Professional Documents
Culture Documents
VOLUME VIII
NúMERO 43
JANEIRO
FEVEREIRO
1971
A. Miehe
A. Franke
F. Chermont
SUMARIO
M. Gerez
O INJETOR DE SINAIS ( ,,) .................. 13
Engs. A CONVERSAO DE )5(48Ç1&,$ EM APARELHOS
M. Cavallini ................................ 17
T. Hajnal O QUE 92&ÇDEVE CONHECER SôBRE SATÉLITES
L. Kliass DE COMUNICAÇÕES ( ,,) . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
A. J . Pereira CADERNO IBRAPE: RADIO CONTRôLE (I) . . . . . . 25
D. Gomes 7ESTE SEUS CONHECIMENTOS EM ELETRôNICA 33
ESTADO SóLIDO (I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
G. L. Volkart
FONTE DE ALIMENTAÇAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Fotolabor
O CONSÊRTO DO Hl FI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Escolas Profissionais
RELATóRIO ESPECIAL: VôE COM ÊLES . . . . . . . . 45
Salesianas
INTRODUÇAO AOS CIRCUITOS LóGICOS (VI) . . 52
R. da Moóca . 766
A COMPRA DE UM TELEVISOR USADO . . . . . . . . . . 57
São Paulo
OFICINA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Fernando Chinaglia CONSELHEIRO TÉCNICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Distribuidora S. A.
R. Teodoro da
Silva . 907
CAPA - O injetor de sinais é de grande utilidade para o técnico
Rio de Janeiro reparador. Além disso, pode ser incorporado em outras aplicações . O
circuito impresso que fornecemos facilita bastante a montagem deste
injetor de baixo custo.
ElEGI L
Editõra
Técnico-Grálica
Industrial Lida.
Todos os nossos projetas usam materiais de fácil
aquisição no Brasil.
R. Sta. lfigênia, 180
Tel. 34·3101
Os artigos assinados são de exclusivo responsabilidade de seus autores.
C.P. 30.869 ~ vedado o reprodução dos textos e dos Ilustrações publicados nesta revisto,
PREÇOS
Exemplar avulso e número atrasado : Cr$ 2 ,80; ASSINATURA 1 ANO : registrada,
Cr$ 15,00, aérea · registrada, Cr$ ' 20,5€!; ASS,~NATURA 2 ANOS : r.eg1strada, Cr$
28,00; aérea registrada , Cr$ 39,00; ASSINATURA 3 ANOS : reg1strada , Cr$ 39,00 ,
aéreo registrada, Cr$ 55,00 .
As assinaturas deverão ser enviadas para ETEGI ~ ~ C . . P · 30 · 869 - S· P · •
utilizando o cupom de ass inatura publicado no ultima pagma ·
''bacanize''
sua oficina I
•
ve1a na
abaixo,
o que lhe falta.
ANALISADOR DE ÁUDIO
ANALISADOR DE DISTORÇÃO HARMÚNICA
ANALISADOR DE IGNIÇÃO
ANALISADOR DE SINAL
ÁUDIO-VISUAL
ACOPLADOR DE ANTENAS
CAIXA DE SUBSTITUIÇÃO DE RESISTÊNCIAS
CALIBRADOR DE VOLTAGEM
CAIXA DE SUBSTITUIÇÃO DE CONDENSADORES
CONVERSOR ESTÁTICO DE VOLTAGEM
DÉCADA DE CONDENSADORES
DÉCADA DE RESISTÊNCIAS
ELIMINADOR DE BATERIA
FONTE DE ALIMENTAÇÃO REGULADA
GERADOR DE ÁUDIO
FONTE REGULADA DE VOLTAGEM VARIÁVEL
GERADOR DE ALINHAMENTO DE TV
GERADOR DE BARRAS
GERADOR DE LABORATÚRIO
GERADOR DE ONDA QUADRADA
GERADOR DE SINAL E R. F.
INTERRUPTOR ELETRONICO
MEDIDOR DE ENERGIA DE R. F.
MEDIDOR DE FREQÜÉNCIA
MULTIPLICADOR DE FATOR " O"
MINI-LABORATÚRIO
OSCILOSCÚPIO
OSC . FREQUÊNCIA VARIÁVEL
PONTE DE IMPEDÂNCIA
TESTADOR DE BATERIA
TESTADOR DE CAPACITORES
TESTADOR DE VÁLVULAS
VOL Ti METRO ELETRONICO
VOLT-OHM-MILIAMPERÍMETRO
No campo da eletrônica,
LOJAS
~ ~~ DI~l í
tem o componente Atendemos no
de que você precisa mesmo dia, por
reembôlso aéreo,
os pedidos
Rua da Quitanda, 48- Rio radiograféidos
End. Telegr: "RENOCAR"
~3 revista ELETRõNICA
10 L} JANEIRO-FEVEREIRO 1 97 I
RADIO ELÉTRICA SANTISTA GEPEÇAS LTDA. .
Rua Cel. Flaqu er. 110- Te/. 44-5162 Ru a Voluntário da Pátna. 595
SA NTO ANDA E- SP Ga l. Santa Catarina- Loja 38 - Tel. 24-9822
Rua Ma rechal Deodoro PÓ ATO A LEGRE - RG S
Lojas 10/1 1 - Te/. 43 -3299
DISTRIBUIDORES AUTORIZADOS: SÃO BERNARDO DO CAMPO- SP
Rua Manoel Coelho. 163 -Te /. 42- 2069
~~~~~IJ.,';'to Ferra z, 14 - Te/.2'2.-99 43
ATLAS RADIO PEÇAS LTDA. BELO HORIZONTE- MG
SÃO CAETANO DO SU L- SP RADELGO
Largo do Cambu ci. 55 -Te/.: 278-7420
Ru a da Indepe ndência. 219 -Te/. 278-1208 ELETRÕNICA LEÃO Ru a 3. n.• 946 -Te/. 6-3492
Rua Dr. A lvaro Soares, 44 -Te/. 2-0576 GO IÃN IA- GO
SÃO PAU LO - SP SOROCABA - SP
ARCLOVI COM. ELETRONICA LTDA. CINESCOL COM . E REPRESENT. LTDA.
ELETRÔNICA MONTEIRO Rua Guedes de Brito, 41 -Te/. 3-7488
Rua Oscar Freire. 2.554- Te/. 282-05 59 Rua Ten. Haroldo E. S. Santos. 127 -Te/. 2-33 99
SÃO PAULO- SP SA LVADOR BA
CAMP INAS- SP
CINERAL CASA HENRIQUE RIGHI ELETRÕNICA PERNAMBUCANA LTDA.
Rua Antônio de Barros, 341 -Te/. 295 -0974 Pça. Dr. ~aul a Tol edo. 5 - Te/. 3187 Ru a da Concórd ia , 307 - Tels. 4-1663 e 4-5417
SÃO PAULO - SP RECIFE - PE
TAU BATE- SP
CASÁ DOS TUBOS EDILSON R. DA SILVA A RADIAL DE j , ARAÚJO & IRMÃOS
Rua Aurora, 292- Tel. 221-1662 Ru a Américo· Brasiliense. 655 -Te/. 7874 Rua Ped ro Pereira, 519/ 521 • Te/. 1-9549
SÃO PA ULO - SP RIBEIR ÃO PR~TO - SP FORTALEZA- CE _
-ANTONIO NECCHI LENIR CATTANI A . PINTO SYLVANIA PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA.
Rua Rangei Pestana, 101 -Tal. 2-8683 Rua Benjamin Constant. 50.- Te/. 4-079ú Rua Senador Dan tas. 71 - Co nj . 505- Te/. 222-4291
SANTOS- SP CURITIBA - PR AlO DE JANEIRO- GB
DARA
VOLTA
PORCI É coisa que não fazemos, no atendimento
de nossos clientes. A rêde nacional de Armando Pontede1ro Fl ll' o - Engenhe i ro Co n su l tor
I BRAPE
revista ELETRoNICA
12 43 JANEIRO- FEVEREIRO 1 9 7 1
CAPA:
6e5*,2
$0e5,&2
BOGGIO
oinjefor esinais
PARTE II
Em nosso número anterior descrevemos os. Vamos supor que, no instante em que se acione
principais usos e aplicações dos injetores de sinais. a chave que liga a alimentação, surja um pulso,
Em se tratando de um aparelho simples, barato de digamos positivo, na base de T,. Tratando-se de um
fácil montagem, além de grande utilidade, UHVROYH transistor NPN, teremos, como consequência do pul-
mos oferecer a todos os leitores a possibilidade de so positivo na base de T,, uma condução maior do
possuírem o seu. Damos pois, neste artigo, a descri- transistor, aumentando, pois, a corrente de coletor
ção da montagem, que, já simples em si, fica ainda do mesmo. :l!ste aumento na corrente do coletor
mais fácil com o emprêgo de circuito impresso. provoca um aumento na corrente através do resistor
Nós também fornecemos êsse circuito impresso. de carga de coletor, R, . Com isso, aumenta a queda .
Você precisa apenas comprar dois transistores, seis de tensão sôbre êsse resistor provocando redução -·
resistores e cinco capacitares, algumas miudezas e ... na tensão de coletor de T,. Essa redução é transfe-
rida à base de T, , através do capacitar de acopla-
mãos à obra . mento C,.
Reduzindo-se a tensão na base de T,, diminuirá
O CIRCUITO a condução do transistor, caindo a corrente de co-
A figura 1 mostra o circuito esquemático do letor; isto reduzirá a queda de tensão sôbre R. e
nosso injetor de sinais . Como pode ser verificado provocará, consequentemente, um aumento na ten~ão
de coletor (de T,) .
nada mais é que um multivibrador astável. Veja-
mos, com alguns detalhes, o que vem a ser o fun- :l!ste aumento por sua vez, é transferido à base
cionamento de um multivibrador astável. de T, por meio de C,, provocando um nôvo aumen-
r--------
1
I
FIG. 1
I
c
I!""!!]
C5 2,2n I DE PRD- ~
I VA
3V
s T2
I
c I
o
L _ _ __j
revistn ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 13
to na tensão dessa base. O processo todo irá se Os resistores usados por nós nos protótipos eram de
repetir, com grande rapidez, até que T, fique sa- 1/ 4 watt e seu corpo (sem os fios> possuía comprimento
aproximado de 1 cm .
turado (conduzindo fortemente) e T,, cortado (não
conduzindo) . 5 capãcitores cerâmicos de 2,2 nF, "pin-up" ou
disco.
Nesse instante, o circuito fica momentâneamen- Qualquer tipo de capacitar dêste valor pode ser usado;
te no estado descrito (T, saturado e T, cortado) . A usamos do tipo "pin-up" porque são pequenos e práticos .
carga do capacitar C, começa, então, a diminuir Entretanto, os "discos" ou de outros formatos podem ser
usados. desde que caibam no espaço disponível.
pois êle se descarrega através de R, . Aumenta co~
O valor 2,2 nF é a mesma coisa que 2200 pF ou 0,0022 J.LF
isto, o potencial da base de T,, provocando um au- ou .0022 J.L
mento da respectiva corrente de coletor, redução na
tensão da base de T,, etc, etc., de modo semelhante Solda de baixo ponto de fuião, própria para
a_o q~e sucedeu anteriormente, só que, desta vez, T, circuitos impressos .
~1car~ ~ortado e T, saturado . Êsses ciclos repetem-se
mdeftrudamente, enquanto estiver ligada a alimenta-
ção . O resultado será uma tensão com forma de Preparo do circuito impresso
onda retangular, nos coletores dos dois transistores. Destaque a chapinha de circuito impresso cola-
Como as polaridades dos sinais nos dois cole- da sôbre a capa da revista. Limpe cuidadosamente
tores são opostas, teremos entre êles, o dôbro da a face que esteve colada, eliminando quaisquer resí-
amplitude que obteríamos entre coletor e emissor de duos de cola, principalmente dos furos (use um
c_ada u~ dêles. Foi esta a solução que escolhemos, alfinete para a limpeza dêstes) . Use água para a
l•gando a massa o coletor de T, (ponto D) e retirando limpeza da chapa. Não remova a camada de verniz
o sinal do coletor de T, (ponto B). que recobre a outra face (onde está a película de
cobre) pois êste facilita a soldagem e evita a oxida-
Em poucas palavras, eis as funções dos vários ção . Se por um acidente, o verniz for retirado,
componentes: recupere, aplicando uma camada de solução de álcool
R, e R, são os resistores de coletor com breu.
R, e R. servem para levar, em cada ciclo,
uma das bases a um potencial po- Instruções para soldagem
sitivo .
R, e Rs limitam as correntes de base As soldagens em circuitos impressos, devem ser
C, e C, acoplam os transistores entre sí executadas com a máxima rapidez e empregando a
C, e C, aguçam a forma da onda, tornan- quantidade de calor estritamente necessária para
do-a mais quadrada , o que signifi- propiciar uma conexão perfeita .
ca maior número de harmónicos. Ao efetuar a soldagem, utilize soldador de pon-
c, acopla o injetor ao circuito em ta fina, com dissipação inferior a 50 W, e solda de
teste baixo ponto de fusão, própria para circuito impresso.
