância.

Portanto, o presente Manual de Operações do Programa tem como conteúdo:

 Relatar o histórico do PAT e seus objetivos;


 Explicitar para todos os órgãos e entidades parceiras envolvidas, o modelo de gestão
institucional formalizado para o seu funcionamento, clareando responsabilidades e
funções;
 Descrever os componentes básicos do Programa;
 Descrever os elementos essenciais da operacionalização do programa identificando
os recursos e os macros procedimentos para a execução, monitoramento e avalição
das ações e metas estabelecidas;
 Plano de Divulgação dos Resultados.

Este Manual terá, portanto, a função de orientar todos os parceiros envolvidos neste
Programa dirimido dúvidas, devendo ser atualizado sempre que ocorrer mudanças
significativas que impactem na operacionalização do PAT.

2. CONCEPÇÃO DO PROGRAMA ÁGUA PARA TODOS

2.1. Histórico e Objetivos

O Decreto nº 10.436/07 instituiu, no âmbito do Estado da Bahia, o Programa Água para


Todos estabelecendo os seguintes objetivos:

I. Proporcionar o atendimento ao direito humano fundamental de acesso à água em


qualidade e quantidade, prioritariamente para consumo humano, numa perspectiva
de segurança alimentar, nutricional e de melhoria da qualidade de vida em ambiente
salubre nas cidades e no campo;

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II. Ampliar, com vistas à universalização, o acesso e elevar significativamente a
qualidade dos serviços prestados, relativos ao abastecimento de água e às demais
ações de saneamento básico;
III. Garantir a oferta e o acesso à água, por meio de uma gestão integrada, sustentável e
participativa, incorporando esta ação no campo das políticas sociais e de
crescimento econômico;
IV. Articular e integrar os diversos componentes da sustentabilidade ambiental
relacionados ao saneamento básico - o abastecimento de água; a coleta e
tratamento adequados de esgotos e resíduos sólidos; manejo de águas pluviais - a
proteção e recuperação de matas ciliares, nascentes, mananciais e áreas de
recargas; educação ambiental, melhorias habitacionais e projetos socioeconômicos;
V. Apoiar os municípios que administram diretamente os seus serviços de água e
esgoto, promovendo a melhoria das suas condições técnicas, operacionais e
financeiras para implementar o programa.

O primeiro objetivo destacado tem caráter estratégico perante as ações do Governo. A partir
de 2016, uma nova percepção do Programa vem sendo avaliada com base na forma como o
Estado encara os desafios no setor saneamento e como estas ações repercutem sobre as
comunidades beneficiadas. Por meio do Decreto nº 16.638/16, acréscimos e modificações
na estrutura organizacional do PAT foram esboçados no intuito de assumir a quem por
competência deverá levar a questão do saneamento em cenários cada vez mais
satisfatórios.

Até a presente data, o Decreto nº 10.436/07 vem sofrendo algumas alterações nos seus
objetivos que podem ser constatados a seguir:

Decreto 13.555 de 28/12/2011:

 Altera o inciso IV do Art. 1º - articular e integrar os diversos componentes da


sustentabilidade ambiental relacionados ao saneamento ambiental - o abastecimento
de água; a coleta e tratamento adequados de esgotos; manejo de águas pluviais - a
proteção e recuperação de matas ciliares, nascentes, mananciais e áreas de
recargas; educação ambiental e melhorias habitacionais;

 Acresce o inciso VI no Art. 1º - fortalecer a atuação das instituições executoras,


através da elaboração de Planos de Revitalização de Bacias Hidrográficas,
articulados com os Planos de Bacia, realização de cadastro de infraestrutura hídrica
e implementação de programa de controle de perdas em sistemas de abastecimento
de água;

 Altera o Art. 2º - especifica a área de abrangência do Programa Água para Todos,


priorizando o atendimento às famílias de baixa renda, localizadas nas periferias das
grandes cidades e nos municípios de pequeno porte, particularmente no semiárido e
na bacia do Rio São Francisco, com prioridade para os povos e comunidades
tradicionais, ribeirinhas, rurais e assentamentos de reforma agrária."

Decreto nº 13.962 de 26/04/2012: Inclui mais um objetivo visando o alinhamento com o


Programa Nacional:

 VII - executar ações, no que couber, em conformidade com as diretrizes do


Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água - ÁGUA PARA
TODOS, instituído pelo Decreto Federal nº 7.535 de 26 de julho de 2011, e

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integrante do Plano Brasil Sem Miséria, instituído pelo Decreto Federal nº 7.492, de
02 de junho de 2011.

Vale ressaltar que a Bahia foi pioneira na criação deste programa uma vez que o Programa
Nacional de Universalização do Acesso ao Uso da Água só foi instituído em julho de
2011 através do Decreto nº 7.535. Capitaneado pelo Ministério da Integração Nacional, o
Programa Nacional tem como propósito “repassar recursos federais para implementação de
ações que visem garantir acesso à água para comunidades rurais cujos habitantes se
encontrem em situação de vulnerabilidade social”.

O Programa Nacional de Universalização do Acesso ao Uso da Água propõe a


implementação de um conjunto de ações que garantirá tanto o acesso à água com
qualidade e em quantidade, como sua permanência ao longo do tempo. Tais intervenções
serão executadas pelos governos federal, estadual e municipal, porém articuladas e
integradas pelo atual Governo do Estado da Bahia.

O PAT articula-se com as seguintes políticas nacionais e estaduais: Política Nacional de


Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07); Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº
9.433/97); Política Estadual de Saneamento Básico (Lei nº 11.172/08); Política de Meio
Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia (Lei nº 10.431/06).
Vislumbrando novas interfaces ao programa, tem-se a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei n 12.305/10) e a Política Estadual de Convivência com o Semiárido (Lei nº
13.572, de 30 de agosto de 2016). Estes instrumentos legais são importantes para
concatenar os objetivos do programa no território baiano.

Este Programa inaugurou, portanto, uma nova forma de gestão pública transversal,
articulando ações de órgãos federais, estaduais e municipais. A estratégia de ação do
Programa foi organizada em cinco Linhas de Ação: Abastecimento de Água; Esgotamento
Sanitário; Saneamento Integrado; Meio Ambiente e Projetos Socioeconômicos e; Estudos
Estratégicos.

3. DESCRIÇÃO DAS LINHAS DE AÇÃO:

3.1 Abastecimento de Água

Conforme preconiza a Lei nº 11.445/07, entende-se por Abastecimento de Água, um


conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais necessárias ao
abastecimento público de água em quantidade e qualidade satisfatórias, desde a sua
captação até ligações domiciliares e instrumentos de medição e consumo humano.
Dependendo do porte do sistema, seus equipamentos são adotados conforme a composição
físico-química da água, demandas por consumo e condições de captação, adução e
tratamento até atingir comunidades que serão beneficiadas por este serviço. Existem no
campo da Engenharia soluções convencionais de fornecimento bem como tecnologias
alternativas que se encaixem conforme a realidade local, constituindo diversas modalidades
de abastecimento no contexto social em que se enquadra.

Serviços técnicos e operacionais realizados de forma eficiente e que atenda à Portaria do


Ministério da Saúde nº 2914, de 12 de dezembro de 2011, propicia maior controle e
prevenção de doenças, aculturamento de hábitos higiênicos saudáveis, promoção de
ambientes salubres, práticas de desporto e atividade de bem-estar.

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Dentro desse contexto, existem as soluções individuais e coletivas, onde esta última
condição permite melhor monitoramento e controle da eficiência. As soluções coletivas se
aplicam em áreas urbanas e áreas rurais com população mais concentrada. A solução
individual aplica-se normalmente, em áreas rurais de população dispersa, onde a unidade
de tratamento está restrita à área domiciliar.

