You are on page 1of 21

NORMA DNIT 073/2006 – ES

Tratamento ambiental de áreas de uso de obras e


do passivo ambiental de áreas consideradas
planas ou de pouca declividade por revegetação
arbórea e arbustiva – Especificação de serviço
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Autor: Diretoria de Planejamento e Pesquisa / IPR
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA- Processo: 50.607.006.739/2005-97
ESTRUTURA DE TRANSPORTES Aprovação pela Diretoria Colegiada do DNIT na reunião de 11/07/2006.

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E
PESQUISA
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
INSTITUTO DE PESQUISAS citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de
RODOVIÁRIAS propaganda comercial.

Rodovia Presidente Dutra, km 163 Nº total de


Centro Rodoviário – Vigário Geral Palavras-chave:
páginas
Rio de Janeiro – RJ – CEP 21240-000 Meio ambiente, tratamento ambiental, áreas planas, revegetação arbórea e
Tel/fax: (21) 3371-5888
arbustiva. 21

8 Pagamento ...................................................... 19
Resumo
Índice geral.............................................................. 21
Este documento define a sistemática para ser usada no
tratamento ambiental de áreas afetadas pelo uso ou Prefácio
pela implantação de obras rodoviárias e do passivo
A presente Norma foi preparada pela Diretoria de
ambiental de áreas classificadas como planas ou de
Planejamento e Pesquisa para servir como documento
baixa declividade. Descreve o método conhecido como
base na definição da sistemática para ser empregada no
revegetação árborea e arbustiva.
tratamento ambiental de áreas afetadas pelo uso ou
Abstract degradadas pela implantação de obras rodoviárias e de
áreas do passivo ambiental, classificadas como planas
This document defines the procedures to be employed in
ou de baixa declividade. Aborda o método da
the environmental approach to areas having been
revegetação arbórea. Esta Norma incorpora e
damaged by road works and environmentally liable
complementa a DNER-ES 341/97 – Proteção do Corpo
areas, both of which are described as plane or of low
Estradal – Proteção Vegetal e está baseada na Norma
declivity. It describes the method known as “arboreous
DNIT 001/2002 – PRO.
restoration”.

1 Objetivo
Sumário

Prefácio ........................................................................ 1 Definir e fixar a sistemática a ser usada na execução do


tratamento ambiental de áreas afetadas pelo uso ou
1 Objetivo ................................................................ 1
pela implantação de obras e do passivo ambiental, de
2 Referências normativas e bibliográficas............... 2 áreas classificadas como planas ou de pouca
declividade, utilizando como cobertura parcial ou total o
3 Definições ............................................................ 2
processo de revegetação arbórea e arbustiva e
4 Condições gerais.................................................. 3 apresentar os procedimentos e as especificações

5 Condições específicas ......................................... 5 necessárias à implantação de um viveiro de mudas para


produção de espécies vegetais arbustivas e arbóreas.
6 Controle e inspeções............................................ 19

7 Medição................................................................ 19
NORMA DNIT 073/2006 – ES 2

As áreas que se enquadram nesta classificação são as concerne ao combate ao processo erosivo, recuperação
áreas de empréstimos de solo, de jazidas de cascalhos de áreas degradadas e do passivo ambiental:
e de bota-foras, áreas do canteiro de obras constituídas a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-
pelos locais da administração, da manutenção e de ESTRUTURA DE TRANSPORTES. Diretrizes
abastecimento de equipamentos e veículos, de básicas para atividades rodoviárias ambientais:
estocagem e manuseio de materiais de construção, de escopos básicos / instruções de serviço. 2. ed.

produção industrial de dispositivos e peças de concreto Rio de Janeiro, 2005.

ou de usinados de asfalto. b) ______. Manual para atividades rodoviárias


ambientais. Rio de Janeiro, 2006.
Esta Norma complementa a DNIT 071/2005 - ES –
Tratamento Ambiental de Áreas de Uso de Obras e do
3 Definições
Passivo Ambiental de áreas classificadas como planas
ou pouco inclinadas pela Revegetação Herbácea, para 3.1 Adubação
as quais se aplicará o plantio de mudas de árvores e de
arbustos como revegetação de sucessão ou como É o processo de deposição de adubo ou fertilizante na
paisagismo, segundo a localização destas áreas na cova, para correção das deficiências nutritivas do solo
faixa de domínio ou fora da mesma. O processo de em relação às necessidades das espécies vegetais que
plantio poderá será manual e em covas adubadas onde serão plantadas.
as mudas são implantadas e tutoriadas.
3.2 Análise laboratorial dos solos sob aspectos
2 Referências normativas e bibliográficas edáficos e pedológicos

2.1 Referências normativas É a caracterização do solo através de ensaios


laboratoriais para determinação da sua composição
A presente Norma Ambiental é concernente aos química e física, objetivando determinar seu grau de
procedimentos desenvolvidos nas seguintes fertilidade, suas deficiências nutrientes para as plantas,
especificações: sua granulometria, de modo a se propor um padrão de
a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS adubação e nutrientes necessários ao bom
DE RODAGEM. DNER-ES 278/97: desenvolvimento da vegetação plantada. Os ensaios
terraplenagem – serviços preliminares: laboratoriais se constituem na determinação dos teores
especificação de serviço. Rio de Janeiro, 1997.
de alumínio trocável, cálcio e magnésio, fósforo
b) ______. DNER-ES 279/97: terraplenagem – disponível, potássio trocável e teores de matéria
caminhos de serviços: especificação de serviço. orgânica.
Rio de Janeiro, 1997.

c) ______. DNER-ES 281/97: terraplenagem – 3.3 Áreas de uso do canteiro de obras, nomeadas
empréstimos: especificação de serviço. Rio de planas ou pouco inclinadas
Janeiro, 1997.

d) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-


São aquelas cuja declividade varia de 0% a 8%,

ESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT definidas por todas as áreas necessárias ao


071/2006 - ES: tratamento ambiental de áreas de fornecimento, manuseio, preparo de misturas ou
uso de obras e do passivo ambiental de áreas transformações de materiais de construção para
consideradas planas ou de pouca declividade por confecção do corpo estradal e os acessos às
vegetação herbácea: especificação de serviço.
comunidades lindeiras, da pavimentação e dos
Rio de Janeiro, 2006.
dispositivos de proteção do mesmo, tais como, sistema
de drenagem superficial e subterrânea e das obras de
2.2 Referências bibliográficas
arte correntes e especiais.
Para o bom entendimento desta Norma deverão ser Da mesma forma, podem ser incluídas nesta
consultados os documentos a seguir nomeados, no que classificação o relevo plano ou ondulado de encostas
sujeitas ao processo erosivo.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 3

3.4 Calagem do solo evitar o seu tombamento pela ocorrência dos ventos,
garantindo firmeza na muda para favorecer o seu
É a atividade que se constitui na aplicação de calcário crescimento retilíneo, e oferecer proteção contra ações
dolomítico no solo natural através de sua deposição na que possam danificá-la.
cova misturada ao solo orgânico, na proporção indicada
Por meio de uma estaca cravada lateralmente à muda, e
pela sua necessidade edáfica e pedológica objetivando
o amarrio da planta na estaca com fita de plástico para
a correção da acidez.
não machucar o caule da mesma, estará garantida a

3.5 Cova para plantio de mudas sua proteção. É usual pintar a extremidade superior da
estaca de branco, da ordem de 0,30 m para facilitar a
É a escavação manual ou mecanizada do solo, da sua localização, quando a vegetação circundante
ordem de 0,40 m x 0,40 m x 0.60 m para arbustos e crescer em volta da mesma.
0,60 m x 0,60 m x 0,60 m para árvores onde será
depositada a mistura de solo orgânico, cal, adubo 3.10 Viveiro de mudas

orgânico ou químico, complementada com solo natural e


É denominado o local onde serão produzidas as mudas
implantada a muda.
arbóreas e arbustivas necessárias ao projeto

