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CENTRO DE TECNOLOGIA
Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Natal
2014
I
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Natal
2014
II
UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Catalogação da Publicação na Fonte
III
Folha de Aprovação
Banca examinadora
Natal
2014
IV
PREFÁCIO
V
DEDICATÓRIA
VI
AGRADECIMENTOS
O trabalho desenvolvido nesta dissertação só foi possível sua realização graças à colaboração de
pessoas que disponibilizaram seu tempo e conhecimento e experiência para apoiar este projeto de
doutoramento.
Ao Professor Dr. Francisco de Assis Oliveira Fontes, pela orientação e apoio científico e
suas valiosas críticas que permitiram a realização da presente Dissertação;
Ao Professor Dr. Cleiton Rubens Formiga Barbosa, pela contribuição e incentivo à
pesquisa e total disponibilidade demonstrada ao longo deste trabalho;
Aos professores do Departamento de Química, que contribuíram com a minha formação
acadêmica;
Ao Professor Marcos Silva de Aquino, pela sua amizade e contribuição e ter aceitado ser
examinador interno deste trabalho;
Ao Professor Dr. Luiz Guilherme Meira de Souza, pela amizade com a qual sempre contar
em qualquer momento;
Aos técnicos do laboratório, Arivaldo, Alves, Manuel e João Batista de Souza pela atenção
e ajuda na realização dos experimentos deste trabalho;
Ao Secretário Luiz Henrique pela paciência e dedicação dispensadas aos alunos do
PPGEM;
Todos os meus familiares, principalmente aos meus Avós, Pai e Mãe: Severino Paulino
da Silva e Maria Messias da Conceição (In Memorian), pelo seu apoio no decorrer da
minha vida.
A todos os meus amigos do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pela compreensão, incentivo e
encorajamento para continuar a minha formação até chegar ao Doutoramento.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, sem o qual
não teria conseguido desenvolvê-la.
VII
PENSAMENTO
Autor:
Rui Barbosa.
VIII
RESUMO
IX
ainda, avaliada na condição seca e umidificada por gotejamento d’água sob convecção natural e
sob convecção forçada com uso de um eletro-ventilador (fancoil). Os ensaios foram realizados
para a mesma carga de refrigerante 134-a e sob a mesma carga térmica de resfriamento. O
desempenho da configuração com condensador modificado e sob umidificação e convecção
natural apresentou uma melhora no COP de cerca de 72% quando comparada à configuração
original.
X
ABSTRACT
The development of home refrigerators generally are compact and economic reasons for
using simplified configuration. The thermodynamic coefficient of performance ( COP ) is limited
mainly in the condenser design for reasons of size and arrangement ( layout ) of the project (
design ) and climatic characteristics of the region where it will operate. It is noteworthy that this
latter limitation is very significant when it comes to a country of continental size like Brazil with
diverse climatic conditions. The COP of the cycle depends crucially on the ability of heat
dissipated in the condenser. So in hot climates like the northeast, north, and west-central dispel
ability is highly attenuated compared to the south and southeast regions with tropical or
subtropical climates when compared with other regions. The dissipation in compact capacitors
for applications in domestic refrigeration has been the focus of several studies, that due to its
impact on reducing costs and power consumption, and better use of the space occupied by the
components of refrigeration systems. This space should be kept to a minimum to allow an increase
in the useful storage volume of refrigerator without changing the external dimensions of the
product. Due to its low cost manufacturing, wire on tube condensers continue to be the most
advantageous option for domestic refrigeration. Traditionally, these heat exchangers are designed
to operate under natural convection. Not always, the benefits of greater compactness of capacitors
for forced outweigh the burden of pumping air through the external heat exchanger. In this work
we propose an improvement in convective condenser changing it to a transfer mechanism
combined in series with conductive pipes and wire to a moist convective porous medium and the
porous medium to the environment. The porous media used in the coating was composed of a
gypsum plaster impregnated fiber about a mesh of natural cellulosic molded tubular wire mesh
about the original structure of the condenser , and then dried and calcined to greater adherence
and increased porosity. The proposed configuration was installed in domestic refrigeration system
( trough ) and tested under the same conditions of the original configuration . Was also evaluated
in the dry condition and humidified drip water under natural and forced with an electro - fan ( fan
coil ) convection. Assays were performed for the same 134- refrigerant charge e under the same
thermal cooling load. The performance was evaluated in various configurations, showing an
improvement of about 72 % compared with the original configuration proposed in humidification
and natural convection.
XI
Keywords: performance coefficient, domestic refrigeration, heat transfer
XII
SUMÁRIO
1 Introdução.............................................................................................................. 01
2 Revisão bibliográfica............................................................................................. 03
2.1 Estado da arte......................................................................................................... 03
2.2 Refrigeração........................................................................................................... 09
2.2.1 Histórico................................................................................................................ 09
2.2.2 Ciclo básico teórico............................................................................................... 09
2.2.3 Ciclo Básico Real.................................................................................................. 11
2.2.4 Trocadores de Calor............................................................................................... 12
a) Condensadores....................................................................................................... 12
O processo de condensação................................................................................... 12
Tipos de condensadores......................................................................................... 14
2.2.5 Balanço de energia para o ciclo............................................................................. 20
a) Capacidade frigorífica do ciclo ( Qo ).................................................................... 20
b) Potência teórica do compressor ( Wc)................................................................... 21
c) Fluxo de calor rejeitado no condensador .............................................................. 22
d) Válvula de expansão............................................................................................. 23
e) Coeficiente de eficácia do ciclo (COP)................................................................. 23
2.2.6 Parâmetros que influenciam a eficácia (COP)....................................................... 24
a) Influência da temperatura de vaporização............................................................. 24
b) Influência da temperatura de condensação.......................................................... 26
c) Influência do sub-resfriamento do líquido............................................................. 27
d) Influência do superaquecimento útil...................................................................... 28
2.2.7 Considerações Sobre Fluidos Refrigerantes......................................................... 30
a) Características e Propriedades dos Fluidos Refrigerantes..................................... 31
b) Refrigerante R- 134ª.............................................................................................. 32
c) Classificação dos Fluidos Refrigerantes................................................................ 33
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................ 34
3.1 Descrição da Bancada Experimental..................................................................... 34
3.1.1 Procedimento de Revestimento Poroso: Condensador Modificado...................... 35
3.1.2 Determinação da Área de Transferência de Calor................................................ 36
3.1.3 Mecanismos de Transferência de Calor no Condensado...................................... 37
3.2 Descrição dos Equipamentos e Instrumentação.................................................... 39
3.3 Descrição do Procedimento Experimental............................................................ 42
3.4 Parâmetros Medidos e Calculados......................................................................... 43
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 45
4.1 Configuração Original com Convecção Forçada e com Convecção Natural........ 45
