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regras de medição

2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS
2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS

2.1 Regras gerais

2.2 Desvio de obstáculos

2.3 Protecções

2.4 Drenagens

2.5 Desmatação

2.6 Abate ou derrube de árvores

2.7 Desenraizamentos

2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)


2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS1

2.1 Regras gerais

As informações2 relativas à planimetria3 e altimetria4 e os resultados do reconhecimento ou da


prospecção geotécnica5 do terreno, que são indicados no projecto, serão referidos nas medições.

As informações sobre a existência de redes de distribuição - água, esgotos, gás, electricidade, etc
- ou quaisquer outros obstáculos à realização dos trabalhos serão apresentadas no enunciado
das medições.

As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas
indicadas no projecto e sem consideração de empolamentos6.
2.2 Desvio de obstáculos7

Regra geral, os trabalhos de desvio de qualquer obstáculo à execução da obra serão medidos à
unidade (un), com indicação resumida da natureza desses trabalhos.

A medição do desvio de canalizações e de cabos enterrados8 será feita medindo separadamente


o movimento de terras necessário, segundo as regras enunciadas em Movimento de terras para
canalizações e cabos enterrados, e a remoção e reposição das canalizações e dos cabos, pelos
mesmos critérios relativos à sua montagem.
2.3 Protecções

A medição será realizada à unidade (un).

A medição engloba todas as operações e materiais necessários para assegurar a protecção de


qualquer construção ou vegetação existente no local da obra e que não deva ser afectada durante
a execução dos trabalhos.
2.4 Drenagens9

A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será realizada em m2 de


superfície do terreno a drenar, medida em planta.

A medição engloba todas as operações necessárias à execução das drenagens.

A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização de movimento de terras, será


incluída na medição destes trabalhos.
2.5 Desmatação

A medição será realizada em m2.

A medição refere-se à desmatação10 de arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m de


diâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito DAP)11.

A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.

A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desmatação,


nomeadamente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoção e descarga12.

Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas
próprias.

As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos da
desmatação13.
2.6 Abate ou derrube de árvores

A medição será realizada à unidade (un)14.

A medição refere-se ao abate ou derrube de árvores com mais de 0,10 m de diâmetro,


determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito - DAP) e inclui o arranque de
raízes15.

A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de abate ou derrube,
designadamente: abate, desponta, descasque, operação de torar, empilhamento, transporte,
remoção ou descarga.

Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas
próprias.

As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito16 ou vazadouro dos produtos do
abate ou derrube de árvores.
2.7 Desenraizamentos

A medição será realizada à unidade (un)17.

A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desenraizamento


nomeadamente: arranque de raízes18, empilhamento, carga, transporte, remoção, descarga, e os
trabalhos a realizar com a sua eliminação, quando necessária.

Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas
próprias.

As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito19 ou vazadouro dos produtos de
desenraizamentos.
2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)

A medição será realizada em m2.

A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de arranque e


conservação de leivas, nomeadamente: arranque, empilhamento, carga, transporte, depósito e
conservação.

Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas
próprias.

As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito das leivas, e os métodos de
depósito e conservação.

A medição do arranque de leivas unicamente para remoção, será incluída no subcapítulo


Decapagem ou remoção de terra vegetal do capítulo Movimento de terras.
1
Este capítulo refere-se às regras de medição dos trabalhos necessários para a preparação da execução das obras. As
medições de outros trabalhos que também antecedem em geral a execução da obra, como por exemplo a execução
das vias de acesso ao estaleiro, de vedações ou tapumes da obra, dado que pela sua natureza são próprios da
implantação e organização do Estaleiro, são assim consideradas nesse capítulo. As demolições, que também poderiam
estar englobadas nesta rubrica, são no entanto consideradas, pela sua importância, no capítulo relativo a Demolições.

2
Estas informações ou são devidamente explicitadas no enunciado das medições ou então indicam-se as referências
das peças do projecto onde são mencionadas.

3
Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível (Especificação E1 - LNEC -
Vocabulário de Estradas e Aeródromos).

4
Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nível de referência (Especificação
E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos). Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à
execução duma obra, possa dar as informações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os
seguintes pontos:
• indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de cotas de pontos notáveis;
• localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham implicações com a execução dos
trabalhos, como por exemplo:
o árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;
o lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;
• localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções antigas, indicações de poços,
caves, galerias subterrâneas, etc;
• localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou de demolição;
• implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de telefones ou de partes que as
constituem, desde que possam ser localizadas à superfície do terreno.