3.6 Passivo ambiental paisagístico da rodovia e a revegetação de sucessão,


podendo-se associá-lo às seguintes funções e atrativos:
É constituído por áreas anteriormente utilizadas, quer na
a) produção de mudas florestais e
construção primitiva da rodovia, quer pelos serviços de
ornamentais;
conservação e manutenção rodoviária, e que não
tiveram o tratamento ambiental devido, originando b) espaço para desenvolver o Programa de

danos ou perdas ambientais aos patrimônios físico, Educação Ambiental e Comunicação Social

biótico ou antrópico da região onde se insere a rodovia, através de encontros públicos;

podendo a sua declividade se enquadrar em uma das c) aspecto paisagístico agradável;


duas classificações anteriormente citadas.
d) distribuição de um excedente de mudas

3.7 Plantio de árvores ou arbustos para as associações rurais e entidades


afins;
É o processo de aplicação das espécies vegetais no
e) atendimento às demandas internas de
solo em covas devidamente preparadas, para
reabilitação ambiental da rede rodoviária do
germinação ou reprodução, crescimento ou
DNIT;
desenvolvimento vegetativo, objetivando a cobertura
total ou parcial da área nua ou degradada, o qual se f) função de pesquisa.

processará por meio de sementes ou mudas das


4 Condições gerais
espécies vegetais.

A prática corrente da implantação do paisagismo


3.8 Tratamento ambiental
rodoviário tem mostrado a grande dificuldade de se

É o conjunto de ações, procedimentos ou atividades que suprir estes projetos com as quantidades e as

objetivam a reabilitação ambiental das áreas qualidades necessárias das espécies vegetais, bem

degradadas pelo uso da construção de obras, tornando- como as distorções e abusos de preços pesquisados,

as aptas ao uso primitivo, e conformando-as ou exigindo do Órgão Rodoviário o planejamento de

adequando-as à Legislação Ambiental pertinente. viveiros para produção de suas próprias mudas.

Para se alcançar os objetivos almejados, é necessário a


3.9 Tutoramento implantação de viveiros ou hortos florestais para permitir
a adaptabilidade das espécies importadas, como
Consiste na colocação de estaca de bambu junto a
também a reprodução das espécies nativas da região.
muda, da ordem de 1,0 a 1,5 m de altura, objetivando
NORMA DNIT 073/2006 – ES 4

Esta revegetação implantada tem a finalidade de duradouro e eficaz ao longo do tempo, além do custo
oferecer aos usuários uma visão agradável da rodovia e unitário mais reduzido.
do seu entorno, procurando valorizar a vegetação Acrescentar-se-ão às características anteriormente
existente, a paisagem natural em si, bem como mencionadas a reintegração da faixa rodoviária à
possibilitar a recuperação de áreas degradadas e das paisagem lindeira e a preservação do patrimônio biótico
áreas terraplenadas, sendo plantadas espécies vegetais regional e a associação da sinalização viva do corpo
ao longo da rodovia, tanto no canteiro central como nos estradal.
bordos, conforme suas características, proporcionando
Os objetivos anteriormente mencionados poderão ser
também uma sinalização viva do trecho e segurança
grupados, como a segue:
quanto a possíveis acidentes rodoviários, amortecendo
os veículos através de maciços vegetais introduzidos a) as características ambientais e
nos taludes dos aterros. paisagísticas da região onde se insere a
rodovia (área de influência direta);
Da mesma maneira deverão ser plantadas as espécies
vegetais para atender a recuperação das caixas de b) condições específicas de solo e de
empréstimo, jazidas, pedreiras, caminhos de serviço, alteração da topografia original acarretadas
canteiro de obras e outra unidade de apoio às obras, pelo corpo estradal;
através da revegetação de sucessão.
c) exigências de comunicação visual
A revegetação de sucessão é aplicada em áreas almejadas pela segurança rodoviária,
parciais (da ordem de 50%) de grandes empréstimos de caracterizadas pelo nível de sinalização
solos ou jazida, objetivando o reforço ou revigoramento verde e criação de barreiras visuais;
vegetativo da revegetação herbácea, podendo-se
d) possibilidade de propiciar proteção contra
estender este plantio em banquetas de taludes de
vento, propagação de ruídos, ofuscamentos
aterros, áreas de bota fora e demais áreas de uso das
noturnos e proteção a áreas de interesse
obras, tais como, depósitos de materiais de construção,
específico;
áreas industriais de produção de brita, usinados de
asfalto, artefatos de concreto, acampamento, e) ampliação das áreas revegetadas,
usualmente denominadas de canteiro de obras. espontâneas ou induzidas, dando
continuidade às matas e capoeiras
Também a revegetação de sucessão poderá revigorar a
remanescentes na faixa de domínio ou
vegetação existente em áreas degradadas do passivo
externa à mesma, propiciando condições
ambiental e sujeitas ao processo erosivo, cuja
para a recolonização espontânea da fauna
reabilitação ambiental foi espontânea por força do Biota
terrestre afetada pela construção da
Circundante, desenvolvida ao longo de vários anos.
rodovia.
Em se tratando da faixa de domínio, não somente nas
áreas de uso, mas também no restante da faixa, aplica- Recomenda-se o plantio arbóreo próximo as divisas

se o paisagismo que objetiva a reconstituição laterais da faixa de domínio, com largura máxima de 10

panorâmica da faixa estradal ou de áreas lindeiras, m (lado direito e esquerdo) criando uma faixa de cerca

respeitando-se os princípios visuais e estéticos viva da rodovia, e complentando-se as áreas carentes

recomendados pelo DNIT em seus projetos de de revegetação com o plantio de vegetação arbustivas.

paisagismo, especialmente os módulos paisagísticos, Da mesma forma as áreas planas das banquetas dos
constituídos pelas barreiras arbóreas vivas coloridas nas talude dos aterros, bermas de equilíbrio e especialmente
partes externas das curvas, as escalonadas nas caixas nos pés dos taludes dos aterros, as arbustivas e
de empréstimo, as interceptantes visuais ao longo de bambus plantados criarão por intermédio de suas raízes
extensas tangentes. forte estrutura para o combate ao processo erosivo e

Da mesma forma que a revegetação herbácea, o plantio para reforço da estabilização do mesmo.

de árvores e arbustos é processo natural de combate ao A massa vegetal arbórea e arbustiva fornecerá o
processo erosivo, embora mais lento, entretanto, mais colorido à faixa de domínio, criando matizes
diferenciadas do restante da vegetação.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 5