4.2 Análise Comparativa entre as Configurações Ensaiadas....................................... 48
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES.......................................................................... 52
5.1 Conclusões............................................................................................................ 52
5.2 Sugestões para trabalhos futuros.......................................................................... 53
Referências Bibliográficas................................................................................... 54
Apêndices............................................................................................................. 58
XIII
Figuras
Figura 2.1 Ciclo Teórico Simples de refrigeração por compressão de vapor ................... 10
Figura 2.2 Esquema do sistema de refrigeração com os equipamentos básicos................ 10
Figura 2.3 Diferença entre o ciclo real e o teórico.............................................................. 11
Figura 2.4 Dessuperaquecimento em um ciclo de refrigeração.......................................... 13
Figura 2.5 Condensação em um ciclo de refrigeração........................................................ 13
Figura 2.6 Sub-resfriamento em um ciclo de refrigeração................................................. 14
Figura 2.7 Condensador casco e tubo.................................................................................. 16
Figura 2.8 Condensador de serpentina e casco................................................................... 16
Figura 2.9 Condensador de tubos duplos............................................................................ 17
Figura 2.10 Esquema de um condensador atmosférico........................................................ 18
Figura 2.11 Condensador e seus esquemas evaporativos..................................................... 19
Figura 2.12 Condensadores resfriados a ar........................................................................... 20
Figura 2.13 Volume de controle aplicado ao evaporador e a indicação do processo 4.1 no
diagrama de Mollier p-h.................................................................................... 21
Figura 2.14 Processo de compressão isoentrópico no compressor....................................... 22
Figura 2.15 Volume de controle sobre o condensador e sua representação no diagrama de
Mollier............................................................................................................... 22
Figura 2.16 Volume de controle sobre a válvula de expansão e sua representação no
diagrama de Mollier........................................................................................... 23
Figura 2.17 Influência da temperatura de vaporização no coeficiente de eficácia do ciclo
(β)....................................................................................................................... 25
Figura 2.18 Influência da temperatura de condensação no coeficiente de eficácia do ciclo
(β) .................................................................................................................... 26
Figura 2.19 Influência do sub-resfriamento do líquido no coeficiente de eficácia do ciclo
(β) ..................................................................................................................... 28
Figura 2.20 Influência do superaquecimento no coeficiente de eficácia do ciclo (β)
........................................................................................................................... 29
Figura 3.1 Esquema da bancada experimental.................................................................... 34
Figura 3.2 Condensador original e modificado (revestimento poroso).............................. 35
Figura 3.3 Forno elétrico de sinterização............................................................................ 36
Figura 3.4 Modelo da transferência de calor no condensador original.............................. 37
Figura 3.5 Modelo da transferência de calor no condensador modificado (revestimento
poroso)............................................................................................................... 38
Figura 3.6 Bancada experimental de ensaios...................................................................... 40
Figura 3.7 Esquema representativo do abastecimento de água para o sistema
evaporativo......................................................................................................... 40
Figura 3.8 Manômetros de alta e baixa pressão ................................................................. 41
Figura 3.9 Controlador de temperatura do reservatório de água (evaporador) ................. 41
Figura 3.10 Analisador de temperatura e multímetro........................................................... 41
Figura 3.11 Diagrama das configurações experimentais ensaiadas...................................... 42
Gráficos
XIV
Gráfico 4.1 Condensador Original: Convecção Natural e Forçada ................................. 46
Gráfico 4.2 Condensador Modificado Seco: Convecção Natural e Forçada ................... 47
Gráfico 4.3 Condensador Modificado e Úmido: Convecção Natural e Forçada ............. 47
Gráfico 4.4 Pressão condensador (Pc) e Evaporador (Pe)................................................ 50
Gráfico 4.5 Diagrama p x h do ciclo de refrigeração de Moller real .............................. 51
Gráfico 4.6 Diagrama p x h do ciclo de refrigeração de Moller ideal ............................ 51
Tabelas
Siglas e Símbolos
XV
Qo - Capacidade frigorífica
Mf - Fluxo de massa do refrigerante
h1 - Entalpia específica na sucção do compressor
h2 - Entalpia específica na entrada do condensador
h3 - Entalpia específica na entrada da válvula de expansão
h4 - Entalpia na entrada do evaporador
To -Temperatura do evaporador
Tc -Temperatura do condensador
Kq/s - Quilograma por segundo
S - Entropia
EF - Efeito frigorífico
Kj - Quilo joule
Wc - Potencia teórica do compressor
KW - Quilo watt
Qc - Capacidade de rejeição de calor pelo condensador
COP - Coeficiente de eficácia
Rt - Resistência total
∆T - Variação de temperatura
I - Corrente Elétrica no motor do compressor (Ampere)
V - Tensão Elétrica no motor do compressor (Volts)
á - Volume de água de uma batelada
⍴. - Produto da densidade pela entalpia da água na temperatura inicial
⍴ . - Produto da densidade pela entalpia da água na temperatura final
XVI
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1
controle, sobretudo os níveis de vasos tais como separadores de líquido. Outro agravante são as
variações climáticas tais como rajada de ventos responsáveis pelo agravante da incerteza, durante
as medições de velocidade do ar. Além disso, o porte destes equipamentos torna a medição
bastante demorada fazendo com que as alterações climáticas acarretem condições de medição
diferentes para uma mesma série de dados.
A avaliação por meio de mecânica dos fluídos computacional (CFE) torna-se uma
alternativa bastante útil, principalmente para caracterização do escoamento. Este tipo de estudo,
no entanto, só é possível quando os dados provenientes de medições experimentais que possibilita
a validação dos modelos computacionais criados. Desta forma, a análise experimental
considerando as diversas condições de operação de acordo com a localização geográfica e
condições climáticas continuam sendo importantes para consolidar a compreensão e otimização
do desempenho destes sistemas.
2
CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Brasil possui cerca de dois terços de seu território situado na faixa tropical do planeta,
onde predominam altas temperaturas do ar, em virtude da elevada radiação solar existente, A
temperatura média do ar situa-se acima dos 20ºC, sendo que a temperatura máxima se encontra
acima dos 30 oC em grande parte do ano, atingindo, muitas vezes, valores entre 30oC e 38oC
(TITTO 1998 e APOUD REÍSSA, 2008).
Constatou-se no caso específico desse projeto, uma redução no consumo anual de energia
elétrica de 15,1% para o sistema direto e 38,6% para o sistema indireto, quando comparados com
os sistemas tradicionais de refrigeração e ventilação.
Um dado sistema de refrigeração necessita de uma certa quantidade de energia (em forma
de trabalho) com o objetivo de iniciar o ciclo frigorífico, conseguido com isto, a retirada de
energia (em forma de calor) da sua vizinhança. Em condições de uso reais, a parcela de energia
rejeitada para o meio ambiente é maior que a parcela de energia retirada do espaço refrigerado. A
partir destes fatores, torna-se interessante alterar parâmetros do sistema, aumentando seu
coeficiente de eficácia e consequentemente, diminuindo gastos com energia elétrica. Sistemas de
refrigeração com oito ou mais horas de uso diário contínuo, mostram-se ineficientes por falhas
no projeto, execução, ou ainda, por falta de manutenção adequada. Tanto em um caso como em
3
outro, a percepção do usuário é à eficiência no consumo energético. A economia de energia é
parte propiciada pela otimização do desempenho dos equipamentos como resultado de uma
racionalização e de técnicas de controle aplicadas a estes sistemas (MORENO GARCIA, 2006).
