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7 de dezembro de 2017

Conta Satélite do Turismo


(2014-2016)

Em 2016 o VAB gerado pelo turismo representou 7,1% do VAB nacional

Estima-se que, em 2016, o VAB gerado pelo turismo tenha atingido 7,1% do VAB da economia nacional, aumentando
cerca de 10% em termos nominais, sucedendo a um aumento de 7,1% em 2015. Recorde-se que em 2015 e 2016 o
crescimento nominal do VAB na economia nacional foi, respetivamente, 3,6% e 2,7%.

O consumo do turismo no território económico atingiu 12,5% do PIB, tendo aumentado 5,8% em 2016 e 5,9% em
2015.

As exportações de turismo corresponderam, em média, a 18,4% do total das exportações nacionais em 2014 e 2015.

No biénio 2014/2015 o emprego nas atividades caraterísticas do turismo representou, em média, 9,1% do total do
emprego nacional.

1. A nova Conta Satélite do Turismo: VAB (a preços base) da economia nacional e evidenciou
Principais resultados um crescimento de 7,1% em 2015, superior ao do VAB
nacional (3,6%).
O Instituto Nacional de Estatística (INE, I.P.) retoma a
publicação da Conta Satélite do Turismo (CST),
apresentando resultados finais para 2014 e 2015 e uma
Prevê-se que o CTTE, que resume a procura turística,
primeira estimativa para 2016 de dois principais
tenha aumentado 5,8% em 2016 face ao ano anterior,
agregados da CST, o Valor Acrescentado Bruto gerado
representando 12,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
pelo Turismo (VABGT) e o Consumo do Turismo no
No biénio 2014/2015, o peso do CTTE no PIB foi de
Território Económico (CTTE). A nova série de CST
12,1%. A despesa do turismo recetor foi a componente
revela níveis de VAB e de consumo de turismo
mais relevante do CTTE (61,5%), tendo aumentado
claramente superiores aos apurados na série anterior
7,0% em 2015. A despesa do turismo interno e as
(ver a última secção, onde se apresenta uma
outras componentes (que, em conjunto, representaram
comparação) confirmando o aumento da relevância das
38,5% do total do CTTE) cresceram 4,2%, em 2015.
atividades associadas ao turismo na economia nacional.

Em 2014/2015 o emprego nas atividades caraterísticas


Estima-se que, em 2016, o VABGT tenha atingido 7,1%
do turismo, medido em equivalente a tempo completo
do VAB da economia nacional, aumentando cerca de
(ETC), representou, em média, 9,1% do total do
10% em termos nominais. No biénio 2014/2015, o
nacional.
VABGT correspondeu, em média, a 6,6% do total do
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 1/17
Em 2015, o emprego nas atividades caraterísticas do do emprego observado na economia nacional (1,9%).
turismo aumentou 4,2%, tendo superado o crescimento

Quadro n.º 1 – Principais resultados da Conta Satélite do Turismo

Média
2014 2015 2016*
2014/2015
Consumo do Turismo no Território Económico (CTTE)
6
Valor (10 euros) 20.675 21.902 21.288 23.180
Taxa de variação nominal (%) // 5,9 // 5,8
Peso do Consumo do Turismo no Território Económico no PIB (%) 11,9 12,2 12,1 12,5

Despesa do Turismo Recetor


6
Valor (10 euros) 12.653 13.543 13.098 x
Taxa de variação nominal (%) // 7,0 // //
Despesa do Turismo Interno + Outras componentes
Valor (10 6 euros) 8.021 8.359 8.190 x
Taxa de variação nominal (%) // 4,2 // //
VAB Gerado pelo Turismo (VABGT)
6
Valor (10 euros) 9.768 10.458 10.113 11.489
Taxa de variação nominal (%) // 7,1 // 9,9
Contribuição do VABGT para o VAB da Economia Nacional (%) 6,5 6,7 6,6 7,1
Emprego nas Atividades Caraterísticas do Turismo
Valor (ETC) 381.422 397.619 389.521 x
Taxa de variação nominal (%) // 4,2 // //
Peso do Emprego nas Atividades Caraterísticas do Turismo no Total do Emprego Nacional (%) 9,0 9,2 9,1 //

* - Primeira estimativa
// - Valor não aplicável
x – Valor não disponível

Depois da apresentação dos principais resultados, este 2. Consumo do Turismo no Território