As atividades para o sucesso e a eficácia do plantio São indicadas nas Tabelas 1 e 2 desta Norma para fins
almejado, envolvem algumas providências preliminares de orientação básica uma relação de espécies nativas e
concernentes ao solo e às espécies vegetais, a seguir exóticas. Entretanto a análise do solo e o planejamento
descritas: das características botânicas necessárias ao
paisagismo e a revegetação de sucessão, associados à
a) Quanto ao solo, a sua análise edáfica e
facilidade de aquisição de mudas, serão os melhores
pedológica objetivando caracterizar os
indicadores na seleção das espécies.
aspectos de sua fertilidade, através dos
índices de acidez e toxidez; suas
5.1.1 Adubos, fertilizantes e calcários
deficiências de nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, enxofre, boro, manganês e Adubo orgânico constituído da mistura do solo orgânico
magnésio. Neste sentido as empresas natural (top soil) com esterco bovino ou avícola, curtido
EMBRAPA, EMATER, através de seus na proporção de 50% cada parte.
representantes em cada Estado, possuem
Adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) na
estudos já realizados e o mapeamento do
proporção necessária e suficiente ao solo, em função da
solo em boa parte do território nacional,
análise edáfica e pedológica do mesmo, bem como os
fornecendo a orientação necessária
nutrientes que completam a adubação necessária.
gratuitamente aos interessados, bem como,
(enxofre, boro, etc.)
em casos particulares poderão ser feitos
Calcário dolomítico para correção da acidez do solo, na
análises laboratoriais adicionais para
proporção necessária a elevação do pH do mesmo ao
definição do padrão de adubação e seleção
índice de 5,5, com aplicação máxima de 1,5 t/ha devido
das espécies vegetais mais indicadas.
ao custo elevado além deste teto.
b) Quanto às espécies vegetais deverão ser
procedidos testes de germinação das
sementes selecionadas e a eficiência do
5.1.2 Espécies vegetais
padrão de adubação indicado no item
anterior, e em se tratando de mudas ou Relações das espécies arbóreas e arbustivas
vegetação já existente, deverá ser
Em obediência aos condicionantes de ordem ecológica,
verificada seu vigor, sua sanidade, seu
as espécies vegetais nativas devem ser preferidas às
verdume, sua rusticidade de acordo com as
exóticas, de modo a manter a similaridade da fisionomia
normas e especificações agro-pecuárias.
típica da região, com a da micropaisagem criada neste
projeto.
5 Condições específicas
A seguir são apresentadas as espécies arbóreas e
Estas condições são pertinentes à revegetação arbórea arbustivas recomendadas para a composição da
e arbustiva apresentando-se nos materiais utilizados, cobertura vegetal das áreas selecionadas na faixa de
nas ferramentas necessárias e nas execuções de domínio e nas áreas de externalidades, conforme o
produção e plantio de mudas, nos espaços necessários, cadastramento das mesmas.
e nas diferenciações existentes para a revegetação
Além destas arbustivas, em função das espécies nativas
citada.
na região, poderão ser mencionadas as seguintes:

5.1 Materiais Bambuzinho ou caniço, Bela Emília, Bouquet de Noiva,


Budleia, Camélia, Dois Amigos, Estremosa, Flor de
A obtenção das espécies vegetais arbóreas e arbustivas Coral, Flor de maio, Graxa de Estudante, Ixcora,
poderá ser através do cultivo em viveiros que poderão Jasmim do Cabo, Justicia, Malpighia e Manacá.
ser implantados próximo às obras ou adquiridas de
fornecedores especializados das praças comerciais da
área de influência da obra.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 6

Tabela 1 – Vegetação arbustiva

Denominação Popular Nome Científico Aplicação * (1)

Azálea Rhododendron simsii BQ, BA

Dracena Dracaena deremensis BQ, BA

Jasmin Jasminum nudiflorum BQ, BA

Magnólias Magnolia spp BQ, BA

Uvarana Dracaena congesta BQ, BA


BQ = banquetes ; BA = Berma de aterro

Tabela 2 – Vegetação arbórea

Denominação Popular Nome Científico Aplicação * (2)

Acácia-negra Acacia mearnsii BF, AE, CO, ET, JZ

Bracantinga Mimosa scabrella BF, AE, CO, ET, JZ

Quaresmeira Tibouchina sellowiana BF, AE, CO, ET, JZ

Canela-guaicá Ocotea puberula BF, AE, CO, ET

Canela-imbuia Nectandra megapotamica BF, AE, CO, ET

Canela-sassafrás Ocotea porosa BF, AE, CO, ET

Canela-nhutinga Cryptocarya aschersoniana BF, AE, CO, ET

Jacatirão, pixirica Miconia cinnamomifolia BF, AE, CO, ET, JZ

Pitanga Eugenia uniflora BF, AE, CO, MC

Guabiroba Campomanesia xanthocarpa BF, AE, CO, MC

Pau-de-bugre Lithraea brasiliensis BF, AE, CO, ET, JZ

Capororoca Myrsine ferruginea BF, AE, CO, ET

Pinheiro-do-Paraná, araucária Araucaria angustifólia BF, AE, CO

Pinheiro-bravo Podocarpus lambertii BF, AE, CO, ET, JZ

Erva-mate Ilex paraguariesnsis BF, AE, CO, ET, JZ

Leiteiro Sapium glandulatum BF, AE, CO, ET, JZ

Leucena Leucaena leucocephala BF, AE, CO, ET, JZ

Ipês Tabebuia spp BF, AE, CO, ET, MC

Cafezeiro-do-mato Caesearia sylvestris BF, AE, CO, ET


NORMA DNIT 073/2006 – ES 7

Denominação Popular Nome Científico Aplicação * (2)

Cedro Cedrela fissilis BF, AE, CO, ET

Miguel-pintado Matayba elaeognoides BF, AE, CO, ET

Guapuruvu Schyzolobium parahyba BF, AE, CO, ET

Bocuva Virola oleifera BF, AE, CO, ET

Laranjeira-do-mato Sloanea guianensis BF, AE, CO, ET

Peroba Aspidosperma olivaceum BF, AE, CO

Figueiras Ficus spp MC

Pau-sangue Pterocarpus violaceus MC

Ingás Inga spp MC

Chal-chal Allophulus edulis BF, AE, CO, ET, JZ

Pata de vaca Bauhinia forticata BF, AE, CO, ET, JZ

Canjerana Cabraela canjerana BF, AE, CO, ET, JZ

Carvalinho Casearia sylvestris MC

Caroba Jacaranda micrantha BF, AE, CO, ET, JZ

Lantana Lantana Camara BF, AE, CO, ET, JZ

Açoita-cavalo Luehea divaricata MC

Angico Parapiptadenia rigida BF, AE, CO, ET, JZ

Aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius BF, AE, CO, ET, JZ

Salso Salix humboldtiana MC

Branquilho Sebastiania klotzschiana MC

Sarandi Terminalia australis MC


Onde: b) árvores exóticas - aroeira, unha de vaca,

AE = Áreas de empréstimos; cássia imperial, espatodea, flamboyant.

BF = Bota-foras; Ressalta-se a importância do conhecimento das


espécies regionais disponíveis nos viveiros ou hortos
CO = Canteiros de obras desativadas
florestais, bem como o convênio de fornecimento ou
ET = Estradas, caminhos e trilhas de serviço
parceria com aquelas entidades que dispõe das
JZ = Jazida espécies já desenvolvidas, em condições de plantio.
MC = Cabeceiras de pontes e matas ciliares alteradas Esta relação, a juízo da Fiscalização do DNIT, poderá
Em função das espécies nativas na região, podem ser sofrer modificações qualitativas em função da
citadas as seguintes árvores: disponibilidade de mudas e da adaptabilidade das
espécies - bem como de modo a atender às proposições
a) árvores nativas - alecrim do campo,
do programa de Paisagismo.
sibipiruna, pau-ferro, pau Brasil, paineira,
grevílea, cinamomo;
NORMA DNIT 073/2006 – ES 8

vermiculita expandida, um terço (1/3) de esterco de


5.2 Proporção da mistura dos materiais
curral curtido e 50 a 300 gramas de micronutrientes

A execução do plantio dever ser realizada em covas de (F.T.E.) e 0,300 à 1,0 Kg (dependendo do tamanho da

0,40 m x 0,40 c x 0,60 m, preparadas com pelo menos cova) de um fertilizante fosfatado natural.