De acordo com CAMARGO (2009) a busca pelo resfriamento e por condições adequadas
de temperatura datam desde a pré-história da humanidade. Os efeitos do resfriamento evaporativo
são observados próximos a cachoeiras, onde ocorre o processo de resfriamento do ar pela
passagem do vento e evaporação da água. Desde aproximadamente a 2500 A.C. no antigo Egito,
onde foram registrados em afrescos desenhos de escravos utilizando jarras de água para resfriar
os cômodos da realeza. No mesmo local também foram utilizados métodos de resfriamento
evaporativo, como o uso de potes porosos contendo água, piscinas e rampas com lâminas d’água,
tudo com o objetivo de tornar a temperatura interna mais agradável.
De acordo com Bruno, 2006, os sistemas de condensação alimentados por água, são os
principais dentre os sistemas utilizados nos equipamentos de refrigeração de grande capacidade
onde as vantagens de menor consumo e de operação estável se sobrepõe as desvantagens de
manutenção dos condensadores como de tratamento e reposição da água.
De acordo com MORENO GARCIA (2006) o ciclo de refrigeração por compressão pode
ser estudado em conformidade às características termodinâmicas de seus equipamentos em
4
estudo. Resumidamente, o ciclo inicia-se com o fluido refrigerante que é comprimido no
compressor no estado de vapor superaquecido, onde a pressão de trabalho, paralela a sua
temperatura são aumentadas seguindo, posteriormente, em direção ao condensador. Neste, por
sua vez, o calor que foi ganho durante o processo de compressão somado àquele retirado do
ambiente refrigerado é rejeitado para o meio exterior, ocasionando assim o resfriamento do fluido
e a consequente mudança da fase vapor para líquida. Deixando o condensador, no estado de
líquido sub-resfriado, o fluido segue para o dispositivo de expansão (no caso, a válvula de
expansão 14° CREEM. FEMEC/UFU, Uberlândia-MG, 2007.2 termostática) onde ocorre uma
brusca queda de pressão, sendo responsável também pela queda da temperatura, passando logo a
seguir pelo dispositivo de evaporação responsável pela absorção de calor do meio a ser resfriado
causando o efeito frigorífico. O fluido de trabalho, responsável então, pela mudança de fase
(líquido-vapor) saindo deste como vapor superaquecido, para retornar ao compressor, iniciando
novamente o ciclo.
5
do compressor. Os resultados da variação deste parâmetro já foram confirmados
experimentalmente por MORENO GARCIA (2006). Neste estudo diz que o melhor desempenho
energético foi obtido quando a velocidade do compressor scroll variou, o que ocorreu,
basicamente devido à eficiência global do sistema e também pela menor relação de compressão à
medida que a velocidade do compressor diminui.
A configuração geométrica ótima de um dado trocador de calor pode ser alcançada de alguns
modos que dependem do nível de detalhes com que os parâmetros do sistema térmico onde o trocador
6
de calor está inserido são contabilizados na função objetivo e nas restrições impostas ao modelo (Pira
et al., 2000). Assim, uma configuração dita ótima para um evaporador a qual é obtida com base apenas
na maximização da relação entre a taxa de transferência de calor e a potência de bombeamento do
ventilador pode não ser a configuração desejada no âmbito do sistema, ou seja, aquela que proporciona
o mais alto COP (Waltrich, 2008).
Nos artigos de Zimparov (2000) e Zimparov (2001), o autor desenvolveu baseado no teorema
de produção de entropia, critérios de avaliação de desempenho para superfícies que promovem uma
maior transferência de calor de modo a incluir o efeito da variação de temperatura do fluido ao longo
do comprimento de um trocador de calor tubular. Ambas as condições de contorno de temperatura
constante e fluxo de calor constante foram avaliadas. A análise desse tratamento foi feita observando
a transferência de calor e queda depressão em dez tubos espirais, achando uma razão ótima entre altura
diâmetro do trocador de calor de 0,04.
Yilmazet al. (2001) mostraram alguns critérios de otimização baseados na segunda lei da
termodinâmica para avaliar a performance de trocadores de calor, discutindo primeiramente a
necessidade de um projeto sistemático utilizando esse tipo de estudo, para em seguida classificar os
PEC baseados na entropia e na energia. Os autores mostram como os PEC dessas duas classes podem
ser relacionados entre si, citando a importância da utilização desses critérios em trocadores de calor.
Shah e Sekulić (2003) e Webb e Kim (2005) apresentam uma revisão geral de critérios de
avaliação de desempenho (PEC, do inglês Performance Evaluation Criteria) para superfícies de troca
de calor e trocadores de calor com e sem mudança de fase . Bejan (1982, 1996) demonstrou o uso do
método de minimização da geração de entropia (EGM, do inglês Entropy Generation Minimization)
para otimização de diferentes dispositivos e sistemas, incluindo trocadores de calor.
7
Yilmazet al. (2005) apresentaram uma visão global dos PEC baseados na primeira lei da
termodinâmica referentes somente a trocadores de calor. Aproximadamente 100 PEC são mostrados e
revisados, onde os autores mostraram como muitos dos PEC são relacionados entre si. De acordo com
os autores, a seleção do critério de otimização depende muito dos objetivos que devem ser alcançado
se das restrições impostas, não existindo nenhuma regra geral na escolha. Algumas recomendações
foram sugeridas para a seleção, mostrando os seguintes aspectos: (i) tipo de escoamento; (ii) tipos de
superfícies a serem comparadas; (iii) restrições; (iv) função objetivo; (v)tipo do trocador de calor e (vi)
considerações sobre o custo.
8
2.2-REFRIGERAÇÃO
2.2.1- Histórico
O emprego dos meios de refrigeração já era do conhecimento humano mesmo na época das
mais antigas civilizações. A civilização chinesa usava o gelo natural (colhido nas superfícies dos
rios e lagos congelados e conservado com grandes cuidados, em poços cobertos com palha e
cavados na terra) com a finalidade de conservar o chá que consumiam.
As civilizações gregas e romanas também aproveitavam o gelo colhido no alto das
montanhas, a custo do braço escravo, para o preparo de bebidas e alimentos gelados. A civilização
egípcia não dispunham de gelo natural e refrescava a água por evaporação, usando vasos de barro.
O barro, sendo poroso, deixa passar um pouco da água contida no seu interior, a evaporação desta
para o ambiente faz baixar a temperatura do sistema.
Estudos realizados comprovaram que a contínua reprodução das bactérias podia ser
impedida em muitos casos ou pelo menos limitada pela aplicação do frio, i.e., baixando
suficientemente a temperatura do ambiente em que os mesmos proliferam. Essas conclusões
provocaram, no século XVIII, uma grande expansão da indústria do gelo. Entretanto, o uso do
gelo natural trazia consigo uma série de inconvenientes que prejudicavam seriamente o
desenvolvimento da refrigeração, tornando-a de valia relativamente pequena. Por este motivo,
engenheiros e pesquisadores voltaram-se para a busca de meios e processos que permitissem a
obtenção artificial de gelo, liberando o homem da dependência da natureza. Em conseqüência
desses estudos, em 1834 foi inventado, nos Estados Unidos, o primeiro sistema mecânico de
fabricação de gelo artificial e, que constituiu a base precursora dos atuais sistemas de compressão
frigorífica.
