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Aula 02
Direito do Trabalho - Pós Reforma p/ TST 2017 (Analista Judiciário - Área Judiciária)
Com videoaulas
AULA 02
Relações de trabalho e emprego. Empregado e
empregador.
Sumário
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da
Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
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Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador autônomo
Trabalhador eventual
Empregado urbano
Estagiário
Empregado rural
etc.
Empregado doméstico
Aprendiz
etc.
Subordinação
jurídica
1
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 283.
➢ Subordinação
A subordinação é tida como o elemento mais marcante para a configuração da
relação de emprego, e ela se verifica quando o empregador tem poder diretivo
sobre o trabalho do empregado, dirigindo, coordenando e fiscalizando a prestação
dos serviços executados pelo trabalhador.
A doutrina já conferiu à subordinação, ao longo do tempo, as dimensões técnica,
econômica e jurídica.
A subordinação (ou dependência) seria técnica porque seria do empregador o
conhecimento técnico do processo produtivo; seria econômica porque o
empregado dependeria do poder econômico do empregador; por fim, seria
jurídica porque o contrato de trabalho, assim como o poder diretivo do
empregador, tem caráter jurídico.
Atualmente há consenso doutrinário de que a subordinação da relação
empregatícia tem viés jurídico.
➢ Onerosidade
Na relação de emprego o trabalhador coloca sua força de trabalho à disposição
do empregador para receber contraprestação salarial. Deste modo, a relação
empregatícia é onerosa.
A legislação prevê diferentes possibilidades de contraprestação salarial:
pagamento em dinheiro, pagamento em utilidades, parcelas fixas, parcelas
variáveis, prazos de pagamento diário, semanal, mensal. Em todos esses casos
poderemos identificar a onerosidade da relação empregatícia.
E se o trabalhador colocou sua força de trabalho à disposição do empregador,
mas, descumprindo a lei, este último deixou de pagar os salários devidos; isto
retira o caráter oneroso da relação estabelecida entre as partes?
A resposta é negativa. O atraso (ou inadimplemento) do salário não retira o
caráter oneroso da relação de emprego.
Nos casos onde o empregador não paga salários, ou até mesmo impõe uma
situação de servidão disfarçada (onde há prestação de serviços sem a
contraprestação salarial) deve-se analisar o animus contrahendi.
Podemos definir o animus contrahendi como a intenção das partes (notadamente
do prestador dos serviços) ao firmar a relação de trabalho: o empregado
disponibilizou sua força de trabalho com interesse econômico, objetivando
receber salário?
Se a resposta for positiva, configurar-se-á a onerosidade (mesmo que no caso
fático o empregador não tenha cumprido sua parte – pagamento do salário).
Se a resposta for negativa, ou seja, a pessoa realizou o trabalho sem intenção
onerosa, não poderemos entender a relação como um vínculo de emprego. Este
é o caso do trabalho voluntário, como veremos no próximo tópico desta aula.
➢ Não eventualidade
Se a pessoa trabalha de modo apenas eventual, teremos uma relação de
trabalho, mas não poderemos enxergá-la como relação de emprego. Este seria o
caso de um trabalhador eventual, como veremos adiante, cujo labor é prestado
de forma esporádica.
Para configuração da relação de emprego a prestação laboral deve ser não
eventual, ou seja, o trabalhador deve disponibilizar sua força de trabalho de
forma permanente.
até mesmo somente em finais de semana. Em outros casos, até abrem todos os
dias, mas como o público frequentador é muito maior aos sábados e domingos,
uma parte dos empregados não labora em todos os dias da semana.
Apesar de não trabalharem todos os dias, existe a prestação laboral em caráter
permanente, ao longo do tempo, para o mesmo empregador. Assim, não
podemos dizer que este trabalho seja esporádico; ele tem caráter de
permanência.
Atentem para o fato de que a permanência (aludida no parágrafo anterior) não
é sinônima de continuidade.