No caso específico do Programa Água para Todos, as soluções de Abastecimento de


Água, coletivas e individuais, utilizadas serão:

 Construção de Sistemas Convencionais e Simplificados de Abastecimento de Água


(SSAA/SIAA/SAA);
 Ampliação e recuperação de sistemas de abastecimento existentes;
 Construção, ampliação e recuperação de pequenas e grandes Barragens para usos
múltiplos;
 Perfuração de Poços;
 Instalação de cisternas para captação de água de chuvas para consumo humano.

3.2 Esgotamento Sanitário

São consideradas condições estruturantes em esgotamento sanitário um conjunto de


serviços, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e
disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até seu
lançamento final no meio ambiente. Tem-se como objetivo primordial de uma estação de
tratamento de esgotos, a remoção de poluentes presentes em águas residuais que, ao ser
lançado aos corpos hídricos receptores, possam influenciar minimamente em sua qualidade.

O esgoto doméstico deve ser conduzido, à rede pública de esgoto, quando houver
dispositivos de tratamento no final da rede. Não havendo rede pública, o esgoto doméstico
poderá ser conduzido a unidades individuais de tratamento, tais como tanque séptico,
sumidouros, biodigestores, valas de infiltração. A escolha da tecnologia terá uma relação de
demanda e do poder depurativo dos corpos d’água, aliado também às condições
operacionais e financeiras da região.

Ainda é bastante incipiente no Brasil, a concepção de serviços de esgotamento em ciclo


fechado e ambientalmente consciente, onde os esgotos domésticos pós-tratados possam
ser redirecionados para sistemas de irrigação e aproveitamento do lodo para adubação e
áreas de reflorestamento, por exemplo. As soluções utilizadas para tratamento e destinação
final dos esgotos domésticos são:

 Solução individual: Conforme indica o termo, exprime a concepção de


tratamento sem conexão de redes principais e/ou ligações domiciliares. Como
exemplo de tecnologias conhecidas em meio rural, a fossa seca consiste em uma
pequena estrutura isolada e, em condições anaeróbicas, permite o tratamento de
fezes e urina oriundas de unidades sanitárias. As fezes retidas no interior se
decompõem ao longo do tempo pelo processo de digestão anaeróbia. Onde
existe água encanada, este caso, a privada consta de vaso sanitário para
recolher os dejetos e permitir seu afastamento por um sistema de transporte
hídrico para um tanque séptico e sumidouro.

 Solução Coletiva: À medida que as comunidades e a concentração humana


tornam-se maiores, as soluções individuais para remoção e destino do esgoto

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doméstico devem dar lugar às soluções de caráter coletivo. O sistema
adotado no Brasil é o separador absoluto. Neste sistema, o esgoto doméstico
e o industrial ficam completamente separados do esgoto pluvial.

No Programa Água para Todos, as soluções para o esgotamento sanitário serão


efetivadas através da realização das seguintes ações:

 Implantação de melhorias sanitárias domiciliares;


 Implantação de sistemas coletivos de coleta e tratamento dos esgotos sanitários;
 Reforma, ampliação, otimização e/ou reabilitação de sistemas existentes.

3.3 Saneamento Integrado

O modelo de concepção do Saneamento Integrado fundamenta-se na implementação de


ações físicas, sociais e educativas que, de forma integrada, melhorem o ambiente domiciliar
(Instalações hidráulicas e sanitárias), e peri-domiciliar (sistemas de distribuição de água,
coleta de esgotos domiciliares, direcionamento e coleta de águas pluviais e pavimentação
de vias de pedestre e de rolamento).

A implementação destas ações é direcionada para a promoção da melhoria da qualidade de


vida, e, é desenvolvida através de um processo participativo, envolvendo instituições
promotoras e comunidades beneficiárias. Assim, serão desenvolvidas ações de
abastecimento de água; esgotamento sanitário; manejo de águas pluviais; coleta, tratamento
e disposição de resíduos sólidos, aliados as intervenções de urbanização, construção e
melhorias habitacionais.
Avaliando alguns modelos de saneamento integrado e sabendo que esta prática vem sendo
aplicada em alguns municípios brasileiros, é possível afirmar que a concepção de
sustentabilidade advém da tríade Gestão-Tecnologia-Educação de forma eficiente.

Estes componentes exigem processos e métodos que resultam em efetivas transformações


sociais, nas quais valorizam a história e a cultura onde configura aquela população em
situação de equidade. Nesse ponto, torna-se exequível a gestão quando concebidas a
territórios prioritários para prática desta linha de ação, com características relevantes, tais
como processo histórico de luta pela terra, adensamento populacional, baixo nível de renda
e educacional, condições precárias do saneamento básico e ocupação urbana desordenada.

No Programa Água para Todos, as soluções para o saneamento serão efetivadas através
da realização das seguintes ações:

Ações em Educação

 Educação problematizadora para empoderamento da população;


 Educação continuada, mesmo após a conclusão das obras;
 Construção de processo participativo de decisão;

Ações integradas em Saneamento e Urbanização

 Serviços eficientes de água, esgotos, drenagem e resíduos sólidos oferecidos;


 Construção de conjuntos habitacionais;

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 Implantação de abertura e pavimentação de ruas;
 Instalação de equipamentos públicos;

No âmbito do acompanhamento feito pela SEDUR, estão inclusas quatro sub-áreas:

Ações em Resíduos Sólidos

 Requalificação de sistemas de resíduos sólidos;


 Elaboração de estudo e projeto de resíduos sólidos em área urbana;

Ações em Drenagem Urbana

 Ampliação de sistemas de manejo de águas pluviais em áreas urbanas e;


 Implantação de sistemas de manejo de águas pluviais em áreas urbanas.

As intervenções feitas pela CONDER contemplam áreas de sub-habitação ou áreas


periféricas das cidades de médio e grande porte, fornecendo serviços de água, esgotos e
drenagem. Atualmente estas ações se concentram mais precisamente nos municípios de
Feira de Santana, Lauro de Freitas, Ilhéus e Salvador, sendo a capital responsável por
aproximadamente 90% das intervenções registradas pelo órgão executor. Este componente
não atua sobre populações rurais dispersas, tomando como critérios grandes aglomerados
urbanos onde o processo de ocupação foi de forma desordenada.

Um desafio que se tem para o próximo ciclo do programa, é de que passem a ser inseridas
no banco de dados do PAT, as intervenções habitacionais, uma vez que estas ações fazem
parte da gestão e do modelo de Saneamento Integrado.

Considerando as experiências e modelos de gestão difundidos no Brasil, é necessário


monitorar os efeitos com base na percepção de atender a população de forma integrada,
onde a ação isolada, embora bem realizada, não garante benefícios duradouros.

3.4 Meio Ambiente e Projetos Socioeconômicos:

Nesta linha de ação, tendo em vista alcançar a sustentabilidade ambiental, busca-se a


utilização de novas tecnologias e de soluções inovadoras, para a preservação e
recuperação de mananciais de superfície e subterrâneos, a recuperação de matas ciliares,
nascentes e áreas de recarga e degradadas. Há ainda os objetivos da promoção do uso
racional da água, da energia e dos demais recursos, bem como a incorporação da
comunicação social e da educação sanitária e ambiental.

O Programa fomentará a implantação de Projetos Sócio-econômicos e de geração de


emprego e renda, relacionados à oferta hídrica, e de apoio à agricultura familiar através da
construção principalmente de cisternas de produção (calçadão e enxurrada) e Limpeza de
Aguadas e Barreiros com vistas à melhoria das condições de vida e trabalho da população
beneficiada.

No Programa Água para Todos, as soluções para o meio ambiente e a socioeconomia


serão efetivadas através da realização das seguintes ações:

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 Recuperação de matas ciliares e contenção de processos erosivos;
 Barreiros (Trincheiras Familiar e Comunitária);
 Sistemas de Dessedentação Animal;
 Cisternas (de Produção e enxurrada);
 Barragens Subterrâneas;
 Limpeza de Aguadas;
 Tanques de Pedras;
 Outras ações correlatas.