Em 1855, surgiu na Alemanha um outro tipo de mecanismo para a fabricação do gelo
artificial, este, baseado no princípio da absorção, descoberto em 1824 pelo físico e químico inglês
Michael Faraday.
Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de Carnot, por ser este
o ciclo de maior rendimento térmico. Entretanto, dado as peculiaridades do ciclo de refrigeração
por compressão de vapor definiu-se um outro ideal em que o ciclo real mais se aproxima, e
9
portanto, torna-se mais fácil comparar o ciclo real com este ciclo ideal. Este ciclo ideal é aquele
que terá melhor eficácia operando nas mesmas condições do ciclo real.
O ciclo teórico simples de refrigeração por compressão de vapor é mostrado na Figura 2.1
construído sobre um diagrama de Mollier no plano P-h. A Figura 2.2 representa o esquema
básico com os componentes principais de um sistema frigorífico suficientes, teoricamente, para
obter o ciclo.
Os dispositivos indicados na Figura 2.1 representam genericamente qualquer equipamento
que consiga realizar o processo específico.
10
a) Processos 1-2, que ocorre no compressor (que pode ser um compressor alternativo,
centrífugo de parafuso etc.) é um processo adiabático reversível, e neste caso, a compressão
ocorre, então, a entropia (S) constante, ou seja, S1=S2, como mostra a Figura 2.1. O refrigerante
entra no compressor à pressão do evaporador (P0) e com título X=1. O refrigerante é então
comprimido até atingir a pressão de condensação, e neste estado, ele está superaquecido com
temperatura T2, que é maior que a temperatura de condensação (TC).
b)Processo 2-3, que ocorre no condensador (que pode ser condensação a água ou ar, em
convecção forçada ou natural), é um processo de rejeição de calor do refrigerante par ao meio de
resfriamento desde a temperatura T2 de saída do compressor até a temperatura de condensação
(TC) e a seguir rejeição de calor na temperatura TC até que todo vapor tenha-se tornado líquido
saturado na pressão de condensação (Pc).
c)Processo 3-4, que ocorre na válvula de expansão, é uma expansão irreversível a entalpia
constante desde a pressão Pc e líquido saturado (X=0), até atingir a pressão do evaporador P0.
Observe-se que o processo é irreversível, e portanto, a entropia (S) do refrigerante ao deixar a
válvula de expansão (S4) é maior que a entropia do refrigerante ao entrar na válvula (S3).
d) Processo 4-1, que ocorre no evaporador é um processo de transferência de calor a
pressão constante (P0), conseqüentemente a temperatura constante (T0), desde vapor úmido no
estado 4 até atingir o estado de vapor saturado seco (X=1). Observe-se que o calor transferido ao
refrigerante no evaporador não modifica a temperatura do refrigerante, mas somente muda o seu
estado.
As diferenças principais entre o ciclo real e o ciclo ideal simples por compressão de vapor
estão mostrados na Figura 2.3 abaixo.
11
Uma das diferenças entre o ciclo real e o teórico é a queda de pressão nas linhas de descarga,
líquido e de sucção assim como no condensador e no evaporador. Estas perdas de carga ∆Pd e
∆PS estão mostrados na Figura 2.3. Outra diferença é o sub-resfriamento do refrigerante na saída
do condensador (na maioria dos sistemas). O superaquecimento na sucção com finalidade de
evitar a entrada de líquido no compressor (obrigatório em compressores alternativos) é um
processo muito importante.
Outra diferença importante é quanto ao processo de compressão ao compressor, que no
ciclo real é um processo de compressão politrópico (S1≠S2), no lugar do processo isoentrópico do
ciclo ideal. Devido a esta diferença, a temperatura de descarga do compressor (T2) pode ser muito
elevada, tornando-se um problema com relação aos óleos lubrificantes usados em compressores
frigoríficos, obrigando a um resfriamento forçado do cabeçote do compressor (normalmente com
R-22 e R-717). Muitos outros problemas de ordem técnica dependendo do sistema e das
características de operação, podem introduzir diferenças significativas além das citadas até aqui.
a) Condensadores
O processo de condensação
12
1. Dessuperaquecimento;
2. Condensação e Sub-Resfriamento.
Dessuperaquecimento
O gás, quando é descarregado do compressor, está a alta temperatura. O processo
inicial, então, consiste em abaixar esta temperatura, retirando calor sensível do refrigerante,
ainda no estado gasoso, até ele atingir a temperatura de condensação. Figura 2.4.
Condensação
Quando o gás atinge a temperatura de condensação, ele começa um processo de mudança
de estado. Neste processo retira-se calor latente do refrigerante, i.e., a temperatura deste
mantém-se constante durante todo o processo. Figura 2.5.
13
Sub-Resfriamento
Após a condensação, o refrigerante, agora no estado líquido (líquido saturado), é
resfriado de mais alguns graus, utilizando-se para isso um trocador de calor intermediário. Na
Figura 2.6 pode-se visualizar o sub-resfriamento indicado em um diagrama de Mollier.
Tipos de Condensadores
Os tipos de condensadores comumente usados em sistemas de refrigeração são:
14
4. Condensadores atmosféricos, Figura 2.10;
5. Condensadores evaporativos, Figura 2.11;
6. Condensadores resfriados a ar, Figura2.12.
2. O condensador deve ser projetado para pressões e temperaturas razoáveis, pois o processo
normalmente é assim realizado;
15
tubos.
16
O condensador de duplo tubo (Figura 2.9) tem o tubo de água dentro do tubo de
refrigerante. O refrigerante passa pelo espaço entre os dois tubos, enquanto que a água é
bombeada pelo tubo interior. A água flui em direção oposta à do refrigerante, ficando a água
mais fria em contato com o refrigerante mais frio e a água mais quente em contato com o
refrigerante mais quente, evitando-se choques térmicos. São utilizados para onde o refrigerante
é a amônia, utilizam-se tubos de aço, com diâmetros de geralmente 1 ¼” para o interno e 2” para
o externo. Embora o princípio da contracorrente, possibilitado por esse tipo de condensador,
dê uma boa utilização da água disponível, o grande número de conexões e juntas necessárias
em grandes instalações aumenta a possibilidade de vazamentos. Esses condensadores são
difíceis de limpar e não fornecem espaço suficiente para a separação de gás e líquido.
Por essas razões, eles não são muito usados em instalações modernas de grande porte.
Algumas unidades pequenas são utilizadas em instalações recentes, tendo que ser, porém,
limpas quimicamente. Em caso de vazamento, toda a unidade deve ser substituída.