A continuidade está expressa na LC 150/15 (que dispõe sobre a profissão do
empregado doméstico, objeto de estudo em tópico específico desta aula):
CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços
de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.
≠
LC 150/2015, art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que
presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por
mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
2
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 44.
Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador
autônomo
Empregado urbano
Trabalhador eventual
Empregado rural
Estagiário
Empregado doméstico
etc.
Aprendiz
etc.
2.2.1 - Estágio
O estágio é regulado pela Lei 11.788/08, que define estágio como “ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental,
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”.
Estagiário
Instituição de Concedente do
ensino
Estágio estágio
3
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 340.
2.2.4 – Cooperados
O cooperativismo surgiu para que pessoas que desenvolvem atividades
semelhantes possam ter melhores condições de oferecer seus produtos e serviços
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 288.
5
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p.
178.
6
O dispositivo continua vigente, mesmo havendo uma nova lei que regula especificamente as
Cooperativas de Trabalho – Lei 12.690/2012.
7
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
8
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 331.
Além dos avulsos portuários (que laboram nos portos e cercanias) existe também
trabalho avulso em regiões do interior, situação regulamentada pela Lei
12.023/09, que dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias em
geral e sobre o trabalho avulso.
De acordo com esta lei os avulsos regidos por ela (o que exclui os avulsos
portuários, regidos por lei própria) realizarão atividades de movimentação de
mercadorias em geral, desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo
empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da
categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução
das atividades.
O conceito de movimentação de mercadorias foi objetivamente definido em seu
artigo 2º:
Lei 12.023/09, art. 2º São atividades da movimentação de mercadorias
em geral:
I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura,
pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento,
acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem,
arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com
empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em
feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras;
II – operações de equipamentos de carga e descarga;
III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das
operações ou à sua continuidade.
Por fim, apesar de não se tratar de emprego, a própria lei prevê a aplicação da
CLT no que diz respeito à fiscalização e imposição de multas aos salões de beleza:
Lei nº 12.592/2012, art. 1º-D O processo de fiscalização, de autuação e de
imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de
maio de 1943.
Subordinação
jurídica
relação de emprego), e com isso não restava dúvida de que havia a relação de
emprego.
Deste modo, o tratamento a ser dado ao empregado que executa suas tarefas no
seu domicílio deve ser o mesmo dos empregados em geral; a questão abaixo,
incorreta, tentou confundir a situação do empregado a domicílio com o
doméstico, que são situações completamente distintas:
Cespe/MPU – Analista Processual - 2010
Ao empregado em domicílio, entendido como aquele que presta serviços na
residência do empregador, são assegurados os mesmos benefícios
definidos em lei para o empregado doméstico.
9
No art. 62, II, da CLT se enquadra o gerente geral das agências bancárias, que deixará de contar
com as regras protetivas do Capítulo [Da Duração do Trabalho] se receber adicional de função não inferior a
40%. Já no art. 224, §2º, da CLT se enquadram os demais gerentes (gerente de contas, gerente de
relacionamento, etc.).
Trabalho em
Trabalho prestado a
propriedade rural Empregado rural
empregador rural
ou prédio rústico
Ressaltamos, ainda, o cancelamento das OJs 315 e 419 ao final de 2015, por
perda de consenso a respeito do assunto:
OJ-SDI1-315 MOTORISTA. EMPRESA. ATIVIDADE PREDOMINANTEMENTE
RURAL. ENQUADRAMENTO COMO TRABALHADOR RURAL
É considerado trabalhador rural o motorista que trabalha no âmbito de
empresa cuja atividade é preponderantemente rural, considerando que, de
modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e cidades.
Lei 5.889/73, art. 1º As relações de trabalho rural serão reguladas por esta
Lei e, no que com ela não colidirem, pelas normas da Consolidação das Leis
do Trabalho.
Além disso, é bom relembrar que o artigo 7º da Constituição Federal também se
aplica aos rurícolas, por força de seu caput:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social (...)