destaque inclui mais sete secções. A secção seguinte Económico (procura turística)
refere-se ao CTTE (procura turística), destacando-se as
Em 2014/2015 a despesa do turismo recetor1 foi a
características das suas duas principais componentes:
componente mais importante da procura turística
turismo de visitantes não residentes e turismo interno.
(61,5%). A despesa do turismo interno 2 contribuiu com
A terceira aborda a despesa turística fora do território
31,5%, enquanto as outras componentes 3 foram
económico. A quarta, pela primeira vez no âmbito da
responsáveis por 7,0% do CTTE.
CST, fornece informação sobre o consumo final das
Administrações Públicas relacionadas com o turismo. A
quinta apresenta resultados detalhados sobre o VABGT. 1
Turismo recetor – Despesa realizada pelos visitantes não
residentes no âmbito de uma deslocação ao/no país de referência
A sexta é dedicada a emprego e remunerações. A (ou região), desde que fora do seu ambiente habitual.
2
Turismo interno – Despesa realizada pelos residentes no âmbito
sétima fornece informação para algumas comparações de uma deslocação ao/no país de referência (ou região), desde que
fora do seu ambiente habitual.
internacionais. A última revela a variação dos principais 3
Outras componentes – Correspondem à valorização das
componentes “não monetárias” do CTTE, incluindo, nomeadamente,
agregados da CST entre 2008 e 2015 (respetivamente a valorização das residências secundárias utilizadas no âmbito do
o último ano na série anterior e da nova série com turismo e as componentes turísticas de consumo final (individual) dos
setores institucionais das administrações públicas (S.13) e das
detalhe informativo idêntico). instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (S.15)
utilizadas no âmbito do turismo.
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 2/17
Gráfico n.º 1 – Peso (%) das componentes do
consumo do turismo no território económico (média
2014/2015) Gráfico n.º 2 – Distribuição (%) do consumo do
turismo no território económico por componente e
Outras
comp. produto (média 2014/2015)
7,0%
%

ALOJAMENTO
Turismo 60,8 18,9 20,3
Interno R ESTAURAÇÃO E BEBIDAS
31,5%
65,6 34,4
T RANSPORTE DE PASSAGEIROS

2,1
72,7 25,1
AGÊNCIAS DE VIAGENS , OPERADORES ...

13,5 86,5
Turismo SERVIÇOS C ULTURAIS
recetor
8,8 18,7 72,5
61,5%
R ECREAÇÃO E LAZER

21,0 72,2 6,8


OUTROS SERVIÇOS

2,3 91,1 6,6


Analisando a distribuição do CTTE por componente e
PRODUTOS CONEXOS

por produto, no mesmo biénio, observou-se que: 74,4 25,6


PRODUTOS NÃO ESPECÍFICOS

 A despesa do turismo recetor foi claramente

0,6
65,1 34,3

dominante nos produtos conexos (74,4%), nos Turismo recetor Turismo interno Outras componentes

transportes de passageiros (72,7%), na


restauração e bebidas (65,6%), no alojamento Analisando os resultados por tipo de visitante,
(60,8%) e nos produtos não específicos observou-se que, em 2014 e 2015, cerca de 77% da
(65,1%); procura turística teve origem nos turistas e quase 16%
nos excursionistas.
 A despesa do turismo interno superou a
importância relativa da despesa do turismo A despesa dos turistas incidiu maioritariamente no
recetor e das outras componentes nos outros alojamento (25,9%), transporte de passageiros
serviços (91,1%), nas agências de viagens, (21,8%) e restauração e bebidas (24,2%) que, em
operadores e guias turísticos (86,5%) e, ainda, conjunto, representaram quase 72% do total das
na recreação e lazer (72,2%); despesas deste tipo de visitantes. A despesa dos
excursionistas foi essencialmente direcionada para os
 As outras componentes apenas superaram o
produtos não específicos (31,7%), para a restauração e
valor da despesa do turismo recetor e do
bebidas (31,3%) e para o transporte de passageiros
turismo interno nos serviços culturais (72,5%).
(13,2%). Note-se que, por definição, os excursionistas
Importa ainda sublinhar que as outras
são visitantes que não pernoitam no lugar visitado,
componentes superaram a despesa do turismo
motivo pelo qual não efetuam despesa em produtos
interno no alojamento (20,3%), o que resulta
relacionados com o alojamento.
da inclusão das residências secundárias por
conta própria ou gratuitas, cujo valor em 2015
ascendeu a 1.100 milhões de euros.
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 3/17
Nas outras componentes observou-se um claro de consumo destacaram-se ainda os serviços culturais
predomínio do alojamento (73,4%), para o qual (14,3%) e o transporte de passageiros (5,9%).
contribuíram as residências secundárias. Na estrutura

Gráfico n.º 3 – Consumo do turismo no território económico por tipo de produto (média 2014/2015)

Outras
Turistas Excursionistas Outras componentes
%
comp.
7,0%

% %
Excurs. %
15,7%
17,0
5,3 25,9 31,7
31,3 14,3

5,9
2,7
Turistas
77,3% 21,8 24,2 73,4
13,2
7,6
10,1
5,9

2.1 Despesa do Turismo Recetor bebidas (25,1%) e o transporte de passageiros


(23,4%);
A despesa do turismo recetor representou, em média,
61,5% do total do CTTE em 2014 e 2015.  48,5% da despesa dos excursionistas não
residentes foi direcionada para produtos não
Cerca de 97% do total da despesa do turismo recetor
específicos, enquanto 28,2% das despesas
foi efetuada por turistas, enquanto os excursionistas
desta categoria de visitante foi direcionada
foram responsáveis por apenas 3% do montante
para a restauração e bebidas e 14,1% incidiu
global.
sobre produtos conexos. Estes 3 produtos
Observaram-se diferenças significativas na estrutura de
congregaram cerca de 90% do total da
despesa das duas categorias de visitantes:
despesa dos excursionistas não residentes.
 A despesa dos turistas incidiu maioritariamente
sobre o alojamento (25,7%), a restauração e

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Gráfico n.º 4 – Despesa do turismo recetor por tipo de visitante (média 2014/2015)

Turistas Excursionistas
%

3,4
% %
Não
Espec.
18,3 Alojam. Rest.
25,7 28,2
Conex. Não
5,9 Espec.
48,5

Transp.
Transp. Rest. 7,7
23,4 25,1 96,6
Conex.
14,1

Turistas Excursionistas

A despesa do turismo recetor (exportações de


turismo) correspondeu, em média, a 18,4% do total
das exportações nacionais em 2014 e 2015.