17
Condensadores Atmosféricos
Condensadores Evaporativos
Os condensadores evaporativos combinam as funções de condensador e de torre de
resfriamento. Consiste de um invólucro que contém uma seção de ventilador, separador
de gotas, serpentina de condensação do refrigerante, reservatório de água, válvula de boia
e a bomba de pulverização do lado de fora do invólucro. A bomba de pulverização circula a
água do reservatório, no fundo da unidade, para os bicos de pulverização, sobre a serpentina
18
do refrigerante. Os ventiladores forçam a passagem do ar pela serpentina e pela água que está
sendo pulverizada sobre a serpentina. O calor do refrigerante é transmitido através das paredes
da serpentina à água que passa sobre ela. O ar remove o calor da água, pela evaporação de parte
dela. Os separadores de gotas impedem que gotículas de água sejam levadas pelo ar.
O acréscimo de calor total é devido ao calor cedido pelo refrigerante que se condensa
e representa a capacidade do condensador. Quanto mais baixa a temperatura de bulbo úmido
do ar de entrada, tanto maior a capacidade do condensador.
Condensador a Ar
19
calor por convecção natural, são muito utilizados em pequenas e médias instalações. Hoje, com
o custo crescente da água e as restrições ao seu uso, a utilização desse tipo de condensador tem
sido ampliada para instalações de grande porte.
.
A capacidade frigorífica ( ) é a quantidade de calor por unidade de tempo retirada do meio
que se quer resfriar (produto) através do evaporador do sistema frigorífico. Para o sistema
operando em regime permanente desprezando-se a variação de energia cinética e potencial, da
primeira lei da termodinâmica, tem-se: (ver Figura 2.13)
= (ℎ − ℎ ) (eq. 2.1)
20
Figura 2.13 - Volume de Controle aplicado ao evaporador e a indicação do processo 4-1 no
diagrama de Mollier P-h. - Fonte: (Pirane, M. J - 2011)
.
é a capacidade frigorífica (diferente de carga térmica) do ciclo operando com
temperatura Tc e T0 em kJ/s para mf em kg/s e entalpia específica h1 e h4 em kJ/kg. O fluxo de
massa de refrigerante (mf) deve ser mantido pelo compressor. Normalmente se conhece a
capacidade frigorífica que deve ter o sistema de refrigeração, que deve ser igual a carga térmica,
se estabelecermos o ciclo frigorífico que deve operar o sistema podemos determinar o fluxo de
massa (mf) e conseqüentemente o compressor necessário ao sistema.
A quantidade de calor retirado por Kg de refrigerante através do evaporador é chamada de
“EFEITO FRIGORÍFICO (EF)”, isto é:
EF= h1 - h4 (eq.2.2)
.
b) Potência Teórica do Compressor
21
Figura 2.14 - Processo de Compressão isoentrópico no compressor
Fonte: (Pirane, M. J - 2011)
. .
= (ℎ − ℎ ) (eq. 2.3)
A equação 2.3 acima fornece a potência, em (kcal/s) teoricamente necessária para que o
fluxo de refrigerante (mf) em (kg/h), que entra no compressor, passe do estado 1 ao estado 2. Para
se obter Wc em Kw basta dividir a equação dada por 860, ou seja:
(eq. 2.4)
Da mesma maneira que o evaporador, a quantidade de calor por unidade de tempo a ser
rejeitada no condensador para o sistema operando em regime permanente nas temperaturas TC e
T0 é calculado pela equação abaixo (ver Figura 2.15).
. .
= (ℎ − ℎ ) (eq. 2.5)
22
Figura 2.15 - Volume de Controle sobre o Condensador e sua representação no Diagrama de
Mollier. Fonte: (Pirane, M. J - 2011)
Assim o condensador a ser especificado para o sistema de refrigeração deve ser capaz de
rejeitar o fluxo de calor fornecido pelo fluxo de massa e calor do trabalho pelo compressor.
d) Válvula de Expansão
Na válvula de expansão, que pode ser de vários tipos, o processo é adiabático (ver Figura
2.16), e neste caso, aplicando-se a primeira lei da termodinâmica, desprezando-se a variação de
energia cinética e potencial, tem-se:
23
e) Coeficiente de Eficácia do Ciclo (COP)
( eq. 2.6)
Pode-se inferir da equação acima que para o ciclo ideal a eficácia é função somente das
propriedades do refrigerante, conseqüentemente, do refrigerante das temperaturas de condensação
e vaporização como será mostrado mais adiante. Para o ciclo real, entretanto, o desempenho
dependerá em muito das propriedades na sucção do compressor e deste, assim como dos demais
equipamentos.
O coeficiente de eficácia (β) deve ser sempre maior que 1 (um). Quanto mais próximo de
zero temos um menor rendimento para o sistema.
Para ilustrar o efeito que a temperatura de vaporização (T0) tem sobre a eficácia do ciclo
vamos considerar um conjunto de ciclos em que somente a temperatura de vaporização é alterada
(a temperatura de condensação é mantida constante). Estes ciclos estão mostrados na Figura 2.17.
Nesta análise usou-se o refrigerante-22 típico de sistemas de ar-condicionado.
24
Lembrando-se que o calor sempre é transmitido da temperatura maior para a menor, para
que um ambiente seja mantido a baixas temperaturas, o evaporador (onde ocorre a vaporização
do refrigerante) deve estar a uma temperatura abaixo da do ambiente.
O processo ocorre quando o sistema de refrigeração funciona continuamente, abaixando a
temperatura da câmara de refrigeração, do interior da geladeira, por exemplo. Note-se que a
temperatura de vaporização pode ser facilmente controlada por meio de instrumentos de
automação.
25
b) Influência da Temperatura de condensação
26
Esta análise é mostrada na Figura 2.18. Observe-se que para a mesma variação de
temperatura (TC) (15ºC) em relação a temperatura de vaporização (T0), a vaporização da
eficácia no caso da temperatura de condensação TC é menor que no caso da variação de T0.
Venturini e Pirani (2005) instruem que a temperatura de condensação deve ser fixada em
um valor entre 11 ºC e 15 ºC maior que a temperatura de bulbo seco do ar que entra no
condensador. E do ponto de vista econômico, o valor ótimo da diferença entre a temperatura
de condensação e a temperatura do ar que deixa o condensador, deve estar entre 3,5 ºC e 5,5
ºC.
Ainda segundo Venturini e Pirani (2005), recomenda-se que, em qualquer situação, a
temperatura de condensação nunca seja superior a 55 ºC. No entanto, para garantir a eficiência
do sistema de compressão e, ao mesmo tempo, obter uma maior vida útil dos compressores, a
temperatura de condensação não deve ser maior que:
• 48 ºC, quando a temperatura de evaporação do sistema frigorífico for maior ou igual a 0 ºC;
• 43 ºC, quando a temperatura de evaporação do sistema frigorífico for menor que 0 ºC.
Quanto maior é o condensador, menor é a temperatura de condensação. Porém,
condensadores excessivamente grandes podem causar problemas devido à baixa pressão de
condensação.
De forma idêntica aos dois casos anteriores, a Figura 2.19 mostra a influência do sub-
resfriamento do líquido após sair do condensador no aumento da eficácia. Observa-se também
que a variação é bem menor que nos dois casos anteriores.