3.5 Estudos Estratégicos

Entende-se por Estratégia uma combinação de métodos e processos que servem de


orientação para planos e reflexões em diversas decisões futuras.

No cenário do Água para Todos, os estudos estratégicos elencam planos, projetos e


modelos de gestão elaborados por diversas áreas temáticas que se configuram como
multiplicadores do conhecimento e pela consolidação de ações estruturais na área do
saneamento e meio ambiente. São ações que farão com que os executores tomem como
base as descrições e diretrizes que tecnicamente irão conduzir às obras e à gestão dos
empreendimentos vistos como elementos para aplicação do programa.

No Programa Água para Todos, as soluções para os estudos estratégicos serão efetivadas
através da realização das seguintes ações:

 Modelo de Gestão;
 Planos de Segurança Hídrica;
 Planos estaduais e regionais (Resíduos Sólidos, Saneamento Básico, Recursos
Hídricos, dentre outros);
 Projetos em Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SES/SAA/Barragens)

4. ARRANJO INSTITUCIONAL PARA SUPORTE AO PAT

4.1 Arranjo Institucional

A Lei Estadual nº 13.204/2014, de 11/12/2014, que modificou a estrutura organizacional da


Administração Pública do Poder Executivo Estadual e criou a Secretaria de Infraestrutura
Hídrica e de Saneamento da Bahia (SIHS), vinculado à referida secretaria a Companhia de
Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia-CERB e a Empresa Baiana de Águas e
Saneamento S.A - Embasa.

A criação da SIHS teve impacto direto no Programa Água para Todos, uma vez que a
coordenação do Colegiado Institucional (antes exercida pela Secretaria de Meio Ambiente -
SEMA) passa a ser exercida pela SIHS. Além dessa mudança, houve a inclusão de outros
órgãos (Decreto nº 16.638/2016), cuja configuração está representada no diagrama abaixo:

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A gestão institucional para suporte ao PAT visa promover a interação entre órgãos federais,
estaduais e municipais que executam estudos, projetos, planos e obras com foco no
atendimento ao direito humano fundamental de acesso à água em qualidade e quantidade e
as demais ações de saneamento básico.

Tendo como base legal os Decretos nº 16.638 de 11 /03/2016 e nº 16.679 de 04/04/2016, a


gerência do programa no nível estratégico será efetuada pelo Colegiado Institucional de
Coordenação composto pelos titulares das seguintes Secretarias:

I. Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento - SIHS - que o coordenará;


II. Casa Civil;
III. Secretaria do Planejamento - SEPLAN;
IV. Secretaria de Desenvolvimento Urbano - SEDUR;
V. Secretaria do Meio Ambiente - SEMA;
VI. Secretaria de Desenvolvimento Rural - SDR;
VII. Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social - SJDHDS;
VIII. Secretaria de Promoção da Igualdade Racial - SEPROMI.

A execução e o acompanhamento do Programa, no nível tático e operacional, ficarão a


cargo do Comitê Gestor, composto pelos titulares dos seguintes órgãos e entidades:

I. Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia - CERB, que o


coordenará;
II. Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - EMBASA;
III. Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA;
IV. Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR;
V. Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - CONDER;
VI. Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - SEI;
VII. Superintendência de Proteção e Defesa Civil - SUDEC
VIII. Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural - BAHIATER;
IX. Superintendência de Inclusão e Segurança Alimentar - SISA

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O diagrama a seguir demonstra a integração entre o nível estratégico e o tático operacional
para o planejamento, execução e monitoramento dos resultados pretendidos.

4.2 Competências do Colegiado Institucional


I. Implantar e nomear o Comitê Gestor e dar posse aos seus membros;
II. Convocar reuniões estratégicas entre membros do Colegiado
Institucional e do Comitê Gestor para análise do andamento do
Programa;
III. Aprovar o planejamento plurianual e anual de metas e investimentos
para atender aos objetivos do Programa;
IV. Apreciar os relatórios de acompanhamento, monitoramento e avaliação
relativos as metas planejadas e executadas e difundir os resultados
alcançados;
V. Promover a articulação entre os agentes públicos e privados
relacionados com os objetivos do Programa;
VI. Promover e deliberar sobre os achados de monitoramento¹
encaminhados à Instância Político-Estratégica, definida em Decreto nº
16.664/2016;
VII. Avaliar as demandas por diagnósticos e estudos efetuadas pelo
Comitê Gestor que auxiliem o Governo Estadual na elaboração de
políticas e ações necessárias à oferta de água e atendimento da
demanda;
VIII. Contribuir, no âmbito de sua atuação dos seus membros, para o
cumprimento das ações e metas do programa.

Nota¹: Segundo o Decreto nº 16.664/16, são pontos críticos considerados, a priori, um risco ao
cumprimento regular dos Compromissos e Metas dos programas de Governo

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4.3 Competências do Comitê Gestor
I. Elaborar o planejamento plurianual e anual de metas e investimento
consolidando o Plano de Ação do PAT;
II. Elaborar e difundir o Manual Operativo do Programa;
III. Articular a implementação do Programa em todo o território baiano
prioritariamente no semiárido e bacia do Rio São Francisco com prioridade
para comunidades tradicionais, ribeirinhas, rurais e assentamentos de
reforma agrária e assentamentos precários nas grandes cidades;
IV. Avaliar e apresentar ao Colegiado Institucional demandas por diagnósticos e
estudos que auxiliem o Governo Estadual na elaboração de políticas e ações
necessárias à oferta de água e atendimento da demanda;
V. Garantir a execução do Plano de Ação e deliberações pactuadas pelo
Colegiado Institucional de Coordenação;
VI. Realizar reuniões de acompanhamento do Plano de Ação do programa entre
membros do Colegiado Institucional e do Comitê Gestor.
VII. Articular e integrar atividades técnicas dos órgãos executores das ações
através de seus Supervisores e Gerentes;
VIII. Propor e implantar agenda de trabalho na rotina dos órgãos executores;
IX. Consolidar as propostas de intervenção do Programa Água para Todos no
Estado;
X. Propor a integração do Programa Água para Todos com outros programas
existentes analisando alternativas para integrar projetos e linhas de ações
correlatas;
XI. Compatibilizar e integrar as diversas ações que compõem programas e
projetos executados pelos órgãos estaduais, adequando-as ao modelo de
desenvolvimento sustentável.
XII. Orientar a formatação dos projetos em elaboração para que sejam atingidos
os objetivos estratégicos do Programa.
XIII. Acompanhar a execução das ações e identificar, no Estado da Bahia, os
territórios e municípios aptos ao recebimento de investimentos do Programa
Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água - ÁGUA PARA
TODOS, segundo os critérios estabelecidos pelo Plano Brasil Sem Miséria;
XIV. Monitorar ações e difundir os resultados alcançados ao Comitê Gestor;
XV. Disseminar as melhores práticas implementadas pelas entidades e órgãos
participantes do Programa;
XVI. Apresentar ao final de cada exercício fiscal, para validação do Colegiado
Institucional, o plano de ação integrada para o exercício seguinte,
acompanhado de relatório de avaliação e execução das ações desenvolvidas
no exercício anterior.
XVII. Indicar Supervisores que atuarão como responsáveis pelo desenvolvimento e
acompanhamentos das atividades operacionais dos órgãos e entidades
executoras.
XVIII. Articular e integrar as atividades técnicas dos órgãos executores das ações
através dos Supervisores implementando agenda de trabalho para:
consolidação de propostas de intervenção; análise de alternativa; integração
de projetos e ações; acompanhamento das ações; monitoramento, avaliação
e difusão dos resultados alcançados; gestão de restrições.