Impacto no PIB da despesa dos visitantes não residentes

Aplicando a informação do Sistema Integrado de Matrizes Simétricas Input-Output para 20134, recentemente publicadas pelo INE,
aos principais resultados da CST, é possível estimar o impacto na criação de riqueza (PIB) induzida pela despesa dos visitantes não
residentes (turismo recetor). Focando a atenção apenas nos três produtos mais relevantes, que absorvem 68% da despesa destes
visitantes (alojamento, restauração e transporte aéreo), estima-se que, por cada 100 euros de despesa, foram gerados
adicionalmente 23 euros de PIB na restauração e bebidas, 22 euros no alojamento e 4 euros nos transportes aéreos, em 2015. O
reduzido impacto neste último produto está associado ao facto de a maior parte do serviço ser prestado por companhias aéreas não
residentes.

4
Informação disponível em:
https://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=293112845&att_display=n&att_download=y

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 5/17


2.2 Despesa do Turismo Interno  A despesa dos turistas recaiu maioritariamente
sobre o alojamento (26,6%), a restauração e
Em 2014 e 2015, a despesa do turismo interno,
bebidas (21,2%) e o transporte de passageiros
representou, em média, cerca de 31,5% do CTTE.
(16,5%);
Analisando a distribuição da despesa do turismo interno
 A despesa dos excursionistas foi direcionada
por tipo de visitante, observou-se que os turistas
para a restauração e bebidas (31,8%),
concentram cerca de 57% da despesa, enquanto os
produtos não específicos (29,2%), e transporte
demais 43% foram originados por excursionistas.
de passageiros (14,0%).
A despesa do turismo interno por tipo de viajante e
por produto evidenciou a seguinte distribuição:

Gráfico n.º 5 – Despesa do turismo interno por tipo de visitante (média 2014/2015)

Turistas Excursionistas
%

%
Conex. %
3,5 Não
Espec.
Outros 12,7 Alojam.
Não
Serv. 26,6
Espec.
6,5 43,3
29,2 Rest.
31,8
56,7
Agênc.
de Conex.
Rest.
Viagem 5,0
Transp. 21,2 Transp.
10,2 16,5 14,0
Recr. e
Outros Lazer
Serv.
11,5
6,7
Turistas Excursionistas

3. Despesa do Turismo Emissor (cada um dos produtos representou 25,8% da


despesa dos turistas) e nos produtos não
À semelhança da despesa do turismo recetor, também
específicos (18,8%);
na despesa do turismo Emissor (importações de
turismo) predomina a despesa gerada pelos turistas,  A despesa dos excursionistas foi
comparativamente com a despesa dos excursionistas. maioritariamente dirigida para produtos não
específicos (54,2%) e para produtos conexos
Observaram-se igualmente diferenças significativas na
(37,8%).
estrutura de despesa destas duas categorias de
viajantes: A despesa do turismo emissor (importações de
turismo) correspondeu, em média, a 5,7% do total das
 A despesa dos turistas concentrou-se no
importações nacionais em 2014 e 2015.
alojamento e no transporte de passageiros

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 6/17


Gráfico n.º 6 – Despesa do turismo emissor por tipo de visitante (média 2014/2015)

Turistas Excursionistas
%

7,9
Rest.
% Transp.
4,2
% 3,3
Não
Espec.
18,8 Alojam.
25,8

Conex
11,3 Não
Espec. Conex.
Rest. 54,2 37,8
16,5
Transp.
25,8 92,1

Turistas Excursionistas

Em 2015, as despesas do turismo recetor e emissor 4. Consumo Coletivo do Turismo


evidenciaram uma trajetória ascendente, aumentando,
A despesa de consumo final coletivo das
respetivamente, 7,0% e 6,3%, face ao ano anterior.
Administrações Públicas corresponde à produção de
O saldo dos fluxos turísticos foi positivo nos anos serviços não mercantis, pelas administrações públicas,
analisados, tendo-se registado um aumento de 7,4% cujo consumo é disponibilizado em simultâneo a toda a
em 2015, face ao ano anterior. comunidade. No contexto específico da CST são
exemplos os serviços de promoção de turismo, serviços
de informação ao visitante, serviços administrativos
Gráfico n.º 7 – Saldo dos fluxos turísticos
relacionados com o turismo, entre outros.
106 euros
2014 2015 No biénio 2014/2015, cerca de 56,9% do total do
14000
consumo coletivo do turismo correspondeu a consumo
13.543

12000
12.653

final do subsetor da administração local.