27
Figura 2.19 - Influência do Sub-Resfriamento do Líquido no Coeficiente de Eficácia do Ciclo
(β). Fonte: (Pirane, M. J - 2011)
28
Figura 2.20 - Influência do Superaquecimento no Coeficiente de Eficácia do Ciclo (β)
Fonte: (Pirane, M. J - 2011)
29
eficiência volumétrica. Isto se deve ao fato que o superaquecimento aumenta o volume
específico do refrigerante na entrada do compressor e este desloca uma massa menor que
deslocaria caso não existisse o superaquecimento. Este efeito de aumento de volume específico
na diminuição do fluxo de massa é mais sensível que o efeito - frigorífico. Quando analisaremos
a eficiência do compressor teremos oportunidade para esta verificação.
De acordo com a Dupont Refrigerantes. Não existe ainda o fluido refrigerante perfeito.
Todas as alternativas possuem benefícios em troca de riscos (“trade-off”), HFO’s são fortes
candidatos para substituírem os HFC’s de alto GWP,com a possibilidade de desenvolver
fluidos refrigerantes com baixo GWP e boa capacidade, (COP) para substituírem os HFC’s de
alto GWP. E para isto, será Necessário o balanceamento do GWP, flamabilidade e de
performance. Tecnologias mescladas entre fluidos sintéticos e naturais podem vir a ser uma boa
alternativa. Quanto à Questões relacionadas à flamabilidade devem ser avaliadas dentro das
normas e códigos de segurança, inclusive definindo tamanhos de cargas seguras para fluidos
com flamabilidade intermediária.
30
aplicação) substituindo pelo refrigerante R134a ou o R22. O fluido refrigerante R717 é um dos mais
eficientes fluidos, dentro de suas características de aplicação, possuindo uma grande capacidade de
efeito frigorífico, visto seu elevado calor latente de vaporização, muito embora os vapores deste
fluido possuam um grande volume específico [Pohlman,1971].Considerando os aspectos ambientais
globais, o fluido refrigerante R717 não destrói a camada de ozônio, além de ter um tempo de vida
curta na atmosfera (máximo 15 dias), também não contribui para o efeito estufa. Ainda devido as
suas excelentes propriedades termodinâmicas, o R717 requer uma menor parcela de energia primária
para produzir uma certa capacidade de refrigeração (alto valor do COP) do que quase todos os outros
fluidos refrigerantes, de forma que o efeito indireto do aquecimento global, devido a utilização da
energia a partir das usinas de carvão (principalmente na região sul do pais) também é um dos mais
baixos disponíveis.
O fluido refrigerante deve ser não inflamável, não explosivo, não tóxico em seu estado
puro ou quando misturado com o ar e também, não deve contaminar alimentos ou outros
produtos armazenados no espaço refrigerado se ocorrer um vazamento no sistema. As pressões
correspondentes às temperaturas disponíveis com os meios de condensação normais não devem
ser excessivas, para assim eliminar a necessidade de construção extremamente pesada. As
pressões correspondentes às temperaturas necessárias para maior parte dos processos de
condicionamento de ar e refrigeração devem ser acima da pressão atmosférica para assim evitar
penetração de ar e vapor d’água. Um calor de vaporização relativamente grande é desejável
para que as capacidades necessárias possam ser obtidas com o menor peso do fluxo de
refrigerante. O vapor deve ter um volume específico relativamente baixo, porque é este volume
que estabelece a dimensão necessária ou deslocamento do compressor. Esta propriedade é mais
importante para o compressor alternativo do que para a máquina centrífuga a qual é uma bomba
de baixa pressão e grande volume. É desejável que o refrigerante tenha um baixo calor
específico no estado líquido para que menos calor seja necessário para esfriar o líquido partindo
da temperatura de condensação até a temperatura a qual o processo de resfriamento deve ser
realizado. O calor necessário para este resfriamento resulta em "Flash Gás", e diminui o efeito
de refrigeração ou capacidade de resfriamento do refrigerante circulado. Os coeficientes de
transferência de calor e a viscosidade devem contribuir para boas proporções de transferência
de calor. O refrigerante deve ser facilmente detectado por indicadores adequados para localizar
vazamentos no sistema. O refrigerante deve ser compatível com os óleos lubrificantes usuais, e
31
não devem alterar sua efetividade com lubrificantes. O refrigerante não deve ser corrosivo para
os metais usualmente empregados em um sistema de refrigeração e devem ser quimicamente
estáveis. O refrigerante deve ser facilmente disponível, de custo baixo, ambientalmente seguro,
não contribuir para a destruição da camada de ozônio ou para aumentar o efeito estufa e ser de
fácil manuseio. A American Society of Heating, Refrigeration and Air-Conditioning Engineers,
(ASHRAE) tem catalogado mais de 100 refrigerantes, fórmulas químicas, diagramas ph,
propriedades termodinâmicas e outras características nos livros Fundamentals e Refrigeration
(ASHRAE). Os técnicos, engenheiros e outros profissionais da área de refrigeração devem se
manter sempre atualizados com as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na indústria de
refrigerante, em virtude de projetos de pesquisa serem continuamente patrocinados pelas
organizações da indústria de refrigeração para melhorar os refrigerantes, equipamentos e
técnicas de projeto disponíveis para refrigeração, ar condicionado e aplicações em bomba de
calor.
b) Refrigerante R-134
Os sistemas de ar-condicionado têm se tornado itens cada vez mais importantes para o
conforto térmico de seus usuários. Mas o esse fator não é o único a ser observado nos sistemas
de refrigeração. Parâmetros ambientais também são verificados e sua influência é bastante
observada no desenvolvimento dos equipamentos HVAC automotivos. O principal item a ser
observado é o tipo do refrigerante a ser utilizado.
Esse documento tem por finalidade estipular medidas para proteger a camada de ozônio,
adotando métodos preventivos para regulamentar equitativamente o total das emissões
mundiais de substâncias que a deterioram, sendo o objetivo final a eliminação dos itens que
prejudicam a camada de Ozônio.
Vendo tais dificuldades, foi-se observando alternativas para substituição do R-12. Nos
dias atuais o gás refrigerante R-134a (1,1,1,2-DICLORODIFLUORMETANO) está sendo
32
largamente utilizado em sistemas veiculares e está sendo visto como alternativa também para
aplicações em ar-condicionado com fins de uso doméstico. O mesmo não é inflamável e não
explosivo, é um HFC que tem potencial nulo de destruição da camada de ozônio e um baixo
efeito estufa. Possui toxicidade imperceptível comparado ao R-12. O R-134 apresenta boa
miscibilidade com os óleos lubrificantes a base de Poliol Éster (POE’s), eliminando riscos
explosivos no sistema.
• Hidrocarbonetos halogenados
• Hidrocarbonetos puros
• Compostos inorgânicos
• Misturas azeotrópicas
• Misturas não azeotrópicas.