4.4 Atribuições da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento – SIHS

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I. Convocar e presidir as reuniões do Colegiado Institucional, ordenando o uso
da palavra e submetendo à votação as matérias a serem decididas;
II. Coordenar o Colegiado, propiciando a articulação dos processos de gestão
para o alcance dos objetivos do Programa;
III. Encaminhar ao Governador do Estado e demais órgãos do Governo Estadual
exposições de motivos e informações sobre as matérias de competência do
Programa Água para Todos;
IV. Solicitar a elaboração de estudos, informações e pareceres sobre temas de
relevante interesse público sobre questões pertinentes ao Programa
V. Propor a agenda de trabalho do Colegiado, objetivando:
a) promover a pactuação do Plano de Ação;
b) integrar as ações das Secretarias e entidades descentralizadas;
c) gerir as restrições;
d) monitorar, avaliar e difundir os resultados pactuados.

4.5 Atribuições da Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da


Bahia - CERB:

I. Coordenar o Comitê Gestor garantindo a elaboração e execução do Plano de


Ação e deliberações pactuadas pelo Colegiado Institucional;
II. Encaminhar ao Colegiado Institucional e demais órgãos/entidades integrantes
do Comitê Gestor exposições de motivos e informações sobre as matérias de
competência do Programa Água para Todos;
III. Propor a agenda de trabalho do Comitê Gestor objetivando:
a) Articular e integrar as atividades técnicas dos órgãos executores das
ações através dos supervisores e gerentes indicados;
b) Consolidar as propostas de intervenção;
c) Gerir as restrições identificadas e o encaminhamento de ações para os
supervisores da ação;
d) Manter o Colegiado Interinstitucional de Coordenação informado das
restrições pertinentes;

4.6 Atribuições dos Supervisores

I. Apoiar a execução das ações do Programa no âmbito da unidade executora,


II. Prestar e revisar informações,
III. Acompanhar e avaliar as ações sob a responsabilidade da unidade executora.
IV. Representar a sua unidade executora em reuniões técnicas do Programa,
quando houver delegação do membro do Comitê Gestor;
V. Propor melhorias no formato de apresentação do sistema informatizado (sítio
oficial do programa) bem como em relatórios técnico-gerenciais.

15
5. OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA

5.1 Estimativa de Recursos – PPA 2016 - 2019

No Plano Plurianual – PPA 2016-2019 foram previstos R$ 6,17 bilhões para o Programa
Água para Todos dos quais 79,27% estão alocados na SIHS para serem executados através
da CERB e da Embasa. Estes recursos estão distribuídos entre 08 secretarias de Estado
para efetivar 10 compromissos e 03 iniciativas como demonstra na Tabela 1.
Na Figura 1, observa-se a participação do recurso por Secretaria de Estado componente do
Colegiado Institucional enquanto que na Figura 2, tem-se a distribuição do orçamento por
fontes de recursos.

16
PPA 2016/2019 POR COMPROMISSO E SECRETARIA
Tabela
PROGRAMA ÁGUA1:PARA
PPA 2016/2019
TODOS (213) por Compromisso e Secretaria – Programa Água para Todos (213)
COMPROMISSO SIHS SETUR SJDHS SEAGRI CASA CIVIL SEMA SEDUR SDR TOTAL
1 - PROMOVER A INOVAÇÃO DA
GESTÃO ESTADUAL DO SANEAMENTO 52.391.323 52.391.323
BÁSICO
2 - REESTRUTURAR A ATIVIDADE DE
REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO
BÁSICO, GARANTINDO A EFICIÊNCIA, A 16.732.280 16.732.280
QUALIDADE E O BOM ATENDIMENTO

6 - AMPLIAR A COBERTURA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
COMPREENDENDO COLETA, 1.192.123.550 2.500.000 1.194.623.550
TRATAMENTO E DESTINAÇÃO
ADEQUADOS
7 - AMPLIAR A INFRAESTRUTURA
HÍDRICA PARA A OFERTA DE ÁGUA DE
USO MÚLTIPLO E SUSTENTÁVEL, COM
QUALIDADE E EM QUANTIDADE
3.585.542.657 419.774.000 1.000.000 4.006.316.657
SUFICIENTE, VISANDO
PRINCIPALMENTE A
UNIVERSALIZAÇÃO DO
ABASTECIMENTO HUMANO
8 - IMPLANTAR SOLUÇÕES HÍDRICAS
EMERGENCIAIS PARA VIABILIZAR A
4.075.000 4.075.000
CONVIVÊNCIA COM A ESTIAGEM

9 - IMPLEMENTAR AÇÕES A PARTIR


DE PESQUISAS E ESTUDOS TÉCNICOS
PARA VIABLIZAR SOLUÇÕES 45.344.190 45.344.190
SUSTENTÁVEIS E INOVADORAS NA
ÁREA DE SANEAMENTO BÁSICO
13 - REDUZIR O DÉFICIT HÍDRICO
ATRAVÉS DO APROVEITAMENTO DE
ÁGUA SUBTERRÂNEA COM ELEVADO
TEOR DE SAL, PARA USO MÚLTIPLO E 85.724.000 85.724.000
SUSTENTÁVEL, NO ÂMBITO DO
PROGRAMA ÁGUA DOCE

14 - IMPLEMENTAR A POLÍTICA
ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 22.644.000 22.644.000

15 - PROMOVER O MANEJO DE ÁGUAS


PLUVIAIS EM PARCERIA COM OS
MUNICÍPIOS, PRIORIZANDO AS ÁREAS
DE SENSIBILIDADE E RISCO
AMBIENTAL, BEM COMO AQUELES 138.082.000 138.082.000
OBJETO DE IMPLANTAÇÃO DE
INFRAESTRUTURA URBANA E
TURÍSITCA

17 - AMPLIAR A INFRAESTRUTRA
HÍDRICA DE USO MÚLTIPLO,
GARANTINDO A TRANSIÇÃO 605.550.000 605.550.000
AGROECOLÓGICA PARA O
DESENVOLVIMENTO RURAL

TOTAL 4.892.134.000 2.500.000 419.774.000 1.000.000 4.075.000 85.724.000 160.726.000 605.550.000 6.171.483.000

Fonte: Governo da Bahia, PPA 2016-2019.

17
Figura 1: Distribuição dos recursos por Secretaria
Fonte: Governo da Bahia, PPA 2016-2019.

Os recursos orçamentários previstos são oriundos de várias fontes como demonstra o


gráfico a seguir e deverão ser atualizados no decorrer dos exercícios subsequentes.

0,13 0,95 0,09 2,21


0,97
6,15 3
17,8

20,7
48

Participação percentual de Fontes de Investimento no PAT


109 ROYALTIES
113 Recursos Diretamente Arrecadados por Órgão da Adm. Direta
121 Operação de Crédito Interna em Moeda
124 Operação de Crédito Externa em Moeda - BIRD
125 Operação de Crédito Externa em Moeda
128 Fundo Estadual de Combate e erradicação da Pobreza
131 Transferência Voluntária Federal / Direta
213 Recursos diretamente Arrecadado por Entidade da Adm. Indireta
231 Convênio com a União / Indireta
245 Recursos pelo Fornecimento de Água Bruta de Reservatório

Figura 2: Distribuição dos recursos por fonte


Fonte: Governo da Bahia, PPA 2016-2019.

18
5.2 Indicadores

Um dos principais desafios que se impõe à gestão pública comprometida com resultados é o
da produção de indicadores destinados às atividades de diagnóstico, monitoramento e
avaliação de programas. Os indicadores são sinalizadores para alcançar uma determinada
situação ou estado desejado, sendo um importante instrumento para medir, qualificar,
perceber, avaliar e comunicar os resultados das ações e processos desenvolvidos.