20 dias de antecedência. Cada cova terá uma adubação


mínima, como a descrita abaixo, como simples
orientação básica, entretanto, as dosagens corretas de 5.3 Ferramentas

adubação deverão seguir o que se recomenda a análise


Para as escavações das covas são utilizadas as
edafo-pedológica do solo.
ferramentas usuais da agricultura, pá, picareta, enxada,
Adubação mínima: - 150 g de calcário; 120 g de adubo escavadeiras manuais, etc.
químico - fórmula 10-20-10 (NPK) + 5 % de S +
Para o viveiro apresenta-se na Tabela 3 a listagem de
micronutrientes (ZN e B); 1.000 g de adubo orgânico
materiais, entretanto, será uma simples orientação para
como torta de mamona ou estercos de curral ou de
a aquisição dos insumos e ferramentas comumente
galinheiro curtidos; mistura com solo retirado da cova e
mais utilizadas em viveiros de mudas. A quantidade e
preparado 30 dias antes do plantio das mudas; usando-
variedade dos equipamentos e materiais foram
se solo vegetal ou orgânico o desenvolvimento das
dimensionadas para o inicio da viveiragem no local, mas
mudas será mais rápido.
certamente dependerão da dinâmica de funcionamento
Pode ser usado um produto comercial ou uma mistura a curto e médio prazos do viveiro devendo ser ajustada
de um terço (1/3) de terra arenosa, um terço (1/3) de de acordo com a demanda anual interna.

Tabela 3 – Listagem de materiais, ferramentas e insumos

Quantidade Materiais / Ferramentas / Insumos Preço unitário* Preço global*

2 pás de corte

2 pás de concha

1 abridores de latas

1 martelos

2 podões

1 limas de aço

2 facões

1 grampeador

Caixa de ferramentas, com alicate, turquesa, chave


1
de fenda, chave inglesa etc;

1 machado

2 foices

2 tesoura para cortar latas

2 espátulas para cortar raízes

1 foições

2 ancinhos
NORMA DNIT 073/2006 – ES 9

Quantidade Materiais / Ferramentas / Insumos Preço unitário* Preço global*

2 enxadas

2 enxadões

1 serrotes

3 regadores de 15 litros com ralo fino

2 baldes de lata

2 baldes de plástico

2 carrinhos de mão

1 maquina de matar formigas

1 peneiras de 1 m2 para terra

50 m mangueira para irrigação manual

1 pulverizador costal p/15 L

1 balança (capacidade 20 kg);

50.000 sacos plásticos 10 x 20 cm

10.000 Sacos plásticos 20 x 30 cm

2.000 tubetes de plástico rígido

100 kg Termofosfato tipo Yoorin 05 B+Zn

250 kg calcário dolomítico

10 kg Micronutientes FTE BR12

10 t terra vermelha (latossolo)

5t esterco

5t areia de rio

EPI’s: botinas, luvas, óculos e máscaras de


2 segurança p/ manuseio de substâncias tóxicas
(formicida);

50 m2 Sombrite 50

100 m Arame liso (3 mm)

1t palha de arroz
* Os preços serão levantados regionalmente. O presente quadro servirá de apoio.

Outros materiais necessários: d) grampo para grampeador;

a) barbante; e) material de escritório;

b) armário e estantes p/ deposito sementes; f) estacas de madeira;

c) fungicidas, inseticidas eventuais; g) moveis para escritório.


NORMA DNIT 073/2006 – ES 10

5.4 Execução aleatoriamente quanto às espécies, mas no


planejamento visual desejado.
5.4.1 Plantio de mudas arbóreas e arbustivas no
Deverá ser feita uma irrigação mínima de 5
paisagismo e na revegetação de sucessão
litros/cova, nas horas frescas do dia, até o
pegamento das mudas.
As espécies a serem plantadas devem atender uma
função específica do Projeto, devendo ser plantadas A época ideal de plantio é entre outubro e
conforme posições constantes nas plantas do Projeto de abril. Na implantação dos viveiros, o
Engenharia ou do Ambiental. recolhimento e o plantio das mudas

Deverá proceder-se ao plantio das mudas, apenas, deverão ser realizados de julho a setembro,
quando as plantas apresentam uma grande
depois de cumprida a etapa a que a vegetação
reserva de seiva.
complementa e com autorização de início pela
fiscalização, por exemplo: b) Preparo das covas

a) a vegetação destinada ao canteiro central A covas devem ser planejadas de modo a


deverá ser liberada para plantio quando o acomodar diferentes espécies e exigências
mesmo estiver preparado para tal; especiais das mudas (as dimensões serão

b) nas áreas frontais das placas de de 0,40 x 0,40 x 0,40m para arbustos e

sinalização serão plantadas mudas de 0,60 x 0,60 x 0,60m para árvores), podendo
sofrer alterações em função do tipo do solo.
Lantana, lembrando que a placa deve ser
implantada primeiro; Nas covas com uma profundidade maior
que 0,40m a camada de terra vegetal ou
c) observar as indicações das forrações dos
orgânica (camada superior) deve ser
taludes e respectivas cristas de cortes e pé-
armazenada separadamente e colocada
de-aterro, na redução dos efeitos erosivos;
como camada inferior no enchimento da
d) observar o corte, retirada e aproveitamento cova.
das árvores, ao longo da faixa de domínio,
Após a cova ser aberta e providenciada a
que estiverem localizadas a menos de 10m
terra de enchimento, a muda tem que ser
do bordo do acostamento, procurando
preparada para o plantio.
manter a vegetação nativa da região,
principalmente nas travessias de rios. c) Preparo do solo na cova

O plantio de mudas das espécies arbustivas e arbóreas Nos locais onde se apresentam solos

obedecerá às seguintes orientações: férteis (solo orgânico), estes devem ser


armazenados de forma apropriada, para
a) Densidade de plantio e distribuição espacial
posterior reaproveitamento no fundo das
de acordo com o projeto paisagístico
covas, que irão receber as mudas
O espaçamento mínimo para as espécies vegetais, bem como a mistura de cal,
arbóreas deverá ser de 5 m x 5 m ou 25 adubo e nutrientes.
2
m por cova (400 covas por hectare), mas,
d) Adubação
se possível, com uma distribuição mais ou
menos aleatória no tocante às espécies, Proceder-se-á, previamente, à coleta de
entretanto, obedecendo-se ao amostras do solo das áreas a reabilitar e à
planejamento paisagístico quanto a realização de análises físicas e químicas
formação de bosques. em laboratório especializado, para
obtenção dos parâmetros visando às
As espécies arbustivas deverão ser
devidas correções de pH e de
plantadas com espaçamento mínimo de 3
2 concentração de nutrientes do solo, para
m x 3 m ou 9 m por cova (1.100 covas por
garantia do pleno desenvolvimento da
hectare), também distribuídas
cobertura vegetal a ser introduzida.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 11

Toda correção do solo deverá, assim, ser Outro sistema seria a fixação de 4 estacas
baseada na análise quantitativa e no solo, de modo a ficarem com 1,60m de
qualitativa realizada por laboratório altura livre e uni-las com travessa de ripas
credenciado. ou revesti-las com tela de arame.

O pH do solo deverá ser elevado para 5,5 g) Manutenção dos plantios - tratos culturais
com a aplicação de calcário dolomítico.
Abrange, basicamente, a capina
Será usada uma fonte de fosfatados e
(coroamento) das áreas plantadas, o
potássicos, para corrigir as deficiências de
combate sistemático a pragas e doenças
matéria orgânica, agente que condiciona a
(formiga, fungos e outros), a adubação em
estrutura física e química do solo, podendo
cobertura ao final do primeiro ano do
ser suprimida com a adição de cama de
plantio e o replantio de falhas observadas
aviário curtida ou similar.
durante o desenvolvimento da vegetação
As mudas uma vez plantadas deverão introduzida.
receber pelo menos duas adubações por
Além dessas atividades, as áreas
ano, nas quais devem ser utilizados
plantadas, bem como toda a extensão da
fertilizantes químicos e orgânicos.
pista de rolamento, deverão ser
A primeira dose do adubo químico será monitoradas com o objetivo de prevenir
aplicada com 3 Kg de esterco de curral possíveis ocorrências de espécies
curtido ou cama de aviário, por muda, e a invasoras, capazes de competir com a
segunda dose será de adubo químico. vegetação introduzida.
e) Exigências às mudas e execução de plantio Os tratos culturais dispensados às mudas

O plantio das mudas deverá ser constam do coroamento e do controle

preferencialmente logo após a extração do sistemático à formiga cortadeira. Nos

material. As mudas devem ser períodos de estiagens prolongadas, as

inspecionadas para detectar possíveis mudas devem ser regadas com freqüência

ataques de praga e doenças e se a diária. O replantio adota a substituição da

embalagem não está praguejada, com muda eventualmente perdida por outra, de

ervas daninhas. preferência contendo raiz embalada.

