Professional Documents
Culture Documents
A notícia da morte do Rev. William Branham veio como um grande choque para
todos nós que o amávamos. É uma questão de história que o seu ministério sob
Deus liderou um reavivamento apostólico que varreu o mundo todo. Em nosso
artigo “William Branham Como Eu O Conheci”, tentamos avaliar o seu
ministério e seu impacto e responder a pergunta feita por muitos: por que ele
teve que partir? Nós bem lembramos o que aconteceu logo após o fim da
Segunda Guerra Mundial. Os grandes evangelistas, Dr. Charles S. Price, Aimée
Semple McPherson, e Smith Wigglesworth, todos morreram dentro de um curto
espaço de tempo. Muitas pessoas começaram a se perguntar se os dias de
reavivamento haviam terminado. Na verdade, alguns pregavam que eles tinham
acabado. Mas quase que simultaneamente com a sua passagem, Deus levantou
William Branham e depois dele muitos outros para levar adiante uma nova onda
de avivamento que atingiu quase todas as nações do mundo livre. A ordem de
Deus para Josué com a morte de Moisés é nossa hoje:
Moisés, Meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e
todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a
planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como Eu disse a Moisés. (Josué 1:2-3).
Nós, que estivemos associados com William Branham durante os anos que
entram em destaque temos fortes convicções de que chegou a hora de um novo
movimento, um novo avivamento que vai colher os campos de grãos maduros.
Também sinto que este será o último grande reavivamento antes da vinda de
Cristo. É uma estranha coincidência que, com esta edição dedicada a William
Branham, devemos estar prestes a fazer um dos anúncios mais importantes que
nós já fizemos. Acreditamos que este passo que estamos prestes a tomar terá
consequências de longo alcance. Compete às palavras de Cristo em Mateus 9:37-
38.
(...)
Seu parceiro,
Gordon Lindsay
2
Por Gordon Lindsay
3
Atendemos o funeral em Jeffersonville, Indiana, no dia 29 de Dezembro de
1965. O Rev. e senhora T. L. Osborn, Rev. A. C. Valdez, Rev. Mattson-Boze, e eu
mesmo fomos solicitados a sentar na plataforma. Ministros locais como Donald
Ruddel, Willard Collins e Raymond Jackson trouxeram breves mensagens. A
mensagem principal foi dada por Orman Neville, o pastor associado do
Tabernáculo Branham.
O Rev. Neville leu algumas linhas tiradas do último culto do irmão Branham na
Califórnia. Elas eram: “Você não está agradecido de Cristo ter as chaves para
abrir a porta chamada morte? Ele me guiará além do rio. Algum dia eu devo
chegar àquela porta. Eu estarei envolto nos mantos de justiça. Ele me chamará
da morte. Ele tem prometido isto, e eu o creio”.
Fui associado com William Branham como seu administrador por vários anos
durante o tempo em que seu ministério encabeçou o grande avivamento de
libertação que varreu ao redor do mundo. Eu, portanto, estou tomando a
liberdade de fazer alguns poucos comentários sobre a vida de um homem que
tem provocado tão grande impacto sobre o mundo.
Conhecer o irmão Branham era amá-lo. Sua natureza era terna e bondosa, e
suas sensibilidades reagiam profundamente ao sofrimento e a dor dos outros.
Tão grande foi sua compaixão pelo enfermo e aflito que ele às vezes permitiu
sua própria saúde sofrer enquanto orava por longas horas por intermináveis
filas de doentes. Por um momento ele carregou, como se diz, o peso de um
mundo sofrido sobre os seus frágeis ombros, até que finalmente Deus tornasse
conhecido a ele de que sua responsabilidade deveria ser compartilhada por
outros.
Havia uma característica em seu ministério que fez dele intensamente amado
pelas multidões que o ouviam – foi a sua simples humildade. No início dos seus
dias ele nada havia conhecido senão os sofrimentos da pobreza, necessidades e
tristezas esmagadoras, um homem que tinha até mesmo o pouco da vida tirada
de sua posse. Como ele frequentemente contava a história, sua família era a
mais pobre das pobres. Por um longo tempo ele foi incapaz de bancar o mais
simples dos aparelhos domésticos convencionais. Uma vez ele perdeu uma
confortável cadeira para uma companhia de finanças, não sendo capaz de
manter os pagamentos. Para pagar as despesas ele trabalhava como um guarda
florestal em Indiana, porém era generoso para impor multas, ainda que fosse
sua única fonte de renda.
4
estava endossando esta ou aquela visão, mas que Deus o havia chamado para
unir a igreja e não para dividi-la.
Mas quando chegava a questão de seu próprio chamado não havia dúvida ou
hesitação. Quando debaixo da unção de Deus, ele falava corajosamente, e
quando eu testemunhava o dom isso era praticamente infalível. Nas várias
5
centenas de vezes que eu o ouvi falar sob a unção, ele sem errar falava
publicamente os segredos dos corações dos homens – coisas que ele não tinha
meio possível de conhecer. A vida da pessoa era frequentemente mudada
daquele momento em diante.