10000
9.395

8000
8.751
4.148
3.902

6000

4000

2000

0
Turismo recetor Turismo Emissor Saldo

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Gráfico n.º 8 – Distribuição (%) do consumo coletivo Gráfico n.º 9 – Peso (%) da produção interna turística
do turismo por subsetor das administrações públicas na produção interna total, por produto (média
(média 2014/2015) 2014/2015)

% Residências secundárias por… 100,0%


Hotéis e estabelecimentos similares 99,8%
Outro alojamento 99,2%
Administr. Agências de viagens, operadores … 76,1%
central
31,0 Transporte aéreo 75,3%
Administr. Transporte por água 72,2%
local
56,9 Transporte ferroviário interurbano 64,9%

Administr. Restauração e bebidas 51,4%


regional
12,1 Aluguer de equipamento de… 41,5%

Serviços culturais 35,1%


Transporte rodoviário interurbano 33,1%
Recreação e lazer 24,8%
Serviços auxiliares aos transportes 7,3%
Produtos Conexos 6,9%
Serviços de manutenção e… 4,9%
5. Produção e VAB gerado pelo Turismo
Outros serviços 3,4%
A produção interna turística representou cerca de 6,0% Produtos Não Específicos 0,9%
%
do total da produção interna, em 2014 e 2015.

Comparando a produção interna turística, por No biénio 2014/2015 o VABGT representou, em média,

produto, com a produção nacional, verificou-se que o 6,6% do VAB da economia nacional.

alojamento (incluindo as residências secundárias por As atividades que mais contribuíram para o VABGT, em
conta própria ou gratuita, os hotéis e estabelecimentos 2014 e 2015, foram os hotéis e similares (30,3%),
similares e o outro alojamento), as agências de seguidos dos restaurantes e similares (22,8%) e das
viagens, operadores turísticos e guias turísticos, e os atividades não específicas (15,9%).
transportes aéreos apresentaram coeficientes
O VABGT aumentou 7,1% em 2015, atingindo o valor
superiores a 75%, evidenciando uma forte relação com
de 10.458 milhões de euros. Observou-se uma variação
a atividade turística.
positiva em todas as atividades analisadas.
Outros produtos cuja produção interna turística
representou mais de metade do total da produção
interna foram o transporte por água (72,2%), o
transporte ferroviário interurbano (64,9%) e, ainda, a
restauração e bebidas (51,4%).

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 8/17


Gráfico n.º 10 – Distribuição (%) do VAB gerado pelo Mais de 75% do emprego (ETC) nas atividades
turismo, por atividade (média 2014/2015)
caraterísticas do turismo concentrou-se nos
Atividades
Desporto, conexas
% restaurantes e similares (47,2%), nos hotéis e similares
recreação e 2,2
lazer (16,8%) e nos transportes de passageiros (12,7%), em
1,6 Atividades
Serviços
não
específicas
2014 e 2015.
Hotéis e
culturais 15,9 similares
1,4
30,3
Agências de
viagens
1,8 Gráfico n.º 11 – Distribuição (%) do emprego nas
Transportes
Aluguer de de atividades caraterísticas do turismo (média
equip. Residências
transporte
passageiros
9,8
secundárias 2014/2015)
3,1 por conta
própria Serviços Desporto,
Restaurantes %
10,5 culturais 4,6 recreação e
e similares lazer
22,8 Agências de 5,7
Aluguer de viagens,
equip. 2,3 Hotéis e
transporte similares
2,4 16,8

Serviços
auxiliares
6. Emprego e remunerações aos
transportes Transportes
8,3
Em 2014 e 2015, o emprego nas atividades de
passageiros
12,7
caraterísticas do turismo, medido em equivalente a Restaurantes
e similares
tempo completo (ETC), representou, em média, 9,1% 47,2

do total do emprego nacional, atingindo 397.619 ETC


em 2015.

Considerando exclusivamente a componente turística


Importa igualmente destacar o peso do emprego não
das atividades caraterísticas do turismo, esta
remunerado5 nos restaurantes e similares (19,8%) e
corresponderia a aproximadamente 4,4% do total do
nos serviços culturais (39,2%), que contribuíram de
emprego nacional (ETC), no biénio 2014/2015,
forma significativa para o facto de as atividades
atingindo 195.096 ETC em 2015.
caraterísticas do turismo evidenciarem uma importância
Em 2015, o emprego nas atividades caraterísticas do relativa do emprego não remunerado (15,0%) superior
turismo evidenciou um crescimento (4,8% para os ao total da economia (13,7%), no biénio 2014/2015.
postos de trabalho e 4,2% para o emprego medido em
ETC) superior ao observado no total da economia
nacional (1,6% para os postos de trabalho e 1,9% para 5
O emprego não remunerado corresponde, nos termos do SEC 2010,
aos trabalhadores por conta própria, definidos enquanto “os únicos
o emprego medido em ETC).
proprietários, ou proprietários conjuntos, das empresas não
constituídas em sociedade em que trabalham, com exceção das
As atividades caraterísticas do turismo que empresas não constituídas em sociedade que são classificadas como
quase sociedades. As pessoas que simultaneamente trabalham por
evidenciaram dinâmicas de crescimento de emprego conta de outrem e por conta própria são classificadas como
trabalhadores por conta própria se o emprego por conta própria
(ETC) mais acentuadas em 2015 foram os hotéis e constituir a sua principal atividade em termos de rendimento”. Ou
seja, os trabalhadores não remunerados são indivíduos que exercem
similares (+9,4%) e as agências de viagens, uma atividade na empresa/instituição e que, por não estarem
vinculados por um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma
operadores e guias turísticos (+9,2%).
escrita, não recebem uma remuneração regular, em dinheiro e/ou
géneros pelo tempo trabalhado ou trabalho fornecido.
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 9/17
Gráfico n.º 12 – Relação (%) entre emprego remunerado e não remunerado nas atividades caraterísticas do turismo
e na economia nacional (média 2014/2015)