Veremos as demais disposições da Lei 5.889/73 nas aulas próprias
(remuneração, jornada de trabalho etc).
Subordinação
jurídica
Vimos quanto ao empregado urbano que seu empregador pode ter ou não
finalidade lucrativa, e que isto seria indiferente para a configuração do vínculo de
emprego.
No caso do trabalho doméstico a situação muda de figura: só podemos falar em
empregado doméstico quando o serviço seja prestado com finalidade não
lucrativa (a pessoa ou família).
Assim, para que configuremos o labor doméstico os serviços prestados não
podem ter a finalidade de produzir mercadorias ou serviços para revenda.
Se o caseiro da chácara (ambiente urbano ou rural) cuida da horta, do galinheiro,
do pomar e o produto destas atividades se destina ao consumo da família, ele
poderá se enquadrar como doméstico (atendidos os demais requisitos). Se as
frutas, hortaliças e ovos são comercializados, o caseiro é força de trabalho
utilizado em processo produtivo, então não será doméstico.
Acerca do tipo de trabalho, vejam na definição da lei que este requisito não é
distintivo, motivo pelo qual a prestação de labor sem finalidade lucrativa no
âmbito residencial, como os prestados por enfermeira particular, mordomo,
caseiro, cozinheira, etc., podem, todos, enquadrar-se como doméstico.
Desta forma, podemos dizer que a natureza do serviço prestado não é relevante
para a caracterização do vínculo empregatício.
Em relação ao empregador doméstico, percebam que este é pessoa física ou
família: é inadmissível em nosso ordenamento empregador doméstico pessoa
jurídica.
Além de pessoa física e família, a doutrina admite que grupo unitário de pessoas
(como república estudantil) possa tomar trabalho doméstico.
Este tema foi explorado pela FCC na seguinte questão:
FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011
Karina e Mariana residem no pensionato de Ester, local em que dormem e
realizam as suas refeições, já que Gabriela, proprietária do pensionato,
contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline reside
em uma república estudantil que possui como funcionária Helena,
responsável pela limpeza da república, além de cozinhar para os estudantes
moradores. Abigail e Helena estão grávidas. Neste caso,
(A) nenhuma das empregadas são domésticas, mas ambas terão direito a
estabilidade provisória decorrente da gestação.
(B) ambas são empregadas domésticas e terão direito a estabilidade
provisória decorrente da gestação.
(C) somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a
estabilidade provisória decorrente da gestação.
(D) somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito a
estabilidade provisória decorrente da gestação.
(E) ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito a
estabilidade provisória decorrente da gestação.
Continuidade
Onerosidade
Empregado doméstico Não eventualidade
O segundo grupo trata dos direitos que eram assegurados aos urbanos e rurais
e não aos domésticos, aplicando-se agora a estes últimos de forma imediata:
Abaixo um quadro do terceiro grupo, dos direitos que foram ampliados pela EC
72/2013 atendidas as condições que a lei estabelecer12 (ressalta-se que,
atualmente, tais condições já foram estabelecidas pela LC 150/2015):
10
Normas de Segurança e Saúde no Trabalho, também conhecidas como Segurança e Medicina do
Trabalho.
11
Acordos Coletivos de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho.
12
Seriam normas de eficácia limitada, como estudamos em Direito Constitucional.
13
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
3.4 – Aprendiz
Comentaremos nesta seção da aula os tópicos mais relevantes da Consolidação
das Leis do Trabalho e do Decreto 5.598/05, que regulamenta a contratação de
aprendizes e dá outras providências.
Aprendiz é o maior de 14 e menor de 24 anos que celebra contrato de
aprendizagem (a idade máxima não se aplica a aprendizes portadores de
deficiência).