É somente humano para as pessoas perguntarem por que Deus tiraria o irmão
Branham neste tempo quando sua vida havia tido tão grande utilidade. Antes de
respondermos isto, teríamos primeiro que explicar por que João Batista, “o
maior homem nascido de mulher” do seu dia foi decepado com trinta anos de
idade. Jesus estava no auge de Seu ministério naquele tempo, porém Ele não
moveu um dedo Seu para salvar a vida de João. Esta aparente negligência de
fato inspirou uma dúvida na mente de João se Jesus era realmente o Cristo
(Mateus 11:3).
Não há falta de provas de que Deus por Suas próprias razões tira alguns de Seus
santos escolhidos da terra enquanto eles estão no princípio da vida. Tal foi o
caso de Elias. O período de seu ministério sobreviveu por cerca de 14 anos. Não
existe qualquer indicação de que ele fosse um homem velho. Sua vida foi
marcada por uma série de milagres tais como nunca fora conhecido antes em
Israel desde os dias de Moisés. Durante a última parte de seu ministério isso
brilhou em seu brilho mais intenso. Todavia Elias foi subitamente tirado da
terra.
6
A morte ou julgamento de alguns grandes santos tem frequentemente tido o
peculiar resultado de comover aqueles que têm sido deixados para trás. Quando
Paulo foi posto na prisão, ao invés dos outros ministros serem desencorajados
de seguirem em frente, isso teve o efeito de torná-los mais determinados do que
nunca para o labor por Cristo (Filipenses 1:14).
Depois também, Deus pode ver que o ministério de um homem especial tem
alcançado sua realização e de que é tempo para levá-lo para o lar. Moisés queria
conduzir Israel até o Jordão, e parecia depois que Israel necessitava dele mais
do que em qualquer outro tempo, porém Deus reservou este ministério de
conduzir o povo além do Jordão para outro – Josué.
Uma coisa parece estar clara. Deus tira alguns dos Seus excelentes líderes do
caminho para que outros que Ele tem especialmente ungido sejam incentivados
a sair na fé. Os discípulos de João Batista estavam muito irados visto que Jesus
estava conseguindo uma audiência maior e mais convertidos do que João (João
3:26; 4:1). Até que Elias fosse tirado, seu grande sucessor Eliseu não era mais do
que o “filho de Safate que derramava água nas mãos de Elias” (II Reis 3:11).
Tiago, um dos três principais apóstolos teve que morrer uma morte violenta
antes que as pessoas começassem realmente a orar pelos apóstolos.
Aparentemente as orações sem cessar da igreja salvaram Pedro de um destino
similar (Atos 12). Até então eles pensavam de Pedro como o homem a ser
chamado quando eles desejassem que uma pessoa morta ressuscitasse ou um
homem cuja sombra curasse o doente, ao invés de um homem que necessitasse
de oração (Atos 5:19; 9:36-43). Tudo isso era verdade, porém Pedro precisava
das orações das pessoas mais do que alguma vez antes. Atos 14:8-18 mostra
algumas coisas que homens os quais são grandemente ungidos de Deus tem que
seguir do começo ao fim.
Não cremos que a morte povo de Deus é para a misericórdia dos elementos,
porém se eles colocarem suas almas nas mãos de Deus em fé, Deus os
conservará todos os dias de sua vida na terra e quando aquele tempo é chegado
os levará para o lar na glória.
“Tu me guias com Teu conselho, e depois me recebes na glória. Quem tenho eu
no céu senão a Ti? E não há nada sobre a terra que eu deseje além de Ti” (Salmo
73:24-25).
Uma coisa pode ser dita com certeza. Poucos homens no tempo em que
aquinhoou para o seu ministério têm realizado tanto quanto nosso irmão
Branham. O testemunho do escritor é que seu ministério tem poderosamente
afetado sua própria vida. Ele considerou uma grande honra ter estado associado
com William Branham durante os anos em que eles trabalharam juntos.
7
Anotações do Ministério de
William Branham
Por Gordon Lindsay
Naquela tarde, eu fui embora para um lugar secreto para orar e ler a Bíblia;
fiquei em profunda oração; parecia que toda a minha alma se separaria de
mim. Eu chorei diante de Deus... Coloquei a minha face no chão. Olhei para
Deus e clamei: “Se Tu me perdoares pela maneira que eu tenho agido, eu
tentarei agir melhor... Sinto muito que eu tenha sido tão negligente por todos
estes anos ao fazer a obra que Tu querias que eu fizesse... Falarás comigo de
alguma forma, Deus? Se Tu não me ajudares, eu não posso ir em frente”.