100%
10,4 8,3 1,2 7,7 9,1 10,3 15,0 13,7
19,8
80% 39,2

60%
89,6 91,7 98,8 92,3 90,9 89,7
40% 80,2 85,0 86,3
60,8
20%

0%
Hotéis e Restaurantes Transportes Serviços Aluguer de Agências de Serviços Desporto, Total das ativ. Total da
similares e similares de auxiliares aos equipamento viagens… culturais recreação e características economia
passageiros transportes de transporte lazer
Remunerados Não remunerados

Em 2014 e 2015, as remunerações nas atividades Gráfico n.º 13 – Distribuição (%) das remunerações
das atividades caraterísticas do turismo (média
caraterísticas do turismo representaram, em média,
2014/2015)
9,2% do total das remunerações da economia nacional.
Desporto, %
Serviços
recreação e
Considerando apenas a componente turística das Agências de culturais lazer
viagens 3,2
7,5
2,6
atividades caraterísticas do turismo, o peso das Hotéis e
Aluguer de similares
remunerações foi 4,2% do total da economia nacional, equip.
transporte
14,2

2,6
no biénio 2014/2015. Serviços
auxi.
À semelhança do que se observou no emprego, em transportes
14,3
Restaurantes
2015, o crescimento das remunerações das atividades e similares
Transportes 36,2
caraterísticas do turismo (5,7%) foi superior ao de
passageiros
observado na economia nacional (2,8%). 19,3

Na distribuição das remunerações das atividades


As duas atividades mais relevantes na estrutura do
caraterísticas do turismo os restaurantes e similares
emprego (restaurantes e similares e hotéis e similares)
constituíram a atividade mais relevante, congregando
apresentaram índices de remuneração por trabalhador
cerca de 36% do montante global, em 2014 e 2015.
inferiores ao total da economia nacional.
Seguiram-se os transportes de passageiros (19,3%) e
Com exceção daquelas e dos serviços culturais, as
os serviços auxiliares de transportes (14,3%), e só
restantes atividades caraterísticas do turismo
depois surgiram os hotéis e similares (14,2%), que na
apresentaram índices de remuneração por trabalhador
estrutura do emprego correspondiam à segunda
superiores ao total da economia nacional,
atividade mais relevante.
destacando-se os serviços auxiliares aos transportes e
os transportes de passageiros como as atividades com
a remuneração média mais elevada face à remuneração
média na economia nacional.
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 10/17
Gráfico n.º 14 – Índice de remuneração média nas Gráfico n.º 15 – Peso (%) do consumo do turismo no
atividades caraterísticas do turismo (média território económico na oferta interna em países da
2014/2015) Europa6

Total da economia 100,0 0 2 4 6 8

Espanha 6,0
Total das ativ. características 102,4
Malta 5,8
Desporto, recreação e lazer 127,6 Portugal 5,4
Serviços culturais 98,2 Áustria 4,3
Holanda 3,9
Agências de viagens… 112,5
Reino Unido 3,5
Aluguer de equipamento de
102,2 Eslovénia 3,5
transporte
Serviços auxiliares aos Finlândia 3,5
152,7
transportes
Estónia 3,2
Transportes de passageiros 144,0
Suécia 2,8
Restaurantes e similares 83,3 Letónia 2,6
Roménia 2,0
Hotéis e similares 81,9
Dinamarca 1,9
0 25 50 75 100 125 150 175
Lituânia 1,9
Hungria 1,8
Eslováquia 1,8
República Checa 1,7
7. Comparações Internacionais
Noruega 1,6

Vários países europeus têm vindo a implementar CST Polónia 1,5 %

nos últimos anos, facilitando as comparações


Fontes:
internacionais, embora nem todos apresentem Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition; Instituto
Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 e 2015 e
resultados com uma periodicidade anual. Instituto Nacional de Estadística. Cuenta satélite del turismo de
España. Base 2010. Serie contable 2010-2015; Tourism Satellite
Considerando a informação disponível nas diversas Accounts (TSA) 2010 – Valletta: National Statistics Office, 2017.

fontes consultadas, e para anos de referência


5
diferentes , observou-se que Portugal registou um peso Analisando a importância relativa do CTTE no respetivo
relativo do CTTE na oferta interna de 5,4% em 2015, PIB, Portugal registou 12,2% em 2015, apenas inferior
inferior a Espanha (6,0%) e Malta (5,8%). ao resultado apresentado por Malta (17,4%).