Conforme artigo 428 da CLT, contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador
se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos inscrito em
programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível
Aprendiz
Instituição de
ensino de
aprendizagem Aprendizagem Empregador
(Sistema “S” ou
similares)
Aprendizagem Estágio
De trabalho lato sensu (não é
Relação De emprego
relação de emprego)
Aprendiz, empregador e
Agentes entidade qualificada em Estagiário, concedente de
envolvidos formação técnico- estágio e instituição de ensino
profissional metódica
Contrato escrito de
aprendizagem (é
Formalização Termo de Compromisso
contrato especial de
trabalho)
A aprendizagem Não é relação de emprego,
CTPS* demanda registro na então não há registro em
CTPS CTPS
5% a 15% dos
trabalhadores cujas Não há obrigatoriedade legal
Cota legal
funções demandem de se manter estagiários***
formação profissional**
Não superior a 2 anos, Não poderá exceder 2 anos,
exceto quando se tratar exceto quando se tratar de
Duração
de aprendiz portador de estagiário portador de
deficiência deficiência
Regulamentação CLT e Decreto 5.598/05 Lei 11.788/08
* Carteira de Trabalho e Previdência Social
** ME/EPP e as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação
profissional estão dispensadas de contratar aprendizes.
*** Caso a empresa mantenha, deve respeitar os limites máximos definidos na lei (varia
de acordo com a quantidade de empregados do estabelecimento).
3.6 – Teletrabalhador
A CLT, com o advento da Lei 13.467/2017, passou a prever regras específicas
para o teletrabalho (também chamado de home-office).
Nesta modalidade, por meio dos recursos tecnológicos (internet, aplicativos de
comunicação etc) o empregado trabalha à distância durante a maior parte do
tempo, mas não chega a ser considerado um trabalhador externo. Em muitos
casos, o empregado trabalha da sua própria residência.
Vejam como o legislador definiu tal modalidade:
CLT, art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador, com a
utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua
natureza, não se constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para
a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado
no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.
Por fim, registro que o teletrabalho é um dos assuntos em que o “negociado irá
prevalecer sobre o legislado” (CLT, art. 611-A), prevendo regras diferentes
daquelas previstas em lei.
Resumindo os principais pontos sobre o teletrabalhador (que vimos acima e
aqueles que ainda estudaremos no curso), temos o seguinte quadro:
Contrato de natureza
Empresa tomadora Empresa de
«» civil (intermediação «»
de mão de obra trabalho temporário
de mão de obra)
Trabalho subordinado
(entretanto não há Relação de trabalho
vínculo de emprego)
Trabalhador
temporário
14
RR-100-466.2014.5.09.0009, DEJT 30.9.2016.
15
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 400.
16
Lei 10.406/02, art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Ainda sobre a condição do MEI, cite-se que a Lei 8.213/91 (Plano de Benefícios
da Previdência Social), inclui, para a empregada do MEI, a mesma regra existente
para o trabalhador avulso (que não possui empregador) no tocante ao salário-
maternidade:
Lei 8.213/91, art. 72, § 3º O salário-maternidade devido à trabalhadora
avulsa e à empregada do microempreendedor individual (...), será pago
diretamente pela Previdência Social.
Sobre esta inovação jurídica, Amauri Mascaro Nascimento17 entende que
“Como por lei não é empregador mesmo que tenha um empregado, o seu
enquadramento jurídico na classificação tradicional do direito do trabalho
(...) pode ser explicada como figura especial sui generis de empregador com
algumas concessões legais de estímulo a suas atividades, em especial
quanto às obrigações tributárias. Logo, não se figura emprego entre o
empregado único e o microempreendedor.”
A figura do MEI, portanto, demanda análise apurada das reais condições em que
exerce suas atividades, podendo enquadrar-se tanto como empregador quanto
como empregado.
O MEI poderá ser considerado autêntico empregador se descumprir as condições
estabelecidas na Lei Complementar 128/08 (ter mais de um empregado, seu
empregado receber mais do que o piso salarial da categoria, ultrapassar o
faturamento máximo, etc.).
O pretenso MEI poderá, também, ter sua condição de empregado reconhecida,
caso despontem todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego.