33
CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para a realização dos trabalhos investigativos foi instalada uma bancada de teste
utilizando um sistema de refrigeração comercial a partir de um sistema de um bebedouro
d’água. O conjunto é composto de todos os elementos que compõem um ciclo básico de
refrigeração, que são: compressor, condensador, filtro secador, tubo capilar (válvula de
expansão) e evaporador. O mesmo foi instrumentado de forma a se obter valores de
temperaturas e pressões em pontos específicos do sistema, onde também foi verificada a
potência requeri da pelo compressor e ventilador para convecção forçada. Conforme Figura 3.1.
34
pontos específicos do ciclo de refrigeração. Foram obtidas as entalpias nos pontos dos processos
termodinâmicos do esquema acima com o objetivo de fazer um mapeamento das temperaturas
ao longo do ciclo de refrigeração em análise.
35
Figura 3.3 – Forno Elétrico de Sinterização
36
A partir da medição dos dados geométricos do condensador original foi obtida a área
convectiva de troca de calor do Condensador original com 1.291 cm2.
Cálculo aproximado:
14 tubos de 28 cm e diâmetro 0,6 cm - Área tubos =740cm2
88 arames de 20 cm e diâmetro 0,1 cm - Área arames =554cm2
Área total=1.294 cm2
Cálculo aproximado:
2 faces de 30 x 22 cm = 1.320 cm2
2 faces de 30 x 6 cm = 360 cm2
2 faces de 22 x 6 cm = 264 cm2
Área total= 1.944 cm2
37
∆ ( !)
A equação = determina o cálculo do coeficiente global de transferência de
"#
calor para o modelo do Condensador original em função das resistências controladoras em
cada meio de propagação.
,- .
= (eq. 3.2)
" (/1 ) 2" 301 4 2" 3,1 4
0 , .
38
∆ ( !)
A equação = determina o cálculo do coeficiente global de transferência de calor
"#
para o modelo do Condensador poroso revestido com argamassa porosa em função das
resistências controladoras em cada meio de propagação.
,- .
= (eq. 3.4)
"5(/1 ) 2"5301 4 2"53,1 4 2"53.1 4
0 , . 6
39
Figura 3.6 – Bancada Experimental de Ensaios
40
A bancada de testes foi equipada com a seguinte instrumentação: Conjunto manifold de
refrigeração com manômetros de alta pressão (faixa0 a 500 Psi,) e de baixa pressão (faixa -30
a 120 Psi) (Figura 3.8); Controlador digital de temperatura, (Figura 3.9) e Multímetro digital
modelo DT-266, (Figura 3.10).
41
Os dados de temperaturas foram obtidos utilizando Termopares do tipo “T” com a
junção no centro do tubo de cobre, conforme Normas Brasileiras (NBR 12863). Foram
utilizados 5 termopares distribuídos da seguinte forma: temperatura de entrada (T1) e
temperatura de saída (T2) do evaporador, temperatura de entrada (T3) e temperatura de saída
(T4) do condensador e temperatura de entrada do compressor (T5), conforme a indicação das
posições dos termopares na entrada do instrumento para monitoramento e aquisição dos dados.
As medições referentes às pressões foram realizadas com o conjunto de manômetros de
alta pressão e baixa pressão, localizados respectivamente depois da descarga do compressor e
na saída do tubo capilar de expansão.
A temperatura da água na cuba do evaporador foi medida através do controlador digital
de temperatura regulando a atuação do refrigerador, sendo o setpoint de temperatura ajustado
para 10 °C.
Condensador Condensador
ORIGINAL MODIFICADO
SECO ÚMIDO
42
com a temperatura da sala, então o refrigerador é ligado, sendo monitorados todos os
parâmetros e o intervalo de tempo da partida até o instante em que o refrigerador é desligado
pelo controlador com o setpoint ajustado em 10 °C. Todos os dados da aquisição são
armazenados em planilha eletrônica para processamento e cálculo dos parâmetros e formatação
de gráficos comparativos. Os ensaios foram repetidos 3 vezes e considerados a média dos
valores de cada parâmetro para calcular os tempos e o coeficiente de performance COP, como
também a transferência de calor do evaporador e do condensador, e obtenção dos gráficos
pressão versus entalpia especifica (P x h). Finalmente os resultados de todas as configurações
testadas são comparados.
8
9:; =
= <. =
Onde:
=á>?@ . (⍴( . ℎ( − ⍴ . ℎ )
8 =
A"
Onde:
43
=á>?@ = Volume de água de uma batelada;
⍴( . ℎ( = Produto da densidade pela entalpia da água na temperatura inicial
⍴ . ℎ =Produto da densidade pela entalpia da água na temperatura final
A" = Tempo de resfriamento do estado inicial para o final
Parâmetros fixos considerados:
V (dm3) 2
Ti ( oC ) 28
Tf ( oC ) 10
⍴i (kg/dm )3
0,997
⍴f (kg/dm )3
1,000
Hi (kJ/kg) 117,370
Hf (kJ/kg) 42,021
V (Volts) 220
I (Ampére) 0,6
Cpi (kJ/kg.K) 4,177
Cpf (kJ/kg.K) 4,195
44
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este capítulo apresenta os resultados obtidos nos ensaios de desempenho para avaliar o
comportamento do sistema de refrigeração domestica investigado na condição original e com
as modificações propostas para o Condensador, que tem a função no ciclo termodinâmico de
dissipar calor para o meio ambiente.
Para efeito comparativo é feito primeiramente uma análise do efeito da convecção
forçada sobre a convecção natural nos resultados de desempenho obtidos nos ensaios das 6
configurações testadas, considerando o sistema frigorífico com Condensador Original e em
seguida com Condensador Modificado (com revestimento poroso) nas condições seca e
umidificada. Discute-se ainda, os resultados entre todas as configurações propostas em relação
à configuração original do sistema de refrigeração comercial estudado.
45
Condensador Original: seco, convecçao natural Condensador Original: seco, convecçao forçada
75 75
70 70
65 65
60 60
55
55
50 T1
50
Temperatura (°C)
T2
Temperatura (°C)
45
T3 45 T1
40
T4 40 T2
35 Tag 35 T3
30
30 T4
25 Tag
25
20
15 20
10 15
5 10
0 5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 0
Tempo (min) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (min)
Verifica-se que o efeito da convecção forçada sobre a convecção natural com relação às
temperaturas T3 e T4 de entrada e saída do condensador é muito significativa o que propicia
uma maior dissipação térmica para o meio ambiente e, portanto, maiores Efeito Frigorífico e
Coeficiente de Eficácia.
46
Condensador Modificado: umido, convecçao forçada
Condensador Modificado: seco, convecçao natural
75
75
70 70
65 65
60 60
55 55
50 T1 50
Temperatura (°C)
Temperatura (°C)
45 T2 45
T3 T1
40 40
T4 T2
35 35
Tag T3
30
30 T4
25 Tag
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tempo (min)
Tempo (min)
O tempo de uma batelada para o ensaio do Condensador Original Seco com convecção
forçada reduziu de aproximadamente 25% em relação à convecção natural. As Temperaturas
médias de entrada (T3) e saída (T4) do Condensador Original Seco com convecção natural
reduziram, respectivamente, de 59 e 40 para 55 e 54oC com convecção forçada. No Evaporador
as Temperaturas médias de entradas (T1) e saída (T2) mantiveram-se em 20 e 21oC para
convecção natural e em 23 e 27oC quando na configuração com convecção forçada. Como
consequência, o Coeficiente de Eficácia aumentou de 1,34 para 2,04 respectivamente.