6
Ano de referência: 2010 (MT), 2011 (EE), 2012 (HU, PL, FI e SE),
2013 (DK, ES, LV, LT, RO, SK e NO), 2014 (CZ, NL, AT, UK e SI) 2015
(PT).
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 11/17
Gráfico n.º 16 - Peso (%) do consumo do turismo no Gráfico n.º 17 - Peso (%) do VAB gerado pelo turismo
7
território económico no PIB em países da Europa no VAB da economia nacional em países da Europa8

0 5 10 15 20
0 2 4 6 8
Malta 17,4
Portugal 12,2 Espanha 7,0
Espanha 11,1 Portugal 6,7
Áustria 11,0 Áustria 6,3
Holanda 10,3 Itália 6,0
Eslovénia 9,5
Hungria 5,8
Estónia 9,4
Malta 5,7
Bulgária 9,4
Itália 9,0
Letónia 4,2
Suiça 7,8 Estónia 3,9
França 7,4 Noruega 3,7
Finlândia 7,2 Eslovénia 3,6
Suécia 6,9 Reino Unido 3,5
Eslováquia 5,8
Holanda 3,4
República Checa 5,5
Suiça 2,8
Lituânia 5,3
Letónia 5,3 Lituânia 2,7
Hungria 4,9 República Checa 2,6
Dinamarca 4,8 Eslováquia 2,6
Noruega 4,7 Finlândia 2,5
Roménia 4,2
Roménia 2,1
Polónia 3,4 %
Polónia 2,0
Dinamarca 1,5 %
Fontes:
Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition, Instituto
Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 e 2015 e Fontes:
Instituto Nacional de Estadística. Cuenta satélite del turismo de Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition, Instituto
España. Base 2010. Serie contable 2010-2015; Il primo Conto Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 e 2015;
Satellite del Turismo per l’ Italia. Anno 2010. ISTAT (2012); Tourism "OECD (2014), “Denmark”, in OECD Tourism Trends and Policies
Satellite Accounts (TSA) 2010 – Valletta: National Statistics Office, 2014, OECD Publishing" e Instituto Nacional de Estadística. Cuenta
2017. satélite del turismo de España. Base 2010. Serie contable 2010-2015;
UK Tourism Satellite Account 2014, Office for National Statistics; Il
primo Conto Satellite del Turismo per l’ Italia. Anno 2010. ISTAT
(2012); Tourism Satellite Accounts (TSA) 2010 – Valletta: National
Em termos de importância relativa do VABGT no VAB
Statistics Office, 2017.
da economia nacional, de entre os países com
informação disponível, Portugal ocupou igualmente a O número de países com informação disponível para as
segunda posição (6,7% em 2015). Apenas a Espanha variáveis relacionadas com o emprego é
apresentou um resultado mais elevado (7,0%). significativamente mais reduzido.

Ainda assim, tendo por base os países com informação


disponível, Portugal apresenta o segundo registo mais
elevado (9,2% em 2015), imediatamente atrás de
Espanha, em termos de importância relativa do
emprego nas atividades caraterísticas do turismo no
7
Ano de referência: 2010 (MT e IT), 2011 (EE e CH), 2012 (HU, PL,
8
FI e SE), 2013 (BG, DK, LV, LT, RO, SK e NO) 2014 (CZ, FR, NL, AT e Ano de referência: 2010 (MT e IT), 2011 (EE e CH), 2012 (HU, PL,
SI), 2015 (ES e PT). FI), 2013 (DK, ES, LV, LT, RO, SK e NO) 2014 (CZ, NL, AT, UK e SI)
2015 (PT).
Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 12/17
total do emprego nacional, medidos em equivalente a
tempo completo (ETC).

Gráfico n.º 18 - Peso (%) do emprego nas atividades


caraterísticas do turismo (ETC) no total do emprego
da economia nacional em países da Europa9

0 2 4 6 8 10 12 14

Espanha 11,6

Portugal 9,2

Hungria 8,5

Áustria 7,4

Noruega 6,6

Holanda 5,3

República Checa 4,5

Dinamarca 4,3

Suiça 4,3

Roménia 4,0

Estónia 3,7 %

Fontes:
Eurostat: Tourism Satellite Accounts in Europe 2016 edition; Instituto
Nacional de Estatística, I.P.: Conta Satélite do Turismo 2014 e 2015;
"OECD (2014), “Denmark”, in OECD Tourism Trends and Policies
2014, OECD Publishing"; Instituto Nacional de Estadística. Cuenta
satélite del turismo de España. Base 2010. Serie contable 2010-2015;
CBS - Statistics Netherlands: Tourism; key indicators, National
Accounts; Tillväxtverket: Tourism in Sweden. Effects of tourism on
the economy, exports and employment, and tourism volumes,
behaviours and supply and demand. Facts and Statistics. 2014;
Statistics Norway: Tourism satellite accounts e Swiss Federal
Statistical Office (FSO): The revised Tourism Satellite Account for
2011.

9
Ano de referência para o emprego nas atividades caraterísticas do
turismo: 2011 (DK, EE e CH), 2012 (HU), 2013 (ES, RO e NO) 2014
(CZ, NL e AT) 2015 (PT).

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 13/17


8. Comparação dos grandes agregados da detalhados da CST da série anterior (consistente com a
CST nas bases 2006 e 2011 das Contas base anterior das Contas Nacionais – ver caixa em
Nacionais baixo com as principais alterações).

Em 2015, o CTTE atingiu um valor de 21.902 milhões Efetivamente, o aumento do peso relativo do CTTE no
de euros, ou seja, 12,2% do PIB e o VABGT cifrou-se PIB, assim como o do VABGT no VAB nacional, entre
em 10.458 milhões de euros, correspondendo a 6,7% 2008 e 2015, reflete o crescimento mais elevado das
do VAB nacional. Em 2008, na anterior base das CNP, o atividades caraterísticas do turismo em relação ao
CTTE representava 9,2% do PIB e o VABGT conjunto da economia. Embora o peso relativo do
correspondia a 4,1% do VAB nacional. O peso relativo emprego das atividades caraterísticas do turismo,
do turismo na atividade económica é significativamente medido em ETC, tenha aumentado entre 2008 e 2015,
superior ao apurado no último ano com resultados diminuiu em termos absolutos.

Quadro n.º 2 – Comparação dos grandes agregados da CST nas bases 2006 e 2011 das Contas Nacionais

2008 2015
Grandes agregados da CST
(base 2006) (base 2011)
Consumo do Turismo no Valor (106 euros) 15.776 21.902
Território Económico Peso (%) no PIB nacional 9,2 12,2
6
Valor (10 euros) 6.076 10.458
VAB Gerado pelo Turismo
Peso (%) no VAB nacional 4,1 6,7

Emprego nas Atividades Valor (ETC) 416.076 397.619


Caraterísticas do Turismo Peso (%) no Emprego nacional 8,3 9,2

No entanto, a variação global do emprego nas o emprego nos hotéis e similares registou um aumento
atividades características do turismo, observada entre de 8,6% no período analisado.
bases, resulta de dinâmicas bem diferenciadas das suas
componentes. O quadro seguinte permite verificar que

Quadro n.º 3 – Variação (%) do emprego (ETC) na CST nas bases 2006 e 2011 das Contas Nacionais

2008 2015
Atividades Caraterísticas do Turismo Variação (%)
(base 2006) (base 2011)
Hotéis e similares 62.973 68.359 8,6
Restaurantes e similares 204.608 187.008 -8,6
Transportes de passageiros 89.112 82.293 -7,7
Aluguer de equipamento de transporte 11.044 9.667 -12,5
Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos 9.375 9.158 -2,3
Serviços culturais, desporto, recreação e lazer 38.965 41.134 5,6
Total das Atividades Caraterísticas 416.076 397.619 -4,4
Total da Economia Nacional 5.010.546 4.327.478 -13,6

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 14/17


Diferenças face à série anterior da CST

A nova série de CST é consistente com as Contas Nacionais da base 2011 e, consequentemente, com o SEC 2010. A série anterior
tinha como referência as Contas Nacionais da base 2006 e o SEC 95. No entanto, as diferenças mais significativas estiveram
associadas à utilização de novas fontes de informação, sendo de sublinhar:
a) o Inquérito aos Gastos Turísticos Internacionais de 2013;
b) a utilização de informação sobre transações com cartões de crédito e débito;
c) a atualização dos valores das rendas das residências secundárias (efetivas e imputadas), que resultou da inclusão de informação
dos Censos da População e da Habitação 2011, conduzindo a uma reavaliação em alta do valor incluído na CST;
d) o Inquérito ao Turismo Internacional de 2015/2016, que possibilitou a atualização de estruturas de despesa dos viajantes de
acordo com o motivo de viagem (pessoal ou de negócios);
e) o Inquérito à Deslocação dos Residentes (IDR), que permitiu integrar na compilação da CST valores de despesa por classe de
produtos e resultados sobre excursionismo e efetuar a desagregação da despesa do turismo interno por tipo de visitante (turistas e
excursionistas) no âmbito da CST.

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 15/17


Notas Metodológicas
A Conta Satélite do Turismo (CST) tem como principais documentos metodológicos de referência o manual European
Implementation on Tourism Satellite Accounts do Eurostat e o documento Tourism Satellite Account: Recommended
Methodological Framework 2008 das Nações Unidas, OCDE, Eurostat e World Tourism Organization (WTO). Por outro lado,
e uma vez que a CST é um projeto coerente com o Sistema de Contas Nacionais, o recurso aos conceitos e nomenclaturas
deste último afigura-se imprescindível, sendo observadas as suas referências metodológicas, nomeadamente o Sistema de
Contas Nacionais das Nações Unidas (SCN2008) e o Sistema Europeu de Contas (SEC2010).
As Recomendações das Estatísticas do Turismo, das Nações Unidas, constituem a principal referência conceptual do Turismo
Internacional, assegurando a coerência da CST com o Subsistema de Informação Estatística do Turismo, a nível de conceitos
e definições, assim como com outros subsistemas, como a Balança de Pagamentos. São ainda referência as publicações,
Measuring the role of tourism in OECD economies. The OECD manual on tourism satellite accounts and employment da
OCDE e Designing the Tourism Satellite Account (TSA). Methodological Framework da WTO.

As presentes estimativas encontram-se desagregadas de acordo com as nomenclaturas de atividades e produtos do turismo
da CST:

A nomenclatura de atividades e de produtos do Turismo

Relativamente às nomenclaturas, a CST de Portugal manteve as referências metodológicas do European Implementation on


Tourism Satellite Accounts, do Eurostat.
Os produtos e atividades na CST distinguem-se entre “Específicos (as)” e “Não Específicos (as)” do Turismo. Os Produtos
Específicos classificam-se em Característicos e Conexos. Os Produtos Característicos são produtos típicos do turismo e
constituem o foco da atividade turística. Por sua vez, os Produtos Conexos são produtos que, apesar de não serem típicos
do turismo num contexto internacional, podem sê-lo num âmbito mais restrito como é o nacional. Nos produtos
característicos incluem-se o Alojamento, a Restauração e Bebidas; o Transporte de Passageiros; as Agências de viagens,
operadores turísticos e guias turísticos; os Serviços Culturais, a Recreação e Lazer e os Outros Serviços de Turismo.
Os Produtos Não Específicos correspondem a todos os outros produtos e serviços produzidos na economia e que não
estão diretamente relacionados com o turismo, podendo ser alvo de consumo por parte dos visitantes.
No caso das atividades, as Atividades Caraterísticas são atividades produtivas cuja produção principal foi identificada
como sendo característica do turismo e que servem os visitantes, admitindo-se uma relação direta do fornecedor com o
consumidor. Incluem-se, neste grupo, as atividades: Alojamento (hotéis e similares, residências secundárias utilizadas para
fins turísticos por conta própria ou gratuitas), Restauração, Transportes de passageiros, Serviços auxiliares aos transportes
de passageiros, Aluguer de equipamento de transporte de passageiros, Agências de viagens, operadores turísticos e guias
turísticos, Serviços culturais e Recreação e lazer.

As componentes de Consumo do Turismo no Território Económico e o VAB gerado pelo turismo


O Consumo Turístico no Território Económico engloba:
- O consumo do turismo recetor, que corresponde ao consumo efetuado por visitantes não residentes em Portugal;
- O consumo do turismo interno, que corresponde ao consumo dos visitantes residentes que viajam no interior do país, em
lugares distintos do seu ambiente habitual, assim como à componente de consumo interno efetuada pelos visitantes
residentes no país aquando de uma viagem turística no exterior do país (componente de consumo interno do Turismo
Emissor);
- As outras componentes do consumo turístico, que compreendem os serviços de habitação das habitações secundárias por
conta própria, os serviços de intermediação financeira imputados e as componentes do consumo turístico que não são
passíveis de desagregação por tipo de turismo e de visitante. Nas outras componentes incluem-se ainda os produtos cuja
despesa é das administrações públicas mas cujo consumo é de natureza individual.

O Valor Acrescentado Bruto Gerado pelo turismo (VABGT) corresponde à parcela do VAB que é gerada na prestação de
serviços aos visitantes em Portugal, sejam residentes no país ou não. Este valor pode ser considerado como a contribuição
da atividade turística para o VAB da economia.

Conta Satélite do Turismo (2014-2016) 16/17


Consumo coletivo

A estimativa do consumo coletivo do turismo insere-se numa perspetiva mais alargada daquilo que é a procura de turismo.
De facto, os quadros centrais da CST, nos quais se define a procura e a oferta do turismo e o respetivo equilíbrio,
organizam-se em torno da nomenclatura de produtos do turismo (bens e serviços), cujo consumo é de natureza individual.
O manual da WTO apresenta um quadro para a estimativa do consumo coletivo do turismo, desagregado por produtos e
subsetores das administrações públicas, sugerindo a inclusão de alguns tipos de produtos, essencialmente serviços tais
como os serviços de promoção de turismo, os serviços de informação ao visitante, serviços administrativos relacionados com
o turismo, entre outros.
No contexto da CST, a abordagem adotada consistiu na identificação de um conjunto de entidades das administrações
públicas que fornecem esse tipo de serviços, apresentando-se informação sobre o valor do consumo coletivo do turismo, por
subsetor.

Fontes de informação

As principais fontes de informação em que se baseou a estimativa das variáveis monetárias e não monetárias da CST foram
as seguintes:
 INE:
o Contas Nacionais (Base 2011);
o Estatísticas dos Transportes e Comunicações (2014/2015);
o Estatísticas do Turismo (2014/2015);
o Ficheiro Geral de Unidades Estatísticas (FGUE);
o Inquérito à Deslocação dos Residentes (2014/2015);
o Inquérito ao Turismo Internacional (2015/2016);

 Outras fontes:
o Balança de Pagamentos;
o Balancetes analíticos detalhados das entidades da Administração central;
o Conta Geral do Estado;
o Informação Empresarial Simplificada (IES);
o Registo Nacional de Turismo;
o Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional;
o Página eletrónica do Ministério da Justiça (https://publicacoes.mj.pt/Pesquisa.aspx).
o Páginas eletrónicas das unidades de atividade económica;
o Relatórios e Contas de entidades que desenvolvem atividades caraterísticas do turismo.

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