A utilização de indicadores facilita o planejamento ao indicar fatos que resultem em


mudanças qualitativas e/ou quantitativas de uma condição específica em programas
comparado com as metas estabelecidas, possibilitando apoiar na construção de propostas
de intervenção no contexto apurado, visando a um impacto positivo na gestão
governamental.

Os indicadores vinculados aos processos de planejamento, monitoramento e avaliação


requer critérios consistentes para a sua construção, definindo claramente o que será
monitorado e avaliado, respeitando os objetivos da gestão e criando rotinas sistemáticas
para produção de registros e informações para comunicar os resultados. Para a construção
desses indicadores, alguns pontos devem ser considerados:
 Identificar e classificar os interessados no programa de forma a registrar e entender
as suas expectativas e interesses;
 Com base nos interesses e expectativas colhidas, deve-se encontrar o que constitui
o sucesso do programa;
 Identificar os fatores críticos de sucesso que asseguram os resultados satisfatórios
para o desempenho esperado do programa;
 A partir dos fatores críticos de sucesso é definido as métricas e os indicadores que
permitirão o monitoramento do programa ao longo de seu ciclo de vida;
 Priorizar indicadores com maior relevância que levará ao sucesso pretendido;
 Definir as metas para cada indicador;
 Determinar qual plataforma suportará todas as medições para a interação entre as
áreas da organização;
 Definir como os dados serão coletados, definindo a periodicidade e a
responsabilidade para alimentação dos indicadores;
 Distribuir os resultados através de painéis construídos para cada nível da
organização de acordo com as suas expectativas.

No âmbito das ações estabelecidas por cada órgão executor, foram levantados indicadores
que permitissem acompanhar, avaliar, sugerir, decidir, interferir ou mudar o rumo de um
processo ou conjunto de atividades visando atingir determinado objetivo. Mais adiante são
expostos os indicadores por órgão executor:

19
CERB
INDICADORES TÉCNICOS

INDICADOR CRITÉRIO/MÉTODO
Quantidade de ligações de água existentes no
Acréscimo de Ligações de Água (LA) período - Quantidade de ligações de água
existente no período anterior
Índice de cobertura de água na área de atuação. Metodologia de levantamento de cobertura de
(ICA) água em revisão pela SEI com base nos
cadastros feitos no sistema do PAT para ações
de abastecimento de água.
Desempenho de obras concluídas ao ano (DOC) Acompanhamento das metas estabelecidas em
comparativo às obras entregues anualmente. O
cálculo do desempenho é feito com base na
razão realizado/meta (R/M).
Desempenho de poços perfurados no ano (DPP) Acompanhamento das metas estabelecidas em
comparativo aos poços perfurados anualmente.
O cálculo do desempenho é feito com base na
razão realizado/meta (R/M).
Poços aproveitáveis no ano (PAA) Desdobramento do indicador de poços
perfurados (DPP), apontando quais deles serão
aproveitáveis para consumo humano.
INDICADORES SOCIAIS
Número de reuniões comunitárias com trabalho Quantidade de reuniões realizadas nas
em Educação Ambiental e Sustentabilidade do comunidades que receberão SAA. Essas
Sistema no mês (RC) reuniões tem por objetivo sensibilizar a
comunidade para as questões ambientais, uso
racional da água e sustentabilidade dos sistemas
a serem implantados.
Número de Visitas Domiciliares para estudo do Quantidade de domicílios visitados com o
perfil da comunidade no mês (VD) objetivo de compor o perfil de cada comunidade
que será beneficiada com o SAA.
Número de famílias beneficiadas pelo sistema no Quantidade de famílias de cada comunidade que
mês (FB) serão atendidas com a implantação de um SAA.
Número de atividades socioeducativas nas Quantidade de escolas visitadas onde se
escolas no mês (ASE). realizam atividades voltadas para educação
ambiental e uso racional da água, com o objetivo
de formar multiplicadores que repassarão a ideia
para seus familiares e na comunidade como um
todo.
Número de localidades com Trabalho Social Quantidade de localidades com trabalho social
concluído no mês (LTS) concluído, ou seja, que passou por todas as
ações sociais previstas, como reunião
comunitária, visita domiciliar e atividade
socioeducativa.

20
EMBASA
INDICADORES TÉCNICOS

INDICADOR CRITÉRIO/MÉTODO
Quantidade de ligações de água existentes no
Acréscimo de Ligações de Água (LA) período - Quantidade de ligações de água
existente no período anterior
Acréscimo de Ligações de Esgoto (LE) Quantidade de ligações de esgoto existentes
no período - Quantidade de ligações de
esgoto existente no período anterior.
Índice de cobertura de água na área de Metodologia de levantamento de cobertura de
atuação (ICA) água em revisão pela EMBASA com base em
estudo realizado pelo IBGE.
Índice de cobertura de esgoto na área de A metodologia de cálculo deste indicador está
atuação (ICE) sendo revisada pela Embasa para garantir
resultados com mais precisão.

SEDUR
Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019
Número de Planos
0 0 0 3
Elaborados
Metas
Acompanhamento da
Execução dos Planos 2016 2017 2018 2019

% de evolução do Plano
25% 35% 65% 100%
de Resíduos Sólidos

% de evolução do Plano
Integrado de Resíduos 30% 40% 80% 100%
Sólidos na RMS

% de evolução do Plano
Integrado de Resíduos 30% 40% 80% 100%
Sólidos do Litoral Sul

Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019
Número de Políticas
01 - - -
Elaboradas*
Nota*: Política Estadual de Resíduos Sólidos

21
CONDER
Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019
% de Execução do PAC de
30% 75% 100% -
Resíduos Sólidos

CAR
Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019

População beneficiada por ação


individual (barreiros, 100% 100% 100% 100%
barraginhas, cisternas)

Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019

População beneficiada a partir - 50% 100%


de ação executada no ano
(barragem subterrânea) 4.433 4.433 -

População beneficiada a partir 18% 100%


de ação executada no ano
(barreiro comunitário) 136 614 - -

População beneficiada a partir 11% 52% 84% 100%


de ação executada no ano
(cisternas de calçadão) 3.069 11.478 8.678 4.586

População beneficiada a partir 7% 21% 77% 100%


de ação executada no ano
(barreiro trincheira familiar
500m³) 3.240 6.138 25.575 10.690

SISA
Metas
Nome do Indicador
2016 2017 2018 2019

N° de tecnologias sociais
de acesso a água 100% 100% 100% 100%
implementadas

22
5.3 Metas

No PPA Participativo 2016-2019 o Programa Água para Todos é identificado como o


programa 213 e apresenta os seguintes compromissos:

 Promover a inovação da gestão estadual do saneamento básico;


 Reestruturar a atividade de regulação e fiscalização dos serviços públicos de
saneamento básico, garantindo a eficiência, a qualidade e o bom
atendimento;
 Ampliar a cobertura de esgotamento sanitário compreendendo coleta,
tratamento e destinação adequados;
 Ampliar a infraestrutura hídrica para a oferta de água de uso múltiplo e
sustentável, com qualidade e em quantidade suficiente, visando
principalmente a universalização do abastecimento humano;
 Implantar soluções hídricas emergenciais para viabilizar a convivência com a
estiagem;
 Implementar ações a partir de pesquisas e estudos técnicos para viabilizar
soluções sustentáveis e inovadoras na área de saneamento básico;
 Reduzir o déficit hídrico através do aproveitamento de água subterrânea com
elevado teor de sal para uso múltiplo e sustentável no âmbito do programa
Água Doce;
 Implementar a Política Estadual de Resíduos Sólidos;
 Promover o manejo das águas pluviais, em parcerias com os municípios,
priorizando as áreas de maior sensibilidade e risco ambiental, bem como
aqueles objetos de implantação de infraestrutura urbana e turística;
 Ampliar a infraestrutura hídrica de uso múltiplo, garantindo a transição
agreoecológica para o desenvolvimento rural.