Será necessário irrigar duas vezes por dia, 5.4.2 Viveiro para produção de mudas
de forma lenta para que a água penetre no
mínimo 10cm dentro das embalagens. Os viveiros planejados ao longo da rede de conservação

As mudas plantadas devem ser irrigadas rodoviária do DNIT objetivam o atendimento às

três vezes por semana no primeiro mês e demandas de mudas florestais e ornamentais ao longo

duas vezes do segundo mês em diante. das faixas de domínio, segundo o planejamento do

Três meses após o plantio deve ocorrer a paisagismo e considerando as dificuldades de se

recomposição das mudas mortas. adquirir as mudas em praças comerciais distantes dos
grandes centros urbanos.
f) Proteção das mudas ou tutoramento
A meta almejada é a instalação de um viveiro compacto,
As mudas plantadas ficam sujeitas a moderno, que reúna, além da produção de 50 mil mudas
predação, principalmente no seu início, por ao ano, a função de divulgar o esforço ambiental do
parte de transeuntes e freqüentadores DNIT, extensivo às suas áreas de reabilitação e
menos esclarecidos. A proteção mais programas ambientais específicos.
simples será o uso de três estacas de
Os viveiros estarão sob a administração das Regionais
madeira ou bambu enterradas no solo em
do DNIT, podendo-se estabelecer convênios com
forma de tripé, em cuja extremidade seria
Secretaria de Agricultura, Institutos Estadual de
amarrada a muda.
Florestas, Prefeituras Municipais, para cooperação
NORMA DNIT 073/2006 – ES 12

mútua de fornecimento de materiais de consumo, – 01 engenheiro florestal (consultor),


insumos básicos, e mão de obra. com visitações periódicas (bimestrais)

O viveiro para produção de mudas deverá possuir as desde o início da implantação do

seguintes características gerais: viveiro e durante toda fase de


operação do mesmo (terceirizado).
a) Características da área
Em épocas de pico para produção de
A superfície necessária ao viveiro é da mudas, que em geral acontecem durante
ordem de 5.000 m2. Esta área será utilizada os meses de maio, junho e julho, o quadro
prioritariamente para a produção de mudas, de pessoal poderá ser aumentado com
mas também para diversas outras funções ajudantes eventuais, em números
conforme descrição anterior. A área deverá suficientes para suprir a demanda das
ser plana e destituída de vegetação operações propostas no ano.
superior, com ótima exposição solar. As
c) Implantação do viveiro
poucas árvores existentes serão
preservadas na integra. As obras civis associadas ao projeto têm

A água para utilização do viveiro será conotação rural e serão de simples

captada em manancial próximo ao mesmo, execução. É recomendado analisar a

e será armazenada em caixas d’água com necessidade de elaboração adicional dos

capacidade de 5.000 litros. seguintes projetos complementares:

– arquitetônico das benfeitorias de alvenaria,


b) Produção e quadro de pessoal
em especial o espaço educativo;
O projeto prevê a função de produção
– estrutural, hidráulico e elétrico das
média de 30.000 mudas nativas para
mesmas;
reflorestamento das matas ciliares e
– projeto hidráulico para toda área,
reabilitação de áreas degradadas, além de
considerando pontos d’água de irrigação
10.000 de frutíferas nativas exóticas e
sobre as áreas de produção.
10.000 mudas ornamentais, somando ao
todo uma produção anual de 50.000 d) Preparo do terreno
mudas.
Inicialmente o terreno será marcado
Os serviços demandados incluem, topograficamente de acordo com as
operações de viveiragem, serviços de medidas projetadas.
horta, plantio e manutenção do pomar,
Como o terreno deve ser de topografia
instalação e manejo de ripados de meia luz
plana, não serão necessárias obras de
para epífitas provenientes do
terraplenagem a não ser um leve ajuste
desmatamento e coleta periódica de
para direcionar a drenagem sobre o pátio
sementes nativas da região:
central.
– 01 viveirista, com experiência, (ao
Inicialmente o terreno será decapeado na
mesmo tempo poderá ser o vigia e
porção onde serão instalados os canteiros
caseiro);
para a reprodução de mudas, isto é, será
– 02 auxiliares permanentes, sem removida a camada orgânica do solo,
instrução específica, (pode ser inclusive vegetação rasteira existente. Este
terceirizado); corte superficial terá 20 cm a 25 cm de
– 01 técnico agrícola ou florestal para profundidade será feito com trator tipo pá-
supervisão e controle dos serviços, carregadeira. Durante o decapeamento
(podendo ser terceirizado, e estender será feito uma suavização leve das
a sua administração a mais de um irregularidades na superfície a ponto de
viveiro). nivelar depressões acentuadas.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 13

Todas as árvores existentes no terreno trafegável por caminhões. Para tal, é


serão preservadas. necessário que os 40 cm superficiais de

O material orgânico de decapeamento será sua estrutura (subleito) sejam de argila de

armazenado em leiras de 2 m de altura e 4 boa qualidade. Para melhor adensamento,

m de base, no lugar indicado como “área haverá a passagem de máquinas sobre o

para compostagem”. Esse material será greide final, observando-se o teor ótimo de

reaproveitado posteriormente durante as umidade do solo durante a execução. O

operações do viveiro, como “solo orgânico”. acabamento superficial da pista será feito
com uma camada de 5 cm de brita fina (tipo
Posteriormente, com uma motoniveladora
nº 3) a qual será incorporada por nova
serão abertas as ruas internas, abauladas
compactação.
para facilitar a drenagem. Ao longo das
laterais das ruas serão criadas valeta em Haverá um pátio interno, com

“V”, como parte do sistema de drenagem. estacionamento para vagas de carros de


passeio e caminhonetes. O acabamento
e) Sistema de drenagem interno
superficial deste estacionamento será
A drenagem interna da área é de idêntico ao da rua de acesso.
fundamental importância para garantir as As demais ruas secundárias internas terão
condições fitossanitárias e de locomoção largura de 3 m. Servem para conduzir o
sobre o arruamento durante o ano todo. trafego de serviço interno. Os caminhões
O referido sistema de drenos será entre canteiros e sementeiras terão 80 cm
projetado e especificado. A locação dos de largura; destinam-se exclusivamente
drenos será indicada em planta. Como a para pedestres. Tanto as ruas secundárias
área não deve apresenta problemas de como os caminhos, serão abaulados e
acumulação ou aporte significativo d´água, compactados para melhor drenagem
todos os drenos serão do tipo valetas em superficial, e serão cobertas com brita fina
terra. tipo nº 1 para acabamento.