Exemplo: a fiscalização trabalhista já encontrou obra de construção civil em que
os pedreiros e serventes de pedreiro não estavam registrados pela construtora;
esta última alegou que tinha contratos de prestação de serviços com os
trabalhadores, que eram “MEI”
É claro que não é este o objetivo da lei, e a empresa foi autuada e notificada a
registrar todos como empregados: é a aplicação do princípio da primazia da
realidade sobre a forma que, em questões de prova, surge em questões desta
maneira:
FCC/TST – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012
A descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços,
desde que no cumprimento do contrato se verifiquem os elementos fáticos
e jurídicos da relação de emprego, é autorizada pelo princípio do Direito do
Trabalho denominado
(A) boa-fé contratual.
(B) inalterabilidade contratual.
(C) primazia da realidade sobre a forma.
(D) continuidade da relação de emprego.
(E) intangibilidade salarial.
17
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 37 ed. São Paulo: LTr, 2012, p.
140.
Empregados
do posto 2
Antes Depois
Até então, havendo quadro societário idêntico entre duas ou mais empresas,
embora não houvesse direção, controle ou administração comum, o Poder
Judiciário vinha reconhecendo o grupo para fins trabalhistas. A partir da reforma
trabalhista, o legislador deixa claro que não basta a mera identidade de sócios
para o surgimento do grupo econômico. Para que reste caracterizado o grupo por
coordenação para fins trabalhistas, deve haver:
✓ demonstração do interesse integrado;
✓ efetiva comunhão de interesses; e
✓ atuação conjunta das empresas.
Buscando dar uma resposta exata a esta pergunta, a reforma trabalhista, inseriu
na CLT a regra quanto à responsabilidade do sucessor e do sucedido no caso de
sucessão empresarial (conforme já vinha entendendo o TST):
CLT, art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
Portanto, em regra, o sucedido não responde pelos débitos trabalhistas dos
contratos em vigor à época da sucessão, mesmo aqueles contraídos antes da
sucessão (em regra, apenas o sucessor responderá).
Por exemplo: na livraria que foi vendida para outros proprietários, os novos
proprietários (sucessores) irão responder pelas verbas trabalhistas dos contratos
que estavam em vigor, mesmo que sejam dívidas anteriores à venda.
É comum haver cláusula de não responsabilização na alteração de
titularidade de empresas: no contrato de venda, por exemplo, consta cláusula
onde “o adquirente se responsabiliza pelos valores devidos aos empregados a
partir da transferência de propriedade, e as dívidas anteriores permanecem sob
responsabilidade do antigo proprietário”.
Este tipo de cláusula tem validade no direito civil, à medida que permitirá ao
adquirente da empresa acionar o vendedor na Justiça caso tenha que assumir
dívidas antigas.
No âmbito do direito do trabalho, entretanto, esta cláusula não possuirá validade,
e o adquirente responderá pelas dívidas existentes, mesmo que originadas antes
19
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit. p. 429.
20
Idem, ibidem.
21
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
22
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 212.
23
CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por
Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 343-344.
24
Idem, p. 89.
25
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit. p. 241-242.
Lei 11.102/05, art. 161, § 1º Não se aplica o disposto neste Capítulo [DA
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL] a titulares de créditos de natureza
tributária, derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de
trabalho (...).
26CCB, art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social
com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente
solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Passado algum tempo, a empresa dispensa Alice e deixa de pagar suas verbas
rescisórias, alegando que não possui os recursos financeiros necessários.
Pergunta: Alice poderá também cobrar dos sócios da empresa? E do sócio que
havia se retirado (Huguinho)?
A resposta está no art. 10-A da CLT:
CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas
obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou
como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de
averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de
preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
27 Resumidamente, destaco que, em primeiro lugar, é feita a alteração no quadro societário. Em segundo, esta
5 – Questões comentadas
5.1 – Relação de trabalho e relação de emprego
1. FCC/TRT24 – Técnico Judiciário - 2017
Dentro do universo das relações jurídicas, encontram-se as relações de
trabalho e as relações de emprego. No tocante a essas relações, seus
sujeitos e requisitos, segundo a legislação vigente,
(A) se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.