Deste modo, foram analisados indicadores que pudessem transmitir a efetivação dos
resultados ao longo do próximo período estabelecido no programa e que atendessem às
expectativas criadas com base na realidade de cada órgão integrante do Comitê Gestor ou
Colegiado. Estas metas estão expostas nos quadros subsequentes por linha de ação e
discriminado os órgãos responsáveis.

23
Metas por Linha de Ação
ABASTECIMENTO DE ÁGUA

METAS
LINHA DE ÓRGÃO
AÇÃO QUADRIÊNIO INVESTIMENTO
AÇÃO EXECUTOR
2016-2019
410 EMBASA R$ 1.552.878.670
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
2.590 CERB R$ 388.500.000
400.000 EMBASA R$ -
ABASTECIMENTO DE ÁGUA

LIGAÇÕES DE ÁGUA
16.697 CERB R$ 6.311.466
2 EMBASA R$ 227.937.147
BARRAGENS (CONSTRUÇÃO)
5 CERB R$ 350.067.567
2 EMBASA R$ 7.859.358
BARRAGENS (AMPLIAÇÃO)
2 CERB R$ 15.699.826
1 EMBASA R$ 650.330
BARRAGENS (RECUPERAÇÃO)
11 CERB R$ 20.368.061
151 EMBASA R$ 28.717.316
PERFURAÇÃO DE POÇOS
2.500 CERB R$ 80.424.535
CISTERNAS DE CONSUMO (16 M³) 43.189 SISA R$ 119.807.618

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

METAS
LINHA DE ÓRGÃO
AÇÃO QUADRIÊNIO INVESTIMENTO
AÇÃO EXECUTOR
2016-2019
ESGOTAMENTO

SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 145 EMBASA R$ 1.919.401.026


SANITÁRIO

MELHORIAS SANITÁRIAS DOMICILIARES 5.735 CERB R$ 40.639.641

LIGAÇÕES DE ESGOTO 360.000 EMBASA R$ -

PROJETOS SOCIOECONOMICOS E MEIO AMBIENTE

METAS
LINHA DE ÓRGÃO
AÇÃO QUADRIÊNIO INVESTIMENTO
AÇÃO EXECUTOR
2016-2019
BARRAGEM SUBTERRÂNEA 2.600 CAR R$ 40.754.090
BARREIRO COMUNITÁRO 220 CAR R$ 10.560.000
PROJETOS SOCIOECONOMICOS E MEIO

BARREIRO TRINCHEIRA FAMILIAR (500 m³) 13.385 CAR R$ 113.684.684


BARREIRO TRINCHEIRA FAMILIAR (600 m3) 152 SISA R$ 1.047.873
BARREIROS TRINCHEIRA COMUNITÁRIO (1.600 m3) 51 SISA R$ 664.224
CISTERNAS DE CALÇADÃO 8.156 CAR R$ 103.585.682
AMBIENTE

9.000 CAR R$ 112.789.060


CISTERNAS DE PRODUÇÃO
13 SISA R$ 310.002
1.000 SUDEC R$ 4.075.000
LIMPEZA DE AGUADAS 746 CAR R$ 8.609.586
484 SISA R$ 1.365.364
RECUPERAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS 2 CERB R$ 7.877.923
SISTEMAS DE DESSEDENTAÇÃO ANIMAL 240 CERB R$ 9.228.000
FAMÍLIAS ATENDIDAS COM SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA
459.380 BAHIATER R$ 72.000.000
TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL¹
Nota ¹: Segundo a Bahiater, o recurso é adquirido com base em suplementação orçamentária, logo o recurso
apresentado considera apenas os anos de 2016 e 2017

24
SANEAMENTO INTEGRADO

METAS
LINHA DE ÓRGÃO
AÇÃO QUADRIÊNIO INVESTIMENTO
AÇÃO EXECUTOR
2016-2019
SANEAMENTO PRODUÇÃO HABITACIONAL COM URBANIZAÇÃO 8 CONDER R$ 8.236.342
INTEGRADO MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS 7 CONDER R$ 613.317.494

ESTUDOS ESTRATÉGICOS

METAS
LINHA DE ÓRGÃO
AÇÃO QUADRIÊNIO INVESTIMENTO
AÇÃO EXECUTOR
2016-2019
PLANO ESTADUAL DE SANEAMENTO BÁSICO 1 SIHS R$ 9.999.900
PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS 1 SIHS R$ 2.000.000
APOIO TÉCNICO Á ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL
40 SIHS R$ 7.200.000
DE SANEAMENTO BÁSICO
APOIO TÉCNICO À IMPLEMENTAÇÃO DE MODELO DE
6 SIHS R$ 7.400.000
GESTÃO
ESTUDOS ESTRATÉGICOS

PLANOS DE SEGURANÇA HÍDRICA 13 CERB R$ 3.600.000


PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA HÍDRICA 1 SIHS R$ 2.000.100
23 CERB R$ 21.800.000
PROJETO INFRESTRUTURA HID E SANEAMENTO
33 EMBASA R$ 40.632.548
ELABORAÇÃO DE MODELO GESTÃO "CENTRAIS"* 8 CERB R$ -
ESTUDOS E PROJETOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 279 CONDER R$ 11.964.889
PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 1 SEDUR R$ 4.875.222
PLANO INTERMUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO
1 SEDUR R$ 2.499.241
LITORAL SUL (LS)
PLANO INTERMUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS REGIÃO
1 SEDUR R$ 2.700.895
METROPOLITANA DE SALVADOR (RMS)
PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS E ENQUADRAMENTO
7 INEMA
DOS CORPOS D'ÁGUA R$ 27.786.710,29

5.4 Área de Abrangência População Beneficiária

O programa visa atender prioritariamente populações situadas em regiões envolvidas no(a):

 Semiárido baiano;
 Municípios decretados em estado de emergência;
 Comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, fundo de pasto, ribeirinhas);
 Famílias em assentamentos de reforma agrária;
 Municípios do entorno da BTS (Baía de Todos os Santos);
 Comunidades periféricas de grandes cidades e RMS;
 Residentes às margens do rio São Francisco e em seus afluentes principais;

5.5 Critérios de Priorização dos Projetos

Como informação complementar, os estudos populacionais em municípios baianos


realizados pela SEI expõem um panorama referente a cobertura do serviço de
abastecimento de água. Este ranking de municípios aponta em quais deles há uma maior
carência de atendimento e quais deverão ter uma intervenção prioritária para que se busque
cumprir ao princípio de universalização e que possa minimizar os efeitos negativos que a
falta de saneamento recai sobre estas comunidades. Estes estudos vêm sofrendo
atualizações constantes conforme a necessidade e as demandas do próprio setor no intuito

25
de expor a classificação mais fidedigna dos aspectos econômicos, sociais e ambientais que
regem no momento.

Reiterando os grupos sociais descritos no item 5.4 e o olhar mais direcionado do programa
Água para Todos para estas populações específicas – importante destacar que o grau de
priorização leva a sistematização de um critério isolado ou simultâneos – faz-se um retrato
da evolução gradual das ações sobre os municípios baianos.

Recentemente, foram mapeados municípios considerados mais pobres na Bahia e que


demanda diversas intervenções, não só na área do saneamento, mas também educacional,
de saúde, renda, dentre outros. Este levantamento faz observar que há uma intenção
governamental de reequilibrar as necessidades e os resultados sobre melhorias na
qualidade de vida da população beneficiada aliadas às diretrizes de governo configuradas
no PGP e das intervenções políticas sobre o setor.