As valetas têm como função a captação g) Instalações e benfeitorias


das águas de escoamento superficial e sua
Captação e armazenamento de água no
condução até os locais indicados para
viveiro: Conforme já indicado anteriormente
deságüe. O formato dessas valetas será
à água a ser utilizada no viveiro será
em “V”, com profundidade de 40 cm e 60
captada em manancial próximo. A
cm de boca. Sua localização deverá ser
demanda diária do viveiro em pleno
marcada no desenho acima citado. As
funcionamento será de no máximo 5.000
mesmas terão suas paredes compactadas
litros. Esta água será armazenada em dois
para evitar o carreamento de sólidos e
sistemas distintos: caixa d’água principal e
serão periodicamente retocados (uma vez
caixas d’água secundárias
por mês).
A caixa principal será de fibra de vidro e
A abertura dessas valetas será durante os
terá conteúdo de 5.000 litros, com sistema
serviços de abertura das ruas,
de bóia elétrica para reabastecimento. Esta
manualmente, logo após os serviços
caixa será acondicionada sobre andaime
regularização superficial do terreno.
rústico, com 4 m de altura. A emissão
f) Arruamento interno principal de água será feita através de

A rua de acesso e de expedição de mudas tubos em PVC. Serão instalados registros,

terá 5 m de largura, abaulada, compactada para o controle da vazão desligamentos

e revestida com cascalho e britada, a fim temporários.

de proporcionar um leito sempre seco e


NORMA DNIT 073/2006 – ES 14

As caixas d’água secundárias serão de como garagem para o maquinário e


cimento amianto (ou equivalente), em almoxarifado. Fazem parte do projeto dois
número de duas, cada qual com galpões desse tipo.
capacidade para 1.000 litros, dispostos Os depósitos acoplados ao telheiro serão
conforme os canteiros. A função desses fechados com madeira rústica ou alvenaria,
tanques é múltipla, envolvendo irrigação servindo para abrigar ferramentas,
manual (com regadores de 15 litros), pré- sementes e insumos de produção em geral.
lavagem e repicagem de mudas, entre Cada depósito terá um sanitário (0,90 X
outros. 1,20 m) de alvenaria. O esgoto dos
De 3 em 3 meses todos os tanques serão sanitários será contido em fossas sépticas,
limpos e escovados internamente com uma com filtro anaeróbico cada qual com
solução de cloro (água sanitária). Depois dimensionamento mínimo para 10 pessoas.
de enxaguados e secos poderão ser A cobertura será de telhas de cimento
reutilizados normalmente. Esta limpeza é amianto, pintadas de verde-escuro, e a
importante também para garantir a estrutura de madeira roliça de eucaliptos,
fitossanidade no viveiro. tratada contra microorganismos intempéries
h) Espaço alternativo j) Ripados de meia sombra para abrigarem
Com objetivo de fornecer um espaço epífitas
coberto para fins múltiplos, entre eles: Um ripado é uma peça importante no
encontros socializantes dentro do viveiro para o desenvolvimento de plantas
Programa de Comunicação Social, ombrófilas, mas também para abrigo de
reuniões, seminários internos dentro do mudas a ventos, insolação excessiva e
Programa de Educação Ambiental, foi chuvas intensas. Será o cartão de visitas e
projetada uma cobertura circular para local de exposição para orquídeas,
acomodar em torno de 30 pessoas. samambaias, bromélias, antúrios e outras
A construção será executada com madeira plantas vistosas.
roliça, reaproveitadas a partir das áreas de Serão construídos dois ripados, um com
desmatamento . A cobertura é opcional, função de produção e exposição e outro,
podendo ser de ramos de palmeiras, telhas menor, para uso educativo.
de cimento amianto pintadas de verde, etc.
A execução consistirá em uma estrutura
Haverá uma bateria de banheiros (feminino construída de madeira roliça. A cobertura
e masculino), além de outros equipamentos será de sombrite, que cobrirá inclusive as
necessários ou específicos para o uso laterais da construção. O sombrite será
proposto. Os detalhes propostos de apoiado e costurado sobre fios lisos, que
desenho, devem ser submetidos a ao mesmo tempo farão o estaiamento da
profissionais da área de construção civil / estrutura roliça vertical. O sombrite cobrirá
arquitetura para eventuais inclusive as áreas estaiadas nas laterais da
complementações e responsabilidade estrutura.
técnica.
A intensidade de luz do ripado será de
i) Galpões abertos com depósitos e WC 50%. As plantas no seu interior serão

Consistem em telheiros, com pé direito alto, dispostas em sementeiras ou penduradas

estruturados com madeira roliça e em recipientes próprios abaixo das ripas.

utilizados como local de trabalho para dias Inicialmente haverá a ocupação de uma

de chuva. Servirão também para abrigar da metade do ripado com sementeiras e outra

chuva terra preparada para encher livre para o uso de vasos dependurados ou

embalagens de plantio. Ademais, servirão colocados em bancadas de 1 m de altura.


NORMA DNIT 073/2006 – ES 15

k) Área para compostagem interna l) Sementeiras

A compostagem aqui proposta refere-se São canteiros criados com a função de


somente aos resíduos orgânicos gerados auxiliar na germinação das sementes até o
no próprio viveiro e material de poda de estagio de plântula, ou seja, plantas com
jardinagem. altura em torno de 5 a 7 cm. A partir deste

Localizado ao longo da estrada de acesso, estágio as mudanças serão repicadas

estrategicamente para facilitar o (transplantadas para a embalagem

descarregamento, a irrigação e definitiva).

reaproveitamento posterior, haverá um As sementeiras serão locadas nas


espaço reservado para deposição de proximidades dos galpões de apoio no
matérias para compostagem orgânica. Na viveiro florestal uma vez que o seu manejo
área serão depositados restos de exige cuidados especiais. Serão
vegetação e terra orgânica provenientes do executados numa proporção 25% do
próprio viveiro, galhos de podas de árvores numero de canteiros.
das áreas administrativa e industrial, Apresentarão um formato retangular, nas
desmatamento ou roçadas em áreas da dimensões de 1 m de largura e
vizinhança ou de reabilitação, cortes de comprimento, não superior a 10 m para
grama, lixo orgânico caseiro, serragem, etc. facilitar as operações. As paredes laterais
O material será trazido manualmente e será serão de alvenaria e terão 40 cm de altura.
acumulado em pilhas horizontais sobre a Estas paredes facilitam as operações
área disponível. O material grosseiro, como manuais a serem executadas, com o
troncos e galhos grossos, será picado com operador trabalhando em posição mais
machados ou motosserras para reduzir o confortável ou até mesmo sentado sobre as
seu volume. A cada metro de espessura de mesmas.
material orgânico será aplicada, com pá- Para evitar a saturação de água no solo da
carregadeira (a maquina poderá transitar sementeira será colocado, no fundo da
sobre a pilha nessa fase), uma cobertura mesma, uma camada de brita nº 2 ou
de 10cm de solo em forma de colchão material de fácil drenagem.
horizontal, semicompactado.
Toda sementeira terá cobertura com
Após 3 meses de cura esse colchão será sombrite ou ripado, a fim de proteger as
revolvido com a mesma maquina e plântulas do ressecamento nos seus
reassentado em forma de leiras aeróbias, primeiros dias. Essa cobertura, no entanto,
isto é, leiras soltas, medindo de base 4 m e será removível, de acordo com a
de altura 2 m, no máximo. Semanalmente necessidade de insolação. Para garantir o
essas pilhas será irrigada com caminhão fácil manuseio do sombrite foram
pipa, exceto durante as chuvas. Após mais projetados suportes de ferro galvanizado
algumas semanas de cura o produto terá (canos de ½ polegadas), que serão
se transformado em composto orgânico, cimentados nas muretas laterais das
rico em nutrientes e microorganismos. Os sementeiras .
diversos módulos poderão ser manejados
m) Canteiros para raiz nua ou estaquia
de forma independente, de acordo com seu
grau de maturação ou necessidade de Os canteiros para raiz nua são destinados
aproveitamento. para reprodução de espécies ornamentais

O composto orgânico resultante consiste horticultura ou reprodução por estacas em

em uma forma muito eficiente de adubação geral. O mesmo tipo de canteiro, porém

orgânica, complementado com esterco, será utilizado para a produção de

para o uso local. hortaliças.


