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Operações Unitárias III

DEQ
Eng. Quím.
2018

Destilação – flash 1

Prof. Alexandre Ferreira Santos


alexfsantos@hotmail.com
1
Tanque Flash 41 m x 4m @ 82000 Kg
Instalação em uma refinaria de petróleo

http://www.edwardsmoving.com/Flash%20Drum.html
Quando usar destilação flash?

Destilação flash ≡ estágio de equilíbrio único

1. Separação água-óleo na refinaria

2. Mistura com componentes com grandes


diferenças de volatilidades
PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Biodiesel é sintetizado via transesterificação de


triglicerideos com metanol, usando NaOH como
catalisador:

Os produtos são glicerol e ésteres metílicos. Estes


ésteres constituem o biodiesel.

O glicerol é muito mais denso do que o biodiesel, sendo


separado por gravidade em um vaso sedimentador.

O biodiesel é purificado por separação do metanol/água


usando destilação flash.
http://www.enerclean.biz/Equipment/Biodiesel/BiodieselFlash/BiodieselFlash.html
Esquema do Tanque Flash

• Alimentação sendo líquida facilita o bombeio


• se necessário, aumenta-se a pressão para manter F no estado líquido (TF < Tbp)
• para vaporizar F parcialmente, necessita-se Ttanque > Tbp, e Ptanque < PF
• flash geralmente é adiabático (sem troca térmica com as vizinhanças)
• condensador parcial funciona da mesma maneira, com alimentação de vapor
quente que condensa parcialmente quando resfriado.
Objetivo 1: Projetar um Tanque Flash

Ttanque
Trocador Válvula
Bomba de calor Ptanque

Qual deve ser a dimensão do tanque?


Que altura deve-se instalar a alimentação?
Quais T e P para operação do tanque?
Quais T e P para a alimentação?
Equilíbrio Líquido-Vapor
Considere um sistema binário (i.e., NC=2) 2 fases (NF=2):

O que conhecemos?
Tvap, Pvap
yA + yB = 1 xA + xB = 1
yA, yB

yA ≠ xA
Tliq, Pliq
xA, xB
No equilíbrio: Tvap = Tliq
Pvap = Pliq

Regra das fases de Gibbs:


graus de liberdade = NC - NF + 2

Para um sistema binário com 2 fases: 2–2+2=2

Pode-se especificar somente 2 varáveis intensivas (as demais estao definidas por ELV)
Especificando P e T
2 graficos em 1:
T vs. xA
T vs. yA
vapor superaquecido
Região de vapor saturado
2 fases

liquido saturado
TA • ••
Alimentação tipo
zA líq.subresfriado de
Liquido subresfriado
• composição zA, sob
xA yA temperatura TA, separar-
se-á em 2 fases de
composição xA e yA

Figura 2-3 Diagrama Temperatura-composição etanol-água


From Separation Process Engineering, Third Edition by Phillip C. Wankat
(ISBN: 0131382276) Copyright © 2012 Pearson Education, Inc. All rights reserved.
Ponto de ebulição, ponto de orvalho e
ponto de bolha
Líquidos puros têm um
ponto de ebulição;
1. Considere um líquido
misturas têm um
binário sub-resfriado com 40
intervalo de ebulição,
mol% de etanol.
delimitados por seu
Qual é o seu ponto de bolha?
ponto de bolha e ponto
Qual é a composição da 1ª
de orvalho.
bolha?

dew point 2. Considere um vapor


binário superaquecido com
boiling
40 mol% de etanol.
range Qual é o seu ponto de
bubble point orvalho?
Qual é a composição de
xE,initial yE,initial sua 1ª gota?
3. Qual é o intervalo de
ebulição da mistura?

Figura 2-3 Diagrama Temperatura-composição etanol-água


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Definições úteis
• Ponto de Ebulição/bolha Tbp: temperatura na qual uma molécula
de líquido média tem energia cinética suficiente para escapar a
partir da superfície do líquido para a fase gasosa
– Lembre-se que a energia cinética segue uma distribuição de Boltzmann,
assim moléculas com energia maior do que a energia cinética média
podem ainda escapar a partir da superfície a uma T <Tbp, por evaporação

• Líquido saturado: um líquido em seu ponto de ebulição / bolha


• Ponto de orvalho Tdp: temperatura à qual a molécula média de
vapor tem uma energia cinética suficiente para condensar
• Vapor Saturado : vapor em seu ponto de orvalho
• Pressão de Vapor: pressão à qual o líquido e a fase vapor estão em
equilíbrio a uma dada temperatura.
• Azeótropo: uma mistura de ebulição constante, ou seja, uma
mistura que se comporta como um único componente
Quanto de L e V serão produzidos via
Tanque Flash?
F, L e V sao variáveis extensivas

Método do balanço de massa Ou método da regra da alavanca

isoterma
Balanço de massa total: • • •
F=L+V L M V
Balanço por componente:
F zA = L x A + V y A L MV
=
V LM
rearranjo: L y A − zA
=
V zA − x A

Para um dado F, agora podemos calcular L e V.


Especificar P e composição (xA)
Para um sistema
Curva ELV sempre acima da
binário sob P
reta y=x ,supondo gráfico
constante, se uma
para componente mais
composição (xA ou
volátil
ya) é escolhida,
todos os outros são K = yE/xE
fixos:
ELV: volatilidade= K = K(T, P, zi)
K = yA/xA ≈ K(T)

Balanço molar:
xA + x B = 1 azeótropo: K = 1.0
yA + y B = 1
Como efetuar a
quebra do
azeótropo?
Figure 2-2 McCabe-Thiele para etanol-water
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Especificar 2 entre (P, T, volatilidade)

Composto puro
T´ Considere um composto puro:
K>1 Tbp • Dado P, encontre Tbp (i.e., K = 1)

• Dado T, encontre P0 (i.e., K = 1)

temperatura
• Dados P, T, encontre K
pressão
total

K = 1.0 K > 1 prefere fase vapor


K < 1 prefere fase líquida

P0
K<1
P* T*

Diagrama de Priester Não extrapole além dos limites do diagrama


Figura 2-11 DePriester modificado (unidades S.I.) sob baixas temperaturas
(D. B. Dadyburjor, Chem. Eng. Prog.,85, April 1978; copyright 1978, AIChE; reproduced by permission of the American Institute of Chemical Engineers)

volatilidade

A 2000 kPa, qual é o


ponto de ebulição do
etano?
A 15 °C, qual é a pressão
de vapor do isobutano?

A 0 °C e 500 kPa, qual é a


volatilidade do n-hexano?

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Figura 2-12 DePriester modificado (unidades S.I.) sob altas temperaturas

Reta q

V L
HV, f HL, f-1

F
Hf

V’ L’
HV’, f+1 HL’, f

(L’ - L) / F = (Hv - HF) / (HV - HL) = q


Utilizando dados de tabelas de pressão
de vapor
pressão de vapor
Lei de Raoult
líquido ideal: PA = x APA0 (T )
líquido não-ideal: PA = γ A x APA0 (T )

Coeficiente de atividade
Lei de Dalton
PA
gás ideal: yA =
PA
PTOTAL yA =
gás não-ideal: φ APTOTAL

coeficiente de fugacidade

yA PA0 (T ) PA0 (T )
KA = = ≅
x A φ APTOTAL PTOTAL
Cálculo de Ponto de Bolha
para misturas multicomponentes

Método de tentativa e erro


Dada a composição de um líquido subresfriado e PTOTAL,
encontre Tbp e (yi)bp

ELV: yi = Ki xi Algoritmo:

1. Estime a temperatura T, encontre os


Ki(T) para cada componente
2. Calcule yi para cada Ki(T)
Balanço molar 3. Verifique se Σyi = 1
4. Caso não, escolha nova T e repita 1.
∑y i
= 1.0
i

Como estimar uma temperatura? Como estimar a temperatura


seguinte?
Estratégia para convergência rápida:

Chute inicial: T = ∑ ziTi (K i = 1)


i
(média ponderada das temperaturas de ebulição dos componentes
puros)

Próximo chute:
considere um componente de referência (A)

K A (Tprev )
K A (Tprox ) =
∑(y )
i
i prev

encontre Tprox usando o diagrama De Priester


Cálculo de Ponto de Orvalho
para misturas multicomponentes

Método de tentativa e erro


Dada a composição de um vapor superaquecido e PTOTAL,
encontre Torv e (xi)orv

yi
ELV: xi =
Ki Algoritmo:

1. Estime a temperatura T, encontre os


Ki(T) para cada componente
Balanço molar: 2. Calcule xi para cada Ki(T)
3. Verifique se Σxi = 1
∑x i
= 1.0 4. Caso não, escolha nova T e repita 1.
i

K A (Tprev )
K A (Tprox ) =
∑ (x )
i
i prev
Exemplo
Estime as temperaturas de ponto de bolha e ponto de orvalho
correspondentes a misturas contendo n-hexano (33%), n-heptano (37%),
n-octano (30%), em base molar, sob pressão total de 1,2 atm.
Considerer o diagrama de pressão de vapor x T abaixo.
Ponto de Bolha: escolhendo T=105ºC, onde a pressao de vapor do heptano
(componente do intermediário é P’=1,21 atm).

Como o Σyi > 1, chuta-se uma temperatura menor, com base na regra abaixo:

K hexano (Tprev ) 2,23


K hexano (Tprox ) = = = 1,8
∑(y )
i
i prev 1,248

A nova temperatura será associada a uma nova pressao de vapor através da definição de Ki:
P´(T)=Ki.Ptotal= 1,8.1,2= 2,16 atm T=96ºC
Ponto de Bolha: 2a iteração

Como o somatório de Kixi é muito próximo da unidade, efetua-se a


normalização abaixo:
Volatilidade relativa
yA Forte função de
volatilidade KA = = K A (T ) temperatura
xA

yA
KA xA Não muito dependente
Volatilidade relativa α AB = = de temperatura.
KB yB
xB

Para sistema binário, substituindo:


y B = 1− y A α AB x A
yA =
1+ (α AB −1)x A
x B = 1− x A
Cálculo do ponto de bolha
usando volatilidade relativa
yi
Ki xi
Definição de volatilidade relativa αi = =
K ref K ref

Resolvendo para yi: y i = α i x i K ref

soma: ∑y i
= 1.0 = ∑ α i x i K ref( )
i i

Resolvendo para Kref:


1
K ref =
∑α x i i
i

Algoritmo:
Dada a composição da solução (xi ), encontre volatilidades relativas (αi ), então:
1. chute Tinicial
2. calcule Kref
3. encontre T = Tbp correspondente a Kref
Ex.: Estimando Tbp usando volatilidades
relativas
Estime o ponto de bolha de uma mistura de n-pentano (xP = 0.3), n-
hexano (xX = 0.3) e n-heptano (xH = 0.4), a 1 atm (pressão total ). Estime a
composição da primeira bolha de vapor.

Tinicial = ∑ xiTi ( K i = 1) = 0.3(36) + 0.3(68) + 0.4(99) = 71°C


i

Designando n-pentano como a referencia. Em T= 71 °C, KP = 2.8.

K 1.2 K H 0.45
α XP = X = = 0.43 α HP = = = 0.16
K P 2.8 KP 2.8
1 1
K P (Tbp ) = = = 2.0
∑α x i i
0.3(1) + 0.3(0.43) + 0.4(0.16)
i

Encontre Tbp correspondente a KP = 2.0 (leitura do diagrama De Priester): Tbp = 58 °C

y i = α i x i K ref y P = 0.3(1)(2.0) = 0.60


Checar:
y X = 0.3(0.43)(2.0) = 0.26
y H = 0.4(0.16)(2.0) = 0.14
∑y i
= 1.0
i

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