5.6 Análise e Aprovação dos Empreendimentos

Entende-se por Empreendimentos, para efeito do Programa Água para Todos, a


implantação de: cisternas de consumo e de produção; sistema coletivo de abastecimento;
pequenas barragens; poços; melhorias sanitárias domiciliares dentre outros que venham
contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades que se encontram na linha
de pobreza, com especial atenção para o semiárido baiano.
Estes empreendimentos podem ser solicitados aos órgãos/entidades executoras estatais,
mediante os seguintes procedimentos:

26
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
Secretaria de Infraestrutura Hídrica e
Saneamento

PROCESSO DE SOLICITAÇÃO E REALIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS

DEFINIÇÃO Procedimento para sistematizar as solicitações de empreendimentos


em determinadas áreas.
RESPONSÁVEL PROCEDIMENTO ATIVIDADE
Solicitante 1. Solicita através de demandas espontâneas Solicitação do
oriundas de Associações comunitárias e Empreendimento;
prefeituras e demandas de áreas
Acompanhamento
tecnicamente mais carentes dos serviços
de saneamento a implantação de um
empreendimento justificando a sua
necessidade;
2. Encaminha a solicitação para
Diretoria/Superintendência/Coordenação
competente para seleção de obras
prioritárias;
3. Aguarda definição da
diretoria//superintendência coordenação
das obras selecionadas;
Órgãos e Entidades 4. Analisa os pleitos de acordo com os Análise e
Executoras critérios estabelecidos (Ver subitem 5.5) e Encaminhamento
elabora parecer sobre os mesmos;
5. Avalia disponibilidade de recursos por meio
de fontes de financiamento;
6. Encaminha os pleitos analisados para os
Supervisores;
Supervisores 7. Recebem os pleitos analisados e elaboram Recebimento e
uma listagem compatibilizando todos os Divulgação
pleitos;
8. Encaminham a listagem para o Comitê
Gestor para conhecimento;
Comitê Gestor 9. Acompanham os empreendimentos a Acompanhamento e
serem executados e encaminham aos Monitoramento
órgãos/entidades responsáveis pela sua
execução;
Órgãos e Entidades 10. Executam os empreendimentos conforme Execução e Divulgação
Executoras/Supervisores seus orçamentos disponíveis e prazos;
11. Apropriam as informações sobre os
empreendimentos no software de
acompanhamento para quantificação das
metas físico-financeiras do programa;
12. Mantêm o Comitê Gestor informado do
andamento da execução dos
empreendimentos;
13. Elabora relatório gerencial das ações
realizadas para divulgação e apreciação do
Colegiado Institucional e encaminha para o
Comitê Gestor

27
Comitê Gestor 14. Recebe e avalia o relatório gerencial; Recebimento e
15. Discute entre os membros seus resultados; Divulgação
16. Divulga para o Colegiado Institucional para
apreciação e conhecimento;
Colegiado Institucional 17. Recebe do Comitê Gestor as informações Recebimento, apreciação
estratégicas para o Governo; e Divulgação
18. Discute entre seus membros seus
resultados;
19. Submete para apreciação do Chefe
Executivo do Estado;
20. Submete para divulgação midiática das
ações do PAT em todo o Estado.
Data de atualização:15/09/2016

5.7 Monitoramento e Acompanhamento das Ações

O Sistema de Acompanhamento do PAT tem como objetivo compilar os resultados mensais


alcançados pelas diversas unidades executoras. A alimentação dos dados é de fundamental
importância para que a CERB, como Coordenadora do Comitê Gestor (CG/PAT), possa
elaborar os relatórios de monitoramento e avaliação. Para tanto, é necessário que os
parceiros envolvidos na execução sigam os seguintes procedimentos:

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA


Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento

PROCESSO DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES


DEFINIÇÃO Procedimento para compilar os resultados mensais alcançados pelas
diversas unidades executoras das ações compactuadas no Plano de Ação,
permitindo a estruturação do banco de dados do Programa Água para Todos
RESPONSÁVEL PROCEDIMENTO ATIVIDADE
CERB 1. Comunica aos parceiros, via email, a abertura do Disponibiliza o
sistema para inserção dos dados, no primeiro dia útil de Sistema para
cada mês, indicando data limite para inclusão; os parceiros

Órgãos e Entidades 2. Identifica funcionário responsável pela inserção dos Inclusão dos
Executoras dados dados no
3. Solicita, às áreas técnicas, os relatórios emitidos Sistema
informando as ações concluídas, em andamento e
paralisadas;
4. Insere os dados no sistema, com base nos relatórios
técnicos, no prazo acordado com a CERB de 10 dias
úteis;
5. Encaminha para a CERB os relatórios técnicos para
conferência;
6. Elabora um comparativo com as metas acordadas;
7. Apresenta relatórios nas reuniões bimensais do Comitê
Gestor;
CERB 8. Efetua conferência dos dados e solicita esclarecimentos Conferencia
ou ajustes ao órgão/ entidade executora, quando houver dos dados e
inconsistência; Emissão de
9. Formata e emite, via sistema, os relatórios mensais da Relatório

28
execução do Programa permitindo acesso a todos os
órgãos executores envolvidos.
10. Emite, mensalmente, no formato Excel o Relatório Geral
do PAT e encaminha, via email, para SIHS
Data 15/09/2016

5.8 Consultas disponíveis na ferramenta do PAT

Na ferramenta, existem dois campos macros denominados “Conteúdo Auxiliar” e “Seções”.


Para o primeiro campo, disponível apenas para consulta de dados, é possível a visualização
de obras, linhas de ação, serviços, municípios e órgãos cadastrados.
Para o segundo campo “Seções”, subitem “Obras”, a partir de uma triagem do que se deseja
buscar no sistema, poderá visualizar seu status de execução, localidade, município,
investimento e população beneficiada.

Na aba que compete a “Relatórios”, cabe ao operador gerar documentos cujos dados serão
expostos conforme os filtros selecionados. O sistema permite também extrair relatórios já
incluídos, podendo selecionar período e ações de interesse para a busca. A ferramenta vem
sofrendo modificações a fim de propor maior dinamismo na busca pelas informações de
interesse do usuário, fornecendo ainda metas ao longo do quadriênio do programa,
divulgações quali-quantitativas e mapeamento de suas ações em todo o estado.

Além do atual Sistema de Acompanhamento do PAT o monitoramento e avaliação do


Programa deverá estar alinhado com a sistemática definida pela Secretaria do Planejamento
– SEPLAN conforme o Decreto nº 16.664/2016 que institui o Modelo de Gestão do PPA
Participativo 2016-2019 Institui os princípios, as diretrizes e outros elementos norteadores
para gestão do Plano Plurianual Participativo - PPA para o quadriênio 2016 - 2019, no
âmbito do Poder Executivo Estadual. Para tanto, é preciso envolver técnicos das áreas afins
para que possam avaliar em conjunto o grau de integração.

5.9 Responsabilidades e Funções de Cada Órgão

BAHIATER

Órgão de administração direta da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), responsável


pela promoção de ações e políticas de assistência técnica e extensão rural com vistas a
melhorias nas condições de renda, qualidade de vida, promoção social e sustentabilidade no
meio rural. Responsável ainda pelo desenvolvimento de ações e projetos socioeconômicos
e de meio ambiente voltados para o manejo, proteção, conservação e recuperação de
recursos naturais de agrossistemas e da biodiversidade, bem como, aplicar o conhecimento
sobre tecnologias sustentáveis e/ou renováveis que alinhem produção de renda e proteção
ao meio ambiente.

CAR

Empresa pública de capital exclusivo do Estado vinculada à SDR, tem como finalidade
coordenar e promover execução de políticas e programas integrados de desenvolvimento
em todo o Estado, com exceção na Região Metropolitana de Salvador.

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No âmbito do programa Água para Todos, a CAR atua em projetos voltados para o fomento
à socioeconomia e aproveitamento de recursos naturais para convivência com o semiárido,
a exemplo de cisternas para consumo e produção.