NORMA DNIT 073/2006 – ES 16

Esses canteiros também terão 1 m de Os canteiros com mudas embaladas ou de


largura. As laterais dos mesmos serão raiz nua por vezes precisam ser cobertos,
compactadas com pá, e tutoradas com nos primeiros estágios de crescimento. É o
madeira roliça de eucalipto ao longo de caso quando de chuvas torrenciais ou
ambas as laterais. isolação muito abrasiva. Para proteção será

A altura final dos canteiros desse tipo será utilizada uma cobertura de sombrite que

de 40 cm sendo os mesmo compostos de será apoiada sobre arcos de ferro de

camadas de diversos materiais. A terra de construção, com 70 cm de altura máxima,

cobertura será de boa qualidade recebendo fixados ao longo dos canteiros removíveis

adubações periódicas. Após a extração das ocasionalmente. O espaçamento ideal

mudas prontas, estes canteiros receberão entre cada arco será ajustado no local.

nova camada de terra e manutenção para p) Implantação de cerca viva


permitir novos plantios.
Contornando a área será implantada uma
n) Canteiros suspensos para reprodução em cerca viva arbustiva, ao longo dos limites
tubetes da cerca de arame do lado de dentro. A

Consistem numa base de madeira roliça, mesma consistirá de várias espécies. A

com 90 cm de altura em forma retangular, cerca viva, além de funções paisagísticas,

medindo 1 m de largura, com comprimento terá funções de proteção (contra ventos

de 10 m cada uma. Sobre esta estrutura rasantes, penetração de animais, etc.)

será afixada uma tela de arame Os plantios ocorrerão no inicio do mês de


galvanizado, com malha de 3 cm x 3 cm ou março. As mudas serão preparadas no
6 cm x 6 cm, correspondente ao encaixe próprio viveiro até atingirem 30 cm de
perfeito dos tubetes, que ficarão altura. Na ocasião dos plantios as mudas
pendurados na malha da tela. serão espaçadas de 0,5m em 0,5 m e

Serão utilizados dois tipos de tubetes: os plantadas em duas fileiras paralelas. As

tubetes para reprodução de mudas covas terão 20 cm x 20 cm x 40 cm

florestais comerciais, para os quais a tela (profundidade) e serão preenchidas com a

de sustentação terá uma malha de 3 cm x 3 terra. A seguir serão adicionados 500 g de

cm e os tubetes para mudas arbóreas termofosfato, na terra, por cova. A muda

nativas, para os quais a malha será de 6 será plantada sem embalagem. Logo após

cm x 6 cm. os plantios as mudas da cortina verde


serão cuidadosamente irrigadas em caso
A terra para preencher os tubetes será de
de estiagem fora de época.
50% da mistura indicada a seguir e 50% de
vermiculita (mica expandida). A mistura de terra ideal para a reprodução
ou plantio de mudas no local será
o) Canteiros para mudas embaladas
composta de:
Os canteiros para mudas com embalagens – parte de areia grossa de rio;
plásticas são mais simples. Consistem em
– parte de terra marrom ou vermelha /
uma área retangular, aplainada, com 1 m
argilosa, sem pedras, coletada no
de largura e 10 cm de altura relativo aos
horizonte A do solo regional de
caminhos laterais.
especial fertilidade;
As margens destes canteiros receberão
– parte de terra vegetal esterco bem
uma cerquinha de 20 cm de altura com dois
curtido ou composto orgânico
fios de arame liso para apoio das
peneirado.
embalagens, ordenadas internamente.
NORMA DNIT 073/2006 – ES 17

q) Cortina arbórea externa adquiridas regionalmente. Importante é que


as espécies de sementes estejam,
Em concordância com o Programa de
classificadas e etiquetadas previamente.
Paisagismo, Sinalização Viva e das Matas
Para tal serão escolhidas árvores matrizes,
Ciliares e enriquecimento florestal do DNIT,
de preferência nas proximidades do viveiro.
será implantada uma cortina arbórea em
Toda semente tem uma maneira própria
torno da área do viveiro, numa faixa com 50
ideal para o armazenamento que deve ser
m de largura. Estes plantios serão feitos
pesquisada em bibliografia ou consultoria
aos poucos, por meio de plantios parciais,
especifica, espécie por espécie.
anuais, até alcançar os objetivos, quais
Regra geral é guardar em local escuro,
sejam a formação de uma densa cortina
fresco, seco e bem arejado, com
arbórea, com espécies nativas, utilizando-
tratamento contra pragas. Para garantir a
se mudas excedentes da produção do
qualidade do armazenamento é
viveiro. As árvores quando adultas servirão
recomendada a aquisição de uma geladeira
como pomar porta sementes.
doméstica comum, onde as sementes
O espaçamento será de 5 m x 5 m e as
serão acondicionadas. Algumas espécies
covas de plantio terão 80 cm x 80 cm x 80
perdem seu potencial germinativo em
cm. Cada uma delas receberá a mesma
poucos meses, enquanto outras
mistura de terra indicada acima. As mudas
conservam-no durante anos.
serão cultivadas no próprio viveiro, tendo
As coletas inicialmente serão feitas em
alturas superiores a 1,20 cm no ato do
grande espectro, isto é, todas as espécies
plantio. Após o plantio, as mudas serão
potencialmente interessantes para a
adubadas com 500 g de termofosfato
reprodução serão coletadas e armazenadas
magnesiano, 20 g de micronutrientes FTE
da forma descritiva acima. Na medida da
BR 12 e 100 g de NPK 20: 05:20 além de
definição de uma demanda continua, serão
10 litros de esterco em cada uma.
desenvolvidos, sob orientação técnica,meios
Após o plantio cada muda será tutorada
diferenciados de armazenamento. Sementes
com uma vara de bambu onde o caule da
que não puderam ser coletadas na região
mesma será amarrado com barbante em
adquiridas no mercado específico.
dois pontos diferentes.
– Preparo anual de canteiros e
r) Operações no viveiro sementeiras
A seguir, serão citadas e explicadas Após cada ciclo de mudas, os canteiros e
algumas atividades básicas da viveiragem, sementeiras precisam ser repreparados.
que devem ser completadas a campo, na Essa atividade consiste na manutenção da
mediada da formação de uma equipe a boa drenagem interna, no
curto e médio prazo. Para a instrução reencanteiramento, destorroamento,
pormenorizada das atividades, adubação e calagem dos canteiros e
responsabilidade técnica sobre previstos e sementeiras. No início de cada ano
imprevista, recomenda-se a assistência agrícola, os canteiros e sementeiras serão
técnica e periódica feita por um engenheiro adubadas da seguinte maneira:
florestal ou agrônomo.
Serão aplicados 200 g de termofosfato,
As atividades básicas serão: mais 5 g de FTE BR12 (micronutrientes),
– Coleta e armazenamento de sementes por metro quadrado de canteiro de estaquia
e sementeiras. De 6 em 6 meses haverá
Consiste em manter um estoque
2
uma aplicação adicional de 400g/m de
compatível com o uso interno do viveiro de
calcário dolomítico. Uma vez ao ano serão
sementes nativas ou exóticas, coletadas ou
NORMA DNIT 073/2006 – ES 18
2
aplicados 500 g por m de esterco bem de cimento amianto, distribuídos em vários
curtido. pontos do viveiro . Os tanques servirão

Além disso deverá ser feito um para armazenamento intermediário de água

destorroamento periódico: os canteiros para diversos fins no manejo da

serão afofados manual ou mecanicamente viveiragem. Serão implantadas 15 unidades

(enxada rotativa). Esta operação deverá de distribuição, uma em cada módulo de

acontecer também durante os plantios, produção do viveiro. Em ocasião futura

entre as mudinhas plantadas, sobre poderão ser implantados aspersores, com

sementeiras e canteiros de raiz nua. caráter auxiliar a irrigação manual, durante


os períodos mais secos.
– Plantio ou semeadura
Os melhores horários para irrigação são
O plantio das mudas em estacas ou de
pela manha cedo e à tardinha. Duas
horta será feito sobre os canteiros para raiz
irrigações abundantes ao dia, em geral,
nua ou diretamente nas embalagens
resolvem os problemas de abastecimento
definitivas para expedição. As mudas por
hídrico das mudas estocadas. Duas
semeadura, por outro lado, será feita em
semanas antes da expedição, toda muda
duas etapas: primeiro nas sementeiras,
terá seu regime de irrigação reduzido pela
numa proporção média de 500 sementes
metade.
por m2, a 0,5 cm de profundidade, para
após algumas semanas de germinação s) Educação e pesquisa
serem submetidas à operação de Na área de pesquisa haverá continua
repicagem. atividade para a descoberta de novos
Imediatamente após o plantio (a 0,5 a 1 cm métodos e soluções, sempre em
de profundidade) as sementeiras serão concordância com os problemas inerentes
cobertas com palha de arroz ou palha seca, aos serviços. A seguir, apresentam-se
fina, triturada para proliferar a germinação. alguns dos parâmetros a pesquisar:
Sobre a sementeira haverá cobertura com – diferentes métodos de quebra de
sombrite continuamente. dormência em sementes e seus
– Repicagem efeitos sobre germinação;