5
Dos resultados do reconhecimento ou da prospecção geotécnica do terreno, podem ter interesse para a medição
elementos da seguinte natureza:
• construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar, nomeadamente: fundações de
edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços, galerias subterrâneas, etc;
• nível freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a execução destas. Tem
importância fazer referência à necessidade da realização de bombagens para esgoto das águas durante as
escavações;
• necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a ter em consideração na
sua utilização;
• existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinações desfavoráveis, etc.) que
exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação, etc.
Refira-se que a medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:
• a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de funcionamento serão medidos
em rubricas próprias;
• a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;
• a permanência em obra será medida em kW/dia;
• o funcionamento será medido em kW/hora.
Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas.

6
Esta regra tem como objectivo evitar o estabelecimento de conflitos resultantes da existência de diferentes critérios
para o cálculo dos empolamentos dos terrenos e para a execução do movimento de terras necessário à execução de
determinados trabalhos. Por esse motivo, as unidades a considerar na determinação das medições deverão ser
exclusivamente obtidas das plantas e perfis do terreno e dos desenhos e cotas dos elementos enterrados indicados no
projecto, sem consideração dos acréscimos de movimento de terras dependentes do modo de execução dos trabalhos
nem dos volumes resultantes dos empolamentos na medição do transporte de terras. Estes acréscimos de movimento e
transporte de terras serão considerados nos custos unitários dos respectivos trabalhos, que serão devidamente
majorados.

7
Esta rubrica refere-se aos trabalhos de deslocação de determinados elementos que, por estorvarem a execução da
obra, têm de ser colocados noutros locais, provisória ou definitivamente. Distinguem-se, portanto, da simples demolição,
pelo que são considerados neste capítulo. Como exemplo, podem considerar-se os desvios de cabos de transporte de
energia eléctrica ou de telefones (geralmente executados pelas empresas fornecedoras de energia e companhias de
telefones, o que deve ser indicado no enunciado da medição), de canalizações, etc.

8
As medições destes trabalhos podem ser consideradas em conjunto, neste capítulo, ou indicadas nos capítulos de
Movimento de terras, e Instalações de canalização) consoante o critério que o medidor pense mais conveniente para
uma mais fácil orçamentação.

9
Refere-se às drenagens preparatórias do terreno de construção e não às drenagens necessárias à protecção do
edifício, que serão considerados em Pavimentos e drenagens exteriores.

10
Segundo o Vocabulário de Estradas e Aeródromos, a desmatação é a "operação que consiste em limpar o terreno de
todos os obstáculos de natureza vegetal, antes de iniciar os trabalhos de uma terraplenagem".
Saliente-se ainda que terrapleno ou terraplano é sinónimo de terreno plano e terraplenar ou terraplanar significa formar
terrapleno em. Por este motivo, resolveu-se restringir o significado do termo terraplenagem (utilizado correntemente
com uma aplicação mais vasta) às operações de regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da implantação
definitiva da obra.
Assim, considera-se que esta rubrica só se refere a arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m de diâmetro à
altura do peito (DAP). As regras de medição do abate de árvores com mais de 0,10 m de diâmetro e do arranque de
leivas são tratadas nas rubricas Abate ou derrube de árvores e Arranque e conservação de leivas (placas de relva),
respectivamente.

11
DAP (diâmetro à altura do peito) - árvores com mais de 0,10 m de diâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo.

D > 0.10 m (Medição à unidade (un))


D < 0.10 m (Medição em m
12
Quando o projecto permitir a extinção directa pelo fogo da vegetação do local do terreno de construção, a medição
deverá fazer referência a esta condição. É necessário considerar que a destruição pelo fogo não exclui a posterior
limpeza do terreno e o transporte dos produtos resultantes.

13
Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte a depósito ou
vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.
Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode
não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a
concurso, o custo de transporte de 1 m3 do produto desmatado, a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo
dos trabalhos a mais ou a menos.

14
A medição deverá indicar, portanto, o número de árvores a abater ou o número de árvores por hectare. Seria útil,
para a elaboração do orçamento, a indicação da espécie e o diâmetro médio das árvores à altura do peito.

15
Como foi referido na alínea b) do subcapítulo relativo a Desmatação, tem-se: a medição refere-se à desmatação (ver
nota do respectivo capítulo) de arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m de diâmetro, determinado à altura de
1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito DAP).

16
Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte a depósito ou
vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.
Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode
não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a
concurso, o custo de transporte de 1 m3 dos produtos resultantes do abate ou derrube, a 1 km de distância, de forma a
possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

17
Se nos mesmos locais houver necessidade de se executarem volumes apreciáveis de terraplenagens, poderá ser
desnecessário considerar os desenraizamentos.

18
O arranque de raízes pode implicar uma posterior reposição de terras que, nestes casos, também está compreendida
na medição.

19
Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de transporte a depósito ou
vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar da indicação da distância média
de transporte, aquando da realização da obra, pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-
se importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 de produto desenraizado a 1 km
de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

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