47
Verifica-se que com o Condensador Modificado e úmido o efeito da convecção forçada
sobre a convecção natural com relação às temperaturas T3 e T4 de entrada e saída do
condensador foi significativo, propiciando maiores Efeito Frigorífico e Coeficiente de Eficácia.
48
Condensadores PC (Psi) Pe (Psi)
Média da Pressão
450
400
350
300
Pressão (Psi)
250
200
150 PCond. (Psi)
100 Pevap. (Psi)
50
0
Original Original Modificado Modificado Modificado Modificado
com com seco e seco e úmido e úmido e
convecção convecção convecção convecção convecção convecção
natural forçada forçada natural forçada natural
Condensadores
49
Na tabela 3, é mostrado os valores do COP, para cada configuração ensaiada.
Ciclo COP
Original com convecção natural 1,55
Original com convecção forçada 2,30
Modificado seco e convecção natural 1,34
Modificado seco e convecção forçada 2,04
Modificado úmido e convecção natural 2,56
Modificado úmido e convecção forçada 2,67
50
Gráfico 4.6 – Diagrama p x h do ciclo de refrigeração Moller ideal
51
CAPÍTULO 05 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1- CONCLUSÕES:
O trabalho teve como finalidade fazer uma análise térmica experimental em uma
bancada de teste de um sistema de refrigeração comercial (bebedouro d’água), avaliando o
comportamento do sistema original com as diversas configurações propostas com o
condensador modificado.
O Coeficiente de Eficácia (COP) com o condensador original com convecção natural,
apresentou um valor de 1,55 e a Temperatura média do Condensador de 70oC a 55 ºC superior
conforme Venturini e Pirani (2005) Para esse tipo de aplicação.
A configuração de melhor COP (2,67) foi ao sistema equipado com Condensador
Modificado Úmido e com convecção forçada por eletro ventilador, sendo 72 % maior que a
configuração original.
O sistema equipado com Condensador Modificado Úmido e com convecção natural
apresentou um COP de 2,56, sendo 65 % maior que a configuração original. Esta configuração
não utiliza eletro ventilador o que simplifica e favorece a relação custo versus benefício.
Portanto, apresenta um menor consumo de energia comparado ao condensador original. Pode-
se verificar neste trabalho que o condensador Modificado com convecção natural, quando
umidificado, gastou 444 segundos para resfriar dois litros de água que se encontrava na
temperatura de 28 0C, até à temperatura de 10 0C, enquanto que o condensador original com
convecção natural gastou 731 segundos para resfriar a mesma quantidade de água para uma
mesma faixa de temperatura, e como consumo de energia é calculado pelo produto da potência
requerida para o funcionamento do sistema e o tempo necessário à ocorrência resfriamento.
Desta forma pode-se concluir que o condensador modificado úmido e com convecção natural é
o que melhor se adapta ao sistema proposto.
Em contrapartida, o condensador Modificado Seco com convecção natural apresentou
um COP de 1,34, desta maneira o condensador original teve um desempenho melhor,
aproximadamente de 14%. Desta forma, pode-se verificar que a eficácia do sistema evaporativo
proposto é relevante quando se tem um elemento umidificador atrelado ao meio dissipativo, o
qual contribui para uma maior troca de calor com o meio externo. Desta forma, não tem sentido
52
a utilização de revestimento poroso para operar a seco, pois aumenta a resistência dissipativa
em comparação com o Condensador Original.
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOSSAT, R., J., 1980, “Princípios de Refrigeração”, Editora Hemus, São Paulo
FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual do conforto térmico.5 ed. São Paulo: Nobel, 2000.
LIAO, C. M.; KUN- HUNG, C. Wind Tunnel Modeling the System Performance of
Alternative Cooling pads in Taiwan Region. BuildingandEnvironment 37. p.175–186. 2002.
55
MIHAI, I.; MILICI, D.; CRASI, M. Experimental Determination Of Temperature In One
Stage Vapor Compression Refrigeration Cycle. Annals of the Oradea University.Fascicle of
Management and Technological Engineering, Volume VII (XVII), 2008.
Pirani, M. J. – Engenharia da Refrigeração e Ar- condicionado - Universidade Federal de Itajubá UNIFEI 2011.
SARKET, M., KIM E., MOON, C. G., YOON, J. I. Performance characteristics of the
hybrid closed circuit cooling tower. Energy and Building, v. 40, Issu 8, 2008, 1528-1535.
56
TERUEL, B.; SILVEIRA, P.; MARQUES, F.; CAPPELLI, N. Interface Homem-Máquina
para Controle de Processos de Resfriamento com Ar Forçado Visando à Economia de
Energia.Ciencia Rural, Santa Maria, v. 38, n. 3, p. 703-710, 2008.
WANG, S.; XU, X. Effects of alternative control strategies of water evaporative cooling
systems on energy efficiency and plume control: Acasestudy.Building and Environment 43.
p. 1972-1989. 2007.
57
Apêndices
58
Experimento realizado com condensador original com convecção forçada
59
Experimento realizado com modificado seco com convecção forçada
60
Experimento realizado com condensador modificado seco com convecção natural
61
T1-temperatura na entrada do evaporador.
T2-temperatura na saída do evaporador.
T3-temperatura na entrada do condensador
T4-temperatura na saída do condensador.
T5-temperatura na entrada do compressor(sucção).
I-corrente (A) amperagem.
PC-pressão no condensador. (psi)
PE-pressão no evaporador. (psi)
TR-tempo de resfriamento. (min:seg)
Volume de água na cuba: 2,0 litros.
Temperatura ambiente: 29 0C.
Umidade do ar: 63%.
Desligamento do sistema: Quando a água atinge 10c0
Reativação do sistema: Quando a água atinge 12c0
Água natural: 28.5c0
Água resfriada: 10c0
Volume de água (evaporada) gasta no banho do recheio de gesso no condensador: 500 ml
T1 21 21 20,7 21
T2 23,8 24,1 24 23,8
T3 61,5 62,5 64,4 61,5
T4 41,3 44 45 41,3
T5 44,6 45.6 46,2 44,6
I 0,85 0,80 0,85 0,85
Pc 210 240 235 210
Pe 35 32 30 35
tr 439s 440s 455 444s
62
TR-tempo de resfriamento. (min:seg)
Volume de água na cuba: 2,0 litros.
Temperatura ambiente: 29 0C.
Umidade do ar: 63%.
Desligamento do sistema: Quando a água atinge 10c0
Reativação do sistema: Quando a água atinge 12c0
Água natural: 28.5c0
Água resfriada: 10c0
Volume de água (evaporada) gasta no banho do recheio de gesso no condensador: 800 ml
63