Consiste no transplante das mudas recém – a influência da cor e quantidade de luz


germinadas para as embalagens para germinação das varias espécies;
definitivas, ou seja, das sementeiras para – testes de adubação: comparação
as embalagens plásticas. Durante essa entre adubos químicos e orgânicos,
operação é feita uma seleção fitossanitária, sob varias dosagens;
desprezando-se as plântulas defeituosas,
– quantidades ótimas de irrigação em
poda da raiz e analise qualitativa das novas
mudas novas;
mudas. É uma operação muito delicada e
– utilização de vários tipos de materiais
fundamental para o sucesso do viveiro. As
terrosos rejeitados pela mineração
mudas serão repicadas quando atingem 5 a
adjacentes e suas propriedades para
7 cm de altura, dependendo da espécie.
plantio;
Esse serviço, em geral, é muito bem
– semeadura direta em embalagens
executado por funcionários do sexo
feminino. sem repicagem; efeitos sobre o índice
de pega e a espécie escolhida;
– Irrigação
– índice de perdas e suas curas.
Grande parte da irrigação no viveiro será
Observação e registros contínuos;
feita manualmente com regadores de ralo
fino, a partir dos reservatórios secundários
NORMA DNIT 073/2006 – ES 19

– espécies próprias para estaquia, germinação, brotamento e o crescimento, bem como a


descoberta e aperfeiçoamento dos substituição de mudas doentes ou mortas.
métodos;
7 Medição
– teste de várias misturas de solos
disponíveis.
A medição dos serviços de plantio de mudas de árvores
A pesquisa, para ter maior efeito, será e arbustos será efetuada por muda efetivamente
acompanhada por meio de relatórios plantada e comprovadamente estabelecida, a critério da
escritos ou tabelas. Essa documentação FISCALIZAÇÃO.
será coletada ao longo dos anos e
A medição será feita em três etapas:
processada continuamente.
a) após o término do plantio das mudas de
O acompanhamento periódico de um
cada área liberada e aprovada pela
engenheiro florestal será importante para o
Fiscalização;
enriquecimento dos conhecimentos
adquiridos. b) após a germinação de 100% (cem por
cento) das mudas nas referidas áreas.
t) Outras operações
A medição do viveiro de produção de mudas será de
– as mudas estarão prontas para o
acordo com o projeto aprovado pela Fiscalização.
plantio definitivo quando atingirem de
40 a 70 cm de altura. Mudas para 8 Pagamento
arborização de rua, no entanto, sairão
com o mínimo 1,5 m de altura; O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com

– algumas mudas necessitam de as medições referidas acima da seguinte forma:

sombreamento nos canteiros e a) 50% (cinqüenta por cento) das mudas


sementeiras nos primeiros dias / correspondentes, logo que atendida a
semanas. Para tal, quando for o caso, primeira exigência do item anterior;
serão aplicadas coberturas;
b) 50% (cinqüenta por cento) da área
– “sombrite” ou ripados enroláveis de
correspondente, logo que atendida a
bambu a 80 cm acima da superfície
segunda exigência do item anterior.
dos canteiros;
O pagamento dos serviços de plantio de mudas de
– a proteção a pragas e doenças terá o
árvores e arbustos será efetuado conforme o preço
diagnostico e a consulta continua
unitário da proposta para cada item, após a verificação
feitos por técnicos habilitados
do brotamento das espécies. As unidades que não
(Engenheiro Florestal);
vingarem não serão indenizadas, devendo as mesmas
– o viveiro contará com um plano
ser substituídas pelo executante sem ônus para o DNIT.
especifico para a manutenção geral:
O pagamento dos serviços de produção de mudas de
do sistema de drenagem, das
árvores e arbustos será efetuado conforme o preço da
benfeitorias, das ferramentas em uso,
proposta, usualmente por verba que será liberada de
da cerca, da arborização interna e
acordo com o processo semelhante ao do plantio.
externa, enfim de todo sistema de
produção. O pagamento será efetuado pelo preço unitário
contratual, que remunera a utilização de equipamentos
6 Controle e inspeções e ferramentas, fornecimento ou aquisição e transporte
das espécies vegetais, aberturas das covas, plantio e
Os serviços de revegetação arbórea e arbustiva serão
replantio das mudas, irrigação periódica, materiais
controlados visualmente pela FISCALIZAÇÃO em seu
utilizados, todas as operações necessárias para sua
desenvolvimento vegetativo, constituído pela
execução, utilização de defensivos e herbicidas,
NORMA DNIT 073/2006 – ES 20

colocação de adubo posterior e demais cuidados do Dentre estes programas, salientam-se a Educação
acompanhamento, bem como todos os possíveis custos Ambiental e a Comunicação Social, que terão no espaço
diretos e indiretos, seguros pessoais, equipamentos de do viveiro um ambiente propício para divulgação de
proteção individual, uniformes, alojamentos e refeições, seus ensaios e o bom relacionamento com as
transporte de pessoal, tudo o mais necessário à perfeita comunidades lindeiras à rodovia.
execução dos serviços.

_________________ /Índice Geral


NORMA DNIT 073/2006 – ES 21

Índice Geral

Abstract ............................. 1
Passivo ambiental 3.6......................... 3
Adubação 3.1 ........................ 2
Plantio de árvores ou arbustos 3.7......................... 3
Adubos, fertilizantes e
calcários 5.1.1 ..................... 5 Plantio de mudas arbóreas ou arbustivas no
paisagismo e na revegetação
Análise laboratorial dos solos sob de sucessão 5.4.1...................... 10
aspectos edáficos e pedológicos 3.2 ........................ 2
Prefácio .............................. 1
Áreas de uso do canteiro de obras
nomeadas planas ou Proporção da mistura dos materiais 5.2 ..................... 8
pouco inclinadas 3.3 ........................ 2
Referências bibliográficas 2.2......................... 2
Calagem do solo 3.4 ........................ 3
Referências normativas 2.1......................... 2
Condições específicas 5 ........................... 5
Referências normativas e
Condições gerais 4 ........................... 3 bibliográficas 2............................ 2

Controle e inspeções 6 ........................... 19 Resumo .............................. 1

Cova para plantio de mudas 3.5 ........................ 3 Sumário .............................. 1

Definições 3 ........................... 2 Tabela 1- Vegetação arbustiva .............................. 6

Espécies vegetais 5.1.2 ..................... 5 Tabela 2 – Vegetação arbórea .............................. 6

Execução 5.4 ........................ 10 Tabela 3 – Listagem de materiais, ferramentas


e insumos .............................. 8
Ferramentas 5.3 ........................ 8
Tratamento ambiental 3.8......................... 3
Índice geral ............................. 21
Tutoramento 3.9......................... 3
Materiais 5.1 ........................ 5
Viveiro de mudas 3.10....................... 3
Medição 7 ........................... 19
Viveiro para produção de mudas 5.4.2.................. 11
Objetivo 1 ........................... 1

Pagamento 8 ........................... 19

__________________

You might also like