CERB

Empresa pública vinculada a SIHS cuja atribuição perante o Estado é de garantir a oferta de
água para melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável, mitigação da
seca e convivência com o semiárido, cuja atuação é predominante em populações rurais.
Responsável pela execução de programas, projetos e ações de aproveitamento dos
recursos hídricos e saneamento rural do Estado da Bahia, tem se destacado no atendimento
às populações carentes, sobretudo, no que se refere à perfuração de poços, construção de
sistemas integrados, convencionais e simplificados de abastecimento de água e construção,
sistemas de dessedentação animal, melhorias sanitárias domiciliares, construção e
operação de grandes barragens.

No contexto do programa, a CERB atua institucionalmente como coordenadora do grupo


executivo que, além de monitorar e fiscalizar suas ações também busca garantir a qualidade
e q quantidade das ações computadas por todos os entes participantes do Comitê Gestor.
Atualmente apresenta intervenção em praticamente todas as linhas de ações monitoradas
no programa.

CONDER

Empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR, tem por


finalidade executar as obras e ações imediatamente correlatas, inerentes às políticas de
edificações públicas, desenvolvimento urbano e habitacional no Estado da Bahia.

Promover a melhoria da qualidade de vida da população, por meio da execução de obras de


mobilidade, habitação, equipamentos e requalificação urbanística, bem como ações em
coleta e destinação de resíduos sólidos pautado em planos e estudos, manejo de águas
pluviais por meio de uma conduta social e ambientalmente responsável. Em nível de
atuação do programa, a CONDER colabora com a linha de ação “Saneamento Integrado”,
expandindo-se nesta nova etapa para ações atinentes a “Estudos Estratégicos”.

EMBASA

Empresa pública vinculada a SIHS, cuja missão é prestar serviços de abastecimento de


água e esgotamento sanitário, em caráter de cooperação com os municípios, buscando a
universalização desses serviços de modo sustentável e contribui para a melhoria da
qualidade de vida e para o desenvolvimento. Tem como atuação predominante o
atendimento a populações urbanas.

A Embasa elabora e executa estudos e projetos técnicos; presta serviços e desempenha


outras atividades complementares e correlatas com o seu objetivo básico; constrói e opera
sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, utilizando métodos de
controle da qualidade da água potável e dos efluentes domésticos tratados em quaisquer
municípios do Estado da Bahia; atua na implantação de uma política interna racional de
ligações domiciliares de água e esgotos sanitários, elaborando normas técnicas atinentes
aos serviços da sua competência, avaliando os custos operacionais e elaborando estudos
para a fixação e revisão das tarifas dos serviços da sua competência, delegada legalmente
pelo estado e municípios concedentes.

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No âmbito do PAT, a EMBASA realiza as ações supramencionadas, enveredando-se
também para execução de obras de barragens.

INEMA

Autarquia estadual vinculada à Secretaria de Meio Ambiente - SEMA que tem por finalidade,
promover a integração do sistema de meio ambiente e recursos hídricos do Estado da
Bahia, com objetivo de executar ações e programas relacionados à Política Estadual de
Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade (Lei nº 12.377/11), a Política Estadual de
Recursos Hídricos (Lei nº 11.612/09) e a Política Estadual sobre Mudança do Clima (Lei nº
12.050/11). Ao Inema, fica atribuído no PAT, o papel de elaborar os Planos de Bacias
Hidrográficas que representam um dos instrumentos previstos na Política de Recursos
Hídricos do Estado.

SEI

Autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento - SEPLAN, apresenta, dentre outras


competências, de produzir, coordenar e executar atividades de análise e disseminação das
informações de natureza estatística, geográfica, cartográfica e demográfica, necessárias ao
conhecimento da realidade física, social e econômica do Estado da Bahia.

No âmbito do programa, a SEI possui o papel consultivo e de norteador de informações


estatísticas e geográficas que permitem a formulação e avaliação de políticas públicas,
planos e programas de desenvolvimento.

SISA

Unidade da administração centralizada da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e


Desenvolvimento Social – SJDHDS, compete à Superintendência de Inclusão e Segurança
Alimentar-SISA, apoiar, orientar, promover, fortalecer, coordenar, acompanhar, controlar e
executar programas, ações e atividades voltadas à inclusão social, segurança e assistência
alimentar, no âmbito estadual, divulgando as ações governamentais de sua área de
competência e complementação local. No contexto do PAT, a SISA atua
predominantemente na linha de “Projetos Socioeconômicos e Meio Ambiente” por meio de
implantação Tecnologias sociais de captação de agua de chuva para consumo e produção:
cisterna de placa, cisterna calçadão, barreiros trincheira familiar e comunitário, limpeza de
aguadas, tangue de pedra, dentre outros.

SUDEC

Órgão da administração indireta vinculada a Casa Civil, a Superintendência Estadual de


Proteção e Defesa Civil - SUDEC tem a finalidade de implementar o Plano Estadual de
Proteção e Defesa Civil, bem como coordenar, executar e supervisionar as atividades de
prevenção, preparação, resposta e reconstrução às situações de emergência ou de
calamidade pública.

No âmbito do PAT, a SUDEC atua em ações voltadas para minimizar os impactos causados
pelos desastres, como estiagens e secas, por exemplo, que provocam o desabastecimento
hídrico nas comunidades afetadas. Dentre essas ações, este órgão estabeleceu a meta de
realizar limpeza e/ou ampliação de aguadas

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5.10 Análise Crítica de Desempenho

A análise crítica de desempenho do Programa Água para Todos ocorrerá em dois níveis:

o Nível Estratégico: Colegiado Institucional de Coordenação;


o Nível Tático e Operacional: Comitê Gestor e Supervisores dos órgãos e
Instituições executoras

O acompanhamento do Programa se dará através de reuniões mensais nas várias


instâncias e o controle das metas e cronograma das obras será monitorado através do
software implantado para este fim.

Reuniões do Colegiado Institucional de Coordenação:

Estas reuniões terão caráter estratégico, ocorrerão com periodicidade semestral e nelas
serão avaliadas as macro-estratégias e direcionamentos gerais do programa.

Reuniões do Comitê Gestor:

Estas reuniões terão caráter tático, ocorrerão com periodicidade bimensal e nelas serão
avaliados:
 Indicadores de desempenho do programa;
 Alcance das metas físicas e financeiras do programa;
 Definição das ações a serem implementadas de acordo com os critérios de
elegibilidade estabelecidos;
 Avaliação dos relatórios de acompanhamento consolidados por componentes e
instituições.

Reuniões dos Supervisores das Instituições Executoras

Estas reuniões terão caráter operacional e sua periodicidade será conforme a necessidade
de acompanhamento das decisões técnicas tomadas pelos supervisores, nas quais devem
ser considerados como pontos importantes de pauta:

 Levantamento e exposição, quando solicitado, dos Indicadores de desempenho do


programa;
 Monitoramento e análises críticas do alcance das metas físicas e financeiras do
programa;
 Apresentação dos relatórios de acompanhamento consolidados por componentes e
instituições;
 Sistematização das informações que serão encaminhadas ao Comitê Gestor.

5.11 Divulgação dos Resultados

Para obtenção de um bom resultado, é preciso estabelecer um conjunto de serviços e


esforços voltados para materialização de um objetivo comum, onde é possível analisar

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comparativamente o realizado versus planejado e apontar a efetividade de suas ações por
meio de indicadores.

Em nível operacional, torna-se necessária a emissão de relatórios técnicos elaborados pelos


Supervisores do programa e por órgão executor de modo que sejam submetidos para
apreciação do Titular e Suplente correspondentes. Após esta validação, importante divulgar
estes resultados interna e externamente ao governo.

Anualmente, os resultados obtidos pelo Programa deverão ser divulgados visando dar
transparência e publicidade das ações executadas e seu impacto na qualidade de vida da
comunidade beneficiária, utilizando os canais de comunicação usualmente disponíveis pelas
assessorias de comunicação dos entes parceiros do Programa.

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