T, e T, são os transistores osciladores. O Nunca empregue fluxo ("pasta") ao soldar. A utiliza-
tipo que utilizamos, BF184 é NPN , ção de um ferro de soldar inadequado, provocará a
próprio para altas frequências. queima dos componentes podendo ai nda soltar o fi-
Podem ser usados outros tipos, como por exem- lete de cobre da chapa fenólica.
plo, AF114, AF115, AF116 ou AF117·, mas, neste As partes a serem soldadas devem estar perfei-
caso, será necessário inverter a polaridade da ba tamente limpas. A ponta do ferro de soldar, pre-
teria (A negativo, C positivo) . A razão pela qual viamente estanhada, deve ser limpa com um trapo
preferimos o tipo BF184 é que, nas experiências rea- antes de cada soldagem . Coloque um pouco de solda
lizadas, fàcilmente conse11uimos alcançar a faixa de na ponta do ferro, o que facilitará a transferência de
frequências de TV, o que não foi possível com os calor, aumentando a rapidez da soldagem . Encoste a
outros . ponta do ferro de soldar na conexão (fig . 2A), apli-
que solda no ponto a ser soldado e não na ponta do
A MONTAGEM ferro de soldar (fig. 2B), mantendo nesta posição
A' parte dÓ circuito da Fig . I desenhada no até que a solda derreta e envolva a conexão (fig. 2C).
interior do retângulo tracejado corresponde ao cir- Use apenas a quantidade de solda necessária e evite
cuito imp~esso que o leitor encontra colado à capa aquecer desnecessàriamente a placa de fiação im-
desta revista. Descreveremos primeiramente esta pressa. Retire primeiro a solda e depois o ferro .
parte . Não mova os terminais até que a solda solidifique
completamente. Puxe levemente o terminal, para cer-
tificar-se de que a soldagem está firme . Verifique
O MATERIAL o aspecto da solda. Se parecer com a fig. 2D te-
4 terminais para circuito impresso, (que po- remos uma boa aderência ao terminal, porém mau
derão ser substituídos por pedaços de 7 mm cantata no filete , devido a um aquecimento insufi·
de fio nu D.0 18) ciente deste ou sujeira neste, caso o verniz tenha sido
2 resistores de 8,2kn, 1/4 W, 10% removido. Se parecer com a fig. 2E, teremos uma
2 resistores de 220 k!l, 1/4 W, 10% boa aderência ao filete, todavia um mau cantata
2 resistores de 33 k!l, 1/4W, 10% com o terminal, devido a um aquecimento insuficien-
te do terminal ou sujeira neste . A soldagem correta,
. . Os valõr~s acima indicados são padronizados e será deverá parecer com a figura 2F .
facil encontra-los nas casas do ramos. A dissipação indicada
de 1/4 W é muito maior que a realmente necessária qu~ A seguir corte o excesso de terminal (fig. 2G)
nem atinge 1/10 W; assim qualquer res!stor de valor c~rreto
e_ de tamanl_lO pequeno, entre 1/10 e 1/2 W, pode ser adqui- com um alicate de corte, sempre em seguida a cada
rido . Os codigos de cõres correspondentes são : soldagem.
8,2 kfl : cinza ( 8) , vermelho ( 2) e vermelho ( 00)
220 kfl : vermelho ( 2) , vermelho ( 2) e amarelo ( 0000) Seguindo-se estas recomendações, cada soldagem
33 kfl : laranja (3) laranja (31 e laranja (000) não levará mais de 2 segundos .
14 43 revista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
TERMINAL DO
COM~ONENTE
c
a b
FIG. 2
d e
~LICATE DE CDRT~: .
~ g
a b
FIG. 3
S (BLINDAGEM)
CORTAR
c d
um oferecimento conjunto de
REVISTA ELETRÚNICA
ELETROCOMP e
CIA. QU[MICA INDUSTRIAL DE- LAMINADOS .
....
FIG. 4
FIG. 5
Desde há alguns anos, o interêsse entre os ra vações da melhor forma possível, não somente no
dioamadores pela transmissão em SSB tem aumentado sistema SSB, mas também nos circuitos transistori-
bastante. No entanto, poucos são os equipamentos de zados, para ficar sempre "na crista da onda" .
construção caseira em uso, empregando êste pro- Existem certas diferenças fundamentais entre AM
cesso de transmissão . Parece até que SSB é um e SSB e uma delas é a conversão de frequência, que
" bicho de sete cabeças" . A principal culpada é, a vamos analisar aqui. Nos transmissores de AM e
nosso ver, a falta de literatura especializada a res- FM , a frequência do oscilador e excitador é modifi.
peito destes equipamentos . Em consequência, mui tos cada por dobradores e triplicadores de frequência.
PY's que construíram seus próprios transmissôres Em SSB, êste processo não pode ser adotado e é ·
de AM, estão com receio de fazer o mesmo para necessário empregar a heterodinação para obter mo-
SSB . Cada um deveria procurar se adaptar às i no- dificações na frequência.
p
SSB
455kHz
~SSB
~ 6,5MHz
100k
250V
r
1.000pF 10pF 10pF 1.000pF
=6955kHz
68k 68k
R
~ =6045kHz
Fig. 1
Conversor equilibrado, con
22pF
mudança da faixa lateral
DRIVER\
Fie- 2
.------......--.-tl----4
100pF \
Clrcul.to.l conversores do tipo também asado nos receptores
o o
Cristal o o
+250V SSB 10-BOm
MBz - -+Faixa 9MHz
2
5,5 = BOm
= 40m t
5
6
- 20m
= 15m
50pF
9,5- 10 10m 100pF 100k
t----tf--e 7MHz
0,01
470(}
250V
I
22k
T50pF
VFO
2MHz
a b
r-------------~-------e-15V
SSB 9MHz
47k •c---- f1+f2•14MHz
f1 1L...et1-f2•35MHz Fig. 3
I ' Conversores translstorlzados de baixo nf yel
I '--+---'I
0,04 -15
0,04
22on
0,04
47k I
OSC. 5 a 5,5MHz
f2 o
9MHz:•--i-----4o(
SSB
15pF
b
revista ELETRõNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 19
8298 2. 614 6
(CONV)
r-~ 21MHz
2 • SOpF
~NT
21MHz
RFC
0-2 50Ma0
10k
~PARA
~14MHz
VR-150 100pF:
14MHz
50k
I
..___ DIVISOR
4 00 V
Fig. 4
Convesor de alto nível
20 43 revista ELETRõNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
o que você deve
conhecer
sôbre
SATÉLITES
DE
comunlcAcõEs
-
CONCLUSÃO
A ESTAÇÃO BRASILEIRA DE
ITABORAf
Para a descrição de uma esta-
ção, nada melhor que tomarmos
os pontos mais afastado e mais ao norte do equador, é necessário como base a brasileira, localizada
próximo da Terra. uma curva à esquerda . A altitu- no município fluminense de lta-
O ângulo de inclinação é esco- de, conforme sabemos, é de boraí, distrito de Tanguá .
lhido em função da cobertura 36.500 km, mas ninguém faz o Ela possui uma gigantesca an-
geográfica desejada . Comunica- lançamento em um só etapa, tena tipo Cassegrain contendo um
ções com regiões polares não são fazendo com que o foguete vá refletor parabólico de 30 m de
possíveis se a órbita fôr equato- até lá. Por essa razão, é usado diâmetro. O conjunto é suportado
rial. O período do satélite guar- um veículo suficiente para colo- por urna tôrre de concreto, cm
da uma relação com a altitude, cá-lo no perigeu de apenas 230 cujo tôpo, logo abaixo da antena,
assunto que já discutimos quando km de uma órbita elíptica. Esta há um compartimento onde estão
mencionamos os satélites síncro- é bastante alongada, pois seu apo- os sistemas que devem estar pró-
nos. A escolha do perigeu é bas- geu é da ordem de 36.500, ou se- ximos da antena . Como, por
tante importante; êle deve ser ja, a altitude em que o satélite exemplo, os amplificadores de
baixo, pois é neste ponto que o deverá ficar. Assim, no instante entrada para recepção e seu carís-
último estágio solta o satélite - em que êle é colocado em órbita, simo sistema de refrigeração .
a fim de que as despesas de lan- a 230 km de altitude, começa a No térreo e no subsolo estão os
çamento sejam as menores possí- descrever a citada órbita, viajan- transmissôres de alta potência e
veis, já que quanto mais alto o do em direção ao apogeu. Lá os sistemas de contrôle dos motô-
ponto a ser atingido, mais caro chegando, tem sua velocidade sig- res da antena. Da base da tôrre
é o foguete . Por outro lado, o nificativamente aumentada, com saem os guias de onda e os cabos
perigeu não pode ser muito baixo, o auxílio de um motor a jato, de comando para o edifício de
da ordem de 150 km ou menos, acionado remotamente de Terra . contrôle da estação, onde estão
pois naquele ponto o satélite ain- Tal aeréscimo leva a iniciar uma os demais equipamentos .
da encontra uma apreciável resis- órbita circular; como isto aconte-
ceu quando êle estava a cêrca de Você olha para antena; ela pa-
tência do ar, que o fará descer rece estar parada. Mas na ver-
gradualmente em direção à Terra, 36.500 km de altitude, agora só
restam as correções finais. Que dade está continuamente procu-
levando-o à destruição . rando o apontamento ótimo para
têm a finalidade de leva-lo para
o ponto da órbita em que deve o satélite . Para term.:>s uma idéia,
COMO O SATeLITE ficar estar:ionado, o que é feito o apontamento deve ser mantido
SINCRONO e COLOCADO acionando-se remotamente os ja- com uma precisão de um centé-
EM óRBITA tinhos de orientação, de modo a simo de gráu! Embora só com um
Enquanto que as operações há variar a altitude, como já descre- desvio de 0,070 a conexão com
pouco descritas são suficientes vemos 1mteriormentc . Ao chegar o satélite seja perdida . As corre-
para a colocação de um satélite ao ponto de parada sua altitude ções de posição eventualmente
não-síncrono em órbita, no caso é controlada para exatamente necessárias podem ser feitas por
do síncrono tudo o que descreve- 36.500 km e êle estaciona . contrôles manuais ou automáticos.
mos é apenas o início . Como êle Na verdade, é pràticamente A estação está integrada ao Sis-
deve ficar em um plano equdto- impossível colocar-se um satélite tema Nacional de Telecomunica-
rial, e a base de lançamento (Ca- em órbita perfeitamente circular e ções conforme descrevemos a
bo Kennedy) fica a 28 1/2 gráus em movimento perfeitamente sín- seguir .
12 41 revista ELETRõNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
No caso de transmissão do comunicações via Satélites - o vida útil, o Score silenciou por
Brasil para outros países, os sinais lntelsat (lnternational Telecomu- motivo de exaustão de suas ba-
telefôn icos e de TV, qualquer que nications Satellite Consortium) . terias.
seja o local do território nacional Trata-se de uma emprêsa inter- Depois foi a vêz do Echo, o
onde tenham origem, são trafega- nacional de telecomunicações, primeiro satélite passivo, lançado
dos - via Sistema Nacional - fundada em 1964, e que tem , em 1960 pela NASA. Ainda no
para a Central de Trânsito Inter- atualmente, 69 acionistas . A re- mesmo ano, o Exército ameri-
nacional, na Guanabara . Dali presentação de um país, ou grupo cano colocou em órbita o Courier
vão para o Terminal do Livra- de nações, é garantida desde que 1-B, repetidor ativo semelhante ao
mento, ainda na cidade do Rio de sejam suhscritos, no mínimo, Score. Retransmitiu 118 milhões
Janeiro, de onde são enviados 1,5% das ações (exatamente a de palavras dmante seus dezoito
para a estação de Tanguá, atra- quota do Brasil) . Pequenos paí- dias de atividade . Foi silenciado
vés de um enlace de micro-ondas ses reúnem-se em grupos para por uma falha nas baterias de
(7 GHz) _ Para chegarem a Tan- poderen:. alcançar esta quota . bordo .
guá, os sinais são refletidos por
um espelho passivo- situado no Ao lntel sat cabe realizar o pla- Em 1962 foi lançado pela NA-
môrro do Barbosão, a cinco qui- nejamento dos sistemas de cornu- SA o Telstar, desenvolvido pela
lômetros da estação - e final- u.icações internacionais via satéli te Bell System, a qual, juntamente
mente chegam a uma pequena contrat:'lr serviços das indústrias com a American Telephone and
antena parabólica, instalada no no que diz respeito ao projeto, Telegraph (ATT), é que financiou
tôpo do edifício de contrôle. desenvolvimento e fabricação dos tudo . Pela primeira vêz, emprêsas
Uma vêz recebidos, são devida- satélites e cquipfl mentos associa- paTticulares investiam dinheiro
mente processados, e depois mo- dos . Também é encarregado de em satélites de comunicações -
dulam a portad,ora de transmissão, providênciar os lançamentos jun- as iniciativas anteriores haviam
que está na faix a de 6 GHz . to à NASA e cuidar do chamado corrido por conta do Govêrno
No caso de TV, a portadora é segmento espacial, o qual se re- dos EUA . O Telstar era mais
outra mas está na mesma faixa . fere ao satélite e ao equipamento elaborado, e seu sistema de re-
Em ~eguida a uma pré-amplifi- necessário para o seu rastreamen- transmissão possuia largura de
cação, são encaminhados aos to, contrôle e comando. Para tan- faixa suficiente para um canal
transmissôres - estão na base to, o lntelsat possui estações, des- de TV . E na noite de 10 de junho
da antena - de potência superior tinadas a controlar o correto posi- de 1962, foi realizada a primeira
a 8 kW, de onde passam à an- cionamen to dos sa télites. Em transmissão de TV entre EUA e
tena, também através de guias têrmos de divisão de responsabi- Europa .
de onda . lidades o lotelsat é responsáve} O Telstar continuou prestando
por tudo que está er.tre as an- serviços (telefonia e TV) até o
O sinal transmitido vai ao saté- tenas das estações terrestres .