Então, ao longo da noite, por volta das onze horas, eu mal parei de orar e
estava sentado quando notei uma luz piscando na sala. Pensando que alguém
estava vindo com uma lanterna eu olhei para fora da janela, mas não havia
8
ninguém, e quando eu olhei para trás, a luz foi se espalhando no chão,
tornando-se mais ampla. Agora, sei que isso parece muito estranho para você,
como foi para mim também. Quando a luz estava se espalhando, certamente
que eu fiquei agitado e comecei a me levantar da cadeira, mas quando olhei
para cima, pendia aquela grande estrela. No entanto, ela não tinha cinco
pontas como uma estrela, mas mais parecia uma bola de fogo ou uma luz
brilhando no chão. Só então eu ouvi alguém caminhando no chão, o que me
assustou mais uma vez, já que eu não sabia de ninguém que estivesse vindo ali
além de mim mesmo. Agora, através da luz, eu vi os pés de um homem vindo
em minha direção, tão naturalmente quanto você viria até a mim. Ele parecia
ser um homem que, em peso humano, pesaria cerca de noventa quilos, vestido
com uma túnica branca. Ele tinha um rosto liso, sem barba, cabelo escuro até
os ombros, de tez bastante escura, com um semblante muito agradável, e
aproximando-se, os seus olhos se encontraram com os meus. Vendo como eu
estava com medo, ele começou a falar. “Não temas. Sou enviado da presença
do Deus Todo-Poderoso para dizer-lhe que a sua vida peculiar e suas maneiras
não compreendidas têm acontecido para indicar que Deus enviou-lhe para
levar um dom de cura divina para os povos do mundo. Se você crer e for
sincero, e conseguir levar as pessoas a acreditar em você, nada ficará diante
de sua oração, nem mesmo o câncer”.
Nossa primeira reunião nos estados com o irmão Branham foi em 1947, no
Auditório Municipal, em Portland, Oregon. No terceiro dia, um evento ocorreu
de natureza dramática que mostrou ao povo o poder da fé. Aqui estão as
palavras reais que eu escrevi sobre esse evento:
10
Enquanto o público ouvia com muita atenção à pequena figura sobre a
plataforma, ninguém antecipava o surpreendente drama que estava prestes a
se desenrolar. Certamente que eu não tinha a intuição, e a interrupção que
estava prestes a ocorrer não poderia ter sido mais indesejável. Pois de repente
a nossa atenção foi dirigida a um homem distante nos fundos do edifício, que
estava a passos rápidos, aparentemente em direção à plataforma. A princípio
nós suspeitávamos que alguma emergência havia surgido; talvez alguém
tivesse desmaiado ou levado seriamente doente ao auditório. Mas quando ele
se aproximou, observou-se com não pouco medo de que o seu rosto sustentava
um sorriso demoníaco, como a sugerir que o homem era demente ou
violentamente insano e, aparentemente, havia escapado daqueles que o
tinham sob seus cuidados. Estávamos a aprender mais tarde o que de fato
teria sido ainda mais perturbador se tivéssemos sabido disso naquela ocasião,
de que o homem não era louco, e que ele não sabia o que estava fazendo, mas
era um personagem famoso e cruel que havia incorrido anteriormente em um
conflito com a lei por perturbar e interromper cultos religiosos. Penas de
prisão não lhe ensinaram uma lição, e agora vendo sua oportunidade de
causar uma grande comoção e novamente interromper um culto, tinha vindo
ele à frente para esse propósito.
Até os degraus ele caminhou sem parar. Agora ele estava na plataforma
assumindo uma atitude ameaçadora que a essa altura estava atraindo a
atenção de toda a congregação. Dois policiais robustos em pé nos bastidores,
tornando-se conscientes da distração, estavam prestes em vir para frente e
por as mãos sobre o perturbador, mas podemos ver que isso resultaria em
uma briga e a excitação criada poderia arruinar o culto. Além disso, o
evangelista tinha aparentemente se colocado em uma posição difícil, pois
havia acabado de declarar que tudo era possível ao que crê e que Deus sempre
ajudaria os Seus servos que pusessem Nele a sua confiança. Na verdade, a
reunião tinha alcançado um alto estado de expectativa, que a confiança nos
agentes da lei, embora, talvez, inteiramente justificável no presente caso, não
parecia ser a ordem divina. Nós não sabíamos nada mais o que fazer, mas
apressadamente os policiais acenaram para trás e chamaram a atenção para
o evangelista, quanto ao que estava acontecendo. Mas ele próprio já estava
consciente de que algo estava errado. Falando baixinho para o público e
solicitando para que as pessoas se unissem a ele em silenciosa oração, virou-se
para conhecer o estranho desafio deste antagonista do mal.
A Sr.ª T. L. Osborn estava nesta reunião, e ela ficou tão impressionada que ela
contou ao seu marido. Ele veio na noite seguinte e ficou tão comovido que de
acordo com o seu testemunho, ele se isolou em jejum e oração até que Deus lhe
deu um grande ministério de fé.
13
No ano de 1950 nós fomos com o grupo Branham para a Finlândia. Um evento
aconteceu enquanto estávamos em Kuopio que nunca será esquecido pelos
membros do grupo. Foi a ressurreição à vida de uma criança que havia sido
morta em um acidente automobilístico, circunstâncias das quais haviam sido
previamente mostradas ao irmão Branham em uma visão. Vamos deixar que o
pastor em Kuopio, nesse momento conte a história.
diogenes.dornelles@yahoo.com.br
http://diogenestraducoes.webnode.com.br
www.palavracriativa.org.br
15