(B) considera-se empregado toda pessoa física ou jurídica que prestar
serviços de natureza exclusiva e não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
(C) considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, mesmo
sem assumir os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço.
(D) são distintos o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o
executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, mesmo que
estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
(E) os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão
não se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
Comentários
Gabarito (A). Nesta alternativa a Banca transcreveu o art. 2º, §1º, da CLT:
CLT, art. 2º, § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos
da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
A letra (B), incorreta, por dois motivos. Primeiramente, empregado é apenas
pessoa física (ou, como alguns chamam, ‘pessoal natural’). Além disso, os
serviços prestados pelo empregado não têm natureza exclusiva.
A letra (C), incorreta, já que o empregador necessariamente assume os riscos
da atividade econômica (CLT, art. 2º, caput), de onde se extrai o elemento da
alteridade.
As letras (D) e (E), incorretas, contrariam o disposto no art. 6º da CLT:
CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento
do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a
distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de
emprego.
Subordinação
jurídica
Relações de Trabalho
Relações de emprego
Trabalhador avulso
Trabalhador
Empregado urbano autônomo
Empregado rural Trabalhador eventual
Empregado doméstico Estagiário
Aprendiz etc.
etc.
Subordinação
jurídica
Subordinação
jurídica
A mesma pessoa física pode ter mais de uma relação de emprego, com
empregadores distintos (mantendo com ambos, no caso, a não eventualidade).
Neste contexto, nota-se que não se exige exclusividade na prestação de serviços
para o reconhecimento do vínculo de emprego: estando presentes todos os
elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre eles a não
eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais
de um empregador.
Subordinação
jurídica
Continuidade
Onerosidade
Empregado doméstico Não eventualidade
Subordinação
jurídica
Por fim, a alternativa (E) tem 2 erros: um porque o avulso não é empregado (é
uma relação de trabalho em sentido amplo) e outro porque existe igualdade de
direitos, como previsto na Constituição:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
Alternativa (E): a alternativa começa muito bem, mas peca ao final, ao afirmar
que não existe equiparação do empregador por vedação legal. Ora, é justamente
no sentido oposto que dispõe o § 1º do art. 2º da CLT:
CLT, art. 2º, § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos
da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Contrato de
Empresa de
Empresa tomadora natureza civil
«» «» trabalho
de mão de obra (intermediação de
temporário
mão de obra)
Relação de emprego
Trabalho subordinado
(entretanto não há
vínculo de emprego)
Trabalhador
temporário
28
CF/88, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho;
(...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
29
CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação
de emprego.
(E) avulso.
Comentários
Gabarito (B), transcrição do dispositivo legal abaixo.
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa
física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à
demanda complementar de serviços.
Subordinação
jurídica
Continuidade
Onerosidade
Empregado doméstico Não eventualidade
A alternativa (C), por sua vez, errou no prazo máximo e na prorrogação dos
contratos a termo:
CLT, art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá
ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
CLT, art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita
ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem
determinação de prazo.
O prazo máximo do contrato de experiência (que é um contrato por prazo
determinado) é de 90 dias, e por isso a alternativa (D) está errada:
CLT, art. 445, parágrafo único. O contrato de experiência não poderá
exceder de 90 (noventa) dias.
A alternativa (E) inverteu a regra do art. 448 da CLT, recorrente em provas de
concurso público:
CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Comentários
Gabarito (E).
Podemos identificar a existência de grupo econômico no enunciado da questão.
Neste caso, segundo artigo 2º, § 2º, da CLT, as empresas do grupo serão
responsáveis solidárias:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora
tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob
direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou
financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações
decorrentes da relação de emprego.
A alternativa (C) está incorreta, já que, no caso de grupo econômico, a
responsabilidade é solidária:
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego.