lite, onde um transladador ativo dia 21 de fevereiro de 1963, quan-
Estas, por sua vêz, não estão sob do então saiu do ar . Teve urna
desloca a frequência das porta- a responsabilidade do Intelsat,
doras da faixa de 6 GHz para a vida útil no espaço bastante atri-
mas dos países onde estão loca- bulada, tendo apresentado defei-
de 4 GHz, re-irradiando para a lizadas . Assim, por exemplo, a
Terra . tos em diversas ocasiões, quando
ele Tanguá foi construída e é foi consertado mediante comandos
Vejamos ngora o que acontece mantida pela Embrdtel. No mo- especiais transmitidos pelo Con-
quando Tanguá recebe sinai s mento em que o 3inal deixa um a
transmitidos de outro país . Os trôle de Terra .
estação terrestre, a responsabili-
sina is, em 4 GHz, recebidos do dade pela qualidade fica a cargo Depois foi a vêz do Telstar II ,
satélite, entram através da antena ; do Intelsat, até que êle chegue à mais aprimorado - cada satélite
indo logo para aquêles amplifi- antena da estação receptora, em lançado, com ou sem sucesso, en-
cadores de baixo ruído, especial- outro pais . Do que diz respeito sina muita coisa àqueles que estão
mente refrigerados . Para termos à receita proveniente de uma cu.idando do seguinte - e um
uma idéia, o fator de ruído é transmissão, o dinheiro arrecada- apogeu duas vêzes maior do que
de somente 0,2 dB e a temperatu- do é rateado entre o lntelsat e o de seu antecessor, o que permi-
ra de resfriamento é de - 23S .•C! as emprêsas de comunicações dos te um aumento de 2,5 vêzes do
O ganho é de 40 dB . Há sempre países envolvidos - no Brasil seu tempo de vôo sôbre o Atlân-
um an1plificador de reserva, que é a Embratel, na Itália é a Te- tico.
em caso de falha no primeiro, lespazio nos EUA é o Comsat , Seguiu-se O Relay I, desenvol-
entra em operação autornàtica- e assim por diante . vid0 pela RCA sob contrato da
mente, em menos de 200 mili-se- NASA . Lançado em 1962, tam-
gundosl Depois os sinais são bém 3presentou problemas de
ainda mais amplificados e en- UMA BREVE HISTóRIA DOS
iados para o edifício de contrôle SATELITES COMUNICAÇõES funcionamento no sistema eletrô-
da estação . Onde são convenien- nico, os quais, porém não vieram
temente processados e enviados O primeiro satélite de comuni- a comprometer sua vida útil.
(enlace de micro-ondas de 7 MHz) cações foi o Score, lançado em Aliás, o Relay operou dois anos
para a Central de Trânsito Inter- 195~ pel0 Exército dos EUA .
além do tempo previsto . As li-
nacional, na Guanabara, seguindo Possuia um único canal telefôni- ções das aventuras anteriores ha-
co e era do tipo com-retardo viam sido aprendidas . E as trans-
o trajeto inverso daquele descri- missões de TV entre EUA e
to para o caso de transmissão . (store-and-forward) . Em urna de
suas passagens sôbre os EUA, Emopa eram cada vêz mais fre-
recebeu e gravou uma mensagem quêntes . Em 1964, o Relay II foi
O QUE Jõ O INTELSA T? colocado em órbita .
do então presidente Eisenhower;
As comunicações internacionais depois retransmitiu-a para a Eu- Todos êstes satélites eram do
\'ln satélites são controladas pelo ropa, quando sobrevoou o Velho tipo baixa ou média altitude .
Cousórcio Internacional de Tele- Continente . Após doze dias de Sob o ponto de vista comercial,
24 43 revista ELETRôNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
N.• 001
RADIO-CONTRÔLE
PARTE I
FEVEREIRO 1971
INTRODUÇÃO
- 1-
O segundo é do tipo superheterodino e foi cons-
truido com 5 transistores, 1 díodo e bobinas de FI
comerciais. Seu oscilador local é controlado a cris-
tal, sua sensibilidade é 71J.V e a largura de faixa da
etapa de FI é 3,5 kHz. O fator de mérito do CAV é
melhor que 50 dB e o consumo é 8 mA sob alimenta- tons de áudio foram usadas bobinas do tipo "pot-co-
ção de 9V (C .C). re ", de fabricação nacional. ~ste circuito original-
O circuito que converte os tons de áudio em mente controla o sentido de rotação de um pequeno
informações C . C . (o qual convencionamos chamar motor C . C., porém, poderá atua r outros dispositivos,
de atuador) usa 4 transistores: 2 de silício e 2 de como relês, etc. O consumo dêste circuito é 200 mA
germanio; nos circuitos tanques que sintonizam os e a alimentação é de 9 V (C . C.).
A - O TRANSMISSOR
O diagrama esquemático do circuito aparece na O sistema irradiante do transmissor usa uma an-
Fig. 1 e o primeiro estágio a ser analisado é o osci- tena telescópica com uma bobina compensadora (ver
lador de RF, que, sendo controlado a cristal, oscila Fig. 8), sendo esta antena ligada ao amplificador de
na frequência da portadora a ser transmitida. No co- potência T, através do filtro composto por L,, Ls, L,,
letor de T,, o circuito tanque composto por L, C. é C12, Cn, C,., e C,s, que garante uma atenuação de
sintonizado por volta de 27 MHz, a fim de forçar 42 dB para o 2.• harmônico (54 MHz) .
o oscilador a oscilar no 3." sobretom do cristal, fre· Por meio da chave CH, pode-se substituir a an-
quência esta indicada em seu invólucro. A polariza- tena pela lâmpada pilôto LP, que serve para indicar
ção C.C. de T, usa um divisor resistivo na base Ru se o transmissor está funcionando, além de servir de
e Ru e um resistor no emissor, R, •. O sinal gerado referência na hora da calibração.
pelo oscilador, é transferido para a base de T, através O oscilador dos tons de áudio usa um transistor
do capacitar C,o . BC 108 (T,) e tem em seu elo de realimentação um
O transistor T,, polarizado através do choque Lz, filtro "duplo T", constituído por C, Cz, c., R,, Rz, R,,
de forma a operar em classe C, é o amplificador de R. e R, . A frequência de oscilação 1 kHz pode ser
potência de RF. Seu coletor é ligado ao circuito mo- ajustada por intermédio do "trim-pot", que é ligado
dulador por intermédio do choque de RF L,, caben- em série com a chave CH, e em 1,7 kHz por meio do
do ao resistor Ru limitar a corrente do emissor. "trim-pot" Rz, que é ligado em série com CHz.
- 2 -
@) @
R8 R9.
tOk 27k
c s c
BCIOB BFIB5
BCI77 BCt77
---r2 BSX20
o----e + t2V
Ch4
Ct7 B
~ ANTENA
tOn Ch3
LPt
u u
_j _ _ _ _L - __ _j
TI T2 T3 T4 RESISTORES EM OHMS
c ~.~ 5,5_ 6 ,~
~
TABELA DE CONDENSADORES EM FARAOS
o TENSÕES CC
-E -º'~
B H,4 3
o t2 2,5 0,5
FIG. 1
O capacitar C, Liga o estágio de áudio ao circui- A blindagem entre as bobinas L,, L, e L. foi fei-
to modulador, qu e foi construído com um transistor ta com uma tira de fôlha de Flandres, 160 mm
de silício PNP (T,) para melhor adaptar-se à concep- X 25 mm , dobrada conforme mostra a Fig. 3.
ção do circuito do amplificador de RF. Assim , sen- Para construção do transmissor, foram utiliza-
do, a corrente que circula através de T, é a mesma das duas antenas telescópias comuns de rádios tran-
que passa por T, . P.ode-se concluir daí que, varian- sistorizados, fàcilmente encontradas na praça. As
do a tensão na base de T,, varia-se também no cole- duas antenas (A e B) foram cortadas para serem
tor de T, resultando daí a modulação em amplitu- adaptadas às condições do circuito (ver detalhe "a"
de, que, no caso, é por volta de 70% . da Fig. 8) e, entre elas foi colocada uma boliina com-
O consumo de corrente de todo o circuito é pensadora (L,) , cuja posição de montagem pode ser
50 mA , sendo 45 mA aquêle do estágio final (T,) . vista no detalhe "b" da Fig. 8. · A bobina foi en-
rolada em um bastão confeccionado com material
Os níveis de tensão C . A . podem ser observados " PVC" (ver detalhe "c" da Fig. 9) e fixada entre
no diagrama de blocos da Fig. 2. as antenas através de parafusos de 3,96 mm de diâ-
CONSTRUÇÃO
T
(1kHl OU 1,7kH z)
pllica tamanho 120 mm x 65 mm (ver
figura 3) .
As bobinas são de fácil construção e
a fôrma usada ("Solhar") foi cortada
(ver Fig. 4) para reduzir a altura da
os c
CON TRO L ADO
A CR ISTAL
(27MHz )
I FILTRO
DE ANT ENA
-3-
FIG. 3
P/0 PO"lTO A DE CM
BLINDAGEM
metro por .20 mm de comprimento. O contacto elé- Indutância: L..1n = 0,3 !!H
trico entre a bobina e as antenas foi feito através de
duas arruelas de metal, de 7 mm de diâmetro. L.... = 0,6(.LH
Núcleo R. Sontag E-6313 R 28 RF
BOBINAS O = 140 em 27 MHz
- 4· -
LFURO , . tmm
r ENROLAMENTO
Jr~r
OOBRARO--~ ~~6mm
FIO C/ALICATE ~
l i~'
\_FURO 1• tmm ~ ~ TERMINAIS
FIG. 4 FIG. 5 FIG. 6 FIG. 7
Construção: Construção:
3,5 espiras de fio e.smaltado 0 =
0,510 mm 65 espiras de fio esmaltado 0 0,203 mm =
(AWG 24), espaçadas entre si de um diâmetro (AWG 32) , enroladas em tubo de material fenó-
do fio . lico, como é mostrado na Fig. 5.
Os terminais foram feitos com fio rígido
Indutância: 0,15{lH 0 =
0,9 mm (A WG 18), e fixados no tubo, con-
forme o desenho da Fig. 6.
Esta bobina tem nócleo de ar.
O =150 em 27 MHz Indutância: 10 {lH
PARAFUSO FIXADO
NA ÚLTIMA SECÇÃO
FIG. 8
7l'/ I
~m~ I ~
I. 540mm
1- "Omm -1
ANTENA
0 ANTENA @
o) DIMENSÕES DAS ANTENAS TELESCÓPICAS A e B
BOBI NA COMPENSADORA
I
3,96 mm
'FUROS COM ROSCA P/ FIXAÇÃO BOBINA COMPLETA
DA BOBINA NAS ANTENAS (A e Bl L "30 ESP FIO ES MALT (1!"0,57mm (AWG-231
-5
L, - Choque do circuito de saída. 1.") Ligar a chave CH, para a posição C, ou se-
ja para a Lâmpada pilôto.
Construção: 2.") Ajustar L,, L, e L, para o máximo brilho
40 espiras de fio esmaltado 0 = 0,203 mm na lâmpada.
(AWG 32) , enroladas em tubo de material fen6- Quanto aos tons de áudio, inicialmente os resis-
lico, conforme mostrado no desenho da Fig. 7. tores ajustáveis R, e R, devem ter seus cursos na
A montagem dos terminais é idêntica à do cho- posição central, pois um ajuste fino das frequências
que L,. dos tons poderá ser feito quando todo conjunto
Indutância: 4 J..LH (transmissor, receptor e circuito atuador) estiver fun-
cionando.
AJUSTES
A lâmpada pilôto LP, servirá sempre de referên-
O ajuste do transmissor é feito com auxílio da cia quando se quiser saber se o transmissor está fun-
lâmpada pilôto LP,. Procede-se da seguinte forma : cionando.
LISTAS DE MATERIAIS
Resistores (todos de carbono, 1/2 watt, I0%) Cu- 100 pF cerâmico tubular 500V
R, "Trim-pot " - 4,7 k!l Lin . C,. - 100 pF 500V
R, " - 1 k!1 Lin. c., - to nF cerâmico "pin-up " 500V
R, 150 !1
R. 27 k!1 Transistores
R, 27 k!1
R, 330 k!l T, - BC 108 - Oscilador de áudio
R, 4,7 k!l T, - BC 177 - Modulador
R, IOk!l T, - BF185 - Oscilador de RF
R, 27 k!l T, - BSX20 - Salda de RF
R,,- 680 !1
Ru - 560 !1
Ru- 5,6k!l Cristal de Quartzo
Ru- 2,2k!l
R,.- 330 !1 Frequência conforme indicado na Introdução, tama-
Ru- 10 !1 nho HC-18U
Capacitares Diversos
c, lO nF poliester ~etalizado 250V Lâmpada Pilôto - 6 V- 50 mA-- Philips 7121 -D
c, 10 nF 250V I soquête de rôsca p/ lâmpada pilôto
c, IOOnF 250V
c, 22nF 250V CH, - interruptor de botão tipo "campainha"
c, 100 nF 250V CHz - interruptor de botão tipo "campainha"
c, 125 nF eletrolítico 16V CH, - chave tipo "H"
c, 4,7 nF cerâmico "pin-up" 125 v
c. 68pF cerâmico tubular 500V CH, - interruptor simples
c, 22pF 500V 2 dissipadores (p/ transistores T, e T,) tipo HT-18 -
CIO- 39 pF 500V "Amplitec"
Cu - lO nF cerâmico "pin-up " 125V Placa para fiação impressa 120 mm X 65 mm
c,. - 100pF cerâmico tubular 500V
Cu- 180pF " 500V Tira de fôlha de Flandres (lata) para blindagem .
c,. - IOOpF 500V 160mm X 25mm
- 6-
BFIB5 BF IB5 BCI7 7
TI T2 T3
BCI77 r-----~~-----.-----.-----.----~~---.+9V
E B
@ c
BF185
B E
Q"
s c
LI
R5
Ik L5
TABEL A DE TENSÕES CC
TI T2 I T3 RESISTORES EM OHMS
c 8 8~ CAPACITORES EM FARADS
B I 7,__3_
FIG. 9
1, 4 -I
E I o 8
-7 -
1[§]
FIG. 10
l
ANTE N/\
I
•
•9v
·p·
"'~ r jT ~ J,.
R7
--=---e
---=-
R4
~~
C4 ~
•
"+:.~ ~ to"~
1r.~ ~ .,~,..~,"f ~c,=
l" "~ . .
P/ U
CIRC u;ror-
--tlcs-
r
eMASS.O.
2
1---=----
13 c C10
..-...j!----
R9
L5
1 -=---- R$
•
AI INnt.r.ClF M
7 ESPIRASi
SEC.
l
____l3mm
----r.
- lmm FIG. 11 2.•) Ligar o osciloscópio à saída da áudio e
2ESPIRAS ~ ajustar L, - k . L, - L, e finalmente R., para o me-
PRIM. lhor sinal no osciloscópio.
LISTA DE MATERIAL
Resistores (todos de carbono, 1/2 watt, 10%;) c. - 22nF- poliester ~etalizado 250V
c,- 22nF- 250V
R, 4,7kn CIO- lOnF- 250V
R. 22kn C"- lOOJ..LF- eletrolítico 6,4V
R. 560 n C,z- 125J..LF- 16V
R. 560 n C" - lOJ..LF- 16V
R, 1 kn
R. "trim-pot", 470 kn - lin Transistores
R, 1 kn
R. 2,2 kn T, - BF185 - Amplificador de RF
R, 2,2kn Tz - BF185 - Circuito de regeneração
RIO- 560 n T, - BC177 - Amplificador de áudio
Capacitares Diversos
-8-
SllRGIO AMilRICO BOGGIO
0@ffi0
CB®ffilli®CB~[U)@ffiÜ®0
@till
RESPOSTAS NA PÁGINA 67
40 43 45
O elétron possui carga: Ao testarmos a isolação de +B Um bom solvente para depois
com um ôhmetro devemos: das soldas em circuitos impres-
a) negativa'
a) ligar o receptor e colocar sos , a fim de limpar os excessos
b) positiva de fluxo proveniente da solda é:
c) neutra o ôhmetro em paralelo
com o primeiro capacitar a) querosene
d) negativa ou positiva eletrolí tico de fi! tro
b) água
b) desligar o receptor, curto- ~ c) alcooh
41 circuitar momentâneamen-
te os capacitares de filtro , d) percloreto de ferro
A impedância de um circuito e depois ligar o ôhmetro
LC série é, na frequência de res- em paralelo com os capa- 46
sonância: citares
c) ligar o receptor e colocar Em um transistor de tipo
a) máxima o ôhmetro em série com o BCI07 podemos dizer que se tra-
b) mínima - catodo da válvula retifica- ta de transistor de:
c) constante dora e primeiro capacitar
eletrolítico de filtro _ a) germânio para áudio
d) nenhuma das anteriores é
certa d) desligar o receptor, colo- b) silício para áudio·
car uma ponta de teste do c) germânio para alta fre-
42 ôhmetro no chassi e com quência
a outra medir a isolação d) silício para alta-frequência
dos diversos pontos de
O capacitar utilizado entre o estágio de +B-
estágio de saída transistorizado 47
e alto-falante serve:
44
a) bloquear a componente do Temos um amplificador de
sinal entregue ao alto-fa- áudio entregando uma potência
Quando um TV apresenta
lante de 10 W . Qual a potência en-
somente barra horizontal branca tregue por êle num nível de -3
b) ajustar a resposta em fre- no centro da tela, o estágio de-
quência, bloqueando o ex feituoso mais provável é:
dB?
cesso de graves a) SW
a) Amplificador de vídeo
c) evitar o deslocamento do b) 3,3 w
ponto de repouso do alto-• b) Varredura horizontal
c) 20W
falante c) Muito Alta Tensão
(M.A.T.) d) 7,6 w
d) nenhuma das anteriores é
certa . d) Varredura vertical · (Cont. na pág. 38)
Iremos, nesta série de artigos que ora iniciamos , é o á tomo de oxigênio . Por conseguinte, um a mo-
apresentar o estudo dos semicondutores, componen- lécul a de água deve conter três átomos .
tes e circuitos à base dêstes . No final de cada artigo
o leitor encontrará um questionário que deverá res- Conceituamos ass im o que é á tomo e o que é
molécula; mas, em que consiste o á tomo?
ponder, a fim de auxiliar a compreensão da maté-
ria descrita . Inicialmente iremos formar o conceito Suponhamos um ga roto rod ando uma pedra.
de átomo, utilizando um seu modêlo cl ássico . prêsa por um fio , em tôrno de sua mão (fig. 1) .
Podemos dizer q ue a pedra descre verá um a circu n-
Mas, o que é o átomo? Tomemos um pedaço
de fio de cobre por exemplo . Dividamo-lo ao meio ,
tomemos uma das metades e a dividimos ao meio .
repetindo êste processo milhares de vêzes . Iremos
chegar depois de certo número de divisões a uma
partícula que , se fôr dividida, as du as partes res-
tantes não terão mais a característica do cobre ini-
cial . (Por características entendemos o ponto de
fusão, condução da eletricidade e do calor, etc . ) .
Assim a esta menor parte de cobre, que ainda tem
tudo de cobre, chamados de á tomo de cobre .
34 43 revista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
iguais se repelem . Assim pensemos em dois corpos 29 protons e 29 eletrons, e que perde um elétron
A e B (fig. 2) , sendo A com uma certa propriedade ficando com apenas 28 elétrons . No balanço de car-
(sexo) que denominaremos de carga positiva e o gas de átomo teremo~ , (+29) + (-28) = +I, que
outro, B com a propriedade oposta (sexo oposto) que êste átomo apresenta uma carga positiva, igual à
denominaremos de carga negativa . Se deixarmos carga de um proton . A êste átomo de. cobre que
êstes corpos livres no espaço (por exemplo: uma já não é mais neutro, denominamos de ION PO-
SITIVO de cobre . Assim, ion positivo é um átomo
00
A B que perdeu um ou mais elétrons .
Suponhamos que o nosso átomo de cobre neu-
tro (29 proton e 29 elétrons) ganhe um elétron fi-
cando com 30 elétrons . No balanço de cargas do
átomo teremos, (+29) + (-30) = + 1, que kte
átomo apresenta uma carga negativa, igual à carga
de um elétron. A êste. átomo de cobre que já não
FIG. 2 é mais neutro, denominamos de ION NEGATIVO
de cobre . Assim ion negativo é um átomo que
ganhou um ou mais elétrons .
mesa onde não haja atrito entre corpos e mesa),
teremos que os corpos se aproximarão devido a Existem na natureza átomos que perdem elé-
fôrça de atração entre êles, que arrastará um corpo trons fàcilmente, isto é, alguns elétrons estão fra-
em direção ao outro, tendendo a aproximá-los . camente ligados ao átomo .
Façamos com que o corpo B gire em tôrno de A Tais tipos de átomos têm grande tendência de
(fig . 3) assim como a pedra girava em tôrno da se tornarem ions positivos. Um exemplo é o átomo
mão do garoto . Teremos numa situação de equilí- de sódio Na . Existem também tipos de átomos
brio, o corpo B girando em torno de A, a uma de- "ávidos " por elétrons, tendo êstes grande tendência
terminada distância de A . Isto, porque havendo de se tornarem ions negativos . Um exemplo é o
rotação haverá uma fôrça tendendo a afastar um átomo de cloro Cl .
Tomemos um átomo de sódio e um átomo de
cloro inicialmente neutros (figura 4) . Juntemos êstes
átomos . Ràpidamente o átomo de cloro "rouba "
um elétron do átomo de sódio. Temos agora, um
ion positivo de sódio e um ion negativo de cloro .
FIG. 3
reYista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 I 43 35
00
- 213•c
I \ ELETRONS
FIG. 5
ELETRON
b
FIG. 7
FIG. 6
orientados, formam a rêde cristalina . A característica ( -273"C - figura 7a) tôdas .as ligações estarão
essencial da rêde é que cada átomo está ligado a qua- completas . Quando se eleva a temperatura (fig. 7b)
tro outros vizinhos . alguns dos eletrons da ligação covalente adquirem
energia térmica suficiente para se tornarem livres .
f.stes átomos estão ligados por covalência e as Notemos que no local onde existia um elétron ,
fôrças ·que mantém a estrutura do cristal são re- aparece uma região positiva que denominamos
presentadas pelas Ligações de cada átomo com seus LACUNA ou BURACO . Assim a lacuna pode por
quatro vizinhos mais próximos. Cada um dos qua- extensão ser representada por uma partícula se-
tro eletrons de ligação (valência) é compartilhado melhante ao elétron, sômente que agora, a sua car-
com um do átomo vizinho, de modo que dois áto- ga é positiva.
mos adjacentes compartilhem os dois eletrons . A
figura 7a mostra esta ligação covalente, estando O semicondutor puro quando a zero graus ab-
planificada a rêde cristalina, por facilidade de re· solutos (-273"C) é um isolante perfeito, pois não
presentação em du as dimensões . possui portadores de carga livre . Quando aquece-
mos êste semicondutor aparecem portadores livres ,
A rêde cristalina como aparece ilustrado, é per- eletrons e lacunas . Logo o semicondutor começa a
feita e nunca se verifica na prática . Se um cristal poder conduzir corrente elétrica deixando de ser
perfeito estiver à temperatura zero absoluto isolante.
36 43 revista ELETRõNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 19 7 1
Na figura 7b, o número de elétrons e lacunas
é necessàriamente igual, uma vez que lacunas e
elétrons são produzidos aos pares. Entretanto, po-
dem ser adicionadas impurezas adequadas ao ger-
mânio, tornando as lacunas mais numerosas que os
elétrons ou vice-versa .
Os átomos dos semicondutores (germânio ou
silício) possuem 4 elétrons para ligação covalente.
Se conseguirmos átomos pentavalentes, isto é, que
possuem 5 elétrons para ligação, e infiltrarmos al-
guns desses átomos na rêde cristalina do semicon-
dutor puro, teremos que quatro elétrons do novo
átomo tornarão ligações covalentes com os átomos
do semicondutor. O quinto elétrons permanece li-
vre e a tua como um portador de corrente negativa .
A figura 8 mostra um átomo de arsenio As
rodeado por quatro átomos de germânio . O ar-
senio é um átomo pentavalente . O cristal de ger-
mânio composto somente de átomos de germânio FIG. 9
é dito cristal semicondutor puro ou semicondutor
de elétrons livres dá uma característica de corren-
te Negativa ao semicondutor e por isso êle passa
a se chamar semicondutor tipo N . Convém notar
que êsses elétrons são livres, porém a cada um dê-
les pertence um próton no átomo de impureza, logo
o cristal impuro é eletricamente neutro.
Existem átomos de impureza trivalente, isto é,
possuem 3 elétrons para ligação . O átomo de im-
pureza compensa a falta de seu quarto elétron ,
aceitando um outro de uma região próxima da rêde,
criando-se assim uma lacuna .
Na figura 9 temos um átomo de índio que é
trivalente, introduzido na rêde do germânio. Ao
cristal assim formado, damos o nome de semicon-
dutor tipo P, pois êsse excesso de lacunas ("elétrons "
positivos) livres dão uma característica de corrente
Positiva ao semicondutor . Da mesma forma que
no tipo N, o cristal tipo P é também eletricamente
FIG. 8 neutro .
Notamos nas ·figuras 8 e 9 que o elétron ou
intrínseco. Ao adicionarmos uma impureza (dopa- a lacuna livre não se encontram. junto ao átomo
gem) ao semicondutor puro, êle torna-se um semi- de impureza responsável· por êsse elétron ou la-
condutor impuro ou semicondutor extrínseco . No cuna. O que ocorre, é que por êles (elétrons ou
caso acima a impureza foi pentavalente, sobrando lacunas) serem livres, podem migrar por todo o
um elétron a cada átomo de impureza . f.sse excesso cristal .
QUESTIONARIO
revista ELETRôNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 37
c) ion negativo a) três elétrons para liga· 18 - No semicondutor tipo N.
d) n.d . a . ção o número de elétrons livres
b) quatro elétrons para li· é:
12 - A ligação iônica é: gação a) maior que o de lacunas
a) a umao de átomos. c) cinco elétrons para li
quando êstes compar- gação b) igual ao de lacunas
tilham de alguns elé- d) n.d . a . c) menor que o de lacunas
trons em comum . I5 - Um semicondutor é com· d) nada se pode afirmar
b) a umao de átomos , posto de átomos:
quando uns "roubam " 19 - No semicondutor tipo P,
a) trivalentes o número de elétrons li-
permanentemente elé· b) tetravalentes (quatro-
trons dos outros . vres é:
elétrons de ligação)
c) a união de moléculas c) pentavalentes a) maior que o de lacunas
d) n . d . a . d) n . d . a . b) igual ao de lacunas
16 - Os semicondutores intrín- c) menor que o de lacunas
13 - A ligação covalente é:
secos e extrínsecos são d) nada se pode afirmar
a) a umao de átomos,
quando êstes comparti- respectivamente cristais:
a) puro, puro 20 - Para se formarem cristais
lham de alguns elétrons tipo P e tipo N são ne-
em comum b) puro, impuro
c) impuro, puro cessárias respectivamente
b) a umao de átomos, d) impuro, impuro impurezas de átomos:
quando uns "roubam" a) trivalente e pentava·
permanentemente elé- 17 - No semicondutor intrínse- lente
trons dos outros co, o número de elétrons
livres é: b) trivalentes e trivalentes
c) a união de moléculas
a) mais que o de lacunas c) pentavalentes e triva-
d) n.d.a . lentes
b) igual ao de lacunas
(4 - Um átomo trivalente pos- c) menor que o de lacunas d) pentavalentes e penta-
sui: d) nada se pode afirmar valentes .
RESPOSTAS
~,
2 4 12
•
3 6 7
• • • • • • • •
8 9 lO 14 16 17 18 19 20
•
I j li 13 15
a
• o
b
c
•• • • • • •
d
•
TESTE SEUS CONHECIMENTOS DE
ELETRôNICA
(Cont. da pág. 33)
48 49 51
Temos um pedaço de fio de No circuito da figura 49T te-
100 íl de resistência. Dobramos mos 3 resistores de 60 n. A resis- Em um rádio cuja fiação se-
êste fio ao meio juntando seus tência total entre A e B é: gue código de côres, a ligação
a) 20n feita com fio azul é ligação de:
extremos. A nova resistência
b) 6on
entre os novos extremos (meio
do fio é união dos extremos an-
c) gon a) +B
teriores) será:
d) t8on b) placa
c) catado
50 d) filamento
a) 100 n
b) 75!l Um transformador tem seu
primário ligado a uma rede de
c) son 444 V. Seu secundário fornece
d) 25!l uma tensão de 20 V a um resis-
tor de 5 n . Sabendo-se que o
RESPOSTAS
I~
rendimento em potência do trans-
formador é de 90%, a corrente NA
es drenada pelo primário é:
~I a) 0,2 A PAGINA 67
b) 0,18 A
c) 4A
FIG. 49T d) 3,6 A
revista ELETRõNICA
38 43 JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
W®~lf~ [ID~ ~~~[t'TI~If~~~®
~~m ~~~relnog t~ngigforizadog
IOSÊ CARLOS TELLES
lbrape S/ A
Lab de Apl icaçõe,·
li
BZY88/C6V2
2200
250 J..LF
Bzy88/C7V5
180
640J..LF
o
Bzy88/C9V2
t5on
640J..LF
tensões desde 3 até 9 V.
..-:1'
CATODO
8
ALETA DE REFRIGERAÇÃO
INJETOR DE SINAIS
(Cont. da pág. 18)
Abra um orifício no fundo do tubo de diâmetro Solde o fio da carcaça no pino D do circuito .
um pouco maior que o do parafuso.
Fixe o parafuso no fundo do tubo, com a parte Solde o fio do parafuso afiado ao pino B do
afiada para fora, tomando o cuidado de isolar por circuito .
meio de arruelas de fibra e um pedaço de espagueti,
o parafuso do tubo . Solde dois pedaços de fio n.• 22 flexível de
uns 40 cm, vermelho em A e preto em C .
Faça um orifício lateral no tubo, fixando por
meio de um parafuso, internamente, um pedaço de Faça um orifício na tampa do tubo passe os
fio n.• 22 flexível de comprimento 2 cm maior que fios , introduza o circuito no tubo e feche-o .
o tubo e externamente um pedaço de uns 10 cm de
fio n.• 22 preto. f.stes dois fios deverão estar em Ligue o fio vermelho através de um interruptor
contato elétrico com a carcaça, pois servirão de ao polo positivo do porta-pilhas e o fio preto ao
terra . Ao fio prêto externo do tubo, fixe uma garra negativo.
jacaré .
Forre o tubo internamente com um cartão ou Reafirmamos que esta é uma solução de impro-
espuma de borracha ou plástico, para servir de iso- viso . No próximo artigo teremos inúmeras soluções
lante . mais sofisticadas .
40 43 revista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
lli1Jllll11'
o eo!V~tRTO oo !!1- FL ::;;.--"""'"
"ALFA"
revista ELET
JANEIRO-FEV
EREIRO
RONICA
197 1 43 41
Comecei a tirar as ferramentas motor para o prato . Duas das verti a pos1çao do " plugue" na
da mala e o Sr. Valter ajudou-me quatro molas que mantêm o toca- tomada de fôrça, o que melho-
a desencostar o pesado móvel da discos "flutuante" (pai-a evitar rou um pouco a situação, mas o
parede para eu poder verificar microfonia) estavam bastante fe- ronco ainda continuava bastante
o cabo de fôrça desde a tomada chadas; estiquei-as, para que tô- incômodo . Como o zumbido de-
até os aparelhos. No meio ha- das tivessem o mesmo compri- saparecia com o contrôle de vo-
via uma emenda e era justamente mento. lu\lle fechado, conclui que a
aí que o cabo estava interrompi- captação somente poderia se
do . Liguei o ferro de soldar e Observei ainda, que o braço dar no pré-amplificador.
soldei os fios; depois isolei tudo era muito pesado, do tipo "ma-
com fita isolante . Terminado o tador" de discos . Encurtei um Retirei a tampa do pré-ampli-
consêrto, conetamos o plugue na pouco a mola que regula a pres- ficador e logo deparei com um
tomada e experimentamos ligar são do braço (ou seja, da agu- potenciômetro ligado aos fila-
os aparelhos. Tudo acendia e pa- lha) sôbre o disco. Exi.stem ba- mentos das válvulas: era o con-
recia que o serviço já estava ter- lanças especiais para êste ajuste. trôle de zumbido . Ao tentar ca-
minadu . que está geralmente em tôrno de librá-lo, êle não ajustava. O mí-
5 gramas. Caso não se possua nimo, que não era absolutamen-
Colocamos um disco para veri- uma balança destas, pode-se ad- te satisfatório, ocorria quando o
ficar a qualidade do som. · A quirir uma noção aproximada contrôle estava todo avançado
minha primeira impressão não do pêso, levantando em alguma para a esquerda. Tentei trocar
foi nada boa , porque o som pa- loja, os braços de diversos toea- a válvula pré-amplificadora, uma
recia vir de uma dessas vitroli- discos novos, que foram ajusta- 12AX7, a única localizada antes
nhas portáteis e quando se au- dos na fábrica. Depois desta re- do contrôle de volume. Depois
mentava o volume ficava distor- visão, instalei o cambiador no- desta troca, pude calibrar um
cido. A parada automática do vamente na sua gaveta. mínimo bem acentuado e, com
toca-discos também não funcio· todo o volume aberto, somente
nava. Perguntei ao sr. V alter há se notava um leve "sôpro" nos
quanto tempo êle já possuía os alto-falantes . A válvula antiga,
Resolvi fazer uma revisão por aparelhos. Fiquei sabendo que com fuga entre filamento e ca-
etapas e pedi ao sr . V alter que desde que os adquirira, havia 5 todo, não permitira um ajuste
me arranjasse duas latas de altu- anos, aquêle era o primeiro con~ perfeito .
ra igual a um espêlho . Enquanto sêrto. Calculei que os capacita-
êle foi buscar tudo isso, retirei res de acoplamento já deviam Batendo levemente na válvula
o toca-discos do móvel. Colo- estar com fuga, e que o som fa- nova, escutei as batidas no al-
cando-o em cima da mesa, come- nhoso e baixo volume deveriam to-falante; em outras palavras, a
cei a verificar a agulha e sua ser consequência disto . válvula era miCrofônica, mas o
centralização. Com um pincel defeito não era muito acentuado
macio, retirei todo o acúmulo de Desaparafusei a tampa do e não chegava a perturbar; assim ,
pó. fundo do amplificador e consta- resolví deixá-Ia no pré-amplifica-
tei, com o múltimetro, que a dor. Aproveitei enquanto êle es-
Quando chegaram as latas, tensão nas grades das válvulas tava aberto, para pingar (com um
apoiei o toca-discos em cima de- de saída era positiva. Contei. um conta-gôtas) um pouco de tetra-
las e coloquei o espelho em bai- total de oito capacitares de pa- cloreto de carbono em todos os
xo do mecanismo . Com uma ex- pel em baixo do chassi e resolvi potenciômetros, a fim de "silen-
tensão, liguei-o à fôrça e obser- trocá-los todos por capacitares a ciá-los". A seguir, fechei de nô-
vei o· movimento das alavancas óleo, novos (Nos climas tropicais vo o pré-amplificador.
no espelho, durante o funciona- como o nosso, a maioria dos ca-
mento . Diversas peças pareciam pacitares importados de tipo co-
meio "endurecidas". Pinguei ne- mum , fica com fuga depois de Tudo parecia estar em ordem.
las um pouco de querozene mas. pouco tempo e somente os espe- agora . . Coloquei um disco de
mesmo assim , não funcionou a ciais a óleo herméticamente fe- concêrto de violinos para ana-
parada automática . Instintiva- chados e os cerâmicos não são lisar a agulha e os " tweeters " e
mente, fui dar mais uma olhade- afetados pela umidade). Após notei um certo grau de distar-
la na gaveta de onde havia reti- esta troca, notei um grande au- cão . Para tirar a dúvida de onde
rado o toca-discos e achei uma mento do volume e uma sensível provinha a distorção, liguei por
mola caída no fundo . Depois de melhoria na qualidade . um momento o "tuner" de FM .
analisar por diversas vêzes o Também aqui a distorção estava
presente, o que indicava que
funcionamento, reconheci o lugar Com o toca-discos parado e a
provinha dos falantes. Depois de
de onde havia caído a molinha; agulha sôbre o disco, fiz um tes-
examiná-los mais de perto , ex-
recoloquei-a e o toca-discos vol- te de microfonia. Esta ocorria
quando o contrôle de volume pliquei ao sr . V alter que, pelo
tou a funcionar corretamente .
ficava um póuco além da meta- fato dos tweeters estarem aco-
A roda de borracha de tração plados somente através de capa-
de do curso. Mudei um pouco a
estava muito lisa; enquanto gi- citares, manifestava-se distorção:
posiçiio das caixas acústicas , re-
rava passei nela, de leve, uma li- para evitá-la, seria preciso ins-
solvendo o problema .
xa fina, para que sua superfície talar um divisor de frequência .
ficasse um pouco mais áspera, O grande aumento do volu- O sr. Valter, que é um grande
assegurando assim , melhor tra- me, em consequência da troca audiófilo, concordou logo em
ção . As borrachas de passagem dos capacitares, trouxe consigo instalar um equipamento destes
que suportam o motor achavam- um nôvo problema, que era um no seu aparelho. Devido ao ins-
se ainda em bom estado; muitas nível de zumbido extremamente trumental necessário para a
vêzes, costumam ressecar e alto, principalmente ao ser avan- confecção de um divisor dêstes,
transferir vibrações (rumble) do çado o contrôle de graves. I n- era necessário retornar à oficina.
revista ELETRôNICA
42 43 JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
Assim, despedi-me para voltar
e terminar o consêrto no dia se-
r--11
guinte. Chegando à oficina, co-
mecei a verificar os diversos es-
TWEETER 16fl
quemas de divisores de frequên-
2m H 1,2mH ~ (2.000Hz PARA CIMA)
cias de dois canais para alto-fa-
lantes de 16 ohms . A Fig . 2
mostra o circuito que achei mais
adequado para o meu caso . Com
papelão e cola fabriquei dois
carretéis, de acôrdo com o de-
senho da Fig . 3, para enrolar as
~ WOOFER 16fl
bobinas de 1,2 e 2 mH . Co-
mecei a enrolá-los com fio n.• 16
~ (2.000 Hz PARA BAIXO)
e, de vez em quando, media a
indutância na ponte, sem cortar
o fio . Para a bobina de 1,2 mH
(ATENUAÇAO 12dB/ OITAVA) foram necessários 180 espiras e
("C ROSSOVER"•2000Hz) para a de 2 mH , 230 espiras .
Não encontrei os capacitares com
Fig. 2
os valôres especificados . Assim
Esquema escolhido para o divisor de frequências no lugar de 3 !J,F, liguei
dois de 8 ~J.F em série (re-
sultando 4 !J,F) e no lugar de
5 ~J.F, liguei dois de 10 ~J.F , tam-
bém em série. A ligação foi
feita contra-polarizada, isto é,
CARRETE IS
a polaridade de u.n dos capaci-
DE PAPEL tares de cada série, invertida em
relação à do outro .
Para fazer os ensaios, liguei
tudo à saída de um amplificador
usando em lugar dos alto-falan-
tes, resistores de 16 n confec-
E
E cionados com fio níquel-cromo.
o Em paralelo com cada um des-
5? tes resistores, liguei um voltíme-
tro para c. a . e introduzi o sinal
de um gerador de audiofrequên-
cia na entrada do amplificador
(Fig . 4) . Ao variar a frequência
do gerador, a indicação dos vol-
tímetros variava de acôrdo com
o diagrama da figura 5 .
230 ESPIRAS FIO N~16 180 ESPIRAS FIO N ~ 16
(2mH) (1,2mH)
Fig. 3
Os dois carreteis para o enrolamento das bobinas
16fl
GERADOR AMPLIFICADOR
SAÍDA 16 fl
DE AÚDIO LINEAR
(SAÍDA CONSTANTE)
Fig. 4
Disposição usada para o levantamento da curva
de resposta o circuito
revista ELETRôNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 43
primeira classe em minha casa,
15 de modo que tenho um ouvido
-RESPOSTA
"calibrado" e posso fazer um
ct 00 TWEETER perfeito julgamento da qualida-
.9 de sonóra dos aparelhos: o som
ct10
Ul RESPOSTA l que eu escutava era realmente
DO WOOFER
r
C/)
lj bom.
Experimentamos também o
5
receptor FM, que estava em or-
dem, embora captasse apenas
uma única estação . Expliquei ao
sr. Valter que, com uma boa
--t antena omnidirecional para FM ,
Fig. 5 ou então uma antena de TV
Divisor de frequência com atenuação de 12 dB/oltava para os canais baixos, êle pode-
ria captar diversas outras esta-
firmemente os divisores de fre- ções. Ele me disse que em futu-
Em 2000 Hz a leitura dos dois
quências em seu fundo . ro próximo, iria mandar instalar
instrumentos era igual e, portan-
uma antena destas .
to, a "frequência de cruzamento"
era de 2000 Hz; aí, o "woofer" Finalmente, chegou o "grande Para finalizar, experimentamos
e o "tweeter" trabalham com momento" e resolvemos confron- também o toca-fitas, Crowncor-
potências iguais . Os resultados tar a teoria com a prática . Toca- der, que parecia estar "nôvo em
eram satisfatórios. mos vários discos: o som estava fôlha" . ~le é do tipo transisto-
perfeito e à altura do equipa- rizado e estava funcionando em
Montei dois dêstes conjuntos mento , que tem, realmente, um plena forma . Dentro em breve,
em caixinhas de madeira com- desempenho excepcional. Meu tais aparelhos passarão a substi-
pensada (caixas metálicas pode- cliente elogiou o meu trabalho; tuir os toca-discos e a troca de
riam alterar a indutância das bo- na sua opinião, o aparelho era, agulhas e o chiado acabarão de
binas) . agora melhor do que quando nô- vez; somente vai ser necessário
vo . O divisor de frequência ha- uma limpeza na cabeça magné-
No outro dia, voltei à residên- via virtualmente eliminado a dis- tica, de vez em quando.
cia do meu freguês para ins- torção existente desde a aquisição
talar o resultado das minhas do aparêlho. Com a ajuda do sr. Valter,
"pesquisas". O sr. V alter já recolocamos o móvel em seu lu-
me esperava e estava ansioso por Durante a última década, ouvi gar, junto à parede e, depois de
ouvir os resultados . Abri as os mais diversos aparelhos de acertar a conta, despedí-me dêle
duas caixas acústicas e parafusei HJFI e inclusive, tenho um de e voltei para casa satisfeito .
A A
45
revista ELETRôN ICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43
ENTRADA DAS PARTES DO FOGUETE E DOS MÓDULOS [TI SALA DE CONTRÔLE DO MÓDULO DE COMANDO E SERVIÇO
e COMPUTADOR
~ SALA DE CONTRÔLE DO CENTRO DE INFORMAÇÕES
ITJ SALA DE CONTfÔLE DO MÓDULO LUNAR MSOB MANNED SPACECRAFT OPERATIONS BUILDING
..
TÔRRE MÓVEL
DE SERVIÇO
TÔRRE MÓVEL
DE LANÇAMENTO
I A
I
I L
I yI___L_
_
II
I_____ _
VAB
complexo, e ~aja a necessidade de uma decisão possui cinco motores . Proporciona um empuxo
importante, a solução será solicitada aos engenhei- de 680 .000 kg e aumenta a velocidade de 9.500
ros do Centro de Informações, os quais estão em km/h para 25.000 km/h .
permanente estado de alerta , acompanhando tôda O terceiro estágio ( S-4B) é o mais modesto.
a contagem, e dispõem de computadores. Mas sua missão é importantíssima - como vere-
Tudo está correndo bem; malgrado uma ou mos mais adiante - pois dêle depende a injeção
outra interrupção da contagem regressiva, porém da Apollo em trajetória trans-lunar.
sem maiores consequências.
TRES . . . DOIS . . . UM . . . ZERO!
Na tôrre de lançamento está o gigantesco Sa-
turno-5 com a Apollo e o ML em seu tôpo. O A contagem regressiva chega aos seis segun-
conjunto têm cêrca de 120 metros de altura e dos , quando então tem inicio a sequência da igni-
engloba nada menos que seis milhões de peças, ção. Cinco . . . quatro. . . três. . . dois ... um ...
das quais pouco mais de um milhão formam o zero. Todos seguram a respiração. Em meio a
módulo lunar. um ensurdecedor estrondo, o Saturno-5 começa a
deixar a Terra. No primeiro segundo parece es-
tar parado; vagarosamente, vai se movimentando,
AQUI ESTA O SATURN0-5
sua base envolta em um mar de chamas e fuma-
O foguete Saturno-5 possui três estágios de ça. Subindo na vertical, agora já está longe; é
propulsão e uma unidade de instrumentos desti- apenas um ponto no céu.
nada a comandar tôdas as operações envolvidas. Fazem dois minutos e meio que êle deixou
O primeiro estágio, designado como S-lC, é o solo; êste curto intervalo de tempo foi suficien-
considerado o mais potente foguete existente no te para que fôssem percorridos 90 km. Mas a
mundo. Sua tarefa consiste em fazer todo o pe- altitude é rle 61 km . pois " trajetória não é reta,
sado conjunto sair do chão, vencendo a atração e sim parabólica . A velocidade é de 9.500 km/h .
da gravidade, e acelerando-o para atingir uma ve- O primeiro estágio já consumiu todo o seu prope-
locidade da ordem de 9.500 km/h . Sendo o es- lente. e oortanto não tem mais utilidade , sendo
tágio inferior do foguete, a carga que êle deve abandonado. Cairá no Oceano Atlântico.
levantar e conduzir é constituída pelo segundo e Ao mesmo tempo, são acionados os motores
terceiro estágios, pela nave Apollo e pelo ML. Por do segundo estágio. Mais seis minutos apenas,
isto, é necessário que êle proporcione um eleva- e a velocidade atinge 25.000 km/h, o foguete che-
dlssimo empuxo (cêrca de 3.400.000 kg). o que gando a uma altitude de 182 km . O segundo
é conseguido graças aos seus cinco motôres mo- estágio também está esgotado, sendo abandonado.
vidos a querosene e oxigênio Iiquido. Imediatamente, o terceiro ·estágio é acionado,
O segundo estágio ( S-2), movido a hidrogê- porém apenas durante um curto intervalo de· tem-
nio lfquldo, mede 26 m de comprimento, tambéw po. O suficiente para aumentar a velocidade para
Vemos, portanto, que o foguete não parte Ja A nave, também designada Módulo de (.o-
Terra diretamente para a Lua . Inicialmente, o mando e Serviço ( MCS l. Apollo é constitu Ida de
conjunto formado pelo terceiro estágio do Satur- duas partes principais: a cabine pressurizada,
no, pela Apollo e pelo ML dá algumas voltas em onde estão os astronautas, e o módulo de serviço,
tôrno da Terra, descrevendo uma órbita denomi- que abriga a maioria dos equipamentos, bem como
nada órbita de estacionamento, ou de transferên- o motor de propulsão.
cia. O módulo de comando, ou centro de contrô-
Tal procedimento tem dupla finalidade. Em le, apesar de compacto, oferece um certo confôr-
primeiro lugar, permite aos astronautas e ao pes- to aos astronautas . 10 uma mistura de escritório
soal de Terra realizarem uma verificação geral de sala de estar, dormitório, cozinha, banheiro, ca-
todos os si stemas, ainda nas proximidades do nos- bine de ~ornando, laboratório e estação de rádio.
so planeta; se algo foi danificado durante o lan- As paredes são cobertas com painéis de instrumen-
çamento, será mais fácil o retôrno . Er:n segundo tos e racks de equ ipamentos.
lugar, a utilização da órbita de transferência per- Durante o vôo, a temperatura da cabine é
mite que o lançamento de Terra seja realizado mantida em tôrno de 25°C e a atmosfera é cons-
independentemente da posição da base em relação titufda principalmente de oxigênio, porém com
à Lua. Se assim não fôsse, o instante do disparo traços de nitrogênio. Isto porque, no lançamento
teria que ser cuidadosamente programado para ela é constitufda de 40% de oxigênio e 60% de
que o foguete deixasse o solo e seguisse direta- nitrogênio, por medida de segurança em caso de
mente para a Lua. incêndio * . Além do mais , a presença de nitro-
Agora , a segunda volta em tôrno da Terra gênio, mesmo r.eduzida - como quando em vôo
está em vias de ser completada . Feitas as veri- - tem a vantagem de proteger os glóbulos ver-
ficações, o contrôle da missão, em Houston, au- melhos do sangue dos astronautas.
toriza os astronautas a prosseguirem a viagem. O A nave Apollo é pilotada por dois sistemas
terceiro estágio do Saturno dispara pela segunda interligados : o de curso e navegação e o de esta-
vez, elevando a velocidade para aproximadamente bilização e contrôle . O primeiro cuida da rota
40.000 km/h, a chamada velocidade de escape, e o segundo é responsável pela atitude. As mu-
suficiente para um corpo sair de órbita terrestre . danças e correções são feitas mediante o aclona-
mento dos Jatos de orientação rdoze no módulo
A TERRA VAI FICANDO PARA TRÁS de comando e dezesseis no módulo de servico) .
As grandes manobras utilizam o motor principal
O instante exato do disparo é bastante critico, da nave, como no caso das correções de meio
sendo controlado pela já mencionada unidade de curso, da inieção em órbita lunar e no inicio da
instrumentos do Saturno. Do seu perfeito funcio- viagem de volta . após o engate do ML. quando a
namento depende a injeção da Apollo na trajetó- nave dei xa a órbita lunar e entra na trajetória de
ria correta para a Lua. O ~egundo disparo dura retôrno .
cinco minutos, após os quais é atingida a veloci- A viagem prosseque sem maiores problemas.
dade de escape e a altitude passa a ser de 300 km . Já foram realizadas as correções de meio curso.
O ve iculo já está na trajetória trans-lunar . Os astronautas fizeram transmissões de TV para ..
O conjunto é formado pelo terceiro estágio a Terra. Também inspecionaram o interior do•_
do Saturno acoplado ao ML e êste à Apollo, onde Módulo Lunar (há um túnel que comunica a
estão os astronautas . Obedecendo a 11m sinal da Apollo ao ML).
unidade de instrumentos, o nariz do invólucro que
abriga o conjunto é aberto e expele a Apollo.
OS ANJOS DA GUARDA DE HOUSTON
Esta, então, efetua sua primeira manobra no
espaço, com o aux flio de seus jatos de or ientação. Os sinais de telemetria e rastreio são inicial -
Afasta-se, gira 180° e aprox ima-se novamente do mente injetados num computador (há sempre
veiculo, até ficar a uma distância de metros. O outro. em stand-by) . Ele separa as informações
nariz aberto do veiculo deixa expôsto o Módulo em dois aruoos - dados de funcionamento dos
Lunar. Agora , de frente para o ML. os astronau- sistemas de bordo e de trajetória - encaminhan-
tas inspecionam-no visualmente, certificando-se de do-se aos paineis localizados nas mesas dos con-
que tudo está em ordem para a manobra de en- troladores . Estes últimos verificam se as in-
gate. formações conferem com aquelas previstas nos
Orientada por um preciso sistema eletrônico, planos de vôo. cada controlador tendo a seu en-
a Apollo se aproxima do ML, sendo assim reali7a- cargo determinados grupos de dados .
da outra manobra critica da missão. Uma vez
realizado o enqate, os astronautas acionam os ja-
tinhos da Apollo, afastando-se do terceiro estágio
do Saturno. Este, por sua vez, como está em (*) Duran te muito tempo os americanos usaram
trajetória lunar e· não deve ir para a Lua, tem atmosfera de oxigênio puro em suas naves tripuladas
Até que ocorreu o acidente em que morreram carbonl·
seu rumo mudado, entrando em órbita solar. zados os astronautas Grissom, White e Chaffee -~ vanc.'o
Aqui , na verdade, tem início a longa viagem realizavam um vôo simulado na Apollo 1. O ln<êndio
foi provocado por um curto ci rcuito e o fogo alastro·J-
para o nosso satélite natural. Quatro milhões de se instântaneamente por causa da atmosfera de ox i-
quilómetros a serem percorridos. Vamos aprovei · gênio puro .
revista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 47
RASTREIO TELEMETR. ção, para saberem do resultado de uma delicada
manobra que está sendo efetuada . O conjunto
gira 180° (o ML passa a ficar atrás da Apollo)
e os motores do Módulo de Comando e Serviço
são acionados, para que a velocidade seja reduzida.
Retomando o contacto-rádio com a Terra, é efe-
tuada a primeira volta em tôrno da Lua, e têm
infcio as manobras de circularização da órbita . A
velocidade vai sendo reduzida, a altitude é de ape-
nas 110 km, a Apollo-ML dão treze voltas em tOr-
no da Lua. Agora, sobrevoando a face oculta,
realizam outra crftica manobra. Nova inversão
de 180° (o ML passa a ficar na frente) e as duas
naves são desengatadas .
Ambas passam a usar seus próprios equipa-
mentos de comunicações - fonia , TV e dados -
operando na banda S (recepção em 2.1O1,8 MHz
e transmissão em 2.282 .5 MHz) nas ligações com
as estações terrestres . Ao mesmo tempo, o ML e
a Apollo comunicam-se entre si através de um
enlace de VHF , também usado pela Apollo para
a transmissão de trens de pulsos codificados, que,
após respondidos pelo ML permitem a determina-
ção precisa da distância entre os dois engenhos.
Quando estão do outro lado da Lua , os dados do
ML são recebidos em VHF pela Apollo, onde são
armazenados juntamente com os recolhidos dos
prQprios instrumentos desta última. Restabeleci·
do o contacto com a Terra, os dados são trans-
mitidos pela Apollo (em 2.282,5 MHz) a uma
velocidade superior em 32 vêzes àquela com que
foram armazenados .
Em outras palavras, as informações colhidas
durante meia hora são transmitidas em aproxi-
madamente um minuto!
re vista ELETRóNICA
J ANEIRO-FEVEREIRO 1 97 1 43 49
COMPUTADOR DE VÕO
R~~
--A
PilÕi --
y
W
I
CO MPUTADOR
P/ TRÁS
PIBAIXO
putador, ou aos tripulantes, uma verificação con- sensores * pendurados nos pés do ML tocam o
tfnua dos dados fornecidos pela central de nave- solo, e imediatamente são acesas as luzes de con-
gação inerciai, para posterior realização de even- tacto lunar no painel· da nave. Os motores são
tuais correções . desligados . Mais alguns centfmetros de descida
e os pés do ML tocam o solo Lunar.
Os sinais são enviados não só ao computa-
dor corn.o também a dois conjuntos de instrumen- Imediatamente, os dois astronautas fazem um
tos - um para cada tripulante . Assim, cons- teste geral em todos os sistemas da nave, a fim
tantemente informado sôbre as condições do ML, de verificarem se a operação de pouso ocasionou
o computador compara os dados recebidos com algum dano. Tudo está OK e, informado dos re-
aquêles constantes em sua programação e, caso sultados, o contrôle da missão, em Houston , au-
seja necessário qualquer correção, comanda di- toriza a permanência em solo lunar. Caso algu-
retamente os motores envolvidos na operação e ma anormalidade houvesse sido constatada - va-
Informa aos tripulantes os resultados da correção. samento de propelente ou queda de pressão na
cabine, por exemplo - o retôrno teria sido ime-
Os tripulantes também podem introduzir da-
diato .
dos no computador e efetuar manobras de corre-
ção e comando. Dispõem de duas manetes de Finalmente, vestidos os trajes espaciais, os
comando, cada uma podendo ser movimentada se- dois astronautas descem para o solo lunar e co-
gundo três eixos . Permitem comanc!ar não só a meçam a fase de atividade extra-vefcular.
orientação como também o deslocamento do ML . UM SUPER-REDUNDANTE SISTEMA DE
A 14° volta começará daqui a pouco. O con- Em cada mochila está um conjunto de equi -
trôle de Hounston autoriz!l o ML a executar a ope- pamentos de comunicações ( EVCS - Extra Veh i·
raçãço DOI ( Descent Orbit lnsertion - Entrada cu lar Communications System) que pesa apenas
em órbita de Descida) . Já se passaram nove mi- 3 kg (na Lua) . Possu i dois transceptores de
nutos e o ML está atrás da Lua . Seu jato é ado- VHF (em AM). além de um transmissor, ou de
nado, a velocidade vai diminuindo e êle começa um receptor de VHF (em FM), cada equipamento
a descer, enquanto que a Apollo prossegue na transmitindo e recebendo não só comunicações em
órbita circular. Mais uma hora , e as duas naves fonia como também dados referentes às condições
retomam contacto com Houston . O ML ficará de saúde e dos trajes dos astronautas .
em contacto com a Terra (micro-ondas , banda S)
Ass im sendo, a mochila provida de trans-
e com a Apollo através do enlace já mencionado
missor de FM envia sinais em FM (279 MHz) para
e também de um terceiro, via Terra. ·
a outra , dotado de um receptor de FM , onde é
A uma altitude de 16 km tem inicio a ope- feita à conversão para AM e posterior transmis-
ração PDI ( Power Descent lgnition), quando são são ( 259,7 MHz ou 296,8 MHz) para o ML. Ao
ligados os motores de descida. A velocidade va i mesmo tempo, cada astronauta pode comunicar-
sendo cada vez mais reduzida . Estamos a se em AM com o ML. A conexão entre o ML e
12 .800 m; o ML manobra mudando sua atitude , a Terra é realizada em micro-ondas (banda S). o
de modo que os pés fiquem para baixo, assumin- sinal sendo transmitido e recebido não só atra-
do, ass im, a posição de pouso. Aos 160 m de vés da antena do ML como também de uma an-
altura , os astronautas passam a manobrar ma- tena instalada em solo lunar pelos astronautas . Ao
nualmente, procurando o melhor local para o
pouso , tal como se fôsse um helicóptero. A ra-
zão de descida é de um metro por segundo. Os (*) Hastes de 1,5 m de comprimento.
revista ELETRONICA
50 43 JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
I
I
I ;;;
----------..,I
I o i
. - - - - - - _______I o
õIII
I
i- I
I
e"" ""'~
"" u""
""z
L!.,mo w"" ll l
I i
i
i
I
I
~
iii
o
o
e""
g > ""
Ul
o
!::.
Ul
o
I
I MODULO
LUNAR l ~ o o oa:
u. a: a:
J
:J: u u u
i i
I I > i
R R
1
T T R
I T
-
T
1 T R R
I
I
I
I
I
I
A A A A F F A A A A I
M M M M M M M M M M I
I
UJ
mesmo tempo, o ML troca os mesmos sinais com ao colega que havia permanecido n ~ Apollo. Mais
a Apollo, através de um enlace de VHF, e tam- uma verificação geral enquanto o conjunto Apol-
bém através de um enlace em micro-ondas (ban- lo-tML descreve duas órbitas. Agora o ML é
da S) segundo o trajeto de ida-e-volta ML desconectado e abandonado no espaço. Enquanto
Terra - Apollo. IÔ graças a esta ligação, via passa pela face oculta da Lua, a Apollo tem seu
Terra, que o ML e a Apollo ficam conectados du- motor acionado, o suficiente para colocá-la em
rante a maior parte do tempo, pois o enlace di- uma trajetória trans-terrestre .
reto só funciona durante uma pequena fração do 'A 9 .900 km/h , começa a longa viagem de
tempo em que a Apollo sobrevôa a parte visfvel volta. Os astronautas repousam; as manobras fi -
da Lua . na is exigirão o máximo de atenção.
revista ELETRONICA
JANEIRO..FEVEREIRO .19 7 1 43 51
lnt_.odução aos
VI
No artigo anterior pedimos ao leitor para que As si tuações de perigo surgem nas linhas
resolvesse o seguinte problema :
Temos num celeiro, milho, galinha, raposa e 6 O I I O- 1
fazendeiro. Haverá perigo grande quando tivermos onde temos galinha com milho
galinha com milho no celeiro, galinha com raposa
no celeiro. Se o fazendeiro estiver no celeiro não
12 o o- 1
onde temos raposa com galinha
haverá perigo. Pede-se o circuito que acione um
alarme nas situações de perigo : 14 1 o-1
onde temos raposa com galinha com milho
Convencionemos:
Como o alarme só irá funcionar nas situações de
Raposa R o fora do celeiro perigo (P = 1) só nos interessam estas situações
I dentro do celeiro (linhas 6, 12, 14) para a construção do circuito,
pois é evidente que não interessa construir um cir-
Galinha G o fora do celeiro cuito para deixar o alarme parado . Da regra prática
dentro do celeiro vista no artigo anterior temos:
Milho o fora do celeiro 1- As variações em cada linha são ligadas por E
dentro do celeiro 2 - As variações O são negadas
Fazendeiro F o fora do celeiro
3 - As variações não são negadas
dentro do celeiro
4 - Cada linha é ligada por OU
Perigo P o não há perigo - alarme
parado
6 O 1 I O- I
há perigo - alarme tocando
14
R' · G · M
I OO-
R·G · M'
110-1
F'
F'
p
p l itens I, 2; 3
FIG. 55 FIG. 56
1
F G R M
FIG. 57
FIG. 58
R F G R M
FIG. 59
F G R M
10
Número binário fndice
oooo o
Lendo-se o número binário da direita para a es- ooo 1 1
querda temos: 'oo 1 o 1
oo 1 1 2
o primeiro digito binário corresponde 2' o1 oo 1
o segundo 2' 2 o1o1 2
o terceiro 2' o1 1o 2
o
4
o1 1 1 3
1 ooo
quarto 2' 8 1
.. 1 oo1 2
o enésimo 2"'' 1 o1 o 2
1 o 1 1 3
A cada potência de 2, multiplicamos pelo corres- 1 1 oo 2
pondente dígito binário (O ou 1) . Somamos os va- 1 1 o 1 3
lôres obtidos em cada dígito e obtemos o corres- 1 1 1 o 3
pondente decimal . 1 1 1 1 4
revista ELETRõNICA
JANEIRO- FEVEREIRO 197 1 43 55
Aplicando a comparação a tôdas as linhas e ti- Daí podemos eliminar as linhas semelhantes
cando (v) cada linha utilizada, para que no final ficando:
saibamos quais as linhas não simplificadas teremos:
2,3,6,7 O- I -
2 OOIOV 2,3 oo1 2,3,10,1 1 -O I - índice I
2,6 o- 1 o índice 1 2,6,10.14 - - 1 o
3 OOIIv
2,10 - o1o
3,7,11,15 - - I 1
6
9
10
7
. o11ov
1001v
1 O I O V
0111V
3,7
3,1 I
6,7
6,14
o- 1
- o1
o11-
- 1 1 o índice 2
6,7,14 ,15
9,11,13,15
10,11,14,15
-
1
1
1
-
-
1
-
I
-
-
1
l
Comparemos novamente a linha de um índice,
índice 2
l
10,14 2,3 ,6,7, O- I - V
15 1 1 v 2,3,10,11
2,6,10,14
-O I -
1 o
V
v
7,15 - 1 1 1 2,6,10,14 1 o v
11,15 1 - 1 1 índice 3 3,7,11,15 1 I V
13,15 1 1 - 1 6,7 ,14,15 v
v
- 1 1-
14,15 111- 9,11,13,15 1-- 1
10,11,14,1 '5 I - 1 - V
Comparemos novamente a. linha. de .u.m índice, 2,3,6,7 ,10,11,14,15 1-
com a linha do índice segumte, simplificando as 2,3,10,11,6,7,14,15 1- índice
D
linhas que diferirem apenas de um dígito . 2,6,10,14,3,7,11 ,15 I -
Observações:
2,3 não pode pois temos I - A linha 9,11,13,15 não foi simplificada, lo-
g_ diversas diferenças go esta linha é irredutível fornecendo a lógica:
3,7 o -
AI B c IDI
2,3 I - diferem de um dígito
9,11 ,13,15 IJl- - l!l_ A.D
índice
6,14 - 1 1 o v 3,7,11,15 1 1
9,11 I O- 1 v 3,11,7,15 I 1
9,13 1 -o 1 v 6,7,14,15 - 1 I -
Pedimos ao leitor que observe a equação inicial
\0,11 1 o 1 - v 6,14,7,15 - 1 1 - com 40 letras e a redução que chegamos através de
um metodo racional. Se fôssemos aplicar diretamen-
\0,14 1- 1 o v 9,11,13,15 1 !
te álgebra Booleana, provàvelmente erraríamos em
alguma passagem ou não minimizaríamos totalmente
7,15 - 1 1 1 v 9,13,11,15 I - - I
por esquecimento de algum teorema.
11,15 1 - 1 1 v 10,11,14,15 1 - 1 -
I - 1 - Observamos que o método de Quine-Me Cluskey
13,15 1 1 - 1 v 10,14,11,15 fornece os têrmos irredutíveis de uma equação .
14,15 1 1 1 - v Algumas vêzes alguns dêsses têrmos podem ser
índice 2 eliminados como veremos futuramente, pelas apli-
cações de outros métodos, após aplicação de Quine-
Me Cluskey.
Observemos que aparecem termos repetidos dois Pedimos ao leitor que faça pelo método exposto
a dois. Ora uma lógica somada com ela mesmo é os problemas anteriores (combustível, temperatura,
a própria lógica : motor; e milho, raposa, galinha , fazendeiro) e observe
que se chega ao mesmo resultado, porém de uma
A · B+ A · B = A · B maneira metodizada .
revista ELETRONICA.
56 43 JANEIRO-FEVEREIRO 197 1
ACOmpra de
T
ELEVISORES Phllco llO,OO port.. "{ ucu\at·
til, Admirai 290,00, 17 Columbia,
"'
_,..,, a partir
..-
de ,so,OO.
"
6
""' -·
r
LOUIS FACEN
Como quase sempre acontece em tais situações, naquele momento eu não tinha
conhecimento de que alguém das minhas relações quisesse vender seu televisor . Assim,
fomos à banca mais próxima e compramos um jornal para ver os anúncios .
revista ELETRôNICA
JANEIRO-FEVEREIRO 1 97 1 43 51
Em todo o caso, pedí licença para ligar o "gostosão" . Após algum tempo, apareceu
na tela uma imagem "lavada". Instintivamente, procurei corrigir o defeito, avançando o
contrôle de contraste, mas êste já estava na posição máxima. Parecia que o televisor já
estava cansado de proporcionar alegrias e estava agora dispôsto a aborrecer seu proprie-
tário .
Através das frestas da tampa traseira verifiquei que o televisor era do tipo "rabo
quente" e fabricado com módulos . Os módulos s·ão um tipo rudimentar de circuito in-
tegrado, onde conjuntos de resistores e capacitares são moldados num só bloco. Para
infelicidade geral, estes módulos não podem ser adquiridos no mercado nacional, tornando-se
extremamente difícil consertar um aparelho como o que estávamos examinando .
Quando observei de nôvo o aparelho pela frente, a imagem já estava sem sincronismo .
Agradecemos pela demonstração e explicamos à dona do aparelho que ainda queríamos
ver alguns outros aparelhos antes de tomar a decisão final . O elevador ainda não estava
funcionando e não restou outra alternativa senão descer os cinco andares a pé. Chegamos
à conclusão que o sacrifício não tinha valido a "pena".
Coloquei a mão em cima da caixa do aparelho; ela estava quente, o que indicava que
o televisor já estava funcionando havia algum tempo. Isto era bom sinal, porque muitos
aparelhos começam a apresentar seus defeitos sàmente depois de esquentar .
O estado geral do televisor parecia bom e por isso resolvi fazer um teste geral para
ver se meu amigo poderia efetuar a compra tranquilo, sem ter depois, "imprevistos" ou
decepções. Perguntei ao proprietário se êle não usava regulador de voltagem e êle me
respondeu que não era necessário, pois, a tensão no local era estável. Isto é um ótimo
sinal , pois, pesquisas feitas revelam que, nos aparelhos que funcionam em locais onde a
tensão da rede varia muito (em conjunto com reguladores de tensão manuais) a incidência
de defeitos é 50% maior que nos aparelhos alimentados por redes de tensão estável
(portanto, onde se dispensa o _uso de regulador) . Em muitos casos, quando uma das
válvulas de saída nos circuitos de deflexão enfraquece, é simplesmente aumentada (através
do regulador) a tensão de alimentação para corrigir o defeito, o que resulta numa redução
drástica na vida útil de todo o aparelho . Para recuperar um televisor dêstes, muitas vêzes
é necessário trocar de 10 a 15 válvulas; assim, convém observar êste detalhe .
Retirei o botão e verifiquei que o seletor era do tipo tambor, que poderia ser fácil-
mente recuperado, ao contrário dos seletores com chave de onda, que exigem a substituição,
implicando numa considerável despesa.
Havia sàmente uma emissora no ar naquele momento (refleti que deveria ter escolhido,
para a compra, um horário em que tôdas as estações estivessem transmitindo, para poder
fazer um julgamento mais perfeito) . Girei o contrôle de sintonia fina do seletor e observei
a imagem . A atuação era suave, o que significava estar a calibração do aparelho ainda
bastante boa. Girando o "knob" do seletor, observei, de canal em canal o "chuvisco" na
tela. Com êste procedimento, pode-se verificar a calibração do seletor de canais, porque, se
em canais adjacentes (exceto entre 6 e 7) houver uma grande diferença no "chuvisco"
isto é .sinal de um seletor descalibrado . A completa àusência de "chuvisco", mesmo com
o contrôle de contraste todo avançado, é característica de falta de sensibilidade do apa·
relho, geralmente causada por válvulas "cansadas".
O televisor estava próximo a uma janela, em lugar bem ventilado, o que era bom
sinal, porque umidade e falta de ventilação adequada encurtam a vida do televisor. Com
o contrôle de volume fechado , encostei o ouvido no alto-falante . Não escutei zumbido
nenhum, indicando que os capacitares eletrolíticos pareciam estar em bom estado.
58 43 revista ELETRõNICA
JANEIRo-FEVEREIRO 197 1
Observei atentamente os parafusos na tampa traseira . Não faltava nenhum e todos
estavam perfeitos; concluí que o aparelho não havia sido entregue a técnicos "relaxados"
ou "fuçado " com ferramentas inadequadas . Existem aparelhos por aí, para os quais é
imprescindível possuir o esquema para poder restaurar os circuitos originais.
Girei o contrôle vertical , até a imagem começar a descer devagar . Durante a descida,
observei a barra de extinção vertical , cuja largura deve ser constante se a linearidade
vertical estiver boa . Convém lembrar aqui que em certos casos, quanto falta linearidade,
esta pode ser corrigida por um simples ajuste no respectivo contrôle; por outro lado,
quando a deficiência é proveniente de uma troca inadequada do "yoke" ou do trans-
formador de saída vertical, num conserto feito no aparelho, a correção pode-se tornar
bastante dispendiosa .
Faltava agora apenas o teste mais importante, antes de começar a contar os "tiradentes"
e isso era o teste do cinescópio. ~sse teste é de grande responsabilidade e importância,
porque representa pràticamente a metade do prêço do aparelho.
Para verificar isto, bati de leve sôbre a caixa, para espanto do proprietário do
televisor, que parecia não estar concordando que seu aparelho "apanhasse". Para tran-
quilizar o homem, avisei logo em seguida ao meu amigo, que poderia comprar o tele-
visor, que eu faria uma pequena revisão na oficina (principalmente no seletor de canais
que a meu ver era o motivo pelo qual o televisor estava à venda). ·
revista ELETRONICA
JANEIRO-FEVEREIRO 197 1 43 59
......
••• ,. %
::;;..
=
o .... ,~
:. : *".:::=-
Q ~· ,,
- ~ l ' ...
~ ,~
No pJ:esente artigo não iremos sinal com amplitude suficiente Caso o defeito não seja válvu-
tratar de um defeito específico para interferir na recepção do la ou transistor deveremos pes-
em rádio ou TV, mas sim de um sinal desejado . quisar os resistores, principal-
problema que assola o técnico, O ruído de efeito "shot", sem- mente aquêles que são percor-
A INTERFER~NCIA. pre presente em válvulas termo- ridos por correntes de maior in-
As interferências podem ser de iônicas, é produzido pelas flu- tensidade tais como resistores de
diversos tipos e causas. Nosso tuações da corrente de placa, as placa, catodo, grade de blinda-
intuito será abranger as mais quais são originadas pela não gem ("screen"), emissor, coletor.
importantes e o maior número uniformidade da emissão, isto é
delas, dando sugestões para so- o número de elétrons emitidos Os capacitares podem produzir
lucioná-las. pelo catodo das válvulas não é ruído quando se inicia uma fuga
Um primeiro tipo de interfe- sempre igual. Essas flutuações através do dielétrico. Assim de-
rência, são os ruídos gerados no dão origem a tensões de ruído, veremos verificar o estado dos
próprio receptor, tais como agi- as quais aparecem na carga de capacitares, principalmente os
tação térmica, efeito "shot", etc. placa da válvula. sujeitos à maior tensão entre seus
O ruído de agitação térmica é Poderemos ter ainda zumbido, terminais . Para melhor testar-
originado pelo contínuo movi- normalmente causado por inter- mos a isolação dos capacitares,
mento caótico de elétrons num ferência de 60 Hz, devido a uma podel?os proceder da seguinte
condutor. ~sse movimento é in- filtragem deficiente, falta de manerra: observarmos a máxima
fluenciado pela temperatura am- blindagem ou fuga em alguma isolação do capacitar, suponha-
biente e é tal que, em cada pe- válvula . ~os 500 V. Ligamos êste capa-
queno período de tempo, o nú- Antes de partirmos para a crtor numa tensão contínua de
mero de elétrons que se move eliminaçãQ do ruído devemos nos valor próximo ao de isolação
numa direção excede ao número certificar se é êle realmente ge- - 300 V a 500 V (+B por exem-
de elétrons que se move na dire- rado no receptor. Para tal co- plo). Ligamos um miliamperí-
ção oposta. locamos os terminais antena e metro em série com o capacitar
Uma vez que êste processo se terra ou antena e chassi em cur- tal como vemos na figura 1 . A
dá de maneira caótica, não pode to, e observamos se a interferên- ligação do miliamperímetro não
ser governado por lei alguma. cia desaparece ou é fortemente deve ser permanente, mas sim
~sse movimento faz com que, atenuada . Se isto acontecer a
durante um pequeno período de interferência é externa, caso con-
tempo, um número desigual ~de trário, deveremos pesquizar o de-
elétrons seja concentrado em di- feito no próprio receptor .
versos pontos do condutor, dan- Se o receptor fôr a válvula
do origem a diferenças de po- deveremos substituir uma por
tenciais. Os valôres dessas ten- uma a partir do estágio de R. F.
sões e correntes são tão peque- e verificar qual delas é respon-
nos que não podem ser medidos sável pelo ruído .
com instrumentos convencionais; Se o receptor fôr a transistor
entretanto, quando aplicados à deveremos substitu ir primeira-
entrada de receptores sensíveis mente os transistores que traba-
ou amplificadores de alto ganho, lham com maior corrente de co-
poderão produzir na saída, um lt'tor. FIG. 1
60 43 revista ELETRôNICA
JAN~lRQ-HV~R~!RQ 1?7 1
2 - Desejando-se colocar no lugar da lâmpada um micro-amperímetro,
bastará apenas substituí-la, ou será necessário modificar o circuito?
No lugar da lâmpada de 6,3 V, pode ser usado xima através do instrumento. Aliás o transistor de
um miliâmperímetro de O a 100 ou O a 500 mA, potência foi incorporado exclusivamente para alimen-
tar a lâmpada e assim baixar o custo do instrumento;
em série com um potenciômetro de fio de 100 ohms, o preço de um mi1i - ou micro-amperímetro resulta
para ajustar a sensibilidade e limitar a corrente má- muito mais alto .
058
"QUIVALDO"
GARANHUNS - PE
059
REINHARD W ALDEMAR KOHLS
CORUPA- SC .
40 44
(a) O elétron é uma partícula que compõe o átomo. (d) Se temos uma faixa branca horizontal no cen-
Normalmente em um átomo temos diversos elétrons tro da tela, isto é evidência que o feixe eletrônico
ocupando órbitas (níveis de energia) em tôrno de do cinescópio só tem movimento horizontal, isto é,
um núcleo . O núcleo possui carga positiva e os a deflexão (movimento) vertical está parada. Assim
elétrons carga negativa. concluímos que o estágio provàvelmente defeituoso
é a varredura vertical.
41
45
(b) Entende-se por frequência de ressonância de (c) Normalmente após terminarmos a montagem
um circuito, aquela frequência em que êle "gosta" em um circuito impresso, vemos em tôrno das soldas,
de oscilar. Assim uma corda de piano, emite um grandes quantidades de resina (fluxo em excesso de
som que é a frequência de ressonância da corda. solda) . Para remove-las, temos um bom solvente que
Nos circuitos LC série (bobina e capacitor em
série) temos que na frequência de ressonância (que é o alcool.
depende dos valôres de L e C) a "resistência" apre- 46
sentada à corrente alternada (impedância) é mínima,
enquanto que para os LC paralelo é máxima. (b) Os semicondutores cujo código principia por
letras estão geralmente marcados no código europeu
que passamos a descrever .
42 O código de semicondutores consiste de duas ou
três letras seguidas por um grupo de algarismos .
(c) Sabemos que um capacitor bloqueia corrente Os semicondutores destinados a aparelhos re-
contínua e permite a passagem de corrente alternada . ceptores, televisores, etc., constam de duas letras se~
No estágio de saída transistorizado temos tensão guidas por três algarismos (1. grupo).
0
.
contínua e alternada. No alto-falante só podemos ter A designação dos semicondutores destmados a
tensão alternada, logo colocamos em série e com equipamentos industriais e profissionais é constitui-
êste um capacitor. O motivo de não aplicarmos da por três letras e dois algarismos (2. grupo) .
0
tensão contínua no alto-falante, é que esta provo· As letras e algarismos têm o seguinte significado:
caria uma circulação de corrente contínua na bobina Primeira letra: Em ambos os grupos a primeira
móvel, provocando um campo magnético contínuo, letra indica o material semicondutor.
que iria deslocar o cone para dentro ou para fora
(depende do sentido da corrente contínua) do alto- A = Germânio
falante. Este deslocamento do ponto de repouso do B Silício
alto-falante, quando intenso, provoca serias defor- R Material semicondutor para células foto-con-
mações no som . dutivas e geradores Hall
Segunda letra: Esta indica em ambos 'os grupos
43 a construção ou aplicação . Estas letras foram esco-
lhidas, onde possível, em concordância com as le-
(b) No circuito de +B normalmente encontramos tras usadas para válvulas receptoras .
capacitares eletrolíticos de elevada capacidade . Uma A Diodo (exceto diodos túnel, diodos sensíveis
vez ligado o receptor, êstes se carregam, e mesmo à radiação, diodos de potência e diodos Zener)
após algum tempo do desligamento, êles ainda con- C transistor de áudio frequência (exceto transis-
servam sua carga motivo pelo qual muita gente leva tores de potência)
um "tranco" daqueles, mesmo com o receptor des- D transistor de potência para áudio frequência
ligado da tomada. Como o ôhmetro é um instru- E Diodo túnel
mento que não deve receber tensão ou corrente , F = Transistor para altas frequências (exceto tran-
convém não ligá-lo diretamente aos capacitares sem sistores de potência)
antes verificar se os referidos capacitares estão real- H = Indicador de campo
mente descarregados . Para tal desligue o receptor, K Gerador Hall em circuito magnético aberto
coloque em paralelo com os capacitares um resistor (exemplo magnetron ou indicador de sinal)
de aproximadamente 100 n, espere uns lO segundos, L transistor de potência para frequências elevadas,
retire o resistor e curto-circuite os capacitares com M = gerador Hall em circuito magnético fechado
um pedaço de fio . Após isto ligue o ôhmetro, e meça eletricamente energizado (exemplo modulador
a isolação de +B, colocando uma ponta de teste no multiplicador Hall)
chassi e com a outra teste os diversos pontos de P Dispositivos sensíveis à radiação
+B . O motivo de colocarmos primeiro o resistor R Dispositivos para contrôle e comutação com
de 100 n, é para descarregarmos ràpidamente mas características de disparo (exceto os dispositi-
com uma corrente pequena; pois se curto circuitar- vos de potência)
mos logo de início, a corrente que circularia seria S Transistor para comutação (exceto de potência)
muito elevada, danificaria inúmeras vêzes o capacitor, T Dispositivos de potência para contrôle e co-
além do fato que aquela faísca e estalo na cara do mutação com características de disparo .
cliente também, não é muito recomendável . U Transistor de potência para comutação.