A alternativa (D) está incorreta, em decorrência da OJ 411 da SDI-1 do TST:
411. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A
GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR
DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA.
(DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)
O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de
empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa
sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou
idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na
sucessão.
A alternativa (E) está incorreta, já que, havendo responsabilização solidária dos
integrantes do grupo econômico, fica clara a aplicação da desconsideração da
personalidade jurídica. Aliás, o conceito de empregador se vincula à
impessoalidade, o que reforça a ideia de despersonalização do empregador.
não consta no título executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito
passivo na execução
Comentários
O gabarito é (E), havendo, como na questão anterior, caso de sucessão
trabalhista, em que os contratos de trabalho continuam vigentes.
30
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 410.
sendo necessário que haja formas jurídicas exigidas em outros ramos do direito,
como a existência de holdings ou pools de empresas.
A proposição III está incorreta, pois a regra é que as empresas integrantes de
grupo econômico exerçam atividade econômica, o que não ocorre com entidades
beneficentes e sindicatos.
Por fim, a proposição IV está correta, pois se existe o empregador único (o
grupo econômico), o tempo de serviço prestado às empresas integrantes será
somado, não apenas para contagem de férias, mas também para outros direitos
trabalhistas sujeitos a contagem de prazos.
Relembrando a Súmula 129 do TST:
SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a
coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
S/A. Durante três anos, Saturno trabalhou diretamente para a empresa que
o contratou, sendo transferido para o Banco Zetha, onde trabalhou por mais
um ano, quando foi dispensado, sem receber verbas rescisórias e outros
títulos trabalhistas devidos. Nessa situação, a responsabilidade em relação
aos direitos trabalhistas de Saturno será
(A) apenas da empresa Zetha Processamento de Dados porque foi com esta
firmado o contrato de trabalho, ficando o Banco Zetha responsável
subsidiário se participou da relação processual como reclamado na fase de
conhecimento.
(B) de ambas as empresas porque fazem parte do mesmo grupo econômico,
ficando delimitada a responsabilidade de cada empresa pelo período
trabalhado pelo empregado.
(C) das duas empresas, sendo que o Banco Zetha será o responsável
principal e a Zetha Processamento de Dados responsável subsidiária porque
o primeiro detém maior potencial econômico e é o controlador, podendo
responder apenas em fase de execução.
(D) apenas do Banco Zetha porque detém maior potencial econômico e é o
controlador, não havendo assim a formação de litisconsórcio passivo na ação
trabalhista em qualquer fase processual.
(E) solidária das duas empresas em razão da existência de grupo econômico,
não sendo necessária que a ação seja movida em face de todas as empresas
do grupo, podendo ser verificada a existência do grupo na fase de execução.
(D) a existência de previsão nos contratos sociais das empresas, pois a lei
civil dispõe que a solidariedade decorre da lei ou do contrato.
(E) acordo entre empregado e o empregador, não bastando a simples
configuração de grupo de empregadores.
(D) I e IV.
(E) III e IV.
7 – Gabarito
1. A 18. A 35. C 52. D
8 – Resumo da aula
Relações de trabalho, emprego e empregador
9 – Conclusão
Bom pessoal,
Estamos chegando ao final de nossa aula, imaginamos que tenha sido produtiva.
Os assuntos “relação de emprego, empregado e empregador” são recorrentes em
prova, e há grandes chances de ser explorado.
Consideramos importantíssimo que decorem – e entendam - os elementos fático-
jurídicos da relação de emprego e a diferenciação entre empregados urbanos e
domésticos (e respectivos empregadores).
Também é importante decorar as disposições dos artigos 2º (e §§), 3º e 6º da
CLT. Esperamos que tenham gostado da aula, e se surgir alguma dúvida quanto
ao assunto apresentado, estamos à disposição para auxiliá-los (as).
– CLT
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço.
CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
§ 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for
entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação
profissional.
– Legislação específica
– TST
SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a
coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
SUM-269 DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE
SERVIÇO
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato
de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse